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É a tarefa do estado de realizar o bem comum que se concretiza por meio das
necessidades públicas. Exemplo: saúde, educação, habitação, defesa nacional,
etc. Para Celso Bastos a atividade financeira do estado é marcada ou pela
realização de uma receita ou pela administração do produto arrecadado, ou
ainda pela realização de um dispêndio ou investimento. Para Aliomar Baleeiro
a atividade financeira do estado consiste em obter, criar, gerir e despender o
dinheiro indispensável às necessidades cuja satisfação o estado assumiu fazer
ou cometeu a outras pessoas de direito público.
● Receitas
● Despesas
● Orçamento
● Crédito público
Características:
Obter recursos: receita
Gerir recursos: orçamento
Realizar recursos: despesa
Criar crédito público: endividamento
2. Ideologia e intervenção
Ao mesmo tempo em que o estado passa uma ideologia de plena liberdade
econômica/empresarial ao particular, estabelece também freios e contrapesos
intervindo nestas atividades. EX: livre atividade empresarial, todavia regrada
por alguns princípios tributários.
4. Administração Indireta
Os entes da adm. indireta via de regra são criados para atuarem num campo
que não esteja sendo suficientemente explorado pela iniciativa particular, mas
também para interferir no jogo econômico. Ex: domínio do mercado financeiro
pelos bancos oficiais, ou ainda para alocar pessoal após os pleitos eleitorais
(cabide de emprego).
5. Documentação Jurídica
Finalidade de preservação de documentos e de fatos geradores de efeitos
jurídicos devendo assim, ficarem autenticados em repartições públicas do
estado ou de particulares a quem este delegou o serviço. Ex: nascimento,
óbitos, marcas e patentes (236, CF).
6. Serviços Públicos
A mais importante e relevante das atividades do estado por disposição
constitucional o estado é obrigado a assumir diversos dentre eles a prestação
dos serviços públicos. O estado não tem escolha entre prestar ou não este
serviço, ele tem de fazer, pois assim foi elencado na CF/88 (art.21,CF).
DIREITO FINANCEIRO
Direito financeiro é o conjunto de princípios e regras que dispõe sobre a
arrecadação de receitas não tributárias, coloca-as no orçamento, estabelece as
despesas, realiza-as, controla-as por seus órgãos e instrumentos de controle,
administra receitas e despesas, distribui-as entre os entes da Federação, exige
responsabilidade na aplicação dos recursos e impõe sanções às infrações
cometidas.
OBJETO
É a própria atividade financeira do Estado, cujos quatro elementos são receita,
despesa, orçamento e crédito público.
PRINCÍPIOS
Art. 37, caput, CF
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao...”
Eficiência
Emenda 19 de 1998. Exige que a atividade administrativa seja exercida com
presteza, perfeição e rendimento funcional. O gestor público deve buscar o
equilíbrio entre o montante de recurso utilizado e o resultado obtido.
Legalidade: Lei orçamentária 8666;
Decorrência lógica do Estado Democrático de Direito, pressupondo-se que a lei é
feita pelos representantes do povo; é como se o próprio povo estivesse autorizando
o Estado à utilizar as receitas para realização de despesas
*Exceção à legalidade = Art. 167, §3º da CF.
Art. 167- São vedados:
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender
a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
**Art. 62, CF
**ADI 4048
CONSTITUCIONAL
Título VII, Ordem Econ. Financeira
Controle Externo
ADMINISTRAÇÃO
37, caput, CF
Lei 8666
PENAL =
Improbidade adm. (Lei 8429/92)
CP, Art. 359-A até 359-H.
RECEITAS PÚBLICAS
RECEITA X ENTRADA
CARACTERÍSTICAS
- CARÁTER PERMANENTE: integra-se de modo permanente ao
patrimônio do Estado. Exclui assim, as entradas com caráter transitório.
- NÃO ESTAR SUJEITO À CONDIÇÃO: excluem os ingressos que
posteriormente tenham que ser restituídos, como os empréstimos que o Estado
realiza quando necessita de recursos.
- NÃO HAVER BAIXA PATRIMONIAL: a entrada decorrente da compra e
venda de um imóvel, por exemplo, não pode ser classificada como receita, pois
corresponde a uma diminuição patrimonial.
- ELEMENTO NOVO E POSITIVO: além de não corresponder a
nenhuma baixa patrimonial deve acrescer, aumentar o patrimônio público.
1) QUANTO Á PERIODICIDADE:
Extraordinárias: Art. 154, II – CF - somente ocorre em situações extremas,
sendo exemplo o empréstimo compulsório e ainda o imposto extraordinário de
guerra.
2) QUANTO A ORIGEM:
Que não constitua sanção de ato ilícito: a sanção por ato ilícito é cobrada
através de multa, sendo que o tributo não pode ter essa característica. “pecúnia
non olet” = o dinheiro não tem cheiro.
4) ESTÁGIOS DA RECEITA
5) RENÚNCIA DA RECEITA
Ocorre através de concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária e deve estar acompanhada de estimativa de impacto
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência.
*Art. 150, §6º da CF.
*Art. 14 da LC (Lei de Responsabilidade Fiscal)101.
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza
tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar
sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes
orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na
estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de
diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da
elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de
tributo ou contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota
ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de
tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento
diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que
trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício
só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no
mencionado inciso.
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica:
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos
I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1o;
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos
respectivos custos de cobrança.
DESPESAS PÚBLICAS:
Servem para regular o funcionamento dos serviços públicos. A despesa pode
significar duas coisas: em primeiro lugar, designa o conjunto de dispêndios do
estado ou de outra pessoa jurídica de direito público para funcionamento dos
serviços públicos, pode também, significar a aplicação de certa quantia em
dinheiro por parte da autoridade, dentro de uma autorização legislativa para
execução de fim a cargo do governo.
Características:
1) Decisão política: a decisão de gastar é fundamentalmente uma decisão política,
o administrador elabora um plano de ação, descreve-o no orçamento, aponta
os recursos e efetua o gasto. Daí a variação que pode existir de governo para
governo.
1) QUANTO À REGULARIDADE
Despesa de Capital:
Investimento:
São as dotações para o planejamento e a execução de obras inclusive de imóveis
necessários para essas obras. Ex: construção de um hospital.
Inversão financeira:
Dotações destinadas à aquisição de imóveis já em utilização, aquisição de títulos
ou papeis de empresas já constituídas, e ainda a constituição ou aumento do
capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros.
Ex: criação de uma sociedade de economia mista, ou empresa pública.
Transferência de capital:
São as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas
de direito público ou privado devam realizar independente de contraprestação
direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências em “auxílios ou
contribuições”. Ex: auxílio de estado para obra em Santa Rosa.
Diferença entre:
Programa: médio e longo prazo, o tempo é maior. Ex: erradicação da pobreza.
Projeto: curto ou médio prazo. Ex: construção de uma escola.
Atividade: Contínua. Ex: treinamento de servidores.
Específicas:
a) Empenho: Fundamento legal: art.58, Lei 4320/64, é o ato que oficialmente
reserva um determinado montante de uma dotação orçamentária para
fazer frente a uma despesa específica. A expressão “que cria para o
estado obrigação de pagamento” conforme dispõe o art.62, lei 4320/64,
não pode ser interpretado literalmente, pois mesmo havendo uma despesa
empenhada se o credor não cumprir com a contraprestação devida não
haverá pagamento pelo estado. A finalidade é instrumento de
programação e controle da despesa dando ao gestor, os dados sobre
compromissos já assumidos e o montante de recursos não utilizados. O
instrumento do empenho é a “nota de empenho” que deverá conter uma
serie de informações, como: nome do credor, tipo de empenho, valor
empenhado, especificação da despesa, entre outros. Tipos de empenho:
● Por estimativa: feito quando não se pode determinar com exatidão o valor
a ser despendido, como por ex. uma conta luz ou água da prefeitura. Faz-
se uma estimativa do que será gasto ao longo do exercício, se a estimativa
for menor que o valor exato faz-se um empenho complementar, se for
maior anula-se a parte excedente e o saldo reverte ao orçamento.
● Global: utilizado para casos de despesas contratuais e outras sujeitas a
parcelamento, emite-se o empenho global deduzindo-se os valores
correspondentes nas respectivas cotas mensais, trimestrais, semestrais, o
objetivo deste tipo de empenho é evitar a burocracia de se fazer uma
empenho mensal de cada parcela do contrato. Se um contrato ultrapassar
o exercício financeiro a cada ano se faz um empenho global.
ORÇAMENTO PÚBLICO
I – LEIS ORÇAMENTÁRIAS
a) Plano Plurianual
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
c) Lei orçamentária Anual – LOA
Prazos: o PPA no âmbito federal deve ser encaminhado ao legislativo até 4 meses
antes do encerramento do exercício financeiro até 31 de agosto do primeiro
ano do mandato do presidente. E o congresso deve devolver para a sanção
presidencial até 22 de dezembro, fim da sessão legislativa. Para os Estados e
Municípios a CF e as Leis Orgânicas vão definir os prazos.
II – CRÉDITOS ADICIONAIS
Suplementares
Art. 41, I, Lei 4320/64.
Destinados ao reforço de dotação orçamentária. Tem vigência limitada ao
exercício em que forem autorizados. Depende de lei para a sua autorização,
podendo a própria LOA autorizar o Poder Executivo a abrir créditos
suplementares até determinada quantia, por meio de decreto executivo.
Especiais
Art. 41, II, Lei 4320/64.
Destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica. Deve ser autorizado por Lei que não seja a LOA. Depende da
existência de recursos disponíveis e justificativa para sua criação.
Extraordinários
*Uma vez inscrita a dívida, o seu pagamento será feito mediante guia
expedida em juízo, pelo cartório ou secretaria da execução e visada pelo
órgão do Ministério Público e por Procurador da Fazenda Nacional,
salvo quando, antes da remessa da certidão àquele órgão e a
requerimento do devedor, este solver a dívida, com os encargos que
forem devidos, mediante guia expedida pela Procuradoria da Fazenda
Nacional e visada pelo Procurador que tiver promovido a inscrição ou,
na sua falta, por outro Procurador.