MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. JOANA TEM POSICIONAMENTO POLÍTICO DIVERSO DO ATUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA E FEZ POSTAGENS EM SUA REDE SOCIAL PRIVADA, MANIFESTANDO A SUA INDIGNAÇÃO COM MEDIDAS ADOTADAS PELO GOVERNO FEDERAL, DURANTE A PANDEMIA. O CONTEÚDO DAS POSTAGENS ERA CRÍTICO À AUSÊNCIA DE MEDIDAS PARA COMBATER A PANDEMIA E A POSTURA NEGACIONISTA DO PRESIDENTE DA REPÚBICA, SEGUNDO A PRÓPRIA JOANA. O MINISTRO DA JUSTIÇA, APÓS APURAÇÃO SUMÁRIA INTERNA, SEM A CONCESSÃO DO DIREITO DE DEFESA, IDENTIFICOU ALGUNS SERVIDORES QUE FAZIAM CAMPANHAS EM SUAS REDES SOCIAIS CONTRA A POLÍTICA DO ATUAL GOVERNO FEDERAL E DECIDIU ADVERTIR TODOS OS SERVIDORES, FAZENDO CONSTAR EM SUAS ANOTAÇÕES PROFISSIONAIS A SEGUINTE INFORMAÇÃO: “ O SERVIDOR (FULANO DE TAL) FOI ADVERTIDO PELA MÁ CONDUTA PROFISSIONAL PRATICADA EM (DATA), QUANDO DIVULGOU EM SUA REDE SOCIAL MANIFESTAÇÃO CONTRÁRIA À POLÍTICA DE COMBATE À PANDEMIA AO COVID-19. AGIU EM DESCONFORMIDADE COM O CARGO QUE OCUPA NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, NOS TERMOS DO ART. 117, V. DA LEI 8.112/90, SENDO A CONDUTA PUNIDA COM ADVERTÊNCIA.” JOANA FOI INTIMADA DA DECISÃO EM 04.12.20, VOCÊ FOI PROCURADO POR JOANA E, NA QUALIDADE DE ADVOGADO, DEVE ESCLARECÊ-LA SOBRE:
A) O PROCEDIMENTO ESPECIAL CABÍVEL: Mandado de
Segurança, nos termos do art. 5º, LXIX,da CF/88.
B. O JUÍZO COMPETENTE: Em atenção ao disposto no art. 105, I,
b, são competências do Superior Tribunal de Justiça julgar os mandados de segurança impetrados contra ato de Ministros de Estado, Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ou do próprio tribunal. Sendo assim, como o ato coator foi realizado pelo Ministro da Justiça, nesse ponto equiparado ao Ministro do Estado, a competência originária de julgamento do feito é do STJ. C. AS PARTES: No caso em tela, tem-se como Impetrante a própria parte que sofreu o ato coator, a saber, Joana, e como Impetrado, a autoridade com poderes para decidir acerca do ato coator, que no caso, converge-se na figura do Ministro da Justiça.
D. O FUNDAMENTO JURÍDICO: O fundamento jurídico do pedido
se apoia na violação ao direito líquido e certo da impetrante à liberdade de expressão, que por sua vez, é cabalmente defeso pelo art. 5º, IX da CF/88 e pela violação ao art. 143 da Lei 8112/90, visto que não houve instauração de PAD. Por outro lado, a norma que embasa o cabimento da ação é o art. 5º, LXIX, que permite a impetração de Mandado de Segurança quando houver violação a direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, e quando o ato for de responsabilidade de agente público, no exercício das suas atribuições.
E. O PEDIDO: Em sede liminar, requer-se o afastamento da
advertência anotada nos documentos da Servidora Pública, e posteriormente, sentença concedendo a segurança pleiteada, no sentido de se confirma a liminar e afastar, em definitivo, a advertência e anotações aplicadas;
F. A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA
ANTECIPADA: Sim. O procedimento do Mandado de Segurança já prevê um pedido liminar, inerente à própria ação.
1. MOACIR, TINHA DOMICÍLIO EM BRASÍLIA/DF, MAS
FALECEU EM GOIÂNIA, EM RAZÃO DE COVID-19, EM OUTUBRO DE 2020. MOACIR DEIXOU ESPOSA, COM QUEM TEVE 3 FILHOS, TODOS MENORES DE IDADE. MOACIR DEIXOU OS SEGUINTES BENS: 1 CASA EM GOIÂNIA, 1 APARTAMENTO EM BRASÍLIA, R$ 50.000,00, NUMA CONTA BANCÁRIA DO SANTANDER, EM AGÊNCIA DO RIO DE JANEIRO. MOACIR ERA CASADO EM COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. ANA MARIA, ESPOSA DE MOACIR, PROCUROU SEUS SERVIÇOS E VOCÊ, NA QUALIDADE DE ADVOGADO, DEVE ESCLARECÊ-LAS SOBRE:
A. O PROCEDIMENTO ESPECIAL CABÍVEL PARA FORMALIZAR
A TRANSFERÊNCIA DOS BENS DEIXADOS POR MOACIR: A ação competente é a Ação de Abertura do Inventário e partilha de bens do De Cujus, disciplinado pelo art. 610 e seguintes do Código de Processo Civil.
B. O JUÍZO COMPETENTE: O procedimento especial de partilha pode
ocorrer de forma judicial ou extrajudicial. No caso em comento, como existe a presença de herdeiros menores, necessariamente a partilha deve se dar pela via judicial, sendo competente o foro de Brasília/DF, nos termos do art. 48 do CPC, a saber: o domicilio do autor da herança.
C. A PARTICIPAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: Como o caso em
tela envolve o interesse de 3 herdeiros menores, o Ministério Público, além de ter legitimidade concorrente para propor a referida ação (Art. 616, VII), atuará como fiscal da Lei, nos termos do art. 178, II do CPC.
D. O QUE SÃO AS PRIMEIRAS DECLARAÇÕES E O PRAZO: As
primeiras declarações são informações obrigatoriamente repassadas pelo inventariante, em um prazo de 20 dias após a firmação do compromisso do inventariante, nos termos do art. 620 e seguintes, nas quais serão repassados os dados pessoais do de cujus, qualificação dos herdeiros e a relação de completa de bens, dívidas, compromissos e etc, deixados pelo falecido.
E. A QUEM COMPETE O CRÉDITO TRIBUTÁRIO RELATIVO AO
ITCMD. Serão realizadas avaliações dos bens do de cujus, e ao final, será calculado o ITCMD, cujo crédito compete à Fazenda Pública do Distrito Federal.
3. PAULO, 45 ANOS, CASADO COM LUIZA, DOMICILIADO EM
BRASÍLIA, FOI ACOMETIDO DE UMA DOENÇA MENTAL GRAVE. PAULO ACUMULOU RIQUEZAS, MAS NÃO TEM CONDIÇÕES DE ENTENDER O QUE SE PASSA EM SUA VIDA. LUIZA, DESEMPREGADA, PROCUROU SEUS SERVIÇOS E VOCÊ, NA QUALIDADE DE ADVOGADO, DEVE ESCLARECÊ-LA SOBRE: A. O PROCEDIMENTO ESPECIAL CAABÍVEL PARA ATENDER AOS INTERESSES DE PAULO: O procedimento especial cabível no caso em tela é a Ação de Interdição, cujo objetivo é a interdição de pessoa com incapacidade para administrar seus bens. B. O JUÍZO COMPETENTE: Nos termos do art. 46 e 50 do CPC, o juízo competente para julgar a ação de interdição é o foro do domicílio do interditando, no caso em tela, Brasília/DF.
C. O FUNDAMENTO JURÍDICO: O fundamento jurídico é a
incapacidade do indivíduo em administrar seus bens e praticar atos da vida civil. Tal incapacidade deve ser demonstrada na petição inicial, nos termos do art. 749 do CPC.
D. A REALIZAÇÃO DE PERÍCIA: A realização de perícia técnica
ocorre após o decurso de prazo para impugnação do interditado (art. 753/CPC). A prova pericial tem como objetivo a real avaliação da capacidade do interditado para a prática de atos da vida civil.
E. OS EFEITOS DA SENTENÇA: A sentença de interdição, via de
regra, terá efeitos imediatos, nos termos do art. 755 do CPC.
3. LUANA É SÓCIA DE UMA PESSOA JURÍDICA, “SUCESSO
LTDA.”, JUNTAMENTE COM MARIA E FLÁVIA. A PESSOA JURÍDICA TEM SEDE EM BRASÍLIA/DF. LUANA PASSOU EM UM CONCURSO PÚBLICO E DESEJA SE RETIRAR DA SOCIEDADE. OCORRE QUE AS DEMAIS SÓCIAS NÃO TOMARAM AS PROVIDÊNCIAS CABÍVEIS, APESAR DA REGULAR NOTIFICAÇÃO POR PARTE DE LUANA. LUANA PROCOUROU SEUS SERVIÇOS E VOCÊ NA QUALIDADE DE ADVOGADO DEVE ESCLARECÊ-LA SOBRE: A. O PROCEDIMENTO ESPECIAL CABÍVEL PARA ATENDER AOS INTERESSES DE LUANA: A ação cabível no caso em tela é a Ação de Dissolução Parcial de Sociedade, disciplinada pelos arts. 599 e seguintes do CPC.
B. O JUÍZO COMPETENTE: O juízo competente é a vara cível de
Brasília/DF, local da sede da pessoa jurídica (art. 53, III, a).
C. O FUNDAMENTO JURÍDICO: Os fundamento jurídicos utilizados
são aqueles descriminados e disciplinados pelos arts. 599 e 600 do CPC.
D. O PEDIDO: No sentido de alcançar o objetivo proposto pela ação,
deverá a Autora requerer (i) a concessão do exercício do direito de retirada da sociedade, bem como a apuração dos haveres que lhe cabem, nos termos do art. 604 do mesmo diploma. 4. JOÃO E LUCAS SÃO IRMÃOS E DONOS DE UMA FAZENDA, SITUADA EM ANÁPOLIS. CADA UM É DONO DE 50% DO IMÓVEL. JOÃO E LUCAS ENTRARAM EM CONFLITO SOBRE O CONDOMÍNIO E NÃO QUEREM VENDER SUAS PARCELAS DA FAZENDA, SITUADA EM GOIÁS. JOÃO PROCUROU SEUS SERVIÇOS E VOCÊ, NA QUALIDADE DE ADVOGADO DEVE ESCLARECÊ-LO SOBRE:
A. O PROCEDIMENTO ESPECIAL CABÍVEL PARA ATENDERR
AOS INTERESSES DE JOÃO: A ação especial cabível no caso em tela é a ação de divisão de terras, disciplinada pelos arts. 569 e 588 e seguintes do Código de Processo Civil.
B. O JUÍZO COMPETENTE: O juízo competente para o julgamento da
referida ação é o juízo do lugar em que a terra a ser partilhada se encontra, que no caso em tela, remonta para a competência da Justiça Estadual da Comarca de Anápolis/GO, nos termos do art. 47 do CPC.
C. O FUNDAMENTO JURÍDICO: O fundamento jurídico a ser
utilizado, por sua vez, é a inteligência prestada pelos artigos 588 e seguintes do CPC.
D. A NECESSIDADE DE PERÍCIA: Nos termos do art. 590, o juiz
nomeará peritos para promover a medição do imóvel e as operações de divisão, observada a legislação especial que dispõe sobre a identificação do imóvel rural.
E. O PEDIDO: Nos pedidos constarão: (i) o pedido de citação de Lucas,
(ii) a divisão da quota parte devida a cada uma das partes, com a concessão do pedido de partilha e delimitação das terras de cada um dos envolvidos.