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2528
V434
1987
Cop.1
The University of Iowa Libraries
IOWA :
E. Bradford Burns
-
UNIVERSITY OF IOWA
DATE DUE
un
LIVROS I E II
DA
Historia do Brasil
RIO DE JANEIRO
IMPRENSA NACIONAL
1887
22.9
14.34
1227
AVISO PRELIMINAR .
Capistrano de Abreu .
INDICE
LIVRO I
DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL
LIVRO II
LIVRO III
LIVRO IV
1
INDICE XI
LIVRO V.
X. Falta .
XI . Falta .
XII . Falta .
XIII . Falta .
XIV . Falta .
XV . Falta .
XVI . Falta .
XVII . Falta .
XVIII . De como, estando provido Henrique Corrêa da Silva
por Governador do Brasil, não veio, a causa por que e
como veio em seu logar Diogo de Mendonça Furtado .
XIX . Da chegada do governador Diogo de Mendonça á
Bahia e ida do seu antecessor D. Luis de Sousa pera o
Reino .
XX . De como Antonio Barreiros, filho do Provedor- Mór
da Fazenda, foi por provisão do governador geral
Diogo de Mendonça Furtado governar o Maranhão,
Bento Manuel o Grão Pará e o capitão Luis Aranha a
descobril-o pelo cabo do Norte, por mandado de Sua
Magestade .
XXI . Das fortificações e outras boas obras que fez o gover
nador Diogo de Mendonça Furtado na Bahia e duvidas
que houve entre elle e o Bispo e outras pessoas .
XXII . De como os Hollandezes tomaram a Bahia .
XXIII . De como o Governador Diogo de Mendonça foi preza
drs Hollandezes e o seu coronel João Vandort ficou
governando a cidade .
XXIV . De como o Bispo foi eleito do povo por seu Capitão-Mór
emquanto se avisava a Pernambuco a Mathias de Albu
querque , que era Governador ..
XXV . De como foi morto o coronel dos Hollandezes D. João
Vandort e lhe succedeu Alberto Scutis, e o Bispo assen
tou o seu arraial e estancias pera os assaltar.
XXVI . Dos assaltos que se deram emquanto governou o
Bispo .
XIV INDICE
E assim foi este de tanta força que não só executei por mim,
mas incitei a um amigo que a mesma historia compuzesse em
verso * ) , de sorte que pudesse dizer o que disse S. Agostinho ao
santo bispo Simpliciano, que, havendo - lhe pedido um tractado
breve em declaração de certas difficuldades, lhe offereceu dois
livros inteiros, desculpando -se ainda, com ser a lettra tanto que
pudera causar fastio , de não satisfazer ao que lhe fora pedido
conforme ao desejo do supplicante. São suas palavras as que
se seguem : Vereor ne ista quæ sunt a me dicta, et non satis
fecerint expectationi , et tædio fuerint gravitati tuæ , quando
quidem et tu ex omnibus quæ interrogasti unum a me libellum
mitti velles, ego duos libros eosdem quos longissimos misi , et
fortasse quaestionibus nequaquam expeditè deligenter respondi.
Desta maneira , havendo -me Vossa Mercê pedido um tratado
das cousas do Brasil , lhe offereço dois, leitura que pudera causar
fastio , si o diverso methodo a não variara e dera appetite, e
comtudo receio de não satisfazer á curiosidade de Vossa Mercè ,
segundo sei que gosta desta iguaria . Donde tomei tambem
motivo para a dedicar a Vossa Mercê e não a outrem , lem
brando - me que por dar Jacob a Isaac, seu pae , uma de que
gostava, alcançou a benção como a mãe lhe havia certificado,
dizendo: Nunc ergo, fili mi , acquiesce conciliis meis , et pergens
ad gregem affer mihi duos hoedos ut faciam ex eis . patri tuo
quibus libenter vescitur , quos cum intulerit et comedirit bene
dicat tibi.
Bem enxergou o santo velho, ainda que cego, que Jacob o
enganava , pois o conheceu pela voz : Verè quidam vox Jacob est ;
mas levado do gosto da iguaria a que era affeiçoado, depois de
inspiração do Ceu, The concedeu a benção. Esta peço eu a Vossa
Mercê , e com ella não tenho que temer a maldizente ..
Nosso Senhor vida, saude e estado conserve e augmente a
Vossa Mercè, como os seus lhe desejamos.
Bahia, 20 de Dezembro de 627.
Fr.ro deSalvador
HISTORIA DO BRASIL .
LIVRO PRIMEIRO .
Do descobrimento do Brasil.
CAPITULO I.
dahi a poucos dias com elles para a India 5) , deixando ali uma
cruz levantada, como tambem dois Portuguezes degradados 6 ),
para que aprendessem a lingua, e despediu um navio a Por
tugal de que era capitão Gaspar de Lemos 7 ) com a nova
a el-rei D. Manuel, que a recebeu com o contentamento que tão
grande cousa e tão pouco esperada merecia .
CAPITULO II .
DO NOME DO BRASIL .
10) A palavra Brasil têm duas origens: uma latina sobre a qual
J. C. da Silva escreveu uma dissertação magistral na Rev. Inst . XXIX ,
2a p . p. 5/35 , e de que tambem trataram José Silvestre Rebello nos
dois primeiros vols . da Revista , e Candido Mendes , nå introducção aos
Principios de direito mercantil e leis de marinha de Silva Lisboa .
Rio, 1874 , I, CCCXL - CCCLV ; outra celtica , a que alludem Gumbleton
Daunt, na Rev. Inst. XLVII, 1834,1a p . , pag. 119/120 e Beauvois,
Rev. de l'hist , des religions, VII p . 316 .
11 ) Esta parlenda que ainda hoje se conserva , é assim :
Papagaio real ,
Para Portugal
Quem passa , meu louro ?
E' o rei que vae a caça .
Toca trombeta e caixa .
HISTORIA DO BRASIL 9
CAPITULO II ) .
15) Não consta que Magalhães estivesse no Brasil antes de 1519 ; não
podia , pois , ter descoberto antes um estreito, e a melhor prova que
não o tinha é a sua incerteza do ponto em que este deveria ficar, pois
comezou a procura- lo desde 34° 40 ' e estava disposto a ir até 75 gráos
(Humbold , Examen critique de l'histoire de la geographie du nou reau
continent, V , p. 247 ) . *
Entretanto é certo que já antes se acreditava na existencia de um
estreito ao sul da America, e até ao centr ), que Colombo procurara
debalde. Na Zeytung des Presillig Lundt, relativa á expedição de Dom
Nuno Manoel, como já procurei provar ( A armada de D. Nuno Ma
noel, Rio, 1881) e em que se narram factos de 1506. vem a primeira
indicação do estreito, indicação. porém, que Varnhagen affirmou e
Wiezer demonstrou applicar -se á bahia de S. Mathias. No mappa
de Schöner de 1515 já estava o estreito ſigurado. Veja -se sobre esta e
outras questões connexas a importante monographia de Wieser
(Magalhães Strasse und Austral Continent).
HISTORIA DO BRASIL 13
CAPITULO IV .
CAPITULO V.
CAPITULO VI .
e com esta ventagem que lá entre cem se não acham dois bons
e cá entre cem se não acham dois ruins.
Finalmente, se dá no Brasil toda a hortaliça de Portugal :
hortelã , endros, coeutro , cegurelha , alfaces, celgas, borragens,
nabos e couves, e estas só uma vez se plantam de couvinha ;
mas depois dos olhos que nascem ao pé se faz a planta muitos
annos, e em poucos dias crescem e se fazem grandes couves, e
além destas ha outras couves da mesma terra chamadas taiobas,
das quaes comem tambem as raizes cozidas, que são como ba
tatas pequenas.
CAPITULO VII .
19) Deve ser o maculo, a que se refere Knivet nos seguintes termos:
em suas Admirable adventures and strange fortunes :... « a Kinde of
sicknesse, that is common in all hot Countreyes, that is, with a sweate
and wearinesse of the body ;with Wormes in their fundament, that
consume their gnts, and they so cons:ime away, knowing not what
hurteth them . Against this the Indians do take Aices of Lemons, and
greene Pepper, and put it in their fundament, likewise Salt-water is
good, questionlesse all our Englishmen that died on the coast of
Guinee and Brasill p »rished of this Disease : it breedeth with head
ache and burning Feners , then wee presently let bloud , and that
killeth us » ( Purchas his pilgrimes, IV, Lond . 1625, p. 1214).
HISTORIA DO BRASIL 21
CAPITULO VIII .
DO MANTIMENTO DO BRASIL .
CAPITULO IX .
CAPITULO X.
CAPITULO XI .
CAPITULO XII .
CAPITULO XIII .
DE SUAS ALDEIAS .
CAPITULO XIV .
Não
facil de averiguar, maiormente entre os Principaes
que têm muitas mulheres, qual seja a verdadeira e legitima,
porque nem -um contrato exprimem , e facilmente deixam umas
e tomam outras, mas conjectura -se que é aquella de que primeiro
se namoram e por cujo amor serviram aos sogros, pescando- lhes,
caçando, roçando o mato para a sementeira , e trazendo-lhes a
lenha pera o fogo.
Mas o sogro não entrega a moça até lhe não vir seu
costume, e então é ella' obrigada a trazer atado pela cinta
um fio de algodão, e em cada um dos buchos dos braços outro,
pera que venha á noticia de todos ; e depois que é deflorada
pelo marido ou por qualquer outro , quebra em signal disso os
fios , parecendo -lhe que si o encobrir a levará o Diabo, e 0
marido de qualquer. maneira a recebe, e consumando o matri
monio, se tem que esta é a legitima mulher, ou quando assim
não estão casados, a cunhada ,mulher que foi do irmão defunto,
ainda que lhe ficasse filho delle , ou a sobrinha ( filha, não do
irmão , que esta têm elles em conta de filha propria e não casam
com ello., sinão da irmã) e com qualquer destas com que pri
meiro se casaram , ou seja a sobrinha, ou a cunhada, os casam
depois sacramentalmente as Religiosos que os curam , no mesmo
dia em que os baptizam , dispensando nos impedimentos ,
por privilegio.33) que para isto têm , e lhe tiram todas as outras,
CAPITULO XV .
nem tocar -lhe em alguma cousa ' sua; porque , si algum Thas
toma, ou lhes não dá o que elles pedem , dizem: Vai, que has de
morrer , a que chamam lançar a morte ; e são tão barbaros
que se vai logo o outro lançar na rede sem querer comer e de
pasmo se deixa morrer, sem haver quem lhe meta na cabeça
que pode escapar, e assie se podem esses feiticeiros chamar
mais matadores que medicos ; nem elles cúram os enfermos
sinão com enganos, chupando- lhes na parte que lhes doe ; e
tirando da boca um espinho ou prego velho que já nella
levavam , lho mostram , dizendo que aquillo lhes fazia o mal e
que já ficam sãos, ficando elles tão doentes como de antes. Ou
tros medicos ha melhores, que são os acautelados e que pade
ceram as mesmas enfermidades , os quaes, applicando ervas qu
outras medicinas com que se acharam bem , saram os enfermos ;
mas si a enfermidade é prolongada ou incuravel , não ha mais
quem os cure e os deixam ao desamparo.
Testemunha sou eu de um , que achei na Parahyba tolhido de
pes e mãos á borda de uma estrada, o qual me pediu lhe desse
uma vez de agua , que morria de sede, sem os seus, que por alli
passavam cada hora, lh'a quererem dar, antes lhe diziam que
morresse, porque já estava tisico e que não servia mais que pera
comer o pão aos sãos. Mandei eu buscar agua por uns que me
acompanhavam e entretanto o fiqueixatechizando, porque ainda
não era christão, e de tal maneira seacendeu em a sede de o ser
e de salvar sua alma, que, vinda a agua , primeiro quiz que o
baptizasse que beber, e dahi a poucos dias morreu em o incendio
de uma aldeia , onde o mandei levar , sem haver quem o quizesse
tirar da casa que ardia, ven lo que não tinha, elle pés, nem
forças pera se livrar. Donde se vé a pouca caridade que tem
este Gentio com os fracos e enfermos, e juntamente a miseri
cordia do Senhor e effeitos de sua eterna perdestinação, a qual .
não só em este , mảs em outros muitos, manifesta muitas vezes ,
ordenando que percam os Religiosos o caminho que levam , e
* vão dar nos tigipares ou capanas com enfermos que estão
agonisando, os quaes recebendo de boa vontade o Sacramento .
do Baptismo se vão a gozar da Bemaventurança no Céo .
Tanto que algum morre, o levam a enterrar embrulhado na
mesma rede em que dormia ; e a mulher, filhas e parentas
(si as tem) o vão pranteando até á cova com os cabellos soltos
lançados sobre o rosto, e depois o pranteia ainda a mulher
muitos dias ; mas si morre algum Principal da aldea , o untam
.
CAPITULO XVI .
E' este gentio naturalmente tão bellicoso que todo o seu cuida
do é como farão guerra a seus contrarios, e sobre isto se ajuntam
no terreiro da aldeia com o principal della os principa es das casas
e outros Indios discretos a conselho , onde, depois de assentados
nas suas redes, que pera isso armam em umas estacas, e quieto
o rumor dos mais que se ajuntam a ouvir, (porque é gente que,
em nenhuma cousa tem segredo), propõe o Maioral suă pratica
a que todos estão mui attentos , e como se acaba respondem
os mais antigos cada um per si até que vêm a concluir ‘ no que
hão de fazer, brindando - se entretanto algumas vezes com o
fumo da erva santa que elles têm por ceremonia grave ; e si
concluem que a guerra se faça ,mandam logo que se faça muita
farinha de guerra e que se apercebam de arcos e frechas e
alguns payezes ou rodellas e espadas de paus tostadas, e como
todas estas cousas estão prestes, à noite, antes da partida,
anda 0.Principal da aldeia pregando ao redor das casas,decla
rando - lhes onde vão e a obrigação que têm de fazerem aquella
guerra , exhortando -os á victoria para que fique delles memoria,
ě os vindouros passam contar suas proezas.
o dia seguinte depois de almoçarem , toma cada um suas armas
nas mãos, e a rede em que ha de dormir ás costas, e ume
HISTORIA DO BRASIL 41
34) Do mesmo modo que nos quippos do Perú pela cor e pelos nós dos
fios, faziam - se contas , narravam -se factos, etc. Segundo Fernão Cardim ,
os Indios tomaram suas pinturas da magima, cobra m ' uito pintada e
grande que anda sempre n'agua: « tem - se por bemaventurado o Indio
a quem ella se mostra, dizendo que hão de viver muito tempo, pois a
Mänima se lhes mostrou » (Purchas, IV , p . 1318) .
Trata-se talvez de um caso de totemismo de que os nossos chronistas
não julgaram necessario transmittir- nos mais amplos informes.
44 FR. V. DO SALVADOR :
Vão aqui · reunidas algumas notas sobre o pảo que deu nome
ao Brasil .
Em occasião mais conveniente serão talvez completadas.
8) Eu El-Rei Faço saber aos que este Meu Regimento virem que
sendo informado das muitas desordens que ha no certão do pao brasil
e na conservação delle, de que se tem seguido haver já hoje muita falta ,
e ir-se buscar muitas leguas pelo certão dentro cada vez será o damno
maior si se não atalhar e der nisso a ordem conveniente e necessaria ,
como em cousa de tanta importancia para a Minha Real Fazenda ,
tomando informações de pessoas de experiencia do Brasil , e commu
nicando-as com as do Meu Conselho, Mandei fazer este Regimento, que
Hei por bem e Mando se guarde d'aqui em diante inviolavelmente :
Primeiramente Hei por bem e Mando que nem -uma pessoa possa cortar
nem mandar cortar o dito pao brasil, por si , ou seus escravos ou fei
tores seus , sem expressa licença ou escrito do Provedor de Minha Fa.
zenda de cada uma das capitanias em cujo districto estiver a matta
em que se houver de cortar, e o que o contrario fizer incorrerá em
pena de morte e confiscação de toda sua fazenda .
2 E o dito Prov dor Mór para dar a tal licença tomará informação
da qualidade da pessoa que lhe pede e si della ha alguma suspeita que
o desencaminhará , ou furtará ou dará a quem o haja de fazer.
M. e Ach . V.
• 50 FR . V. DO SALVADOR :
3 0 dito Provedor Mor fará fazer um livro por elle assignado e nume
rado, no qual se registrarão todas as licenças que assim der, decla
rando - se os nomes e mais confrontações necessarias das pessoas a que
se derem , e se declarari a quantidade do pao para que se lhe dá
licença, e se obrigará a entregar ao contratador toda a dita quanti
dade que trata na certidão para com ella vir confrontar o assento do
livro de que se firá declaração , e nos ditos assentos assignará a pes
soa que levar a certidão e a passoa que levar a licença com o es
crivão .
4 E toda a pessoa que tomar mais quantidade de pao de que lhe
för dada a licença, além de o perder para a Minha Fazenda, si 0
mais que pesar passar de 10 quintaes, incorrerá em pena de 100 cru
zados, e si passar de 50 quintaes, sendo peão será acoutado e degra
dado por 10 annos para Angola, e passando de 100 quintaes, morrerá
por elle e perderá toda sua fazenda .
50 Provedor fará repartição das ditas licenças em um modo que
cada um dos moradores da capitania em que se houver de fazer o
cárte tenha sua parte segundo a possibilidade de cada um é que em
todos se não exceda a quantidade que lhe foi ordenada .
6 Para que se não corte mais quantida de de pao da que eu tiver
dado por contrato ņem se carregue a cada capitania mais da que boa
mente possa tirar della ; Hei por bem e Mando que em cada um anno
se faça repartição da quantidade do pao que se ha de cortar em cada
uma das capitanias em que ha matta delle , de modo que em todo se
não exceda a quantidade do contrato .
7 A dita repartição do pao que se ha de cortar em cada capitania se
fará em presença do meu Governador daquelle Estado pelo Prove
dor -Mór da Minha Fazenda e Oficiaes da Camara da Bahia e nella se
terá respeito ao estado das mattas de cada uma das ditas capitanias para
The não carregarem mais nem menos pao do que convem para bene
ficio das ditas mattas, e do que se determinar aos mais votos se fará
assento pelo Escrivão da Camara e delle se tirarão provisões em
nome do Governador e por elle assignadas que se mandarão aos Pro
vedores das ditas capitanias para as executarem . ,
8 Por ter informação que uma das cousas que maior damno têm
causado nas ditas mattås , em que se perdem e destroem mais paos, é
por os contratadores não aceitarem todo o que se corta sendo bom
e de receber, e querem que todo o que se lhe dá seja rcliço e massico,
de que se segue ficarem pelos matos muitos dos ramos e ilhargas
HISTÓRIA DO BRASIL . 51
perdidos , sendo elle todo bom è conveniente para o uso das tintas ; Man
do que d'aqui em diante se aproveite todo o que fôr de receber e não
se deixe pelos matos nem-um pao cortado assim dos ditos ramos como
das ilhargas e que os contratadores recebam todo, e havendo duvida si é
de receber, a determinará o Provedor de Minha Fazenda com infor
mação de pessoas de credito ajuramentadas. E porque outrosim sou in
formado que a causa de se extinguirem as mattas do dito pao, como
hoje estão, e não tornarem as arvores a brotar é pelo mao modo com
que se fazem os cortes, não lhes deixando ramos e varas que vão cres
cendo e por se lhe pôr fogo nas raizes para fazerem roças, Hei por bem
e Mando que d'aqui em diante se não façam roças em terras de mattas
de pao brasil ou do Brasil , e serão para isso coutadas com todas as
penas e defezas que têm estas coutadas reaes e que nos ditos cortes se
tenha muito tento á conservação das arvores para que tornem a brotar
deixando-lhe varas e troncos com que possam fazer e os que o con
trario fizerem serão castigados com as penas que parecer ao Julgador.
9 Hei por bem e Mando que todos os annos se tire devassa dos cortes do
pao - brasil na qual se perguntará pelos que quebraram e foram contra
este Regimento .
10 E para que em todo haja a guarda e vigilancia que convém , Hei
por bem que em cada capitania das em que houver mattas do dito
pao,haja guardas, duas dellasque terão de seus ordenados a vintena das
condemnações que por sua denunciação se fizerem , as quaes guardas
serão nomeadas pelas Camaras e approvadas pelo Provedor da Minha
Fazenda, e se lhes dará o juramento que bem e verdadeiramente façam
seus officios .
11 O qual Regimento Mando se cumpra e guarde como se nelle
contém , e ao Governador do dito Estado, e ao Provedor Mór da Minha
Fazenda, e aos Provedores de todas as capitanias e a todas as Justiças
dellas que assim a cumpram e guardem e a façam cumprir e guardar
sob as penas nelle conteúdas : o qual se registrará no livro da Minha Fa
zenda do dito Estado o nas Camaras das capitanias aonde houver mattas
do dito pao, e valerá posto que não passe por Carta em Meu Nome e o
effeito della haja de durar mais de um anno , sem embargo da Orde
nação do segundo livro, titulo 39, que o contrario dispõe .
Francisco Ferreira o fez a 12 de Dezembro de 1605. E eu , o Secretario
Pedro da Costa , o fiz escrever . Rei . (Nabuco Araujo, Collècção Chro
nologico- systematica da legislação de fazenda, I, Rio 1830 , nota 10 ).
|
||
LIVRO SEGUNDO .
CAPITULO 1 .
Diz -nos Fr. Vicente, e outros já o tinham dito antes , que Gonçalo
Coelho perdeu duas naus ; Damião de Góes , ao contrario, affirma que
perdeu quatro. Talvez a contradicção seja mais apparente que real,
Sabe-se por Amerigo Vespucci, companheiro da expedição, que junto á
ilha mais tarde chamada de Fernão de Noronha naufragou a nau capi
tanea sem nada se salvar; que a delle (Vespucci) e uma outra nau sepa
raram-se da armada, voltando depois à Portugal , onde chegaram
a 18 de Junho de 1504. Admittir , por tanto, com "Damião, que
da armada de Gonçalo Coelho salvaram - se apenas dois navios,
equivale a dizer que apenas os navios de Vespucci voltaram do
Brasil . Ora os diversos chronistas são accordes em affirmar que
Gonçalo Coelho voltou do Brasil, e alguns até dizem que elle
escreveu um livro a respeito da terra . Ha , porém , uma hypo
these que até certo ponto concilia as duas versões contradictorias .
As naus de Vespucci chegaram separadas das outras, por isto
o seu nome foi tomado á parte, tanto mais que, como se về da carta
do navegador Florentino escripta a Soderini, era sua opinião que
os outros navios se tinham perdido . Chegando depois as naus de
Gonçalo Coelho, tambem o seu nome foi tomado á parte. Os que
tiveram cuidado de comparar as duas entradas e a sahida concluiram
que se tinham perdido apenas duas naus ; os que notaram apenas
a entrada de Gonçalo Coelho concluiram que se tinham perdido
quatro.
Dasnaus perdidas, uma sabe -se que foi a capitanea ; a outra é desco
nhecida ; talvez mesmo que não se tivesse perdido, e que fosse mandada
a Portugal para dar conta do successo , em que, mesmo pela versão
do Florentino, o procedimento de Americo não foi precisamente
correcto. Deste modo explica - se como, escrevendo elle a Soderini em
4 de Setembro de 1504 mostrando -se tão satisfeito da sua posição, já
em 5 de Fevereiro do anno seguinte partia de Sevilha para entrar no
serviço do governo hespanhol. (Navarrete, Coll. I , 351/352, (1a ed . )
Gonçalo Coelho foi mais tarde escrivão da fazenda' dos contos da
cidade de Lisboa . (Barros , Deo . I , 1. III , cap . VI) .
36) Os marcos foram ordenados por D. João II , e empregados pela,
primeira vez em 1484 por Diogo Cão. Segundo Barros eram « um pa
drão de pedra d'alt'ıra de dois estados de homem e com o escudo das
armas reaes deste Reino , e nas costas delle um letreiro em latim e
outro em portuguez , os quaes diziam que Rei mandara descobrir
aquella terra e em que tempo e por que Capitão fora aquelle Padrão
ali posto , e em cima no topo uma cruz de pedra embutida com
chumbo . » (Dec. I , 1 , Ili, cap . III) .
HISTORIA DO BRASIL 55
CAPITULO II .
Nesta ilha fóra esteve uma villa que se chamou Santo Amaro,
de que já não ha mais que a ermida do Santo; mas fez -se outra
na terra firme da parte do Sul , chamada a villa da Con
cepção.
Na ilha de dentro ha duas povoações, uma chamada de Santos
e outra de S. Vicente como o rio , a qual veiu edificar Martim
Affonso de Sousa em pessoa, e a povoar de miui nobre gente
que comsigo trouxe , e assim floreceu em mui breve tempo.
Daqui se embarcou em o anno de 1533 pera descobrir mais
costa e rios della e foi correndo até chegar ao rio da Prata 44 ),
pelo qual navegou muitos dias e perdendo alguns navios e gente
delles em os baixos do rio, se tornou pera a sua capitania ,
donde foi chamado por Sua Alteza pera o mandar por Capitão
mór do mar da India, do que serviu muitos annos , e depois de
Governador da India , donde vindo a Portugal serviu muitos
annos po Conselho de Estado atė el-rei D. Sebastião, em cujo
tempo falleceu 45 ).
Pelo certão nove leguas do rio de S. Vicente está a villa de
S. Paulo , em a qual ha um mosteiro da Companhia de Jesus ,
outro do Carmo, e nos têm signalado sitio pera outro de nossa
Serapbica Ordem , que nos pedem queiramos edificar -ha muitos
annos, com muita instancia e promessas, e sem isso era inci
tamento bastante termos alli sepultado na egreja dos Padres da
Companhia um Frade leigo da nossa ordem , Castelhano, a quem
matou outro Castelhano secular, porque o reprehendia que não
jurasse : foi religioso de santa vida, e confirmou -o Deus depois
de seu martyrio com um milagre , é foi que assentando - se uma
mulher enferma de fluxo de sangue sobre a sua sepultura , ficou
sã 46) . Ao redor dessa villa estão quatro aldeas de gentio amigo,
que os Padres da Companhia doctrinam , fora outro muito que
cada dia desce do certão.
CAPITULO III .
48) E mais exacto dizer que veio com Martim Affonso em 1531 .
Desde então até 1546, pouco tempo esteve fóra do Brasil, pois escre
vendo a D. João III em 29 de Abril deste anno, contando - lhe o des
barato da capitania díz - lhe que perdeu 15 annos na terra .
Varnhagen ( Rev. Inst. XXIV , p . 6) assegura que Pero de Goes voltou
para a Europa em 1532 com Pero Lopes : mas a carta de doação é
muito explicita em contrario ; « em todas as mais cousas de Meu Ser
viço, e a que se o dito Pedro de Goes achou, assim com o dito Martim
Affonso como sem elle, depois da sua vinda por ficar lá » . (Silva
Lisboa, Annaes, I, p . 35) .
Pero de Goes da Silveira teve alvará de lembrança para uma
capitania a 10 de Março de 1534, mas a sua doação é de 28 de Agosto de
1536. Deste documento, ( publicado por Silva Lisboa, Ann.do Rio de Ja
neiro, I , Rio, 1834. p.351/ 352) vê-se que o numero de leguas de costa de sua
capitania foi de 30 e não de 50 lezuas: « hei por bem de lhe fazer mercê...
da capitania de 30 leguas de terra na dita costa do Brasil, que come
çarão de 13 leguas adiante do cabo Frio pela banda do Norte onde
se acaba a capitania do dito Martim Affonso de Sousa e se acabarão
nos baixos dos Pargos ; si , porém , não houver dentro do dito limite e
demarcação as ditas trinta leguas, Eu lhe não serei obrigado a satis
fazer, e havendo mais ficará com tudo que mais for » .
O foral de 29 de Fevereiro de 1536 (pub. na Historia do descobri
mento e povoação da cidade de S. João da Barra , Rio, 1868 , de
64 FR. V. DO SALVADOR :
CAPITULO IV .
CAPITULO V.
CAPITULO VI .
CAPITULO VII .
DA CAPITANIA DA BAHIA .
Toma esta capitania o nome da Bahia por ter uma tão grande
que por antonomasia e excellencia se levanta com o nome
commum o apropriando -o a si se chama a Bahia, e com rasão :
porque tem maior reconcavo , mais ilhas e rios dentro de si
que quantas são descobertas em o mundo, tanto que, tendo hoje
50 engenhos de assucar , e pera cada engenho mais de 10 lavra
dores de cannas de que se faz o assucar, todos têm seus esteiros
e portos particulares, nem ha terra que tenha tantos caminhos
por onde se navega .
As ilhas que dentro de si tem entre grandes e pequenas
são 32 ; só tem um sipão, que é não se poder defender a entrada
dos cossarios, porque tem duas bocas ou barras, uma dentro da
outra, a primeira a leste , da ponta do padrão da Bahia ao morro
de S. Paulo , que é de 12'leguas ; a segunda, que é a interior,
do sul da dita barra ou ponta do Padrão á ilha de Taparica, que
é boca de tres leguas.
Está esta Bahia em 13 graus e um terço , e tem em seu circuito
a melhor terra do Brasil, porque não tem tantos areaes como
as da banda do Norte, nem tantas penedias como as do Sul , pelo
que os Indios velhos comparam o Brasil a uina pomba, cujo peito
é a Bahia e as azas as outras capitanias, porque dizem que na
Bahia està a polpa da terra e assim dá o melhor assucar que
ha nestas partes.
Tambem e tradição antiga entre elles que veiu o bemaven
turado apostolo São Thomé a esta Bahia , e lhes deu a planta da
mandioca e das bananas 71 ) de São Thomé, de que temos tratado
E ' Gentio este que ainda não foi tratado e dizem que se
ataviam com algumas peças de ouro , pelo que Duarte Coelho
de Albuquerque, senhor que foi de Pernambuco, tratou no Reino
desta conquista ; mas nunca se fez, nem o rio se povoou até gora
mais que de alguns curraes de gado, o roças de farinha ao longo
do mar ; sendo assim que é capaz de boas povoações , porque
tem muito påu -brasil e terra pera engenhos.
Não trato do rio Sergipe, do rio Real e outros que ficam nos
limites desta capitania da Bahia, por não ser prolixo, e tambem
porque ao diante pode ser tenham logar .
Desta capitania da Bahia fez mercè El-Rei D. João IIl a Fran
cisco Pereira Coutinho 75) , fidalgo mui honrado, de grande fama e
CAPITULO VIII.
82) Porto Seguro ( Hist., I, p . 453 e 454) publica uma carta de Affonso
Gonçalves , escripta , provavelmente de Igarussú a 3 de Maio, de 1548.
Ahi lê-se que a povoação ficava a 5 leguas da villa de Duarte Coelho,
que tinha duzentas almas , que não havia Padre para dizer missa .
HISTORIA DO BRASIL 81
CAPITULO IX .
CAPITULO X.
Resão tinha (si tivera perfeito uso della) o Ger tio desta capi
tania pera não se inquietar e inquietal- a com a absencia de
Duarte Coelho, pois ficava em seu logar sua mulher D. Bea
triz de Albuquerque, que a todos tratava como filhos, e Hyero
nimo de Albuquerque, seu irmão , que assim por sua natural
brandura e boa condicção , como por ter muitos filhos da3 tilhas
dos Principaes , os tratava a elles com respeito .
Mas como é gente que se leva mais por temor , que por amor,
tanto que viram absente o que temiam , começaram a fazer das
suas , matando e comendo a quantos Brancos e Negros seus escra
vos encontravam pelos caminhos, e o peior era que nem por isto
deixavam de lhes vir á casa com seus resgates , dizendo que elles
o não faziam , sinão alguns velhacos, que haviam mister bem
castigados . Muito dava isto em que entender a Hyeronimo de
Albuquerque, por não saber que consello tomasse, e assim
chamou a elle os Officiaes da Camara e outras pessoas que o
podiam dar, e juntos em sua casa Thes perguntou o que faria .
Começou logo cada um a dizer o que sentia e os mais foram
de parecer que os castigassem e lhes fizessem guerra ; mas , não
concordando em o modo della, se desfez a junta sem reso
87) Esta narrativa não está muito de acordo com uma carta de Je
ronymo de Albuquerque a El - Rei , de 28 de Agosto de 1575 em que dava
o gentio por atemorisado, submetido e calado . Verdade é que o facto
se podia ter dado mais tarde; e é mesmo provavel , porque os Indios
a que se referia Jeronymode Albuquerque eram do lado de Igarussù .
( Revist. Inst ., XLIX , parte 1a , pag. 584/586)
CAPITULO XI .
DA CAPITANIA DE TAMARACẢ .
CAPITULO XII .
93) Como atraz fica visto . Pero Lopes já vinha de S. Vicente, e seguiu
directamente para Portugal, onde chegou em 21 de Janeiro de 1533. Por
documentos que não conhecemos, Porto Seguro concluiu que quem
ficou commandando a fortaleza foi Paullos Nunes ( Hist ., 129/130 .)
CAPITULO XIII .
CAPITULO XIV.
O seguinte é tudo quanto pude apurar . Quem quer que for versado
em nobiliarchia portugueza, poderá completar os claros e solver muitis
das duvidas subsistentes.
Seguiu -se, segundo Taques, seu filho do mesmo nome, que viveu
até 1545 .
O terceiro donatario foi o filho segundo de Pero Lopes, de nome
Martim Affonso, que em 1558 foi morto em Baharem com D. Alvaro
da Silveira .
Foi quarto donatario D. Jeronyma de Albuquerque, que ainda vivia
em 1577, e quarta a filha desta , D. Isabel de Lima , casada primeiro
com D. Francisco de Lima e depois com André de Albuquerque ( com
este ultimo já o era em 1585 ) . Já tinha fallecido em 1607 .
D. Isabel , não tendo successão, deixou por herdeiro seu primo Lopo
de Sousa , terceiro donatario da capitania de S. Vicente ; mas D. Luis
de Castro, filho do Conde de Monsanto e de D. Ignez Pimentel, filha de
Martim Affonso , primeiro donatario de S. Vicente, disputou -lhe a
herança , conseguindo sentença favoravel a 20 de Maio de 1615, Então
jà era morto D. Luis ; mas a sentença aproveitou a seu filho D. Alvaro
Pires de Castro, depois primeiro Marquez de Cascaes, fallecido a 11 de
Junho de 1674 .
D. Luis Alvares de Castro, 60 Conde de Monsanto e 20 Marquez de
Cascaes, falleceu a 21 de Julho de 1720, e foi o setimo e ultimo dona
tario, porque, propondo-se José de Góes de Moraes, filho do capitão
mór governador Pedro Taques de Almeida, comprar esta capitania por
44 mil cruzados, D. João V por Alvará de 22 de Outubro de 1709 re
solveu que a compra fosse feita para a Fazenda Real , e effectivamente
passou-se escriptura a 19 de Março de 1711 .
Succedeu -lhe, pois seu filho D. Duarte da Costa , que foi segundo
donatario ,
Entrando para a ordem dos. Jesuitas, deve ter sido terceiro dona
tario seu tio D. Francisco da Costa , que falleceu em Marrocos onde
D. Henrique o mandara por embaixador , pelo anno de 1590, pouco
mais ou menos .
Succedeu - lhe seu filho D. Duarte da Costa , que morreu solteiro ; e a
este seu irmão D. Gonçalo da Costa .
Foi sexto donatario D. Francisco da Costa, seu filho, que naufragou
nas costas de França, com D. Manuel de Menezes, a 15 de Janeiro
de 1627, e setimo D. Pedro da Costa , cuja filha herdeira , D. Maria de
Noronha, constituiu donatario D. Luis da Costa , fallecido em 5 de
Dezembro de 1681 .
Destes nasceu D. Antonio Estevão da Costa a 25 de Dezembro de 1671,
fallecido em Janeiro de 1724.
O nono e ultimo donatario foi D. José da Costa , nascido a 22 de
Julho de 1694 e fallecido sem successão a 10 de Março de 1766. A este
comprou D. José a capitania, ignoro em que data ; mas , segundo
Porto Seguro, pela pensão de 640$ 000.
cousas atrás nomeadas , pois não acho quem me dê mais . Dou-lhe uma ,
dou - lhe duas e uma mais pequenina. Em praça arremato , affronta faço
que mais não acho que nove mil trezentos e sessenta cruzados . Dou - lhe
uma, dou-lhe duas e dou - lhe tres , e faça-lle bom proveito .
« Houve por arrematada a dita capitania dos Ilhéos e villas e terras
é mais cousas atrás nomeadas ao dito André Dias Prestes em nome do
autor D. João de Castro e D. Juliana de Sousa, sua mulher, seus con
stituintes, andando muita parte das terras pela praça do Pelourinho
Velho á rua nova dos Ferros , apregoando o sobredito no lanço dos
autores , e affrontando a muitas pessas, e fazendo as diligencias que o
direito requer , por onde disse que havia por bem feita a arrematação
e assignou com o dito porteiro , etc.
Para organisar a lista geral dos donatarios , que por ser a primeira
tentada certamente abunda em erros , consultei : Sousa , Historia genea
logica da Casa Real, Lisboa 1735/1748 , 13 vol .; Provas do Hist. Gen.
ib, 1739/1748, 6 vol .; Memorias historicas e genealogicas dos Grandes
de Portugal, ib, 1755 : Affonso de Torres, Nobiliarchia , 10 vol. Mss da
Bibliotheca Fluminense ; Pedro Taques , Hist. da Cap. de S. Vicente, na
Rev , do Inst . Hist . IX (á not . 43 por erro de impressão dá- se este
volume por publicado em 1846 , quando a verdadeira data é 47) ;Gaspar
da Madre Deus , Mem . para a hist , da cap. de S. Vicente , Lisboa
1792 ; Alvares Pegas , Commentari in Ordinationes regni Portugaliæi
ib, 1669/1758, 15 volumes ; (no Rio não existem as Allegações em favor
de D. Agostinho de Lencastre e dos Condes de Vimioso, que tão
interessantes seriam para o estudo da questão) ; Lemos Mesa ,
Doação da capitania de Porto Seguro (s . 1. n . d . , donde foi tirado o
auto de posse acima transcripto), A. da Silveira Pinto, Resenha das
familias titulares e grandes de Portugal, Lisboa, 1883, 1 ° vol . etc.
Consultei tambem as cartas de doação ou confirmação geralmente
ineditas : dos condes da Ilha do Principe, marquezes de Cascaes, Vis
condes de Asseca, D. Luiz Innocencio de Castro, ( da qual extrahi os
leilões da capitania dos Ilhéos ), conde de Castanheira , D. Alvaro da
Costa etc.
Achei tambem indicações preciosas nas duas edições da Historia
Geral do Visconde de Porto Seguro, a primeira das quaes é citada
nesta collecção quando se declara o volume , e a segunda quando
apenas se declara a pagina .
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graphia do Brasil .
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