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Oab Penal
Oab Penal
Lembrar: não é porque o sursis do processo está previsto na Lei 9.099/95 que não caiba para todos os
outros ritos. Qualquer que seja o rito observar ou verificar o cabimento do sursis processual.
3. Ação penal: procurar na parte especial, procurar no próprio crime, e, procurar em disposições finais ou
gerais daquele capítulo, observar também se não há menção a súmula ou artigo de lei especial (exemplo:
súmula 714 STF, e artigo 88 da Lei 9.099/95 que prevê ação penal pública condicionada a representação
para o crime de lesão leve).
4. Rito Processual:
a) Comum: ordinário, sumário, ou sumaríssimo.
b) Especial:
CPP:
- Júri – artigo 74 §1º CPP: competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, consumados ou
tentados.
Lembrar: latrocínio e seqüestro seguido de morte não são crimes de competência do Tribunal do Júri.
- Funcionário Público (há uma defesa prévia – art. 514 CPP: antes do recebimento da denúncia),
- Honra,
- Propriedade Imaterial.
Leis Especiais: exemplo: Rito da Lei de Drogas
1º Verificar se é uma IMPO – infração de menor potencial ofensivo: contravenções + os crimes cuja pena
máxima é menor de 2 anos, corresponderá ao Jecrim.
Lembrar: Jecrim prefere a todos os ritos especiais (mesmo se for funcionário público e a pena máxima for
menor de 2 anos será Jecrim).
- as causas de aumento e diminuição de pena devem ser consideradas (majorantes e minorantes)
- concurso de crimes: material > faz-se a soma das penas para verificar o rito, formal > o juiz pega uma
pena e aumenta de 1/6 a 1/2 , através desta pena verificar-se o rito, crime continuado >: o juiz aumenta
de um 1/6 a 2/3 a pena máxima mais grave, através desta verificar-se o rito.
- Durante a ação penal: pela defesa: cabe Resposta a acusação e memoriais (depois da instrução, o
próprio MP já apresentou os memoriais)
Pela acusação: Memoriais ou em grau de recurso: RESE
- Processo findo: pela defesa: apelação.
Pela acusação: apelação
- Após o transito em julgado: pela defesa: Revisão Criminal,
Pela acusação: a coisa julgada é absoluta
Apelação
- verbo: Interpor.
- Cabimento: Art. 593 CPP, Art. 82 da Lei 9.099/95
- Prazo: CPP: interposição para o juízo a quo é de 5 dias – artigo 593 caput CPP (usar na prova da OAB a
data a mesma data na interposição e nas razões), razões e contrarrazões para o juízo ad quem: é de 8
dias – artigo 600 caput CPP. Jecrim: interposição + razões no prazo de 10 dias, conta-se a partir da
intimação (1º dia útil seguinte) – artigo 82 § 1º Lei 9.099/95. Contrarrazões: 10 dias – artigo 82 § 2§º Lei
9.099/95.
- Fundamento: com fulcro no Art. 593 inciso ... CPP
- O assistente de acusação não habilitado nos autos pode interpor recurso de apelação: nos crimes de
competência do Tribunal do Júri ou do juiz singular, se da sentença não foi interposta apelação pelo MP
no prazo legal – Art. 598 CPP.
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos
casos não previstos no Capítulo anterior;
Caráter residual da apelação.
É o caso da decisão que julga o pedido de restituição das coisas apreendidas, que ordena (ou
não) o seqüestro, que autoriza (ou não) o pedido de restituição de coisas apreendidas, que ordena (ou
não) o pedido de levantamento do seqüestro ou ainda que indefere o pedido de justificação.
Decisão que decreta: hipoteca legal (artigo 134 CPP), arresto (artigo 137 CPP): o juiz manda
autuar em autos apartados, mas apensa aos autos.
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá
ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na
sede do Juizado.
§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo
Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido
do recorrente.
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias.
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de oito
dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de três
dias.
Lembrar: Se já foi proposta a interposição (“a defesa vai se manifestou que irá apelar” ou “a apelação foi
peticionada”, por exemplo) e a OAB pede apenas a apresentação das razões, o prazo é de 8 dias. Neste
caso, fazer: petição de juntada das razões (encaminhamento e preâmbulo é o mesmo que usaria para a
interposição) com fulcro no artigo 593 ___ CPP e o 600 CPP, e logo, fazer petição com as razões.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara da Justiça Federal da Comarca de ... Estado ...
(Justiça Federal)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do ... Tribunal do júri da Comarca de ... Estado ... (Tribunal
do júri)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do ... Juizado Especial Criminal da Comarca de ... Estado ...
(Jecrim)
Requer seja a presente apelação recebida, processada e logo, encaminhada, com as inclusas
razoes, ao Egrégio Tribunal de Justiça (estadual) / Egrégio Tribunal Regional Federal (federal) / Egrégia
Turma Recursal (jecrim).
Em que pese o ilibado saber jurídico do meritíssimo juiz a quo impõe-se a reforma da respeitável decisão
proferida contra o apelante, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
Crimes federais:
- crimes cometidos por funcionários públicos federais, no exercício de suas funções – artigos 312 a 327
CP
- crimes cometidos contra bens, serviços, ou interesse da União, ou de suas entidades autárquicas ou
empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e Eleitoral.
Exemplo: crimes contra bens da Agência dos Correios, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil.
- contravenções desde que conexas a crimes federais
- crimes de contrabando ou descaminho (súmula 151 STJ)
- tráfico internacional de entorpecentes
- crimes contra a organização do trabalho: desde que o objeto seja a organização geral do trabalho ou os
direitos dos trabalhadores coletivamente considerados (se for direito individual trata-se de Justiça Comum
Estadual).
- crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro
- Artigo 309 CP
- Artigo 338 CP
b) Quando trata-se de crime de Jurisdição Especializada, como: Eleitoral, Militar ou Trabalhista, ainda
quando trata-se de Competências constitucionais: como Jecrim, Tribunal do Júri.
b) Quando a ação foi proposta em lugar diverso do lugar onde se consumou a infração ou no caso de
tentativa, diverso do lugar em que foi praticado o último ato de execução – Art. 70 CPP
* Cuidado: Crime privado pode o querelante escolher entre o domicílio ou residência do réu.
- Art. 564 inciso II: Ilegitimidade de parte, podendo ser argüida quando:
Exemplo: Ad causum: Quando tratar-se de ação penal privada e esta for intentada pelo Ministério Público
(e vice-versa), ou Quando trata-se de crime de ação penal pública condicionada
Exemplo: Ad processum: Ocorre quando falta por exemplo a capacidade postulatória, ou defeito de
representação. Exemplo: acusado menor de 18 anos não é parte legítima para figurar no pólo passivo de
persecução penal.
- Art. 564 inciso III: por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o
auto de prisão em flagrante;
Exemplo: Quando tratar-se de crime de ação penal pública condicionada - artigo 225 CP, e, 39 CPP.
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
Exemplo: examinado os autos, verifica-se que inexiste exame de corpo de delito.
c): a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de
21 anos;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos
à acusação e à defesa;
Exemplo: quando não é feita a citação nos moldes dos artigos 251 a 369 CPP.
Exemplo: juiz recusa a interrogar o acusado sob o argumento de que as provas produzidas eram
suficientes ao julgamento da causa.
- Art. 564 inciso IV: por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato, podendo ser
argüida quando – cláusula genérica
Exemplos
a) Falta de apresentação da resposta a acusação por advogado: o juiz determinou a retirada dos autos
porque julgou ser intempestiva – Artigo 369-A §2º, ofensa ao Artigo 5 LV CF, Súmula 523 STF.
A resposta a acusação é peça obrigatória. Ao determinar sua retirado dos autos, impediu-se a produção
de prova testemunhal em favor da ré.
b) Caso de denúncia lacônica, isso é, quando referir-se a fatos indefinidos não expondo o fato criminoso,
alem de não individualizar a conduta praticada por cada agente – Art. 41 CPP: a denúncia/queixa devem
conter a descrição individualizada do fato criminoso, causa inépcia: artigo 395, I CPP, assim o juiz não
deveria ter recebido sendo o processo nulo ab initio.
- Quando a denúncia não descreve quando foi praticado o delito, não descreve de que forma fora
praticado o delito, e não imputa qualquer descrição efetiva da conduta do réu.
c) Quando no interrogatório não for seguido o disposto no Art. 212. e seu p.u. CPP, como por exemplo
quando o juiz for o primeiro a perguntar na audiência.
d) Quando o juiz não deixa as partes fazerem perguntas
e) O juiz ao realizar o interrogatório não segue o disposto no Art. 187.
f) Se o réu citado por edital não comparecer, nem constituir advogado – o CPP manda que seja suspenso
o processo – Art. 366 CPP, se o juiz ao invés de suspender, prosseguir com o processo a revelia, todos
os atos praticados a revelia serão nulos. Pedido: nulidade a partir da citação.
g) Em regra se o réu é citado por hora certa e o réu não comparece o processo segue a revelia, mas será
nomeado defensor dativo – Artigo 362 p. u. CPP. Se o réu é citado por hora certa, pois o juiz entendeu de
forma errônea que ele estava se ocultando, mas na verdade o réu não sabia do processo: nulidade, pois
não cumprida a formalidade prevista no artigo 362 CPP, e ainda ofensa ao principio da ampla defesa.
Pedido: nulidade a partir da citação.
h) Inversão da ordem prevista em lei dos atos a serem realizados em audiência – artigo 400 CPP.
Pedido: nulidade a partir da audiência de instrução, debates e julgamento.
i) Ausência do defensor constituído: o réu tem direito de escolher advogado de sua confiança – artigo 185
CPP
j) Juiz dispensou testemunha: cerceamento de defesa – Art. 5º LV CF
k) Uma das testemunhas foi ouvida por precatória, expedida outra Comarca, sem que a defesa tivesse
sido cientificada da data da audiência naquele juízo: cerceamento de defesa – Art. 5º LV CF
* Sempre que eu falar em nulidade estou falando em Violação do Devido Processo Legal – Art. 5 LIV CF,
e decreto Lei 678/92 – artigo 8º (Pacto de São José da Costa Rica).
c) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
Abolitio Criminis.
O juiz da execução é o responsável por aplicar a lei nova.
2. PPP em concreto: Quando já houve STEJ para a acusação. Exemplo: apelação ou revisão criminal.
1º Passo: verificar a pena em concreto aplicada na sentença.
Obs.: concurso de crimes não é considerado.
Se houver concurso material que é a soma das penas -> temos que distinguir as penas
Se houver concurso formal onde pega-se a pena mais grave e aumenta de 1/6 a ½ -> temos que abater o
aumento.
Se houver crime continuado onde pega-se a pena mais grave e aumenta 1/6 a 2/3 -> temos que abater o
aumento.
2º Passo: verificar a tabela do Art. 109 CP
3º Passo: verificar o Art. 115 CP
4º Passo: verificar os seguintes intervalos:
a) Rito Comum:
1º Intervalo: entre a data da consumação e o recebimento da denúncia = a lei 12.234/2010 retirou esse
intervalo
2º Intervalo: entre o recebimento da denúncia e a sentença condenatória recorrível (ou acórdão
confirmatório recorrível)
3º Intervalo: entre a sentença condenatória recorrível e o transito em julgado
Prescrição da pretensão punitiva retroativa: pego a data da STEJ para acusação, e verifico o período
entre o recebimento e STEJ, se houve ou não prescrição de acordo com a pena aplicada na sentença.
Prescrição da pretensão punitiva superveniente: pego a data da STEJ para acusação, e verifico o período
entre a STEJ e o transito em julgado, se houve ou não prescrição de acordo com a pena aplicada na
sentença
a) Rito do Júri:
1º Intervalo: entre a data da consumação e o recebimento da denúncia= a lei 12.234/2010 retirou esse
intervalo (mas para crime antes de 2010 existe)
2º Intervalo: entre o recebimento denúncia e a pronúncia
3º Intervalo: entre a pronúncia e o acórdão confirmatório da pronúncia
4º Intervalo: entre o acórdão confirmatório da pronúncia e a sentença condenatória recorrível (ou acórdão
confirmatório recorrível)
5º Intervalo: entre a sentença condenatória recorrível e o transito em julgado
Prescrição da pretensão punitiva retroativa: pego a data da STEJ para acusação, e verifico o período
entre o recebimento e a pronuncia, depois entre a pronuncia e o acórdão confirmatório da pronúncia, e
depois entre o acórdão confirmatório da pronúncia e a STEJ, se houve ou não prescrição de acordo com
a pena aplicada na sentença.
Prescrição da pretensão punitiva superveniente: pego a data da STEJ para acusação, e verifico o período
entre a STEJ e o transito em julgado, se houve ou não prescrição de acordo com a pena aplicada na
sentença
Obs.: prescrição virtual ou antecipada não é admitida. Súmula 438 STJ.
3. PPE: quando já houve o título executivo: se forma com a sentença condenatória transitada em julgado.
1º Passo: verificar a pena em concreto aplicada.
Obs.: concurso de crimes não é considerado.
Se houver concurso material que é a soma das penas -> temos que distinguir as penas
Se houver concurso formal onde pega-se a pena mais grave e aumenta de 1/6 a ½ -> temos que abater o
aumento.
Se houver crime continuado onde pega-se a pena mais grave e aumenta 1/6 a 2/3 -> temos que abater o
aumento.
Obs.: caso a pena já tenha sido parcialmente cumprida (fuga, revogação do livramento condicional),
verificar apenas o quanto resta a cumprir.
Exemplo: Furto (pena de 1 a 4 anos), na sentença pegou 1 ano, cumpriu 2 meses e fugiu. O Estado deve
prendê-lo em quanto tempo? A prescrição em abstrato era 8 anos, a prescrição em concreto era 4 anos,
cumpriu 2 meses e fugiu, pena restante é 10 meses, a prescrição para 10 meses é 3 anos. Assim, o
Estado deve prende-lo em 3 anos.
2º Passo: verificar a tabela do Art. 109 CP
3º Passo: verificar o Art. 115 CP + Art. 110 CP.
O Art. 110 CP: diz que a prescrição será aumentada de 1/3 se o réu é reincidente.
4º Passo: Verificar os intervalos
1º Intervalo: entre o TEJ para acusação e o inicio do cumprimento da pena
2º Intervalo: entre a data da revogação do sursis e o inicio do cumprimento da pena
3º Intervalo: entre a data da fuga e a data da continuação do cumprimento da pena
4º Intervalo: entre a data da revogação do livramento e a data da continuação do cumprimento da pena
Termo inicial: Art. 112 CP
- transito em julgado para a acusação (tenho um título executivo)
- da data da interrupção da pena (fuga)
- da data da revogação do sursis até o livramento (quando você está no sursis ou livramento não conta-se
a prescrição)
Causas interruptivas: Art. 117 incisos V e VI CP:
- inciso V: início ou continuação do cumprimento da pena.
- inciso VI: reincidência = da prática do novo crime começa do zero.
Exceções:
1. se a vítima for menor de 18 anos quando completar 18 anos pode oferecer queixa crime no prazo de 6
meses, mas a prescrição corre normal ou seja, desde a data do fato, portanto verificar ambos neste caso.
2. crimes contra a propriedade imaterial – artigo 529 CPP: o prazo global de 6 meses deve ser respeitado,
mas uma vez homologado o laudo vale o prazo de 30 dias.
Perempção: aplica-se a ação penal privada propriamente dita ou personalíssima, não se aplica à ação
penal privada subsidiária da pública – artigo 60 CPP
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias
seguidos;
- o atraso ou paralisação deve ser de responsabilidade da parte
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber
fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
- precisa ter intimação dos sucessores? Não.
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que
deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
e) pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
Renúncia: pré-processual, não depende de concordância (unilateral)
- na ação penal privada vale o principio da indivisibilidade: havendo renúncia a um, ela será extensível a
todos – art. 49 CPP.
Renúncia de representação: o CPP não prevê, apenas a Lei Maria da Penha e o Jecrim prevêem.
Conduta: ato voluntário dirigido a uma finalidade. Assim, atos involuntários e reflexos são atípicos.
Exemplo: Coação física irresistível – Art. 22 CP: exclui a conduta para o direito penal, há atipicidade.
Resultado jurídico: é a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido. Todo crime produz.
Resultado naturalístico: é a modificação no mundo exterior.
Crime formal: é aquele que pode produzir resultado naturalístico, mas nem sempre produz. Exemplo:
extorsão mediante seqüestro, o crime se consuma com a extorsão, não importa se houve ou não o
recebimento da vantagem.
Crime material: é aquele que necessita de uma alteração no mundo naturalístico. Exemplo: homicídio,
lesão corporal.
Crime de mera conduta: é aquele que não produz resultado naturalístico. Exemplo: violação de domicílio
– Art. 150 CP.
Crime impossível: só pode ser considerado criminosa a conduta que lesa ou expõe a risco de grave lesão
um bem jurídico tutelado. Sem risco ao bem jurídico, não há crime possível.
a) por impropriedade absoluta do objeto
Exemplo: desferir tiros em um corpo sem vida para matá-lo ou subtrair sacola cheia de lixo imaginando
que continha valores econômicos, há atipicidade.
b) ineficácia absoluta do meio: meio inidôneo.
Exemplo: pessoa que quer matar terceiro usando os poderes da mente.
Nexo causal:
- Causa absolutamente independente da conduta do agente: não tem origem na conduta, não faz parte do
desdobramento normal da conduta.
* Excluem o nexo causal entre conduta e o resultado
- Causa relativamente independente da conduta do agente: tem origem na conduta, não faz parte do
desdobramento normal da conduta.
* Não excluem o nexo causal entre a conduta e o resultado, salvo se for Superveniente e por si só
produziu o resultado – Art. 13 §1º CP.
Tipicidade
Formal: é a previsão na lei do fato praticado.
Material: a lesão ao bem jurídico deve ser significativa.
- Excludente de culpabilidade
Coação moral irresistível – Art. 22 CP: não exclui a conduta para o direito penal, porque existe um ato
voluntário, mas exclui a culpabilidade.
Exemplos:
a) bandido com uma arma na cabeça do gerente do banco.
b) assaltante mantendo como refém mãe e filho, exigindo do pai que providencie certo valor em dinheiro
para evitar que mate mãe e filho.
Imputabilidade: capacidade de querer agir e entender. Agente imputável é aquele que entende e quer
agir.
Inimputabilidade: pessoas que não tem a capacidade de entender e agir por motivo de doença mental,
desenvolvimento mental incompleto e desenvolvimento mental retardado – artigo 26 CP. Outra causa de
inimputabilidade é a embriaguez completa oriunda de caso fortuito ou força maior, exemplo: quando um
sujeito escorrega nem tonel de cachaça.
Erro de proibição: quando a pessoa não tem a capacidade de entender o caráter ilícito da conduta.
- Falta de provas:
Pedido: absolvição com fulcro no artigo 386, V CPP.
Exemplo: desentranhamento das provas ilícitas, artigo 386, V CPP
Exemplo: a única pessoa a apontar o recorrente como autor foi a vítima, que é inimiga do recorrente. As
demais testemunhas não presenciaram o momento em que os acusados estavam com a ofendida, de
modo que nada podem informar a respeito.
3.2 Subsidiárias:
- 1º Pede-se o afastamento de qualificadoras, ou causas de aumento de pena.
Exemplo: crime de furto qualificado por meio de arrombamento da porta. Entretanto, a perícia apontou
que não houve sinais de arrombamento da porta, sendo provável que a porta estava aberta por descuido
dos moradores da residência, o que afasta por completo a ocorrência de furto qualificado.
Exemplo: furto simples com causa de aumento de pena por repouso noturno. Quando fala-se em repouso
noturno deve ser levado em consideração a casa habitada para aumento de pena, quando não há casa
habitada não deve ser aplicado tal aumento.
- 2º Desclassificação do tipo penal imputado para o crime de ... (verificar pena mínima se houver a
possibilidade de sursis, pedir que a nulidade do processo para que os autos sejam remetidos ao
Ministério Público a fim de que seja feita a proposta de suspensão condicional do processo).
Exemplo: pedir desclassificação do crime de homicídio para o crime de lesão corporal seguida de morte
(vontade era somente de ferir e o resultado mais grave ocorreu por culpa = crime preterdoloso).
- 3º Em caso de manutenção da condenação do acusado: seja fixada pena base no patamar mínimo, isso
porque o acusado é primário e apresenta bons antecedentes, sem a presença de condições
qualificadoras ou agravantes que justifiquem pena acima do mínimo legal.
- 5º Pedir a fixação do regime mais brando – Artigo 33 CP e Súmulas 718 e 719 STF, e 440 STJ:
Para o réu primário:
- Pena Maior que 8 anos = fechado
- Pena Menor ou igual a 8 anos e maior que 4 anos = Semi aberto
- Pena Menor ou igual a 4 anos = Aberto.
Para o réu reincidente:
- Pena Menor ou igual a 4 anos = Semi aberto.
Súmula 269 STJ: diz que o reincidente com pena menor ou igual a 4 anos = Semi aberto (pode começar
no Semi aberto)
- Pena Maior que 4 anos = fechado
- 6º Pedir a substituição por pena restritiva de direito ou sursis da pena: não pode pedir os dois ao mesmo
tempo.
- Pena restritiva de Direitos: artigo 44 CP
Requisitos objetivos: se o crime for culposo cabe restritiva qualquer que seja a pena. Se o crime for
doloso: crime deve ter sido praticado sem violência, pena menor ou igual a 4 anos.
Requisitos subjetivos: réu não reincidente específico (não pode ser reincidente no mesmo crime).
- Sursis da pena: artigo 77 CP
Requisitos objetivos: não ser cabível a restritiva, pena menor ou igual a 2 anos.
Requisitos subjetivos: não ser reincidente em crime doloso.
* A condenação anterior a multa não impede a concessão do benefício.
Sursis etário: é admissível sursis se a pena é menor ou igual a 4 anos desde que o condenado seja
maior de 70 anos.
Sursis humanitário: é admissível sursis se a pena é menor ou igual a 4 anos desde que o condenado tem
doença grave.
Nas razões: diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, anulando-se o
processo ...., nos termos do artigo 564, ____ do CPP. Caso não seja este o entendimento, requer a
reforma da sentença penal condenatória, absolvendo o apelante nos termos do artigo 386 ____ do CPP.
Subsidiariamente, requer a desclassificação ___________, remessa dos autos ao Ministério Público para
que ofereça proposta de suspensão condicional do processo. Eventualmente, caso afastados os pedidos
acima, requer a condenação no mínimo legal, bem como a fixação da indenização no patamar mínimo, e
que seja permitido que aguarde em liberdade até o TEJ da SPC, como medida de justiça.
Resposta a Acusação:
- verbo: “oferecer”
- Cabimento: com fulcro no Art. 396 (cabimento) e 396-A (conteúdo) CPP.
- Momento: logo após a citação (não pode ter tido AIDJ).
- Legitimidade: apenas do réu.
- Competência: para o juiz da causa
- Prazo: 10 dias a contar da citação – Art. 396 CPP: contados a partir da data da intimação. Trata-se de
prazo processual. Súmula:
Observação:
- Rito Sumário / Rito do Júri / Rito Sumaríssimo: não prevê memoriais, mas aplica-se subsidiariamente em
virtude do artigo 394 §5º CPP. Fundamento: artigo 403 §3º CPP c/c Art. 394 §5º CPP.
- Escusa absolutória – terá previsão em lei, exemplo: artigo 181 CP, usar o artigo 397 II CPP
Pedido: absolvição sumária com fulcro no artigo 386 inciso ___ CPP
Subsidiárias:
- 1º Pede-se o afastamento de qualificadoras, ou causas de aumento de pena.
Exemplo: crime de furto qualificado por meio de arrombamento da porta. Entretanto, a perícia apontou
que não houve sinais de arrombamento da porta, sendo provável que a porta estava aberta por descuido
dos moradores da residência, o que afasta por completo a ocorrência de furto qualificado.
- 2º Desclassificação do tipo penal imputado para o crime de ______, (verificar pena mínima se houver a
possibilidade de sursis, pedir que a nulidade do processo para que os autos sejam remetidos ao
Ministério Público a fim de que seja feita a proposta de suspensão condicional do processo).
- 3º Em caso de condenação do acusado: seja fixada pena base no patamar mínimo, isso porque o
acusado é primário e apresenta bons antecedentes, sem a presença de condições qualificadoras ou
agravantes que justifiquem pena acima do mínimo legal.
- 5º Pedir a fixação do regime mais brando – Artigo 33 CP e Súmulas 718 e 719 STF, e 440 STJ:
Para o réu primário:
- Pena Maior que 8 anos = fechado
- Pena Menor ou igual a 8 anos e maior que 4 anos = Semi aberto
- Pena Menor ou igual a 4 anos = Aberto.
Para o réu reincidente:
- Pena Menor ou igual a 4 anos = Semi aberto.
Súmula 269 STJ: diz que o reincidente com pena menor ou igual a 4 anos = Semi aberto (pode começar
no Semi aberto)
- Pena Maior que 4 anos = fechado
- 6º Pedir a substituição por pena restritiva de direito ou sursis da pena: não pode pedir os dois ao mesmo
tempo.
- Pena restritiva de Direitos: artigo 44 CP
Requisitos objetivos: se o crime for culposo cabe restritiva qualquer que seja a pena. Se o crime for
doloso: crime deve ter sido praticado sem violência, pena menor ou igual a 4 anos.
Requisitos subjetivos: réu não reincidente específico (não pode ser reincidente no mesmo crime).
- Sursis da pena: artigo 77 CP
Requisitos objetivos: não ser cabível a restritiva, pena menor ou igual a 2 anos.
Requisitos subjetivos: não ser reincidente em crime doloso.
* A condenação anterior a multa não impede a concessão do benefício.
Sursis etário: é admissível sursis se a pena é menor ou igual a 4 anos desde que o condenado seja
maior de 70 anos.
Sursis humanitário: é admissível sursis se a pena é menor ou igual a 4 anos desde que o condenado tem
doença grave.
Interposição:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara do júri da Comarca de ... Estado ... (Tribunal do
júri)
Nas razões: diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso.
Autoridade arbitrária – pede-se reforma da decisão
Exemplo: se o RESE foi interposto por ter sido a apelação denegada: pedir para que seja reformada a
decisão, determinando-se o processamento da apelação, como medida de justiça.
Revisão Criminal
- Verbo: “propor”
- Ação autônoma impugnativa, assim como o mandado de segurança e o habeas corpus.
- Pressuposto: transito em julgado.
- Só é cabível de para sentenças condenatórias – Art. 621 CPP
Exceção: hipótese que cabe revisão criminal de sentença absolutória: absolvição imprópria (é aquela que
aplica medida de segurança)
- Competência: Tribunais é a regra geral. Só terá competência para o STJ ou STF se o fundamento da
revisão criminal for o mesmo fundamento do recurso extraordinário/recurso especial.
* Se o STF nem analisou o Recurso Extraordinário – a Competência da Revisão Criminal é do TJ
* Se o STF analisou o Recurso extraordinário e o fundamento é inconstitucionalidade – Competência é do
STF. Se o fundamento do recurso é novas provas - Competência é do TJ.
Petição:
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ...
(Justiça Estadual)
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça (caso a condenação
tenha sido proferida pelo STJ)
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal (caso a condenação
tenha sido proferida pelo STF)
X, qualificação: NEP, RG, CPF, advogado, qualificação, procuração (doc. 01) não se
conformando com o vosso acórdão já transitado em julgado (doc. 02) que o condenou como incurso nas
penas do artigo ____ do CP, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor REVISÃO
CRIMINAL, com fundamento no artigo 621 inciso _______ do CPP, pelas razoes de fato e de direito que
passa a expor.
- Escusa absolutória – terá previsão em lei, exemplo: artigo 181 CP, usar o artigo 397 II CPP
Pedido: absolvição sumária com fulcro no artigo 386 inciso ___ CPP e 626 do CPP
3.2 Subsidiárias:
* Segue-se o mesmo já descrito para o recurso de Apelação
*** Importante: Não se pede absolvição na apelação do Júri em razão do Princípio da Soberania
dos Veredictos.
Art. 50 LEP: Falta grave. Para apuração de falta grave é necessário respeito ao contraditório e ampla
defesa, quer no procedimento administrativo, quer na homologação judicial.
- SV nº 05: não ofende a CF a falta de defesa técnica no processo administrativo disciplinar.
Jamais utilizar no processo penal, e sim no processo disciplinar para apurar falta de funcionário público.
Assim, a SV não afasta a necessidade de defesa técnica na apuração administrativa da falta grave.
- A LEP determina que a prática de crime doloso será considerada falta grave. A mera prática ou com o
TEJ? Duas posições: 1. majoritária – é desnecessária a condenação bastando a prova prática, 2. é
necessária a condenação definitiva sob pena de afronta a presunção de inocência.
Prosseguimento do RDD:
- pedido de autoridade administrativa: que é o diretor do estabelecimento
- juiz decide sobre a liminar
- MP (fiscal da lei) deve opinar
- Defesa
- Juiz decide o mérito do RDD: não há RDD sem ordem judicial.
Falta de vagas:
1. Em casa de Albergado: há previsão legal (Art. 17 LEP) de cumprimento de prisão albergue e domiciliar
nos casos de maior de 70 anos, doente grave, gestante ou condenado com filhos que dela dependa.
Pacífica orientação nos tribunais que na falta de vagas em casa de albergado deverá ser permitida prisão
albergue domiciliar fora dos casos do Art. 117 LEP.
2. Em estabelecimento adequado para o semi aberto: pacífico orientação nos tribunais superiores que
deverá ser concedido o regime aberto provisório.
3. Em caso de falta no fechado: “empurra”.
Sistema progressivo: passagem de um regime mais grave para um regime mais ameno. No mundo
jurídico é proibida a progressão por salto.
Requisitos da progressão:
Objetivo: cumprimento de parcela da pena.
Nos crimes comuns: 1/6 da pena
Nos crimes hediondos e equiparados (tráfico, terrorismo, tortura): 2/5 se primário, 3/5 se reincidente.
Subjetivo: mérito em regra será comprovado pelo atestado de bom comportamento assinado pelo diretor
do estabelecimento carcerário. Sumula 439 STJ.
Art. 33 §4º CP: nos crimes contra a administração pública a progressão fica condicionada a reparação do
dano.
Obs.: Pessoa condenada a 70 anos, progride 1/6 de 70 ou de 30 anos?
Nos temos a Súmula 715 STF, os benefícios da execução penal serão calculados com base na pena total
aplicada e não na unificação em 30 anos. Então uso 70 anos.
Obs.: no caso de crimes hediondos.
1990 – diz que não iria haver progressão
Julho/2006 – o STF diz que podia, pois a vedação feriria o Principio da Individualização da pena,
utilizando do 1/6 para progredir.
Em março de 20007 – a lei foi publicada entrando em vigor nova redação – diz que o réu primário deve
progredir com 2/5, e o réu reincidente deve progredir com 3/5.
Duas posições:
1. Deveria ser aplicada, mesmo aos fatos anteriores, melhor para o acusado, porque antes era vedado.
2. Lei infraconstitucional, antes poderia progredir 1/6, e agora veio a lei dizendo 2/5 e 3/5 piorando a
situação do réu, só pode aplicar a fatos posterior (STF).
Aos crimes hediondos e equiparados praticados antes da reforma da lei de crimes hediondos será
aplicado o requisito de 1/6 da pena. Sumula 471 STJ, SV nº 26 STF.
Súmula 471 STF: os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da
lei 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no Art. 112 LEP para progressão de regime prisional.
Pedido específico para a Progressão de Regime: Diante do exposto requer seja deferido o presente
pedido com a progressão do regime de cumprimento de pena do fechado para o semi aberto.
Regressão – Art. 118 LEP: passagem de um regime mais ameno para um mais grave. É possível a
regressão por salto
- Para haver a regressão deve ter o contraditório e a ampla defesa, sob pena de nulidade.
Art. 118 §2º LEP: diz que o condenado tem direito a ser ouvido.
Remição: é o desconto na pena a cumprir pelos dias trabalhados, na razão de 3 para 1 – Art. 126 e
seguintes LEP. Só é possível remição para os condenados em regime fechado e semi aberto.
É possível remição pelo estudo, cada 3 dias estudados remido 1 dia de pena. Súmula 341 STJ.
- Nos termos do Art. 127 LEP a prática de falta grave resulta em pena de dois dias remidos.
SV nº 09: reconhece que tal previsão é constitucional, e que não se limita a perda a 30 dias.
Livramento condicional: pode ser definido em qualquer regime e antecipa a devolução da liberdade
desde que presentes os requisitos do Art. 83 e seguintes do CP.
Agravo em Execução:
- verbo: interpor
- Cabimento: Art. 197 LEP, recurso utilizado contra todas as decisões do juiz da execução penal cabe
agravo em execução
Exemplo: foi pedido remição, o juiz negou, cabe agravo como forma de recurso,
Exemplo: progressão de regime de crime hediondo negada, cabe agravo, argumento que já cumpriu 1/6
nos termos das Súmula 471 STJ e 26 STF.
Exemplo: o juiz da execução negou a progressão pois ainda não havia sido elaborado o exame
criminológico nem oferecido o parecer da Comissão Técnica da Classificação, embora existisse nos autos
atestado de boa conduta carcerária, cabe agravo.
- Competência: Interposição: juiz da execução a quo, e Razões: TJ
- Prazo: 5 dias para interposição, 2 dias para razões.
* Segue o mesmo tramite do recurso em sentido estrito, tem juízo de retratação, se o juiz não
altera a decisão atacada – remessa do recurso ao Tribunal competente (TJ ou TRF).
- Efeito é meramente devolutivo, exceto quando o juiz expedir ordem para desinternar ou liberar alguém
do cumprimento de medida de segurança. Nesta hipótese, há também o efeito suspensivo.
Interposição
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara das Execuções Criminais da Comarca de ...
(Justiça Estadual)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Vara das Execuções Criminais da Seção Judiciária de ...
(Justiça Federal)
X, já qualificado nos autos da execução penal nº ... atualmente recolhido no presídio ...
por seu defensor público, inconformado com a decisão de indeferimento ... vem respeitosamente a
presença de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor: AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fulcro no
artigo 197 da Lei 7.210/84.
Requer seja recebido e processado o presente agravo e, caso Vossa Excelência
entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões, ao
Egrégio Tribunal de Justiça.
Em que pese o ilibado saber jurídico do meritíssimo juiz a quo impõe-se a reforma da respeitável decisão
que indeferiu o pedido de ____________ do agravante, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas.
Atenção: se o sujeito comete o crime e se apresenta na delegacia, não há flagrante, pois está fora
do rol do Art. 302 CPP.
Flagrante Preparado:
Flagrante Esperado:
Petição:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara do Júri da Comarca de ... (Tribunal do Júri)
Liberdade Provisória:
-
Carta Testemunhável
- verbo: “requerer a extração de ” – Art. 640 CPP
- Cabimento: Art. 639 CPP, da decisão que denegou o RESE ou Agravo em execução.
- Art. 640 CPP: diz que deve ser indicado as peças do processo para traslado.
* Se o juiz não mandar o RESE/Agravo para o Tribunal é porque houve erro do escrivão, por isso o
endereçamento é para o escrivão.
- Competência: Interposição é do escrivão – Art. 640 CPP, Razões é para o TJ/TRF (como no RESE e no
Agravo, tem juízo de retratação).
- Legitimidade: parte cujo recurso foi denegado.
- Prazo: 48 horas – Art. 640 CPP, na prova conta-se como se fosse 2 dias – prazo processual penal.
Tese: admissibilidade do recurso denegado (Rese ou agravo devem ter sido admitidos)
Pedido: que o recurso seja recebido e processado.
Interposição
Ilustríssimo Senhor Escrivão Diretor do ... Ofício Criminal da Comarca de ...
A, já qualificado nos autos do processo crime que lhe move B, por seu advogado que
esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que negou o RESE, vem
respeitosamente, perante Vossa Senhoria requerer a extração de CARTA TESTEMUNHÁVEL, com fulcro
no Art. 639 CPP.
Indica para traslado as seguintes peças:
a) decisão que indeferiu o pedido de ... e certidão da respectiva intimação;
b) recurso em sentido estrito ou agravo em execução;
c) decisão que denegou o RESE ou agravo e certidão da respectiva intimação.
Requer seja extraída a presente carta testemunhável e, caso o Douto Magistrado
entenda que deva manter a decisão que seja remetida com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado ...
Pedidos específicos a serem feitos na Carta testemunhável: Diante do exposto, requer seja
conhecido e provido o presente recurso, determinando-se o processamento do RESE/Agravo em
execução, e caso já esteja suficientemente instruída a carta que seja julgado “de meritis” – Art. 644 CPP
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do acórdão nº ... da Camara Criminal do Egregio
Tribunal de Justiça do ...
A, já qualificado nos autos da apelação, RESE, agravo nº ..., por seu advogado ..., não
se conformando com o venerando acórdão que negou provimento ao apelo, RESE, ou ao agravo, por
votação unânime, vem a presença de Vossa Excelência opor embargos infringentes com fulcro no Art.
609 p.u. CPP.
Requer seja recebido e processado o presente recurso com as inclusas razões.
Embargos de declaração
- verbo: “opor”
- Cabimento: Art. 619 CPP, acordo, Art. 382 CPP, sentença, Art. 83 da Lei 9.099/95: sempre que houver
contradição (OAB), ambigüidade, obscuridade ou omissão.
- Competência: em caso de sentença: para o juiz que oferece, em caso de acórdão: para o relator.
- Legitimidade: quaisquer das partes podem opor.
- Prazo: 2 dias – CPP, 5 dias - Lei 9.099/95
- Efeito: no CPP: interrompe o prazo para a interposição do Recurso Extra-ordinário ou Especial. fala em
na Lei 9.099/95: fala em suspensão para os outros recursos
Recurso Extraordinário/Especial:
- Fonte Legislativa: CF- cabimento, Lei 8034/1990 – processamento.
Atenção: a matéria precisa ter sido prequestionada (discutir anteriormente no Tribunal local), o meio
moderno de se prequestionar é com o embargos de declaração (se não cabível os embargos é porque já
está prequestionado)
- Cabimento: Art. 102 III CF = matéria constitucional = Recurso Extraordinário, Art. 105 III CF = matéria
federal, Recurso Especial.
Atenção: cabe Recurso Extraordinário de acórdão de Turma Recursal, mas não cabe Recurso Especial
pois a Turma Recursal não é Tribunal (Art. 102 III e 105 III CF).
- Art. 102 III “d” = lei local contestada em face de lei federal. A matéria constitucional refere-se a
competência legislativa.
- No Recurso Extraordinário vale requisito próprio, ou seja, repercussão geral das questões
constitucionais – Art. 102 §3º CF (não há no Recurso Especial).
Interposição:
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ...
(federal)
X, já qualificado nos autos da apelação criminal nº..., por seu advogado que esta
subscreve, não se conformando com a respeitável decisão de fls. ..., que violou os artigos ... e ... do CP,
vem respeitosamente, perante Vossa Excelencia, interpor RECURSO ESPECIAL, com fulcro no Art. 105
III “a” da CF e Lei 8.038/1990.
Requer seja recebido o presente recurso, e encaminhado, com as inclusas razoes, ao
Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Pedido específico do Recurso Especial: diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente
recurso, absolvendo-se o recorrente nos termos no artigo 386 inciso ... do CPP, como medida de mais
lidima justiça.
Teses e pedidos: Requer seja conhecido e provido para que seja reformado o venerando acórdão ...
(exemplo: fixando-se pena no mínimo legal) como medida de justiça!
Habeas Corpus: não é Recurso, é uma ação constitucional – Arts. 5º LVXIII CF, 647 e 648 inciso ... CPP
- Direito: liberdade de locomoção.
É possível pedido de liminar
Habeas Corpos repressivo: já existe o ato constrangedor (prisão, ordem de prisão, IP irregular ou
processo irregular)
Pedidos: trancamento do IP ou da ação penal, contra mandado de prisão, alvará de soltura, etc.
- Legitimidade: qualquer pessoa pode impetrar habeas corpus em favor de qualquer pessoa.
Impetrante: não precisa ser advogado, inclusive está previsto no Art. 1º EOAB, não precisa de procuração
também. Pode ser brasileiro ou estrangeiro, mas deve ser em língua portuguesa. Não se admite o habeas
corpus apócrifo.
Paciente: beneficiário do HC, é necessariamente pessoa humana (não cabe HC em favor de pessoa
jurídica ou de animais)
Autoridade coatora: particular ou agente público, ato de delegado, do MP, do juiz, do Tribunal.
Competência para julgar o HC: depende da autoridade coatora, será impetrado pela autoridade superior a
coatora.
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
Exemplo: prisão temporária: 5 dias prorrogáveis por mais 5 dias. Se ele ficar preso por mais tempo, cabe
HC por excesso de prazo.
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
Exemplo: a ordem de prisão for emanada de juiz estadual, mas o crime é federal.
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
Exemplo: cabe HC e RESE.
Petição
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado ...
Pedido específico a ser utilizado em Habeas Corpus: diante do exposto, requer, após as informações
prestadas pela autoridade apontada como coatora, seja concedida a ordem de habeas corpus,
determinando-se o trancamento da ação penal (por exemplo), que tramita contra a paciente, como
medida de inteira justiça.
Reclamação:
- Súmula vinculante: somente é editada pelo STF.
- Cabimento: contra decisão ou ato que desrespeita súmula vinculante
Existem algumas que são interessantes no processo penal, SV nº 11, 14, 24 e 26
SV nº 26 – redação mal feita: é inconstitucional o regime integralmente fechado, crime hediondo praticado
antes da Lei 11.464/2007 progride com 1/6 da pena, crime hediondo praticado depois da Lei 11.464/2007
progride com 2/5 se primário, e 3/5 se reincidente.
- Interposição: é feita para o Presidente do STF
- Fundamento: com fulcro no Art. 103-A §3º CF e Lei 11.417/2006
Mandado de Segurança:
- Fundamento: com fulcro no Art. 5º LXIX CF e Lei 12.016/2009
- Cabimento: para tutelar direito líquido (isso é não precisa de dilação probatória) e certo não amparado
por habeas corpus ou habeas data => Ação residual.
- Exemplos de Direitos que diferem da liberdade: a) cabe MS para vítima, exemplo: negado o pedido
da vítima para se habilitar como assistente de acusação. B) delegado negou a vítima a restituição de
coisa apreendidas, c) violado direito do advogado ao acesso ao preso.
- É possível pedido de liminar.
- Endereçamento: se foi ato do delegado -> Juiz, se for ato do Juiz -> MS para o Presidente do Tribunal,
se for ato do Tribunal -> vai para o próprio Presidente do Tribunal.
Art. 61 da Lei: defini o que é um IMPO: é aquela cuja pena máxima não supera 2 anos e as
contravenções. Lembrar: no calculo da pena máxima incidem as qualificadoras e as causas de aumento.
Quanto a transação no concurso de crimes, se a soma das penas afasta a competência do jecrim, fica
também afastada a transação?
1. Sim, pois não seria razoável premiar o autor em tal concurso de crimes.
2. É possível a transação nos termos do artigo 60 p.u. da Lei
Estatuto do Idoso - Lei 10741 manda aplicar o procedimento do Jecrim. No entanto a ADIN 3096 o STF
determinou que apenas o prosseguimento será aplicado mas não a conciliação, transação e composição
civil dos danos.
Lei Maria da Penha: afasta a competência do Jecrim nos casos de violência doméstica e familiar contra a
mulher.
Competência territorial:
- No CPP: é no lugar da consumação do crime, teoria da ubiqüidade.
- No Jecrim: o Art. 63 adota a teoria da atividade para determinar a competência, ou seja, é o local da
ação ou omissão.
Flagrante: em caso de flagrante o autor do fato será encaminhado a presença da autoridade policial, mas
não se imporá prisão se:
1. for imediatamente encaminhado ao juizado; ou,
2. se o autor do fato assume o compromisso de comparecer em juízo (assina, se não assinar por ir
preso).
Direito de livrar-se solto. Se houver prisão trata-se de ilegalidade, deve-se relaxar.
- Em caso de violência doméstica o juiz irá determinar o afastamento da cautelar do autor do fato.
(se não for caso de Lei Maria da Penha, aplica-se o Art. 69 p.u. da Lei, isso é se não for mulher)
Audiência Preliminar:
1. Conciliação: tem como objetivo a composição civil dos danos. Se frutífera será titulo executivo em favor
do ofendido.
Nas ações públicas condicionadas a representação e nas ações penais privadas o acordo civil
homologado nos termos do Art. 74 da Lei – Extingue a punibilidade sendo considerada Renúncia Tácita
ao direito de oferecer queixa ou representação.
CP, CPP: impossível a renúncia a representação, reparação do dano não significa renúncia a queixa.
Jecrim: é possível renúncia tácita à representação, o acordo nos termos do Art. 74 da Lei é renúncia tácita
ao direito de representação e queixa.
2. Representação: se não extinta a punibilidade na fase anterior e o crime é de ação pública condicionada
será dada oportunidade a vítima de oferecer representação.
Se ela não representar no prazo: prevalece a suficiência da representação fora do juizado, segue-se o
prazo decadencial de 6 meses.
Lembrar: no Brasil a desclassificação do crime para infração com ação penal condicionada não renova o
prazo para representar.
3. Transação: se não extinta a punibilidade nas fases anteriores inicia-se a etapa da Transação
Nos termos do Art. 76 da Lei se não for caso de arquivamento o MP poderá propor transação penal desde
que ausentes os pressupostos negativos do §2º
1. Se o sujeito é reincidente com condenação anterior a pena privativa de liberdade.
Lembrar: que apesar da redação da lei, se a condenação anterior não mais gera reincidência é possível
transação.
2. Se o sujeito foi beneficiado com a transação no prazo de 5 anos.
3. Se as circunstancias subjetivas não indicam a medida.
* A transação consiste na aplicação imediata de uma pena restritiva de direitos ou multa.
O aceite da transação não significa reconhecimento de culpa
Art. 76 §5º da Lei: Aceita a proposta de transação será homologada pelo juiz e desta decisão cabe
apelação.
- A transação homologada não importa em Reincidência e não constará em folhas de antecedentes salvo
por requisição judicial (porque aí verifica os 5 anos)
Art. 76 §6º da Lei: A transação homologada não tem efeito civil, cabendo a vítima se o caso, buscar a
separação na seara pertinente
Recusa do MP em ofender a proposta: prevalece largamente que o juiz deverá encaminhar os autos do
procurador geral – Art. 28 CPP analogia.
- Francamente minoritário que o juiz possa elaborar a transação de ofício.
Se infrutífera a transação será oferecida denúncia ou queixa oral – Art. 78 e seguintes da Lei.
Art. 81 da Lei diz que aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor, resposta acusação oral. Muito
difícil o juiz converter em memoriais por escrito, analogia 403 §3º CPP (se houver pedir que o juiz rejeite a
denúncia).
Contra a rejeição da denúncia – cabe apelação.
Lembrar: a inversão da ordem da audiência gera nulidade (ouvida vítima, testemunhas da acusação,
testemunha da defesa, interrogatório do réu).
Habeas Corpus: No Jecrim contra ato do juiz -> Turma Recursal -> TJ -> STJ -> STF.
Mandado de Segurança No Jecrim (Súmula 376 STJ)
Não cabe Recurso Especial contra decisão de Turma Recursal, mas cabe Recurso Extraodinário.
Pedido específico da Queixa-crime: diante do exposto, requer seja recebida e autuada a presente
queixa crime, determinando-se a citação do querelado para que seja processado e ao final condenado
nas penas do crime previsto no artigo ..., bem como requer a fixação do valor mínimo da indenização
pelos danos sofridos. Requer, outrossim, a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas.