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Empreender: os erros e Shopping: novas perspectivas Washington Luiz fala sobre

acertos das empresas para o Maranhão investimentos no setor empresarial

Revista
Comércio em

Revista do
NO CENTRO
DO PROBLEMA
Sistema Fecomércio
SESC / SENAC
Maranhão

Ano XIV • Edição 168 • Jan / Fev 2011

Aspectos como infraestrutura, iluminação e segurança


preocupam os empresários do centro comercial de São Luís
EDITORIAL

Empreender: os erros e Shopping: novas perspectivas Washington Luiz fala sobre


acertos das empresas para o Maranhão investimentos no setor empresarial
Revista
Comércio em

UMA NOVA REVISTA


Esta edição da “Comércio em Ainda sobre as perspectivas
Revista” marca um recomeço. econômicas e comerciais para o
Revista do
NO CENTRO Completando 15 anos como futuro, a Comércio em Revista se
um espaço para disseminação aprofunda em um segmento que
DO PROBLEMA
Sistema Fecomércio
SESC / SENAC
Maranhão

Ano XIV • Edição 168 • Jan / Fev 2011

Aspectos como infraestrutura, iluminação e segurança das informações do Sistema vem crescendo rapidamente em
preocupam os empresários do centro comercial de São Luís
Fecomércio/SESC/SENAC do São Luís e várias outras cidades do
Maranhão à classe empresarial, a Estado: o Shopping Center.
revista se renova e ganha muito Turismo, empreendedorismo,
mais profundidade e elegância. moda e tecnologia também foram
Agora com 50 páginas, a publi- temas de matérias nesta edição,
cação vai trazer reportagens es- que traz, ainda, uma entrevista

A revista se renova e ganha muito


mais profundidade e elegância.
peciais detalhadas sobre temas exclusiva com o vice-governador
de interesse do empresariado do Maranhão, Washington Luiz. E
maranhense. mais as informações da Fecomér-
Neste número, visitando cio, Sesc e Senac no Maranhão.
um tema discutido no mês de Dessa forma, o resultado que se
fevereiro na Fecomércio, a revista apresentam nas próximas páginas
vem tratando dos problemas do é o trabalho intenso da equipe da
Centro Comercial de São Luís, “Comércio em Revista” para fazer
buscando visões diferenciadas desta publicação uma referência
para esclarecer se a fase é de no que diz respeito ao conheci-
declínio das ruas tradicionais de mento econômico no Maranhão,
comércio da capital maranhense, com informações que sejam úteis
ou se ainda há tempo para se ini- no dia-a-dia dos empresários.
ciar um processo de revitalização Com esse anseio nos despedi-
do principal ponto popular de mos, desejando uma boa leitura e
comércio da ilha. até a próxima!

Comércio em Revista 3
NESTA EDIÇÃO

Página 14

MATÉRIA DE CAPA
A principal artéria do comércio na capital maranhense ganha
uma atenção especial como matéria de capa desta edição. A
reportagem chama atenção para os problemas de infraestrutura
que vem afetando o desenvolvimento do comércio local.

SEÇÕES
Recortes
Página 6

Artigo
Página 19

Fecomércio
Página 40

SESC
Página 43
Moda Shopping
SENAC Roupas ecológicas se apre- O boom dos investimentos
Página 46
sentam como um novo nicho em modernos centros de
Sindicatos de mercado compras
Página 49 Página 12 Página 20

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SUPLENTES DA DIRETORIA


SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO MARANHÃO Nagib Câmara Ribeiro; João Borges Lira;
Pedro Paulo Mendes Filho; José Fragoso de
PRESIDENTE: José Arteiro da Silva Freitas; Raimunda Holanda da Silva; José Ri-
bamar Ewerton Souza; Flordilix Almeida de
Amorim; Joaquim Pontes Mariano; Maria

Comércio em
VICE-PRESIDENTES das Graças Bezerra Trindade; Maria Cinalete
Vilson Estácio Maia; Marcelino Ramos Araújo; Cortes Brito; Lúcia de Fátima Vieira Marques
Antonio de Sousa Freitas
Revista CONSELHO FISCAL
DIRETORES Emanuel Caracas dos Santos; Ana Lis
Mauricio Aragão Feijó; Ivanilde Sampaio da Duarte Assunção de Freitas; Ivaldo Miranda
Silva; Écio Gaston de Araújo; José William Campos • José Gonçalves dos Santos Neto;
Câmara Ribeiro; Domingos Alcântara Gomes; Edson Silva de Sá, Ariel Fernandes Farias
João de Lima Filho; Antonio Íris de Oliveira;
José Pereira de Santana; Luís Joaquim Braga
Sobrinho; Maria José Carneiro de Sousa Costa;
Raimundo Edson Rodrigues de Sousa
Página 8

ENTREVISTA
O vice-governador do Maranhão, Washington
Luiz, falou com exclusividade para a equipe da
“Comércio em Revista”. Participação dos empre-
sários na política, investimentos e desenvolvi-
mento são alguns assuntos abordados durante
a entrevista.

Empreendedorismo Turismo Tecnologia


Especialista dá dicas para Gastos dos turistas incremen- Novos equipamentos che-
novos empresários e também tam fortemente comércio gam para facilitar a vida dos
para os mais experientes local empresários
Página 24 Página 30 Página 34

DIRETOR REGIONAL SESC CONTATO REDAÇÃO


Maria dos Remédios Serra Pereira Fone: (98) 3131.7171 Bruna Castelo Branco, Natália Raposo, Cláudia
Fax: (98) 3131.7172 Leal, Viviane Franco, Melissa Faray, Max de
DIRETOR REGIONAL SENAC Medeiros
José Ahirton Batista Lopes E-MAIL
SUPERINTENDENTE FECOMÉRCIO
fecomercio-ma@hotmail.com FOTOS
Antônio Azevedo, Joaquim Neto, Banco de
João Torres de Melo Saboia Neto Imagens, Divulgação
PRODUÇÃO E EDIÇÃO
COMÉRCIO EM REVISTA É UMA PUBLICAÇÃO Assessoria de Comunicação Fecomércio/MA
DO SISTEMA FECOMÉRCIO/MA CAPA E EDITORAÇÃO
COLABORAÇÃO Prole Comunicacão
ENDEREÇO Assessoria de Comunicação SESC
Rua do Outeiro, nº 456, Centro Assessoria de Comunicação SENAC
São Luís - MA • Cep: 65025-670 IMPRESSÃO
Unigraf / Tiragem: 2.150
RECORTES

Agronegócio Varejo

NOVO EMPREENDIMENTO

POTENCIAL DO SUL DO MARANHÃO


Um encontro entre o secretário de Agricultura,
Pecuária e Pesca do Maranhão, Cláudio Azevedo,
e o secretário adjunto, Raimundo Coelho, com os A Rede de Supermercados Maciel inaugurou
secretários municipais de Agricultura de Impera- mais uma loja em São Luís. Com a unidade locali-
triz, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos zada no bairro do Turu, a Rede chega à marca de
e produtores de municípios da região, debateu oito grandes lojas na capital do estado.
as potencialidades do setor do agronegócio na Durante a cerimônia de inauguração, que
parte sul do estado. aconteceu no dia 09 de fevereiro, o empresário
Segundo informações do IBGE, a média do Raimundo Maciel deixou clara sua satisfação em
Produto Interno Bruto (PIB) de 20 municípios poder, com seus empreendimentos, oferecer
da Região Tocantina é de 22% do agronegócio, empregos e trazer oportunidades de mercado
18% da indústria e 48% de serviços, a maioria para a cidade.
relacionada à agricultura. No evento, estiveram presentes o presidente
Na reunião, que aconteceu na sede do Sebrae da Fecomércio/MA, José Arteiro da Silva, e o di-
de Imperatriz, foi apresentado um estudo rela- retor regional do Senac/MA, José Ahirton Lopes.
cionado ao desenvolvimento do agronegócio na Sobre o empreendimento, José Arteiro enfatizou
região, no qual as cadeias produtivas da pesca, que o novo supermercado é mais uma iniciativa
leite, mandioca, aves e hortifruti aparecem como que tem alavancado a cidade rumo a grandes
prioritárias para investimentos de ações gover- negócios e despertam o interesse empresarial
namentais. para investimentos cada vez maiores.

Política
MARANHÃO DO SUL para criação do estado do Maranhão do Sul. O
O deputado federal Ribamar Alves apresentou projeto tem como objetivo a descentralização
na Câmara dos Deputados um projeto de decre- das ações da capital do estado e melhorar a
to legislativo que prevê a realização de plebiscito qualidade de vida dos maranhenses do lado sul.

6 Comércio em Revista
Comércio Soja
AQUECIMENTO NAS VENDAS FEIRAS
O Indicador Serasa Experian confirma reaqueci- O Maranhão terá destaque no Calendário
mento do comércio brasileiro no mês de fevereiro. Brasileiro de Exposições e Feiras de 2011
Após uma retração em janeiro, o movimento de elaborado pelos ministérios das Relações Ex-
consumidores nas lojas de todo o país aumentou teriores (MRE) e do Desenvolvimento, Indústria
0,7% frente ao mês anterior, já considerando os e Comércio Exterior (MDIC). O calendário, que
ajustes sazonais. Na comparação anual, a atividade apresenta 317 eventos pelo país, traz a 2ª Feira
no comércio apresentou elevação de 10,4%. O de Imóveis do Maranhão (Expoimovel), que
segmento de veículos, motos e peças foi o que re- será realizada nos dias 15 a 17 de julho deste
gistrou a maior expansão, 4,6%, apesar do encareci- ano em São Luís, e a 11ª Feira do Comércio e
mento do crédito. Em combustíveis e lubrificantes, Indústria de Imperatriz (Fecomimp), agendada
o aumento foi de 3,6%, e de 2,9% para matérias de para os dias 14 a 17 de setembro na cidade de
construção. Imperatriz.

Microempresas
MICROEMPRESÁRIOS CAXIENSES
No município de Caxias, Em todo o Estado, o número na informalidade, a se formali-
somente no primeiro ano de de formalizações durante o zarem com direito a CNPJ. Para
implantação do programa de ano de 2010 alcançou 14.923 se tornar um empreendedor
Micro Empreendedor Individual novos microempreendedores. O individual, a pessoa deve ter no
(MEI) foram realizados 294 programa é baseado na lei geral máximo um empregado e renda
cadastros de comerciantes 123/2006 e 128/2008, que pos- de até R$ 36 mil por ano, sendo
que deixaram a informalidade. sibilita comerciantes, que atuam até R$ 3 mil por mês.

Comércio em Revista 7
ENTREVISTA
Os empresários sempre
serão bem-vindos na
política
NATURAL DE VÁRZEA ALEGRE (CE), GRADUADO EM HISTÓRIA, O ATUAL
VICE-GOVERNADOR, WASHINGTON LUIZ DE OLIVEIRA (PT) TEM NA SUA
TRAJETÓRIA POLÍTICA UM COMPROMISSO COM A CLASSE TRABALHADORA.
NESTA ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA A “COMÉRCIO EM REVISTA”, O
VICE-GOVERNADOR FALA SOBRE OS EMPREENDIMENTOS NO MARANHÃO,
IMPOSTOS, ATUAÇÃO DA CLASSE EMPRESARIAL E APROXIMAÇÃO COM OS
GESTORES PÚBLICOS.
Como o senhor considera a importân- as economias locais, com baixa densidade
cia entre a parceria da gestão pública e tecnológica e pouca capacidade de gera-
o empresariado local para o desenvol- ção de excedentes.
vimento do Maranhão?
Esta parceria é fundamental no con- É conhecido o bom relacionamento
texto de grandes investimentos em nosso entre governo e empresariado ma-
Estado que certamente, marcará a história ranhense, como essa parceria será
do Maranhão com desenvolvimento e mantida?
geração de emprego para a população, A Governadora Roseana tem ressaltado
incluindo a do comércio. Estamos tratando a importância da nossa relação com o
dos investimentos em quatro temas, inicial- empresariado, parceria que será mantida,
mente: infraestrutura, logística, educação, por meio da opção do Estado em atrair
ciência e tecnologia. E o nosso grande de- o empresariado tanto com subsídios,
safio é lidar com uma economia centrada quanto com a infraestrutura necessária
em duas vertentes: a dos grandes projetos, para que se instalem os investimentos.
voltados para os mercados globalizados, e Estamos falando de um novo Maranhão

Comércio em Revista 9
que está em construção com
investimentos de mais de R$ 100
bilhões, entre públicos e privados,
que estão sendo injetados na
economia maranhense em proje-
tos estruturantes industriais e de
infraestrutura. Estes investimentos
possibilitarão novas oportunida-
des aos cidadãos com a geração
de empregos, distribuição de
renda e a melhoria da qualidade
de vida da população.

Em qual estágio podemos


considerar que esse diálogo
entre governo e o empresaria-
do encontra-se atualmente? O
que ainda se pode melhorar?
Podemos afirmar que estamos
em um estágio de consolidação,
de grandes expectativas para o
empresariado, para o Governo
e para a população, pois com o
apoio do Governo Federal, o Ma- obra. Em relação à infraestrutura, Buscando consolidar os
ranhão dará um grande salto em teremos recursos do PAC que se enormes investimentos já es-
direção ao desenvolvimento. Os referem ao Plano Regional de tabelecidos no Estado: Suzano,
investimentos iniciados em 2010 Desenvolvimento do Nordeste e Usinas térmicas e exploração
deram a largada: a exemplo da sobre a qualificação, elaboramos de gás pela OGX/MPX, ex-
Refinaria Premium I da Petrobras, o Plano de Qualificação Profis- pansões da Alumar e da Vale,
a expansão da logística do Siste- sional que será transformado em implantação do Terminal Portu-
ma Norte da Vale e a duplicação um programa de governo. Estas ário Privativo do Mearim, além
da Estrada de Ferro Carajás, e a questões foram tratadas no último de inúmeros projetos menores,
ampliação e modernização do Fórum de Governadores ocorrido mas não menos importantes.
Porto do Itaqui. O Maranhão tam- em Sergipe, e o Plano foi entregue Se estendendo ainda aos pe-
bém caminha para se tornar um à Presidenta Dilma Rousseff. quenos negócios, nossa fonte
grande produtor de energia com primária de geração de renda e
a hidrelétrica de Estreito, prevista O comércio é um dos princi- impulso ao comércio do estado
para iniciar sua operação agora pais setores econômicos de e do país. Consolidar é o pre-
em março ou em abril. Também São Luís, quadro que também sente, mas futuro é o de buscar
este ano, teremos a termelétrica se estende para outras cidades diuturnamente atrair novos
da MPX Itaqui, obra de R$ 1,8 maranhenses. De que maneira investimentos para aumentar o
bilhão que está em construção o governo elabora estratégias nosso PIB e como conseqüên-
em São Luís. Nós precisamos para incentivar e incrementar cia distribuir renda e acelerar o
melhorar a oferta de infraestru- ações que aqueçam ainda desenvolvimento das áreas de
tura e a qualificação de mão de mais esse setor? comércio e serviços.

10 Comércio em Revista
O que o empresariado mara- Em relação à qualificação de com na agricultura. Serão cem
nhense pode esperar em rela- mão-de-obra voltada para o mil pessoas qualificadas e aptas
ção a política fiscal e tributária comércio, existem projetos a para participarem do processo de
nesta gestão? respeito de novos programas aceleração do desenvolvimento
Deve esperar uma política de qualificação como o já do Estado.
justa e equânime e que estimule conhecido Primeiro Emprego,
sempre o desenvolvimento do que emprega jovens em diver- No governo Lula, a economia
Estado, com ganhos para todas as sos setores produtivos? apresentou índices históricos
partes envolvidas. Brevemente o governo, a de crescimento, principalmen-
iniciativa privada, as instituições te no setor comercial. Na sua
Qual a posição do governo opinião, qual a perspectiva de
em relação à cobrança do crescimento durante a gestão
ICMS antecipado para as em- da presidenteDilma Rousseff?
presas optantes pelo Simples Como o Maranhão se insere
Nacional? Estamos neste cenário?
Por meio da Lei nº 8.948, de A expectativa é que o Brasil
15 de abril de 2009, o governo falando de continue crescendo forte e de
do Estado institui a cobrança
da antecipação do ICMS para
um novo uma forma sustentável. A equipe
econômica continuará trabalhan-
as micro e pequenas empresas Maranhão que do de forma a manter a inflação
enquadradas no Simples Nacio- controlada sem, no entanto,
nal, que incide nas aquisições está em cons- deixar de fazer os investimentos
de mercadorias realizadas em
outros estados para a revenda,
trução com necessários para que o processo
de crescimento do país não seja
incorporação ao ativo fixo ou
consumo. Com a Lei, o Estado
investimentos interrompido. O Maranhão já está
participando do crescimento,
abriu mão de uma parte da de mais de R$ inclusive com índices superiores
carga tributária permitida pela a média do nordeste e até acima
legislação tributária estadual 100 bilhões, dos índices de crescimento nacio-
que autoriza percentuais de
cobrança nas compras inte-
entre públicos nal.

restaduais de mercadorias que e privados A chapa que elegeu o presiden-


variavam de 5% a 10%. Com te Lula, tinha José Alencar, um
a Lei ficaram estabelecidos de ensino e a sociedade civil, empresário. O senhor acredita
percentuais reduzidos de ICMS deverão lançar um Programa que faltam mais empresários
para a cobrança das empresas Estadual de Qualificação da Mão na política?
do Simples. As alíquotas variam de Obra - Maranhão Profissional, Essa é uma velha questão,
de 0,5% a 4,44%, para as empre- liderados pela Governadora Ro- nunca bem respondida ou mes-
sas que faturam até R$ 720 mil/ seana Sarney. Será um programa mo procedente. Afinal o país pre-
ano, variando de acordo com robusto, baseado num plano cisa é de bons políticos e de bons
faturamento de cada empresa. estratégico de cinco anos, com empresários, que pensem o país
Com a medida foi reduzida a o objetivo de garantir a partici- de maneira íntegra e busquem
carga tributária sobre 30 mil pação maciça dos maranhenses, sempre o interesse comum acima
empresas enquadradas no Sim- tanto na área da indústria, quan- de tudo. Os empresários sempre
ples no estado do Maranhão. to do comércio e serviços, assim serão bem-vindos na política.

Comércio em Revista 11
Moda TENDÊNCIA NA MODA MUN-

ecológica
DIAL, OS TECIDOS ORGÂNICOS
E RECICLADOS PASSAM A
TER ACEITAÇÃO NO MERCADO
NACIONAL E LOCAL

Ter consciência ecológica é um chegou com tudo no mercado da importância de preservar o meio
assunto que de tanto debatido, já moda. Hoje em dia, ser ecológico ambiente. Em 2005, ele lançou
foi considerado chato, entre outras é sinônimo de ser fashion. Grifes a marca Edun, com a missão de
adjetivações que em muitos casos importantes investem em peças incentivar a produção com tecidos
pode parecer pejorativo, mas a feitas de tecido orgânico, como orgânicos.
verdade é que o tema nunca este- o algodão biológico, cultivado
ve tão em evidência quanto hoje e sem pesticidas, nem produtos BRASIL
químicos e poliéster reciclado No Brasil, a Osklen do estilista
de garrafas pet, elementos que Oskar Metsavaht traz peças com
servem de matéria-prima para a essas características de reapro-
elaboração de grandes coleções. veitamento de materiais de uma
Engajado na defesa do forma “fashion-engajada”. Entre
meio ambiente, o vocalista as matérias-primas do último
da banda U2, Bono Vox é desfile da marca apresentado
conhecido por discursos, no São Paulo Fashion Week,
levantar bandeira de ações destaca-se couro de salmão e pi-
de proteção ambiental, rarucu, materiais normalmente
também decidiu investir subaproveitados e descartados
no mundo da moda, causando poluição biológica,
como forma de cons- sua utilização ajuda a prevenir
cientizar ainda mais a geração deste tipo de resíduo.
as pessoas sobre a Para investir na causa, o
estilista e proprietário da marca
Oskar Metsavaht, criou em
parceria com biólogos e am-
bientalistas o projeto e-fabrics.
Cinto produzido O selo, emitido pelo instituto,
no Maranhão a certifica as matérias-primas que
partir do couro da
não prejudicam a natureza, con-
pescada amarela
siderando tecidos de algodão
orgânico, couros alternativos,
fibras naturais, entre outros
aspectos.
Em São Luís, apesar de ainda pudesse unir duas paixões. Dessa
ser um mercado ainda pequeno, vontade surgiu a Orgs Ecomoda
empresários de moda já investem que, além das roupas tem toda
na comercialização de grifes que uma estrutura preocupada com
trabalham este conceito, mas as questões ambientais, com o
o mercado ainda é discreto. De aproveitamento da luz natural
acordo com a empresária Melissa no espaço interno, utilização de
Freitas, que há quase um ano tem madeira de reflorestamento, entre
a loja Orgs Ecomoda que trabalha outros aspectos.
exclusivamente com grifes que
utilizam tecidos orgânicos, apesar Couro do peixe dá um toque
regional aos vestidos de festa
de ter uma clientela fidelizada, a
aposta em tecidos orgânicos ain- “A tecnologia para esse tipo de
da é pequena. “As pessoas ainda tecido é bastante avançada. É uma
estão na fase de conhecimento, prova que dá para ficar na moda
elas aparecem para comprar um e preservar a natureza ao mesmo
presente, compram uma peça tempo”, destaca.
para si, e iniciam uma divulgação, O empreendimento é pioneiro
mas ainda é um caminho longo no Maranhão a trabalhar unica-
para se percorrer”, frisa. mente com tecidos ecologica-
A loja trabalha com várias mente corretos e a ideia partiu do
marcas, entre elas a Edun Organic, sonho dela e do namorado Hélio
do Bono Vox, a Natural Fashion e Almeida. Ele é especialista em Meio
a Raiz da Terra que traz um tecido Ambiente, ela é advogada, mas
que contém manteiga de cupua- apaixonada por moda, pensando
çu que serve como protetor solar. nisso, formataram um projeto que

Produção local também investe em materiais alternativos


Apesar de ainda ser um traba- Fashion, ano passado. da pele da pescada amarela: por
lho tímido, no Maranhão já existe Foram apresentados 20 looks meio de um tanquinho de lavar.
produção de moda direcionada da coleção “Simplesmente Eu e A inovação vem assegurar em-
para o mercado ecologicamente Ela”, criada pela instrutora do Cur- prego e renda para comunidades
correto. Roupas e acessórios pro- so Técnico de Vestuário do Senai, por meio do reaproveitamento
duzidos com o couro da pescada bióloga e designer de moda, Jaci- da pele, que atualmente é des-
amarela, peixe tradicional das rene de Souza. A coleção reúne cartada. Pela inovação e pelo
águas maranhenses foram as roupas do estilo casual ao fino e benefício social que pode gerar,
peças criadas pelo Serviço Nacio- cintos produzidos com o couro da o método foi premiado no Inova
nal de Aprendizagem Industrial pescada amarela. Senai realizado em março no Rio
(Senai), instituição integrante do A designer de moda e instru- de Janeiro e foi exposto na 3ª
Sistema Federação das Indústrias tora do Senai desenvolveu um Bienal Brasileira de Design 2010,
(Fiema) durante o desfile do SLZ novo método para o curtimento em Curitiba.

Comércio em Revista 13
CAPA

Centro comercial de
São Luís em alerta
APESAR DE SER CONSIDERADO UM DOS PRINCIPAIS PÓLOS COMERCIAIS DA CIDADE,
DIVERSOS FATORES AMEAÇAM OS LUCROS DOS EMPRESÁRIOS DA ÁREA

M
esmo com a expan- oferta de produtos e variedade se instalar no Centro, que é o co-
são dos shoppings, de preços. ração comercial de São Luís. Mas
manter pontos co- De acordo com dados da isso acontece exatamente pelas
merciais no Centro de São Luís, Câmara dos Dirigentes Lojistas deficiências de infraestrutura
na área que compreende vias de São Luís (CDL), existem atu- e por problemas que há muito
como a Rua Grande, principal almente 165 empresas cadastra- preocupam o empresariado”,
rua comercial da cidade, Rua de das que atuam no Centro de São frisa.
Santana, Rua da Paz, entre outras, Luís e a oferta varia entre lojas de A presidente da CDL cita ainda
ainda é considerado pelos em- roupas, relojoarias, óticas, lojas que a popularização de um novo
presários um bom investimento, de equipamentos eletrônicos, perfil consumidor que chegou
por causa da tradição dos eletrodomésticos e móveis para ao Maranhão junto com a popu-
consumidores de ir ao o lar. Esses empreendimentos larização dos shoppings tornou
Centro Comercial em geram receita, ampliam a oferta o público ainda mais exigente e
busca de maior de empregos, mas, de acordo isso esvaziou o Centro Comercial.
com a presidente da “Os shoppings criaram novos
CDL, Socorro No- espaços de consumo onde a
ronha, convivem, população encontra segurança,
diariamente, limpeza, estacionamento e con-
com proble- dições para fazer suas compras
mas que vão com tranqüilidade e conforto.
de infraestru- No centro tem acontecido um
tura, segurança entre processo inverso”, avalia.
outros aspectos que, com o
tempo, fazem com que alguns PROCESSO HISTÓRICO
empresários migrem para ou- O esvaziamento no centro co-
tras áreas, distantes do Centro mercial de São Luís, considerado
de São Luís. “Consideramos um dado preocupante pela CDL,
preocupante o fato de que as é um reflexo das mudanças so-
empresas estejam deixando de ciais e econômicas ocorridas no
Centro Histórico como um todo
iniciado na década de 80 que
configurou em um crescimento
comercial para outras áreas de
São Luís, causando um esvazia-
mento do Centro, em moradia e
consumo, o que, de certa forma,
trouxe alguns prejuízos para o
cenário como um todo.
De acordo com o presidente
da Fundação Municipal de Pa-
trimônio Histórico, José Aquiles
Andrade, as transformações
iniciaram a partir da construção
da ponte José Sarney, obra que
foi a principal responsável pelo
eixo de expansão para o litoral
norte da cidade e isso propiciou
a construção de moradias e
novos eixos de crescimento
comercial. “Até a década de 1970,
essa outra área era considerada
de veraneio e a partir desse perí-
odo as pessoas foram mudando
para essa área. A revitalização do
Centro Histórico como um todo,
consiste em estancar o processo
de evasão, dando condições que
as pessoas se estabeleçam no
Centro, infraestrutura, transporte,
para dinamizar a área, movimen-
tar a cadeia produtiva”, analisa.
Para o presidente da FUMPH,
além do centro comercial em si,
outros espaços do Centro His-
tórico de São Luís, mesmo os
prédios tombados podem ser
transformados em empreendi-
mentos. “Existe uma Lei Munici-
pal que trata sobre a instituição
de redução do ISS de 5% para
2% para empreendimentos
que causam menos impacto,
empresas de telemarketing,
Vista panorâmica da Rua Oswaldo Cruz (Rua Grande) consultoria, incentivo de valo-

Comércio em Revista 15
rização do centro comercial. E do a Rua Grande, apesar dos
têm o IPTU, 100% de isenção se shoppings. “É ainda no grande
o imóvel tiver conservado, ava- Centro Comercial que se
liado pela Fundação Municipal encontra de tudo e apesar de
de Patrimônio Histórico”, conta. um esvaziamento causado pela
expansão comercial em outras
áreas, a população tem hábito
de frequentar a Rua Grande,
então, para os empresários ain-
da é bom negócio investir em
lojas na Rua Grande e nas ruas
do entorno, como de Santana, Lixo acumulado na
da Paz”, frisa o empresário José Rua de Santana

“Apesar de todas as mazelas,


acho que ainda vale apena ter
loja na Rua Grande, pois é um
Bueiro quebrado na Centro Comercial de referência
Rua Grande
no Maranhão, poucos lugares
no Brasil concentram um fluxo
BOM NEGÓCIO? tão grande de consumidores.
Apesar dos problemas, para Seria mais atrativo ainda para
os empresários que estão no os clientes se houvesse um
centro ainda vale a pena inves- empenho maior por parte das
tir, por fatores que incluem o autoridades, oferecendo mais
hábito dos moradores de São Estrutura de comércio informal segurança e conforto as pesso-
Luís em continuar frequentan- em transversal da Rua Grande as que ali transitam”, observa o
empresário.

Terceiro Fontinelle, da ótica


Itamaraty.
A mesma opinião é do em-
presário Sérgio Sombra, do gru-
po Foto Sombra, ele mantém
duas lojas localizadas no centro
de São Luís e acredita que o
sofrimento dos empresários é
compartilhado pelos clientes,
ainda assim, acredita que as
lojas no centro geram lucros
Má conservação do asfalto na que ainda são considerados sa- Esgoto a céu aberto na
Av. Magalhães de Almeida tisfatório para o empresariado. Praça João Lisboa

16 Comércio em Revista
FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO FAZ ALERTA PARA OS PROBLEMAS DO CENTRO COMERCIAL
sita ser feito. “Eu concordo que
o que já foi feito ainda é muito
pouco, mas nós assumimos esse
desafio e iremos continuar o
trabalhando para resolver esses
problemas”, disse.
A classe empresarial expôs
alguns problemas que são con-
siderados preocupantes, entre
eles, a falta de banheiros públi-
cos, tampas de bueiros e esgotos
abertas ou vazando, calçamento
precário na Rua Grande e
Empresários sugerem melhorias Secretário firma compromisso nas transversais, lixo acu-
mulado, desorganização
As reclamações dos empresá- do comércio ambulante,
rios sobre os problemas relacio- principalmente em
nados ao Centro Comercial de relação às bancas que
São Luís serviram como principal ficam montadas durante
pauta do Ciclo de Debates 2011 a noite, os estacionamen-
realizado pela Federação do tos nas ruas estreitas que
Comércio do Maranhão, no dia dificultam a passagem
3 de fevereiro. Para a realização dos pedestres, a falta de
do Ciclo de Debates 2011 a Fe- praças ou a falta de con-
comércio contou com a parceria Patrimônio Histórico, José Aquiles servação das que existem,
da Câmara de Dirigentes Lojistas Sousa Andrade, o secretário e a falta de sistemas de escoa-
de São Luís (CDL), do Sebrae, da municipal de Obras e Serviços Pú- mento das águas das chuvas.
Federação das CDL e da Fiema, blicos, Marcos Aurélio Freitas assi- Na ocasião, o presidente da
além dos sindicatos filiados à nou um termo de compromisso Fecomércio, José Arteiro da Silva
Federação do Comércio. com as entidades representativas, frisou a importância das discus-
Na ocasião, que reuniu enti- comprometendo-se a ter mais sões do empresariado direta-
dades representativas da classe empenho para solucionar os mente com os gestores públicos.
empresarial, entre elas a presi- problemas de infraestrutura do “O Ciclo de Debates é um evento
dente da CDL São Luís, Socorro centro comercial. que já realizamos desde 2009,
Noronha, o presidente da Federa- O secretário Marcos Freitas trazendo os empresários para
ção das CDLs, Alberto Nogueira, o explicou que algumas obras este espaço de discussão que é
diretor da Fiema, Roberto Bastos já estão sendo realizadas, em essencial para que a classe seja
da Silva, os vereadores Rose Sales pontos estratégicos das ruas do ouvida e o cenário atual se mo-
e Francisco Chaguinha, e o presi- centro da cidade, mas observou difique”, destacou o presidente
dente da Fundação Municipal do que muito trabalho ainda neces- José Arteiro.

Comércio em Revista 17
Rua Grande através do tempo
1640 | Por ocasião da invasão dos holandeses, a 1912 | Instalação de uma oficina em Icatu, espe-
Rua Grande já possuía 4 quadras e alguns edifícios cializada na lavra de pedras de granito no forma-
- indo até a rua da Cruz, e já se configurava como to de paralelepípedos, usadas no calçamento
caminho de acesso ao interior da ilha. das ruas.

1665 | Governantes transformam o caminho em 1912 | Com a Igreja da Nossa Senhora da Concei-
rua, permitindo a passagem de carros de boi, ção como sede da Freguesia do mesmo nome,
favorecendo o transporte de cargas do Centro ao a rua Grande possuía linha de bonde em toda
Cutim. sua extensão, indo até o Anil, e outra que cortava
ligando o Largo dos Remédios até a Quinta do
1743 | Época da construção da Igreja de Nossa Matadouro (São Pantaleão), pelas ruas Rio Bran-
Senhora da Conceição dos Mulatos, sede paroquial co, do Passeio, e a atual rua do Norte.
a partir de 1805.
1920 | Conforme Lei Municipal desta década,
1844 | A Rua Grande já se estendia até a rua do que exigia a construção de platibandas nas
Outeiro e, a partir daí, era chamada de Caminho edificações, o aspecto colonial foi seriamente
Grande, onde existiam várias Quintas, e se pro- alterado.
longava até as Fortificações de proteção contra a
invasão dos indígenas, nas proximidades do bairro 1939 | Foi demolida a Igreja N. S. da Conceição, e
do Monte Castelo, permanecendo como caminho no local foi erguido mais tarde o edifício Caiçara.
de acesso à zona rural.
1940 | Na execução do Plano de Reforma Urba-
1855 | Em 10 de março deste ano, é concluído o cal- nística da cidade de São Luís o antigo Caminho
çamento, após quase três anos de serviços, durante Grande recebeu pavimentação e arborização.
a administração do Sr. Eduardo Olímpio Machado, Foi feita a reforma da Praça João Lisboa e a
custando ao governo a quantia de 14:857$530 réis. abertura da avenida Magalhães de Almeida.

1866 | Existiam 178 casas construídas ao longo 1979 | Durante a administração de Mauro Fe-
desta via. cury, houve a segunda tentativa de fechamento
da rua Grande e algumas das suas transversais,
1867 | Novo calçamento foi realizado por João Pe- para o trânsito de veículos. A primeira tentativa
reira Leite, contratado por 7:760$000 réis para um foi feita durante a gestão do Major Pereira dos
trecho de 4.500 braças. Santos, na década de 1950, abrangendo o tre-
cho entre a praça João Lisboa e a rua da Cruz.
1868 | Menos de um ano depois, a 25 de maio,
Dr. Jansen Ferreira fechou novo contrato para o 1990 | A Prefeitura executa um novo projeto de
calçamento de 1.170 braças quadradas com o urbanização para a rua, com o alargamento das
Capitão-de-Engenheiros, Dr. Francisco Gomes de calçadas, incluindo piso em placas de concre-
Sousa. A obra incluía os paredões para segurança to pré-moldadas, mantendo-se a pista com
de barreiras. paralelepípedos, prevendo a implantação das
instalações por via subterrânea. Adotou-se uma
1897 | O governador Manuel Inácio Belfort Vieira política de valorização das edificações, com a
surgiu com a idéia do assentamento das pedras recuperação das fachadas e padronização da
com cimento. publicidade.

Extraído do livro Rua Grande: um passeio no tempo, do jornalista Paulo de Melo Souza

18 Comércio em Revista
ARTIGO

Inclusão Social: um
investimento para o futuro JOSÉ ARTEIRO DA SILVA
PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO-MA

O Fundo Monetário Interna- sua proposta para as cidades de a espera de ações que desper-
cional anunciou que a previsão Imperatriz, Santa Inês, Caxias e tem oportunidades para mais
de crescimento econômico para Bacabal. pessoas.
o Brasil em 2011 está estimada Como exemplo do Programa O Programa do Senac, faz sua
em 4,5%. Tal projeção carrega que o Senac encabeça, o próprio parte e contribui para o desen-
em si algumas responsabilidades setor empresarial, seja do comér- volvimento de novas fontes de
sociais implícitas a todos os seto- cio, ou de outros segmentos do geração de renda, promovendo
res, tais como maior inserção de estado, poderá investir nessas o comércio e ampliando o
pessoas deficientes e oportuni- mercado de trabalho, através de
dade para aqueles que desejam ações que podem ser vistas em
se preparar para o futuro. qualquer visita às comunidades
Incluir é, sobretudo, oportu-
nizar novas perspectivas, con-
Incluir é beneficiadas com suas ações.
Além de incluir, carrega em si
quistas e espaços de trabalho. oportunizar uma carga emocional que pôde
O Brasil não retrocede quando ser constatada durante a assina-
o assunto é crescimento, de novas tura dos Termos de Parceria para
forma que é possível investir em
camadas menos favorecidas para perspectivas, realização dos cursos em 2011. Os
dirigentes das entidades parceiras
mudar essa situação.
Prova disso está no Programa
conquistas e cadastradas para receberem os
cursos mostraram, através de
de Inclusão Social que o Sistema espaços de discursos emocionados, todas as
Fecomércio, através do Senac, no oportunidades que foram criadas
Maranhão, realiza. Mais de sete trabalho ao longo desses anos.
mil pessoas já foram beneficiadas Certos dos compromissos
em cursos gratuitos para pessoas pessoas, dando-lhes a chance de assumidos à frente dessas entida-
de baixa renda, vinculadas as transformar o que hoje parece des, os dirigentes ensinam que só
comunidades da periferia de São difícil, no futuro de oportunida- com dedicação, amor, compro-
Luís, e, também, aos portadores des. A inclusão social já orientou metimento e parceria é possível
de deficiências. O Programa, a elaboração de políticas e leis fazer um país mais justo. E que
que antes era restrito à cidade para criação de programas e o exemplo do Senac seja visto
de São Luís, segue, pelo sexto serviços nos últimos 50 anos, como um investimento que hoje
ano consecutivo, expandindo mas ainda é uma lacuna aberta, contribui para o futuro da nação.

Comércio em Revista 19
ECONOMIA

Geração
shopping
center EMPRESÁRIOS INVESTEM NA
IMPLANTAÇÃO DE SHOPPINGS
EM SÃO LUÍS
C
ompras, lazer, alimenta- empregam diretamente 760 mil 1986, geminado com o Edifício
ção, estética, entre outros pessoas. Monumental, em uma área, até
serviços concentrados A indústria de shoppings está então, sem muito valor comercial,
em um ambiente climatizado ligada ao desenvolvimento eco- haja vista se tratar se uma região
são alguns dos atrativos que cha- nômico; à geração de empregos de mangue, que, anos depois, se
mam atenção dos consumidores diretos e indiretos; ao crescimen- transformou em um dos metros
de todas as idades, ainda que, to urbano; ao aprimoramento do quadrados mais caros da cidade.
os adolescentes configuram-se comércio local, que precisa avan- Kátia Pessoa, administradora
como os principais frequentado- çar para não perder espaço; e até do Tropical Shopping, atribui a
res dos ambientes. No entanto, é mesmo à valorização imobiliária. fidelidade do consumidor, em
preciso mais para atrair o consu- “Os motivos que levam ao parte, à questão da localização
midor, o que justifica a constante crescimento acelerado do núme- geográfica. “Somos beneficiados
modernização para acompanhar ro de shoppings, especialmente pela nossa localização. Ao nosso
as tendências do mercado. no Nordeste ligam-se, de um lado entorno surgiram edifícios, tanto
Dados da Associação Bra- à elevação da renda e do poten- residenciais quanto comerciais,
sileira de Shoppings Centers cial de consumo de um grande várias escolas e universidades.
(ABRASCE) apontam, em feve- contingente de brasileiros na Quem está no Tropical, muitas
reiro de 2011, uma marca de última década, possibilitados vezes não foi ao shopping,
408 shoppings no país, e esse pela estabilização inflacionária, mas ao médico, ao dentista, ao
número chegará aos 433 até ampliação do crédito e dinamis- escritório do advogado, ou está
o fim do ano. O faturamento mo do mercado de trabalho”, a caminho da faculdade, enfim,
estimado dos shoppings, em esclarece o economista Felipe passa, vê uma vitrine com preços
2010, esteve na casa dos R$ 87 de Holanda, vice-presidente do atrativos, entra na loja e compra”,
bilhões, resultado de um merca- Conselho Regional de Economia explica Kátia.
do consumidor de cerca de 329 do Maranhão. O Tropical recebe diariamen-
milhões de pessoas circulando a Em São Luís, o Tropical Shop- te um grande fluxo de pessoas e
cada mês nos shoppings do país. ping Center, primeiro shopping pode ser considerado um ponto
Todos esses empreendimentos do Maranhão, foi construído em turístico da cidade. Além da loca-

Comércio em Revista 21
lização privilegiada, outro ponto ppings. Com menos de um ano do Grupo Sá Cavalcante, o em-
a favor do negócio é o fator de funcionamento, o Rio Anil preendimento já vendeu 69%
emocional, conforme comenta Shopping é o mais recente da do shopping ainda em fase de
Kátia Pessoa. “Por termos sido o cidade. Possui três andares em construção. “Marcas como C&A,
primeiro shopping da cidade, 62 mil metros quadrados de área Renner, Riachuelo, Centauro e
a população ludovicense criou construída, onde se encontram Etna são exemplos de redes que
um vínculo forte conosco, afinal, 163 lojas, praça de alimentação já fecharam contrato conosco.
a maior parte da população da com capacidade para 1.500 Essa situação é totalmente
cidade cresceu aqui. Muitos pessoas e seis salas de cinema. atípica, normalmente, 60% da
tiveram o primeiro encontro nas Foi construído, sobretudo, para locação de um shopping novo,
nossas praças, casaram e seus ser uma opção para quem mora ocorre seis meses antes da inau-
filhos deram seus primeiros pas- distante do circuito de shop- guração”, revela o empresário.
sos em nossos corredores, pois pings, concentrados no eixo O economista Felipe de
até então, não havia os outros Renascença-Calhau. Está situado Holanda completa que “em uma
shoppings”, acrescenta. em uma localização privilegiada, cidade como São Luís, onde os
em uma das regiões mais popu- problemas com o trânsito ainda
NOVOS losas de São Luís, próximo aos deverão piorar, antes de que as
Outros empreendimentos bairros Turu, Anil e Cohab. É um soluções ofereçam alternativas,
recém-inaugurados pontuam shopping voltado para o merca- a tendência é o reforço ao con-
o crescimento do setor, a do consumidor em expansão, a sumo em Shoppings. Não é a
exemplo Rio Anil Shopping, chamada “nova classe média”. toa que tais empreendimentos
inaugurado em 2010, integra Além desse, destaca-se o estejam se instalando com cele-
o hall de empreendimentos Shopping da Ilha, com inaugura- ridade em nossa capital”, afirma.
mais modernos na área de sho- ção prevista para o fim de 2011, Mas não é só em São Luís que
e com a promessa de trazer os empreendimentos estão em
para São Luís um novo conceito crescimento, em outras cidades
de lazer, trabalho e domicílio, maranhenses, esse modelo de
agregando edifícios corporativos comércio também faz sucesso.
e residenciais no entorno do Em Imperatriz, que teve seus
centro de compras. Com dois primeiros shoppings
previsão de inauguração até inaugurados na década de 90,
novembro deste ano, o Sho- o cenário também é outro e o
pping da Ilha, por exemplo, mercado pode ser considerado
calcula investimentos da de expansão. Para 2012 está pre-
ordem de R$ 240 milhões visto a inauguração do Imperial
até o ano de 2015, sendo Shopping Center que deve ter
R$ 160 milhões do grupo uma área de mais de 50.000 m²,
construtor e R$ 80 mi- com 180 lojas, praça de alimen-
lhões de lojistas. tação e quatro salas de cinema.
Segundo Leonardo Além dele, o Tocantins Shopping
Cavalcante, diretor - Center tem inauguração previs-
superintendente ta ainda para este ano.

22 Comércio em Revista
COMÉRCIO
Segundo a Associação
Brasileira de Shoppings Centers
(ABRASCE), o mercado de sho-
ppings é responsável por 18,3%
do varejo nacional e por 2%
do Produto Interno Bruto (PIB).
Esses números comprovam a
importância do setor, que, ainda
segundo a ABRASCE, cresceu
28% entre 2006 e 2008. Os
investimentos dos grupos cons-
trutores e a abertura do mercado
ao capital externo são alguns
fatores responsáveis pelos resul- grandes e modernos. Kátia Pes- “Uma pessoa que more no Olho
tados positivos do setor. soa comenta que há oscilação d’Água, por exemplo, precisando
Se o comércio varejista é nas vendas das lojas do Tropical ir ao shopping, não deixará de
diretamente afetado pelo mer- a cada inauguração de um novo ir ao Rio Anil, que fica próximo,
cado de shoppings, os centros shopping em São Luís. Segundo para ir ao Tropical, já que há
de compras menores também ela, o que termina sendo deter- muitas lojas comuns em ambos
sofrem o impacto dos shoppings minante é a questão geográfica. os locais”, justifica.

Comércio em Revista 23
EMPREENDEDORISMO

O sucesso
está em você!
O QUE É MAIS IMPORTANTE NA HORA DE INICIAR
NO MUNDO DOS NEGÓCIOS E DE MANTER-SE NO
MERCADO COMPETITIVO

24 Comércio em Revista
Investir na área empresarial, situações, sentem-se confusos e em Revista” selecionou algumas
montar o próprio empreendi- indecisos em um mercado com- dúvidas e solicitou a orientação
mento, ter o tempo exato de ar- petitivo, em constante expansão de um especialista, o gerente
riscar em novidades, incrementar e concorrência. Para responder de atendimento do Sebrae-MA,
a divulgação, são alguns dilemas algumas questões que pontuam Marco Aurélio Abdala para ava-
de jovens empresários e de a vida de quem decide tornar- liar o mercado e os desafios no
antigos que, em determinadas -se empreendedor, a “Comércio mundo dos negócios

Planejamento
A principal informação dentre outras, na qual o empreendedor deve focar o seu
planejamento é mercado.
O princípio básico da demanda/oferta é o princípio que rege o mundo dos negócios.
A localização e o perfil do consumidor são informações vitais para que o produto e/
ou serviço seja aceito e tenha periodicidade no consumo, além disso, o estudo de mercado
inclui também a pesquisa de fornecedores e de concorrentes.
Essas informações em conjunto com outras tais como: tendências de mercado, a estrutura
de custos adequada, o valor do investimento total, a estrutura ideal, devem estar organiza-
das no instrumento denominado Plano de Negócio.

Manutenção
Após a abertura do próprio negócio, o empreendedor se depara com uma série
de novos desafios organizacionais, partindo da implementação do seu plane-
jamento sólido de estratégias, composta de diretrizes e metas, até o controle
das operações internas e externas da empresa. Para o sucesso do negócio, o
empreendedor deve focar em todas as funções da empresa de forma equilibrada para que
o mesmo tenha conhecimento e domínio do todo. Contudo, destacam-se algumas variáveis
de preocupação permanente, tais como: concorrência, qualidade no produto e/ou serviço,
custos, inovação bem como outros indicadores de competitividade empresarial.

Comércio em Revista 25
A hora certa
Não há como estimar um tempo ideal de planejamento para criação de uma
empresa, varia de negócio para negócio, pois é necessário analisar quais serão
os objetivos e finalidades do empreendimento, posteriormente a isso, deve ser
feito um projeto com o levantamento de todos os custos (fixos e variáveis) e
uma previsão de faturamento após essa empresa aberta. Este projeto se chama plano de
negócio, que disporá de informações indispensáveis para atingir o sucesso dessa empresa,
com o foco na viabilidade e identificar oportunidades, estabelecer metas e definir as ações
necessárias para atingi-las.

Marketing
A divulgação é fator de sucesso tanto para quem pretende abrir uma empresa
quanto para quem já possui empresa funcionando, pois de um lado contribui
para a entrada no mercado e de outro lado contribui para a sua permanência.
O peso da divulgação para quem inicia em especial para o setor de serviços
é fator crítico de sucesso visto que a prestação de serviços está associada à percepção que
consumidor tem do atendimento, logo, quanto mais o serviço agregar valor ao potencial
consumidor maior a probabilidade de se tornar um consumidor efetivo.

Sucesso
Pequenas empresas que se mantêm no mercado, demonstraram que o foco
deve estar iluminado de forma contínua para: controle e acompanhamento
sistemático dos custos e finanças em geral, inovação como fator de agregação
de valor ao produto/serviço, investimento permanente em desenvolvimento de
pessoas em especial em capacitação.

O erro dos iniciantes


• Abrir o negócio sem planejamento formal.
• Ausência de recursos próprios. Condiciona a
abertura do negócio com a probabilidade de
financiamento;
• Definição do preço de venda do produto/
serviço sem considerar a estrutura de custos
total da empresa.

26 Comércio em Revista
O erro dos
experientes
• Manter-se preso ao modelo de
gestão inicial da empresa sem
agregar nenhum tipo de inovação.

• Não buscar alianças estratégicas com outras


empresas. As redes de supermercados e de
farmácias são a prova de que as alianças são
alternativas eficazes de permanência no mer-
cado.

• Não realizar de forma sistemática o plane-


jamento estratégico da empresa, definindo
metas baseado em histórico anterior.

• Se para funcionar a empresa, o empresário


obrigatoriamente precisa estar presente é
sinal de que algo está errado. A empresa deve
funcionar com ele e sem ele presente, pois o
modelo de gestão é eficiente.
ARTIGO

A economia maranhense
e os desafios de 2011 FELIPE DE HOLANDA
VICE-PRESIDENTE DO CORECON-MA

A economia maranhense Os fatores mais importantes exige, portanto, uma avaliação


exibiu no período 2003 a 2010 que explicaram o robusto cresci- das perspectivas da economia
uma taxa de crescimento acu- mento da economia maranhen- mundial e brasileira, para que
mulada de 61,0%, ou de 7,0% ao se no período foram a expansão seja possível determinarmos as
ano, comparada a 4,5% ao ano das cotações das commodities oportunidades e os riscos que
no nível nacional e a 5,5% ao agrícolas e minerais no mercado se colocam para a economia do
ano na região Nordeste. Trata- internacional, a expansão do Estado.
-se, portanto de um excelente crédito e as políticas de transfe- No que se refere ao capítulo
desempenho, que tem boas rência de renda. da taxa de câmbio, a superva-
condições de se reproduzir no O modelo de crescimento lorização da moeda brasileira
próximo quinquênio, tendo em maranhense chama a atenção coloca em risco as exportações
vista a forte concentração de pelo peso elevado das chama- industriais brasileiras e produz
novos investimentos anuncia- das atividades primário-expor- um déficit de transações corren-
dos para o período. É importante tadoras, com diminuto poder tes que poderá ultrapassar os 4%
reconhecer, todavia, que grande gerador de empregos e também do PIB em 2011. Outro aspecto
parte do dinamismo observado de geração de tributos – entre delicado é a evolução da infla-
deveu-se a fatores que não de- 2002 e 2008, os dados do IBGE ção, hoje próxima ao patamar
pendem das condições internas apontam que as atividades de de 6% ao ano, que exige das
à economia maranhense, mas silvicultura, exploração florestal autoridades monetárias medidas
sim das condições financeiras e extrativa mineral contribuíram de intervenção tempestivas, para
internacionais e da condução com cerca de 30% da expansão evitar movimentos especulativos
da política macroeconômica do produto estadual. A pauta contra a moeda nacional.
nacional. de exportações maranhense, Neste ponto penso já ser
com cerca de 97% de seu valor possível fazermos uma avaliação
representado pelo complexo preliminar do novo governo da
ferro, alumínio e soja, mostra presidente Dilma Roussef no que
a elevada vulnerabilidade do se refere à capacidade de produ-
Estado aos ciclos de preços zir medidas de correção de rumo,
das commodities agrícolas e capazes de atenuar possíveis
minerais. ondas de choque advindas do
A discussão sobre o exterior e de manter os aspectos
cenário econômico para positivos do período anterior, tais
o Maranhão em 2011 como a expansão dos empregos

28 Comércio em Revista
e do crédito e a recuperação do financeira mundial de outubro de transferências federais ao Estado,
investimento agregado. 2008, quando a retração do mer- as quais constituem hoje a parcela
As medidas de contenção cado mundial de commodities e predominante do financiamento
de financiamentos mais longos, a forte contração do crédito reti- dos gastos públicos no Estado.
anunciadas no período de raram da Bahia de São Marcos os Será, entretanto, na capacidade
transição, não vão ao centro do navios exportadores, suprimiram de antecipar os desafios do médio
problema da inflação, insuflada centenas de empregos da indús- e longo prazo que ocorrerá o gran-
principalmente pelos preços tria do ferro-gusa em Açailândia de teste da economia maranhense
dos alimentos e serviços. Será e Bacabeira e os recursos para o em 2011. O anunciado pacote de
necessária uma elevação da taxa investimentos no Estado para os
primária de juros, mas os ruídos próximos seis anos, que supera os
na comunicação do Banco Cen- R$ 100 bilhões, concentra-se em
tral com o público e uma menor
independência operacional de
Podemos sua maior parte em investimentos
em energia, mineração, reflores-
sua diretoria, podem fazer o tim- ser mais que tamento, transportes e logística.
ming do ajuste não se efetivar no O impacto sobre o emprego é
tempo necessário. uma base intenso na fase de implantação.
O front fiscal é mais compli- Na fase de operação, entretanto,
cado. A dupla Guido Mantega exportadora estima-se que a geração de em-
(Fazenda) e Miriam Belchior
(Planejamento) não parece reunir
fortemente pregos decairá a menos de 10% da
fase de implantação. Como mudar
as credenciais necessárias para dependente esta tendência?
realizar ajustes restritivos, e a infla- A resposta passa necessaria-
ção de ministérios e de barganhas de políticas mente pelo que os economistas
partidárias para compor a base
de sustentação congressual de
federais de e planejadores chamam de “aden-
samento das cadeias produtivas”,
uma presidente de menor poder transferência a partir de uma política industrial
de aglutinação política que o an- ativa, que priorize investimentos
tecessor preocupam, não apenas de renda complementares aos atuais,
porque vão aumentar o tempo voltados para o atendimento ao
do ajuste necessário, mas porque financiamento ao consumo e ao mercado interno, à geração de
provavelmente vão impedir uma plantio agrícola no Sul e Nordeste empregos e à geração de impos-
reorientação do gasto público do Estado evaporaram. Existe a tos.
para uma maior efetividade nos possibilidade, não desprezível, Podemos ser mais que uma
investimentos em infraestrutura, de novas ondas de turbulência base exportadora fortemente
hoje o grande gargalo para a externa em 2011, que poderão dependente de políticas federais
viabilização do tão desejado cres- impactar os preços de commo- de transferência de renda. Com
cimento sustentado. dities exportadas pelo Maranhão os recursos privilegiados que o
Como fica o Maranhão neste e, principalmente as condições Estado dispõe, com o talento de
cenário macroeconômico menos de crédito ao custeio agrícola, ao sua gente, podemos passar do
favorável em 2011? Devemos investimento e ao consumo. É crescimento reflexo ao desen-
todos lembrar os seis meses previsível também que haja algum volvimento com ampliação de
seguintes à deflagração da crise grau de contingenciamento nas oportunidades. Quem viver, verá.

Comércio em Revista 29
TURISMO

Os lucros do turismo
EXPANSÃO DA ROTA TURÍSTICA DO MARANHÃO
INCENTIVA O CRESCIMENTO DO COMÉRCIO

Atrair turistas e empre- início de fevereiro, trazendo cer-


endimentos consolidam-se ca de 300 passageiros vindos da
como um bom negócio para Europa. Esse cruzeiro, que geral-
dar visibilidade aos estados e mente realiza viagens pelo Mar
constitui em uma ferramenta Mediterrâneo, estava ancorado
para incrementar outros setores em Casablanca, no Marrocos,
da economia, principalmente, o antes de vir para o Brasil, onde
comércio que se configura como passou por Fortaleza (CE) antes
estratégico neste processo. Os da chegada a São Luís. Daqui,
setores turístico e comercial se partiu para Belém (PA) e Manaus
retroalimentam, portanto, em (AM), e posteriormente para o
um movimento cíclico em que Mar do Caribe.
um colabora direta e indireta- A atração de turistas estran-
mente para o desenvolvimento geiros, a exemplo do navio Prin-
do outro. cess Danae, contribui para o de-
O secretário municipal de senvolvimento do comércio de
turismo de São Luís, Liviomar São Luís. Pesquisas afirmam que turismo religioso entre outras
Macatrão, destaca que trabalhar turistas de outros países tenham vertentes. Como exemplo, temos
em parceria com o poder legis- média de gastos superior aos de a cidade balneária São José de
lativo, com apoio da prefeitura turistas brasileiros, e, além disso, Ribamar, cujo turismo, essen-
é de suma importância para um visitante de cruzeiro, caso cialmente religioso, movimenta
o crescimento do turismo em goste da cidade, certamente o comércio formal e informal
São Luís. “Assim temos recursos retorna em outra oportunidade em artigos religiosos durante o
econômicos para agir de ma- com o intuito de estadia maior. ano inteiro e aumenta durante
neira responsável. E o comércio O que ainda se observa é que o festejo do santo padroeiro do
comemora, pois vende mais”, o turista que vem a São Luís pas- Maranhão.
completa. sa pouco tempo aqui, dividindo Já no município Raposa, a 28
Um ponto impulsionador do sua estadia entre São Luís, Alcân- quilômetros de São Luís, a eco-
turismo tem sido a inserção de tara e Lençóis Maranhenses. No nomia é pautada na tradição do
turistas estrangeiros, como no entanto, outras cidades, também artesanato, mais precisamente,
caso do navio Princess Danae, desenvolvem-se comercial- dos produtos feitos de renda
de bandeira portuguesa, que mente a partir de vertentes do de bilro. É da comercialização
atracou no Porto do Itaqui no turismo, como o ecoturismo, o de blusas, toalhas de mesas,

30 Comércio em Revista
colchas de cama, saídas de ba- Souza, presidente do São Luís
nho entre outros produtos que Convention & Visitors Bureau, ex-
as mulheres-rendeiras ajudam plica como o turista de eventos
a sustentar a família. Os preços movimenta, especialmente, o
variam de R$2,00 até R$350,00 comércio local. “Os participantes
que são cobrados de uma toalha de um evento têm um potencial
de mesa de três metros. Na Ra- de gasto superior ao turismo de
posa há dois espaços fortes para lazer. O turista de eventos e negó-
a comercialização dos trabalhos. cios, uma vez bem recepcionado,
Na Avenida Principal, no espaço cativado e tendo descoberto as
conhecido como “Corredor das virtudes da população nativa,
Rendas” conta com cerca de sua cultura e gastronomia, passa
20 lojas feitas em madeira são a ser propagandista do destino,
comandadas por artesãs que e, seguramente, um elevado per-
assumem o papel de lojistas. centual desses turistas retorna
trazendo familiares e amigos”, diz
NEGÓCIOS Souza.
Um dos setores que mais mo- Segundo a pesquisa Perfil
vimenta o turismo em São Luís é sócio-econômico do turista de
o de eventos, que é um segmen- eventos, realizada anualmente
to do turismo que compreende pelo São Luís Convention &
o deslocamento de pessoas Visitors Bureau (SLC&VB), as re-
com o objetivo de participar de giões norte, nordeste e sudeste
eventos tais como congressos, lideram a emissão de turistas de
Ruínas da Igreja Matriz, Alcântara-MA convenções e assembléias. Nan eventos. Ainda de acordo com
no turista interno a consciência
dos mecanismos englobados
na atividade turística, tais como
movimentação da economia e
geração de emprego.
Nessa perspectiva, os grupos
de passeio realizam visitas aos
centros de artesanatos concen-
trados, sobretudo, no Centro
Histórico, restaurantes, feiras
e mercados, podendo visitar
também o centro comercial e os
shoppings centers de São Luís.
Tais centros de artesanato
agregam o “comércio turístico” da
cidade, ou seja, são locais onde
o turista, tanto o interno quanto
o que vem de fora do Maranhão,
pode encontrar artigos diversos
relacionados ao estado, desde
miniaturas do bumba-meu-boi ao
tradicional Guaraná Jesus.
O Turismo Social do SESC dedi-
ca grande parte do city-tour reali-
Teatro Arthur Azevedo, São Luís-MA zado nas ruas do Centro Histórico
somente na Praia Grande, onde
esse estudo, um percentual de cimentos históricos, culturais e
está a maior parte do acervo ar-
31% tem uma média de idade sociais dos pontos turísticos do
quitetônico e cultural de São Luís.
de 31 a 47 anos, enquanto 41% Maranhão. Segundo Maria Ode-
“O guia leva os participantes para
dos turistas de eventos têm te Campos, turismóloga e coor-
conhecer a feira da Praia Grande
entre 41 e 50 anos. denadora do Turismo Social do
(antiga casa das Tulhas), onde po-
Quanto à renda média dos SESC-MA, “a intenção principal
dem degustar e adquirir os produ-
turistas, há uma variação de ao se elaborar a programação
tos típicos lá encontrados (frutas,
seis a oito salários mínimos re- do Turismo Social é proporcionar
doces, cachaças, licores, castanhas,
presentando um percentual de novas oportunidades de lazer,
geléias, camarão)”, destaca Maria
25%, dado que demonstra um priorizando o enriquecimento
Odete, que frisa a importância do
aumento significativo no poder cultural, a educação, a melhoria
tempo livre que todos os turistas
aquisitivo dos participantes de das relações interpessoais, o de-
têm para fazer compras, fomen-
eventos. senvolvimento integral da saúde
tando o comércio
e a consciência ecológica”.
local.
TURISMO SOCIAL Para além dos conheci-
Na perspectiva de estimular mentos proporcionados pelos
a atividade turística dentro do passeios e viagens, o Turismo
estado, o Turismo Social do Social tem a preocupação de
SESC busca incentivar por meio incentivar o crescimento do
de passeios e viagens os conhe- comércio local, despertando

32 Comércio em Revista
TECNOLOGIA

MUNDO DIGITAL
PARA SUA EMPRESA
A TECNOLOGIA PODE FORTALECER O MARKE-
TING DE UM NEGÓCIO. PARA TAL É NECESSÁRIO
ESTAR ATENTO ÀS LIMITAÇÕES DE CADA SITU-
AÇÃO E AOS NOVOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS
QUE ACONTECEM DIARIAMENTE.

O processo de modernização de um negócio


passa obrigatoriamente pela cuidadosa avaliação
de suas necessidades específicas, para saber em que
tipo de tecnologia será necessário investir e quais as
estratégias ideais para melhor utilizar as ferramentas
que serão disponibilizadas com esse investimento.
O papel da tecnologia também é importante na
gestão de um negócio. Mas o envolvimento de todas
as áreas nesse processo, além do setor de compras,
é um dos requisitos fundamentais para a mudança
cultural necessária ao sucesso dessa reestruturação.
Muitas empresas enxergam a Tecnologia da
Informação como custo, não como investimento e,
por isso, na hora da crise, a área de TI é uma das que
mais sofrem com a redução de orçamentos. Mas será
que deixar de lado a Tecnologia é a melhor opção na
hora do aperto?
Estudo realizado pela SAP (Sistemas, Aplicativos e
Produtos para Processamento de Dados) na Europa,
Oriente Médio e África, reunindo cerca de 500 profis-
sionais seniores de TI, identificou que a maioria dos
líderes não está investindo o suficiente em inovação
– e sabe disso.
Uma das constatações mais graves da pesquisa
é que 43% dos profissionais admitem que a falta de
inovação minou chances de potenciais reduções de
custo, o que indica que economizar com inovação
pode render prejuízos na contabilidade final.
No ano passado, foi o ano de várias novidades no
mundo da tecnologia. Agora em 2011, a tecnologia
vai receber novos produtos, gadgets, softwares e
muito mais. Confira algumas novidades:
Cius
Cisco, preço a definir / Lançamento no Brasil:
primeiro trimestre de 2011

Voltado para uso corporativo, o


Cius é um tablet que pretende
levar ao mundo móvel os recursos
de colaboração desenvolvidos pela fabricante, como a videoconferência em alta defini-
ção em tempo real, acesso a e-mails, mensagens, navegação na internet e serviços de
produção, edição e compartilhamento de conteúdo na nuvem.

IPad 2
Apple, preço entre US$ 499 e US$ 829 /Lança-
mento no Brasil: segundo semestre de 2011

A nova versão pesa 590 gramas,


contra 680 gramas do primeiro tablet.
Em profundidade, ele é 33% mais fino:
tem 8,8 mm contra 13,4 mm do anti-
go. A bateria será capaz de funcionar por 10 horas consecutivas enquanto estiver sendo
utilizado. “E até um mês em stand by”.O novo equipamento virá com novo processador
A5, da Apple, que possui dois processadores.Outra novidade do iPad 2 são as câmeras.
São 2: uma frontal para videoconferências e uma traseira para as fotos.

Iconia
Acer, preço a definir / Lançamento
no Brasil: segundo trimestre de 2011

O Iconia é o notebook da Acer formado por duas telas


LCD sensíveis ao toque. As telas touchscreen de 14
polegadas possuem resolução de 1366×768
pixels, protegidas por vidro. O aparelho
possui processador Intel i5 2,66 GHz, 2GB de
RAM, 320GB de HD, saída HDMI e versões em 3G.

Comércio em Revista 35
PlayBook
BLACKBERRY, Preço a definir / Lançamento
no Brasil: segundo trimestre de 2011

O PlayBook, já tem despertado


interesse de empresas de diversos
países. Com um processador de 1
GHz, 1 GB de RAM, câmeras frontal e trasei-
ra, o PlayBook virá com um sistema operacional
próprio, o BlackBerry Tablet OS. A empresa promete
uma estrutura rígida contra invasões, porém flexível para
que os gestores possam acompanhar o uso do aparelho pelos
funcionários, com vários aplicativos de uso profissional.

Cintiq
WACOM, Preço: R$ 7.999

A combinação de um LCD colorido com os recursos de


entrada de caneta líderes do setor permite que fotógrafos,
designers, animadores e outros profissionais de criação traba-
lhem de forma natural e intuitiva diretamente na superfície da
tela de formato grande ( 21,3”).
ARTIGO

Proteção trabalhista e
desenvolvimento econômico
JAMES MAGNO ARAÚJO FARIAS
DESEMBARGADOR DO TRT-MA, PROFESSOR DE DIREITO DA UFMA, ESP. EM ECONOMIA DO
TRABALHO PELO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA UFMA E MESTRE EM DIREITO PELA UFPE

O Direito do Trabalho vive dos É a lógica perversa da relação O magistrado trabalhista hoje
conflitos intersubjetivos, onde os entre trabalhadores e empregado- não pode limitar-se a contemplar o
seres humanos são antagonistas res. processo como se fosse algo etéreo
diretos, cada um com seus próprios No século XIX já estava bastante e distante da realidade cotidiana. O
interesses. Inegável a influência da evoluída na Europa a preocupação processo reflete apenas as vidas que
formação econômica do Estado com as condições laborais dos tra- estão por trás dele, as aspirações dos
brasileiro sobre a Justiça Traba- balhadores, impondo-se a adoção litigantes, o desejo de materialização
lhista, que vive o clássico conflito de medidas protecionistas legais da justiça.
quotidiano entre capital e trabalho, para este mister. Até o Papa Leão Defendeu-se sempre a ótica de
tentando vislumbrar os pontos de XIII, ao editar a famosa Encíclica que o Brasil vai mal com o modelo
contato entre o modelo econômi- “De Rerum Novarum” em 1891, na jurisdicional que escolheu, muito for-
co estatal e sua influência sobre a qual defendia a união entre em- mal, recheado de escapismos e aves-
estrutura básica do capitalismo pregados e empregadores, acabou so a ventos de modernidade. Mas
brasileiro. por adotar os princípios da Justiça como seria este mesmo país sem os
O Trabalho humano é um bem Social. direitos mínimos trabalhistas e com a
e uma qualidade individual, tanto Alvin Toffler escreveu que “a manutenção da mentalidade jurássi-
que uns sabem utilizá-lo de forma transição da civilização da Primeira ca de parte do atual empresariado?
melhor que outrem. Enquanto Onda para a Segunda Onda foi Não seria melhor voltar logo para a
alguns trabalhadores exigem e um longo e sangrento drama de Idade Média?
recebem justo pagamento pela guerras, revoltas, fome, migrações Não, o Direito do Trabalho não
venda de sua força de trabalho, forçadas, golpes de estado e cala- impede o desenvolvimento do país;
outros são impiedosamente midades. Hoje as paradas são mui- o que impede é a ganância, a mes-
explorados. Na disputa pela força to mais altas, o tempo mais curto, a quinharia, a miopia crônica de meia
de trabalho, pelo resultado do aceleração maior, os perigos ainda dúzia de não aceitam perder seu
trabalho material e pelo melhor sa- mais amplos. Muito depende da naco de poder quinhentista e suas
lário com o menor esforço, temos flexibilidade e inteligência das eli- práticas de feitorio que impedem o
os conflitos trabalhistas. Enquanto tes, subelites e superelites. Se estes acesso à educação, à crítica e, conse-
o empregador busca o maior grupos revelarem ser tão míopes, quentemente, a melhores condições
lucro com o pagamento do menor destituídos de imaginação e assus- de vida. O que deve ser impedida é
salário, a única mercadoria que tados como a maioria dos grupos a violação contumaz de direitos indi-
o trabalhador tem para vender é governantes no passado, eles resis- viduais e coletivos, sem jamais deixar
sua própria força de trabalho, pelo tirão rigidamente à Terceira Onda os cidadãos ao desamparo. Remédio
que procura melhores condições e, desse modo, enfrentarão os sugerido: uma tutela jurisdicional
de trabalho e uma jornada laboral riscos da violência de sua própria cada vez mais eficiente, transparente
menor. destruição”. e independente.

Comércio em Revista 37
PESQUISA

Intenção de consumo
volta a subir em fevereiro
DADOS DIVULGADOS PELA FECOMÉRCIO MARANHÃO E PELA CONFEDERAÇÃO
NACIONAL DO COMÉRCIO (CNC) DEMONSTRAM QUE A INTENÇÃO DE CONSUMO DAS
FAMÍLIAS BRASILEIRA APRESENTOU UMA LIGEIRA ELEVAÇÃO EM FEVEREIRO

As pesquisas realizadas pelas ano a redução foi de 3,9% na


Fecomércio e CNC apresentaram disposição de compra do consu-
um crescimento de 0,7% na midor maranhense. As compras
disposição dos brasileiros para a prazo, com queda de 15,81%,
realizarem compras em fevereiro, e a satisfação com o consumo
motivados principalmente pelo atual, apresentando 10,78% a
momento favorável do mercado menos do que igual período do
de trabalho. ano passado, foram os principais
Na composição da Pesquisa responsáveis pela desaceleração
Nacional de Intenção de Consu- na intenção de consumo.
mo das Famílias (ICF-Nacional), Os fatores que demonstraram
dois fatores que mais incentiva- uma variação positiva foram
ram a elevação do índice foram a percepção do consumidor
a satisfação das famílias com o maranhense para aquisição de
consumo atual, com alta de 2,9%, bens duráveis, com elevação de
e a satisfação com o emprego 13,77%, e a perspectiva profissio-
atual, apresentando alta de 2,4%. nal, que subiu 1,71%.
“O próprio comércio é um Tanto no Brasil quanto especifi- Outro reflexo do bom mo-
dos principais responsáveis pela camente no estado do Maranhão, mento do mercado de trabalho
forte geração de empregos o nível do emprego vem se mos- é o controle das taxas de inadim-
desde o ano passado, o que se trando o principal motivador do plência. A Pesquisa Nacional de
reflete no aquecimento do con- consumo. De acordo com o IBGE Endividamento e Inadimplência
sumo”, considera o presidente da a taxa de desemprego registrada do Consumidor (PEIC-Nacional),
Fecomércio e vice-presidente da em janeiro foi a menor desde também realizada pela Fecomér-
CNC, José Arteiro da Silva. 2003, considerando-se o primeiro cio e CNC, mostrou que apenas
Ao nível local, a pesquisa mês de cada ano, fixada em 6,1%. 7,7% das famílias brasileiras
demonstrou que a intenção de Segundo dados do Cadastro Geral pesquisadas afirmaram não ter
consumo vem apresentando de Empregados e Desemprega- condições de pagar seus débi-
queda no Maranhão. Após um dos (Caged), só em janeiro foram tos, abaixo dos 7,9% registrado
desaquecimento de 0,1% em criados 152 mil empregos com em janeiro deste ano e 8,5% em
janeiro, no segundo o mês do carteira assinada em todo o país. fevereiro de 2010.

38 Comércio em Revista
“Apesar do natural aumento do
endividamento das pessoas no inicio
do ano, por causa dos impostos
e dívidas com materiais escolares
típicos desse período, não houve
comprometimento da capacidade
de pagamento das famílias, resultado
também do aquecimento do merca-
do de trabalho e aumento da renda”,
finalizou José Arteiro.

No Maranhão, o número de
famílias endividadas em fevereiro
também apresentou queda, em
relação ao mês anterior, de 3,1%.
Já as famílias maranhenses que
responderam à pesquisa que não
terão condições de quitar seus
débitos subiu 0,8%.
O ICF e a PEIC são pesquisas
realizadas mensalmente pela
Fecomércio e CNC, com o objetivo
de medir previamente o nível de
consumo, além do nível de endivi-
damentos das famílias brasileiras.
FECOMÉRCIO

Projetos, ações e representação:


receita de desenvolvimento
apresentado, a Feco-
mércio oferecerá uma
intensiva programação
de debates direcionada
aos interesses dos em-
presários, além da im-
plantação do programa
de Certificação Digital,
credencial que identi-
fica uma entidade, seja
ela empresa ou pessoa
física, nas transações
on-line.
“A Fecomércio
pretende se tornar uma
Reunião mensal da diretoria da Fecomércio referência quando o as-
sunto é representação
Planejamento, essa foi a campanhas, serão muitos os de classe, ou seja, procuraremos
palavra que marcou a primeira projetos neste ano. Queremos cada vez mais ações que estejam
reunião do ano da diretoria da estar cada vez mais próximo dos alinhadas com as perspectivas
Federação do Comércio. O mo- empresários, para servir de apoio da classe empresarial, seja no
mento foi dedicado a apresentar na escalada econômica pela qual cenário político, econômico
aos diretores o planejamento o Maranhão irá passar nos próxi- ou até mesmo de formação
estratégico da entidade para o mos anos”, diz Torres. educacional”, explica José Arteiro,
ano de 2011, destacando vários A Federação do Comércio, por presidente da Federação do
projetos e ações que deverão ser meio dos 19 sindicatos filiados, Comércio.
executados ao longo do ano. representa mais de 30 mil em- Outros projetos que também
Cursos, palestras, debates, presas do ramo do comércio e merecem destaque são a implan-
fóruns, lançamentos, exposições, prestação de serviços no estado. tação do Instituto Fecomércio de
foram alguns pontos ressaltados Pensando nesse público é que Pesquisas e Desenvolvimento,
durante a apresentação, articu- a entidade pautou seu planeja- uma instituição que promoverá
lada pelo superintendente da mento estratégico com projetos pesquisas e levantamentos
Fecomércio, João Torres, que que aperfeiçoem o processo acerca dos indicadores econô-
assumiu o cargo no início do de gestão destas empresas ou micos locais; e a continuidade do
ano com o objetivo de ampliar a forneçam condições para o cres- Sistema de Excelência em Gestão
representação da entidade junto cimento empresarial do estado. Sindical (SEGS), um programa
ao empresariado maranhense. Para o primeiro semestre, de de aprimoramento do gerencia-
“Cursos, palestras, pesquisas, acordo com o planejamento mento dos sindicatos.

40 Comércio em Revista
Aula inaugural do curso de Desenvolvimento Gerencial

Conhecimento para empresários


Com o objetivo de forta- compõem o segmento comer- Marketing, e Liderança.
lecer o processo de gestão cial em São Luís, através de cur- “As aulas atendem às nossas
de empresas em São Luís, sos, palestras e outros eventos. expectativas enquanto profis-
quarenta alunos, entre empre- A primeira turma do curso foi sionais, são bastantes técnicas e
sários, gerentes e funcionários iniciada no dia 21 de fevereiro, didáticas, sendo até mais provei-
de lojas, iniciaram o curso de sendo constituído em cinco tosa do que em um faculdade,
Desenvolvimento Gerencial, módulos, com carga horária total por exemplo”, destacou a analista
promovido pela Federação do de 180 horas. “Nosso objetivo é de recursos humanos, Conceição
Comércio através do Programa incentivar o desenvolvimento do Almeida, aluna do curso.
de Gestão para Micro e Peque- setor empresarial maranhense O presidente José Arteiro cha-
nas Empresas. através da qualificação, pois ma a atenção que esta é apenas
Com aulas que acontecem acreditamos que o conhecimen- a primeira turma do programa,
na sede da Fecomércio todas to é a base para isso”, ressaltou e que pela grande procura por
as noites de segunda a sexta- o presidente da Fecomércio, inscrições, a Fecomércio já está
-feira, a meta é fortalecer o José Arteiro da Silva, durante a planejando a segunda turma.
conhecimento de empresários cerimônia de abertura do curso. “Nossos planos eram para trinta
e oferecer ao mercado novos Durante a primeira etapa, alunos, tivemos que ampliar a
gerentes capacitados a enfren- os alunos terão aulas de Gestão primeira turma para quarenta
tar o dia-a-dia do comércio. O de Pequenos Negócios, com o alunos devido às ligações que
programa de Gestão Comer- professor José Fróes Filho. Além recebemos de pessoas inte-
cial da Fecomércio é mais uma deste, os alunos participarão ressadas no programa. Então,
ação que visa a promover a ainda dos módulos de Gestão em breve já iniciaremos novas
qualificação das pessoas que de Compras, Gestão Financeira, turmas”, destacou.

Comércio em Revista 41
FECOMÉRCIO

Empresários maranhenses
representados em Brasília
Projetos como a suspensão
da Portaria do Ministério do Tra-
balho e Emprego que disciplina a
utilização do sistema de registro
eletrônico de ponto, ou o da ma-
nutenção do pagamento da con-
tribuição sindical patronal das mi-
croempresas, são acompanhados
pelos membros da Renalegis, que
buscam demonstrar a relevância
de tais projetos com o objetivo
de que suas aprovações forneçam
Reunião da Renalagis em Brasília suportes aos empresários no de-
senvolvimento dos negócios.
O Maranhão vem ganhando sentante do Maranhão na Rede Para o presidente da Federa-
cada vez mais espaço nas discus- Nacional é o superintendente da ção do Comércio do Maranhão,
sões das políticas nacionais, seja Fecomércio-MA, João Torres. Na José Arteiro da Silva, a Renalegis
pela importância que o estado pauta deste encontro estava a é uma ferramenta essencial para
vem recebendo em relação aos apresentação das novas bancadas o encaminhamento de uma po-
novos empreendimentos e estaduais na Câmara Federal e no lítica devidamente alinhada com
investimentos, ou pelo destaque Senado alinhadas com a visão das as perspectivas do empresariado
do potencial natural de desenvol- respectivas Fecomércios e o pla- nacional. “O empresário é a base
vimento econômico no qual no nejamento das ações da Renalegis de sustentação da política tribu-
Maranhão vem se descobrindo. para 2011. tária, portanto, torna-se necessá-
Com isso, visando ampliar ainda “Esses encontros têm o obje- rio que o governo crie condições
mais a participação do estado tivo de fortalecer a representa- para o fortalecimento dessa base,
maranhense no campo político tividade da classe empresarial com proposições que solidifi-
nacional, a Federação do Comércio junto ao Legislativo, ou seja, so- quem o crescimento comercial e,
participou da 8ª reunião ordinária mos responsáveis por defender com isso, o alargamento econô-
da Rede Nacional de Assessorias os interesses do empresariado, mico do país”, destaca.
Legislativas (Renalegis). constatando quais projetos que O objetivo principal da Rede
A reunião aconteceu no dia tramitam na Câmara ou no Se- Nacional de Assessorias Legislati-
08 de fevereiro, na sede da Con- nado que, de fato, promoverão vas é se tornar uma importante
federação Nacional do Comércio uma ampliação da atividade rede de influência legislativa,
(CNC), em Brasília, e contou com comercial no país e aqueles que com sua atuação em prol do
representantes das Federações do irão dificultar o crescimento empresariado do terceiro setor
Comércio de todo o país. O repre- econômico”, avaliou João Torres. brasileiro.

42 Comércio em Revista
SESC

Sua Majestade o Carnaval


Ao ritmo da bateria da Escola de Samba Ma-
rambaia, o SESC Maranhão abriu o projeto Sua
Majestade o Carnaval no dia 25 de fevereiro.
O público que prestigiou a noite se divertiu
com um show de beleza, simpatia e muito sam-
ba no pé, proporcionado pelos dez candidatos
que concorreram ao título de “Rei e Rainha Co-
merciário do Carnaval”, no SESC Deodoro.
Todos os candidatos fizeram apresentações
que empolgaram a platéia, mas foram Louye-
mekson Pinheiro, 24 anos, e Paulisandra Padilha,
20 anos que conquistaram o título de Rei e Rai-
nha Comerciário, garantindo notas máximas em
todos os critérios de avaliação do concurso. Em Bloco Vai quem Quer: já é tradição no Carnaval do SESC
uma disputa apertada, a brilhante apresentação
dos candidatos Robinho e Janaína Nascimento
rendeu aos dois sambistas a posição de segundo
lugar, com os títulos de “Príncipe e Princesa Co-
merciário do Carnaval 2011”.
A programação seguiu com a realização de
matinê, vesperal infantil, baile para os comerciá-
rios e revivendo o glamour dos antigos carnavais
o Baile Cabelo de Prata animou os foliões da ter-
ceira idade, além de bloco de rua e domingueira
carnavalesca.
O tradicional desfile do bloco “Vai Quem
Quer”, aconteceu tanto na capital como em Baile Cabelo de Prata: resgate do Carnaval tradicional
Caxias, no sábado gordo de carnaval, e além
de levar alegria aos foliões, também beneficiou
entidades atendidas pelo Programa Mesa Brasil,
com arrecadação de alimentos não perecíveis,
que foram trocados pelo abadá do bloco.
Vale lembrar que no Carnaval do SESC Mara-
nhão também teve espaço para a saúde. Durante
a festividade o SESC orientou os brincantes sobre
os cuidados com a prevenção de doenças sexu-
almente transmissíveis, com a Campanha Saúde
Folia que contou ainda com distribuição gratuita
de preservativos aos foliões que passaram pelo
evento. Corte momesca do Carnaval SESC

Comércio em Revista 43
SESC

Projeto Musicar ganha apoio


do Criança Esperança
Uma idéia que deu frutos e
ganhou destaque nacional. É o
resultado do projeto Musicar,
desenvolvido pelo Serviço Social
do Comércio do Maranhão (SESC-
-MA) e que vem contribuindo
para a inclusão e crescimento cul-
tural de crianças e adolescentes
do bairro Maiobão, em Paço do
Lumiar, na Grande São Luís, por
Orquestra de choro formada pelo Projeto Musicar
meio do estudo da música e do
desenvolvimento de habilidades A iniciativa oferece a cerca de inscreveu a idéia no Criança Es-
artísticas, com cursos de flauta 100 jovens, de 15 a 20 anos, com perança, comemora a aprovação
doce, percussão, canto coral, iniciação musical, do bairro Maio- do projeto Abrindo Fronteira, que
violão e prática de conjunto. bão, a continuidade do estudo da ficará sob sua coordenação.
Este ano, o Musicar ganhou música. O projeto é executado O projeto Musicar é uma
uma nova versão, o projeto pela Associação de Moradores do iniciativa do SESC Maranhão, em
“Abrindo Fronteiras com a Maiobão em parceria com o SESC. parceria com o Departamento
Música”, e o apoio do projeto da A educadora Leonildes Carvalho, Nacional da instituição, que teve
Rede Globo Criança Esperança. coordenadora do Musicar, que início em novembro de 2006.

Esportes despertam interesse dos maranhenses


O período de inscrições Logo na pré-inscrição, iniciada As inscrições foram realizadas
para a academia e atividades no dia 8 de fevereiro, houve uma logo após o encerramento da pré-
esportivas do SESC foi marcado grande demanda pelos serviços -inscrição e se estendeu até o dia
por uma grande procura de pes- oferecidos na academia e nas ati- 25 de fevereiro. Todos os contem-
soas de diversas idades, numa vidades esportivas. O SESC ofere- plados apresentaram atestado
demonstração de que há grande ce aeróbica para adultos, turmas médico e foram avaliados para os
interesse da população mara- especiais de alongamento, pilates exercícios da academia e para as
nhense por práticas e hábitos e aeróbica para a terceira idade, atividades esportivas. A academia
que favorecem a vida saudável. além de iniciação esportiva, para funciona nos turnos da manhã,
As atividades físico-esportivas crianças e adolescentes, com tarde e noite, com horários que
de 2011 iniciaram no dia 23 de aulas de futsal, vôlei, taekwondô, favorecem a inclusão de trabalha-
fevereiro, no SESC Deodoro. karatê e basquete. dores do comércio de São Luís.

44 Comércio em Revista
Campeonato de futebol para servidores
O Maranhão estréia em março
no Campeonato Nacional de
Futebol de Servidores do SESC,
organizado pelo Departamento
Nacional, no Rio de Janeiro. O
objetivo do torneio é integrar os
servidores da instituição de todo
o Brasil, por meio do futebol e de
práticas recreativas.
O time maranhense, composto
por onze servidores das unidades
do SESC de São Luís, participará,
no período de 24 a 27 de março,
da terceira etapa do campeonato, Time do SESC se prepara para o Campeonato de Futebol Society
que envolve times de estados
da região Centro-Oeste, na qual apoio da Caixa Econômica Federal da região Nordeste, do Departa-
também foram incluídos os esta- (CEF). A expectativa dos jogadores mento Nacional e do Conselho
dos nordestinos do Maranhão e maranhenses é fazer um futebol Nacional do SESC. Os primeiros
Piauí. Na sua etapa preparatória, bonito e conquistar o primeiro lugares das rodadas disputarão
além da promoção da direção lugar na sua chave. a medalha de campeão, no final
regional do SESC, o time do SESC Após os jogos da região Cen- do campeonato, previsto para
Maranhão vem contando com o tro-Oeste, será a vez dos estados encerrar em novembro deste ano.

Alcance social é destaque em 2010


O SESC-MA comemora o de atendimento móvel para A academia, por exemplo, oferece
sucesso no trabalho desenvolvido assistência odontológica realizou atividades físicas como aeróbica,
em 2010, com 13 milhões de 13 milhões de atendimentos. pilates e alongamento, além de
atendimentos nas seis unidades, O serviço tem capacidade para atividades de iniciação esportiva
localizadas em São Luís, Caxias atender 115 pessoas por dia. Na infanto-juvenil.
e Itapecuru-Mirim. Ao longo de educação, o projeto Bibliosesc Na assistência social, o traba-
mais de 63 anos, o SESC vem que leva o conhecimento através lho com idosos, ação pioneira do
desenvolvendo um trabalho de da leitura para comunidades SESC Maranhão, tem lugar cativo
referência nas áreas de educação, carentes, tem atraído um grande nas opções de serviços da insti-
saúde, cultura, assistência e lazer. público nos bairros. Destacam-se tuição, especialmente na cultura,
Na cultura, destacam-se os pro- ainda, nesta área, a escola de edu- saúde, no esporte e lazer. Desta-
jetos Mostra Guajajara de Artes, cação infantil e o SOS Vestibular. que também para o projeto Mesa
Sonora Brasil e o Escola vai ao Esporte e Lazer para todas Brasil, com parceria da iniciativa
Cinema. as idades é também uma das privada, uma rede solidária contra
Na saúde, a grande estrutura marcas de atendimento do SESC. o desperdício alimentar.

Comércio em Revista 45
SENAC

PARCERIA
SENAC E BNDES
O SENAC/MA realizou no
dia 08 de fevereiro, palestra
de apresentação do cartão
BNDES a todo o trade turísti-
co do estado com o Técnico
de Gerência de Fomentos do
Banco, Ricardo Daniel. A pa-
lestra aconteceu no auditório

Oportunidades para alunos da Federação do Comércio.


Na ocasião foi apresentado
Há muitos anos o SENAC/MA de: Garçom, Cozinheiro, Ven- o cartão e todos os benefícios
tem a preocupação com a inser- dedor, Cabeleireiro, Manicure que oferece para as empresas
ção dos seus egressos no mercado e Recepcionista. Para 2011, o que desejam investir em edu-
de trabalho de forma a oferecer à projeto do Departamento Regio- cação profissional para seus
classe empresarial uma fonte para nal do Maranhão é estruturar o funcionários. A Abertura foi
o recrutamento de profissionais. Banco de Oportunidades a fim realizada pelo presidente do
Com isso, a Instituição disponibili- de melhor atender a demanda Sistema Fecomércio, José Ar-
za o Serviço de Encaminhamento de solicitações das empresas e teiro da Silva, que destacou a
ao Mercado de Trabalho que faz egressos aptos para o trabalho, importância da aquisição do
a intermediação entre os alunos cumprindo a sua função social”, cartão por parte dos empre-
egressos e as oportunidades de finalizou Rosângela. sários, uma vez que permite
colocação existentes no mercado Kardinally Moraes recruta pro- investimentos a serem pagos
local. fissionais para o Restaurante Don em parcelas fixas e com juros
Segundo a assessora técnica Irdara e, ao longo de 2010, fez di- baixos.
responsável pelo serviço, Ro- versas solicitações ao SENAC em O gerente de operações
sangela Martins, a procura pelo busca de Garçons e Cozinheiros. do cartão BNDES, Maurício
Serviço de Encaminhamento Em sua avaliação sobre o Serviço Vidal, relatou que o cartão
cresceu bastante no ano de de Encaminhamento, destacou oferece até R$ 1 milhão em
2010 e oportunizou aos alunos as dificuldades em mapear pro- crédito para aquisição de
do SENAC o acesso as vagas fissionais qualificados no estado. bens e investimento em
oferecidas pelo mercado em “Como Psicóloga Organizacional, educação profissional para
variadas áreas de atuação como: conheço e vivencio diariamente o segmento de turismo,
gestão, comércio, beleza, infor- as dificuldades de mapear pro- podendo dividir esse valor
mática, hotelaria, dentre outras. fissionais qualificados em nosso em até 48 prestações fixas. A
“Este ano encaminhamos 1886 estado e o SENAC, com seu iniciativa visa atrair empresá-
egressos do SENAC ao mercado trabalho ímpar, é nosso grande rios para garantir qualificação
de trabalho no Maranhão. As parceiro para minimizar essas profissional com vistas à Copa
profissões mais solicitadas são dificuldades.”, concluiu Kardinally. de 2014.

46 Comércio em Revista
Ribamarenses recebem certificados profissionalizantes
Por onde passa o Caminhão com a presença da
da Juventude da Prefeitura de direção do SENAC,
Ribamar deixa sua marca de en- do prefeito de Ri-
sino e profissionalização. Em uma bamar, vereadores
parceria com o SENAC/MA que e convidados.
foi iniciada em agosto de 2010 José Arteiro da
já foram profissionalizados mais Silva, presidente
de 500 ribamarenses em cursos da Fecomércio/
de Excelência no Atendimento; MA, esteve pre-
Excelência em Vendas; Unhas De- sente ao evento
coradas; Habilidades Gerenciais. e parabenizou
Os cursos foram ministrados na a iniciativa da
carreta que percorreu diversos prefeitura com a
bairros do Município. O Projeto aquisição da carre-
estende-se até março de 2011, ta e dos cursos do SENAC. Em sua crescer e ingressar no mercado de
onde serão capacitadas mais fala reiterou o papel da Instituição trabalho. Portanto vocês estão de
240 pessoas. O encerramento e o compromisso social que se parabéns por atender ao chama-
dos cursos aconteceu dia 04 de vê cumprido com a parceria com do da prefeitura. Busquem outros
fevereiro, às 18 horas, no Colégio Ribamar. “Somente através da cursos, busquem se aperfeiçoar”,
Patronato, em Ribamar, e contou educação qualificada é possível concluiu o presidente.

Alcântara vista por aluna da pós-graduação Senac


Cidade: Leitura Banca foi positiva, com nota final
visual crítica sobre ao trabalho de 9,0 (nove).
fotografias da Giovanna é arquiteta e esco-
paisagem urbana lheu o tema por perceber que Al-
de Alcântara”. Para cântara tem um potencial turístico
o trabalho foram e cultural pouco explorado, mas
colhidas fotos da com possibilidade de crescimento.
arquitetura de Sobre a pós-graduação, relatou
Alcântara, mos- que sentirá saudade do curso, da
trando tanto as qualidade dos textos apresenta-
ruínas como as dos e do ambiente com os outros
edificações da alunos. “Achei muito interessante
A aluna da pós-graduação em cidade. A partir das fotos foi feita quando soube que o SENAC
Artes Visuais: Cultura e Criação da uma análise crítica a respeito da oferece cursos de pós-graduação.
Rede SENAC de Educação a Dis- configuração urbana e paisagística Soube na faculdade e decidi me
tância, Giovanna Fontoura, apre- da cidade. A apresentação do especializar. O curso é ótimo, a
sentou seu Trabalho de Conclusão trabalho demonstrou a visão da qualidade dos textos complemen-
de Curso, no dia 08 de fevereiro, aluna com vistas ao crescimento tou tudo o que vi na faculdade”,
com o tema “Fragmentos de uma turístico do local e a avaliação da conclui Giovanna.

Comércio em Revista 47
SENAC

Desenvolvendo a liderança feminina


O Projeto Mulheres da Paz tem e mediadoras de conflitos. A par-
como objetivo desenvolver a lide- ceria foi iniciada em novembro
rança de mulheres que sofrem ou de 2010 e se estende até o final
já sofreram com o envolvimento de março de 2011, com cursos
de seus parentes com o crime. O de Fortalecimento da Identidade
Projeto visa fazer dessas mulheres Feminina; Arte em Tecido; Custo-
um esteio na luta por melhores mização de Sandálias; Artes Plás-
condições de vida para suas famí- ticas; Elaboração e Confecção de
lias e comunidade e acontece nos Material Didático.
bairros que apresentam elevados Uma das alunas do curso de
índices de violência e criminalida- Customização de Sandálias é
de. Uma das formas de atuação Deusanir Andrade Santos, que
do Projeto consiste em implantar está desempregada e vê no curso
ações que orientem a comuni- uma oportunidade para trabalhar SENAC/MA, José Ahirton Lopes, a
dade na prevenção e redução da por conta própria. “Assim que parceria trás múltiplos benefícios
violência. concluir este curso, pretendo para as mulheres, já que pro-
Com isso, o SENAC/MA trabalhar para colocar em prática porciona uma nova visão social
iniciou parceria para o desen- meus conhecimentos. Serei a partir dos cursos ofertados,
volvimento de 26 turmas que ainda uma multiplicadora para e, também, para o SENAC, pois
viabilizam a inserção de 700 mu- minha comunidade, por que o reafirma sua função social, uma
lheres em cursos que permitirão Projeto prevê que trabalhemos vez que contribui para que ações
a elas serem multiplicadoras dos desta forma.”, enfatizou a aluna. desse porte possam ser difundi-
serviços disponíveis à população Para o diretor regional do das e ter seus objetivos firmados.

SENAC realiza Encontro de Avaliação de Desempenho


O Encontro de Avaliação Regional do SENAC, José Arteiro uma avaliação da execução de
Anual do SENAC no Maranhão da Silva, pela dedicação à frente todas as ações destacadas pelo
aconteceu nos dias 26 e 27 da Instituição. departamento regional. O diretor
de janeiro, no auditório do O Encontro permitiu avaliar o regional do SENAC Maranhão,
SESC Turismo, e reuniu toda a desempenho de todas as unida- José Ahirton Lopes, destacou a
equipe técnica da Instituição des produtivas, bem como anali- importância do Encontro para
para avaliação dos resultados sar o planejamento das ações do análise e discussão do desempe-
obtidos no ano de 2010 e pla- Plano de Ação Anual- PAAR para nho da Instituição. “O SENAC rea-
nejamento das atividades para avaliar o grau de realização das liza este Encontro para conhecer
o ano vigente. Logo na abertura mesmas. com profundidade e analisar
do Encontro, foi prestada uma Foi também realizada a o desempenho da Instituição,
homenagem ao presidente entrega dos troféus para as uni- objetivando melhorar cada vez
do Sistema Fecomércio que dades de produção cumpridoras mais a qualidade dos cursos que
também preside o Conselho das metas no ano de 2010 e oferecemos”, ressaltou o diretor.

48 Comércio em Revista
SINDICATOS

Diretoria do Sindilojas toma CESMA


posse em Caxias Representando a Federação
do Comércio e o Sindicato do
Comércio Varejista de Feirantes
de São Luís no Conselho
Estadual de Saúde (CESMA), a
presidente do Sindifeirantes
e diretora da Fecomércio,
Ivanilde Sampaio, participou do
encontro dos conselheiros com
o secretário estadual de saúde,
Ricardo Murad.
Na reunião foram discutidos
assuntos como a reinauguração
do Pam Diamante, abertura das
Unidades de Pronto Atendi-
mento (UPA’s) e o fortalecimen-
O início de 2011 marcou foi para o curso de Excelência to do Programa de Saúde da
também o início de uma nova no Atendimento e Rotinas de Família (PSF). Os conselheiros
gestão a frente do Sindicato Escritório, com uma média de chamaram a atenção para a
dos Lojistas do Comércio de 50 alunos. Através dessa ação, urgência e necessidade de
Caxias. A diretoria do SindiLojas o sindicato pretende tornar desafogar a rede municipal de
tem como novo presidente o lojistas e colaboradores das saúde de São Luís com novas
empresário José Ivan Ferreira, e empresas do comércio caxiense unidades estaduais.
como vice, Antonio José da Luz. cada vez mais qualificados. “Precisamos de hospitais de
“O SINDILOJAS levanta a ban- Outra importante iniciativa urgências que atendam às ne-
deira da qualificação, para que promovida pelo Sindicato foi cessidades da classe trabalha-
haja um melhor atendimento, o encontro dos empresários e dora, como dos feirantes, que
uma melhor administração; contadores locais com o Secre- na maioria das vezes não tem
a busca é por excelência em tário Municipal de Fazenda. No condições de comprar medi-
todas as atividades executadas evento foi discutida a questão camentos ou realizar consultas
pelo comércio”, destacou o tributária do município e sobre e exames na rede particular”,
presidente José Ivan. o programa de Micro Empre- disse Ivanilde Sampaio.
A primeira ação da nova endedor Individual. A reunião O secretário Ricardo Murad
gestão do Sindicato em 2011 foi serviu para o Sindicato solicitar se comprometeu a desenvolver
uma parceria com o SENAC para às autoridades municipais maior a rede estadual de saúde e afir-
oferecer descontos de até 30% flexibilidade, antes da aplicação mou que em pouco tempo o
nas matrículas realizadas por de punições aos empresários, Maranhão terá um novo hospi-
filiados à entidade em cursos do além de cobrar ações que tal especializado em Oncologia
SENAC de Caxias. A primeira tur- promovam a conscientização que será referência para todo o
ma formada através do convênio tributária no meio empresarial. nordeste.

Comércio em Revista 49
SINDICATOS

Realizada 3ª edição do De acordo com a organização


do Feirão, mais de 300 visitantes
passaram pelo evento, entre

Feirão de Medicamentos donos de farmácias e outros


estabelecimentos de São Luís e
também do interior do estado.
O presidente do Sindicato do
Comércio Atacadista de Drogas e
Medicamentos e vice-presidente
da Federação do Comércio, Mar-
celino Ramos Araújo, participou
do evento e comemorou a inicia-
tiva. “É um momento importante
para estreitar o relacionamento
entre laboratórios, distribuidores
e o empresariado que atua no
comércio varejista”, destacou.
Segundo Marcello Collares,
organizador do evento e em-
Marcello Collares e Marcelino Ramos Araújo presário da Zilfarma, o Feirão
vem superando as expectativas
O distribuidor de medicamen- os fornecedores e fabricantes de anualmente, com a participação
tos Zilfarma realizou no dia 25 produtos do segmento. cada vez mais ativa de clientes e
de fevereiro a terceira edição do Dez laboratórios participa- fornecedores. “Ainda não fecha-
Feirão de Medicamentos, um dia ram do evento com estandes, mos o balanço deste ano. No en-
dedicado a criar uma integração divulgação de lançamentos de tanto, historicamente, vendemos
entre as empresas maranhenses, produtos e fechando negócios 50% do nosso volume mensal
farmácias e supermercados, com diretamente com os empresários. em 4 horas de Feirão”, frisou.

Sindicatos e Senac renovam parceria


Com o objetivo de oferecer têm direito aos descontos os cato dos Varejistas de Pescados
descontos em serviços educa- funcionários e associados dos e Vendedores Ambulantes.
cionais, vários sindicatos filia- sindicatos, além de dependen- Para ter direito aos descon-
dos à Fecomércio renovaram tes, filhos e cônjuges. Entre os tos, os interessados devem
a parceria com o Senac para o sindicatos que se beneficiarão procurar a sede dos seus sin-
ano de 2011. Com descontos com a parceria estão o Sindicato dicatos para obter a Carta de
de até 30%, os beneficiários de Feirantes de São Luís, Sindi- Encaminhamento que deverá
dos sindicatos parceiros podem cato dos Atacadistas de Drogas ser apresentada no ato da ma-
fazer a matrícula em diversos e Medicamentos de São Luís, trícula, assim como documento
cursos do Senac. Sindicato dos Atacadistas de que comprove a filiação, no
Por meio do convênio, Gêneros Alimentícios e o Sindi- caso de dependentes.

50 Comércio em Revista
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