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O QUE É
MAQUETE FÍSICA?
Criando
SÉRIE

Sua Maquete
do zero

ebook 0
Pensando nas necessidades básicas de quem está
conhecendo agora esse mundo fantástico, a Sua Maquete
está produzindo uma série de ebooks, com distribuição
gratuita, chamada Criando Sua Maquete do Zero.

Nosso propósito é apresentar, de forma descomplicada,


tudo que é essencial para a construção de uma maquete
física, qualquer que seja o seu objetivo.

Atualmente, as maquetes são utilizadas para uma


infinidade de aplicações, desde estudo de cenários até
representações realísticas de obras a serem construídas.

O que é maquete física?


Esperamos que este trabalho possa ser útil, realmente
ajudando o entusiasta, no final, a ter em mãos uma
maquete que faça sentir-se orgulhoso de tê-la criado.
SOBRE
ESTE
EBOOK

Os indícios são fortes de que as primeiras maquetes, ou


algo próximo disso, surgiram no Período Neolítico.

Já no Egito, os modelos em escala reduzida, eram


representações aproximadas de edificações, mas
foram os modelos romanos, que mais se aproximaram da
hipótese, de terem sido usado como maquetes
de arquiteto, pela primeira vez.

Contudo, apenas no século XV, com o Renascimento,


esta prática foi associada ao processo construtivo, como
ferramenta de avaliação e apresentação.

O que é maquete física?


Mas antes de começarmos a trabalhar com maquetes,
que tal definir o que seria uma?

Neste ebook contamos um pouco da história, usos e


características para, finalmente, definirmos o que é uma
maquete.
ÍNDICE

O QUE É MAQUETE FÍSICA 5


PRIMEIRA MAQUETE DE ARQUITETO 6

REDUÇÃO EM ESCALA 9

CARACTERÍSTICAS DAS MAQUETES 11

O que é maquete física?


VANTAGENS E UTILIDADES 15

MATERIAIS BÁSICOS 16

FERRAMENTAS BÁSICAS 18

4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19

PRÓXIMO EBOOK 20
O QUE É
MAQUETE
FÍSICA?

Segundo Consalez (2001), a maquete é uma antecipação


tridimensional da proposta de arquitetura, em escala reduzida.
As maquetes são, simultaneamente, objetos de estudo,
instrumentos de representação e resultados formais de
um processo criativo. Em outras palavras, maquete é uma
miniatura de um projeto de arquitetura ou design; e com isso,
consegue prever o que será construído, ou não, futuramente,
em tamanho real.

De acordo com Knoll e Hechinger (2003), o desenho é o meio


pelo qual os arquitetos pensam, trabalham e sonham.

A maquete, sobretudo a de estudo, deveria acompanhar o


esboço, pois gera uma maior compreensão do trabalho que

O que é maquete física?


está sendo desenvolvido.

Porém, antes de começarmos a falar propriamente sobre os


tipos de maquetes, precisamos contextualizar sua origem,
e, paralelo a isso, seus usos, durante toda a história da
humanidade.

Falando assim parece até que escrevi uma enciclopédia sobre


o tema, não é ? Calma, não é bem assim não!

5
PRIMEIRA
MAQUETE DE
ARQUITETO

É muito comum, as pessoas se valerem das representações


ou modelos, em miniaturas pré-históricas, ou mesmo do
período referente ao Egito Antigo, para falar sobre maquetes
arquitetônicas. Entretanto, nenhum estudo arqueológico
conseguiu, até os dias de hoje, comprovar que a produção destes
modelos tinham uma função diretamente ligada às técnicas
construtivas da época.

Acredita-se que, todo o planejamento e projeto dessas obras


arquitetônicas, se tivessem existido, teriam sido elaborados em
material orgânico, decomposto rapidamente com o passar do
tempo e não existe ainda, nenhum indício de que as maquetes
tenham sido confeccionadas como ferramenta de construção
arquitetônica.

O que é maquete física?


A construção de modelos arquitetônicos, parece ter se iniciado
apenas a partir do momento que a arquitetura se constituiu
como um fenômeno cultural permanente e durável, associado
ao ambiente coletivo, à memória e à
ritualização do conhecimento e da
prática construtiva. (ROZESTRATEN, 2003)

No Período Neolítico, surgem os primeiros


indícios de modelos arquitetônicos. Se
analisarmos a dinâmica do coletivo,
neste período, os grupos de pessoas se
tornaram maiores e sua permanência nos
locais, mais demorada que no Período

6
Paleolítico, os quais tinham como
principal característica, o nomadismo.

A princípio, segundo estudos, surge o


primeiro modelo arquitetônico, o modelo
Modelo de Krannon de Krannon, na região de Tessália, Grécia,
confeccionado em cerâmica cozida, o qual remete à uma forma
arquitetônica simples, e está datado da primeira metade do Sexto
Milênio.

Este modelo de Krannon, é um possível marco do início da


confecção de modelos arquitetônicos pela humanidade,
entretanto, assim como os modelos apresentados a seguir, não
possuem emprego comprovado dentro do processo
construtivo arquitetônico.

Agora, saltamos cronologicamente, para os modelos Egípcios.


Desde o modelo de Krannon, muitos objetos foram encontrados e
referenciados como possíveis maquetes arquitetônicas, por várias
civilizações, antes dos egípcios, que falaremos a seguir.

As peças mais famosas desse período são os modelos “animados”,


datados de 2.000 anos a.C, do Império
Médio. O modelo de silo1, possuía pessoas
em escala reduzida realizando ações
cotidianas,e foi encontrado dentro de
tumbas de altos funcionários egípcios, que
nos faz crer que possuíam basicamente
aspectos votivos, representando suas posses
em vida, e com a finalidade de que os
acompanhassem


até a eternidade.
Com isso, não se pode afirmar que,
qualquer modelo arquitetônico, “
Modelo “animado” de silo em algum desses períodos citados

O que é maquete física?


acima, tenha servido como
maquete de arquiteto.
Rozestraten,2003.
A primeira maquete que apresenta
vários indícios de que foi realmente
uma maquete de arquiteto, é o
modelo do Templo de Niha. A
peça foi localizada dentro de uma
edificação de apoio às obras do
templo, diferente das anteriores,
que estavam em tumbas de

7
Modelo de NIHA personalidades importantes às
suas civilizações. O modelo também corresponde à arquitetura da
construção real, confeccionada na escala 1:24, e representa a parte
principal do mesmo, o ádyton, fazendo referência a detalhes de
1 Silo é uma benfeitoria agrícola destinada ao armazenamento de produtos agrícolas,
geralmente depositados no seu interior sem estarem ensacados.
seus acessos.
O templo de Niha é o mais provável exemplo de maquete de
arquiteto da Antiguidade Clássica(Rozestraten, 2003), porém,
foi no Renascimento que esta prática se associou ao processo
construtivo. Segundo Segall (2008), os arquitetos deste período
não foram os primeiros a utilizar maquetes arquitetônicas, mas
eles experimentaram e construíram com
melhores métodos e regularidade que
qualquer um de seus predecessores.

Brunelleschi, um
talentoso arquiteto, e
habilidoso com as mãos,

ele criava a
sensação de que
fazia uso constante da a maquete estava
confecção de maquetes inserida no mundo
para estudo de seus real, aproximando
projetos ou de parte
os espectadores
deles, e ainda costumava
fazê-lo com materiais,
texturas e pinturas, tal
qual seria o projeto
do que teriam
como resultado

real, chegando até a final da obra.
envelhecer a madeira. Segall,2008.
Com isso, ele criava
Cúpula da catedral de Santa a sensação de que a maquete estava
Maria Del Fiore, maquete de inserida no mundo real, aproximando os
Brunelleschi espectadores com o resultado final da obra.

A partir daí, surgem outras linhas de pensamento, em relação

O que é maquete física?


a apresentação das maquetes de arquiteto. Leon Batista
Alberti, que foi aluno de Brunelleschi, o qual incentivava o uso
de maquetes, mas de forma mais
crua, sem ornamentos ou texturas e
cores,defendia que só a maquete podia
fornecer as informações definitivas
sobre posições e disposições, espessuras
das vedações e das abóbadas, ou
os custos reais da edificação. Ele
impulsionou ainda a prática do desenho
mais preciso, e sem distorções. Assim,
condenava o uso de perspectivas, e

8
defendia que os modelos e maquetes
serviam para observar o conjunto da
obra da maneira mais aproximada
possível,
sem distorções.

Maquete de Leon Alberti, Basílica


de Sant’ Andrea
REDUÇÃO EM
ESCALA

Dentro do universo das maquetes, o principal elemento de


referência, utilizado em todos os projetos, é a escala. Ela é o
principal parâmetro de relação, entre a maquete e a edificação,
terreno ou objeto a ser construído em tamanho real.

Quando algo é representado com tamanho diferente das medidas


reais, mas mantendo a proporção de todos os elementos: na
proporção menor, dizemos estar em escala reduzida; e na
proporção maior, dizemos estar em escala aumentada.

Por exemplo, digamos que você tenha uma edificação que mede
4m (quatro metros) de altura e precise realizar uma maquete na
escala de 1:100, que também pode ser representada: 1/100 (lê-
se “um para cem”). O número após o símbolo de divisão (: ou /),

O que é maquete física?


que pode ser referente a qualquer unidade de medida do objeto,
(metro, plegada, centímetro...) indica quantas vezes uma unidade
foi dividido ou reduzido.

No caso, reduzido em cem vezes.

Teremos: 4 = 0,04m
100

Ou seja, a altura da maquete terá 0,04 metros,


convertendo, 4 centímetros.

9
Mas como definir qual a escala de uma maquete?
Primeiro você precisa saber que existem algumas escalas mais
usadas para a representação de maquetes, os números “redondos”
são os preferidos dos arquitetos. (1:20, 1:50, 1:100, 1:200...)

Sabendo disso, você pode definir a escala da sua maquete baseado


em dois principais fatores:
O primeiro seria o tamanho real do projeto a ser representado:
Uma maquete urbanística vai representar uma área muito grande e
será necessário uma escala com grandes
reduções 1:1000, 1:2000, 1:500.
Para uma maquete com apenas 1 edificação ou pequenos
condomínios residenciais, que possuem áreas construídas menores
que um bairro, escalas usuais 1:100, 1:75, 1:50.

O objetivo da maquete é outro fator a ser considerado, pois uma


construtora pode preferir escalas ainda maiores para poder dar
visibilidade ao projeto e até mesmo impressionar os clientes.
Uma Maquete de arquiteto, tem o objetivo de apresentar seu
projeto para os clientes ali na mesa do escritório mesmo, e talvez
precise fazer constantes deslocamentos, ou guardá-la; para facilitar
nesses casos, necessariamente precisará ser
em uma escala menor.
Esses são alguns exemplos, entre tantos outros fatores, específicos à
cada profissão, ou uso da maquete.

Quanto a noção de proporção, você deve ter percebido que, quanto


maior o número da escala (1:1000, 1:7000...), menor será o tamanho
dos elementos na sua maquete. O que acontece ao contrário
quando utilizarmos a escala aumentada, na qual a representação
gráfica será inversamente maior (1000:1, 7000:1). O que significa
que 1 unidade de medida foi aumentada mil vezes e sete mil vezes,
respectivamente, nos exemplos citados agora. Desta forma, a
escala 1:1 significa que a maquete está representando a edificação
ou objeto em tamanho real.

O que é maquete física?


Em nosso site disponibilizamos uma calculadora de escalas, que
possui os principais padrões de redução utilizados no Brasil e no
mundo. Nela você pode calcular qual a medida mais adequada
para a sua maquete, e avaliar se realmente corresponder às suas
expectativas.

Além da nossa incrível calculadora de escalas, uma ferramenta


manual que obrigatoriamente deve te auxiliar, é uma régua
triangular, chamada escalímetro, que possui algumas combinações
de escalas para utilizar em desenhos e
maquetes feitos à mão, sem o auxílio de

10
programas de computador para medir
e desenhar as peças. A princípio pode
parecer complicado, mas você pode
treinar convertendo no escalímetro
e confirmando as medidas na nossa
calculadora de escalas, lá no site.
Escalímetros
CARACTERÍSTICAS
DAS MAQUETES

É inquestionável o fascínio que os modelos físicos exercem


sobre as pessoas, colocando-as frente a frente com o projeto
idealizado pronto. Juntamente com os esboços, são alguns dos
mais importantes meios de representação, aferição e controle,
principalmente nos estágios iniciais de um projeto.
Assim, segundo Araújo Junior (2006), os esboços e os modelos
físicos têm o papel de:

• desenvolver o potencial criativo, e;


• dar suporte ao processo de concepção de projetos.
• além de serem excelentes meios de desenvolvimento de
habilidades manuais e cognitivas.

As maquetes podem ainda, de acordo com Borges, et al (1997) e

O que é maquete física?


Consalez (2001):

-proporcionar interação entre as formas de representação


bidimensional e tridimensional;
-permitir ao projetista a interação direta com o objeto de sua
criação através de suas funções visuais e táteis.
-possibilitar a representação completa em escala reduzida de um
espaço projetado.
-comprovar a solução do projeto que apenas a verificação
tridimensional pode confirmar ou colocar em crise.

As maquetes podem ser classificadas de duas formas: quanto ao

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tipo e quanto ao nível de detalhamento.

TIPO
Maquetes topográficas: utilizadas para representação do relevo ou
topografia de um determinado terreno; podem ainda representar
Maquete de terreno
Fonte: Cartografia Escolar

áreas verdes, praças, vias públicas, jardins, superfícies aquáticas e


ainda terrenos com rochedos, ondulações, depressões ou elevações.
Segundo Knoll e Hechinger (2003), este tipo pode ser subdividido
em maquetes de terreno, paisagem e de jardim.

Maquetes de edificações: utilizadas na representação dos


aspectos externos e internos de casas e prédios; estas têm em
comum a capacidade de explorar qualidades espaciais e plásticas
das edificações. Também podem ainda auxiliar no processo
de construção e nas classificações funcionais do projeto e se
subdividem em maquetes urbanísticas, de edifícios, estruturas,
interiores e maquetes de detalhes.

O que é maquete física?


Maquete de apartamento
Escala: 1/50
Fonte: Sua Maquete

Maquetes de interiores,: de acordo com Knoll e Hechinger (2003),


cumprem a tarefa de ilustrar questões das formas e aparência

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estética, funcionais e de iluminação, servem ainda para demonstrar
e testar amostra de materiais e cores.

Maquetes específicas: utilizada para representar objetos em geral,


como mobiliários, por exemplo. Segundo Knoll e Hechinger (2003)
Cadeira com rodízio, designer
Karla Paiva (esq.) e cadeira
Red and Blue, designer Gerrit
Rietveld (dir.).
Escalas: 1/10
Fonte: Sua Maquete

o grupo de maquetes específicas compreende, sobretudo, o âmbito


da configuração de produtos, ou seja, as maquetes de objetos,
móveis e design. A escala vai comumente de 1:10 até 1:1. Muito
embora essas maquetes sejam freqüentemente confeccionadas
como protótipos, no primeiro estágio, durante a confecção,
também são levados em consideração os conceitos e processos
de elaboração de maquetes específicas, como a representação
de mobiliários em materiais diversos, objetos de decoração, além
da simulação de diversos detalhes construtivos do ambiente tais
como colocação de espelhos, texturas, cerâmicas, chapas de aço
escovado, etc.

GRAU DE EXECUÇÃO

Maquetes de estudo: utilizadas para


representação geral de idéias, como
maquetes volumétricas, por exemplo;

O que é maquete física?


Os volumes são o foco deste tipo de
trabalho, e assim como na elaboração de
projetos, esta etapa pode ser entendida
como um esboço da idéia em três
dimensões. Nesta fase é que se define o
conceito do projeto.
Maquete de estudo, novela Insensato Coração
Escalas: 1/150
Fonte: Sua Maquete

13
Maquetes de trabalho: utilizadas para a representação de
processos e detalhes construtivos, avaliação e desenvolvimento
de mecanismos quanto a funcionalidade e ainda a relação
espacial entre os elementos do projeto. Nesta fase, a construção
de maquetes se vale de materiais que exigem um pouco mais de
habilidade manual, pois podem envolver além de materiais
simples como papel cartão, materiais moldáveis como massa e
gesso. A escala segue de acordo com o tipo de maquete que
está sendo desenvolvida.

Maquete de trabalho, Palco do


Programa Caldeirão do Huck
Escalas: 1/50
Fonte: Sua Maquete

Maquetes de apresentação: são utilizadas para a representação


final do objeto. E de acordo com Mills (2007, p. 28) “São usadas para
confirmar decisões de projeto e comunicar aos clientes que talvez
não consigam entender bem os estudos menos elaborados”.
Aqui as maquetes são construídas com o acabamento mais
próximo do real, mas as
funções mecânicas não têm
funcionalidade. As cores,
texturas e elementos de
composição são reproduzidos o

O que é maquete física?


mais fielmente possível ao que
será construído na realidade.
A escala varia de acordo com
o produto projetado e a forma
como vai ser apresentado, ,
por exemplo, para um edifício
que será visualizado a uma
certa distância, se a escala
for um pouco maior, ela
pode facilitar a apreciação,
e consequentemente, seu
objetivo principal, convencer o

14
cliente a fazer a
compra do imóvel.
Maquete de apresentação do
Edifício Residencial Liège.
Escalas: 1/75
Fonte: Sua Maquete
VANTAGENS E
UTILIDADES

A maquete possui papel fundamental, principalmente quando se


trata da concepção de uma ideia. Ela materializa antecipadamente
o projeto, formas e espaços, permite que o autor identifique
possíveis problemas, avalie soluções e comprove sua eficácia
durante o desenvolvimento do modelo. Ela possibilita ainda uma
expansão da criatividade, favorecendo a criação e
desenvolvimento de novas ideias.

Muito se fala sobre a possibilidade da substituição das maquetes


físicas pelos modelos virtuais. Não podemos ficar alheios a isso,
porém o computador tem um poder subalterno, ele não pode
substituir a vivência tátil do material (o toque, a experimentação),
a conformação plástica (a aparência visual) e a construção das
relações espaciais, onde cada forma se apresenta tal qual
à realidade a ser construída.

O que é maquete física?


Logo, a elaboração de maquetes auxilia desde a concepção de
um projeto e, de forma didática, se comunica com objetividade,
servindo como ferramenta de avaliação para professores e alunos,
podendo ser também responsável pela aproximação do seu cliente
com o projeto nas fases iniciais ou mesmo, numa maquete mais
elaborada, com todos os acabamentos finais, o caminho
mais curto para a venda.

Uma maquete bem executada proporciona uma experiência visual


e tátil que nunca poderá ser superada pela sua versão virtual.

15
MATERIAIS
BÁSICOS

A grande beleza das maquetes é, na minha opinião, a possibilidade


praticamente infinita para aplicação de materiais. De acordo com a
escala, tipo de maquete ou mesmo a finalidade, eles podem variar
de um simples papelão corrugado, utilizado em caixas, até chapas
de acrílico caríssimas.

Vou apresentar sucintamente algumas possibilidades, mas este


assunto será abordado detalhadamente em um ebook futuro
dentro desta série, Criando Sua Maquete do Zero.

Iniciantes costumam fazer


maquetes com cartão paraná,
muito utilizados na confecção
de paredes e mobiliários. A

O que é maquete física?


cartolina é outro material que
pode dar um bom acabamento,
Cartão Paraná Cartolina é barata e é fácil de encontrar.

O papelão corrugado é muito eficiente na


representação de telhados, atenção para a escala
do material, ela precisa acompanhar a escala da
maquete, ou estar bem próxima! Caso contrário seu
telhado pode se destacar demais ou até mesmo
não se parecer com um.
Papelão
A madeira balsa é bastante utilizada para

16
atividades artesanais como brinquedos e por
hobbystas, no aeromodelismo por exemplo, mas
para muitas regiões brasileiras, há dificuldade de
encontrar este material, diferente do mdf, que seria
Madeira balsa uma chapa composta de pó de madeira e resina,
vendido em praticamente qualquer madeireira
do país. ótimo para confeccionar a base da
maquete, paredes e outras superfícies planas.

O meu queridinho é o PVC expandido. Vendido


em chapas com 1mm a 40mm de espessura, é
Chapas de Mdf extremamente macio ao corte com estilete e
pode ser utilizado para fazer praticamente tudo
em uma maquete, dependendo da sua proposta
visual, escala e aplicação, é claro!

PVC expandido Qualquer economia, seja ela de tempo ou acesso


às técnicas, pode influenciar positivamente ou
negativamente nas restrições de possibilidades de desenvolvimento
da sua maquete, ou seja, conhecimento, boas ferramentas e
treino, são essenciais para que seus trabalhos se tornem cada dia
melhores e executados em prazos mais curtos.

Mas reforçamos que as maquetes não precisam ser super


detalhadas, com materiais caros, pois os poderes didáticos e de
comunicação de um trabalho bem executado são invariáveis,
por mais simples que seja a sua maquete.

Como falei inicialmente, existe uma infinidade de materiais e


possibilidades que mais adiante abordaremos com profundidade,
além dos materiais que utilizamos aqui em nosso ateliê.

O que é maquete física?

17
FERRAMENTAS
BÁSICAS

Se você tem algum conhecimento sobre


o trabalho de um maquetista profissional, deve ter ideia da
quantidade de ferramentas que talvez ainda precise adquirir e
a sugestão que eu dou é a mesma que daria para um iniciante,
adquira gradativamente ferramentas e materiais também. À
medida que você for testando e aprimorando técnicas, você pode ir
fazendo novas aquisições.

Basicamente um maquetista iniciante, seja


com objetivo de se tornar profissional ou não, pode começar com
poucas ferramentas e eu vou te apresentar algumas delas aqui.

A primeira delas é o famoso


estilete ou faca olfa, que basicamente serve

O que é maquete física?


para cortar quase tudo. Eu disse QUASE! Papéis,
emborrachados, madeiras finas ou macias como a
Estilete balsa e o meu querido pvc expandido.

Se você está pensando em


fazer miniaturas, já deve ter pensado que uma pinça
seria imprescindível, não é mesmo? Elas auxiliam na
colagem de peças muito pequenas ou mesmo para
acessos muito apertados até para as mãos mais
Pinças delicadas.

Outra ferramenta
imprescindível são as réguas, de preferência de aço

18
e esquadros, que podem ser de acrílicos, ideais para
auxiliar na medição e em cortes retos.
Régua de aço Num ebook próximo, vamos abordar de
forma mais ampla sobre estas e outras ferramentas que podem
facilitar, e muito, a vida do estudante ou maquetista.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

Livros e artigos:

ARAUJO JUNIOR, Aarão Pereira de; NASCIMENTO JUNIOR, José


Batista do; SILVA, Karla Fernanda Paiva da. Utilizando modelos físicos
na concepção de projetos de interiores. In. 5º EREG – ENCONTRO
REGIONAL DE EXPRESSÃO GRÁFICA, Salvador, 2006.

CONSALEZ, Lorenzo. Maquetes: a representação do espaço no projeto


arquitetônico. Editorial Gustavo Gili. Barcelona, 2001.

KNOLL, Wolfgang. HECHINGER, Martin. Maquetes Arquitetônicas.


Martins Fontes. São Paulo, 2003.

ROZESTRATEN, Artur. Estudo sobre a história dos modelos

O que é maquete física?


arquitetônicos na antiguidade: origens das primeiras maquetes de
arquiteto. Dissertação de mestrado, FAU-USP, São Paulo, 2003.

Sites: (acesso: julho de 2020)

SEGALL, Mário Lasar. Histórico das Maquetes.

Projeto Batente: As Maquetes Físicas como Ferramenta de Concepção


e Entendimento do Projeto Arquitetônico.

Filippo Brunelleschi: Cúpula de Brunelleschi

19
Archtrends: Os segredos da cúpula de Brunelleschi

FICHA TÉCNICA DESTE EBOOK


Texto e diagramação: Karla Paiva
Organização: Claudney Neves
Revisão: Carlos Fernando da Silva e Rosana Rocha
© 2020 suamaquete.com.br
PRÓXIMO
EBOOK

No próximo Ebook,
PREPARANDO SEU AMBIENTE DE TRABALHO,
vamos abordar os aspectos do espaço físico de trabalho
para a realização de maquetes.
Como se organizar em um pequeno espaço, com várias
ferramentas, tintas, papéis, prazos curtos, muitos trabalhos da
faculdade para entregar e poucas horas de sono.
Acha difícil? A gente te ajuda!

Para sempre ser avisado dos lançamentos,

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