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1.

JOANA É SERVIDORA PÚBLICA FEDERAL E TRABALHA NO


MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. JOANA TEM POSICIONAMENTO
POLÍTICO DIVERSO DO ATUAL PRESIDENTE DA
REPÚBLICA E FEZ POSTAGENS EM SUA REDE SOCIAL
PRIVADA, MANIFESTANDO A SUA INDIGNAÇÃO COM
MEDIDAS ADOTADAS PELO GOVERNO FEDERAL,
DURANTE A PANDEMIA. O CONTEÚDO DAS POSTAGENS
ERA CRÍTICO À AUSÊNCIA DE MEDIDAS PARA COMBATER
A PANDEMIA E A POSTURA NEGACIONISTA DO
PRESIDENTE DA REPÚBICA, SEGUNDO A PRÓPRIA JOANA.
O MINISTRO DA JUSTIÇA, APÓS APURAÇÃO SUMÁRIA
INTERNA, SEM A CONCESSÃO DO DIREITO DE DEFESA,
IDENTIFICOU ALGUNS SERVIDORES QUE FAZIAM
CAMPANHAS EM SUAS REDES SOCIAIS CONTRA A
POLÍTICA DO ATUAL GOVERNO FEDERAL E DECIDIU
ADVERTIR TODOS OS SERVIDORES, FAZENDO CONSTAR
EM SUAS ANOTAÇÕES PROFISSIONAIS A SEGUINTE
INFORMAÇÃO: “ O SERVIDOR (FULANO DE TAL) FOI
ADVERTIDO PELA MÁ CONDUTA PROFISSIONAL
PRATICADA EM (DATA), QUANDO DIVULGOU EM SUA
REDE SOCIAL MANIFESTAÇÃO CONTRÁRIA À POLÍTICA DE
COMBATE À PANDEMIA AO COVID-19. AGIU EM
DESCONFORMIDADE COM O CARGO QUE OCUPA NO
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, NOS TERMOS DO ART. 117, V. DA
LEI 8.112/90, SENDO A CONDUTA PUNIDA COM
ADVERTÊNCIA.” JOANA FOI INTIMADA DA DECISÃO EM
04.12.20, VOCÊ FOI PROCURADO POR JOANA E, NA
QUALIDADE DE ADVOGADO, DEVE ESCLARECÊ-LA SOBRE:

A) O PROCEDIMENTO ESPECIAL CABÍVEL: Mandado de


Segurança, nos termos do art. 5º, LXIX,da CF/88.

B. O JUÍZO COMPETENTE: Em atenção ao disposto no art. 105, I,


b, são competências do Superior Tribunal de Justiça julgar os
mandados de segurança impetrados contra ato de Ministros de
Estado, Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
ou do próprio tribunal.
Sendo assim, como o ato coator foi realizado pelo Ministro da
Justiça, nesse ponto equiparado ao Ministro do Estado, a
competência originária de julgamento do feito é do STJ.
C. AS PARTES: No caso em tela, tem-se como Impetrante a própria
parte que sofreu o ato coator, a saber, Joana, e como Impetrado, a
autoridade com poderes para decidir acerca do ato coator, que no
caso, converge-se na figura do Ministro da Justiça.

D. O FUNDAMENTO JURÍDICO: O fundamento jurídico do pedido


se apoia na violação ao direito líquido e certo da impetrante à
liberdade de expressão, que por sua vez, é cabalmente defeso pelo
art. 5º, IX da CF/88 e pela violação ao art. 143 da Lei 8112/90,
visto que não houve instauração de PAD.
Por outro lado, a norma que embasa o cabimento da ação é o art.
5º, LXIX, que permite a impetração de Mandado de Segurança
quando houver violação a direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, e quando o ato for de
responsabilidade de agente público, no exercício das suas
atribuições.

E. O PEDIDO: Em sede liminar, requer-se o afastamento da


advertência anotada nos documentos da Servidora Pública, e
posteriormente, sentença concedendo a segurança pleiteada, no
sentido de se confirma a liminar e afastar, em definitivo, a
advertência e anotações aplicadas;

F. A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA


ANTECIPADA: Sim. O procedimento do Mandado de Segurança
já prevê um pedido liminar, inerente à própria ação.

1. MOACIR, TINHA DOMICÍLIO EM BRASÍLIA/DF, MAS


FALECEU EM GOIÂNIA, EM RAZÃO DE COVID-19, EM
OUTUBRO DE 2020. MOACIR DEIXOU ESPOSA, COM QUEM
TEVE 3 FILHOS, TODOS MENORES DE IDADE. MOACIR
DEIXOU OS SEGUINTES BENS: 1 CASA EM GOIÂNIA, 1
APARTAMENTO EM BRASÍLIA, R$ 50.000,00, NUMA CONTA
BANCÁRIA DO SANTANDER, EM AGÊNCIA DO RIO DE
JANEIRO. MOACIR ERA CASADO EM COMUNHÃO PARCIAL
DE BENS. ANA MARIA, ESPOSA DE MOACIR, PROCUROU
SEUS SERVIÇOS E VOCÊ, NA QUALIDADE DE ADVOGADO,
DEVE ESCLARECÊ-LAS SOBRE:

A. O PROCEDIMENTO ESPECIAL CABÍVEL PARA FORMALIZAR


A TRANSFERÊNCIA DOS BENS DEIXADOS POR MOACIR: A ação
competente é a Ação de Abertura do Inventário e partilha de bens do De
Cujus, disciplinado pelo art. 610 e seguintes do Código de Processo Civil.

B. O JUÍZO COMPETENTE: O procedimento especial de partilha pode


ocorrer de forma judicial ou extrajudicial. No caso em comento, como existe
a presença de herdeiros menores, necessariamente a partilha deve se dar pela
via judicial, sendo competente o foro de Brasília/DF, nos termos do art. 48
do CPC, a saber: o domicilio do autor da herança.

C. A PARTICIPAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: Como o caso em


tela envolve o interesse de 3 herdeiros menores, o Ministério Público, além
de ter legitimidade concorrente para propor a referida ação (Art. 616, VII),
atuará como fiscal da Lei, nos termos do art. 178, II do CPC.

D. O QUE SÃO AS PRIMEIRAS DECLARAÇÕES E O PRAZO: As


primeiras declarações são informações obrigatoriamente repassadas pelo
inventariante, em um prazo de 20 dias após a firmação do compromisso do
inventariante, nos termos do art. 620 e seguintes, nas quais serão repassados
os dados pessoais do de cujus, qualificação dos herdeiros e a relação de
completa de bens, dívidas, compromissos e etc, deixados pelo falecido.

E. A QUEM COMPETE O CRÉDITO TRIBUTÁRIO RELATIVO AO


ITCMD. Serão realizadas avaliações dos bens do de cujus, e ao final, será
calculado o ITCMD, cujo crédito compete à Fazenda Pública do Distrito
Federal.

3. PAULO, 45 ANOS, CASADO COM LUIZA, DOMICILIADO EM


BRASÍLIA, FOI ACOMETIDO DE UMA DOENÇA MENTAL GRAVE.
PAULO ACUMULOU RIQUEZAS, MAS NÃO TEM CONDIÇÕES DE
ENTENDER O QUE SE PASSA EM SUA VIDA. LUIZA,
DESEMPREGADA, PROCUROU SEUS SERVIÇOS E VOCÊ, NA
QUALIDADE DE ADVOGADO, DEVE ESCLARECÊ-LA SOBRE:
A. O PROCEDIMENTO ESPECIAL CAABÍVEL PARA ATENDER
AOS INTERESSES DE PAULO: O procedimento especial cabível no caso
em tela é a Ação de Interdição, cujo objetivo é a interdição de pessoa com
incapacidade para administrar seus bens.
B. O JUÍZO COMPETENTE: Nos termos do art. 46 e 50 do CPC, o juízo
competente para julgar a ação de interdição é o foro do domicílio do
interditando, no caso em tela, Brasília/DF.

C. O FUNDAMENTO JURÍDICO: O fundamento jurídico é a


incapacidade do indivíduo em administrar seus bens e praticar atos da vida
civil. Tal incapacidade deve ser demonstrada na petição inicial, nos termos
do art. 749 do CPC.

D. A REALIZAÇÃO DE PERÍCIA: A realização de perícia técnica


ocorre após o decurso de prazo para impugnação do interditado (art.
753/CPC). A prova pericial tem como objetivo a real avaliação da
capacidade do interditado para a prática de atos da vida civil.

E. OS EFEITOS DA SENTENÇA: A sentença de interdição, via de


regra, terá efeitos imediatos, nos termos do art. 755 do CPC.

3. LUANA É SÓCIA DE UMA PESSOA JURÍDICA, “SUCESSO


LTDA.”, JUNTAMENTE COM MARIA E FLÁVIA. A PESSOA
JURÍDICA TEM SEDE EM BRASÍLIA/DF. LUANA PASSOU EM UM
CONCURSO PÚBLICO E DESEJA SE RETIRAR DA SOCIEDADE.
OCORRE QUE AS DEMAIS SÓCIAS NÃO TOMARAM AS
PROVIDÊNCIAS CABÍVEIS, APESAR DA REGULAR NOTIFICAÇÃO
POR PARTE DE LUANA. LUANA PROCOUROU SEUS SERVIÇOS E
VOCÊ NA QUALIDADE DE ADVOGADO DEVE ESCLARECÊ-LA
SOBRE:
A. O PROCEDIMENTO ESPECIAL CABÍVEL PARA ATENDER
AOS INTERESSES DE LUANA: A ação cabível no caso em tela é a Ação
de Dissolução Parcial de Sociedade, disciplinada pelos arts. 599 e seguintes
do CPC.

B. O JUÍZO COMPETENTE: O juízo competente é a vara cível de


Brasília/DF, local da sede da pessoa jurídica (art. 53, III, a).

C. O FUNDAMENTO JURÍDICO: Os fundamento jurídicos utilizados


são aqueles descriminados e disciplinados pelos arts. 599 e 600 do CPC.

D. O PEDIDO: No sentido de alcançar o objetivo proposto pela ação,


deverá a Autora requerer (i) a concessão do exercício do direito de retirada
da sociedade, bem como a apuração dos haveres que lhe cabem, nos termos
do art. 604 do mesmo diploma.
4. JOÃO E LUCAS SÃO IRMÃOS E DONOS DE UMA FAZENDA,
SITUADA EM ANÁPOLIS. CADA UM É DONO DE 50% DO IMÓVEL.
JOÃO E LUCAS ENTRARAM EM CONFLITO SOBRE O
CONDOMÍNIO E NÃO QUEREM VENDER SUAS PARCELAS DA
FAZENDA, SITUADA EM GOIÁS. JOÃO PROCUROU SEUS
SERVIÇOS E VOCÊ, NA QUALIDADE DE ADVOGADO DEVE
ESCLARECÊ-LO SOBRE:

A. O PROCEDIMENTO ESPECIAL CABÍVEL PARA ATENDERR


AOS INTERESSES DE JOÃO: A ação especial cabível no caso em tela é a
ação de divisão de terras, disciplinada pelos arts. 569 e 588 e seguintes do
Código de Processo Civil.

B. O JUÍZO COMPETENTE: O juízo competente para o julgamento da


referida ação é o juízo do lugar em que a terra a ser partilhada se encontra,
que no caso em tela, remonta para a competência da Justiça Estadual da
Comarca de Anápolis/GO, nos termos do art. 47 do CPC.

C. O FUNDAMENTO JURÍDICO: O fundamento jurídico a ser


utilizado, por sua vez, é a inteligência prestada pelos artigos 588 e seguintes
do CPC.

D. A NECESSIDADE DE PERÍCIA: Nos termos do art. 590, o juiz


nomeará peritos para promover a medição do imóvel e as operações de
divisão, observada a legislação especial que dispõe sobre a identificação do
imóvel rural.

E. O PEDIDO: Nos pedidos constarão: (i) o pedido de citação de Lucas,


(ii) a divisão da quota parte devida a cada uma das partes, com a concessão
do pedido de partilha e delimitação das terras de cada um dos envolvidos.

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