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Tribunal de Justiça do Estado da Bahia

PODER JUDICIÁRIO
SALVADOR
1º JUIZADO CÍVEL DE DEFESA DO CONSUMIDOR - UNIVERSO - VESPERTINO - PROJUDI -

AV ACM - CAMPUS DA UNIVERSIDADE SALGADO OLIVEIRA - UNIVERSO, 2728, PITUBA - SALVADOR

PROCESSO: 0099646-14.2013.8.05.0001

AUTOR(es):
ANTONIO OLIVEIRA DA SILVA

RÉU(s):
BANCO DO BRASIL

DECISÃO

Vistos etc.

Dispensado o relatório, como faculta a regra ínsita no artigo 38 da lei


9.099/95.

A medida cautelar pode ser concedida, inclusive inaudita altera pars,


desde que presentes os requisitos legais, quais sejam, fumus boni iuris e periculum in
mora.

O periculum in mora, primeiro requisito a ser apreciado, consiste no


fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação enquanto se aguarda a
decisão a ser prolatada.

A parte autoral aduz ter contraído em 2005 uma dívida perante a


acionada, firmando em 16 de agosto do mesmo ano um acordo, que reduziu seu débito
de R$ 2.329,67 (-) para R$ 1.224,00 (-), sendo este quitado no dia 31 de agosto,
conforme documentos anexados à exordial. Todavia, para a surpresa do autor seus
dados cadastrais continuam inseridos nos órgãos de restrição ao crédito.

No caso dos autos, o periculum in mora é manifesto haja vista os efeitos


desastrosos que a inscrição do nome de uma pessoa física junto aos serviços de
proteção ao crédito pode causar, tais como o cancelamento de cheque especial, recusa
de financiamentos, recusa de cheques emitidos para pagamento, etc.

Por fumus boni iuris, segundo requisito a ser apreciado, entenda-se a


existência nos autos de uma alegação de fato que dê ao juiz convencimento suficiente
para que possa considerar ao menos aparente o direito do autor.

Presentes na hipótese dos autos, portanto, em sumaria cognitio, os


pressupostos necessários à concessão da medida liminarmente requerida.

Pelo exposto, CONCEDO A MEDIDA LIMINAR, INAUDITA ALTERA


PARS e, por conseguinte, determino que a Ré no prazo de 05 (cinco) dias, proceda
a exclusão dos dados da parte autora nos cadastros dos Serviços de proteção ao
crédito, SPC e Serasa, em face do débito assinalado na exordial, sob pena de
multa diária que arbitro em R$100,00 (cem reais), em caso de descumprimento,
até ulterior decisão deste juízo.

Salienta-se à parte autora que, em caso de inadimplemento da obrigação


de fazer ora imposta, deverá a mesma informar a este Juízo, no prazo de 10 (dez)
dias, a contar da constituição da mora, sob pena de cessação automática da medida
deferida, uma vez que restará desconfigurado o perigo da demora alegado pela parte
autora quando do requerimento da liminar.

Publique-se. Intimem-se, utilizando-se uma via com força de mandado.

Cumpra-se.

Salvador, 22 de Outubro de 2013

MARIA ANGELICA ALVES MATOS


Juíza de Direito
Documento Assinado Eletronicamente

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