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São Paulo
2017
FACULDADE MOZARTEUM
São Paulo
2017
FACULDADE MOZARTEUM
THAYANE LOPES DOS SANTOS
Aprovado em:
Banca Examinadora
Prof(a) _______________________________________
Assinatura______________________________________
Prof(a) Ms _____________________________________
Assinatura______________________________________
São Paulo
2017
RESUMO
Este estudo teve como foco principal, analisar qual a influencia que as aulas de artes
possuem no desenvolvimento da criança na educação infantil, e aborda questões
desde a concepção de infância, até seu processo de criatividade/aprendizagem.
O presente trabalho também visa mostrar a importância dos jogos e brincadeiras na
educação infantil, a primeira etapa da educação básica, que tem com finalidade o
desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade. Nessa etapa da
educação os jogos e brincadeiras são de suma importância, pelo qual, é através
deles que as crianças aprendem as regras de convivência, aprendem a socializar e
respeitar o outro e a si mesma.
São nos jogos e nas brincadeiras que as crianças transformam seus conhecimentos
que já possuem anteriormente em conceitos gerais como os quais brincam. É por
meio deles que os professores podem observar e construir uma analise dos
processos de desenvolvimento das crianças em conjunto ou individualmente.
The main focus of this study was to analyze the influence that arts classes have on
children 's development in early childhood education, and addresses issues from the
conception of childhood to their creativity / learning process.
The present work aims to show the importance of games and games in early
childhood education, the first stage of basic education, which aims at the integral
development of children up to six years of age. At this stage of education games and
games are extremely important, whereby through them children learn the rules of
coexistence, they learn to socialize and respect each other and themselves.
It is in games and games that children transform their knowledge that they already
have in general concepts as they play. It is through them that teachers can observe
and build an analysis of the developmental processes of children together or
individually.
The present work aims to show the importance of games and games in early
childhood education, the first stage of basic education, which aims at the integral
development of children up to six years of age. At this stage of education games and
games are extremely important, whereby through them children learn the rules of
coexistence, they learn to socialize and respect each other and themselves.
It is in games and games that children transform their knowledge that they already
have in general concepts as they play. It is through them that teachers can observe
and build an analysis of the developmental processes of children together or
individually.
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................. 35
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................... 37
6
1 INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
A Escolha do tema foi determinada para acompanhar o valor educativo dos
jogos e brincadeiras na educação infantil, que merece um lugar de destaque. O ato
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de brincar não se restringe apenas ao tempo ocioso, mas tem valor para construção
integral do ser humano. É importante lembrar que não basta brincar aleatoriamente,
o interessante é levar as brincadeiras lúdicas e educativas para a sala de aula.
1.4 PROBLEMA
Por meio de jogos e brincadeiras as crianças se interagem, vencem
obstáculos, desafiam seus limites, desenvolvem a coordenação motora e o
raciocínio lógico, adquirem confiança e aprimoram seus conhecimentos. Devido a
isso perguntamos:
Qual a influencia que a arte tem sobre a vida da criança?
É realmente essencial o ato de brincar na infância?
Como despertá-las para o lúdico/imaginário?
E por fim é possível substituir um conteúdo de sala pelos jogos?
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na areia, em muros, usando diversos materiais que são encontrados por acaso pelas
crianças.
Para compreender como se encontra atualmente o Ensino de Artes Visuais
nas escolas, é imprescindível explorar a trajetória e a história do Ensino de Arte no
Brasil, que desde o início esteve ligado à história da Arte e também à história da
educação no país.
No Brasil o Ensino de Arte teve início com a educação jesuítica, no período
colonial, que foi o primeiro sistema de ensino formal do Brasil. A metodologia
utilizada priorizava o estudo da arte literária, que era mais valorizada do que o
trabalho manual. Em contrapartida a esse ensino formal, que era mais voltado para
a elite, havia as Escolas de Artifices, que funcionavam como oficina de artesão onde
eram ensinados trabalhos artesanais e agrícolas.
O trabalho manual era desvalorizado, tido como um ofício servil voltado para
as classes menos favorecidas. Já o uso da linguagem e da formação artística
priorizava somente a elite, que possuía uma educação diferenciada em vários
aspectos.
O barroco jesuítico foi uma junção das referências do modelo português, com
o modo de fazer dos artesãos brasileiros. Dessa forma, foi considerada uma Arte
popular, pois havia a influência de distintas camadas sociais.
No início do século XIX, um grupo de artistas franceses formou a Missão Artística
Francesa, que originou a Arte Greco-romana do Neoclassicismo. Com o início do
sistema de ensino superior acadêmico, a Arte Neoclássica que era ensinada nas
academias e baseada em repetição de modelos, acabou substituindo o Barroco
brasileiro.
A escola tradicional iniciou-se com a República e havia uma preocupação
com o Ensino da Arte, que se baseava no Desenho como fazer técnico e científico,
não como um aprendizado significativo e de qualidade. Suas ideias eram defendidas
por Rui Barbosa, que buscava a implantação da Arte como disciplina nas escolas
primárias e secundárias, assim como sua obrigatoriedade.
Um marco na vitória do pensamento liberal foi a Academia de Belas-Artes que
posteriormente tornou-se Escola Nacional de Belas-Artes. A educação só passou a
ser mais democrática, valorizando os aspectos psicológicos dos alunos e o processo
de aprendizagem após o início da Escola Nova, em 1930. Com o rompimento dos
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rablhs deles, dos colegas e dos artistas e a compreensão da Arte integrda como
perspectiva histórica e cultura na sociedade.
As Artes Visuais são representadas por toda forma de expressão visual como
pintura, desenho, escultura, colagem, fotografia, cinema, arquitetura, o paisagismo,
a decoração e a outras linguagens. Elas promovem a interação e a comunicação da
criança, representam uma forma de linguagem, por isso é importante esse ensino na
Educação Infantil, para possibilitar o desenvolvimento da imaginação, da
criatividade, da cognição, da intuição e da sensibilidade.
Partindo desta perspectiva, percebemos que hoje a criança é vista como um sujeito
que desempenha um papel importante na sociedade enquanto sua formação, pois
hoje ela é vista como um ser atuante, um sujeito de direitos e deveres, dentro de
uma sociedade da qual ela faz parte. Trevisan (2007, p. 55) ressalta que:
2.2 A criança
A criança como um todo ser humano, é um sujeito social e histórico e
faz parte de uma organização familiar que esta inserida em uma sociedade, com
uma determinada cultura, em um determinado momento histórico.
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam
como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio, elas revelam
seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias
que presenciam e, por meio das brincadeiras expressão as condições de vida as
que tão submetidas em seus anseios e desejos.
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2.2.1 Educar
As novas funções para educação infantil devem estar associadas a
padrões de qualidade. Essa qualidade advém de concepções de desenvolvimento
que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais e,
mais concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos
relacionados ás mais diversas linguagens e ao contato com os mais variados
conhecimentos para construção de uma identidade autônoma.
Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer ás crianças
condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas
de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras
e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar
com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso,
pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste
processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de
apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais,
estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e
saudáveis.
2.2.2 Cuidar
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2.3 O Brincar
No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem
e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e
repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando.
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que
assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças
agem frente á realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas
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exemplo, pedrinhas podem representar coisas para comer. Os símbolos usados são
individuais e específicos de cada criança e cada situação.
No caso das brincadeiras regradas, as regras definem a estrutura das
atividades. Para Piaget (1977), os jogos com regras são instituições sociais, na
medida em que são transmitidos de geração a geração e suas características são
independentes da vontade dos indivíduos que participam deles. Alguns são
transmitidos com a participação dos adultos, outros permanecem especificamente
infantis. Estes últimos possibilitam uma situação mais favorável à qualidade lúdica e
podem colaborar para o desenvolvimento social das crianças.
Para Vygotsky (1989, apud CORIÁ-SABINI; LUCENA, 2009), definir o brincar
exclusivamente como atividade que dá prazer é incorreto por duas razões: em
primeiro lugar, há muitas atividades que dão prazer mais intenso para crianças, do
que o brincar; em segundo lugar, há jogos cuja própria natureza não é sempre
agradável, como, por exemplo, os jogos desportivos, em que há desprazer quando o
resultado final é desfavorável.
Para o autor, o brincar cria uma zona de desenvolvimento proximal, pois nele,
a criança executa ações que estão além de seu comportamento diário.
Só que à medida que o brincar se desenvolve em direção a um propósito
realmente consciente, é que existe a verdadeira ação simbólica, pois nesse caso, os
conceitos já estão formados e as brincadeiras ou jogos simbolizam essa ação.
(VYGOTSKY, 1989, apud CORIÁ-SABINI; LUCENA, 2009).
Em conclusão, o autor, coloca que, para uma criança, o brincar é um jogo
sério, assim como é para o adolescente. Porém, para a criança, sério significa que,
ao brincar ela não separa a situação imaginaria da situação real; para a criança em
idade escolar, o brincar torna-se uma forma de atividade mais limitada, que
preenche um papel especifico no seu desenvolvimento e permeia as atitudes em
relação à realidade. Neste caso, a essência do brincar é a criação de uma nova
relação entre o campo do significado e o campo da percepção.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação (1998), é
imprescindível que sejam oferecidas as crianças, atividades voltadas para as
brincadeiras ou para as aprendizagens que ocorrem por meio de ações em grupo,
para que ela possa exercer sua capacidade de criar. Ao brincarem, as crianças
recriam e repensam os acontecimentos que deram origem às brincadeiras,
superando gradativamente suas aquisições e ampliando seu tempo e seu espaço.
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A brincadeira, por sua vez, segundo Kishimoto (1994), é apontada como uma
atividade espontânea da criança, sozinha ou em grupo. Ela constrói uma ponte entre
a fantasia e a realidade, o que a leva a lidar com complexas dificuldades
psicológicas, como a vivência de papéis e situações não bem compreendidas e
aceitas no universo infantil. A brincadeira na infância leva a criança a solucionar
conflitos por meio da imitação, ampliando suas possibilidades lingüísticas,
psicomotoras, afetivas, sociais e cognitivas.
8. Prendas
9. Jogos de representação
10. Jogos de faz-de-conta
11. Jogos com brinquedos construídos
12. Jogos de salão
a) jogos de amor
b) jogos de mesa
dos quais as crianças, em tom ritmado, permanecem atentas a sua chance de serem
escolhidas.
Áreas desenvolvidas
Área afetiva
Envolve tensão e dificuldades de ceder a vez.
Senso de si e dos outros – Descentralizar a criança de si mesma (no começo
as crianças costumam dizer: “tá bom, faz ‘Lá em cima do piano’, mas eu que vou ser
o primeiro, né?”).
Interações Sociais
Cria expectativas de quem será escolhido.
Área de linguagem
Enriquecimento – A fórmula pode ser transformada em texto, em um trabalho
de sistematização de leitura e escrita. Crianças que ainda não dominam a leitura
podem procurar palavras escritas a partir do seu conhecimento do texto da tradição
oral: podem criar hipóteses da escrita.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
ao tempo ocioso, mas sim o seu real valor, que é auxiliar na construção integral do
ser humano.
Quando falamos em lúdico e em brincar, estamos falando em uma ação que a
criança faz de forma autônoma e espontânea, sem o domínio do adulto.
Entendemos que utilizar metodologia lúdica, do tipo de jogos, historia, dramatização
e manifestações artísticas, desperte e motive as crianças a participar. Esta
participação espontânea faz com que ela se torne uma pesquisadora consciente do
objeto de ensino, objeto que nos educadores colocamos ao seu alcance.
REFERÊNCIAS