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MÓDULO 2

Notificação, transporte de
pacientes, preparo hospitalar,
manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo
APRESENTAÇÃO
Olá, cursista!

Bem-vindo(a) ao segundo módulo do curso Medidas de biossegurança


atualizadas para enfrentamento da Covid-19 – nível superior e médio.

Neste módulo, você irá aprender como deve ocorrer a notificação em


casos de contaminação, o preparo hospitalar para o transporte de
pacientes, assim como o manuseio dos equipamentos, e os cuidados
com o corpo após o óbito da pessoa com a Covid-19.

Cada um destes assuntos é extremamente importante para que você,


profissional de enfermagem, minimize a propagação do vírus em seu
ambiente de trabalho.

Estrutura do Módulo
Neste módulo, os assuntos tratados foram organizados da seguin-
te forma:

Unidade 2.1 – Diretrizes para a notificação em caso de contamina-


ção por Covid-19.

Unidade 2.2 – Tipos e finalidades dos Equipamentos de Proteção


Individual (EPIs) e coletivos (EPCs). Utilização correta de EPIs pela
equipe de Enfermagem (máscara, luvas, aventais, óculos, gorro,
proteção para os pés, colocação e descarte).

Unidade 2.3 – Preparação de profissionais de saúde para o trans-


porte de pacientes com Covid-19 confirmados ou suspeitos.

Unidade 2.4 – Manuseio de equipamentos em pacientes infectados.

Unidade 2.5 – Higienização do ambiente hospitalar e checklist de


preparação hospitalar.

Unidade 2.6 – Cuidados com o corpo após a morte da pessoa


contaminada pelo novo coronavírus ou suspeita de contaminação
pelo novo coronavírus (Covid-19).
SUMÁRIO

Módulo 2: Notificação, transporte de


pacientes, preparo hospitalar, manuseio
de equipamentos, cuidados com o corpo

04 UNIDADE 2.1 – Diretrizes para a notificação em caso de


contaminação por Covid-19.

UNIDADE 2.2 – Tipos e finalidades dos Equipamentos de


Proteção Individual (EPIs) e coletivos (EPCs). Utilização
12 correta de EPIs pela equipe de Enfermagem (máscara, lu-
vas, aventais, óculos, gorro, proteção para os pés, coloca-
ção e descarte).

UNIDADE 2.3 – Preparação de profissionais de saúde para


28 o transporte de pacientes com Covid-19 confirmado ou
suspeito.

UNIDADE 2.4 – Manuseio de equipamentos em pacientes


37 infectados.

UNIDADE 2.5 – Higienização do ambiente hospitalar e


42 checklist de preparação hospitalar.

UNIDADE 2.6 – Cuidados com o corpo após a morte da


52 pessoa contaminada ou suspeita de contaminação pelo
novo coronavírus (Covid-19).
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

UNIDADE 2.1 – Diretrizes para a


notificação em caso de contaminação
por Covid-19
Após esse estudo, você deverá ser capaz de compreender as
diretrizes nacionais para a notificação em casos de contamina-
ção por Covid-19; entender para que servem estas notificações;
conhecer as definições operacionais; saber identificar os casos
suspeitos e confirmados; conhecer os códigos internacionais da
doença (CID-10) e estar apto a realizar notificação compulsória
quando necessário.

Introdução
No Brasil, em 20 de março de 2020, foi declarado que a transmis-
são do novo coronavírus passou a ser considerada comunitária em
todo o território nacional. Diante disso, a Secretaria de vigilância
em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) realizou a adaptação
do Sistema de Vigilância de Síndromes Respiratórias Agudas, vi-
sando orientar o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde para
a circulação simultânea do coronavírus, influenza e outros vírus
respiratórios no âmbito da Emergência de Saúde Pública de Im-
portância Nacional (BRASIL, 2020a).

Assim, diante de uma pandemia como a Covid-19, a vigilância epi-


demiológica necessita de informações atualizadas que possam
subsidiar ações de controle desta doença, sendo que as principais
Notificação fontes destas informações são as notificações compulsórias de
compulsória agravos e doenças feitas por profissionais de saúde. As notifi-
É a comunicação cações compulsórias representam um importante precursor dos
oficial feita às
autoridades sanitárias
serviços de vigilância em Saúde Pública, sendo utilizadas como
sobre a ocorrência estratégia para melhorar o conhecimento do comportamento de
de uma doença ou doenças na comunidade (SOUSA, 2012).
agravo à saúde,
realizada por qualquer
profissional de saúde
ou cidadão, visando
a implementação de
medidas de intervenção
pertinentes.

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Esta adaptação, de caráter temporário, buscou garantir a manutenção do


sistema de vigilância de Influenza e compreender o impacto que a doença
Covid-19 teria sobre o Sistema Único de Saúde. Ainda não é possível
afirmar se esta doença permanecerá endêmica ou se desaparecerá após
a pandemia (BRASIL, 2020a).

Definições Operacionais
Covid-19 consiste em uma doença que apresenta um espectro
clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros graves.
A maioria (cerca de 80%) dos pacientes podem ser assintomáti-
cos ou oligossintomáticos e cerca de 20% dos casos detectados
requerem atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade
respiratória, dos quais aproximadamente 5% poderão necessitar
de suporte ventilatório (BRASIL, 2020a).

Nos casos sintomáticos, a Covid-19, se apresenta como uma síndro-


me respiratória aguda. Portanto, pode ser confundida com uma série
de outras doenças comuns, principalmente no período do outono-in-
verno que marca a presença do vírus da Influenza (BRASIL, 2020a).

Figura 1:
Doenças respiratórias.
Fonte:
Pixabay, adaptado por
labSEAD-UFSC (2020).

Sendo assim, para o diagnóstico e notificação dos casos suspeitos


ou confirmados de Covid-19, recomenda-se uma investigação de-
talhada do histórico do paciente para determinar o nível de risco
e avaliar a possibilidade de outras causas. Para isso, torna-se im-
portante conhecer os principais conceitos que norteiam este pro-

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

cesso, estabelecidos pelo Ministério da Saúde do Brasil (BRASIL,


2020b). Vamos ver quais são eles?

Casos suspeitos
Os casos suspeitos possuem duas definições, podendo ser distin-
tas em crianças, adultos e idosos. Vejamos!

Síndrome Gripal (SG):

Consiste na situação em que o indivíduo apresenta um quadro


respiratório agudo, caracterizado por sensação febril, ou febre,
mesmo que relatada, acompanhada de tosse OU dor de garganta
OU coriza OU dificuldade respiratória. Destacando-se algumas ca-
racterísticas específicas em crianças e idosos.

Em crianças: considera-se também obstrução nasal,


na ausência de outro diagnóstico específico.
Síndrome
Gripal (SG) Em idosos: a febre pode estar ausente. Deve-se
Figura 2: considerar também critérios específicos de
Síndrome Gripal (SG). agravamento como síncope, confusão mental,
Fonte: sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.
labSEAD-UFSC (2020).

Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):

Consiste na Síndrome Gripal que apresente os seguintes sinais e


sintomas: dispneia/desconforto respiratório OU pressão persisten-
te no tórax OU saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU
coloração azulada dos lábios ou rosto. Em crianças, além destes
sinais e sintomas, podem ser observadas outras alterações.

Síndrome
Respiratória Em crianças: batimentos de asa de nariz,
Figura 3:
Síndrome Respiratória
Aguda Grave cianose, tiragem intercostal, desidratação e
(SRAG) inapetência.
Aguda Grave (SRAG).
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

Agora que vimos os casos suspeitos e suas definições, vamos conhe-


cer as principais definições para os casos em que há a confirmação.

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Casos confirmados
Nos casos confirmados, temos três definições, a partir dos ca-
sos suspeitos de Síndrome Gripal ou Síndrome Respiratória Aguda
Grave. Veja quais são elas na figura a seguir.

Tipos de casos confirmados

Doença pelo
coronavírus 2019:
com resultado
detectável para
SARS-CoV2.

Biologia
molecular
(RT-PCR em tempo Influenza: com
real para detecção resultado
do vírus detectável para
SARS-CoV2, Influenza.
Influenza ou VSR): 

Vírus Sincicial
Por critério Laboratorial – Respiratório: com
caso suspeito de SG ou SRAG com teste de: resultado
detectável para
VSR.

Imunológico
(teste rápido ou
Por critério clínico-epidemiológico – sorologia clássica Doença pelo
caso suspeito de SG ou SRAG com para detecção de coronavírus 2019:
histórico de contato próximo ou domiciliar, anticorpos): com resultado
nos últimos 7 dias antes do aparecimento positivo para
dos sintomas, com caso confirmado anticorpos IgM
laboratorialmente para Covid-19 e para o e/ou IgG. Em
qual não foi possível realizar a investigação amostra coletada
laboratorial específica. após o sétimo dia
de início dos
sintomas.

Caso descartado de doença pelo


coronavírus 2019 (Covid-19) –
caso suspeito de SG ou SRAG com
resultado laboratorial negativo para
coronavírus (SARS-COV-2 não detectável
pelo método de RT-PCR em tempo real),
considerando a oportunidade da coleta
OU confirmação laboratorial para outro
agente etiológico. 

Figura 4:
Casos confirmados.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Agora que já vimos os casos suspeitos e confirmados, vale reforçar a


classificação, veja na figura a seguir.

Definição de casos

Casos Suspeitos Casos Confirmados


Síndrome Gripal (SG) Critério laboratorial (biologia
Síndrome Respiratória molecular e imunológica)
Figura 5:
Aguda Grave (SRAG) Critério clínico-epidemológico
Definição de casos.
Fonte: Caso descartado
labSEAD-UFSC (2020).

Após entender os tipos de casos, vamos conhecer agora os Códi-


gos Internacionais de Doenças para esta enfermidade.

Códigos Internacionais de Doenças (CID-10)


e Classificação Internacional de Atenção
Primária (CIAP-2)
Além dos conceitos de casos, cabe destacar os Códigos Interna-
cionais de Doenças (CID-10) determinados para a Covid-19 pela
Organização Mundial de Saúde (OMS).

Assim, a OMS estabeleceu que o código U07, reservado para casos


emergenciais, deve ser utilizado para a Covid-19, sendo considera-
dos os seguintes subtipos:

• U07.1: Diagnóstico de Covid-19 confirmado por exames laborato-


riais.

• U07.2: Diagnóstico clínico ou epidemiológico de Covid-19, quan-


do a confirmação laboratorial é inconclusiva ou não está disponí-
vel (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020).

Na falta do CID U07.1 na base de registro, o CID B34.2 – Infecção por


coronavírus de localização não especificada –pode ser utilizado.

Os trabalhadores da Atenção Primária poderão utilizar também a

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP-2) pelo có-


digo CIAP-2 R74 (Infecção Aguda de Aparelho Respiratório Supe-
rior) (BRASIL, 2020).

CID 10 COVID-19 CIAP 12 COVID-19

U07.1: Covid-10 confirmado


por exames laboratoriais
R74: Infecção aguda do
U07.2: Covid-10 por diagnóstico aparelho respiratório superior
clínico ou epidemiológico
B34.2: Infecção por coronavírus
Figura 6: de localização não específica
Classificação no CID
10 e CIAP 2.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

Agora que já vimos os códigos de classificação, vejamos como


deve ser a notificação.

Notificação
A notificação de casos confirmados e suspeitos de COVID-19 é
compulsória e deve ser realizada em até 24 horas a partir da sus-
peita ou ocorrência da doença.

Para compreender melhor o processo de notificação foi desen-


volvido um podcast sobre as Diretrizes de Notificação Covid-19
especialmente para tirar suas dúvidas sobre este tema.

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

Olá, este podcast foi criado para auxiliar os profissionais da


área da saúde no processo de notificação compulsória em
casos de contaminação pelo novo coronavírus, baseado nas
diretrizes do Ministério da Saúde.

Para tornar o aprendizado mais dinâmico, vamos responder


algumas das perguntas mais frequentes feitas durante o

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

processo de notificação.

O primeiro questionamento que surge é: O QUE NOTIFICAR?

Então, deverão ser notificados os casos de síndrome gripal e


de síndrome respiratória aguda grave hospitalizados ou óbito
desta mesma natureza, independente da hospitalização, que
atendam a definição de caso.

Vamos lá, temos um caso suspeito ou confirmado de Covid-19,


quem deve notificar?

A resposta é: todos os profissionais e instituições de saúde


do setor público ou privado, em todo o território nacional. O
que acontece é que em muitas instituições de saúde existe
uma determinada rotina preestabelecida para a realização
das notificações, mas isso não significa que apenas os
profissionais deste setor é que podem ou devem notificar.

E quando deve ser feita essa notificação?

Ela deve ser feita dentro do prazo de 24 horas a partir da


suspeita inicial do caso ou óbito.

Onde e como notificar?

As notificações devem ser realizadas via formulário do e-SUS


vigilância epidemiológica por meio do endereço eletrônico:
https://notifica.saude.gov.br/

Este link, bem como o link para acessar ao vídeo ensinando


como fazer login e preencher o formulário eletrônico
estão disponíveis no item Aprofunde dessa unidade de
aprendizagem.

A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais


de saúde: médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veteri-
nários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercí-
cio da profissão, bem como os responsáveis por organizações e
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino,
em conformidade com os arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de
outubro de 1975.

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Evidências científicas
Sobre o diagnóstico de Covid-19 pela análise PCR, as evidências
apontam que este é mais sensível nas pessoas que apresentam
sintomatologia prévia de quadro gripal e têm resultados positivos
numa percentagem mais elevada se houver febre (LIU et al., 2020).
Aprofunde
• Ferramenta
e-SUS VE: link Além disso, estima-se que a taxa de falsos negativos de um primeiro
• Manual e-SUS VE: teste por colheita de esfregaço nasofaríngeo pode ser de 30-50%.
link
• Vídeo tutorial:
Por isso, autores sugerem considerar a análise de outro material bio-
link lógico como a expectoração e lavado broncoalveolar (WANG, Y. 2020).

Complementando, em resultados de outro estudo, o lavado bron-


coalveolar foi o tecido com maior taxa de positividade (14 em 15
amostras, 93%), seguida da expectoração (72 em 104, 72%) e es-
fregaço nasal (5 em 8, 63%) (WANG, W. 2020).

Fechamento

O QUE NOTIFICAR?
Deverão ser notificados os casos de Síndrome Gripal e
Síndrome Respiratória Aguda Grave hospitalizados ou
óbito desta mesma natureza, que atendam a
definição de caso.

QUEM E QUANDO NOTIFICAR?


Todos os profissionais e instituições de saúde do setor
público ou privado, em todo o território nacional
dentro do prazo de 24h a partir da suspeita inicial do
caso ou óbito.

Figura 7:
ONDE NOTIFICAR?
Dados sobre a As notificações devem ser realizadas via formulário do
notificação. e-SUS vigilância epidemiológica por meio do endereço
Fonte: eletrônico: https://notifica.saude.gov.br/.
labSEAD-UFSC (2020).

Atualmente, estamos diante da Covid-19, uma doença pouco co-


nhecida e com ampla capacidade de disseminação. Profissionais
de saúde devem estar atentos a ocorrência de sinais e sintomas,
principalmente gripais, que definem os casos suspeitos e confir-
mados para Covid-19. Diante da ocorrência destes, as autoridades
sanitárias devem ser notificadas, o que poderá contribuir para o
conhecimento da doença e na implementação de medidas para o
seu manejo e controle.

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

UNIDADE 2.2 – Tipos e finalidades dos


Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
e coletivos (EPCs). Utilização correta de
EPIs pela equipe de Enfermagem (máscara,
luvas, aventais, óculos, gorro, proteção
para os pés, colocação e descarte)

Nesta unidade, você irá distinguir os tipos de equipamentos de


proteção relacionados ao enfrentamento da Covid-19, e verá a
correta utilização destes equipamentos

Introdução
Talvez em nossa história, nunca tenha se falado tanto em biosse-
gurança, em segurança do paciente e segurança do trabalhador,
sendo conceitos bastante difundidos e estudados pela enferma-
gem brasileira e internacional.

Conforme o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), as


precauções se baseiam de acordo com a transmissão das patolo-
gias, em três vias principais: transmissão por contato, transmis-
são por gotículas e transmissão por aerossóis (LACERDA, 2015).

Assim, o profissional de saúde deve compreender, a partir da pato-


logia e sua transmissão, que precauções deve adotar, podendo em
muitas situações adotar precauções conjuntas e EPIs específicos.

Conceitos Iniciais
Segundo a Norma Regulamentadora (NR6), considera-se um EPI
todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo tra-
balhador, para proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segu-
rança e saúde no trabalho (BRASIL, 2001).

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

A empresa e ou instituição onde você trabalha é obrigada a


fornecer aos empregados, gratuitamente, os EPIs adequados
ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento,

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dos com o corpo

sobretudo nas situações de emergência. Cabe também


ao empregador exigir seu uso, além de orientar e treinar o
trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação
(BRASIL, 2001).

O uso dos EPIs no contexto da Covid-19


Para a Covid-19 as precauções necessárias são: Precaução Padrão;
Precauções de Contato; Precauções por Gotículas ou Precauções
por Aerossóis. O profissional de Enfermagem deve manter o julga-
mento clínico para a utilização correta de cada EPI, considerando
a situação. A seguir, veremos os EPIs a serem utilizados no con-
texto da Covid-19.

Máscara cirúrgica
É uma barreira física para evitar a contaminação da boca e do
nariz do profissional de saúde, por gotículas, quando atua em cur-
tas distâncias (inferior a 1 metro). Por outro lado, seu uso evita a
emissão de gotículas geradas pelo próprio profissional de saúde
no ambiente e em seus contatos próximos (BRASIL, 2020).

Figura 8:
Máscara cirúrgica.
Fonte:
Pixabay (2020).

A máscara cirúrgica deve ser utilizada no cuidado de todos os


pacientes, em situações que possam gerar respingos de sangue
ou secreções como precaução padrão. É indicada no cuidado de
pacientes com diagnóstico suspeito ou confirmado de Covid-19,
exceto em procedimentos que possam gerar aerossóis.

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

O paciente com qualquer precaução por gotículas ou aerossóis


usa máscara cirúrgica quando estiver em ambiente coletivo,
como salas de espera, ao sair do quarto e no transporte.

Evite tocar na máscara, e se o fizer, higienize novamente suas


mãos. Para retirar, remova a máscara sempre segurando pelas ti-
ras laterais (pois pode estar contaminada) e higienize as mãos
após. Deve ser descartada após o uso e ser substituída sempre
que estiver úmida ou que apresentar sujidades. A máscara é des-
cartável e de uso único. Máscaras de tecido não são indicadas
para atendimento aos pacientes!

Máscara de proteção respiratória (respirador par-


ticulado – N95, PFF2 ou equivalente)
É indicado o uso de respirador particulado com eficácia mínima
de filtração de 95% de partículas de até 0,3μ (tipo N95, N99, N100,
PFF2 ou PFF3), no cuidado a pacientes com suspeita ou confir-
mação de Covid-19, durante a realização de procedimentos gera-
dores de aerossóis, tais como intubação ou aspiração traqueal,
ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação
manual antes da intubação, coletas de secreções nasotraqueais,
broncoscopias, entre outros (BRASIL, 2020).

Figura 9:
Máscara de proteção
respiratória.
Fonte:
Pixabay (2020).

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

A máscara PFF 2 e a N95, são equivalentes, possuindo capacidade


de filtração de 94 e 95% respectivamente. Têm captura filtrante
de partículas não biológicas (poeiras, névoas e fumos) e biológicas
(microrganismos esféricos, filamentosos, cilíndricos) na forma de
Aerossóis aerossóis. A sigla PFF significa Peça Facial Filtrante.

Os aerossóis são A máscara deve ser adequadamente ajustada à face do profissio-


partículas com
tamanho inferior a
nal. É necessário realizar o teste de vedação todas as vezes em
5 µ, que podem ficar que for utilizar a máscara, como veremos a seguir.
suspensas no ar
(BRASIL, 2006).
Teste de vedação

Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3

A pressão
positiva dentro
da máscara
indica que não
há vazamento.
Expire
profundamente.
Se houver
O ar deverá sair
vazamento, é
através das
necessário
fibras da
ajustar posição
máscara.
ou os tirantes.

Repita o teste
até não ter
Coloque as vazamentos.
mãos em frente
à máscara,
tocando-a sem A pressão
pressionar. negativa dentro
da máscara
indica que não
há vazamento.
Inspire
profundamente. Se houver
O ar deverá vazamento, é
entrar através necessário
das fibras da ajustar posição
máscara. ou os tirantes.
Figura 10:
Teste de vedação. Repita o teste
Fonte: até não ter
labSead-UFSC (2020). vazamentos.

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Para retirar a máscara, toque somente nas alças laterais. E, lem-


bre-se de que a máscara é de uso individual, podendo ser reutili-
zada apenas pelo mesmo profissional, desde que esteja em con-
dições de segurança para uso.

A máscara N95, PFF2 ou equivalente pode ser reutilizada desde que:

Não apresente
sujidades
externa e
interna
Possibilite a Esteja com os Não esteja Não tenha sido
vedação (lembrando que tirantes amassada ou exposta a
aceitável. manchas de íntegros. com vincos. gotículas.
Figura 11: batom, base ou
Reutilização de similar também
máscara PFF. são consideradas
sujidades).
Fonte:
labSead-UFSC (2020).

Para armazenar a máscara devemos seguir as recomendações


do fabricante. Não deve ser guardada em saco plástico fechado
para evitar a proliferação de microrganismos. Pode ser embalada
em um papel absorvente ou poroso e identificado (a identificação
deve ser feita na embalagem externa). Evite guardar a máscara
junto aos pertences pessoais.

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

A máscara N95 ou similar pode ser utilizada em Centro


Cirúrgico desde que NÃO tenha válvula expiratória. A máscara
com válvula não filtra a expiração, permitindo a eliminação
de gotículas pelo profissional de saúde, não protegendo
o paciente em campo operatório ou qualquer pessoa que
esteja próxima ao profissional, caso seja portador de doença
respiratória (BRASIL, 2020).

Os agentes biológicos são retidos entre as fibras da máscara


N95 ou similar, não apresentam mobilidade própria e não se
movem através dos filtros ou válvulas da máscara. Assim,
não se deslocam, isto é, não entram e não saem. Porém, há
risco de contaminação da parte interna da máscara quando
o manuseio é realizado inadequadamente, especialmente

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

quando não é realizada a higienização das mãos corretamente,


no momento da retirada dos EPIs. (BRASIL, 2006)

Luvas
Para realização de procedimentos não cirúrgicos, em situações de
contato com sangue e secreções de todos os pacientes, são indi-
cadas as luvas não estéreis, como precaução padrão.

É indicado utilizar luvas para todo e qualquer contato com pessoas


com suspeita ou confirmação de Covid-19. E para procedimentos
assépticos é indicado o uso de luvas estéreis (BRASIL, 2020).

Figura 12:
Luvas.
Fonte:
Pixabay (2020).

Escolher luvas compatíveis com o tamanho das mãos é um passo


importante para a segurança do profissional, visto que luvas jus-
tas demais tendem a se romper e luvas largas podem favorecer a
exposição dos punhos com maior facilidade.

Para compreender melhor o processo de notificação foi desenvol-


vido um podcast sobre o uso de luvas.

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

Lembre-se:

• O uso de luvas não substitui a higienização das mãos.

• As mãos devem ser higienizadas antes e após o uso das


luvas.

• A colocação das luvas deve ser realizada dentro do quarto


do paciente com diagnóstico suspeito ou confirmado de
Covid-19, ou em sua área de isolamento.

• Elas devem cobrir totalmente os punhos.

• Lembre-se dos cinco momentos para higienização das mãos,


e durante a assistência, se precisar, retire a luva, higienize
suas mãos e calce novo par de luvas. Caso necessário, troque
de luvas também se estiverem danificadas.

• Não higienize mãos enluvadas.

• Evite tocar desnecessariamente o ambiente com mãos


enluvadas.

• Nunca utilize o mesmo par de luvas ao cuidar de pacientes


diferentes.

• O momento da retirada das luvas requer muita atenção.


As luvas tendem a ser o EPI mais contaminado, portanto, a
retirada das luvas é o primeiro passo da desparamentação.

Profissional de enfermagem, a retirada dos EPIs requer muita


atenção! Cuide-se!

Óculos de proteção e protetores faciais


Os óculos de lentes corretivas não servem como óculos de prote-
ção, pois têm laterais e parte superior abertas, com possibilidade
de contaminação do profissional. Para quem utiliza óculos de cor-
reção, é indicado o uso de óculos de sobreposição que são indica-
dos como precaução padrão para situações onde houver risco de
exposição a respingos de sangue e secreções.

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Figura 13:
Óculos de proteção.
Fonte:
Pexels (2020).

O protetor facial (Face Shield) deve cobrir a frente e os lados


do rosto para situações onde houver risco de exposição a res-
pingos de sangue e secreções. Muitas vezes os profissionais de
saúde utilizam os dois (óculos e protetor facial) conjuntamente,
para maior proteção.

Avental descartável
O avental descartável, também denominado capote, tem a finali-
dade de proteger a pele e a roupa dos profissionais de Enferma-
gem de uma possível contaminação. É um dos EPIs preconizados
nas Precauções por Gotículas e Aerossóis e Contato e, portanto,
determinado para os profissionais de Enfermagem no enfrenta-
mento da Codiv-19, quando em atendimento de caso suspeito ou
confirmado da doença.

Veja quais são as especificações técnicas do avental (BRASIL, 2020):

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Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Especificações
técnicas do
avental
Gramatura de no Proporcionar barreira
mínimo 30 g/m2. antimicrobiana efetiva
Quando houver risco (Teste de Eficiência de
de hipersecreção Filtração Bacteriológica -
orotraqueal, a BFE), além de permitir a
gramatura mínima execução de atividades com
deve ser de 50g/m2. conforto e estar disponível
em vários tamanhos.

Figura 14:
Especificações
técnicas do avental.
Fonte: Mangas longas, Material atóxico,
punho de malha ou hidro/hemorrepelente,
labSead-UFSC (2020). elástico. impermeável,
hipoalergênico.

Lembre que o avental deve proteger a região do tórax, tronco e


braços dos profissionais, permitindo a mobilidade dos movimentos
durante os procedimentos. O avental sujo deve ser removido e des-
cartado como resíduo infectante após a realização do procedimen-
to e antes de sair do quarto do paciente ou da área de isolamento.

Após a remoção do avental, deve-se proceder a higiene das


mãos para evitar a transmissão do vírus para o profissional, pa-
ciente e ambiente.

Touca
A touca deve ser produzida de material descartável e desprezada
após o uso. É indicado para proteção dos cabelos e da cabeça
Aprofunde dos profissionais em procedimentos que possam gerar aerossóis
• Colocação (BRASIL, 2020). A touca é a última peça a ser colocada, pois pro-
dos EPIs para tege as áreas que serão tocadas no momento da retirada do pro-
procedimentos
que não gerem
tetor facial, dos óculos de proteção e da máscara.
aerossóis –
Gotículas: link
•Retirada dos
EPIs para Sequência para colocação dos EPIs
procedimentos
que não gerem
A sequência de colocação dos EPIs pode variar conforme a es-
aerossóis: link
trutura física, com ou sem a presença de antessala, porém é
importante lembrar que todo o EPI colocado deve ser retirado
em segurança. Veja a sequência recomendada para paramenta-
ção em situações que não geram aerossóis e em situações que
possam gerar aerossóis.

20
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Antes de entrar no quarto, atente-se para as seguintes


orientações

• Higienização das mãos, que pode ser com água e sabão ou com
solução alcoólica a 70%.

• Máscara cirúrgica (SEM procedimentos que possam gerar ae-


rossóis): ajuste-a cobrindo totalmente o nariz e boca, ajuste o
clip nasal deixando o mínimo possível de espaços entre a máscara
e a face (sem apertar ou deixar frouxa).

• Respirador particulado - N95, PFF2 ou equivalente (em procedi-


mentos com risco de gerar aerossóis): segure na parte da frente,
adapte à face, ajuste os tirantes, ajuste o clip nasal, realize o teste
de vedação e higienize suas mãos.

• Óculos de proteção – se usar lente corretivas, deve por os ócu-


los de sobreposição.

• Protetor Facial (Face Shield): ajuste sem apertar ou deixar frouxo.

• Touca – cobrindo a cabeça, orelhas e, consequentemente, co-


brindo as laterais do protetor facial, as laterais dos óculos e os
tirantes elásticos da máscara cirúrgica ou N95.

• Avental - com a abertura para atrás. O laço do avental deve ser


feito atrás ou ao lado. Evite fazer o laço na frente, pois favorece o
risco a contaminação no momento da retirada.

Dentro do quarto tome cuidado para os seguintes


procedimentos

• Luvas – cobrindo as ribanas do avental.

21
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Sequência de paramentação em procedimentos que


não geram aerossóis — Covid-19
Antes de entrar no quarto

1. Higienize suas mãos 2. Coloque a máscara 3. Coloque os óculos

4. Coloque o protetor facial 5. Coloque a touca 6. Coloque o avental

Após entrar no quarto

Figura 15:
Paramentação sem
aerossóis.
Fonte: 7. Coloque as luvas
labSead-UFSC (2020).

Vejamos a paramentação em casos em que os procedimentos


Aprofunde podem gerar aerossóis. A diferença é o tipo de máscara a ser
•Colocação usada, aqui deve ser um respirador particulado (N95, PFF2 ou
dos EPIs para
procedimentos
equivalente) e deve ser feito o teste de vedação.
que possam gerar
aerossóis: link
•Retirada dos
EPIs para
procedimentos
que possam gerar
aerossóis: link

22
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Sequência de paramentação em procedimentos que


geram aerossóis — Covid-19
Antes de entrar no quarto

1. Higienize suas mãos 2. Coloque a máscara de 3. Coloque os óculos


proteção respiratória e
faça o teste de vedação

4. Coloque o protetor facial 5. Coloque a touca 6. Coloque o avental

Após entrar no quarto

Figura 16:
Paramentação com
aerossóis.
Fonte: 7. Coloque as luvas
labSead-UFSC (2020).

Agora que já vimos como deve ser a paramentação, é hora de sa-


ber sobre a retirada dos equipamentos de proteção.

Sequência para retirada dos EPIs

O momento da retirada dos EPIs deve ser criterioso e você deve


tomar muito cuidado, visto que há risco de contaminação. Veja a
sequência recomendada para retirada da paramentação:

23
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Antes de sair no quarto

• Luvas – Segure na parte externa de uma luva com os dedos da


mão oposta. Segure a luva removida com a mão que ainda está
enluvada. Toque na parte interna do punho da mão enluvada com
o dedo indicador oposto, sem luvas e retire a outra luva. Despreze
em lixeira infectante.

• Higienize as mãos preferencialmente com solução alcoólica a 70%.

• Avental (pode ser retirado fora do quarto em locais com antessa-


la) - retire os laços do avental. Deslize o dedo da mão por baixo da
manga contrária e puxe um pouco a manga do avental sem retirar
totalmente. Com a mão que está por baixo dessa manga, puxe a
outra manga (por cima do avental), retirando totalmente o avental,
enrolando-o pelo lado avesso. Despreze em lixeira infectante.

• Higienize as mãos preferencialmente com solução alcoólica a 70%.

Após sair do quarto

• Touca – retire a touca puxando pela parte posterior e inferior.

• Protetor Facial (Face Shield) – retire pelas laterais e deposite em


uma bandeja para posterior higienização.

• Óculos de proteção – retire pelas laterais e deposite em uma


bandeja para posterior higienização. A higienização dos óculos e
do protetor facial deve ser realizada com água e sabão sempre
que houver substâncias orgânicas, e após, proceder a desinfecção
(que pode ser por fricção com álcool a 70%, fricção com quater-
nário de amônia, imersão em hipoclorito de sódio ou conforme
rotina estabelecida pela instituição).

• Higienize suas mãos com água e sabão ou com solução alcoólica


a 70%.

• Máscara cirúrgica – retire pelas laterais e despreze em lixeiro in-


fectante. Se for máscara N95, pode ser armazenada, envolvendo-a
em papel absorvente.

• Caso a unidade toda esteja sendo considerada contaminada, ou


não tenha portas, mantenha a máscara até deixar o ambiente.

24
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Sequência de desparamentação — Covid-19

Antes de sair do quarto

3. Retire o avental
1. Retire as luvas seguindo 2. Higienize as mãos com 4. Higienize as mãos com
cuidadosamente e despreze
as regras que evitem solução alcoólica a 70% solução alcoólica a 70%
em lixeira infectante
contato de sua pele com a
parte externa da luva

Após sair do quarto

5. Retire a touca 7. Retire os óculos e 8. Higienize novamente as


6. Retire o protetor facial
deposite em uma bandeja mãos com solução
para posterior higienização alcoólica a 70%

9. Caso a unidade toda esteja 10. Retire a máscara pelas


contaminada, ou não tenha laterais e despreze em lixeira
portas, mantenha a máscara infectante ou armazene,
até deixar o ambiente envolvendo-a em papel
absorvente, em caso de N-95

Figura 17:
Desparamentação.
Fonte:
labSead-UFSC (2020).

25
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Não esqueça que, quanto aos EPIs, segundo a NR-6, cabe ao pro-
fissional usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se des-
tina, responsabilizar-se pela guarda e conservação, comunicar ao
Aprofunde empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e
•Você pode cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
calcular a
previsão de EPIs
com o apoio
Para a aquisição dos EPIs, certifique-se das especificações
da planilha corretas e da padronização mínima preconizada pela Anvisa e
elaborada pelo Normas Regulamentadoras para cada equipamento. Questões
Cofen, veja no
link. como gramaturas, filtragem bacteriológica, materiais atóxicos,
impermeabilidade, hidrorrepelência, hemorrepelência, são os
diferenciais para que o equipamento seja considerado de pro-
teção individual seguro. Para saber mais, ouça o podcast sobre
a qualidade dos EPIs.

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

Bem, quando a gente está falando sobre qualidade dos EPIs,


é importante lembrar que no nosso país existe uma Norma
Regulamentadora, número 6, que trata especificamente sobre
isso. Ainda, a Agência de Vigilância Sanitária também descreve
a especificação adequada, correta para cada equipamento de
proteção individual. Então, a Enfermagem brasileira, quando
recebe o seu equipamento de proteção individual, tem que
estar atenta, se ele está de acordo com o que preconiza essas
normas. No que diz respeito à especificação, atentar para a
gramatura, atentar para a hidrorrepelência, hemorrepelência,
atentar para a barreira de filtragem, sobretudo nas máscaras e
aventais. Observar se o equipamento traz essa especificação
no seu setor de trabalho. Isso é muito importante em tempos
de pandemia, porque nós podemos estar com um equipamento
que está fora da adequação necessária e, então, ele não ser
considerado um equipamento de proteção individual.

Um abraço e até a próxima!

A partir de todas estas informações apresentadas aqui, espera-


mos que agora você esteja apto(a) para realizar o seu trabalho de
forma segura no que diz respeito à utilização dos EPIs.

26
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos, cuida-
dos com o corpo

Fechamento
Vimos nesta unidade que para a Covid-19, conforme cada caso,
as precauções adotadas são as Precauções de Contato, Precau-
ções com Gotículas e Precauções com Aerossóis. O profissional
de Enfermagem deve manter o julgamento clínico para a utiliza-
ção correta de cada EPI em cada situação, de acordo com o lo-
cal de atuação, fluxo do atendimento, ponto de atenção da rede
assistencial, dentre outros.

Você acabou de ver os tipos de EPIs relacionados ao enfrenta-


mento da Covid-19 e como utilizar de forma correta para cada fi-
nalidade a que eles se destinam. Aproveite seus conhecimentos e
preste seus cuidados com segurança para o paciente e para você
e procure sempre se atualizar!

27
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

UNIDADE 2.3 – Preparação de


profissionais de saúde para o
transporte de pacientes com Covid-19
confirmado ou suspeito
Ao final desta unidade você deverá ser capaz de atuar junto à
equipe de enfermagem e demais profissionais de saúde no trans-
porte de pacientes com Covid-19 confirmados ou suspeitos, tanto
no ambiente intra-hospitalar quanto no inter-hospitalar.

Introdução
Na atual pandemia de Covid-19, os profissionais de enfermagem são
diariamente desafiados no atendimento aos pacientes acometidos
ou com suspeita da doença. Dentre os desafios, destaca-se o trans-
porte desses pacientes, já que a doença requer, em muitos casos,
internação em instituição hospitalar.

A equipe de saúde que atua em unidades móveis pré-hospitalares


vai estar diretamente responsável pelo transporte desses pacien-
tes aos hospitais. Essas unidades apresentam diversas especifi-
cidades em função das características do espaço físico onde se
processa o cuidado, de condições operacionais de trabalho, do
número de profissionais nas equipes, dos equipamentos disponí-
veis e dos procedimentos realizados.

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

Observe que estas características podem conferir maior risco


aos profissionais, diante de uma pandemia como a Covid-19
(ABRAMEDE, 2020).

O transporte de pacientes ainda pode ocorrer dentro da própria


unidade hospitalar, chamado de transporte intra-hospitalar, seja
para encaminhamentos em exames, transferência para outra en-
fermaria ou até mesmo para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
para acompanhamento e tratamento de casos graves. Desacelerar
a disseminação do Covid-19 é uma prioridade nacional, e parte

28
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

desse esforço, envolve o planejamento e a condução de transpor-


te seguro (WONG; LEO; TAN, 2020).

Conceitos iniciais
Inicialmente, vamos abordar alguns conceitos importantes com o in-
tuito de distinguir e entender os tipos de transportes de pacientes in-
tra e inter-hospitalar. Veja a seguir a definição, segundo o Cofen (2018).

1
Transporte intra-hospitalar: é aquele realizado entre
as unidades internas (de internação e de apoio
diagnóstico e cirúrgico) podendo contemplar a unidade
de emergência, unidade de terapia intensiva, unidade de
terapia semi-intensiva, enfermarias e salas de exames.

2
Figura 18: Transporte inter-hospitalar: refere-se à transferência
Tipos de transporte de de pacientes entre unidades não hospitalares ou
pacientes. hospitalares, unidades de diagnóstico, terapêutica e
Fonte: outras unidades de saúde que funcionem como bases
Cofen (2018), de estabilização para pacientes graves, de caráter
adaptado por público ou privado.
labSEAD-UFSC (2020).

Até aqui, vimos a diferença dos diferentes tipos de transporte,


agora vamos conhecer as fases do transporte intra e inter-hospi-
talar ao paciente com Covid-19 confirmado ou suspeito.

Transporte intra-hospitalar ao paciente


com Covid-19 confirmado ou suspeito
Para melhor compreensão do transporte intra-hospitalar, serão
detalhadas as seguintes fases: fase preparatória, fase de transfe-
rência e fase pós-transporte.

Fase preparatória
Nesta fase são observados os requisitos necessários no processo de
transporte seguro aos pacientes com Covid-19 suspeitos ou confir-
mados. De acordo com o Cofen (2018), a fase preparatória envolve
a comunicação entre os locais de origem e destino. Portanto, nessa
etapa a equipe de enfermagem deve considerar as informações
sobre a situação clínica do paciente, continuidade da assistência
e liberação do setor de destino (LIEW et al., 2020).

29
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Para tanto, procure avaliar a condição atual do paciente, caso


perceber que a situação clínica do paciente está se agravando,
deve realizar a transferência precoce para a UTI e, se necessário,
fazer o processo da intubação antes da transferência (COFEN,
2018; LIEW et al., 2020).

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

Conferir equipamentos e medicamentos necessários à


assistência durante o transporte, como: ventilador mecânico,
se em uso; cilindro de oxigênio; ressuscitador com reservatório
e máscara facail coxim inflável; fluxômetro e intermediário;
monitorização portátil; maleta com medicações (COFEN,
2018; UFSC, 2020).

A equipe de enfermagem deve prever a necessidade de vigilância e


intervenção durante o transporte, por meio do monitoramento con-
tínuo da pressão arterial, frequência cardíaca, oximetria de pulso.
Já em pacientes intubados, a equipe deve, ainda, monitorar conti-
nuamente o nível de CO2 no final da expiração (COFEN, 2018; LIEW
et al., 2020). Bem como, não esqueça de colocar máscara cirúrgica
no paciente durante o transporte, se possível (LIEW et al., 2020).

Para a realização do transporte seguro dos pacientes, verifique a


utilização de EPIs entre todos os membros da equipe, conforme
apresentado a seguir.

Figura 19:
Equipamentos de
Proteção Individual.
Fonte:
Ramalho (2020),
adaptado por
labSEAD-UFSC (2020).

30
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Por fim, é importante destacar que nessa fase, a comunicação en-


tre os setores e equipe de enfermagem assume um papel relevan-
te no processo de transporte seguro de pacientes em ambiente
interno aos serviços de saúde.

Fase de transferência
A fase de transferência tem como propósito garantir a integridade
do paciente durante o transporte. Assim, é necessário utilizar a
rota de transporte anteriormente planejada para cada destino do
paciente, além de monitorar durante essa etapa o nível de cons-
ciência e as funções vitais, de acordo com o estado geral do pa-
ciente (LIEW et al., 2020).

Evite o uso de circuitos de respiração aberto ou oxigenação nasal de alto


fluxo e pressão positiva não invasiva durante o transporte, pois esses
meios são potenciais causadores de produção de aerossol e contaminação
do ambiente e dos profissionais. (LIEW et al., 2020).

Outro procedimento importante é adicionar filtros HEPA (High-


Efficiency Partilulate Air) aos tubos endotraqueais, a fim de evitar
a infecção cruzada entre o paciente e o ventilador mecânico,
bem como, adicionar filtros HEPA aos membros expiratórios dos
circuitos respiratórios dos pacientes (LIEW et al., 2020).

Durante o transporte, procure evitar a desconexão desnecessária


do circuito respiratório (LIEW et al., 2020) e ainda manter a co-
nexão de tubos e cateteres, garantindo o suporte hemodinâmico,
ventilatório e medicamentoso ao paciente (UFSC, 2020).

Fase pós-transporte
Na fase do pós-transporte, após o profissional de enfermagem ob-
servar a estabilidade clínica do paciente transportado, deve iniciar
os processos para realizar a limpeza terminal da rota e elevadores
por onde o paciente foi transportado (LIEW et al., 2020).

31
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Os profissionais da higiene e limpeza devem utilizar máscara cirúrgica,


capote, luvas de trabalho pesado, proteção ocular (se houver risco de
respingo de materiais orgânicos ou químicos), botas ou sapatos de
trabalho fechados (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020).

Todos os artigos respiratórios e instrumentais utilizados devem


ser encaminhados ao Centro de Materiais e Esterilização (CME)
sem limpeza prévia, ensacados em saco branco leitoso e rotulado,
e preferencialmente em caixas plásticas com tampa. Recomen-
da-se que os resíduos sejam acondicionados em saco branco lei-
toso. Eles devem ser armazenados em lixeira com tampa e pedal
(ABRAMEDE, 2020).
Aprofunde
Aproveite para
conhecer o
checklist para Transporte inter-hospitalar ao paciente
com Covid-19 confirmado ou suspeito
o transporte
intra-hospitalar
de pacientes
internados na
Unidade de Terapia
Vimos as fases necessárias no transporte intra-hospitalar, agora va-
Intensiva, no link. mos conhecer as fases presentes no transporte inter-hospitalar, que
são descritas como: preparatória, de transferência e de pós-transporte.

Fase preparatória

Nesta fase, a Central de Regulação (CR) deve entrar em contato


com o hospital referenciado para informar as condições clínicas
do paciente e confirmar a transferência (ABRAMEDE, 2020).

Na fase preparatória, cabe as equipes das unidades móveis rea-


lizar o checklist da ambulância, observando, ao retirar e guardar
em compartimento fechado ou proteger com plástico, os mate-
riais que não serão utilizados (ABRAMEDE, 2020). Ainda, utilize
os EPIs padronizados, antes de abordar o paciente, conforme
veremos a seguir.

32
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


RECOMENDADOS NO TRANSPORTE DE PACIENTES

PROFISSIONAL PACIENTE
DA SAÚDE máscara cirúrgica
• máscara se tolerado
• capote
• luvas
• proteção ocular

AMBULANCIA
119

MOTORISTA

Ao dar assistência no embarque de


pacientes deve usar: máscara, capote, luvas
e proteção ocular.

Se ao transportar o paciente o veículo


possuir compartimento isolado para o
motorista com distância especial de pelo
menos um metro, não é obrigatório o uso
de EPI requerido.
Figura 20:
Tipos recomendados
de EPIs para o Se ao transportar o paciente o veículo não
transporte inter- possuir separação entre a cabine do
hospitalar.
Fonte:
motorista e o compartimento do paciente e
Ramalho (2020), não houver contato direto com o paciente, o
adaptado por motorista deve usar máscara cirúrgica.
labSEAD-UFSC (2020).

33
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Aprofunde Importante ainda, averiguar o uso recomendado de EPIs pelo mo-


Conheça os torista, conforme as circunstâncias do contexto e situação do
procedimentos transporte móvel. Assim, recomendamos encobrir os bancos de
necessários de
tecido (motorista e carona) com plástico antes do atendimento e
suporte básico ou
avançado de vida envelopar com plástico filme os equipamentos de suporte avan-
para minimizar çado que poderão ser utilizados no atendimento (oxímetro, desfi-
ao máximo as
intervenções e
brilador, ventilador, etc.) (ABRAMEDE, 2020).
manipulações
durante o transporte, Lembrando ainda, que o ar-condicionado ou a ventilação nos veí-
conforme a Nota
Técnica nº 005/2020
culos deve ser configurado para extrair o ar e não recircular den-
– SAMU/DAPM/SUE/ tro do veículo (SES/SC, 2020).
SES, no link.

Fase de transferência
A fase de transferência inter-hospitalar é o transporte propria-
mente dito. Constitui-se de dois momentos, que devem ser ob-
servados pelo profissional de enfermagem que prestará assistên-
cia ao paciente, tais como: durante o transporte e a chegada à
unidade de saúde receptora.

Conheça a seguir os cuidados que devem ser considerados durante


o transporte nesta fase.

1
Monitorar o paciente e prestar assistência quando
necessária.

2
Se oxigenioterapia for indicada utilizar máscara não
reinalante. Na absoluta ausência, utilizar cateter tipo
Figura 21: óculos e colocar máscara cirúrgica no paciente.
Fase de transferência

3
durante o transporte
inter-hospitalar.
Fonte: Caso utilize o respirador, deve-se utilizar filtro de
SEC/SC (2020),
adaptado por
barreira biológica com eficiência de filtração de 95%.
labSEAD-UFSC (2020).

Além dos cuidados com o paciente durante o transporte, orienta-


mos manter as janelas abertas durante todo o percurso de trans-
ferência, para aumentar a ventilação e troca de ar do paciente pela
equipe e identificar os materiais que entraram em contato direta-
mente com o paciente.

34
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Na chegada à unidade de saúde receptora, toda a equipe de enfer-


magem deverá entrar paramentada com máscara cirúrgica, capo-
te, luvas e proteção ocular. Antes de sair da viatura, a equipe deve
calçar luvas limpas para abrir as portas da unidade hospitalar.
Recomenda-se também que as equipes pré-hospitalares não fi-
quem circulando pela unidade hospitalar de forma desnecessária.

Assim que transferir o paciente para outra maca, deve retirar o


lençol descartável e desprezar no lixo infectante da unidade hos-
pitalar. Caso o lençol for de tecido, dobrá-lo devagar, com a parte
de cima para dentro, e posteriormente, envolver em saco plástico
para colocar no hamper da base.

Fase pós-transporte
Na fase pós-transporte, após cada atendimento a equipe de saúde
deverá fazer a limpeza e a desinfecção da viatura/veículo utiliza-
do no transporte do paciente. Recomenda-se a limpeza imediata-
Aprofunde
mente após a transferência do paciente, ainda na unidade de des-
Para auxiliar a
equipe nesse
tino, para reduzir a exposição dos profissionais. Salientamos que
processo, conheça para a segurança da equipe é obrigatório o uso de EPI padronizado
os Protocolos durante os procedimentos de limpeza.
Nacionais do SAMU
para limpeza
e higienização Na impossibilidade de limpeza e desinfecção no hospital de desti-
de viaturas/ no e a necessidade de deslocamento a um local específico para os
ambulâncias no link.
devidos procedimentos, a equipe deve permanecer paramentada,
inclusive com a máscara indicada. Após a limpeza, se possível, o
veículo deve ser deixado para ventilar com as janelas abertas e o
exaustor configurado para aeração enquanto se deslocar.

Se houver a ausência de procedimentos geradores de aerossóis, a limpeza


concorrente deve ser conforme Protocolos Nacionais do SAMU (PE 24). Mas,
se houver procedimentos geradores de aerossóis, realizar limpeza terminal
conforme Protocolos Nacionais do SAMU (PE 23) (ABRAMEDE, 2020).

Importante destacar que além dos Protocolos Nacionais do


SAMU, você pode fazer o uso de protocolos locais utilizando
álcool 70%, hipoclorito ou outro desinfetante padronizado ou
outro produto indicado. Para reduzir o risco de explosão, reco-
mendamos que os cilindros sejam lavados apenas com água e
sabão (ABRAMEDE, 2020).

35
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Outra recomendação importante é para que os profissionais tenham


um uniforme adicional para a necessidade de troca durante o plan-
tão, além da retirada dos adornos como anéis, colares, relógios e
brincos (ABRAMEDE, 2020). Usar sempre máscara com proteção
respiratória (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3), proteção ocular,
gorro, avental e luvas (WHO, 2020).

É importante que todos os EPIs descartáveis usados sejam descartados


como resíduos infectantes e desprezados ao final do atendimento. E,
caso seja possível, faça a limpeza e desinfecção da viatura/ambulância no
hospital de destino.

No transporte de pacientes em aeronaves de asa fixa ou rotativa,


Maca de
todos devem utilizar EPIs padrão. O transporte aeromédico deve
isolamento ser realizado apenas com o paciente em maca de isolamento
tipo bolha: tipo bolha. Para limpeza e higienização dessa maca, deve-se uti-
É uma cápsula lizar quaternário de amônia e biguanida padronizado no serviço
hermeticamente
isolada que garante
(ABRAMEDE, 2020).
a segurança tanto do
paciente quanto de
quem faz o transporte.
Fechamento
Nessa unidade apresentamos os conceitos e as fases dos trans-
portes intra e inter-hospitalar, que por vezes, podem ser ne-
cessários em casos de pacientes suspeitos ou confirmados de
Covid-19. Aprendemos sobre as principais recomendações para
um transporte seguro do paciente e de todos os profissionais
envolvidos no atendimento.

Vimos aspectos importantes para o controle de infecção e trans-


missão da Covid-19 entre os profissionais de saúde que estão
atuando no transporte de pacientes suspeitos ou confirmados da
doença, como recomendação de EPIs, limpeza e higienização cor-
reta de materiais e equipamentos e os cuidados durante todas as
fases do transporte intra e inter-hospitalar.

36
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

UNIDADE 2.4 – Manuseio de


equipamentos em pacientes
infectados
Ao final desta unidade você será capaz de compreender a impor-
tância da limpeza frequente do ambiente de cuidado, assim como
a necessidade rápida de desinfetar os equipamentos, com álcool
70% ou outro desinfetante padronizado pelo seu serviço de saúde.

Introdução
As regras no âmbito da biossegurança são amplamente discutidas
nas áreas da saúde. Nessa área, a profissão de enfermagem se des-
taca, pois atua diretamente com os pacientes e suas enfermidades,
bem como com os equipamentos que os auxiliam no cuidado. Atu-
almente, a temática em questão está em evidência devido à pande-
mia mundial Covid-19.

Para o enfrentamento da pandemia, normas técnicas de biossegu-


rança foram formuladas e reformuladas pelas instituições de saúde,
tanto no âmbito local, (Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde
de cada pequeno município do Brasil) quanto no âmbito mundial.
Com isso, busca-se minimizar seus efeitos sobre os profissionais
de saúde e na população em geral.
Aprofunde
Clique no link, Para isso, é imprescindível focos de estudos e atualizações sobre a
para acessar o necessidade da utilização de equipamentos de proteção individual
artigo sobre o
que a pandemia
(EPIs) e a higienização adequada de superfícies e materiais utiliza-
da Covid-19 tem dos na assistência em saúde.
nos ensinado
sobre adoção
de medidas de Deste modo, veremos nesta unidade os cuidados necessários para
precaução. o manuseio de equipamentos, que fazem parte da assistência de
pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2 (coronavírus).

Os princípios que você já conhece e que se aplicam às áreas limpas


e contaminadas nos ambientes de cuidado em saúde, não muda-
ram. Entretanto, como ainda não se sabe ao certo quanto tempo
o vírus SARS-CoV-2 sobrevive diferentes em superfícies, a atenção
dos profissionais deve ser redobrada ao manusear equipamentos
com casos suspeitos ou confirmados.

37
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Coronavírus na superfície dos equipamentos


Estudos apontam que o coronavírus pode permanecer nas superfí-
cies por algumas horas ou até mesmo, por vários dias. Uma pesqui-
sa mostrou que o coronavírus resistiu, nas superfícies estudadas,
entre duas horas até nove dias, conforme ilustra o gráfico a seguir.

Cerâmica 120
Vidro 120
Papel 120
Metal 120
Madeira 96

Aço inoxidável 72

Plástico 72

Gráfico 1: Avental descartável 48


Tempo máximo em Papelão 48
horas de viabilidade
do Covid-19 em Luva (látex) 8
superfícies. Alumínio 8
Fonte:
Van Doremalen et Cobre 4
al., 2020; Kampf et
Aerossol 3
al., adaptado por
labSEAD-UFSC (2020). 0 20 40 60 80 100 120 140

A resistência do coronavírus pode variar muito, pois a sobrevivên-


cia do vírus depende de uma série de fatores. Por exemplo, depen-
de dos diferentes tipos de superfície, como metal, plástico, vidro
e, também, da temperatura ou umidade do ambiente em que está
exposto.

Cuidados específicos para desinfecção de


equipamentos
Os conceitos de limpeza concorrente, imediata ou terminal, muito
conhecidos na área da saúde, são aplicados para orientar a de-
sinfecção dos equipamentos e das superfícies em contato com
pacientes suspeitos ou com confirmação de estarem infectados
por coronavírus. Portanto, são as mesmas orientações já conheci-
das e que se aplicam, também, a outras doenças, como vemos na
figura a seguir.

38
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Limpeza Limpeza Limpeza


concorrente: terminal: imediata:

Realizada quando
Realizada Realizada após alta, ocorrem sujidades ou
imediatamente no óbito ou transferência. contaminação do
ambiente onde o ambiente e de
cuidado ocorre. equipamentos com
Figura 22: matéria orgânica,
Tipos de Limpeza mesmo após ter sido
Fonte: realizada a limpeza
Adaptado por concorrente.
labSEAD-UFSC (2020)

Ao manusear equipamentos, tenha em mente que o coronavírus


pode ser eficientemente inativado por meio da desinfeção das
Aprofunde superfícies, aplicando-se álcool etílico 62° - 70°, peróxido de hi-
Veja as orientações drogênio 0,5% ou hipoclorito de sódio 0,1% (um minuto de exposi-
da Anvisa para ção). Outros desinfetantes, como cloreto de benzalcônio a 0,05 e
serviços de
saúde: medidas 0,2% ou digluconato de clorexidina a 0,02%, são menos eficientes
de prevenção (KAMPF et al., 2020).
e controle que
devem ser
adotadas durante As recomendações da Anvisa estão de acordo com as sugeridas
a assistência aos pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) com a ins-
casos suspeitos
ou confirmados de
trução de aumentar a limpeza e a desinfecção das superfícies.
infecção pelo novo Nas instituições, é essencial o desenvolvimento de políticas para
coronavírus no link. a proteção do trabalhador antes da realização da limpeza.

Veja alguns exemplos de superfícies e equipamentos em que a


desinfecção é recomendada.

39
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Superfícies e
Localização
equipamentos

Grades de cama, cadeiras,


Próximas ao paciente mesas de cabeceira e mesas
de refeição.

Maçanetas, grades dos


Superfícies frequentemente leitos, interruptores de luz,
tocadas no ambiente de corrimões, superfícies de
atendimento ao paciente banheiros nos quartos
dos pacientes.

Bombas de infusão,
Equipamentos eletrônicos monitores, ventiladores
mecânicos.

Tabela 1:
Superfícies e
equipamentos em Oxímetro, verificadores de
que a desinfecção é Dispositivos utilizados pressão arterial, termômetro,
recomendada. na assistência direta transdutores de pressão,
Fonte: cabos, endoscópios e
Anvisa (2020), laringoscópios, entre outros.
adaptado por
labSEAD-UFSC (2020).

No caso da manipulação de equipamentos como o termômetro,


por exemplo, logo após verificar a temperatura de um paciente
com suspeita ou confirmação de Covid-19, deve-se desinfetar o
dispositivo com álcool a 70°, imediatamente após o uso.

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

Sempre que você estiver em contato com um paciente


suspeito ou confirmado de Covid-19, ou tocar em área próxima
ao paciente ou nos equipamentos em uso, mantenha total
atenção para proceder ao processo de descontaminação ao
final do atendimento. Além disto, é de extrema importância
que todos da equipe de saúde estejam vigilantes e auxiliem
seus colegas, relembrando-os das adequadas precauções.

40
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Lembre-se que a estrutura viral do SARS-CoV-2, por conter uma


cápsula lipídica, é facilmente removida de dispositivos e superfí-
cies com álcool 70%. Além disso, independe se o paciente é um
caso suspeito ou confirmado, a desinfecção de equipamentos
deve ser realizada igualmente (Oliveira et al., 2020).

Nas UTIS, os equipamentos e materiais devem ser exclusivos para o


quarto/box ou área de isolamento Covid-19. Caso não seja possível,
todos os equipamentos e materiais devem ser rigorosamente limpos
e desinfetados ou esterilizados (se necessário), antes de ser usado em
outro paciente.

A Anvisa recomenda que os profissionais que executam a higiene


e limpeza sejam exclusivos para a área de isolamento da Co-
vid-19, durante todo o turno de plantão para prevenir a possível
disseminação do vírus.

Fechamento
Nesta unidade revisamos os conteúdos relacionados ao manejo de
equipamentos durante a assistência a pacientes infectados com o
vírus SARS-CoV-2. Também vimos que o tempo de sobrevivência do
coronavírus varia de acordo com a superfície e o ambiente, e que é
importantíssimo aumentar a frequência de higienização com álcool
70% ou outro desinfetante padronizado pelo seu serviço de saúde.

Os conceitos de limpeza concorrente, imediata ou terminal, de-


vem continuar sendo aplicados. Para unidades de UTI, a Anvisa re-
comenda que os profissionais que executam a higiene e limpeza,
sejam exclusivos para a área de isolamento Covid-19.

O estado de pandemia atual requer atenção de toda sociedade,


principalmente dos gestores em saúde, que atuam na reformula-
ção de protocolos para o enfrentamento da Covid-19.

A biossegurança, também ganhou grande relevância nas insti-


tuições de saúde. Os critérios aqui discutidos estão presentes
diariamente nas rotinas dos profissionais de saúde. No entanto,
antes da pandemia, muitas vezes, as práticas de higienização e
desinfecção para a prevenção de infecções recebiam menor aten-
ção. Agora, dada emergente gravidade da atual situação, restabe-
leceu-se a importância das práticas.

41
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

UNIDADE 2.5 – Higienização do


ambiente hospitalar e checklist de
preparação hospitalar
Nesta unidade iremos reconhecer a classificação das diferentes
áreas hospitalares destinadas ao atendimento dos pacientes sus-
peitos ou confirmados pela Covid-19. Vamos diferenciar o que é
limpeza e desinfecção do ambiente no contexto de pandemia pelo
Covid-19, identificando os tipos e frequências de limpeza para cada
área hospitalar destinada ao atendimento dos pacientes suspeitos
ou confirmados. Para isso, iremos distinguir os principais produtos
saneantes utilizados na limpeza e na desinfecção de superfícies, equi-
pamentos e espaços exclusivos para o atendimento dos pacientes.

Introdução
A higienização e a desinfecção de superfícies são importantes me-
didas de prevenção e controle para o enfrentamento do Covid-19,
tais como a limpeza e desinfecção, equipamentos, materiais
e produtos para saúde utilizados na assistência aos pacientes;
a limpeza do leito de isolamento e demais leitos; e a organização
da rotina de limpeza.

Breve história e conceitos iniciais


Na história da enfermagem contemporânea, Florence Nightingale
através de sua Teoria Ambientalista destaca a importância de um
ambiente adequado para a prevenção, supressão ou contribuição
para a doença e a morte do paciente. Para Nightingale, o foco do
cuidado de enfermagem é a higiene ambiental (BORSON, CARDOSO,
GONZAGA, 2018; MEDEIROS, et al, 2015; NIGHTINGALE, 1859):

1 Um ambiente saudável é essencial para a


cura.

2 As janelas devem estar abertas possibilitando


a entrada de luz e fluxo de ar fresco para
todos os ocupantes.

3 A limpeza previne morbidade.


Figura 23:
Higiene ambiental.
Fonte: 4 Com o ambiente limpo, o número de casos
Pixabay, adaptado por de infecção diminui.
labSEAD-UFSC (2020).

42
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Considerando os ensinamentos de Florence Nightingale e o cenário


Aprofunde atual de saúde em que vivemos, a limpeza e a desinfecção de ambi-
• Para conhecer as
entes, superfícies, equipamentos e o uso de saneantes em serviços
recomendações de saúde são medidas de controle fundamentais para romper a
da Anvisa sobre cadeia epidemiológica das infecções, dentre elas a infecção cau-
a limpeza e
desinfecção sada pelo coronavírus. Essas medidas visam garantir aos profis-
hospitalar no sionais de saúde, pacientes, familiares e demais colaboradores dos
atendimento de
serviços de saúde a permanência em um ambiente limpo e com a
casos suspeitos
ou confirmados de menor carga de contaminação possível (BRASIL, 2012; 2020a).
Covid-19, acesse
o link.
• Além deste,
A limpeza e a desinfecção têm a finalidade de preparar o ambiente
a Anvisa hospitalar para suas atividades, mantendo a ordem e conservando
disponibiliza outro equipamentos e instalações. Isso evita a disseminação de micror-
material no link.
ganismos responsáveis pelas infecções relacionadas à assistência
à saúde.

Você sabe quais são as superfícies que devem ser limpas e desinfectadas
no ambiente hospitalar?

Há muitos objetos e superfícies em um ambiente hospitalar, mas


alguns têm maior prioridade quando é preciso fazer uma limpeza
em caráter de urgência. Vamos conhecer alguns a seguir:

Equipamentos Equipamentos Equipamentos


que estão para a saúde, de suporte físico,
inseridos no como bancadas, como grades de
ambiente pias, macas, aparelho de
hospitalar, como divãs, suporte condicionador
mobiliários, para soro, de ar, ventilador,
pisos, paredes, balança, exaustor,
divisórias, portas, computadores luminárias,
Figura 24: maçanetas e instalações bebedouro
Locais a serem e janelas. sanitárias. e aparelho
limpos. telefônico.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

Agora que você chegou até aqui, vamos conhecer alguns conceitos
essenciais e processos de limpeza que envolvem a higienização
hospitalar?

43
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Áreas exclusivas de atendimento para pacientes


suspeitos ou confirmados pela Covid-19
Diante da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde recomen-
da aos gestores que avaliem a estrutura existente no serviço de
saúde, identificando possíveis espaços que possam ser destina-
dos como ambientes exclusivos para o atendimento de pacientes
com sintomas respiratórios (BRASIL, 2020b).

As áreas exclusivas recomendadas são salas de espera, insta-


lações sanitárias, lavatórios e ambiente assistencial exclusivo. Es-
Aprofunde sas áreas devem possibilitar o menor fluxo de circulação e cru-
A Secretaria zamento entre pacientes com sintomas respiratórios e os demais
de Atenção pacientes. É recomendado que, se possível, as áreas exclusivas
Especializada
à Saúde
sejam ventiladas e com identificação visual (BRASIL, 2020b).
disponibilizou
fluxogramas para O ambiente assistencial exclusivo deve contar com classificação
atendimento em
diferentes cenários,
de risco, consultório e área de atendimento com observação para
hospitalares e o paciente, podendo coexistir num mesmo ambiente ou estar lo-
não hospitalares. calizado em ambientes distintos (BRASIL, 2020b).
Para acessar os
fluxogramas, clique
no link. As alas de isolamento incluem alas de observação, isolamento
para enfermarias e para cuidados intensivos. A configuração geral
e o fluxo de trabalho devem atender aos requisitos relevantes dos
regulamentos técnicos de isolamento hospitalar. O acesso de pes-
soas a estas alas deve ser limitado (LYANG, 2020).

Destacamos que as alas de isolamento são caracterizadas como


áreas críticas, uma vez que são ambientes com risco aumentado
de transmissão de infecção, em que se realizam procedimentos
de risco, ou onde os pacientes se encontram imunodeprimidos
(BRASIL, 2012).

Limpeza e desinfecção no contexto da pandemia


Covid-19
Neste contexto, os processos de limpeza de superfícies em serviços
de saúde envolvem a limpeza imediata, concorrente e terminal (BRA-
SIL, 2020a). Apesar das diferentes rotinas adotadas pelos serviços,
todas seguem os princípios básicos apresentados a seguir.

44
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Processos de limpeza

Created by Fabrice VAN NEER


from the Noun Project

Limpeza: Limpeza Limpeza Limpeza Desinfecção:


consiste na remoção imediata: concorrente: terminal: procedimento exercido
das sujidades é realizada em corresponde ao equivale a limpeza para a eliminação de
utilizando meios seguida a uma procedimento após a alta, óbito micro-organismos, com
mecânicos (fricção), contaminação de limpeza ou transferência a utilização de produtos
físicos (temperatura) do ambiente e realizado do paciente específicos, respeitando
ou químicos equipamentos diariamente. ou nas internações a diluição e tempo de
(saneantes). com matéria de longa duração. contato informados no
orgânica. rótulo pelo fabricante.

Figura 25:
Processos de limpeza.
Fonte: ABRALIMP Cabe ressaltar que até o momento não existe uma recomendação
(2020), adaptado por diferenciada para a limpeza e desinfecção de superfícies após o
labSEAD-UFSC (2020).
contato com casos suspeitos, ou confirmados, de coronavírus.

É de extrema importância que os serviços revisem os procedimentos


operacionais de limpeza e desinfecção de ambientes e superfícies.

Além de saber quais são os procedimentos operacionais, você


precisa ter conhecimento sobre a frequência de cada um deles,
sempre considerando os diversos tipos de superfície, as sujidades
presentes e as tarefas realizadas no local.

Higienização hospitalar: medidas de pre-


venção e controle
Vamos detalhar agora as Medidas de Prevenção e Controle frente
ao Covid-19 no contexto da higienização hospitalar.

O infográfico a seguir apresenta a indicação de frequência da


realização de limpeza imediata, concorrente e terminal nas
áreas críticas, como ambientes exclusivos e alas de isolamen-
to para atendimento de pacientes com sintomas respiratórios
suspeitos e confirmados.

45
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Frequência de Limpeza das áreas críticas:

Limpeza Concorrente
Limpeza Imediata
3 vezes por dia
(data e horário Realizada em
preestabelecido) e qualquer momento
sempre que do dia.
necessário.

Limpeza Terminal
Semanal
(data, horário
Figura 26: e dia da semana
Frequência de preestabelecido)
Limpeza das áreas
e sempre que
críticas.
Fonte:
necessário.
Brasil (2012, 2020a),
adaptado por
labSEAD-UFSC (2020).

A seguir, veremos um infográfico que apresenta os produtos sa-


neantes recomendados nos processos de limpeza e desinfecção
hospitalar pela Anvisa, aliados importantes para prevenir in-
fecções pelo Covid-19.

Princípios ativos
Produtos recomendados recomendados nos
nos processos de limpeza: processos de
detergentes; limpadores; desinfecção: ácido peracético;
solução de ozônio aquoso; biguanida polimárica;
multiuso; limpadores dois hipoclorito de sódio;
Figura 27:
em um (limpeza + peróxido de hidrogênio;
Limpeza e
desinfecção: produtos
desinfecção) quaternário de
e princípios ativos. amônia.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

46
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

O ambiente de assistência e as áreas próximas ao paciente (mo-


biliário e equipamentos para a saúde) requerem cuidado especial,
devido ao maior risco de contaminação por agentes patológicos.
Por isso, é orientado que os profissionais evitem tocá-las com as
mãos, luvas e outros EPIs contaminados (BRASIL, 2020a).

Cada instituição hospitalar possui uma rotina de limpeza, com a


distribuição de tarefas entre as equipes de Enfermagem e Higie-
nização. Assim, informe-se quanto aos procedimentos adotados
pela sua unidade.

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

A Anvisa recomenda que somente sejam utilizados produtos


regularizados. Os saneantes testados para microrganismos mais
resistentes são melhores para combater a proliferação do novo vírus
(BRASIL, 2020a; 2020d).

Agora que você já conheceu os diferentes tipos de limpeza em um


ambiente hospitalar e alguns dos produtos permitidos e recomen-
dados pela Anvisa, vamos conhecer algumas técnicas de limpeza
e desinfecção em hospitais.

1 Separar o material necessário, conforme


a rotina da instituição.

2 Lavar as mãos com água e sabão.

3 Coloque os Equipamentos de Proteção


Individual (EPIs) adequados para a tarefa.

4 Remover sujidade visível ou matéria


orgânica com papel, ou tecido absorvente,
e limpar com água e sabão, ou
detergente.

Figura 28: 5 Friccionar os objetos e superfícies com


Técnica de limpeza álcool a 70% ou outro desinfetante
e desinfecção indicado pelo Serviço de Controle de
hospitalares. Infecção Hospitalar.

6
Fonte:
Freepik, adaptado por Coloque os Equipamentos de Proteção
labSEAD-UFSC (2020). Individual (EPIs) adequados para a tarefa.

47
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Todas as técnicas apresentadas anteriormente são indispensáveis


para evitar propagação da doença Covid-19, tanto em pacientes
como também dos profissionais que atuam em serviços de saúde.

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

Atenção! Você que atua no cuidado direto ao paciente, reflita


sobre a importância da higiene das mãos e utilização correta
dos EPIs. Não se esqueça de seguir as recomendações
sanitárias do serviço que você atua.

Na sequência, apresentaremos um checklist de preparação hos-


pitalar que aborda as recomendações de limpeza e desinfecção
de superfícies, materiais e equipamentos no ambiente hospitalar
para prevenção e controle da Covid-19. Não deixe de ver e conferir
sempre que possível!

Checklist para preparação hospitalar: limpeza e


desinfecção frente à Covid-19
Este checklist foi desenvolvido a partir das recomendações atu-
alizadas publicadas pelo Ministério da Saúde (MS), Agência Na-
cional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Associação de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) e Associação Brasileira de Mercado de
Limpeza Profissional (ABRALIMP), frente ao cenário da pandemia
do coronavírus.

Aprofunde Destacamos que, até o momento, não existe uma recomendação


Para conhecer
diferenciada para a limpeza e desinfecção de superfícies após o
mais sobre contato com casos suspeitos ou confirmados. É necessário que
colocação e os serviços revisem os Procedimentos Operacionais de Limpeza e
retirada dos EPIs,
assista o vídeo a Desinfecção de ambientes e superfícies para garantir as melhores
seguir feito pela práticas de redução da carga viral. Além disso os diversos tipos de
Anvisa, no link.
superfície, as sujidades presentes e as tarefas e procedimentos
realizados em cada local (BRASIL, 2020c).

Veja a seguir o checklist com cada uma das orientações para a


preparação, limpeza e desinfecção em hospitais. Aproveite e use
estas orientações no seu local de trabalho para prevenir o contágio.

48
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Não permita ou realize procedimentos de limpeza com equipamento


de ar comprimido, água sob pressão, ou qualquer outro método que
possa gerar respingos ou aerossóis.

Não permita, ou realize, a varredura das superfícies a seco. Utilize a


varredura úmida (ensaboar, enxaguar e secar) com mops, rodo e
panos de limpeza.

Avalie o produto fornecido para higienização dos ambientes (utilizar


somente produtos autorizados pela Anvisa).

A escolha e aquisições dos produtos saneantes devem ser realizadas


conjuntamente pelo setor de compras e Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar (SCIH).

Encaminhe os artigos não descartáveis para limpeza e


desinfecção/esterilização, conforme o protocolo do serviço.

Utilize equipamentos e materiais exclusivos para o quarto/box ou


área de isolamento Covid-19. Se isso não for possível, antes de ser
usado em outro paciente, proceda com rigorosa limpeza e
desinfecção. Lembre-se que, caso o material/equipamento seja
classificado como crítico encaminhe para a esterilização após a
limpeza.

Realize a limpeza terminal após alta e óbito utilizando detergente


neutro e desinfetantes à base de cloro, alcoóis, alguns fenóis, alguns
iodóforos, quaternário de amônio ou outro desinfetante padronizado
pelo serviço de saúde e regularizado pela Anvisa.

Organize a rotina de limpeza e desinfecção de superfícies adotadas


no ambiente hospitalar que você atua de acordo com a Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

Siga as instruções contidas no rótulo dos produtos saneantes


atentando-se para as forma de uso, cuidados e equipamentos
necessários para sua aplicação.

Figura 29:
Checklist para
preparação hospitalar.
Fonte: labSEAD-UFSC
(2020).

49
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Adote medidas de precaução e faça uso correto dos EPIs, dentre


eles máscara cirúrgica, máscara de proteção respiratória (N95/PFF2
ou equivalente), luvas, óculos de proteção ou protetor de face (Face
Shield), capote ou avental e gorro.

Mantenha os ambientes (áreas exclusivas, como sala de espera,


instalações sanitárias, lavatórios e ambiente assistencial
exclusivo, bem como consultório, sala de observação e
internação) ventilados e, se possível, com as janelas abertas.

Providencie a limpeza das áreas de isolamento (imediata,


concorrente ou terminal) utilizando detergente neutro seguida
da desinfecção com uma destas soluções: desinfetantes à base
de cloro, alcoóis, alguns fenóis e alguns iodóforos e o
quaternário de amônio ou outro desinfetante padronizado
pelo serviço de saúde, sendo regularizado pela Anvisa.

Use kits de limpeza e desinfecção de superfícies específicos para


as áreas utilizadas por pacientes em isolamento de contato.

Evite tocar superfícies próximas aos casos com suspeita ou


confirmação de Covid-19.

A cada término da jornada de trabalho, limpe todos os


equipamentos com detergente neutro e um desinfetante
indicado pela Anvisa, como álcool 70%.

Amplie a frequência de limpeza da unidade, três vezes ao dia,


com álcool 70% ou outro desinfetante padronizado pelo
serviço de saúde, principalmente das superfícies mais tocadas
(bancadas, teclados de computador, telefones, maçanetas,
corrimões, elevadores, dentre outros).

Certifique-se de que os profissionais de higiene e limpeza


sejam exclusivos, durante todo o plantão, para a área de
isolamento Covid-19.

Figura 30:
Checklist para
preparação hospitalar.
Fonte: labSEAD-UFSC
(2020).

50
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Ressaltamos que cada instituição hospitalar possui uma rotina de


limpeza, com a sua distribuição de tarefas entre as equipes de
Enfermagem e Higienização. Assim, se informe quanto aos pro-
Aprofunde cedimentos adotados pela sua unidade.
Veja o material
disponível no
site do Ministério
da Saúde sobre Fechamento
orientações
de limpeza e
desinfecção Essa unidade deu suporte para você se instrumentalizar e reforçar
hospitalar frente seu conhecimento sobre as principais recomendações de limpeza
ao atendimento de
casos suspeitos
e desinfecção no ambiente hospitalar para prevenção e controle
ou confirmados de do Covid-19, além de ampliar sua compreensão sobre a classifi-
Covid-19 no link. cação das diferentes áreas hospitalares destinadas ao atendimen-
to dos pacientes suspeitos ou confirmados. Essas recomendações
devem estar presentes diariamente em seu processo de trabalho,
principalmente se você atua na linha de frente de combate a pan-
demia do coronavírus.

51
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

UNIDADE 2.6 – Cuidados com o corpo


após a morte da pessoa contaminada
pelo novo Coronavírus.

Nesta unidade você vai compreender que, mesmo diante da pan-


demia, medo e estresse que está sendo vivenciado por todo
paciente, os que morreram por Covid-19 devem ter um preparo
digno, respeitoso e compaixão, em especial, por sabermos que es-
tão afastados de seus familiares durante o período de internação.

Você também irá reconhecer as recomendações gerais para


o preparo do corpo, identificar os Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs) recomendados aos profissionais de enfermagem
nesta situação, e identificar os cuidados específicos para o trans-
porte do corpo do paciente até a câmara fria.

Introdução
Nos últimos meses o surgimento da pandemia de Covid-19 tem
assombrado o Brasil e o mundo, em especial, as equipes de saú-
de que se encontram na linha de frente no cuidado da doença.
No transcorrer desse período, muitas mortes têm ocorrido, porém
ainda existem muitas dúvidas e incertezas quanto ao combate ao
vírus e o tratamento da doença (WOELFEL et al., 2020).

Rotineiramente, a morte já causa estresse e insegurança aos pro-


fissionais da saúde (MOORE et al., 2017). Todavia, lidar com a morte
diante desta pandemia tem se tornado um verdadeiro desafio, em
especial para a equipe de enfermagem, que desenvolve cuidados
constantes como o paciente, e por compreender que quando o
paciente dá entrada no hospital ele passa a não ter mais contato
com a família ou rede de apoio. Em caso de constatação da morte,
a família apenas poderá reconhecer o corpo, não sendo possível
realizar funeral, tão pouco o ritual de despedida, conforme tradi-
ção de cada cultura (BRASIL, 2020).

52
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

!
ALERTA DO PROFISSIONAL

Desde já gostaríamos de colocar a vocês que não podemos


imaginar o quão difícil está sendo vivenciar essa pandemia e
lidar, diariamente, com a morte de pacientes com Covid-19.
Contudo, talvez, possa amenizar um pouco a ansiedade de
vocês ao trazer uma informação importante da Organização
Mundial da Saúde, que ressalta não haver evidências até o
momento, que comprovem contaminação de profissionais da
saúde no preparo e manuseio de pacientes que evoluíram
para morte com diagnóstico de Covid-19.

Sabemos que esse é um momento único que estamos


vivenciando enquanto equipe de enfermagem. Assim, quere-
mos estimular vocês a conhecerem essa unidade, para que
possam se empoderar de informações e sentirem-se mais
seguros ao cuidar do paciente no momento em que precisam
preparar o corpo, após confirmada a morte, por Covid-19.
Outra ressalva da Organização Mundial da Saúde que gostarí-
amos de pontuar a vocês é que a dignidade dos mortos: sua
cultura, sua religião, suas tradições e suas famílias devem ser
respeitadas e protegidas por todos os envolvidos.

Assim, estimulamos vocês a conhecerem o passo a passo do


desenvolvimento e do preparo do corpo após constatada a
morte por Covid-19. Certamente, após conhecerem o passo
a passo e terem segurança de como desenvolver esse cui-
dado, considerando todos os EPIs que precisam ser utiliza-
dos, vocês estarão desenvolvendo um cuidado humanizado e
digno para o paciente e para a família. Esperamos que vocês
desfrutem do conteúdo que foi preparado e que possam se
empoderar, e assim desenvolver o cuidado com maior tran-
quilidade, minimizar o risco de contaminação e assegurar à
família o cuidado humanizado.

Diante do risco, medo, angústia e estresse de estar contami-


nado pelos vírus, é importante entendermos que cada pessoa
é um ser único e necessita de apoio e cuidado em sua finitude.
Para que haja segurança no preparo do corpo, é prudente e
indispensável que a equipe tenha conhecimento e habili-
dades no cuidado após constatada a morte ou morte suspeita

53
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

por Covid-19 (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVEN-


TION, 2020).

Conceitos Iniciais
Para compreender o cenário em que se dá a morte por Covid-19,
é importante saber que há autores que subdividem este evento
como: ocorrência, velocidade e causa da morte (BELLAGUARDA et
al., 2019). Entenda melhor na figura a seguir.

Ocorrência
Velocidade
Neste caso a morte é
conceituada como: morte Denomina-se morte
aparente, morte relativa, súbita ou rápida ou
morte intermediária e morte lenta ou
morte absoluta. agônica.

Causa
Figura 31: Pode ser morte natural,
Caracterização morte violenta, morte
sobre o evento da
suspeita e morte sem
morte segundo
BELLAGUARDA et al.
assistência.
(2019).
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

Em contextos onde a causa da morte está relacionada a Covid-19,


essa realidade envolve a morte por parada cardíaca, sendo classi-
ficada como morte absoluta. Quanto à velocidade, estamos acom-
panhando no meio científico e na mídia que informam que a morte
pode ocorrer de maneira súbita ou lenta.

Contudo, na sua maioria, ocorre de maneira longa e agônica e, de


acordo com a causa, é classificada como uma causa natural.

54
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Figura 32:
A humanização no
processo de morte e
morrer pela Covid-19
Fonte:
Freepik (2020).

Diante deste cenário, a humanização com o paciente deve estar


presente em todos os momentos antes da morte e juntamente
com seus familiares ao receberem a notícia do falecimento. Neste
sentido, recomendamos que você verifique as informações de
cuidados da família na sua unidade de saúde nesse momento.

Manipulação e acondicionamento do corpo


Desde já, é importante relembrar que, ainda, não está clara a per-
manência em relação à virulência ou patogenicidade do vírus. Ao
longo da infecção, o vírus foi identificado em amostras do trato
respiratório, de 1 a 2 dias antes do início dos sintomas, podendo
persistir por 7 a 12 dias em casos moderados e até 2 semanas em
casos graves. (WOELFEL et al., 2020).

Vale destacar que há óbitos de pacientes assintomáticos. Assim,


em caso de qualquer suspeita, ou que o paciente tenha apresen-
tado um ou mais sintomas da Covid-19, o preparo do corpo deve
seguir os mesmos cuidados.

Veja na figura a seguir quais procedimentos de segurança deverão


ser seguidos com rigor para a manipulação dos corpos.

55
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Risco de Profissionais
contaminação habilitados e
treinados

Medidas de
segurança
Figura 33:
Medidas de segurança
para manipulação do
Utilização de
corpo vítima ou com Higienização
suspeita de Covid-19.
todos os EPIs
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

A manipulação do corpo somente deverá ocorrer por profissio-


nais habilitados e treinados para desenvolver essa atividade.
Lembre-se de que o risco de contaminação no preparo do corpo
está diretamente relacionado com fluidos corporais onde o vírus
está presente, ou através de objetos ou superfícies contaminados
no local de atendimento do falecido.

Sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), observe a


figura a seguir.

Gorro

Máscara cirúrgica
Óculos de
proteção ou
protetor facial
Luvas vinílicas

Avental impermeável
Botas impermeáveis de manga longa

Saco impermeável

Organismo de Classe
Figura 34: de Risco 3

Equipamentos de
Alto risco individual e
moderado risco para a
comunidade.

Proteção Individual
(EPIs) obrigatórios.
Fonte: Etiquetas para
BRASIL (2020); identificação do corpo
Centers for Disease
Control and Prevention
(2020), adaptado por INFECTANTE

labSEAD-UFSC (2020).

56
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Qualquer tipo de manipulação, inclusive a higienização (que pode-


rá ser realizada conforme o protocolo da Unidade), somente po-
derá ocorrer após o profissional estar devidamente paramentado
com todos os EPIs necessários para esse cuidado.

Fique atento! No caso do uso de EPIs, há cuidados específicos


para a realização de procedimentos que possam gerar aerossol.
Veja no passo a passo a seguir.

1
No caso de procedimentos que gerem aerossóis, como
extubação ou coleta de amostras respiratórias, usar
máscara N95, PFF2 ou equivalente.

2
O conjunto sugerido de EPIs para as pessoas
responsáveis pelos invólucros dos corpos são:
máscaras, luvas e aventais de mangas compridas
resistentes à água.

3
Remover os tubos, drenos e cateteres do corpo com
cuidado, devido à possibilidade de contato com os
fluidos corporais (prioridade).

4
Descarte todo o material após o procedimento, isso
deve ser feito imediatamente e em local adequado.

Figura 35:
5
Cuidados nos Proteja-se da exposição de fluidos corporais
procedimentos infectados, objetos contaminados ou outras
que possam gerar
aerossol.
superfícies ambientais contaminadas através do uso
Fonte: de EPI apropriado.
labSEAD-UFSC (2020).

Caso você esteja monitorando o profissional que faz o preparo do


corpo, observe atentamente se ele está realizando o registro do
nome, data e atividade de todos os trabalhadores que participa-
ram do cuidado post-mortem, incluindo a limpeza do quarto e da
enfermaria.

57
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Planejamento da comunicação do óbito


suspeito ou confirmado de Covid-19
A comunicação à família em caso de falecimento nunca é simples.
Ela se torna mais complexa por sabermos que aquele familiar já se
encontra distanciado durante a internação devido ao grave risco
de contaminação. Por isso, esse momento deverá ser planejado e
organizado. Observe o passo a passo de como proceder.

Figura 36: Solicitar apoio da Preparar o Solic


Planejamento da Comunicar via
assistência social local para assi
comunicação do médico
óbito à família. e/ou psicológica. recebimento e/ou
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

Ao organizar a vinda dos familiares para receber a notícia da morte


do seu familiar, solicite apoio da atenção psicossocial ou assistên-
cia social. É recomendado que venham no máximo dois familiares
para que um possa apoiar o outro. Se algum outro familiar estiver
com sintomas da Covid-19, ele não poderá estar presente.

É importante preparar o local para recebimento dos familiares.


O local deverá ser privativo, arejado, com área para que todos pos-
sam se sentar, respeitando o distanciamento de dois metros entre
familiares e profissionais. Solicite com antecedência a higieniza-
ção do ambiente.

A comunicação da morte deve ser realizada por profissionais habi-


litados (médico) com apoio, em razão da situação em que ocorre
morte pela Covid-2019. Após a comunicação, a família deve rece-
ber as seguintes orientações:

O falecido com a Covid-19 NÃO são recomendados


confirmado ou suspeito velórios e funerais de
Figura 37: pode ser enterrado ou pacientes confirmados ou
Orientações cremado como de suspeitos da Covid-19
para familiares
costume. devido à aglomeração de
sobre velórios e
sepultamentos.
pessoas em ambientes
Fonte: fechados.
labSEAD-UFSC (2020).

58
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Não há recomendação de que familiares e religiosos tenham conta-


to com o corpo após a morte. Contudo, no momento do reconheci-
mento do corpo pelo familiar, é necessário que ele esteja paramen-
tado ao se aproximar do corpo e acompanhado por um profissional
da saúde, porém não pode haver nenhum contato com o corpo.

Manejo do corpo
Importante salientar que as informações a seguir devem ser ado-
tadas em qualquer ambiente em que o corpo se encontre (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2020). Antes de iniciar o preparo do cor-
po, é importante que o profissional se certifique que todo material
necessário foi organizado com antecedência, confira a seguir.

Quem deve estar Quantos profissionais


presente no momento devem estar presentes
do preparo do corpo? no momento do preparo
do corpo?
Profissionais habilitados
para seguir as Somente o número de
recomendações; profissionais necessários
para desenvolver esse
cuidado;

Quais os EPIs
necessários?
Todos devem estar
paramentados com gorro;
óculos de proteção ou
protetor facial; avental
impermeável de manga
Figura 38:
comprida; máscara cirúrgica;
Orientações gerais
para manejo do corpo.
luvas (nitrílicas); botas
Fonte: (impermeáveis).
labSEAD-UFSC (2020).

Agora, observe na próxima página o passo a passo para o preparo


do corpo de paciente suspeito ou confirmado de Covid-19.

59
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

1 Organize todo o material necessário que você precisa antes de entrar


no ambiente onde está o corpo.

2 Certifique-se que você está de posse de todo material que precisa.

3 Prepare-se emocionalmente para esse cuidado, em razão do medo e


do estresse de ser contaminado.

4 Veja quem será seu apoio fora do ambiente caso precise de mais
algum material que não foi selecionado. Combine com esse colega
como você irá acioná-lo e como ele irá entregar esse material à você.

5 Paramente-se com todos os EPIs necessários, seja cauteloso e detalhista.

6 Aproxime-se do corpo, com todos os cuidados.

7 Inicie o preparo retirando todos os cateteres, drenos e outros que


possam estar inseridos no corpo.

8 Despreze esses materiais e armazene em embalagens já selecionadas.

9 Cubra todos os orifícios de maneira que não haja extravasamento de


fluídos ou secreções.

10 Faça a higiene do corpo de maneira breve e rápida, sem manipular


muito o corpo.

11 Ao finalizar a higiene, enrole o corpo em um lençol, coloque o corpo


em um saco impermeável e em seguida utilize um segundo saco para
colocar o corpo.
Após certifique-se que não há vazamento de secreções e fluídos.

12 Identifique o corpo com etiqueta exclusiva contendo imagem de


risco biológico 3 e material infectante. Certifique-se que a etiqueta
está bem fixada.

13 Coloque o corpo em uma maca que seja possível de ser higienizada.


Figura 39:
Orientações para
preparo do corpo de
14 Despreze todo o material utilizado conforme recomendações.
paciente suspeito
ou confirmado com
Covid-19. 15 Certifique-se que todas as etapas foram cumpridas, retire os EPIs e
Fonte: despreze conforme as recomendações.
labSEAD-UFSC (2020).

60
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Esse passo a passo poderá ser ajustado conforme orientação da


instituição na qual você trabalha. No caso de ajustes nas reco-
mendações, é necessário que seja garantido o uso correto dos
EPIs, bem como que os passos sejam seguidos para garantir a se-
gurança da equipe de enfermagem.

Até o momento não há evidências de transmissão do Covid-19 por


meio do manuseio de corpos de pessoas falecidas (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2020).

Lembre-se, a paramentação com os EPIs é essencial para evitar


qualquer risco de contaminação. A seguir vamos conhecer os cui-
dados que deverão ser empregados na manipulação dos corpos
até a câmara fria.

Transporte do corpo até a câmara fria


Por ser um vírus que se mantém vivo por um determinado tempo
em superfícies, é necessário que os profissionais que forem trans-
portar o corpo se assegurem de todos os cuidados possíveis para
que não haja nenhum incidente, dano ou risco a saúde.

Fique muito atento aos devidos cuidados antes do transporte do corpo:

Uso de EPIs

Atenção aos
Manuseie o casos de risco de
corpo o mínimo extravasamento
Figura 40:
possível de secreções
Orientações para corporais
transporte de corpos.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).

61
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

Certifique-se, sempre, de que a equipe está usando todos os EPIs


necessários. Em caso de risco de extravasamento de secreções
corporais, use os EPIs de proteção facial, incluindo o uso de pro-
tetor facial ou óculos de proteção e máscara. Manuseie o corpo o
mínimo possível, transporte a maca com cuidado, usando o trajeto
mais rápido possível até a câmara fria, preferencialmente onde
haja o menor número de pessoas circulando.

Por ser uma doença de muita discussão atualmente, e conside-


rando que as recomendações mudam diariamente conforme sur-
gem novas pesquisas científicas, é importante que frequentemen-
te você busque outras informações por meio de fontes confiáveis,
Aprofunde como as que apresentamos nessa unidade.
• Manejo de corpos
no contexto do novo
coronavírus: link
• Orientações para Fechamento
velórios e enterros
por coronavírus: link
• Considerações
Vivenciar um número elevado de morte por este vírus é uma situ-
relacionadas ao ação ameaçadora à vida, em especial à equipe de enfermagem que
manuseio seguro atua diretamente na assistência ao paciente.
do corpo suspeita
ou confirmação de
Covid-19: link Finalizando essa unidade você se sentirá mais seguro para atuar
no cuidado e manuseio do corpo com suspeita ou confirmação da
Covid-19. Contudo, é importante informar que esses cuidados
podem mudar a qualquer momento, considerando novas evidên-
cias. Assim, mantenha-se sempre atualizado sobre o assunto para
priorizar a sua segurança e a da equipe.

62
Notificação, transporte de pacientes, preparo hospitalar, manuseio de equipamentos,
cuidados com o corpo

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