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E BIOFERTILIZANTE
Coordenação Pedagógica:
Iara Bethania Rial Rosa
Data da publicação:
Setembro, 2020.
Data da Publicação:
Setembro/2020
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13
2. PROPRIEDADES DO DIGESTATO E BIOFERTILIZANTE ......................... 13
2.1. Fatores que influenciam na composição química do digestato ................ 14
2.2. Tratamento do digestato ............................................................................... 18
3. BIOENSAIOS PARA AVALIAE O POTENCIAL FITOESTIMULANTE DE
DIGESTATO ............................................................................................................. 20
4. APLICAÇÃO DO DIGESTATO COMO BIOFERTILIZANTE LÍQUIDO........ 22
5. VALORAÇÃO DO DIGESTATO EM UNIDADES PRODUTIVAS ................ 31
6. CONCLUSÃO .................................................................................................... 33
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 34
Aplicações do Digestato – Manejo do Digestato e Biofertilizante
Lista de Figuras
Lista de Quadros
Lista de Equações
Equação 1 ................................................................................................................. 21
Aplicações do Digestato – Manejo do Digestato e Biofertilizante
Apresentação do Curso
Sejam bem-vindos alunos do Curso “Aplicações do Biogás, Biometano e
Biofertilizante”. A aula de hoje intitulada “Aplicações do digestato - Manejo do digestato
e biofertilizante” irá lhe inserir em um contexto mais prático e visual, referente à etapa
seguinte da digestão anaeróbia. Iremos lhe mostrar as diversas possibilidades de
aplicação do seu digestato ou biofertilizante após receber um tratamento adequado.
Nosso objetivo é que você assimile o conteúdo e possa visualizá-lo ou até
replicá-lo na prática em sua propriedade, empresa, indústria e demais situações na
agricultura, agropecuária ou agroindústria.
Este curso foi dividido em cinco aulas, sendo elas:
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Aplicações do Digestato – Manejo do Digestato e Biofertilizante
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Desenvolvimento Proporcionado
Nesta aula será proporcionado o desenvolvimento de conhecimentos e
habilidades que poderão ser colocados em prática por você ao longo do curso e após a
finalização das atividades propostas:
COMPETÊNCIAS:
1. Conhecimento aprofundado sobre digestatos;
2. Possibilidade e facilitação da aplicação prática das técnicas aprendidas.
HABILIDADES:
1. Proatividade;
2. Discernimento;
3. Flexibilidade.
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1. INTRODUÇÃO
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BOD – Do inglês: Demanda Bioquímica de Oxigênio. Incubadora utilizada para controlar parâmetros
físico-químicos voltados à análise de águas e efluentes.
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Por fim os resultados obtidos são aplicados em uma fórmula (Erro! Fonte de r
eferência não encontrada.) e comparados com os dados coletados no controle. O
controle representa o cenário que não recebeu biofertilizante, apenas aplicou-se água
mineral (não clorada) e devidamente filtrada.
Equação 1
Onde:
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Por outro lado, em uma legislação italiana valores de IG’s acima de 60% já
podem ser considerados aceitáveis para biofertilizantes (não fitotóxicos) (ITÁLIA, 2010)
e valores abaixo desse percentual podem apresentar níveis tóxicos para determinados
cultivares (ROS et al., 2018).
Com o objetivo de determinar o motivo de um digestato ou biofertilizante exibir
um comportamento fitoestimulante, Scaglia et al. (2015) realizaram um trabalho
comparando frações de compostos orgânicos com digestatos produzidos na cadeia
agropecuária. Observou-se que o digestato demonstrou um comportamento
fitoestimulante semelhante a fito-hormônios como a auxina, que estimulam o
desenvolvimento do sistema radicular e dos pelos radiculares responsáveis pela
absorção de água, sais e demais nutrientes e podem ser encontrados na fração
dissolvida da matéria orgânica de compostos estabilizados anteriormente em processos
de compostagem.
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(2019) citam Miele et al. (2015) e Nicoloso (2014) para atentar aos aspectos
relacionados à oferta dos nutrientes, contidos no digestato, com as demandas e
aptidões das áreas agrícolas. Portanto, deve-se ter atenção e conhecimento tanto das
características do biofertilizante (teores de nutrientes, sais, metais pesados, etc.),
quanto aos atributos da área destinada para receber a aplicação (tipo de solo, relevo,
cultura agrícola, escoamento, etc.).
A utilização de biofertilizantes em solos muito rasos, declivosos (íngremes) e
pedregosos, deverá ser ainda mais criteriosa, para garantir a infiltração no solo e evitar
o escoamento superficial ou subsuperficial para os corpos hídricos (ZAMPARETTI E
GAYA, 2004). Estes pesquisadores salientam que para uma adequada aplicação de
biofertilizante, com o mínimo risco de poluição, é preciso um levantamento técnico
adequado das características do solo, como análises físico-químicas, determinação da
classe de uso e aptidão do solo, declividade, profundidade, drenagem, dentre outras.
Até agora podemos perceber que a aplicação do digestato, como biofertilizante
líquido, em propriedades agrícolas requer conhecimento puramente técnico tanto de
ordem agronômica quanto ambiental. Abaixo apresenta-se um resumo, em tópicos, de
alguns cuidados técnicos para ter atenção ao aplicar biofertilizantes nos solos agrícolas.
Para fixar:
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Exemplo
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fertilizante dos dejetos, podem resultar em poluição da água pelo NO 3;- e do ar pela
amônia e, principalmente, pelo óxido nitroso (N2O).
Neste sentido, vimos que as perdas de N podem ocasionar prejuízos tanto
econômicos (perda de um macronutriente valioso) quanto ambientais (potencial poluidor
de ar e água). Para reduzir as perdas de N, técnicas, no momento da aplicação do
biofertilizante no solo, tem sido empregada. O uso de inibidores de nitrificação, por
exemplo, reduz as emissões de N2O. Já a incorporação e a injeção dos dejetos no solo
podem reduzir a volatilização de NH3 em pelo menos 90% (WEBB et al., 2010) citado
por Schirmann et al. (2013).
Um método muito difundido, adotado para a distribuição de biofertilizantes, é a
aplicação por aspersão tipo leque, na qual consiste no bombeando do fertilizante líquido,
armazenado em um tanque, contra uma aba metálica na traseira do equipamento,
formando assim, uma aspersão em formato de um leque (Figuras 11 e 12). Este tipo de
distribuição é considerado aplicação de superfície. Como vimos, a literatura esclarece
que há inúmeras desvantagens nesta forma de aplicação, sobretudo prejuízos
econômicos e ambientais, relacionados ao N.
Figura 11 - Aplicação de biofertilizante por aspersão tipo leque utilizando caminhão tanque.
Figura 12 - Implemento acoplado ao trator para aplicação de biofertilizantes por aspersão tipo
leque.
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Figura 14 - Equipamento para injeção de fertilizante líquido no solo (dejeto líquido de suíno).
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Figura 16 - Perdas de nitrogênio por volatilização, em forma de amônia (NH3), quando aplicado
em superfície e injetado no solo.
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6. CONCLUSÃO
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO J. J.; PRIETO M. L.; DOWLING S.; HENNESSY A.; CASEY I.;
WOODCOCK T.; KENNEDY N. Physical-chemical traits, phytotoxicity and
pathogen detection in liquid anaerobic digestates. Waste Management, v. 78,
p. 8–15, 2018.
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LI, L.; PENG, X.; WANG, X.; WU, D. Anaerobic digestion of food waste: A
review focusing on process stability. Bioresource Technology, v. 248, p. 20-
28, 2018.
LI, Y.; PARK, S. Y.; ZHU, J. Solid-state anaerobic digestion for methane
production from organic waste. Renewable and Sustainable Energy Reviews,
v. 15, p. 821-826, 2011.
LIN, Q.; DE VRIEZE, J.; HE, G.; LI, X.; LI, J. Temperature regulates methane
production through the function centralization of microbial community in
anaerobic digestion. Bioresource Technology, v. 216, p. 150-158, 2016.
MAO, C.; FENG, Y.; WANG, X.; REN, G. Review on research achievements
of biogas from anaerobic digestion. Renewable and Sustainable Energy
Reviews, v. 45, p. 540–555, 2015.
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PENG, W.; LU, F.; HAO, L.; ZHANG, H.; SHAO, L.; HE, P. Digestate
management for high-solid anaerobic digestion of organic wastes: A review.
Bioresource Technology, v. 297, 2020.
RYUE, J.; LIN, L.; KAKAR, F. L.; ELBESHBISHY, E.; Al-Mamun, A.; DHAR, B. R.
A critical review of conventional and emerging methods for improving
process stability in thermophilic anaerobic digestion. Energy for Sustainable
Development, v. 54, p. 72-84, 2020.
SCHIRMANN, J.; AITA, C.; GIACOMINI, S. P.; STEFEN B.; GIACOMINI, D. A.;
GONZATTO, R.; OLIVO, J. Inibidor de nitrificação e aplicação parcelada de
dejetos de suínos nas culturas do milho e trigo. Rev. Bras. Ciênc. Solo,
Viçosa, v. 37, n. 1, p. 271-280, Feb. 2013.
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