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Bibliografia para esta disciplina

NBR-5444/1986
NBR-5446/1980
NBR-5453/1985
NBR-5410/2004
NBR-5419/1993

João Mamede Filho

Júlio Niskier Hélio Creder


IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 1
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS
AULA
01

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 2


1 - ELEMENTOS DE PROJETOS

• 1.1 – Introdução
• 1.2 – Normas recomendadas
• 1.3 – Dados para elaboração do projeto
• 1.4 – Concepção do projeto
• 1.5 – Meios ambientes
• 1.6 – Graus de proteção
• 1.7 – Proteção contra riscos de incêndio e explosão
• 1.8 – Formulação de um Projeto Elétrico
• 1.9 – Roteiro para Elaboração de um Projeto Elétrico
Industrial
• 1.10 – Simbologia

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.1 – introdução

Para elaboração de um projeto de uma Instalação


Elétrica Industrial é necessário (Mamede, 2011):

a) Planta de situação: onde se situa a obra no contexto


urbano.

b) Planta baixa de arquitetura do prédio: contém toda


a área de construção, indicando com detalhes
divisionais os ambientes de produção industrial,
escritórios, dependências em geral e outros que
compõem o conjunto arquitetônico.

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS

c) Planta baixa do arranjo das máquinas (layout):


contém a projeção aproximada de todas a máquinas,
devidamente posicionadas, com a indicação dos
motores e seus painéis de controle.

d) Plantas de detalhes: detalhes que podem interferir


no projeto elétrico.

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS

Um projeto de instalação elétrica industrial deve


considerar:
a) Flexibilidade: admitir mudanças na localização das
máquinas.
b) Acessibilidade: a todas a máquinas e equipamentos
de manobra.
c) Confiabilidade: mediante a interrupções temporárias
e permanentes e integridade física daqueles que
operam
d) Continuidade: o projeto deve ser concebido para que
a instalação tenha o mínimo de interrupções (usar
redundâncias na alimentação)

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.2 – normas recomendadas

a) Normas da ABNT (NBR 5410/2005);

b) Normas das concessionárias locais;

c) NEC – National Electrical Code

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.3 – dados para elaboração do projeto
a) Condições de fornecimento de energia elétrica:

• Garantia do suprimento da carga;

• Variação da tensão de suprimento;

• Tensão de fornecimento;

• Tipo de sistema de suprimento: radial, radial com recurso, etc;

• Capacidade de curto-circuito atual e futuro do sistema;

• Impedância reduzida no ponto de suprimento;

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.3 – dados para elaboração do projeto
b) Características das cargas:

• Motores: potência, tensão, corrente, frequência, número


de pólos, número de fases, ligações possíveis, regime de
funcionamento.

• Fornos a arco: potência do forno, potência de curto-circuito


do forno, potência do transformador do forno, tesão,
freqüência, fator de severidade,

• C) Outras cargas: que necessitam, inclusive, de


transformador próprio – aparelhos de raio X industrial; e
muitas outras cargas.

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto

a)Divisão da carga em blocos: com quadro de


distribuição terminal , alimentação e proteção próprios.

b) Localização dos quadros de distribuição de circuitos


terminais:
• No centro de carga
• Próximo à linha geral dos dutos de alimentação
• Afastados da passagem sistemática de funcionários
• Em ambientes bem iluminados
• Em locais não sujeitos a gases corrosivos, inundações,
trepidações, etc.
• Em locais de temperatura adequada.

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto

a) Quadro de Distribuição Geral ou Quadro Geral de


Força: deve ser localizado de preferência próximo a
subestação.
b) Localização da Subestação:
• Em função do arranjo arquitetônico
• Visando segurança da indústria
• Baricentro de carga

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Localização da subestação:

FIGURA 1.1
Indústria formada por diversos galpões

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O Centro de carga é calculado através do baricentro:

FIGURA 1.2
Coordenadas para determinar o centro de carga

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto

1 - Definição dos sistemas:


a) Sistema primário de distribuição
i) Sistema radial simples
ii) Sistema radial com recurso: sistema radial em anel
aberto e sistema radial seletivo.

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Sistema radial e radial com recurso:

FIGURA 1.3
Esquema de sistema radial simples

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Sistema radial e radial com recurso:

FIGURA 1.4
Esquema de sistema radial com recurso

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Sistema primário de distribuição interna radial simples:

FIGURA 1.5
Exemplo de distribuição de sistema radial simples
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 17
Sistema primário de distribuição interna radial com recurso:

FIGURA 1.6
Exemplo de distribuição de sistema primário radial com recurso
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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto

Circuitos terminais de motores (regras básicas):

1 – Conter um dispositivo de seccionamento:

• seccionadores
• Interruptores
• disjuntores
• contactores
• fusíveis com terminais apropriados para retirada sob tensão
• tomada de corrente

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto

Circuitos terminais de motores (regras básicas) (...):

2 – Conter um dispositivo contra curto-circuito na sua origem

3 – Dispositivo de comando que impeça partida automática do


motor devido a queda ou falta de tensão (contactores)

4 – Dispositivo de acionamento de motor para que a queda de


tensão da partida não seja superior a 10%, ou conforme
exigência da carga

5 – Preferência para alimentação de motores por um circuito


terminal individual

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto
Circuitos terminais de motores (regras básicas)... :

6 – Quando circuito terminal alimentar mais de um motor ou


outras cargas:
• proteção contra sobrecarga individual

• proteção contra curtos-circuitos por meio de dispositivo único


localizado no início do circuito terminal

7 – Quanto maior a potência de um motor alimentado por


circuito terminal individual: mais é recomendável que as
cargas de outra natureza sejam alimentadas por outros circuitos

8 – Quanto maior os motores em circuitos terminais, mais


recomendável é colocar as cargas de outra natura em outros
circuitos
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Exemplo de distribuição de sistema secundário:

FIGURA 1.7
Exemplo de distribuição de sistema secundário
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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto

Definição:
Circuitos de distribuição ou alimentadores:

• são os condutores que derivam do Quadro Geral de


Força (QGF) e alimentam um ou mais CCM e QDL

• Devem ser protegidos no ponto de origem através de


disjuntores ou fusíveis

• Dispor de dispositivo de seccionamento no ponto de


origem

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto

Recomendações:
Sobre circuitos Terminais e de distribuição:

• Menor seção transversal é de:


– 2,5 mm2 (Força)
– 1,5 mm2 (Iluminação)

• Capacidade reserva para futuras cargas, embora não haja


condutores ligados é necessário deixar folga nos dutos.

• Circuito de distribuição distintos para luz e força

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.4 – concepção do projeto
Recomendações:
Sobre circuitos Terminais e de distribuição (...) :

• Distribuição das cargas entre as fases o mais


uniformemente possível.

• A iluminação deve ser dividida entre vários circuitos


terminais

• O comprimento dos circuitos parciais para iluminação deve


ser limitado em 30 m. Comprimentos maiores são
admitidos desde que a queda de tensão não seja superior
aos valores prescritos pelas normas.

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Quadro de distribuição

FIGURA 1.8
Quadro de distribuição

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Quadro de distribuição

As principais características dos quadros de distribuição:

• Tensão nominal
• Corrente nominal (barramento principal)
• Resistência mecânica a esforços de curto-circuito
• Grau de proteção (IP)
• Acabamento (revestimento de proteção e pintura final)

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Quadro de distribuição

Critérios da NBR 5410:2004 para circuitos reservas:

• Até 6 circuitos  mínimo dois reservas


• 7 a 12 circuitos  mínimo de três
• 13 a 30 circuitos  mínimo de quatro
• Acima de 30 circuitos  mínimo de 15%

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.5 – meio ambiente

Critérios da NBR 5410:2004 para meio ambiente:


• Temperatura Ambiente (AA1:frigorífico -60ºC a +5°C, etc)
• Altitude (AC1: baixa ≤ 2.000 m, etc.)
• Presença de Corpos Sólidos (AE1: sem poeira, etc.)
• Presença de Substâncias Corrosivas ou Poluentes (AF1:
não é significativa, etc.)
• Vibrações (AH1: fracas, etc.)
• Radiações Solares (AN1: desprezível, etc.)
• Raios (AQ1, desprezível, etc.)
• Resistência Elétrica do Corpo Humano (BB1: elevada,
etc.)
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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.6– graus de proteção

O grau de proteção é composto por dois algarismos:

a) Primeiro algarismo (corpos sólidos ou contatos


acidentais)
0 – sem proteção
1 – Corpos estranhos com dimensões acima de 50 mm
(...)
b) Segundo algarismo (penetração de água)
0 – sem proteção
1 – pingos de água na vertical
(...)
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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.7– Proteção contra riscos de incêndios

Critérios da NR 10 do Ministério do Trabalho e Emprego


(MTE):
a) Todas as empresas são obrigadas a manter diagramas
unifilares das instalações elétricas e aterramento

b) Manter o Prontuário de Instalações Elétricas e manter à


disposição dos trabalhadores

c) Quadros com proteção contra religamento

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.7– Proteção contra riscos de incêndios

d) Memorial descritivo deve conter no mínimo:


• Especificações das proteções contra choques elétricos,
queimaduras, etc.
• Indicação da posição dos dispositivos de manobra
(Verde  desligado, Vermelho  Ligado)
• Descrição do sistema de identificação dos circuitos e
equipamentos elétricos, manobra, controle, proteção, etc.
• Restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas
aos componentes das instalações
• Entre outras

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.7– Proteção contra riscos de incêndios

e) Somente podem ser consideradas desenergizadas as


instalações elétricas:
• Seccionamento
• Impedimento de reenergização
• Constatação de ausência de tensão
• Instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos
• Instalação da sinalização de impedimento de
energização

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.7– Proteção contra riscos de incêndios

f) O estado de instalação desenergizado deve ser mantido


até a autorização para reenergização, devendo ser
reenergizada respeitando a sequência:
• Retirada de todas as ferramentas, equipamentos e
utensílios
• Retirada, da zona controlada, de todos os trabalhadores
não envolvidos na energização
• Remoção da sinalização de impedimento de energização
• Remoção do aterramento temporário
• Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos
de seccionamento

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.7– Proteção contra riscos de incêndios

g) Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar


ou acumular eletricidade estática devem dispor de
proteção específica e dispositivos de descarga elétrica

h) Nas instalações elétricas das áreas classificadas ou


sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões
devem ser adotados dispositivos de proteção
complementar, tais como, alarme e seccionamento
automático para prevenir sobretesões, sobrecorrentes,
fugas, aquecimentos ou outras condições anormais de
operação

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1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.8– Formulação de um projeto elétrico

Técnicas para elaboração de projeto elétrico:


1. Fatores de Projeto
a) Fator de demanda
b) Fator de carga
c) Fator de perda
d) Fator de simultaneidade
2. Determinação da Demanda de Potência
a) Cargas em locais usados como habitação
b) Cargas em locais usados como escritórios e comércio
3. Formação das Curvas de Carga
4. Determinação da Tarifa Média de uma Instalação
Industrial
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1. Fatores de Projeto
a) Fator de demanda

FIGURA 1.9
Curva de carga diária
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1. Fatores de Projeto
a) Fator de demanda

Fator de Demanda

Dmáx
Fd 
Pinst
Questão 1: Calcule o Fator de Demanda para a curva
de carga mostrada na figura anterior para a potência
instalada de 1.015 kW.

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Fatores de Demanda

TABELA 1.1
Fatores de demanda

Número de Motores em Operação Fator de Demanda (%)


1 - 10 70 - 80
11 - 20 60 - 70
21 - 50 55 - 60
51 - 100 50 - 60
Acima de 100 45 - 55

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1.Fatores de Projeto
b) Fator de carga

Fator de Carga:

É a razão entre a demanda média durante um


determinado intervalo de tempo e a demanda máxima
registrada no mesmo período.

O Fator de Carga O Fator de Carga


diário: mensal:

Dméd Ckwh
Fcd  Fcm 
Dmáx 730  Dmáx
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1. Fatores de Projeto
c) Fator de perda

Fator de Perda

É a relação entre a perda de potência da demanda


média e a perda da potência na demanda máxima,
considerando um intervalo de tempo especificado.
Na prática é tomado em função do fator de carga:

Fp  0,30  Fc  0,70  F c
2

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1. Fatores de Projeto
d) Fator de Simultaneidade

Fator de Simultaneidade

É a relação entre a demanda máxima do grupo de


aparelhos pela soma das demandas individuais dos
aparelhos dos mesmo grupo num intervalo de tempo
considerado.
Dmáx grupo
Fs  N

D
i 1
i

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 42


1. Fatores de Projeto
Fator de Diversidade

Fator de Diversidade (inverso do fator de


simultaneidade)

a) Fator de Simultaneidade b) Fator de Diversidade

N
Dmáx grupo
Fs  N D i

D
i 1
i
Fdiv  i 1
Dmáx grupo
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Fatores de simultaneidade

TABELA 1.2
Fatores de simultaneidade

Número de Aparelhos
Aparelhos (cv)
2 4 5 8 10 15 20 50
Motores: 3/4 a 2,5 0,85 0,80 0,75 0,70 0,60 0,55 0,50 0,40
Motores: 3 a 15 0,85 0,80 0,75 0,75 0,70 0,65 0,55 0,45
Motores: 20 a 40 cv 0,80 0,80 0,80 0,75 0,65 0,60 0,60 0,50
Acima de 40 cv 0,90 0,80 0,70 0,70 0,65 0,65 0,65 0,60
Retificadores 0,90 0,90 0,85 0,80 0,75 0,70 0,70 0,70
Soldadores 0,45 0,45 0,45 0,40 0,40 0,30 0,30 0,30
Fornos resistivos 1,00 1,00 - - - - - -
Fornos de indução 1,00 1,00 - - - - - -

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1. Fatores de Projeto
e) Fator de utilização

Pmédia
Fator de Utilização FU 
PNominal
É o fator que deve ser multiplicado a potência nominal
do aparelho para se obter a potência média absorvida
pelo mesmo, nas condições de utilização.

Na falta de dados precisos pode se adotar o fator de


utilização igual a 0,75 para motores, enquanto para
aparelhos de iluminação, condicionador de ar e
aquecimento o valor unitário.

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 45


Fatores de Utilização

TABELA 1.3
Fatores de utilização

Aparelhos Fator de Utilização


Fornos à resistência 1,00
Secadores, caldeiras etc. 1,00
Fornos de indução 1,00
Motores de 3/4 a 2,5 cv 0,70
Motores de 3 a 15 cv 0,83
Motores de 20 a 40 cv 0,85
Acima de 40 cv 0,87
Soldadores 1,00
Retificadores 1,00

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 46


2.Determinação da Demanda de Potência

Cabe ao projetista a decisão sobre a previsão da


demanda da instalação, a qual deve ser tomada em
função das características da carga e do tipo de
operação da indústria.
• Há instalações em que quase todas a s cargas ficam
simultaneamente em operação.
• A dependências administrativas devem ser
consideradas
• Devem ser considerados os fatores de potência e o
rendimentos das cargas

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2 – Determinação da Demanda de Potência
a) Cargas em locais usados como habitação

Os flats e as unidade de apart-hotéis e similares


devem ser considerados como unidades
residenciais, e devem considerar:
a) Iluminação: carga, potência das lâmpadas, perdas,
fator de potência dos reatores, <6 m²  100 VA; 100
VA para os primeiros 6 m² + 60 VA para cada 4 m²
adicionais ou fração de área, etc.
b) Tomadas: <6 m²  100 VA de carga, etc.

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2 – Determinação da Demanda de Potência
a) Cargas em locais usados como escritórios e comércio

As prescrições anteriores podem ser completadas com as


seguintes:
1. Em dependências cuja área seja igual ou inferior a
37 m² adotar o maior valor:
– uma tomada para cada 3 m, ou fração de perímetro da
dependência
– uma tomada para cada 4 m² ou fração de área da
dependência
2. Em dependências cuja áreas sejam superior a 37 m²:
– oito tomadas para os primeiros 37 m² de área
– três tomadas para cada 37 m² ou fração adicional
3. Entre outras regras
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 49
Cargas nominais aproximadas de aparelhos em geral

TABELA 1.4
Cargas nominais aproximadas de aparelhos em geral
Aparelhos Potências Nominais Típicas
Aquecedor de água central
* de 50 a 200 litros 1.200 W
* de 300 a 350 litros 2.000 W
* 400 litros 2.500 W
Aquecedor portátil de ambiente 700 a 1.300 W
Aspirador de pó 250 a 800 W
Cafeteira 1.000 W
Chuveiro 2.000 a 5.300 W
Congelador (freezer) 350 a 500 VA
Copiadora 1.500 a 6.500 VA
Exaustor de ar (doméstico) 300 a 500 VA
Ferro de passar roupa 400 a 1.650 W
Fogão residencial 4.000 a 6.200 W
Forno residencial 4.500 W
Forno de micro-ondas (residencial) 1.220 W
Geladeira (residencial) 150 a 400 VA
Lavadora de roupas (residencial) 650 a 1.200 VA
Lavadora de pratos (residencial) 1.200 a 2.800 VA
Liquidificador 100 a 250 VA
Secador de roupa 4.000 a 5.000 W
Televisor 150 a 350 W
Torradeira 500 a 1.200 W
Torneira 2.500 a 3.200 W
Ventilador 2.500 VA

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 50


Cargas de aparelhos de condicionador de ar

TABELA 1.5
Cargas nominais aproximadas de aparelhos de ar condicionado

Tipo de Janela Minicentrais


BTU kcal kW TR kcal kW
7.100 1.775 1,10 3,00 9.000 5,20
8.500 2.125 1,50 4,00 12.000 7,00
10.000 2.500 1,65 5,00 15.000 8,70
12.000 3.000 1,90 6,00 18.000 10,40
14.000 3.500 2,10 7,50 22.500 13,00
18.000 4.500 2,86 8,00 24.000 13,90
21.000 5.250 3,08 10,00 30.000 18,90
27.000 6.875 3,70 12,50 37.500 21,70
30.000 7.500 4,00 15,00 45.000 26,00
17,00 51.000 29,50
20,00 60.000 34,70

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 51


Fatores de demanda para iluminação e tomadas

TABELA 1.6
Fatores de demanda para iluminação e tomadas

Descrição Fator de Demanda (%)


Auditório, salões para exposição e semelhantes 100
Bancos, lojas e semelhantes 100
Barbearias, salões de beleza e semelhantes 100
Clubes e semelhantes 100
100 para os primeiros 12 kW e 50 para o que
Escolas e semelhantes
exceder
100 para os primeiros 20 kW e 70 para o que
Escritório (edifícios de)
exceder
Garagens comerciais e semelhantes 100
40 para os primeiros 50 kW e 20 para o que
Hospitais e semelhantes
exceder
50 para os primeiros 20 kW; 40 para os seguintes
Hotéis e semelhantes
80 kW; 30 para o que exceder de 100 kW
Igrejas e semelhantes 100
100 para os primeiros 10 kW; 35 para os
Residências (apartamentos residenciais) seguintes 110 kW; 25 para o que exceder de 120
kW
Restaurantes e semelhantes 100

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 52


Demanda de Potência

Como regra geral a determinação da demanda pode ser


assim obtida:

a) Demanda dos aparelhos


b) Demanda dos quadros de distribuição parciais (usar 1,8
para compensar as perdas e harmônicas dos reatores)
c) Demanda do quadro de distribuição geral: É obtida
somando-se as demandas concentradas nos Quadros de
Distribuição e aplicando o fator de simultaneidade.

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 53


Planta Industrial de exemplo

FIGURA 1.10
Planta industrial

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 54


a) Motores Elétricas

Potência no eixo do motor:

𝑷𝒆𝒊 = 𝑷 × 𝑭𝒖

Onde:
𝑷 - potência nominal
𝑭𝒖 - fator de utilização do motor
𝑷𝒆𝒊 - potência no eixo do motor, em cv

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 55


a) Motores Elétricas

Demanda solicitada da rede de energia:

𝑷𝒆𝒊 × , 𝟑
𝑫 = 𝑽𝑨
𝜼 × 𝑭𝒑

Onde:
𝑭𝒑 - fator de potência do motor
𝜼 – rendimento do motor

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 56


b) Iluminação

A demanda é dada pela equação:

𝑷𝒓
∑𝑵 × 𝑷 +
𝑭𝒑
𝑫𝒊 = 𝑽𝑨

Onde:
𝑵 - quantidade de cada tipo de lâmpadas
𝑷 – potência nominal de cada tipo de lâmpada
𝑷𝒓 – Perdas dos reatores
𝑭𝒑 – Fator de potência dos reatores
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 57
c) Outras cargas

Para outas cargas a demanda deve ser calculada


considerando-se as particularidades das referidas
cargas, tais como fornos a arco, máquinas de solda,
etc.

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 58


Exemplo de aplicação (1.1)

Exemplo de Aplicação (1.1):

Considerar a indústria mostrada no slide anterior, sendo


os motores:
(1) de 75 cv
(2) de 30 cv
(3) de 50 cv
Determinar as demandas dos CCM1, CCM2, QDL e QGF e a
potência necessária do transformador da subestação.
Considerar que todas as lâmpadas sejam de descarga e os
aparelhos da iluminação compensados (alto fator de
potência). Todos os motores são de indução, rotor em
IFPA
gaiola e de IV pólos. MARABÁ INDUSTRIAL 59
Exemplo de aplicação (1.1)

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 60


Exemplo de aplicação (1.1)

Motor Tipo (1):

Dm1 = Pn1 x Fum1


Dm1 = 75 x 0,87 = 65,2 cv (potência no eixo do motor)

Fum1  0,87 Tabela 1.3


65,2  0,736
D1   60,6 kVA
0,92  0,86   0,92 Tabela 6.3

Fp  0,86 Tabela 6.3


IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 61
Exemplo de aplicação (1.1)

Motor Tipo (2):

Dm2 = Pn2 x Fum2


Dm2 = 30 x 0,85 = 25,5 cv (potência no eixo do motor)

Fum 2  0,85 Tabela 1.3


25,5  0,736
D2   25,1 kVA
0,90  0,83   0,90 Tabela 6.3

Fp  0,83 Tabela 6.3


IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 62
Exemplo de aplicação (1.1)

Motor Tipo (3):

Dm3 = Pn3 x Fum3


Dm3 = 50 x 0,87 = 43,5 cv (potência no eixo do motor)

Fum 3  0,87 Tabela 1.3


43,5  0,736
D3   40,4 kVA
0,92  0,86   0,92 Tabela 6.3

Fp  0,86 Tabela 6.3


IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 63
Exemplo de aplicação (1.1)

Demanda nos quadros de distribuição:


• CCM1:

Dccm1  N m1  D1  Fsm1
N m1  10
Fm1  0,65Tabela 1.2 
Dccm1  10  60,6  0,65  393,9 kVA

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 64


Exemplo de aplicação (1.1)

Demanda nos quadros de distribuição:


• CCM2:

Dccm 2  N m 2  D2  Fsm 2  N m 3  D3  Fsm 3


N m 2  10
N m3  5
Fm 2  0,65 Tabela 1.2 
Fm 3  0,70 Tabela 1.2 
Dccm 2  10  25,1 0,65  5  40,4  0,70  304,5 kVA
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 65
Exemplo de aplicação (1.1)

Demanda no Quadro de Distribuição Geral (QDG)


(Demanda Máxima):

  15,3 
1,8  150  40   
  0,4  52  100
Dqdl    26,3 kVA
1000 1000
 fator de multiplicação recomendável 
 
Fm  1,8  para compensar as perdas do reator 
 e as correntes harmônicas 
 
DQGF  Dmáx  Dccm1  Dccm 2  Dqdl
Dmáx  393,9  304,5  26,3  725,3 kVA
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 66
Exemplo de aplicação (1.1)

Com a demanda máxima pode-se determinar qual


transformador a ser utilizado na planta industrial:

Dmáx  725,3 kVA


Soluções possíveis:
1 – Pode-se usar um transformador de 750 kVA
2 – Pode-se usar um transformador de 500 kVA + 225 kVA
3 – Pode-se usar um transformador de 500 kVA + 300 kVA

Com a utilização de mais de um transformador tem


vantagens e desvantagens.
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 67
Exemplo de aplicação (1.1)

Cálculo do fator de demanda:


 N m1  Pn1  Fum1   N m 2  Pn 2  Fum 2   N m 3  Pn 3  Fum 3 
Pinst           0,736  Pilum
 fp1 1   fp2  2   fp3 3 

 10  75  0,87   10  30  0,85   5  50  0,87 


Pinst       0,736  5  40  Pilum
 0,92  0,86   0,90  0,83   0,92  0,86 

Pilum  Dqdl  26,3 kVA

Dmáx 725,3
Fd    0,67
Pinst 1086,85
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 68
Formação das curvas de Carga
Equipamento de medição (SAGA 4000)

FIGURA 1.11
Equipamento de medição

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 69


Curva de Carga medida Versus Curva de Carga estimada

FIGURA 1.12
Curva de carga de uma instalação industrial existente

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 70


Como estimar a curva de Carga?

Demanda dos Motores:


N m  Peim  Fu  0,736
Ativa: Dm   Fs kW 

N m  Peim  Fu  0,736
Aparente: Dm   Fs kVA
  Fp
- quantidade de motores
𝑃𝑒𝑖 - potência nominal do motor, em cv
𝐹𝑢 - fator de utilização
𝐹 - fator de simultaneidade
𝜂 - rendimento
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 71
Como estimar a curva de Carga?

Demanda da iluminação:
 N  P  P 
Ativa: Dila  l
kW 
l r

1000

 P 
Aparente:
 N l   Pl  F 
r

Dilt   p 
kVA
1000
𝑃 - potência nominal das lâmpadas em W
𝑃 - potência de perda nominal dos reatores em W
𝐹𝑝 - fator de potência do reator
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 72
Exemplo de aplicação (1.2)

Um projeto industrial é composto por motores e iluminação,


cujas cargas instaladas e prováveis intervalos de utilização,
fornecidos por especialista de produção da referida indústria,
estão contidos na Tabela 1.7. Elaborar a curva de carga
horária da instalação.
a)
Demanda do setor A:
N m  Peim  Fu  0,736
Dm   Fs kW 

15  25  0,85  0,736
Dm   0,60  160,0 kW
0,88
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 73
Exemplo de aplicação (1.2)

Demanda aparente do setor A:


N m  Peim  Fu  0,736
Dm   Fs kVA
  Fp
15  25  0,85  0,736
Dm   0,60  190,4 kVA
0,88  0,84

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 74


Exemplo de aplicação (1.2)

Demanda do setor B:
N m  Peim  Fu  0,736
Dm   Fs kW 

20  15  0,83  0,736
Dm   0,55  117,2 kW
0,86
Demanda aparente do setor B:
N m  Peim  Fu  0,736
Dm   Fs kVA
  Fp
20  15  0,83  0,736
Dm   0,55  156,3 kVA
0,86  0,75
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 75
Exemplo de aplicação (1.2)

b)
Demanda da iluminação
750  32  6,4 
Dila   28,8 kW
1000
 6,4 
750   32  
Dilt   0,96 
 29,0 kVA
1000

Com base na Tabela 1.7 organiza-se a tabela 1.8 e obtém-se as


demandas finais e as curvas de demanda.

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 76


TABELA 1.7
Levantamento de carga

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 77


TABELA 1.8
Planilha para determinação da curva de carga

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 78


FIGURA 1.13
Curva de carga

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 79


1.8.4 - Determinação da Tarifa Média de uma Instalação
Industrial

É indispensável conhecer o sistema Tarifário do Brasil:


a) Horário de ponta de carga
Intervalo de 3 horas entre as 17 e 22 horas, excetuando-
se sábado, domingo e feriados nacionais definido pelas
concessionárias.
b) Horário fora de ponta de carga
São as 21 horas complementares do horário de ponta.

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 80


1.8.4 - Determinação da Tarifa Média de uma Instalação
Industrial

a) Período úmido: 01/12 até 30/04 (5 meses) * Corrigi o livro!

b) Período úmido: 01/05 até 30/11 (7 meses)

Em função dessas definições forma definidas para o Grupo A de


consumidores (tensão igual ou superior a 2,3 kV):
a) Tarifa azul
b) Tarifa Verde
c) Tarifa Convencional
d) Tarifa de ultrapassagem

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 81


Rodapé da tabela:
*Horário das 21:30 às 6:00 h – período seco: US$ 0,002813/kWh
– período úmido: US$ 0,002612/kWh
TABELA 1.9
Tarifas médias de energia elétrica – tarifa azul
Horossazonal Azul
Demanda (US$/kW) Consumo (US$/kWh)
Subgrupo/Nível de Tensão Normal Ultrapas. Ponta Fora de Ponta
Ponta F.P. F.P. Seca Úmida Seca Úmida
A1 - 230,0 kV (Industrial e Comercial) 5,46 1,12 3,36 0,03568 0,03133 0,02525 0,02091

A3 - 69,0 kV (Ind., Com. e P. Público) 8,12 2,19 6,58 0,04161 0,03694 0,02803 0,02420

A3 - 69,0 kV (Água, Esgoto e Saneam.) 6,90 1,86 6,58 0,03537 0,03140 0,02383 0,02026

A3 - 69,0 kV (Residencial) 7,74 2,09 6,27 0,03968 0,03523 0,02673 0,02317

A3 - 69,0 kV (Rural) 6,97 1,88 6,27 0,03571 0,03170 0,02403 0,02086


A3 - 69,0 kV (Rural Irrigante) 6,97 1,88 6,27 0,03571 0,03170 0,02406 0,02086

A3 - 69,0 kV (Rural Irrigante 10 horas) 6,97 1,88 6,27 0,03571 0,03170 0,02406 0,02086

A4 - 13,8 kV (Ind., Com. e P. Público) 9,81 3,23 9,70 0,06531 0,06024 0,03173 0,02808

A4 - 13,8 kV (Água, Esgoto e Saneam.) 8,34 2,75 9,70 0,05551 0,05120 0,02697 0,02367

A4 - 13,8 kV (Residencial) 9,36 3,09 9,25 0,06226 0,05744 0,03027 0,02678

A4 - 13,8 kV (Rural) 8,42 2,77 9,25 0,05605 0,05170 0,02724 0,02410


A4 - 13,8 kV (Rural Irrigante)* 8,42 2,77 9,25 0,05605 0,05170 0,02724 0,02410

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 82


TABELA 1.10
Tarifas médias de energia elétrica – tarifa verde

Horossazonal Verde
Demanda (US$/kW) Consumo (US$/kWh)
Subgrupo/Nível de Tensão Ponta Fora de Ponta
Normal Ultrapas.
Seca Úmida Seca Úmida
A4 - 13,8 kV (Ind., Com. e P. Público) 3,23 9,71 0,27870 0,27360 0,03194 0,028234
A4 - 13,8 kV (Água, Esgoto e Saneam.) 2,75 9,71 0,23689 0,23256 0,02715 0,023999
A4 - 13,8 kV (Residencial) 3,09 9,26 0,26578 0,26092 0,03047 0,026924
A4 - 13,8 kV (Rural) 2,78 9,26 0,23920 0,23483 0,02742 0,024232
A4 - 13,8 kV (Rural Irrigante)* 2,78 9,26 0,23920 0,23483 0,02742 0,024232

*Horário das 21:30 às 6:00 h – período seco: US$ 0,002813/kWh


– período úmido: US$ 0,002612/kWh

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 83


TABELA 1.11
Tarifas médias de energia elétrica – tarifa convencional

Convencional - Alta Tensão


Demanda (US$/kW) Consumo (US$/kWh)
Subgrupo/Nível de Tensão Horário
Normal Ultrapas.
Normal
A4 - 13,8 kV (Ind., Com. e P. Público) 4,19 12,58 0,05307
A4 - 13,8 kV (Água, Esgoto e Saneam.) 3,56 12,58 0,04570
A4 - 13,8 kV (Residencial) 4,00 12,01 0,05128
A4 - 13,8 kV (Rural) 3,60 12,01 0,04615
A4 - 13,8 kV (Rural Irrigante)* 3,60 12,01 0,04615

*Horário das 21:30 às 6:00 h – US$ 0,004712/kWh

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 84


1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.8– Formulação de um projeto elétrico

Preço médio pago pela energia consumida.

Com base no fator de carga mensal pode-se


determinar o preço médio pago pela energia
consumida.

Preço médio pago


pela energia: TC - tarifa de consumo
fora de ponta (US$ / kWh)
TD
Pmédio   TC TD – tarifa de demanda for
Fcm  730 a de ponta (US$ / kW)
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 85
Exemplo de aplicação (1.3)

As Figuras 1.14 e 1.15 representam a situação operativa diária


de uma planta industrial, tarifa convencional,
respectivamente antes e depois de um estudo de melhoria
do fator de carga, conservando o mesmo nível de produção.
O consumo em ambos os casos é de 126.000 kWh/mês.
Determinar a economia de energia elétrica resultante, ou
seja:
a) Situação anterior as melhorias do fator de carga
b) Situação posterior as melhorias do fator de carga

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 86


Exemplo de aplicação (1.3)

FIGURA 1.14
Curva de carga não otimizada

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 87


Exemplo de aplicação (1.3)

FIGURA 1.15
Curva de carga otimizada

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 88


Exemplo de aplicação (1.3)

a) Situação anterior as melhorias do fator de carga


Fatore de carga:
.
𝐹 = = ,
×
Fatura (Tabela 1.11):
𝐹 = × , + × ,
𝐹 = $ . ,
Preço médio:
𝑇𝐷
𝑃 𝑒 = + 𝐶
𝐹𝑐𝑚 ×
,
𝑃 𝑒 = + , (US$/kWh)
, ×
𝑃 𝑒 = $ , / 𝑊ℎ
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 89
Exemplo de aplicação (1.3)

b) Situação posterior as melhorias do fator de carga


Fatore de carga:
.
𝐹 = = ,
×
Fatura (Tabela 1.11):
𝐹 = × , + × ,
𝐹 = $ . ,
Preço médio:
𝑇𝐷
𝑃 𝑒 = + 𝐶
𝐹𝑐𝑚 ×
,
𝑃 𝑒 = + , (US$/kWh) 4% de
, × economia
𝑃 𝑒 = $ , / 𝑊ℎ
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 90
Exemplo de aplicação (1.4) – Não respondido aqui

TABELA 1.12
Cálculo do custo anual médio da tarifa de energia elétrica – grupo tarifário
convencional

Convencional - Alta Tensão


Tarifa sem ICMS Período Demanda Consumo Demanda/Consum
o
Descrição US$/kW US$/MWh Horas/Mê Mês/Ano kW kWh/Mês kWh/Ano US$/Mês US$/Ano
s
Demanda 4,19 - - 12 200,0 - 838,00 10.056,00
Consumo - 53,07 - 12 - 73.920 887.040 3.922,93 47.075,21
Total 887.040 - 57.131,21
Total mensal (US$/mês) 4.760,93
Tarifa média mensal (US$/MWh) 64,41

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 91


Exemplo de aplicação (1.5) – Não respondido aqui

TABELA 1.13
Determinação do custo anual médio da tarifa de energia elétrica – grupo tarifário verde

Horossazonal Tarifa Verde


Tarifa sem ICMS Período Demanda Consumo Demanda/Consum
o
Descrição US$/kW US$/MW Horas/Mê Mês/Ano kW kWh/Mês kWh/Ano US$/Mês US$/Ano
h s
Demanda Fat 3,23 - - 12 200,0 - - 646,00 7.752,00
Consumo FPS - 31,94 - 7 - 62.320 436.240 1.990,50 13.933,51
Consumo PS - 278,70 - 7 - 11.600 81.200 3.232,92 22.630,44
Consumo FPU - 28,23 - 5 - 62.320 311.600 1.759,29 8.796,47
Consumo PU - 273,60 - 5 - 11.600 58.000 3.173,76 15.868,80
Total 887.040 - 68.981,21
Total mensal (US$/mês) 5.748,43
Tarifa média mensal (US$/MWh) 77,77

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 92


Exemplo de aplicação (1.5) – Não respondido aqui

TABELA 1.14
Determinação do custo anual médio da tarifa de energia elétrica – grupo tarifário
verde

Horossazonal Tarifa Verde


Tarifa sem ICMS Período Demanda Consumo Demanda/Consum
o
Descrição US$/kW US$/MW Horas/Mê Mês/Ano kW kWh/Mês kWh/Ano US$/Mês US$/Ano
h s
Demanda Fat 3,23 - - 12 200,0 - - 646,00 7.752,00
Consumo FPS - 31,94 - 7 - 64.680 452.760 2.065,88 14.461,15
Consumo PS - 278,70 - 7 - 9.240 64.680 2.575,19 18.026,32
Consumo FPU - 28,23 - 5 - 64.680 323.400 1.825,92 9.129,58
Consumo PU - 273,60 - 5 - 9.240 46.200 2.528,06 12.640,32
Total 887.040 - 62.009,37
Total mensal (US$/mês) 5.167,45
Tarifa média mensal (US$/MWh) 69,91

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 93


Exemplo de aplicação (1.5) – Não respondido aqui

TABELA 1.15
Determinação do custo anual médio da tarifa de energia elétrica – grupo tarifário verde

Horossazonal Tarifa Verde


Tarifa sem ICMS Período Demanda Consumo Demanda/Consum
o
Descrição US$/kW US$/MW Horas/Mê Mês/Ano kW kWh/Mês kWh/Ano US$/Mês US$/Ano
h s
Demanda Fat 3,23 - - 12 200,0 - - 646,00 7.752,00
Consumo FPS - 31,94 - 7 - 73.920 517.440 2.361,00 16.527,03
Consumo PS - 278,70 - 7 - 0 0 0,00 0,00
Consumo FPU - 28,23 - 5 - 73.920 369.600 2.086,76 10.433,81
Consumo PU - 273,60 - 5 - 0 0 0,00 0,00
Total 887.040 - 34.712,84
Total mensal (US$/mês) 2.892,74
Tarifa média mensal (US$/MWh) 39,13

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 94


Exemplo de aplicação (1.6) – Não respondido aqui

TABELA 1.16
Determinação do custo anual médio da tarifa de energia elétrica – grupo tarifário azul
Horossasonal Tarifa Azul
Tarifa sem ICMS Período Deman Consumo Demanda/Consumo
da
Descrição US$/kW US$/MWh Horas/Mês Mês/Ano kW kWh/M kWh/Ano US$/Mês US$/Ano
ês
Demanda FP 3,230 - - 12 2.700,0 - - 8.721,00 104.652,00

Demanda P 9,810 - - 12 1.600,0 - - 15.696,00 188.352,00

Consumo FPS - 31,73 - 7 - 1.063.4 7.444.185 33.743,43 236.203,99


55

Consumo PS - 65,31 - 7 - 105.600 739.200 6.896,74 48.277,15

Consumo FPU - 28,08 - 5 - 1.063.4 5.317.275 29.861,82 149.309,08


55

Consumo PU - 60,24 - 5 - 105.600 528.000 6.361,34 31.806,72

14.028.660 - 758.600,94
Total

63.216,75
Total mensal (US$/mês)

54,08
Tarifa média mensal (US$/MWh)

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 95


1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.9 – Roteiro para elaboração de um projeto Elétrico
Industrial
1 – Planejamento
2 – Projeto Luminotécnico
3 – Determinação dos Condutores
4 – Determinação e Correção do Fator de Potência
5 – Determinação das correntes de Curto-Circuito
6 – Determinação dos Valores de Partida dos Motores
7 – Determinação dos Dispositivos de Proteção e Comando
8 – Cálculo da Malha de Terra
9 – Diagrama Unifilar
10 – Memorial Descritivo

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 96


FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 97


FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 98


1 – Pára-raios tipo válvula de 12 kV
2 – Chave fusível indicadora de distribuição de 100 A/ 15 kV
3 – Mufla terminal de 100 A / 15 kV

FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 99


4 – Cabo isolado em PVC para 15 kV, seção 25 mm²
5 – Transformador de corrente para medição, classe 15 kV
6 – Transformador de potencial para medição, 15 kV – 13.800/ 115 V
7 – Bucha de passagem interna x externa
FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 100


8 – Chave Seccionadora Tripolar, 100 A/15 kV
9 – Relé eletromagnético primário de ação direta, corrente nominal de
17 A, ajuste de 16 a 20 A, ponto de atuação, 18 A
10 – Disjuntor tripolar a pequeno volume de óleo, corrente nominal
400 A/15 kV, comando manual, capacidade de ruptura simétrica
de 250 MVA

FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 101


11 – Transformador de potencial de 300 kVA/13.800 – 13.200-12.600/380-220,
ligação triângulo-estrela

12 – Cabo isolado para 750 V, seção de 400 mm² PVC

FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 102


13– Disjuntor termomagnético, 600 V/500 A, capacidade de ruptura de
20 kA, com relé térmico com faixa de ajuste de 420 a 500 A, regulado no
ponto de 460 A

14 – Fusível tipo NH-16 A;

15 – Fusível tipo NH-100 A;

FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 103


16 – Amperímetro de ferro móvel, tipo painel, escala 0 – 200 A;
17 – Comutador para amperímetro;
18 – Conjunto de fusível diazed;
19 – Lâmpada de Sinalização vermelha;
20 – Comutador para Voltímetro;
21 – Voltímetro de ferro móvel, tipo painel, 500 V, escala 0 – 500 V;

FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 104


22 – Chave seccionadora tripolar, abertura em carga, 500 V/ 100 A;

23 – Contactor tripolar, 500 V / 80 A;

24 – Relé térmico, com faixa de ajuste de 70 a 100 A, regulado no ponto 80 A.

FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 105


FIGURA 1.16
Esquema unifilar básico
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 106
1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.9 – roteiro para elaboração de um projeto elétrico
industrial
Diagrama Unifilar:

O diagrama unifilar deve apresentar(...):

• Transformadores de corrente e potencial com a respectivas indicações


de relação de transformação

• Posição da medição de tensão e correntes indicativas com as


respectivas chaves comutadoras, caso haja

• Lâmpadas de sinalização

IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 107


1 - ELEMENTOS DE PROJETOS
1.9 – roteiro para elaboração de um projeto elétrico
industrial
Memorial descritivo deve apresentar:
• Finalidade do projeto
• Endereço comercial da indústria e o endereço do ponto de
entrega da energia
• Carga prevista e demanda justificadamente adotada
• Tipo de subestação (abrigada, blindada, ao tempo)
• Proteção e comando de todos os aparelhos utilizados desde
o ponto de entrega de energia até ponto de consumo
• Características completas de todos os equipamentos de
proteção e comando, transformadores, cabos, quadros, etc.
• Memorial de cálculo
• Relação completa de material
• Custo orçamentário
IFPA MARABÁ INDUSTRIAL 108
1.10
Simbologia

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