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Tajla Medeiros
Brasília-DF
2018
2018. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas – Sebrae
Informações e contatos
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – Sebrae Unidade de Desenvolvimento de
Produtos e Cultura Empreendedora
SGAS 605 – Conjunto A – CEP: 70200-904 –
Brasília/DF
Telefone: 0800 570 0800
www.sebrae.com.br
Diretor-Presidente
Guilherme Afif Domingos
Diretora Técnica
Heloisa Regina Guimarães de Menezes
3
Gerente Adjunta
Olívia Castro
Autora
Tajla Medeiros
Editoração
Lourdes Hungria
Luciana Rodrigues
Revisão Ortográfica
Discovery – Formação Profissional Ltda. – ME
Capa
Jéssica Martins
4
AGRADECIMENTOS
Do Sebrae, à equipe de Negócios de Impacto
Social e Ambiental – Frederico Cabaleiro,
Rafael Rodrigues De Lima e Valéria Barros – e
à estagiária e estudante de Jornalismo Thalita
Ribeiro.
5
SUMÁRIO
Prólogo ........................................................................... 9
Primeira parte Negócios com foco em
alimentação saudável que apostaram na
mulher como agente de transformação social
......................................................................................... 15
Muda Meu Mundo: como ampliar o acesso
à alimentação saudável e sem agrotóxicos
para todas as classes sociais? ....................... 18
Saladorama: como ampliar o acesso à
educação nutricional e à alimentação
saudável às comunidades de baixa renda?
................................................................................... 41
Plant – Fazendas Urbanas: Como criar um
negócio de hortas de alto impacto social?
................................................................................... 61
Segunda parte Impacto social com soluções
de arquitetura rural e urbana ............................. 84
Estúdio Flume: Como utilizar soluções de
arquitetura para auxiliar cooperativas de
produtores de alimento no interior do
Maranhão? ............................................................ 86
6
Moradigna: Como elevar a qualidade das
reformas habitacionais da população de
baixa renda? ....................................................... 102
Terceira parte Busca por escala e impacto
social com startups financeiras ........................ 121
Firgun: como facilitar o acesso ao crédito
produtivo e à educação financeira? ......... 123
SmartMEI: como fornecer serviços para
empresas de pequeno porte por meio de
uma solução tecnológica escalável? ........ 141
Quarta parte Tecnologias inovadoras e
soluções para questão hídrica ......................... 159
Adapta Sertão: como promover o
desenvolvimento sustentável da agricultura
e da pecuária no contexto de intensificação
da seca do semiárido brasileiro? ............... 161
Marina Tecnologia: como transformar
resíduos agrícolas em produtos
sustentáveis e de alta tecnologia? ............ 186
Quinta parte Inclusão de pessoas mais velhas
no mercado de trabalho ..................................... 195
MaturiJobs: como recolocar pessoas da
melhor idade no mercado de trabalho? 197
7
Notas de Fim ........................................................... 212
8
PRÓLOGO
Negócios vencedores da Iniciativa Incluir
9
Finanças Sociais, coordenada pelo Instituto
em Cidadania Empresarial (ICE), estabelece
quatro princípios para todo negócio social:
propósito de gerar impacto socioambiental
positivo explícito na missão; avaliação
periódica do impacto gerado; lógica
econômica que permita receita própria; e
governança que considere interesses de
investidores, clientes e comunidade.
10
caracterizando um modelo de negócio de
impacto. Assumindo diferentes configurações
jurídicas (associações, cooperativas ou
empresas), são todas iniciativas que já
possuem ou estão em via de possuir
resultado financeiro positivo.
Os estudos de caso
11
contexto de empreendedores que queriam
solução para o problema que afetava a
própria vida – empreendedores que talvez
quisessem não ter sido protagonistas da
solução, para que pudessem ter sido eles
mesmos beneficiários, em momento anterior.
12
Por fim, apresentamos os resultados
almejados ou já conquistados até o momento
de apuração do caso, tanto sociais e
ambientais quanto financeiros.
A estrutura do livro
14
PRIMEIRA PARTE
NEGÓCIOS COM
FOCO EM
ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL QUE
APOSTARAM NA
MULHER COMO
AGENTE DE
TRANSFORMAÇÃO
SOCIAL
15
A questão da segurança alimentar
permanecia preocupante.
16
fortalecimento do produtor rural; o
Saladorama, com capacitação, produção e
distribuição de alimentos saudáveis nas
comunidades de menor desenvolvimento; e a
Plant – Fazendas Urbanas, atuando com
segurança alimentar e redução de ilhas de
calor com hortas de telhado.
17
MUDA MEU MUNDO:
COMO AMPLIAR O
ACESSO À
ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL E SEM
AGROTÓXICOS PARA
TODAS AS CLASSES
SOCIAIS?
Com a motivação inicial de mudar a
alimentação de crianças em situação de
pobreza, as irmãs Déborah e Priscilla Veras
fundaram o Muda Meu Mundo para fortalecer
a agricultura familiar e promover o comércio
justo em Fortaleza (CE).
18
INFORMAÇÕES GERAIS
Em contexto de importantes setores políticos
e econômicos a favor da manutenção da
agricultura convencional, o Muda Meu
Mundo capacitava agricultores familiares para
produção agroecológica e promovia a
comercialização justa dos produtos em feiras,
eliminando a figura do atravessador. Fundado
em 2016 pelas empreendedoras Déborah e
Priscilla Veras, o negócio ainda buscava
sustentabilidade financeira e impactava
diretamente 35 famílias e uma cooperativa
composta por dez mulheres no primeiro ano
de existência. Em 2017, foi reconhecido por
três prêmios relacionados a
empreendedorismo de impacto. A meta era
apoiar diretamente ao menos 400 famílias e
dez cooperativas de mulheres até 2020.
19
AS SÓCIAS DÉBORAH E PRISCILLA VERAS.
20
INTRODUÇÃO
Otimizando conhecimentos, experiências e
parcerias
21
Pernambuco (UFPE) e tinha bastante
experiência na área de administração e
finanças. Além disso, estava atuando há cerca
de oito anos com trabalhos voluntários, em
organizações como WWF Brasil, Novo Jeito
e Compassion.
22
Pesquisando e entendendo o problema
23
feminina para sustentabilidade e soberania
alimentar.
CONTEXTO DO PROBLEMA
Efeitos nocivos dos agrotóxicos e o
potencial do mercado orgânico
24
do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e
os do Conselho Nacional de Segurança
Alimentar (CONSEA).
25
de 82% nos Estados Unidos. A alegação para
o não consumo havia sido, principalmente, o
alto preço; além da falta de interesse e de
local para compra. Para o diretor da ORGANIS
Ming Liu, “para chegar um dia aos números
dos Estados Unidos, precisamos conscientizar
e educar o consumidor, valorizar o trabalho
5
local e garantir a segurança dos produtos”.
Os lados da moeda
26
cancerígenas; e o fim da necessidade de
aprovação do agrotóxico pelo Ministério do
Meio Ambiente (MMA). Já os ruralistas
alegavam que as medidas visavam
modernizar a legislação; e diminuir o número
de instâncias de aprovação, reduzindo a
apenas um órgão de controle – que seria
criado.
27
impactos socioeconômicos; as diversas
formas de degradação do solo, como as
queimadas; a poluição das águas; o impacto
do uso de fertilizantes químicos no efeito
estufa; a relação da produção rural com o
sustento e a alimentação das comunidades
rurais, entre outros temas. Regulada pela Lei
nº 10.831/2003 e pelo Decreto nº
6.326/2007, a agricultura orgânica era
produzida sem modificação genética,
produtos químicos sintéticos ou artificiais. Já
no debate da agroecologia, questionava-se,
por exemplo, a agricultura convencional e as
práticas de monocultura.
28
uma, duas ou três monoculturas e isso acaba
afetando o modo como a gente consome,
6
como a gente come”. A ONU também
entendia que a agroecologia era chave para
erradicar a fome e buscava levar o tema em
suas campanhas e eventos sobre o combate à
fome. Era demanda da Organização “novo
tratado global para eliminar gradualmente o
uso de pesticidas perigosos na agricultura e
7
avançar em práticas agrícolas sustentáveis”.
No Ceará
29
materiais, além de verbas trabalhistas, pela
morte do trabalhador rural Vanderlei Matos,
contaminado pela exposição crônica a
agrotóxicos na Chapada do Apodi, em
9
Limoeiro do Norte. Para contar a história das
vítimas de intoxicação por agrotóxicos na
atividade agrícola, o jornal Diário do Nordeste
possuía série especial.
SOLUÇÃO
Capacitação para produção agroecológica
30
capacitados em noções administrativas sobre
o negócio.
31
é importante para que eles troquem
experiências entre si”, contou Priscilla.
32
arrecadada com a ação foi destinada para a
compra de um presente de casamento para o
“Seu Pelé”, agricultor familiar que finalmente
havia realizado o sonho de casar na igreja,
após 16 anos vivendo com a esposa. Quem
participou, sabia de tudo. É como se o Muda
Meu Mundo quisesse que o cliente soubesse
que “aquela alface tinha uma cara”; que, de
certa forma, carregava as emoções da família
que a criou.
33
“O SR. ROBERTO CUIDA DE VOCÊ E VOCÊ CUIDA DO SR.
ROBERTO. A ALFACE QUE VOCÊ COMPRA NAS FEIRAS
AGROECOLÓGICAS LEVA RENDA, VALOR E ESPERANÇA
AOS AGRICULTORES” – PRISCILLA VERAS.
34
Programa de Garantia de Preços para a
Agricultura Familiar (PGPAF).
35
GELEIA DE MELANCIA, ÓLEO DE COCO E MOLHO DE
TOMATE. “O MOLHO DE TOMATE ESTAVA VIRANDO
REFERÊNCIA” – PRISCILLA VERAS.
36
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Reconhecimentos e premiações
37
No mesmo ano, a empresa também foi
convidada para ser incubada nas instalações
de coworking do Hub Inovação Nordeste
(Hubine), iniciativa do Banco do Nordeste
que apoiava empreendimentos que criassem
soluções para a economia regional.
RESULTADOS SOCIAIS
Segurança alimentar, melhor nutrição e
agricultura sustentável
38
questões relativas a queimadas do solo,
umidade da terra e uso de coberturas
orgânicas nas plantações. As sócias
estudavam, ainda, formas de medir o
desenvolvimento socioeconômico das
famílias participantes.
39
Vencedora Incluir 2017 na categoria
“Mulheres de Impacto”
facebook.com/mudameumundo/
40
SALADORAMA: COMO
AMPLIAR O ACESSO À
EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL E À
ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL ÀS
COMUNIDADES DE
BAIXA RENDA?
Com o lema “alimentação saudável é direito, e
não privilégio”, Hamilton Silva, Mariana
Fernandes e Isabela Ribeiro criaram o
Saladorama, negócio social de comidas
saudáveis focado nas classes C, D e E.
41
INFORMAÇÕES GERAIS
Com quase três anos de existência, o
Saladorama era um negócio que trabalhava
com franquias de saladas e lanches naturais a
preços acessíveis por delivery, em loja física
própria e em lojas de revendas. Também
possuía almoços com self-service do tipo
“pague quanto achar justo” e fornecia
lancheiras saudáveis para crianças, por meio
de parcerias. No final de 2017, já possuía
franquia em cinco estados brasileiros. Para
vender a preços baixos, a empresa capacitava
e utilizava mão de obra e fornecedores das
próprias comunidades onde funcionavam as
franquias. O Saladorama acreditava no
potencial de replicação do impacto social da
mulher e, por isso, eram elas que lideravam as
lojas e davam conta das cozinhas. A retenção
era de 30% dos royalties e o faturamento
total estava em cerca de R$ 1 milhão ao ano.
42
HAMILTON SILVA, FUNDADOR DO SALADORAMA.
INTRODUÇÃO
Entendendo que a necessidade pessoal
poderia ser coletiva
43
mais saudáveis. “Não entendia por que meus
colegas com mais dinheiro preferiam lasanha
de berinjela a uma boa picanha”, contou.
44
Comportamentos empreendedores e redes
de contato
45
um empreendedor. Foi lá também que teve a
oportunidade de conviver com pessoas de
distintas classes sociais e histórias de vida, em
um ambiente de diversidade, que propiciou
que uma lasanha de berinjela, alimento que
era estranho para Hamilton, virasse ideia de
negócio.
46
CONTEXTO DO PROBLEMA
Doenças crônicas não transmissíveis e a
faixa da pobreza
47
camadas pobres da população e grupos
vulneráveis. Devido ao impacto da renda na
compra de alimentos adequados, a redução
dos preços dos alimentos saudáveis era uma
10
das ações previstas no Plano.
48
fator de risco pelas políticas da Organização
Mundial de Saúde (OMS).
50
SOLUÇÃO
Franquia para a classe C: entendendo o
modelo de negócio
51
da franquia incidiam apenas em cima do
lucro, com margem de 30% para os
franqueadores. “Eu só ganho se você ganhar.
Por isso, força!”, contou Hamilton sobre o que
dizia às franqueadas.
52
variando de R$ 8 a R$ 21. De bicicleta, as
entregas eram feitas sem frete em um raio de
até cerca de 5 quilômetros da unidade. A
depender da unidade, fretes eram atribuídos
a regiões mais distantes.
53
4) Vendas itinerantes: em comunidades
vizinhas às franquias, mas onde o negócio
não conseguia atender, o Saladorama
trabalhava em parceria com revendedores
autônomos, que vendiam refeições e lanches
saudáveis por meio de carroças ou bicicletas
com estrutura para refrigeração dos
alimentos, modelo de alimentação de rua que
estava bastante popular, com os conhecidos
food bikes e food trucks.
54
Alemão, populosos bairros favelizados no Rio
de Janeiro.
55
produtos, desde a lasanha de berinjela a
outras comidas saborosas e saudáveis.
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Expansão e convite para internacionalizar
57
recebido convite para atuarem até nos
Estados Unidos e no México.
RESULTADOS SOCIAIS
Subsistência alimentar, inclusão de
minorias e monitoramento do impacto
58
Os sócios também apostavam na capacidade
de fortalecer outros negócios do ramo. “Ao se
colocar como grande cliente e parceiro dos
fornecedores de orgânicos na região, o
Saladorama fortalece esses negócios e
estimula a abertura de outros focados em
alimentação saudável, contribuindo para a
subsistência alimentar nas comunidades”,
afirmou Isabela.
59
Ao fim de 2017, a empresa também estudava
monitorar seus impactos e adquirir
certificação B Corps, atribuída a empresas
com impactos sociais e ambientais
comprovados por meio de metodologia de
verificação do Sistema B Brasil. O Sistema B
estava presente em mais de 50 países e
possuía cerca de 2.100 empresas
15
certificadas.
_______________________
https:/saladorama.com/
60
PLANT – FAZENDAS
URBANAS: COMO CRIAR
UM NEGÓCIO DE
HORTAS DE ALTO
IMPACTO SOCIAL?
Buscando realizar propósito pessoal, Edileusa
Andrade criou a Plant, para venda de hortas de
telhado para corporações, unindo economia na
manutenção predial para as empresas, com
redução das ilhas de calor nas cidades, e
segurança alimentar e inclusão
socioeconômica para as classes C, D e E.
61
EDILEUSA ANDRADE, FUNDADORA DA PLANT –
FAZENDAS URBANAS.
INFORMAÇÕES GERAIS
Fundada em 2016, a Plant (SP) vendia
telhados verdes feito de hortas orgânicas
para corporações (B-B). Para cada horta
vendida, uma equivalente era plantada em
comunidade em situação de vulnerabilidade,
com a utilização de um terço do lucro da
venda para instalação, plantio e apoio com a
manutenção. Além de reduzir as ilhas de
calor, a proposta fomentava a alimentação
62
saudável para diferentes classes
socioeconômicas e buscava inclusão social e
produtiva por meio de parceria com
catadores, agricultores familiares e mulheres
em situação de vulnerabilidade social na
montagem e manutenção das hortas. Para as
corporações, a horta de telhado podia
ocasionar a redução do Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU), nos municípios com
essa regulamentação. No final de 2017, com
uma margem de lucro de cerca de 70%, o
negócio estava em fase inicial de operação e
otimista com a carteira de clientes.
INTRODUÇÃO
Empreendendo com propósito
63
“Percebi a necessidade de se ter um
propósito na vida”, contou.
64
localizada na várzea do Rio Tietê e conhecida
pelas constantes enchentes, horta urbana
elaborada por ONG em que trabalhava
alagou. A empreendedora, que já estava
desmotivada com os perigos e as ameaças
por atuar em regiões com alta criminalidade,
decidiu que era momento de mudar os rumos
profissionais, mas sem abandonar a ideia de
trabalhar com horta e ajudar a quem
precisava.
65
...MAS NÃO RESISTIU ÀS ENCHENTES.
66
equivalente a comunidades com baixo
desenvolvimento. Nesse período, a então
Vianatus chegou a ganhar um prêmio do
concurso de projetos sociais da Fundação
Arymax.
67
grupo deu a ideia de utilizar aplicativo para
gestão e monitoramento das hortas, que
avisaria sobre tempo de colheita e
necessidade de regar, por exemplo.
68
situação de vulnerabilidade. Além do estímulo
à alimentação saudável para diferentes
classes sociais, a ideia atuava com a
harmonização dos espaços urbanos e a
redução das ilhas de calor. O impacto social
também seria expandido, com a parceria com
catadores e agricultores familiares, para
fornecimento do material da horta; e
mulheres em situação de vulnerabilidade
social, para auxílio com plantio e manutenção.
CONTEXTO DO PROBLEMA
Pela segurança alimentar e pelo meio
ambiente
69
o core business da Plant eram os telhados
verdes com hortas. Com as hortas, tratava do
problema da segurança alimentar e
16
nutrição. Já com os telhados verdes, tinha a
proposta de melhorar o clima, a
biodiversidade e a poluição dos centros
urbanos.
71
solar, tratamento de resíduos para reciclagem
e calçadas arborizadas.
73
Um dos casos mais famosos oriundo da nova
regulamentação era o corredor verde da
Avenida 23 de Maio. Com 6 quilômetros de
extensão, havia sido inaugurado em 2017, na
gestão de João Doria (PSDB) – prefeito que,
antes, havia mandado pintar de cinza as
pichações dessa que era uma das mais
movimentadas avenidas do município de São
Paulo.
74
não eram um substituto aceitável para a
remoção de espécies arbóreos.
SOLUÇÃO
Testes e protótipos
75
namorado, em Curitiba, onde fez uma horta
vertical de 18 metros que rendeu ao
condomínio uma considerável redução no
IPTU. “O protótipo em Curitiba levou a uma
parceria com as Secretarias Estaduais de Meio
Ambiente e Educação para projeto de
educação ambiental nas escolas”, contou a
empreendedora, lembrando que a Secretaria
Municipal do Abastecimento de Curitiba,
responsável por chancelar a horta, foi muito
importante no processo.
76
Plantando a primeira horta
77
que ir às fábricas antes do processo de
derretimento.
78
manutenção. “Foi uma inversão do que é
socialmente esperado. Eram duas mulheres
em situação de vulnerabilidade, de quem não
se espera nada, que estavam levando
conhecimento para a elite, para pessoas de
uma grande corporação”, contou.
79
A HORTA ERA COMPARTILHADA E OS COLABORADORES
PODIAM ATÉ LEVAR MUDAS PARA CASA.
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Alta margem de lucro e novos clientes
80
subterrânea em São Paulo e um projeto de
400m² em Seropédica, no Rio de Janeiro.
RESULTADOS SOCIAIS
Alimentação, renda e dignidade
81
Com a proposta de realizar avaliação
semestral do impacto social, utilizando
indicadores da Agenda 2030 como referência,
Edileusa acreditava que o negócio poderia
contribuir para a redução do lixo dispensado
no planeta, do aquecimento global e do
consumo de produtos industrializados.
82
______________
https://www.plant.agr.br/
83
SEGUNDA PARTE
IMPACTO SOCIAL
COM SOLUÇÕES DE
ARQUITETURA
RURAL E URBANA
84
No estado com o segundo melhor e naquele
com o segundo pior Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
do país, um problema similar: presença de
infraestrutura e moradia precárias, que
afetava drasticamente a qualidade de vida, a
saúde e a geração de trabalho e renda. Em
São Paulo, o negócio social Moradigna levava
reformas residenciais a baixo custo para
aqueles que sofriam com as constantes
enchentes; no Maranhão, o Estúdio Flume
buscou levar soluções agroecológicas para
produção de alimentos, suprindo as
necessidades de saneamento e acesso à água
da região. Em comum, os dois negócios
propunham soluções arquitetônicas em
contextos com pobres relações econômicas,
sociais e ambientais entre as áreas urbanas,
periurbanas e rurais, marcadas pelo baixo
planejamento e desenvolvimento. E
ensinavam, ainda, como a completa imersão
para entender as necessidades de
comunidades vulneráveis poderia levar a
soluções de alto impacto.
85
ESTÚDIO FLUME: COMO
UTILIZAR SOLUÇÕES DE
ARQUITETURA PARA
AUXILIAR
COOPERATIVAS DE
PRODUTORES DE
ALIMENTO NO INTERIOR
DO MARANHÃO?
Proposta arquitetônica para agricultura
familiar agroecológica do Estúdio Flume
mostrou a importância de se escutar a
comunidade local na resolução de problemas
sociais.
86
INFORMAÇÕES GERAIS
Após mais de três anos de experiência com
arquitetura social para geração de renda em
vários estados brasileiros, o Estúdio Flume
(SP) elaborou proposta arquitetônica para
produção agroecológica de alimentos em
pequenas propriedades agrícolas das classes
econômicas D e E, no interior do Maranhão. A
proposta permitia captação de água da
chuva, tratamento ecológico de dejetos e
excrementos e uso de mão de obra local para
a construção. Em 2017, após duas
premiações, o Estúdio estava em fase de
revisar a economicidade do projeto para
vender os primeiros módulos a instituições
públicas e privadas de fomento ao
desenvolvimento local e à geração de renda.
87
PROTÓTIPO DE BABAÇU DO ESTÚDIO FLUME PARA
AGROINDÚSTRIAS DE BAIXO CUSTO.
INTRODUÇÃO
A experiência com arquitetura social para
geração de renda
88
um rio, “buscando espaços de oportunidades
em detrimento do resultado estético”.
89
na zona rural de Arari, comunidade de
Bubasa, para projetar a padaria Três Amores e
o ateliê de costura Atelie Bubasa Estilo.
Também propuseram soluções arquitetônicas
para o Núcleo Terra das Palmeiras,
cooperativa que envolvia cerca de 30
mulheres empreendedoras da cidade Alto
Alegre do Pindaré (MA).
90
Atuando em espaços produtivos no
contexto de extrema pobreza no
Maranhão
91
Mas o Maranhão possuía uma realidade que
os arquitetos até então não tinham visto,
mesmo nos vários anos em que trabalharam
com arquitetura social. “Às vezes ficamos em
nossas bolhas e não reparamos que essa
realidade, de escassez generalizada, muita
falta de água e infraestrutura muito precária,
ainda existe”, contou Noelia.
92
independência econômica e dignificam o
espaço ocupado. O resultado apresentado
com o protótipo do babaçu é fruto da
evolução desse trabalho”, contou Noelia.
CONTEXTO DO PROBLEMA
Pobreza, saneamento precário e falta de
água no Maranhão
93
Segundo estado com menor Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
do país, o Maranhão também liderava outros
índices preocupantes, ligados à pobreza
extrema e à baixa educação. Juntamente ao
Pará, era o estado em que mais havia
casamento infantil. Ao lado de Pernambuco,
possuía um dos maiores números de crianças
e adolescentes em situação de pobreza. Era,
ainda, o estado com o maior número de
miseráveis do país, com 12,9% da população,
quase quatro vezes mais que a média
21
nacional (3,56%).
94
SOLUÇÃO
Cocriando a solução com as cooperadas da
comunidade
95
Após alguns testes, os arquitetos chegaram a
um protótipo para agroindústrias de menor
porte, que contemplava desde a captação da
água da chuva e a transformação de efluentes
do esgoto em adubo até o uso do artesanato
local para a vedação das estruturas, que era
feita com folhas de babaçu.
96
AS ESTRUTURAS DE VEDAÇÃO DO PROTÓTIPO ERAM
FEITAS DA PLANTA DE BABAÇU, TIPO DE PALMEIRA
COMUM NO MARANHÃO.
97
Vantagens do protótipo de babaçu
PROBLEMA SOLUÇÃO
98
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Em fase de validação
RESULTADOS SOCIAIS
Qualidade de vida no campo
99
negócios de cooperativas no Nordeste do
Brasil, com foco no Maranhão, beneficiando
150 famílias diretamente.
100
arquitetura social era fomentar a autonomia e
a independência dos beneficiados. “Com o
fortalecimento da rede local de produção de
alimentos, haverá aumento da renda média
da comunidade. Também acreditamos no
crescimento da percepção dos
empreendedores sobre seu poder de
provocar mudança, sua autoestima”,
relataram os arquitetos.
_____________________
http://www.estudioflume.com/
101
MORADIGNA: COMO
ELEVAR A QUALIDADE
DAS REFORMAS
HABITACIONAIS DA
POPULAÇÃO DE BAIXA
RENDA?
Tendo sofrido por 20 anos com o mofo, os
“puxadinhos“ e as eternas reformas na casa de
sua mãe no Jardim Pantanal, Matheus
Cardoso começou a querer melhorar a
residência das pessoas quando ainda tinha
sete anos, 13 anos antes de fundar o
Moradigna.
102
INFORMAÇÕES GERAIS
Fundado em 2015, o Moradigna era um
negócio focado em reformas simples para
melhorar a salubridade, a higiene e o
conforto de residências das classes C, D e E
na Zona Leste de São Paulo. Os serviços eram
prestados em até cinco dias por meio da
“reforma express”, que compreendia a mão de
obra, o material e o gerenciamento da obra.
Pago em até 12 vezes no boleto ou no cartão,
o serviço tinha garantia de um ano.
Comandado pelos sócios Matheus Cardoso,
Rafael Veiga e Vivian Sória, o negócio tinha
lucro líquido de até 10% e realizava cerca de
25 reformas ao mês. Com o valor médio de
R$ 5 mil por reforma, até 2017 a empresa já
havia faturado o total de R$ 1,5 milhão.
103
OS SÓCIOS VIVIAN SÓRIA, MATHEUS CARDOSO E RAFAEL
VEIGA.
INTRODUÇÃO
Empatia: resolvendo um problema pessoal,
familiar e da vizinhança
104
Em cada um dos 20 anos em que Matheus
morou no Jardim Pantanal, que ficava às
margens do Rio Tietê, os moradores do bairro
já começavam a se organizar no final do ano
para arrecadar alimentos e a se preparar para
as enchentes do início do próximo. “Com
apenas 11 anos de idade, eu já ajudava a
liderar a arrecadação de alimentos”, contou.
105
Buscando conhecimentos
106
Programa Vivenda. Para auxiliar a
elaboração de seu modelo de negócio, pediu
um estágio para a empresa, que também
trabalhava com reformas rápidas e de baixo
custo para um público de baixa renda. A
proposta das duas, aliás, era bastante
semelhante. “No lugar de trabalhar com kit
cozinha ou kit banheiro, como fazia o
Vivenda, o Moradigna trabalhava com
espécies de kit mofo ou kit insalubridade”,
comparou Matheus.
107
Propósito, persistência e primeiros passos
108
como empregada doméstica. “O quintal virou
garagem com duas vagas, que ela passou a
alugar”, comentou.
109
Aceleradoras e investidores
110
Para parcelar o pagamento para o público, a
empresa buscava soluções de crédito no
mercado, e isso ainda era limitante para sua
expansão. No final de 2016, o Moradigna
atraiu investimentos com a participação no
Shark Tank Brasil, da Sony – programa de
entretenimento em que empreendedores
apresentavam sua ideia a potenciais
investidores –, mas a oferta de crédito ainda
permanecia um ponto de atenção para a
empresa.
CONTEXTO DO PROBLEMA
Enchentes no Jardim do Pantanal
111
Área de Proteção Ambiental (APA) de cerca
de R$ 1 milhão de metros quadrados.
112
Jardim Pantanal é área inundada de São
Paulo que ninguém quer abandonar
(Globo, 2009)
113
crescimento mais discrepante: aumento de
50,7% de pessoas morando em favela, contra
a média de 6% do restante do país.
114
SOLUÇÃO
Diferenciais competitivos
115
PARA OS SÓCIOS, AS REFORMAS DO MORADIGNA ERAM
FEITAS COM MAIS PLANEJAMENTO E GERAVAM MENOS
RETRABALHO.
116
Com três sócios e cerca de nove funcionários,
o Moradigna utilizava, em todo serviço, mão
de obra local. “Essa renda gerada é muito
importante para as comunidades. Gera uma
estrutura para o empoderamento”, contaram
os sócios. Além disso, era mais vantajoso para
a empresa, que economizava com o
transporte dos trabalhadores e, ainda,
ganhava a simpatia do cliente. “As pessoas
gostam de contratar pessoas com quem têm
afinidade”, contou Matheus.
117
Expandindo o público
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Lucro reinvestido
118
Até 2017, a empresa chegava a faturar cerca
de R$ 1,5 milhão ao ano e tinha a meta de
aumentar esse número para R$ 5 milhões em
três anos.
RESULTADOS SOCIAIS
Ampliando a medição do impacto
119
onde se arrumar”, contou. “Ao reformar a sala
de uma cliente, víamos a felicidade de quem
agora teria onde tirar as fotos do casamento
da filha”, complementou.
__________________
http://moradigna.com.br/
120
TERCEIRA PARTE
BUSCA POR ESCALA
E IMPACTO SOCIAL
COM STARTUPS
FINANCEIRAS
121
De 2014 a 2017, o segmento das fintechs
estava em plena expansão. O Brasil, país com
alta concentração bancária e exclusão
financeira, estava à frente de países como
Austrália e Japão em relação ao volume de
investimentos atraídos para essas startups.
Uma das perspectivas era a reconfiguração da
indústria de serviços financeiros, beneficiando
as pequenas e médias empresas (PME) e
reduzindo a lacuna de financiamento que
afetava o setor produtivo da região. Dada a
dimensão do público potencialmente
beneficiado e a grande possibilidade de
escala, as fintechs foram reconhecidas como
estratégicas por instituições de fomento e
desenvolvimento social, como a Artemísia e o
Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID). Com as finalistas do Incluir 2017 Firgun,
plataforma de financiamento coletivo; e
SmartMEI, conta digital e aplicativo móvel de
gestão de finanças empresariais, entendemos
como duas jovens fintechs bem diferentes
entre si identificaram oportunidades de
negócio no setor e como planejavam
expandir.
122
FIRGUN: COMO
FACILITAR O ACESSO
AO CRÉDITO
PRODUTIVO E À
EDUCAÇÃO
FINANCEIRA?
Com modelo de negócio ainda incipiente no
Brasil, a Firgun promovia o empréstimo
coletivo e a educação financeira. O objetivo
era ajudar as pessoas de classes econômicas
mais baixas a realizarem seus sonhos.
123
INFORMAÇÕES GERAIS
Fundada em 2016 e sob gestão dos sócios
Fábio Hideki Takara e Lemuel Simis, a Firgun
era uma plataforma de P2P lending que
conectava empreendedores das classes C, D e
E que precisavam de capital a pessoas
dispostas a emprestar pequenas quantias,
que seriam devolvidas sem correção
monetária. Além da retenção de até 3% do
valor das transações, a Firgun também
buscava monetizar com porcentagem sobre
uso de cartões pré-pagos e cursos de
educação financeira. Estava em fase inicial de
operação e a meta era, até 2020, estabelecer
uma movimentação financeira média de R$2
mi ao mês, gerando faturamento de R$
40mil/mês para Firgun e beneficiando
diretamente a vida de, pelo menos, 650
pessoas/mês.
124
OS SÓCIOS FÁBIO HIDEKI TAKARA E LEMUEL SIMIS.
INTRODUÇÃO
Inspirando-se com realidades mais
igualitárias
126
Buscando novos desafios profissionais,
participou do programa Liderança Na
Prática, da Fundação Estudar, e teve contato
com negócios sociais pela primeira vez. O
programa possuía dois modelos, o de 16 e o
de 32 horas de conteúdo, ambos divididos
em dois módulos, que ocorriam com o
espaço de um mês entre um e outro. Nesse
intervalo, os potenciais líderes eram
desafiados a dar um salto na carreira
profissional, a colocar os conhecimentos
adquiridos no primeiro módulo em prática
para exercitar sua capacidade de realização. E
foi aí que a ideia da Firgun começou a nascer.
127
Com o modelo de negócio pronto e em
operação já há alguns meses, Fábio cooptou
Lemuel Simis para sócio, com o objetivo de
atuar de forma mais efetiva na estratégia de
comunicação.
CONTEXTO DO PROBLEMA
A questão do acesso ao crédito
128
2014. As regiões mais desbancarizadas seriam
as Norte e Nordeste.
129
28
bancarizadas . De acordo com o estudo,
pouco mais da metade das Fintechs da região
atuavam ou como plataformas de
financiamento alternativo (25,6%) ou com
soluções de pagamentos (25,2%). Isso poderia
significar uma resposta às limitações e
deficiências do sistema financeiro tradicional.
SOLUÇÃO
Analisando a viabilidade jurídica
131
do vídeo institucional e contratação de
advogados.
132
A) P2P lending
133
B) Cartão pré-pago
C) Educação financeira
A primeira financiada
135
A Banca, por meio do projeto de
Aceleradora de Negócio com Impacto da
Periferia (NIP).
136
MARIA DA CONSOLAÇÃO PIMENTEL, PRIMEIRA
FINANCIADA PELA FIRGUN, ERA EMPREENDEDORA DESDE
SEUS 16 ANOS.
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Metas de médio prazo
137
conteúdo dos cursos de educação financeira.
“Esperamos ter 30 fellows ministrando aulas
para 900 pessoas por mês, o que corresponde
a um faturamento mensal de R$180.000 para
a Firgun”, contou Lemuel.
RESULTADOS SOCIAIS
Inclusão financeira e produtiva das classes
C, D e E
138
bancários, financeiros, e de seguros para
todos.
139
Vencedora Incluir 2017 na categoria
“Ideia Inovadora”
http://financiamentos.firgun.com.br/
140
SMARTMEI: COMO
FORNECER SERVIÇOS
PARA EMPRESAS DE
PEQUENO PORTE POR
MEIO DE UMA SOLUÇÃO
TECNOLÓGICA
ESCALÁVEL?
Depois de muitas pesquisas e testes, nasceu o
aplicativo SmartMEI para prover serviços
financeiros e de suporte ao
Microempreendedor Individual (MEI). A
ambição era atender a um público de quase 40
milhões de pessoas, entre empreendedores
formais e informais.
141
INFORMAÇÕES GERAIS
Fundada em 2015 pelos sócios Carlos Dejavite
e Marcello Picchi, a SmartMEI já atendia a um
público de 75 mil empreendedores em 2017,
quando seu capital social era superior a R$
750 mil. Embora os sócios ainda não
planejassem medir de maneira objetiva e
sistemática os impactos sociais, buscavam
contribuir com a redução na taxa de
mortalidade das empresas; a redução na
inadimplência; e o aumento no volume de
empréstimos destinados aos MEI.
142
OS SÓCIOS MARCELLO PICCHI E CARLOS DEJAVITE.
INTRODUÇÃO
Pesquisas, MVP e testes com os clientes
144
problemas da burocracia trabalhista.
Colocaram, então, no mercado, a solução
SmartRH, que oferecia serviços que visavam
garantir a adequação das empresas à
legislação trabalhista e resguardar os (as)
empresários (as) de futuras dores de cabeça.
“Os clientes eram desconfiados. Muitos não
queriam ficar pagando os serviços para só
depois de cinco anos, quando fossem demitir
alguém, descobrirem se tinha ou não valido a
pena”, revelou Marcello.
145
uma solução tecnológica é muito alto.
Buscávamos escala e tínhamos que ter certeza
da demanda”, complementou.
146
MEI operar o negócio de maneira mais
profissional, com emissão de boleto, por
exemplo, por meio de uma conta digital.
CONTEXTO DO PROBLEMA
Deparando-se com um setor em
efervescência
147
plataformas atrativas e com boa usabilidade.
Eram exemplos mais conhecidos o Nubank,
do setor de cartões; a Creditas, que oferecia
empréstimos; e o GuiaBolso, aplicativo para
controle de gastos.
148
32
tivessem uma conta bancária em 2014. A
grande concentração do setor bancário em
33
cinco principais bancos, que ofereceriam
uma das taxas de juros mais altas do
34
mundo, também tornava o mercado
brasileiro muito atraente para essas startups.
35
Pesquisa do McKinsey Global Institute
relatou que 200 milhões de negócios nas
economias emergentes não tinham acesso a
crédito e a outros serviços financeiros;
quando tinham, pagavam caro por uma gama
limitada de produtos.
149
pequenas e médias empresas (PME) como
principais clientes. Em relação à facilitação do
acesso ao crédito, geralmente atuavam no
setor de pontuação alternativa (scoring),
fornecendo às instituições financeiras
tradicionais diferentes formas de avaliação de
risco de crédito; no setor de financiamento
alternativo, com diferentes condições e taxas
para os pequenos negócios, geralmente bem
mais baixas que nos bancos; e no setor de
gestão de finanças empresariais, permitindo
que o histórico das transações financeiras e
operações do negócio pudesse ser usado
para avaliar risco de crédito pelas instituições
financeiras tradicionais e melhorar as
oportunidades de financiamento dos
pequenos negócios. Além de atuar como
conta digital, a SmartMEI também se
encaixava nessa última categoria.
SOLUÇÃO
Conta digital não bancarizada
150
online da conta, com emissão de boleto
bancário, compras com cartão, transferências
e, ainda, saque em terminais e maquininha de
cartão. Nesse tipo de conta, o usuário abria
uma conta digital em instituição regularizada
pelo Banco Central (ou ligada a uma, como
era o caso da SmartMEI). Geralmente, o
cliente era isento das taxas de manutenção,
pagando apenas pelos serviços utilizados, e
não precisava comprovar renda ou nome
limpo.
151
todo o back office da empresa nos dá
algumas possibilidades únicas, como a
capacidade de já usar os dados de
movimentação financeira da empresa para
ajudar o empreendedor a entender
automaticamente se está tendo lucro ou
prejuízo, sem a necessidade de fazer contas”,
explicou Marcello.
Automatização e escala
152
“Por não ter agências físicas e operar 100%
online, a SmartMEI tem eficiência operacional
muito grande e é altamente escalável”,
contou Carlos. E complementou: “sabíamos
desde o começo que os preços precisavam
ser mais baixos que nos bancos e nos
preparamos para isso. Os clientes pagantes
deixam uma margem muito saudável para a
empresa”.
Diferencial e concorrência
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Solução escalável
154
escaláveis, com potencial de atender milhões
de pessoas de menor renda.
155
RESULTADOS SOCIAIS
Acesso a serviços financeiros para todos
156
A SmartMEI estava inserida em segmento de
startups sobre o qual se tinha muitas
expectativas em relação aos possíveis
impactos sociais. A pesquisa do McKinsey
Global Institute (MGI) de 2017 relatou que as
finanças digitais teriam o potencial de
fornecer acesso a serviços financeiros para 1,6
bilhão de pessoas em economias emergentes,
mais da metade delas mulheres. Poderiam,
ainda, aumentar o volume de empréstimos
concedidos a indivíduos e empresas em US $
2,1 trilhões. No geral, calculavam que o amplo
acesso às finanças digitais poderia aumentar
o Produto Interno Bruto (PIB) anual de todas
as economias emergentes em US$ 3,7 trilhões
até 2025.
157
Vencedora Incluir 2017 na categoria
“Negócio de Impacto em Escala”
https://www.smartmei.com.br/
158
QUARTA PARTE
TECNOLOGIAS
INOVADORAS E
SOLUÇÕES PARA
QUESTÃO HÍDRICA
159
Com grande investimento em pesquisa e
desenvolvimento, o Adapta Sertão e a Marina
Tecnologia se destacaram por sua atuação
com o desenvolvimento de tecnologias que
buscavam promover regiões que tinham
acesso precário à condição essencial para a
existência humana: água. Com o Adapta,
conhecemos o “MAIS”, conjunto de
tecnologias sociais para adaptação das
pequenas produções agrícolas à mudança
climática no semiárido, tipo de região que
seria uma das mais afetadas pelo fenômeno
mundial de desertificação. Já com a Marina,
conhecemos o “Carborroz”, projeto de
equipamento filtrante de água simples,
ecológico, barato e altamente atrativo para
exportação, podendo beneficiar não só as
então mais de 35 milhões de pessoas sem
36
acesso à água tratada no Brasil, mas as 2,1
37
bilhões do mundo.
160
ADAPTA SERTÃO: COMO
PROMOVER O
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DA
AGRICULTURA E DA
PECUÁRIA NO
CONTEXTO DE
INTENSIFICAÇÃO DA
SECA DO SEMIÁRIDO
BRASILEIRO?
Idealizado e coordenado por três organizações
(Rede de Desenvolvimento Humano, Onda
Verde e Cooperativa Ser do Sertão), o Adapta
atuava com tecnologias sociais de adaptação a
mudanças climáticas para promover
segurança alimentar, redução da pobreza e
preservação da Caatinga no Território Bacia do
Jacuípe e regiões vizinhas, na Bahia.
161
INFORMAÇÕES GERAIS
Em local de intensa seca e longos períodos de
estiagem na região do semiárido no interior
da Bahia, os produtores rurais sofriam com a
produtividade baixa e oscilante, agravando a
pobreza extrema da região. Para atuar com
essa questão, o Adapta Sertão reestruturava
as propriedades rurais por meio do programa
MAIS (Módulo Agroclimático Inteligente e
Sustentável), fortalecendo os produtores com
aplicação de tecnologias sociais; promoção
de capacitações; e acompanhamento técnico
sistematizado. O Adapta também fomentava
o desenvolvimento rural por meio de
cooperativismo agrícola e parcerias com
institutos de pesquisa, entidades públicas e
privadas e instituições financeiras. Com o
Programa MAIS, havia atendido mais de 100
propriedades familiares, que chegaram a ter
aumento de mais de 50% na produção e
200% na renda.
162
______________________________________________________________
AGRICULTORES DO JACUÍPE EM CAPACITAÇÃO.
163
INTRODUÇÃO
Experimentações e parcerias para
sustentabilidade e replicação
164
Trócaire; CNPQ; Itaú social; e World
Resources Institute.
165
Nações Unidas para Habitação/ Dubai e o
Prêmio SEED, promovido
por PNUD, PNUMA e IUCN.
Pesquisa e desenvolvimento
166
A solução MAIS
167
medida preventiva à seca, foi concebido para
garantir, no mínimo, a alimentação de nove
vacas de leite paridas com bezerros e 12
animais (entre bezerras, novilhas e vacas fora
da lactação) ou 100 matrizes de ovinos, por,
pelo menos, dois anos de seca. Na medida
em que o MAIS ia sendo aplicado pelo(a)
produtor(a), os ganhos poderiam ser maiores,
com superação de secas ainda mais
prolongadas, ampliação do rebanho e a
possibilidade de inclusão de um número
maior de módulos.
168
CONTEXTO DO PROBLEMA
Semiárido brasileiro: seca, desigualdades
sociais e resistência
169
Além das ações emergenciais de convivência
com a seca, o semiárido demandava diversas
políticas de desenvolvimento social e
econômico. De acordo com o IBGE (2010), a
taxa de analfabetismo da região era de 24,3%,
quase o triplo da média nacional, que era de
9,63%. Além disso, cerca de 3,4 milhões de
famílias do semiárido haviam sido
40
beneficiadas pelo Bolsa Família em 2012, o
que correspondia a quase todas as famílias.
Com cerca de 42% da população composta
por jovens de até 17 anos, a região abrigava
cerca de 30% de toda a agricultura familiar e
80% das comunidades quilombolas do país.
170
com o fortalecimento da agricultura familiar,
por meio do Programa Viver Bem no
Semiárido, que promovia a competitividade e
a sustentabilidade dos empreendimentos
41
rurais do semiárido baiano.
SOLUÇÃO
Combate mundial à desertificação
171
as regiões áridas e semiáridas seriam as mais
afetadas pelo fenômeno e pelos movimentos
42
populacionais.
172
Diferenciais competitivos do Sistema
MAIS: sustentável para o produtor e
seguro para o investidor
A) Beneficiários selecionados
B) Investimento seguro
173
A eficácia comprovada do uso da
metodologia, que havia sido testada e tido
resultado em mais de 100 propriedades –
com aumento de até 50% na produção e
200% na renda –, também era um diferencial
para investidores, fomentadores e
formuladores de políticas públicas. “Os
agricultores são, então, capazes de pagar seu
empréstimo mais facilmente e gerar sua
renda a partir do que eles produzem. Dá
segurança ao banco que empresta, de que vai
ter retorno. É uma metodologia comprovada”,
afirmou Daniele Cesano.
C) Acompanhamento técnico
174
conseguida – aquela que estaria acima da
produtividade pactuada.
D) Pesquisa e desenvolvimento
E) Experiência prática
175
F) Adequação à realidade do beneficiado
G) Monitoramento e transparência
Frentes de atuação
177
estruturante para a base produtiva:
tecnologias sociais agrícolas, capacitação, e
capitalização e financiamento; ii) grupo
consolidante para melhorar o acesso ao
mercado: fomento ao cooperativismo,
industrialização e comercialização; iii) grupo
institucionalizante para estruturar ações de
escala a partir dos resultados de sucesso:
pesquisa científica para a sistematização das
experiências, e políticas corporativas ou
públicas para dar escala às ações.
178
muita sazonalidade”, comentou Daniele. Em
outro exemplo, resultados obtidos com
pesquisas impactaram drasticamente a
produção. “Serviço que era realizado em sete
dias, passou a ser realizado em poucas horas”,
complementou.
EIXO ESTRUTURANTE
EIXO CONSOLIDANTE
Industrialização Escoar a produção imprópria para
comercialização in natura.
Melhorar a qualidade da produção
com a industrialização do processo.
179
gestão e negócio.
EIXO INSTITUCIONALIZANTE
Pesquisa Fazer parceria com instituições de
pesquisa e desenvolvimento para
buscar aprimoramento constante.
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Reconhecimento e referência
180
Nacional (MI) e o Prêmio Mandacaru, do
Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS).
181
Estratégia de escala
182
RESULTADOS SOCIAIS
Insumos para as políticas públicas
183
Transformações percebidas por
produtores(as)
184
Vencedora Incluir 2017 na categoria
“Solução com Impacto Rural”
http://www.adaptasertao.net/
185
MARINA TECNOLOGIA:
COMO TRANSFORMAR
RESÍDUOS AGRÍCOLAS
EM PRODUTOS
SUSTENTÁVEIS E DE
ALTA TECNOLOGIA?
Foi essa a pergunta que motivou a Marina
Tecnologia a desenvolver o protótipo do
Carborroz, equipamento filtrante de baixo
custo elaborado a partir das cinzas da casca de
arroz, o que seria solução para a destinação
desse passivo agrícola e para questões de
saneamento básico no Brasil e no mundo.
186
INFORMAÇÕES GERAIS
Empresa especialista em Nanotecnologia e
em Ciência dos Materiais, a Marina
Tecnologia estava no mercado desde 2009.
Fundada pela química Diana Finkler, estava
instalada na Feevale Techpark, em Campo
Bom (RS), e tinha como principal produto o
pneu verde, também desenvolvido a partir da
mesma matéria-prima. Com o Carborroz, a
empresa daria outra destinação ao resíduo:
produção de carvão ativado para
equipamentos filtrantes, a partir das
toneladas de cinzas de casca de arroz
descartadas anualmente por termoelétricas
do Brasil que realizavam a queima da casca
de arroz para geração de energia. No médio
prazo, a tecnologia poderia beneficiar cerca
de 400 mil brasileiros com acesso à água
tratada.
187
INTRODUÇÃO
Tudo começou com cinzas
188
CONTEXTO DO PROBLEMA
O passivo ambiental da produção de arroz
189
sustentáveis derivados da cinza da casca do
arroz.
SOLUÇÃO
Carborroz: solução barata e ecológica para
saneamento básico
190
águas em locais de difícil acesso”, afirmou
Diana. “O Carborroz é vantajoso em relação
aos demais carvões ativados do mercado, que
utilizam fontes fósseis. Possui as mesmas
características técnicas, mas agrega economia
e sustentabilidade”, complementou.
191
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Alto valor de mercado
192
destaque, que seria o único a produzir carvão
ativado a partir da casca do arroz”, relatou
Diana.
RESULTADOS SOCIAIS
Impactos imediatos
193
Vencedora Incluir 2017 na categoria
“Negócio com Solução de Impacto Social”
MARINA TECNOLOGIA
http://www.marinatecnologia.com.br/
194
QUINTA PARTE
INCLUSÃO DE
PESSOAS MAIS
VELHAS NO
MERCADO DE
TRABALHO
195
Entre 2005 e 2015, enquanto a proporção de
idosos de 60 anos ou mais na população do
país aumentava de 9,8% para 14,3%, o nível
de ocupação entre eles caía de 30,2% para
47
26,3%. Considerando o envelhecimento da
população uma das transformações
demográficas mais importantes do século, a
ONU (2016) estimava que o número de
pessoas com mais de 60 anos deveria chegar
aos dois bilhões em 2050. Era preciso
repensar o envelhecimento da sociedade,
para que ocorresse com dignidade e garantia
de direitos. Estudo da OMS (2016) relatava
que 60% das pessoas consideravam que os
idosos não eram respeitados. Entre os
diversos preconceitos sociais, já se conhecia o
sexismo e o racismo, mas era hora de debater
o etarismo. Havia necessidade de mudança
de normas sociais, para combater
discriminações contra idosos. E era nesse
contexto que a MaturiJobs corajosamente
atuava, buscando romper com estereótipos e
valorizando a força de trabalho da população
mais velha.
196
MATURIJOBS: COMO
RECOLOCAR PESSOAS
DA MELHOR IDADE NO
MERCADO DE
TRABALHO?
Tendo visto a saúde da avó paterna decair
rapidamente após parar de trabalhar, Mórris
Litvak abriu negócio focado em melhorar a
empregabilidade de pessoas mais velhas, mas
ainda esbarrava na falta de consciência sobre
a discriminação etária no Brasil.
197
INFORMAÇÕES GERAIS
Fundada em 2015, a MaturiJobs era uma
plataforma online que conectava pessoas
acima de 50 anos a postos de trabalho.
Semelhante a negócios como Catho, LinkedIn
e InfoJobs, o negócio contava com cerca de
56 mil candidatos a vagas e 570 empresas
cadastradas em 2017. Ainda em busca do
modelo para sua viabilidade financeira, a
empresa estava testando outros serviços,
como cursos e workshops sobre transição de
carreira. Com vagas para todo o Brasil, a
empresa tinha sede em São Paulo.
198
INTRODUÇÃO
Motivação e experiência com voluntariado
199
participado de vários eventos na área. Nesse
período, fez curso de Gestão em Inovação
Social pelo Amani Institute em São Paulo e de
Empreendedorismo e Inovação na
Universidade de Tel Aviv, em Israel.
A MaturiJobs
200
O empreendedor acreditava que o chamado
etarismo, que era o preconceito em função da
idade, era, sem dúvida, o maior desafio. “As
empresas preferem contratar pessoas mais
novas. Acreditam que elas custam menos e
são mais produtivas, acham que os idosos
não estão prontos para os novos desafios do
mercado”, contou.
201
CONTEXTO DO PROBLEMA
“Velho” não é xingamento: situação do
idoso e preconceito de idade no Brasil
48
O IBGE (2016) estimava que, em 40 anos, a
população idosa do país iria triplicar: de 19,6
milhões (10% do total) em 2010, para 66,5
milhões em 2050 (29,3%). Esse processo de
envelhecimento exigiria prioridade em
políticas públicas relacionadas às
necessidades desse público, abrangendo
reformas na previdência e assistência social,
nas redes de atendimento hospitalar, nos
sistemas de transporte, entre outros.
202
estávamos na frente apenas do Paraguai e da
Venezuela. Pontuavam na frente os vizinhos
Chile (21º), Uruguai (27º), Argentina (31º),
Colômbia (36º), Peru (48º) e Bolívia (55º).
Analisando apenas os fatores emprego e
educação, o país caía para 58º; já quando se
analisavam quesitos de ambiente, como
segurança e transporte, caía para o 87º
49
lugar.
203
50
o idoso. Negligência, violência psicológica,
abuso financeiro e violência física eram tipos
comuns de agressões relatadas. Era
imprescindível, contudo, considerar os fatores
gênero, raça e orientação sexual. Dos casos
que tinham o gênero relatado (89%), 60% dos
agredidos eram mulheres. Em relação à
orientação sexual, apenas dez casos tiveram o
perfil informado: quatro gays, quatro lésbicas
e duas pessoas bissexuais. O impacto do fator
raça também tinha que ser melhor apurado:
35% dos agredidos eram brancos, 31% pretos
e pardos, e 34% não tiveram raça informada.
A questão do trabalho
204
escolaridade desse público. Já Luana Giatti e
52
Sandhi M. Barreto, em pesquisa sobre
saúde, trabalho e envelhecimento no Brasil,
reforçaram como a capacidade de trabalho e
a qualidade de vida dos idosos eram
determinadas por educação e saúde durante
a juventude, chamando atenção para
investimentos públicos nessas áreas. Nereida
Salette da Silveira e Guilherme Loth
acreditavam que a temática discriminação de
idade prometia ser cada vez mais dominante
no Brasil e deveria ser melhor compreendida
53
no âmbito das organizações. Conforme
quadro a seguir, os autores propuseram a
revisão na literatura dos estereótipos
associados aos profissionais maduros.
205
Estereótipos etários
206
SOLUÇÃO
Em busca de modelos de monetização
207
testes a venda de cursos e workshops, para
empresas e pessoas físicas, focados em
transição de carreira e longevidade. A
MaturiJobs também estava estudando
modelo de solução para “startups maduras”,
cuja ideia era promover a conexão entre
startup de pessoas mais velhas e investidores,
com comissão de 20% a 30% sobre o valor do
projeto.
208
RESULTADOS DE NEGÓCIO
Mercado promissor
209
RESULTADOS SOCIAIS
Renda e dignidade na melhor idade
210
contribuição com a sociedade por meio do
trabalho, o que poderia causar problemas
emocionais e psicológicos.
_______________________
https://www.maturijobs.com/
211
NOTAS DE FIM
212
7 ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS.
Agroecologia é a chave para erradicar a fome na
América Latina e Caribe, afirma FAO. ONU, 3 de julho
de 2015. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/agroecologia-e-a-
chave-para-erradicar-a-fome-na-america-latina-e-
caribe-afirma-fao/>. Acesso em: 20 de março de
2018.
213
da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e
hipertensão. Brasília: MS, 2017. Disponível
em:<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pd
f/2017/abril/17/Vigitel.pdf>. Acesso em: 20 de
março de 2018.
214
EM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E A
FAIXA DA POBREZA.
215
nking/2017/relatorio-completo.pdf>. Acesso em: 20
de março de 2018.
216
quantidades a pequenos negócios ou a iniciativas
empreendedoras em países em desenvolvimento.
217
Adult-FInancial-Literacy-Competencies.pdf>. Acesso
em: 20 de março de 2018.
218
content/uploads/a2018/02/rankingdejurosreais070
218.pdf>. Acesso em: 20 de março de 2018.
37 WHO/Unicef, 2017.
219
Sergipe, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama, o Fundo Global
para o Meio Ambiente (GEF) e outros parceiros locais.
A FAO desenvolvia o Projeto Redeser: Revertendo o
Processo de Desertificação nas Áreas Suscetíveis do
Brasil — Práticas Agroflorestais Sustentáveis e
Conservação da Biodiversidade, com o MMA. Outras
iniciativas: Projeto Bramar, desenvolvido por
instituições de pesquisa do Brasil e da Alemanha, para
desenvolvimento de estratégias e tecnologias de
mitigação da seca.
220
45 BEZERRA, Izabelle M. T. et al. Aplicação da cinza da
casca do arroz em argamassas de
assentamento.Revista Brasileira de Engenharia
Agrícola e Ambiental, v. 15, n. 6, 2011, p. 639, 2011.
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52 GIATTI, Luana; BARRETO, Sandhi M. Saúde, trabalho
e envelhecimento no Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 19,
n. 3, p. 759-771, 2003.
222