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Trabalho I - Industrias Quimicas
Trabalho I - Industrias Quimicas
Discentes: Docentes:
Mainato, Manuel Felix Eng⁰. Rodrigues Manjate, Msc
Mavenda, Genesse João
Maveto, Faustino Marques
1. Objectivo Geral
2. Objectivos Específicos
3. Metodologia
Processos de separação
As operações unitárias de separação são o coração das engenharias de processos e quimica.
O conhecimento e o dominio destas operações unitárias sempre foram primordiais para que
não houvesse nem perde de produto, nem desperdicio de energia.
A separação precisa separar o produto requerido sem perdas, preservando tanto as
caracteristicas do produto, quanto a economia do processo produtivo.
A absorção
A absorção é um processo inverso da destilação.
- Destilação – objectivo é o mais volátil;
- Absorção – objectivo é o menos volátil.
O processo de absorção tem a função de absorver em um liquido, o gás menos volátil.
Absorção gasosa
A absorção gasosa de uma gás por um liquido apropriado é a segunda maior operação da
engenharia quimica que é baseada na transferência de massa interfásica controlada por taxas
de difusão.
É a transferência de um componente solúvel da fase gasosa para uma fase liquida absorvente
e não volátil.
Este fenomeno pode acontecer fisicamente ou quimicamente.
Transferência fisica: quando há apenas a dissolução do gás no liquido;
Transferência quimica; quando o gás reage quimicamente com o liquido e a partir
desta, ocorre a absorção.
Exemplo de absorção fisca
A absorção sem reação quimica pode ser utilizada na recuperação de acetona de uma
mistura ar-acetona por um fluxo de água, e com reação quimica, fabricação de ácido
nitrico pela absorção de oxido de nitrogênio em água.
É a mais utilizada.
Historial do produto
O desenvolvimento da industria de HNO3 se deu primeiramente em função das indústrias de
explosivos e corantes no final do século XIX. Após a segunda Guerra Mundial houve uma
enorme expansão da indústria de HNO3 devido ao uso e fertilizantes sintéticos.
Até 1900, o HNO3, era obtido, sobretudo, a partir do nitrato de sódio (Salitre do Chile):
NaNO3 + H2SO4 NaHSO4 + HNO3.
A obtenção de HNO3 a partir da oxidação catalitica da amônia teve inicio em 1901, com a
primeira planta na Alemanha, que produzia 3 t/dia. As plantas modernas utilizam o mesmo
principio, produzindo até 2000 t/dia.
Definição: O ácido nítrico é um líquido incolor, muito tóxico e corrosivo. Ferve a 83 °C. É
muito solúvel em água e, com o tempo e a influência da luz, sua solução fica avermelhada
devido à decomposição do HNO3 em NO2.
Medidas de primeiros-socorros
Contato com os olhos: Lave imediatamente os olhos com agua corrente durante 15
minutos, levantando as palpebras para permitir a maxima remoção do produto. Após estes
cuidados encaminhe imediatamente ao medico oftalmologista.
Contato com a pele: Retire rapidamente as roupas e calçados contaminados e lave as
partes atingidas com água corrente em abundancia durante 15 minutos. Encaminhe ao
médico.
Inalação: Remova o acidentado para área não contaminada e arejada e administre
oxigênio se disponivel, sob mascara facial ou cateter nasal. Aplique manobras de
ressuscitação em caso de parada respiratória. Encaminhe imediatamente ao hospital
mais proximo.
Ingestão: Nunca de nada pela boca a pessoas inconscientes ou em estado convulsivo.
Devido ao forte poder de corrosão e perfuração do ácido nitrico, os vômitos são
contra indicados. O acidentado consciente pode ingerir agua, sempre aos poucos para
não induzir vômitos. Não administrar bicarbonato de sodio ou tentar neutralizar o
ácido. Encaminhar ao medico informando as caracteristicas do produto.
Quais ações devem ser evitadas: Nao induzir ao vomito.
Descrição breve dos principais sintomas e efeitos: O Acido Nitrico e muito
corrosivo para pele, olhos, aparelho digestivo e trato respiratório.
Proteção ao prestador de socorros: Utilize os equipamentos de proteção individual
indicados.
Informações ao médico: Na inalação de vapores contendo oxidos de nitrogenio pode
ocorrer edema pulmonar tardiamente, mesmo apos a remissão dos sintomas irritativos
de vias aereas superiores, o que requer observação medica prolongada. Administrar
corticosteroide e antibiotico. A neutralização gastrica pode ser promovida por
hidroxido de magnesio. Lavagens gastricas devem ser realizadas por pessoal
experiente. Considere o risco de perfuração gastrintestinal. Avalie a função renal.
Embalagem.
Aplicações:
Outras aplicações: Usa-se na fabricação de ácido sulfúrico, ácido picrico, algodão pólvora,
corantes de anilina e seda artificial. É oxidante corrosivo que destroi o anil. Emprega-se ainda
na preparação de metais, mordentes férricos e na decoração de lã artificial.
Processo de absorção
Equipamento: Torre de absorção ou Coluna ou Torre de Recheio.
Coluna cilindrica vertical.
- Entrada de gás e saida de liquido pela parte inferior.
- Entrada de liquido e saida gás parte superior.
Recheio;
Recheio → aumenta a área interfacial;
A estrutura da coluna pode ser revestida em metal, ligas resistentes à corrosão,
materiais cerâmicos, vidro ou materiais plásticos;
O recheio é suportado por um prato que deve ter mais de 75% de área livre para
passagem dos fluidos, para oferecer o minimo de resistencia;
Dependendo da necessidade, são utilizados mais de um prato (redistribuição);
No topo do leito há um distribuidor de liquido que providencia uma irrigação
uniforme por todo diametro do leito;
Em escala industrial, podem chegar a 5m de diametro e 30m de altura;
Operam desde forte vácuo à altas pressões;
O aumento na taxa de transferencis faz com que aumente também os custos de
construção e operação. Então, para um design econômico e eficiente, é necessária a
escolha do recheio ideal.
Processo é continuo.
Regime permanente.
Fluxos são em contracorrente.
A alimentação; introduzida no fundo da coluna.
O solvente (água); alimentado no topo da coluna.
A coluna pode ser de “pratos” ou de “recheio”, para promover uma melhor remoção.
Gás tratado e mais purificado: sai no topo da coluna.
Solução liquida com o soluto: sai embaixo.
Por que acontece a transferencia?
Pela existencia de uma diferença (força motriz) entre a concentração do soluto na fase
gasosa e a no gás em equilibrio com o liquido (interface das duas fases).
É o mesmo processo pelo qual o calor passa de uma porção mais quente para uma
mais fria de um mesmo fluido: há uma diferença ou força motriz térmica.
O solvente
O solvente introduzido no topo da coluna pode ser puro ou reutilizado.
Quando o reutilizado, a recuperção nunca é “perfeita”, então o solvente alimentado no
topo da coluna já contém um pouco de soluto.
Em termos de poder de absorção, essa pequena presença de soluto vai atrapalhar a sua
remoção no processo, dvido à diminuição da força motriz → analisar o custo
beneficio.
Modelo matemático
Para a descrição do modelo matemático a Figura 1 é utilizada, onde um gás que contém um
soluto é alimentado no fundo da coluna e um líquido puro (solvente) é alimentado no topo e
ambas as correntes escoam em contracorrente permitindo uma forte interação entre as fases
nos diversos dispositivos internos de contato.
Neste processo o soluto é transferido da fase gasosa para a fase líquida, permitindo que a
corrente gasosa, que abandona a coluna, tenha uma redução no poluente, cujo grau de
recuperação depende da eficiência de transferência de massa neste processo.
No estágio ideal ou de equilíbrio, Figura 2, a mistura entre as fases é hipoteticamente perfeita,
de modo que as correntes que deixam o estágio estejam em equilíbrio entre si e a intensidade
de mistura caracteriza a ausência do gradiente de concentração ao longo do prato.
Segundo Perry e Chilton (1986) a maioria dos processos de absorção usados nas indústrias
envolve reações químicas na fase líquida, reações estas que elevam a taxa de absorção e
aumentam a solubilidade do soluto no solvente, quando comparado com absorção física.
Porém, faz-se necessário o conhecimento dos princípios da absorção física, para o
entendimento da absorção química. Esta recomendação se faz necessária, uma vez que,
métodos clássicos de projetos aplicados em equipamentos de absorção física, que admitem
processo isotérmico ou adiabático, têm sido aplicados em projetos de equipamentos que
envolvem absorção química. Porém, para os autores, o projeto dos processos de absorção,
envolve procedimentos rigorosos baseados em simplificações, válidas para várias condições
de operação.
Nestes procedimentos a temperatura da fase líquida é assumida constante ao longo do
equipamento e igual a sua temperatura de alimentação. Esta aproximação ignora todos os
efeitos térmicos do processo e é somente válida quando o gás de alimentação é
suficientemente diluído. Como observou Perry et al. (1984), o problema que surge ao se
considerar válida esta aproximação é definir, para cada sistema, os parâmetros relacionados à
diluição. Um outro método clássico, de projeto, admite o comportamento adiabático
para a coluna de absorção, assumindo, dessa forma, que o calor de solução serve somente
para aquecer o líquido. Por esta razão, torna-se possível relacionar o aumento da temperatura
da fase líquida com a concentração de soluto por um balanço de entalpia. Com relação à
validade deste método, comparações feitas por Stockar et al. (1974) com métodos mais
rigorosos e clássicos de projeto admitindo a hipótese do comportamento adiabático para
coluna de recheio, permitiram o uso de fatores de correção (1,25 a 1,5) para a determinação
da altura real do recheio.
Segundo Perry e Chilton (1986), quando os efeitos térmicos não podem ser desprezíveis,
como nas aproximações isotérmica e adiabática, o dimensionamento das colunas de pratos ou
recheio é mais complexo.
Materiais e métodos
Neste trabalho foi avaliado a absorção de dióxido de nitrogênio (NO2) em água (H2O), tendo
como produtos de reação o óxido nítrico(NO) e o ácido nítrico(HNO3), sendo este último
importante intermediário na produção de fertilizantes utilizados na agricultura.
Para o desenvolvimento deste trabalho, foi utilizado o simulador comercial Process Provision
PROII e avaliada a absorção do dióxido de nitrogênio em água, utilizando-se a reação
química descrita na Equação 3. Trabalhou-se com projeto de colunas com 14 estágios
(pratos), cujas temperaturas de alimentação, da fase gasosa e da fase líquida (solvente), foram
mantidas constante (30⁰C) e avaliou-se a influência dos parâmetros de processo e de projeto
sobre a performance da coluna e as taxas de absorção neste processo. Os dados obtidos foram
avaliados e estão presentes nos itens subsequentes deste trabalho.
Resultados e discussão
A melhor performance (Figura 3) é alcançada para vazões de gás maiores que a vazão de
líquido (relação S/F menor que 1). Este efeito, segundo Counce e Perona (1979), é causado
pelo aumento da intensidade de borbulhamento do líquido sobre o prato.
Nas Figuras 3 (e, f) observa-se que o consumo de NO2(g) aumenta com o aumento da relação
entre a vazão de alimentação do solvente (S) e a vazão de alimentação da mistura gasosa (F)
(relação S/F) pois, nestas condições de operação, o tempo de contato líquido-gás aumenta em
função do aumento da crista e do aumento da intensidade de borbulhamento (Figura (3 f)),
condições que favorecem o aumento dos coeficientes de transferência de massa nos processos
de absorção.
O comportamento descrito na Figura 3 (e, f) é similar ao comportamento da Figura 3 (a, b)
sendo que, desta vez, com o aumento da relação S/F, diminui a fração molar de ácido nítrico
na corrente dos produtos da base da coluna.
Etapas
Combustão de amônia
Gás amoniaco, a partir de uma instalação de produção ou um tanque de armazenamento (1) e
ar cuidadosamente purificado (2) são misturados numa câmara (3) na proporção de 1:10. A
mistura passa a alta velocidade por reatores (4) a 800-850⁰C, através de um leito de várias
camadas de uma fina rede de platina, após ser pré-aquuecida num trocador de calor (5) a
cerca de 200⁰C. O oxigênio no ar oxida o NH3 a NO nos reatores, formando “gases
nitrosos”com o excesso de ar presente. A reação é exotermica e por si só mantém a
temperatura de reação necessária sse o reator for aquecido no inicio. Os gases nitrosos
quentes cedem parte de seu contéudo calorifico no trocador de calor (5). Para um
arrefecimento adicional, são conduzidos através de uma caldeira (6), utilizando o seu teor
calorifico para a produção de vapor.
Absorcão ácida
A oxidação de NO em NO2 e formação de ácido notrico tem lugar em grandes torres de
absorção (7) no qual o gás borbulha em contracorrente atraves de ácido nitrico diluido em
primeiro lugar e, posteriormente, atraves de água. Sucessivamente os gases fluem nas torres,
enquanto ácido diluido deixa cada uma sendo resfriado (8) e bombead (9) para a torre
seguinte, aumentado sua concentração. Da primeira torre (7a) vem o ácido nitrico e
concentração aproximadamente 50%.
A reacão que ocorre é descrita a seguir. O monoxido de nitrogenio (NO) é oxidado a dioxido
de nitrogenio (NO2) com excesso de ar. Na temperatura desta etapa, proxima à temperatura
ambiente, o NO2 encontra-se dimerizado:
2NO + O2 N2O4
O N2O4 reage com água formando uma mistura de ácidos nitrico (HNO 3) e nitroso (HNO2).
No entanto, o ácido nitroso é instável e é decomposto:
3HNO3 + HNO3 2NO + H2O
O NO assim formado reage novamente com o ar para formar N 2O4, continuando a reação com
água, como mostrado acima. Como resultado, o NO semore será formaado novamente, de
modo que a transformação totaldo mesmo não é possivel com esta etapa de absorção do,
razão pela qual uma absorção alcalina é acoplada.
Absorção alcalina
Gases que coném pequenos teores de gases nitrosos, depois de sair da última torre de
absorção ácida são pulverizados em duas torres de absorção com álcalis (10). Esta lavagem
alcalina é deita com uma suspensão de cal (Ca(OH)2) em uma solução de nitrato de Cálco,
onde formam-se nitrato e nitrato se cálcio:
4NO2 + 2Ca(OH)2 Ca(NO2)2 + 2H2O
Os gases que saem atraves de chamines altas (10b) ainda contém 0,05—0,1% de oxido de
nitrogenio, uma absorção completa não seria economica. Em vez de Ca(OH) 2, são também
usadas soluções de hidroxido de sódio ou carbonato.sendo formados nitrato de sódio
(NaNO3) e nitrito de sódio (NaNO2).
Inversão de nitritos
Para aproveitar os nitritos formados na absorção alcalina, ocorre uma oxidação atraves da
injeção de ar em uma torre de inversão (12) para formar solução de nitrato (13), que são então
processadas para produção de nitrato de Cálcio (14) para fabricação de fertilizantes ou
utilizadas na preparação de novas quantidades de liquidos de absorção (15). Os gases nitrosos
que são liberados neste tratamento são reciclados novamente para serem absorvidos.
Outra opção para aproveitar os nitritos formados na absorção alcalina é a oxidão pela adição
de ácido nitrico na torre de inversão (12);
3Ca(NO2)2 + HNO3 3Ca(NO3)2 + 2H2O
Conclusões
Com os resultados obtidos pôde-se observar que existem parâmetros de grande relevância no
processo de absorção de gases com reação química, principalmente na absorção de dióxido de
nitrogênio.
A melhor capacidade de operação da coluna de absorção é obtida para vazões de gás maiores
que as de líquido, justificado pelo aumento da intensidade de borbulhamento entre as fases
sobre o prato e do aumento do tempo de contato líquido-gás.
O aumento da temperatura de alimentação do gás proporciona a diminuição do consumo do
soluto bem como a diminuição da formação dos produtos da reação, ocasionados pelos
fenômenos de vaporização no processo de absorção, decorrente da baixa temperatura de
ebulição dos seus componentes.
Com os resultados obtidos, observou-se que a absorção de gases mesmo sendo um processo
de produção industrial, pode e deve ser amplamente utilizado para minimizar concentrações
de poluentes na atmosfera.
Lista de nomenclatura
G- Fase gás
L- Líquido
QG - Calor removido da fase gasosa (j/s)
QL - Calor removido da fase líquida (j/s)
S- Fluxo na corrente lateral (mol/s)
x- Fração molar do componente na fase líquida
y- Fração molar do componente na fase gasosa
Subscritos
B Base
N Estágio
T Topo
Sobrescrito
G Fase Gás
L Fase Líquido
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