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Iº Simpósio STAB de plantas

daninhas em cana-de-açúcar

Robinson Antonio Pitelli


Departamento de Fitossanidade

I Simpósio STAB de
Plantas Daninhas em Cana
de Açúcar
• Em biologia faz sentido a não ser a luz da evolução
(Dobzhansky)

I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar


Nas área agrícolas

• A comunidade de plantas daninhas está sujeita a uma série de


fatores do ambiente que afeta de forma diferencial:
– os indivíduos
– as populações
– as comunidades e
– as relações diretas entre estas entidades

• Fatores ecológicos: bióticos e abióticos, periódicos e não


periódicos, denso-dependentes ou denso-independentes

I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar


Grime (1979)
• Agrupou os fatores, não pela natureza, mas pelo efeito que
causavam sobre as populações e os agrupou como:

• Distúrbios:
Fatores praticamente inéditos na biologia evolutiva da
população e que tem ação devastadora sobre seus
indivíduos.

• Stresses:
Fatores sempre presentes no ambiente evolutivo de
uma espécie, dando oportunidade à adaptação da
população com modificações adaptativas eficientes.

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Tanto os distúrbios quanto os fatores de
estresse podem variar

Intenso

Brando

Gerando quatro situações básicas


I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar
Combinações entre intensidades de estresse e do distúrbio e
suas relações entre as modalidades de estratégias evolutivas
desenvolvidas pelas plantas superiores

Distúrbio
Intensidade
Elevado Baixo
S em plantas Tolerantes ao
Elevado
superiores estresse
Estresse
Baixo Ruderais Competidoras

Este
S esquema pode
= Tolerante ser aplicado aCtodo
ao estresse o reino vegetal ou
= competidora
podemos reduzi-lo ao universo das plantas daninhas
R = Ruderal
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Universo das plantas daninhas

Área de olericultura
• Sem estresse de água
• Sem estresse de nutrientes
• Sem estresse de condições físicas do solo Baixo estresse
• Sem estresse de luz
Elevado distúrbio
• Com controle de pragas e moléstias
• Elevada frequência de preparo intenso do solo
• Elevada rotatividade de culturas de ciclo curto
• Elevada frequência de ações de controle das plantas daninhas

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Quais os atributos para uma planta viver em um
ambiente como este

• Rápido ciclo: produzir propágulos antes que outro distúrbio a


atinja Beldroega (Portulaca oleracea)

Mastruço
• Grande e rápida (Coronopus
alocação pseudodydimus)
de recursos em reprodução:
pequeno porte, ciclo rápido, elevada produção de propágulos
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
• Elevada taxa de dormência: formação de estoque de
Barbicha-de-alemão
sementes no solo. (Eragrostis pilosa)

Capim-arroz
• Eficiente reprodução (Echinochloa
vegetativa colonum)de
e recuperação
fragmentos.

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Universo das plantas daninhas

Plantas com características entre competidoras e tolerantes ao


Assa-peixe(Vernonia
Área de pastagem intensiva estresse. spp)
• Normalmente em áreas de solos pobres, com estresse de nutrientes
• Normalmente
Contemplam eCafézinho
o crescimento (Paulicourea
o rápido
regiões de estação marcgravii)
e intenso
hídrica acentuada radicular antes de
• Sujeita
alocar recursos
a solo no processo reprodutivo.
compacto
• Sem controle deBarbasco em seusqualidum)
(Eupatorium
pragas e moléstias ambientes de crescimento
• Intensade
Produção sementes
competição pelasazonal
pastagem(período definido)
(alelopatia e consumo de luxo)
seletivo (Mimosa invisa )
Dormideira
• Protegida pelo pastoreio
• Queima anual
Normalmente apresentam
ou bi-anual processos adicionais de proteção
• Pequena(toxicidade
individual Corona
intensidade (Mascagnia
dea controle
animais, pubiflora)
Elevado
dealelopatia
plantas eestresse
daninhasconsumo de luxo,
acúleos)
Distúrbio relativamente baixo

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Chegamos à cana-de-açúcar

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Cana ????

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Quais são os distúrbios e os estresses enfrentados
pelas plantas daninhas na cultura da cana
Trinta anos atrás.
• Espaçamento largo  menos estresse na primeira fase do ciclo.
• Solos de elevada fertilidade (Massapé-salmourão, Terra Roxa
Estruturada)  Reduzido estresse de nutrientes
• Pouca adição de matéria orgânica na fertilização
• Queima da cana para colheita  Grande distúrbio ou grande estresse
pela repetitividade do processo???.
• Ausência da camada de palha sobre o solo  menos estresse para
emergência e crescimento inicial.
• Pouca opções para o controle químico (triazina + 2,4-D)
• Ausência de espécies invasoras exóticas com características
competidoras

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Nesta época

• Até a beldroega era temida

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Depois disso

Mas todas as condições foram


paulatinamente sendo mudadas e • As opções de métodos de
os fatores ecológicos passaram a controle foram sendo
influenciar de maneira diversa incrementadas,
especialmente com
herbicidas com diferentes
modos de ação

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Depois disso

A TORTA DE FILTRO • Os resíduos industriais


DISSEMINOU TIRIRICA PRÁ foram sendo incorporados
BURRO ! ! .. ao processo produtivos de
campo  torta de filtro,
• DEPÓSITOS DE TORTA vinhaça, ....  alteraram as
• GERMINAÇÃO DAS disponibilidades de
SEMENTES nutrientes, relações
hídricas, propriedades
físicas do solo, ...

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Depois disso

Mas todas as condições foram • As culturas avançaram


paulatinamente sendo mudadas e sobre terras de menor
os fatores ecológicos passaram a fertilidade e estações
influenciar de maneira diversa hídricas mais bem definidas
 alterando os perfis das
comunidades infestantes em
termos de espécies
predominantes

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Nesta disso

• Novas espécies de plantas


daninhas mais competitivas
Mas todas as condições foram foram sendo introduzidas
paulatinamente sendo mudadas e como Rottboellia exaltata,
os fatores ecológicos passaram a
influenciar de maneira diversa
Brachiaria decumbens,
Panicium maximum, ....

• Algumas não eram plantas


daninhas convencionais,
mas plantas climax de
biomas de pradarias

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Nesta disso

Mas todas as condições foram


paulatinamente sendo mudadas e
os fatores ecológicos passaram a
• Os espaçamentos foram
influenciar de maneira diversa paulatinamente sendo
reduzidos, aumentando o
estresse competitivo sobre
as plantas daninhas.

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Nesta disso

• A cana deixou de ser queimada


para a colheita.
Mas todas as condições foram
paulatinamente sendo mudadas e • O fogo apagô, mas não houve
os fatores ecológicos passaram a água-fria sobre a ciência das
influenciar de maneira diversa plantas daninhas. Aí o
conhecimento foi sendo mais e
mais necessário

• Os problemas continuaram.
Apenas os bandidos mudaram
de nome.

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Novos bandidos

• Cordas-de-viola (Ipomoea spp, Merremia spp)


• Cipó-de-São Caetano (Momordica charantia)
• Parreira-brava (Cissampelos glaberrima)
• Capim-amargoso (Digitaria insularis)

• Sem falar das plantas exóticas invasoras


• Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
• Caminhadora (Rottboellia exaltata)
• Capim-colonião (Panicum maximum)

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Tendência de adaptação das plantas daninhas no
desenvolvimento da agricultura tradicional

Disturbio

C S
Competição Stress
Queima da cana Distúrbio

▼ R
Distúrbio


Preparo do solo

C S
Competição Stress
O manejo tradicional da cana condicionou as
plantas daninhas para adquirissem características
ruderais

• Baixa capacidade competitiva

• Solos sem outra cobertura vegetal

• Sistemas de reconhecimento da falta de cobertura


superfície do solo
– Fotoblastimo
– Necessidade de um intervalo mínimo de variação da
temperatura para iniciar o processo germinativo
• Baixa tolerância à estresses ambientais

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Tendência de adaptação das plantas daninhas com o
desenvolvimento do sistema de cana-crua

A presença de uma maciça


quantidade de palha Disturbio
constituiu o principal fator
estressante para as plantas R
daninhas que muda com o
sistema de cana - crua
O outro fator que mudou
drasticamente na
ecologia das plantas
daninhas é a ausência
dos distúrbios
promovidos pelo fogo e
preparo do solo
C S
Competição Stress
Fatores fundamentais que alteram o manejo de
plantas daninhas no sistema de corte de cana-crua
em relação ao sistema convencional

• Não exposição do solo

• Ausência da ação física da temperatura

• Presença da cobertura morta

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Fatores fundamentais que alteram o manejo de
plantas daninhas no sistema de corte de cana-crua
em relação ao sistema convencional

• Dificuldade de ação de alguns agentes de controle

• Aumento das possibilidades de controle natural

• Redução das opções de modalidades de controle

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Conseqüências mais diretas desta
alteração de sistemas

• Redução de populações de plantas ruderais

• Alteração da distribuição do banco de sementes no perfil do


solo

• Maior exposição das sementes à ação dos inimigos naturais,


os quais estão mais protegidos pela cobertura morta

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Presença da cobertura mortas

• Alteração do regime térmico


• Luz: qualidade e quantidade
• Efeitos no balanço hídrico
• Umidade do solo
• Teor superficial de matéria orgânica
• Alelopatia
• Barreira física à emergência

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Estudo desenvolvido em condições de
mesocosmos
Primeiro experimento
Euphorbia heterophylla
80
0t/ha
Porcentagem de controle (%)

9t/ha
60 13t/ha

40

20

0
30 60 90
Dias após a semeadura
Primeiro experimento
Ipomoea grandifolia
100
0t/ha
Porcentagem de controle (%)

80 9t/ha
13t/ha
60

40

20

0
30 60 90
Dias após a semeadura
Primeiro experimento
Senna obtusifolia
100 0t/ha
9t/ha
13t/ha
Porcentagem de controle (%)

80

60

40

20

0
30 60 90
Dias após a semeadura
Primeiro experimento
Amaranthus sp
0t/ha
100
9t/ha
90
13t/ha
Porcentagem de controle (%)

80
70
60
50
40
30
20
10
0
30 60 90
Dias após a semeadura
Primeiro experimento
Panicum maximum
0t/ha
100
9t/ha
90
13t/ha
Porcentagem de controle (%)

80
70
60
50
40
30
20
10
0
30 60 90
Dias após a semeadura
Primeiro experimento
Brachiaria decumbens
0t/ha
100 a
9t/ha
90
13t/ha
Porcentagem de controle (%)

80
Atraso na
70 germinação
60
50
40
30
20
10
0
30 60 90
Dias após a semeadura
Primeiro experimento
Brachiaria plantaginea
0t/ha
100
9t/ha
90
13t/ha
Porcentagem de controle (%)

80
70
60
50
40
30
20
10
0
30 60 90
Dias após a semeadura
Primeiro experimento
Eleusine indica
0t/ha
100
9t/ha
90
13t/ha
Porcentagem de controle (%)

80
70
60
50
40
30
20
10
0
30 60
Dias após a semeadura
Ipomoea purpurea
0 t/ha
30
5 t/ha
10 t/ha
Número de plantas

15 t/ha
20 20 t/ha

10 65%

0
0 10 20 30 40 50

Dias após a semeadura


Ipomoea grandifolia
0 t/ha
60
5 t/ha
50 10 t/ha
Número de plantas

15 t/ha
40 20 t/ha
30
62%
20

10

0
0 10 20 30 40 50

Dias após a semeadura


Ipomoea hederifolia
0 t/ha
90
5 t/ha
80
10 t/ha
70
Número de plantas

15 t/ha
60 20 t/ha
50
40 70%
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50

Dias após a semeadura


Ipomoea nil
0 t/ha
50
5 t/ha
10 t/ha
40
Número de plantas

15 t/ha
30 20 t/ha

20 60%

10

0
0 10 20 30 40 50

Dias após a semeadura


Ipomoea quamoclit
0 t/ha
50
5 t/ha
10 t/ha
40
Número de plantas

15 t/ha
30 20 t/ha
42%

20
82%
10

0
0 10 20 30 40 50

Dias após a semeadura


Merremia cissoides
0 t/ha
50
5 t/ha
10 t/ha
40
Número de plantas

15 t/ha
30 20 t/ha

20
62%

10 88%

0
0 10 20 30 40 50

Dias após a semeadura


Observações publicadas na época

- A palha de cana-de-açúcar somente possui efeito de controle,


sobre as cordas-de-viola estudadas, quando presente em grandes
quantidade.

- Até 10 t/ha, que é uma quantidade de palha freqüentemente


encontrada nos canaviais, não houve efeito significativo sobre as
espécies de corda-de-viola
Euphorbia heterophylla
a a a
100

30 dias a a
80

60

40
b b
Porcentagem de controle (%)

20
b
0

a a a a
100
a
80 60 dias
60

40
b b
20
b
0

a a a a
100
a
80 90 dias
60

40
b b
20
b
0

Test 9 t/ha 13 t/ha Sem Sob Sobre Sob Sobre


sem palha palha palha 9 t/ha 9 t/ha 13 t/ha 13 t/ha
palha palha palha palha palha

Herbicida: Trifloxysulfuron sodium+ametryn


Ipomoea grandifolia
a a a ab
100
ab
80
30 dias
60
cb
40 c
Porcentagem de controle (%)

20
c
0

a a a a a
100

80 60 dias
60
b
40

20
b
b
0

100
a a a a
80 90 dias ab
60

40
b
20
b
b
0

Test 9 t/ha 13 t/ha Sem Sob Sobre Sob Sobre


sem palha palha palha 9 t/ha 9 t/ha 13 t/ha 13 t/ha
palha palha palha palha palha

Herbicida: Trifloxysulfuron sodium+ametryn


Amaranthus sp.
a a a a a a
100

80
30 dias
60
b
40
Porcentagem de controle (%)

20
b
0

a a a a a a
100

80 60 dias
60 b
40

20
c
0

a a a a a a
100

80
90 dias
60 b
40

20
b
0

Test 9 t/ha 13 t/ha Sem Sob Sobre Sob Sobre


sem palha palha palha 9 t/ha 9 t/ha 13 t/ha 13 t/ha
palha palha palha palha palha

Herbicida: Trifloxysulfuron sodium+ametryn


Brachiaria decumbens
a a a ab
100

80
30 dias
60 b
40 bc
bc
Porcentagem de controle (%)

20
c
0

a a a a a
100
a
80 60 dias a
60

40

20
b
0

a a a a a
100
a a
80
90 dias
60

40

20
b
0

Test 9 t/ha 13 t/ha Sem Sob Sobre Sob Sobre


sem palha palha palha 9 t/ha 9 t/ha 13 t/ha 13 t/ha
palha palha palha palha palha

Herbicida: Trifloxysulfuron sodium+ametryn


Brachiaria plantaginea
a a a a a
100
ab
80
30 dias
b
60

40
Porcentagem de controle (%)

20
c
0

a a a a a
100
a
80 60 dias
60
b
40

20
c
0

a a a a a a
100

80
90 dias
60
b
40

20
c
0

Test 9 t/ha 13 t/ha Sem Sob Sobre Sob Sobre


sem palha palha palha 9 t/ha 9 t/ha 13 t/ha 13 t/ha
palha palha palha palha palha

Herbicida: Trifloxysulfuron sodium+ametryn


Eleusine indica
30 dias a a a a a a a
100

80
Porcentagem de controle (%)

60

40

20
b
0

60 dias a a a a a a a
100

80

60

40

20
b
0

Test 9 t/ha 13 t/ha Sem Sob Sobre Sob Sobre


sem palha palha palha 9 t/ha 9 t/ha 13 t/ha 13 t/ha
palha palha palha palha palha

Herbicida: Trifloxysulfuron sodium+ametryn


Distribuição de sementes no perfil do solo após
cinco anos em três sistemas de plantio

0-4

4-8
Porcentagem

8-12 Aiveva
A. disco
12-16 P. direto
AIVECA
16-20

20-30

0 20 40 60 80 100
Efeito da cobertura vegetal na
amplitude da variação térmica em
várias profundidades
Regime Térmico: Efeito da Palha e da
Profundidade no Solo

Graus C
45
Sem palha 7,5 t/ha 15 t/ha

40

35

30

25

20
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Curva de sobrevivência de uma
população vegetal

Alta mortalidade juvenil Rhizoctonia


Doenças de plântulas (damping-off) Phytium
Predação de plantas jóvens Phytophtora
% de sobreviventes

Intensa competição inter e intra-específica

Mortalidade por encerramento de ciclo

Tempo
Semente de fedegoso infectado por
Alternaria cassiae em área de plantio
direto em Dourados - MS

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Alelopatia

• Alto nível de seletividade

• Resultados similares para diferentes tipos de palha obtidos em


distintas condições

• Efeitos intensos a partir de genótipos melhorados para


máxima produtividade

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Padrões de comportamento germinativo das
plantas daninhas em relação à cobertura morta
Brachiaria plantagínea

Nº de plantas / 0,5 m²
250
Com palha
200 Após a remoção da palha

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 15
t de palha / ha
I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar
Padrões de comportamento germinativo das
plantas daninhas em relação à cobertura morta
Sida rhombifolia
Nº de plantas / 0,5 m²
200
Com palha
Após a remoção da palha
150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 15
t de palha / ha
I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar
Padrões de comportamento germinativo das
plantas daninhas em relação à cobertura morta
Bidens pilosa
Nº de plantas / 0,5 m²
100
Com palha
80 Após a remoção da palha

60

40

20

0
0 2 4 6 8 10 15
t de palha / ha
I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar
Padrões de comportamento germinativo das
plantas daninhas em relação à cobertura morta
Ipomoea grandifolia
Nº de plantas / 0,5 m²
70
Com palha
60 Após a remoção da palha
50
40
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10 15
t de palha / ha
I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar
Considerações finais

Nos últimos anos, tudo mudou para a cultura da cana-de-açúcar:


• Açúcar  alcool  energia elétrica
• Sustentabilidade do sistema agro-industrial
• Percepção pública e cobrança social
• Status no comércio exterior  commodity
• .....

• Também mudou para as plantas daninhas, como foi visto


nesta palestra e ficam as perguntas:

I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar


• A atenção ao ritmo das alterações foi o mesmo ou
equivalente?

• A pesquisa em plantas daninhas está se baseando em manejo


sustentado (integração com o químico) com conhecimento da
biologia de espécies-problema ou está extremamente
confiante na ação exclusiva do controle químico?

• Há algum programa de pesquisa para incremento da atividade


da palha como ferramenta de controle?

I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar


• Há mapas de distribuição geográfica de populações de plantas
daninhas e de bancos de sementes ao nível regional?

• Há estudos modernos e suficientes de relações competitivas


envolvendo áreas com corte de cana-crua e espaçamento
reduzido?

• O conhecimento da dinâmica de comunidades infestantes da


cana-de-açúcar é suficiente para o manejo de culturas
transgênicas resistentes aos herbicidas?

I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar


• São apenas questões para que pensemos, pensemos, ...., não
esquecendo jamais que

• Em cana de ano e cana de ano e meio, as dinâmicas e


comportamentos das plantas daninhas são bastante diversos.

• Neste caso, a relação dos problemas que enfrentaremos será


aditiva ou sinergística.

I Simpósio STAB de Plantas Daninhas em Cana de Açúcar


Muito
obrigado
Obrigado institucional

Unesp

FCAV

Departamentos de Biologia e Fitossanidade

Nepeam

Meus orientadores (Paulo, Eduardo, Haag e Charu)

Todos os meus orientados, desde o Shiro (1º) até os atuais

A todos com quem convivi e convivo nesta unidade (professores e funcionários)


Muito
obrigado

Obrigado pelo reconhecimento

STAB

Família Mutton

Família Azânia

José Paulo Stupielo


Muito
obrigado

Obrigado especial

À minha família
Esposa e filhos

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