Você está na página 1de 6

Ellen Sharlise Barbosa Santiago

NOME COMPLETO RGM 2222377620


Cruzeiro do Sul
INSTITUIÇÃO DATA 04/06/2021
PRÁTICA DE ENSINO
EM CIÊNCIAS NOS
CURSO DISCIPLINA
Ciências Biológicas ANOS FINAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL

Unidade II - Um Olhar sobre as Ciências Naturais no Ensino Fundamental

INTRODUÇÃO
O direito a educação é garantido por meio da Constituição Federal de
1988, da Lei Nº 8069/90- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.394/96, que prioriza o
acesso e a permanência do aluno na escola, objetivando a formação do
usuário para o exercício da cidadania, preparação para o trabalho, e sua
participação social.
DESENVOLVIMENTO
Para Moreira e Candau (2003) a contribuição da escola não está
apenas, e exclusivamente, relacionada ao saber científico, onde se visa à
construção e desconstrução do conhecimento.
Está relacionada também com a cultura, e esta por sua vez, possui um fator
importante, pois é através dela que conhecemos a história, a cultura e a
ideologia de um país, lugar, grupo ou sociedade. Com isso, aprendemos a
respeitar o que é “diferente”, evitando atos de preconceitos. Nada mais é do
que um meio educativo que prepara a criança para futuramente viver no mundo
social adulto.
Conforme Libâneo, Oliveira e Toschi (2009, p. 994), a escola é uma
organização em que tanto seus objetivos e resultados quanto seus processos e
meios são relacionados com a formação humana, ganhando relevância,
portanto, o fortalecimento das relações sociais, culturais e afetivas que nela
têm lugar.
Os alunos da escola Construindo o saber, na cidade de Imaginópolis,
passam por diversos conflitos tais como: brigas entre famílias, preconceitos
culturais, étnicos e sexuais, problemas ambientais, servidores públicos com má
conduta (revelando informações de processos sigilosos), epidemias, uso de
drogas e trabalho infantil.
Dessa forma, para que os alunos consigam se posicionar de alguma
forma, eles precisam ter conhecimento e assim possam argumentar sobre cada
situação. Para Freitas (2011) cabe à escola formar cidadãos críticos, reflexivos,
conscientes de seus direitos e deveres, tornando-se aptos a contribuir para a
construção e/ou desconstrução de uma sociedade visando à igualdade e
justiça. Entretanto, sua função não está apenas em proporcionar a simples
transmissão do conhecimento, tem o compromisso social para, além disso.
Preocupa-se também em prover a capacidade do aluno de buscar informações
segundo as exigências de seu campo profissional ou conforme as
necessidades de seu desenvolvimento individual e social.
Sendo assim o professor Pedro, pode interferir para mudar esse quadro
da cidade de Imaginópolis. A partir de sua formação acadêmica, de Ciências
Biológicas, pode inserir em suas aulas de Ciências, algum dos Temas
Transversais propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
Assim, a discussão destes temas na escola, possibilitará ao aluno o
desenvolvimento de uma consciência crítica perante as ações da sociedade em
que se inserem, podendo agir como um catalisador de mudança.
Ser professor de ciências no Ensino Fundamental é uma missão que
vai além dos conteúdos específicos da matéria, é ensinar os alunos a
encontrar soluções para os problemas sociais quando os mesmos buscarem
ajuda ou apresentarem comportamentos e atitudes que faz o professor
perceber que está afetando a aprendizagem ou a vida social do aluno. Ajudar
o aluno a potencializar seus recursos internos, valorizar qualquer
possibilidade de esforço ou conquista, promover o diálogo e buscar ajuda
externa, quando a situação demonstra sinais de agravamento.
Para Britto e Manata (1994) é importante que no estudo de ciências o
professor conduza o aluno a não só perceber as mudanças da natureza, bem
como sentir os efeitos que podem ter influência sobre a vida das pessoas.
Promovendo a articulação entre Biologia e Artes pode-se abordar a
temática do uso de drogas, problematizando a questão da exclusão social nos
grandes centros urbanos, suas causas e consequências para a coletividade.
Sabe-se que a cidade que acolhe sonhos das massas também promove a
alienação, a exclusão, a desigualdade e a violência urbana. Problematizações
sobre a questão das drogas iniciam-se com a discussão sobre sua origem e
expansão, passando pela sua territorialização.
A biologia auxiliará no contexto da atuação de entorpecentes,
explicitando elementos de química e de saúde. Os danos neurológicos, e,
portanto, biopsicossociais devem ser evidenciados. Por fim apresentam-se
alternativas para o combate, a prevenção e a recuperação do uso. A arte
urbana do grafite é uma questão relevante para sedimentar os conteúdos
promovendo reflexões e transformações significativas.
Ao se articular com a Filosofia trabalhando temas tão comuns como
brigas entre familiares e também servidores públicos com má conduta no
âmbito escolar. A violência doméstica acomete inúmeros alunos e alunas em
diferentes recortes espaciais de todo o país e em diferentes contextos de
escolas urbanas e rurais. Abuso sexual, pedofilia, espancamento, feminicídio,
cárcere privado, abandono de incapaz (crianças, deficientes e idosos) são
temas que não podem ser negligenciados na escola.
O corpo humano enquanto elemento físico e fisiológico que permite a
vida em seus múltiplos aspectos deve se sintonizar com questões filosóficas do
tempo presente. A violência física e psicológica, a depressão, o stress, a
ansiedade, a tentativa de autoextermínio tem causas originadas num contexto
familiar ou comunitário extremamente complexo e afetando inúmeros alunos,
desenvolvendo adoecimento e medicalização.
Promover a reflexão e debate, bem como o enfrentamento é uma
alternativa mais viável para transformar realidades e vidas afetadas. Outra
questão é a ética, no que se refere á conduta inadequada e por vezes
criminosas de servidores públicos. A biologia se conecta á aspectos filosóficos
no sentido de se entender e buscar elementos concisos para estas questões,
num tempo em que a corrupção se consolida no país, com um Grande Mal
entronizado na Presidência.
Os problemas ambientais e as epidemias tropicais, relacionadas à
degradação ecológica são um contexto de diálogos interdisciplinares entre a
Biologia e Geografia. A desconstrução das políticas públicas ambientais
evidencia cenários nada favoráveis. A dengue, por exemplo, associa-se às
questões climáticas com alternâncias no regime pluvial ocasionadas por
alterações humanas na dinâmica natural do planeta.
A Biologia em sintonia com os conteúdos de História pode trabalhar a
questão do trabalho infantil, suas nuances evidenciando o Brasil no mundo,
destacando os cenários e panoramas ao longo de diferentes períodos
históricos. A criança envolveu-se no trabalho e no sustento de seu núcleo
familiar, em momentos de guerras, epidemias, exclusão social, fome. Esta
questão de vulnerabilidade social afeta o Brasil e o mundo. Porque não foi
revertida como promulgaram encontros e tratados internacionalmente
acordados entre as nações.
Os preconceitos culturais, preconceitos étnicos e preconceitos sexuais
se caracterizam pela possibilidade de articular a Biologia e a Sociologia.
Principalmente quando se deseja fortalecer e consolidar a democracia e os
direitos humanos.
Assim as temáticas contemporâneas como brigas entre famílias,
epidemias, preconceitos culturais, étnicos e sexuais, problemas ambientais,
servidores públicos com má conduta, trabalho infantil e uso de drogas atestam
que novos diálogos precisam ser construídos fazendo com que as ciências
socioambientais, façam a emergencial articulação entre ecologia e as
humanidades motivando a construção de novos cenários, mas humanos e
sustentáveis, para todos, sem distinções.
Essas temáticas são muito importantes e se faz necessário assistir a
palestra sobre Mediação de conflitos escolares que foi feita na II semana de
Educação Socioemocional, organizada pela Escola de Formação Paulo Freire,
levou os conhecimentos da aprendizagem socioemocional para as salas de
aula da Rede Pública Municipal de Ensino.
https://www.youtube.com/watch?v=2O7q5x3l_M8

Refletir sobre a complexidade do cotidiano escolar e os conflitos


interpessoais nele presentes, bem como apontar caminhos para a construção
do processo de aprendizagem da resolução de conflitos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Principalmente no Brasil, dos tempos sombrios, a educação deve se
reafirmar fazendo com que o desmantelamento do poder público não se
efetive, resistindo à pilhagem da democracia e lutando contra do desmonte da
democracia.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei Nº 8.069 de 13 de julho de


1990.
BRASIL, LDB Lei 9.394, 1996
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Introdução. Ciências
Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRITO, Neyde Carneiro. Didática Especial. São Paulo: Ed do Brasil, 1994.
MOREIRA, Antônio F. B; CANDAU, V. Mª. Educação escolar e cultura (s):
construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação, n.23, 2003.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João F. de; TOSCHI, Mirza Seabra.
Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 7.ed. São Paulo: Cortez,
2009.
FREITAS, Ione Campos. Função social da escola e formação do cidadão.
Disponível em: Acesso em 08 de maio de 2021

Você também pode gostar