Você está na página 1de 112

1

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO


GRANDE DO SUL
DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,
CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FERNANDO NIEDERLE

SISTEMA DE CUSTOS E ANALISE DE PREÇOS


NA PADARIA BOM GOSTO

TRÊS PASSOS - RS
2012
2

FERNANDO NIEDERLE

SISTEMA DE CUSTOS E ANALISE DE PREÇOS


NA PADARIA BOM GOSTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso


de Ciências Contábeis da Unijuí, como requisito de
avaliação para obtenção do titulo de Bacharel em
Ciências Contábeis.

Profa. Orientadora: Ms. Eusélia Paveglio Vieira

TRÊS PASSOS - RS
2012
3

AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Atalibio e Terezinha, aos meus irmãos
Juliano e Jeancarlo, a minha noiva Teoline, e a minha cunhada Cintia
e sobrinha Gabriela, que de uma maneira ou outra colaboraram para a
realização deste curso nesta universidade, e também neste Trabalho.

Muito Obrigado!!!
4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Contabilidade de Custos como um Centro Processador de Dados .......................... 19
Figura 2 - Definições Básicas de Contabilidade de Custos ...................................................... 22
Figura 3 - Estrutura Básica do Critério do Custeio por Absorção ............................................ 28
Figura 4 - Lógica de Funcionamento do ABC ......................................................................... 31
Figura 5 - Simulação de Formação de Preço de Venda ............................................................ 36
Figura 6 - Tipos de Ponto de Equilíbrio ................................................................................... 38
Figura 7 - Fórmulas do Ponto de Equilíbrio Contábil .............................................................. 39
Figura 8 - Formula de Calculo do PEF ..................................................................................... 40
Figura 9 - Formula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Econômico ......................................... 41
Figura 10 - Fórmula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Mix................................................... 42
Figura 11 - Resultado Exemplo de Ponto de Equilíbrio Mix ................................................... 44
Figura 12 - Formula de Cálculo da Margem de Segurança Operacional ................................. 46
Figura 13 - Método das Quotas Constantes .............................................................................. 49
Figura 14 - Método das Unidades Produzidas .......................................................................... 50
Figura 15 - Método das Horas Trabalhadas ............................................................................. 51
Figura 16 - Fluxograma Padaria e Confeitaria ......................................................................... 53
Figura 17 - Gráfico Custos Totais – Pão Fatiado ..................................................................... 89
Figura 18 - Gráfico Custos Totais - Pão Bufê .......................................................................... 90
Figura 19 - Gráfico Custos Totais – Torta Creme de Café ....................................................... 90
Figura 20 - Gráficos Custos Totais – Pizza Presunto Grande .................................................. 91
Figura 21 - Gráfico Comparativo PV Orientativo e PV Praticado ........................................... 97
Figura 22 - Comparativo PE em unidades PV orientativo x PE em unidades PV Atual ....... 104
Figura 23 - MSO PV Orientativo x MSO PV Atual ............................................................... 107
5

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Classificação de Custos ........................................................................................... 24


Quadro 2 - Custeamento por Absorção e Custeamento Variável – Diferenças Fundamentais 30
Quadro 3 - Informações de Exemplo........................................................................................ 43
Quadro 4 - Ponto de Equilíbrio Mix em Valores...................................................................... 44
Quadro 5 - Receita de Produtos e Demanda Mensal ................................................................ 54
Quadro 6 - Parâmetros para as Receitas ................................................................................... 55
Quadro 7 - Depreciação da Padaria .......................................................................................... 56
Quadro 8 - Depreciação da Confeitaria .................................................................................... 57
Quadro 9 - Depreciação Geral .................................................................................................. 58
Quadro 10 - Custos Fixos ......................................................................................................... 59
Quadro 11: Despesas com Vendas ........................................................................................... 59
Quadro 12 - Custo com Mão de Obra - Padaria ....................................................................... 60
Quadro 13 - Custo com Mão de Obra - Confeitaria ................................................................. 61
Quadro 14 - Custo de Matéria Prima e MOD Massas de Pizza ............................................... 62
Quadro 15 - MP e MOD Pão Francês ...................................................................................... 63
Quadro 16 - Custo MP - Pão de Xis – Pão Fatiado – Pão de Cachorro Quente – Pão Sovado 64
Quadro 17 - MOD Pão de Xis Grande e Pequeno .................................................................... 64
Quadro 18 - MOD Pão Fatiado................................................................................................. 65
Quadro 19 - MOD Pães Cachorro Quente Médio e Pequeno ................................................... 66
Quadro 20 - MOD Pão Sovado................................................................................................. 66
Quadro 21 - MP – Recheio de Cuca e Cobertura de Cuca ....................................................... 67
Quadro 22 - MO – Recheio de cuca e Cobertura de Cuca ....................................................... 68
Quadro 23 - MP e MOD Cuca .................................................................................................. 68
Quadro 24 - MP e MOD – Pão Bufê ........................................................................................ 69
Quadro 25 - MP e MOD – Bolacha de Manteiga ..................................................................... 70
Quadro 26 - MP e MOD – Massa Assados e Fritos ................................................................. 71
Quadro 27 - MP e MOD – Cuquinha ....................................................................................... 72
Quadro 28 - MP e MOD – Rosca ............................................................................................. 72
Quadro 29 - MP e MOD – Assado ........................................................................................... 73
Quadro 30 - MP e MOD – Pastelão.......................................................................................... 73
Quadro 31 - MP e MOD – Bolinho .......................................................................................... 74
Quadro 32 - MP e MOD – Calça Virada .................................................................................. 74
6

Quadro 33 - MP e MOD – Pão de Ló ....................................................................................... 75


Quadro 34 - MP e MOD – Recheio Bom ................................................................................. 75
Quadro 35 - MP e MOD – Torta de Bombom.......................................................................... 76
Quadro 36 - MP e MOD – Recheio Creme de Café ................................................................. 77
Quadro 37 - MP e MOD – Torta Creme de Café ..................................................................... 77
Quadro 38 - MP e MOD – Pastelzinho .................................................................................... 78
Quadro 39 - MP e MOD – Pizza Frango Pequena ................................................................... 79
Quadro 40 - MP e MOD – Pizza Calabresa Pequena ............................................................... 79
Quadro 41 - MP e MOD – Pizza de Bacon Pequena ................................................................ 80
Quadro 42 - MP e MOD – Pizza de Carne de Gado Pequena .................................................. 80
Quadro 43 - MP e MOD – Pizza de Presunto Pequena ............................................................ 81
Quadro 44 - MP e MOD – Pizza de Presunto Grande .............................................................. 82
Quadro 45 - MP e MOD – Pizza de Calabresa Grande ............................................................ 82
Quadro 46 - MP e MOD – Pizza de Frango Grande ................................................................ 83
Quadro 47 - MP e MOD – Pizza de Carne de Gado Grande .................................................... 83
Quadro 48 - MP e MOD – Pizza de Bacon Grande ................................................................. 84
Quadro 49 - Custo Fixo Total ................................................................................................... 85
Quadro 50 - Rateio das Depreciações aos Produtos ................................................................. 86
Quadro 51 - Apuração do Custo – Método Custeio por Absorção ........................................... 88
Quadro 52 - Apuração do Custo – Método Custeio Variável................................................... 92
Quadro 53 - Formação do Preço de Venda – Mark Up ............................................................ 93
Quadro 54 - Preço de Venda Orientativo - Custeio por Absorção ........................................... 94
Quadro 55 - Preço de Venda Mínimo - Custeio Variável ........................................................ 95
Quadro 56 – Analise Comparativa entre o PV Orientativo x PV Praticado ............................. 96
Quadro 57 - MC Unitária e Total por Produto PV Orientativo ................................................ 98
Quadro 58 - MC Unitária e Total por Produto PV Atual ......................................................... 99
Quadro 59 - Demonstração do Resultado - PV Orientativo ................................................... 100
Quadro 60 - Demonstração do Resultado = PV Atual ........................................................... 101
Quadro 61 - Ponto de Equilíbrio - PV Orientativo ................................................................. 102
Quadro 62 - Ponto de Equilíbrio – PV Atual.......................................................................... 103
Quadro 63 - MSO – PV Orientativo ....................................................................................... 105
Quadro 64 - MSO – PV Atual ................................................................................................ 106
7

SUMARIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9
1.1 Contextualização Do Estudo .............................................................................................. 10
1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada .......................................................................... 10
1.1.2 Caracterização da Entidade ......................................................................................... 10
1.1.3 Problematização do Tema ........................................................................................... 11
1.1.4 Objetivos...................................................................................................................... 11
1.1.5 Justificativa .................................................................................................................. 12
1.1.6 Metodologia do trabalho.............................................................................................. 13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 17
2.1 Contabilidade .................................................................................................................. 17
2.1.1 Conceito de Contabilidade....................................................................................... 17
2.1.2 Finalidade da Contabilidade .................................................................................... 17
2.1.3 Aplicação da Contabilidade ..................................................................................... 18
2.2 Contabilidade de Custos ................................................................................................. 18
2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos ..................................................................... 19
2.2.1 Conceitos Utilizados em Custos .............................................................................. 20
2.3 Custos Com Mão De Obra ............................................................................................. 22
2.3.1 Mão de Obra Direta ................................................................................................. 23
2.3.2 Mão de obra Indireta................................................................................................ 23
2.4 Classificações Dos Custos .............................................................................................. 23
2.4.1 Custos Diretos ......................................................................................................... 24
2.4.2 Custos Indiretos ....................................................................................................... 24
2.4.3 Custos Fixos ............................................................................................................ 25
2.4.5 Custos Relevantes e Não Relevantes ....................................................................... 26
2.5 Métodos De Custeio ....................................................................................................... 27
2.5.1 Custeio por Absorção .............................................................................................. 27
2.5.2 Custeio Variável ...................................................................................................... 28
2.5.3 Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) ................................................ 30
2.6 Formação Do Preço De Venda ....................................................................................... 32
2.6.1 Formação do Mark-up ............................................................................................. 33
2.6.2 Estratégias de precificação ...................................................................................... 35
8

2.7 Apuração Margem De Contribuição .............................................................................. 37


2.8 Ponto De Equilíbrio ........................................................................................................ 37
2.8.1 Ponto de Equilíbrio Contábil ................................................................................... 38
2.8.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro ................................................................................ 39
2.8.3 Ponto de Equilíbrio Econômico ............................................................................... 41
2.8.4 Ponto de Equilíbrio Mix........................................................................................... 42
2.8.5 Benefícios e Limitações do Ponto de Equilíbrio ..................................................... 44
2.9 Margem de Segurança Operacional ................................................................................ 46
2.10 Depreciação .................................................................................................................. 47
2.10.1 Conceitos Utilizados em Depreciação ................................................................... 48
2.10.2 Métodos de Depreciação ....................................................................................... 49
3 ANALISE DOS RESULTADOS .......................................................................................... 53
3.1 Receitas de Produtos e Demanda mensal ....................................................................... 54
3.2 Custos da Matéria-prima dos Produtos........................................................................... 55
3.3 Custos com Depreciação ................................................................................................ 56
3.4 Custos Fixos ................................................................................................................... 58
3.5 Custo com Mão de Obra ................................................................................................. 60
3.6 Custos com Matéria-Prima e Mão de Obra Direta ......................................................... 62
3.6.1 Custo com Matéria-Prima e Mão de Obra Direta Setor Padaria ............................. 62
3.6.2 Custo com Matéria Prima e Mão de Obra Direta Setor Confeitaria ........................ 70
3.7 Apuração do Custo Total ................................................................................................ 84
3.7.1 Apuração do Custo total – Método de Custeio por Absorção ................................. 87
3.7.2 Apuração do Custo total – Método de Custeio Variável ......................................... 91
3.8 Formação do Preço de Venda Orientativo ...................................................................... 93
3.9 Análises do Custo, Volume e Lucro ............................................................................... 98
3.9.1 Apuração da margem de contribuição ..................................................................... 98
3.9.2 Apuração do resultado ........................................................................................... 100
3.9.3 Ponto de Equilíbrio Contábil ................................................................................. 102
3.9.4 Margem de Segurança Operacional ....................................................................... 104
3.10 Levantamentos das Informações Gerenciais do Sistema Proposto ............................ 107
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 110
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 112
9

INTRODUÇÃO

Hoje em dia, em um mercado cada vez mais competitivo, as organizações precisam


estar sempre um passo a frente da concorrência para se manterem vivas e com resultado
positivo, onde o lucro desejado seja alcançado com o máximo de produção e com um mínimo
possível de custo e perda, para obter uma posição de destaque perante seus clientes,
fornecedores e sócios.
Sendo assim, o gestor cada vez mais necessita de informações que lhe auxiliem na
tomada de decisões, entre essas informações disponíveis, a questão custos e preços são de
extrema importância, pois sem saber o seu custo de produção e o preço de venda, o gestor é
obrigado a tomar decisões apenas com base em sua experiência, e muitas destas decisões,
quando não estão baseadas em informações confiáveis, podem ser tomadas de forma
equivocadas.
Nesse contexto, o presente trabalho consiste em apresentar um sistema de Gestão de
Custos e Formação de Preços de Venda na empresa denominada Padaria Bom Gosto,
localizada na cidade de Tenente Portela, Rio Grande do Sul, com objetivo de chegar ao valor
real de seus custos de produção, verificando se o preço de venda atualmente praticado está
proporcionando o resultado esperado.
Em um primeiro momento, o relatório apresenta a sua contextualização com a
definição do tema abordado, a caracterização da empresa, bem como o problema e os
objetivos, a justificativa, a metodologia utilizada durante e realização do estudo.
Na segunda etapa deste trabalho é apresentada uma revisão bibliográfica em relação ao
tema abordado, ou seja, a contabilidade de custos com tópicos e definições desta área. É
iniciado pela contabilidade, contabilidade de custos, custos com mão de obra a classificação
dos custos, métodos de custeio, formação do preço de venda, apuração da margem de
contribuição, o ponto de equilíbrio, a margem de segurança operacional e por fim as
depreciações. Esses conceitos são fundamentais para uma contemplação total do assunto
abordado e para a qualificação na execução deste estudo na prática.
A terceira etapa do relatório compreende a realização do estudo aplicado, onde
inicialmente foi realizada a analise dos processos de produção dos diferentes produtos,
levantamentos de tempos, custo, bem como a apuração do custo total, seguido da analise de
preços, custos, resultados e indicadores gerenciais.
10

Posteriormente, o relatório apresenta a sua conclusão, e por fim são apresentados os


pilares que foram utilizados para a realização deste estudo, ou seja, a bibliografia consultada
para a construção das informações.

1.1 Contextualização Do Estudo

Neste primeiro capitulo que contempla a contextualização do estudo, apresenta-se a


área de conhecimento aplicado na realização deste trabalho, bem como, a caracterização da
organização, a problematização do tema, os objetivos gerais e específicos, seguidos da
metodologia que foi utilizada durante a pesquisa.

1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada

A Contabilidade de Custos faz parte da Ciência Contábil que se dedica ao estudo dos
gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, seja um produto, uma
mercadoria ou um serviço.
De acordo com Mota (2002, p.3):

A Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza,


analisa e interpreta os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos
componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de
distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o
administrador no processo de tomada de decisão.

Neste sentido o estudo se propôs a aplicar um sistema de custos e analise de preços na


empresa Padaria Bom Gosto.

1.1.2 Caracterização da Entidade

A organização objeto deste estudo, Padaria Bom Gosto, iniciou suas atividades em
setembro de 2003 no município de Tenente Portela, no ramo de fabricação de pães, bolos e
equivalentes industrializados.
A empresa trabalha com 11 colaboradores, sendo um deles o proprietário e mais 10
contratados, além de serviço de contabilidade terceirizado, ainda, pelo seu faturamento
mensal e anual, a empresa está enquadrada no regime tributário Simples Nacional, de acordo
11

com a Lei Complementar nº123, de 14/12/2006, e que é aplicável às Microempresas e as


Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007.

1.1.3 Problematização do Tema

Com o crescimento das organizações, da intensificação da concorrência e da crescente


escassez de recursos, surge a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de planejamento e
controle das atividades empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de utilização dos
fatores de produção determinam uma variedade quase infinita no comportamento dos custos
resultantes. É, então, imprescindível, para qualquer empresa ter um sistema de custos, ainda
mais numa economia capitalista e concorrencial como a brasileira. É difícil tomar decisões
confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória, sem o conhecimento dos custos do
modo mais real possível.
Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção; desde que
apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta de gestão da
mais alta relevância. Assim, as informações de custos transformam-se, gradativamente, num
verdadeiro sistema de informações gerenciais, de vital importância para a gestão das
organizações empresariais. Essas informações constituem um subsídio básico para o processo
de tomada de decisões, bem como, para o planejamento e controle das atividades
empresariais.
A empresa Padaria Bom Gosto não possui um sistema de gerenciamento de custos,
porém, em se tratando de formação de preço é de total importância que o empresário tenha em
mãos informações sobre o real montante de seus custos na produção.
Sendo assim questiona-se: De que forma a contabilidade de custos pode contribuir para
o gerenciamento da padaria com informações sobre os seus custos de produção?

1.1.4 Objetivos

O objetivo deste estudo é desenvolver um sistema de custos, observando no objetivo


geral e especifico o que segue.
12

1.1.4.1 Objetivo Geral

Propor à empresa Padaria Bom Gosto um sistema eficaz de custos que subsidie a
formação de preços e análise dos resultados para qualificar e agilizar as decisões gerenciais.

1.1.4.2 Objetivos Específicos

- Revisão bibliográfica referente à Contabilidade de Custos, gestão de custos, formação de


preço de venda; analise custo, volume e resultado;
- Descrever as etapas de produção dos produtos da padaria;
- Apurar os custos de produção dos produtos;
- Analisar os preços de venda, margens, volumes e resultados;
- Estruturar um sistema de custos para a empresa.

1.1.5 Justificativa

Tendo em vista um mundo cada vez mais competitivo, onde a diferença de área de
atuação pode ser imprescindível para o sucesso profissional do formando em Ciências
Contábeis, este trabalho é de imenso valor teórico e prático, ainda é de extrema importância
para o gestor da empresa em questão.
Nesta microrregião, pouco ou quase nada se fala de custos, os gestores não estão
acostumados a fazer análise de seus custos fixos e variáveis, muitos não tem um sistema
apropriado de informações, acreditam que colocando certo valor percentual sobre o valor da
mercadoria que está na nota fiscal irá garantir o pagamento de seus custos e ainda obterá um
lucro para a empresa, quando na realidade o valor de venda do produto não paga nem mesmo
os impostos a ele incorrido.
Portanto o motivo principal para o desenvolvimento deste estudo é a conscientização
dos gestores sobre esse tema fundamental e de altíssima importância nas empresas que é a
gestão de custos.
Para a empresa, este estudo possibilitou uma análise da composição dos custos dos
seus produtos, dos preços praticados e dos resultados atualmente obtidos, além de
contribuições na formação de novos preços, de formas diferenciadas de precificação para
promoções especiais, entre outras análises de margens e resultados.
13

Para o acadêmico, como concluinte do curso, este trabalho foi de imensa importância,
pois é neste momento, em que se confronta a teoria com a prática, sala de aula e campo de
atuação. É o momento de analisar e verificar como realmente funciona uma empresa fora dos
livros, podendo também servir como fonte de pesquisa para futuros acadêmicos, que venham
a se interessar por esta área do conhecimento.

1.1.6 Metodologia do trabalho

Neste ponto do estudo, demonstram-se como foi desenvolvida a pesquisa, quais


caminhos foram tomados para responder o problema e os objetivos do presente trabalho.

1.1.6.1. Classificação da Pesquisa

Esta pesquisa foi classificada de acordo com sua natureza, dos seus objetivos, quanto a
sua forma de abordagem do problema, com seus procedimentos técnicos, seguidos da forma
como foram coletados os dados.

a) Do Ponto de Vista de sua Natureza

É possível classificar a pesquisa de acordo com sua natureza, ou seja, a pesquisa pode
ser de ordem aplicada ou básica. No caso desta pesquisa foi classificada como aplicada, pois a
mesma gerou “conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas
específicos, envolve verdades e interesses locais e tem inúmeras possibilidades de aplicação
nas ciências sociais” (SILVA e MENEZES, 2000, p.20).

b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos

De acordo com seus objetivos a pesquisa pode ser classificada como exploratória
descritiva ou explicativa. Este estudo se classifica como exploratório e descritivo.
Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento bibliográfico,
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado,
14

análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de pesquisa


bibliográficas e estudos de caso, conforme (GIL, 1999).
Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou
fenômenos ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem o uso de técnicas
padronizadas de coleta de dados, questionários e observação sistemática. Assume, em geral, a
forma de levantamento, (GIL, 1999).
No caso desta pesquisa, a mesma apresenta características exploratória e descritiva,
pois explicitou o problema por meio de fatos constatados em entrevistas e com levantamento
bibliográfico, bem como, descreveu as características da entidade trabalhada e as várias fases
de produção que compõem os custos.

c) Quanto à Forma de Abordagem do Problema

O presente trabalho foi classificado quanto a sua forma de abordagem do problema


como uma pesquisa qualitativa.
De acordo com Beuren (2004, p. 91) “os estudos que empregam uma metodologia
qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de
certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”.

d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

Sob o ponto de vista dos procedimentos técnicos, conforme Gil (1999), a pesquisa se
classifica como Bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso.
Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na
internet.
Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de material que não recebeu
tratamento analítico, como relatórios de diretorias, balanços patrimoniais, atas de reuniões,
manuais de procedimentos, etc.
Levantamento: quando elaborada a partir da interrogação direta de pessoas cujo
comportamento se deseja conhecer.
Estudo de Caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objetos de maneira que se permitam o seu conhecimento profundo. Existem restrições à
generalização dos resultados.
15

Baseado no exposto, a presente pesquisa envolveu aspectos bibliográficos, em função


de ter o apoio teórico de livros, documental porque se baseou em documentos fornecidos pela
empresa, que foram transformados em planilhas, contendo as devidas informações para a
elaboração dos respectivos cálculos. E por fim, se classifica como levantamento porque foram
realizadas entrevistas despadronizadas com o empresário, gerente, colaboradores, para apurar
as informações que contribuíram no desenvolvimento da pesquisa, e de estudo de caso, pois
foi realizado um estudo exaustivo na referida empresa.

1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados (Instrumentos de coleta de dados)

A coleta de dados para esta pesquisa consistiu em questionamentos na forma de


entrevistas despadronizadas com o gerente da empresa, bem como, um acompanhamento
detalhado do processo de produção, para que assim possa ser construída uma base de dados
real e que é de extrema importância para solução do problema exposto.

1.1.6.2.1 Instrumentos de Coleta de Dados

De acordo com Silva & Menezes (2000, p.33), “a definição do instrumento de coleta
de dados depende dos objetivos que se pretende alcançar com a realização da pesquisa e do
universo investigado”.
Portanto o presente estudo se apoiou na observação, sistemática, pois foi realizado em
condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos, é não participante, ou
seja, não houve participação do observador durante o processo de produção, individual, com a
coleta de dados realizada pelo observador, ainda, a pesquisa ocorreu em tempo real, sendo
registrados os dados à medida em que aconteciam.
No momento da entrevista, em que se buscaram informações do entrevistado sobre o
problema, a mesma ocorreu de forma não estruturada, onde não existe rigidez de roteiro,
assim foi possível explorar mais amplamente algumas questões.

1.1.6.3 Plano de Analise e Interpretação de Dados

Para Beuren (2004, p.136), “analisar dados significa trabalhar com todo o material
obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as
transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis”.
16

Com a devida coleta de dados realizada, é chegada a hora de interpretar estes dados
para se chegar à solução do problema exposto. Neste momento é demonstrado o resultado de
toda a pesquisa, onde por meio de gráficos e planilhas ocorre a interpretação e cálculo dos
respectivos dados e por fim, apresenta-se um relatório expondo os resultados.
17

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capitulo aborda-se uma revisão geral pertinente a literatura sobre o tema deste
estudo, ou seja, a Contabilidade de Custos, por meio de livros, artigos e material
disponibilizado na internet é apresentado uma serie de conceitos dos mais variados campos de
atuação desta área.
Para Silva e Menezes (2000, p.37):

A revisão de literatura resultará do processo de levantamento e análise do que já foi


publicado sobre o tema e o problema de pesquisa escolhidos. Permitirá um
mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito sobre o tema e/ou problema
da pesquisa.

2.1 Contabilidade

A Contabilidade tem a função de prestar informações e sendo um conjunto de


conhecimentos precisa coletar, registrar, analisar e resumir para relatar com precisão os
diversos dados que interessam a gestão no entendimento econômico/financeiro do negócio.

2.1.1 Conceito de Contabilidade

De acordo com Basso (2005, p.22):

Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis,


princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e
observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo e qualitativo, e
que, como um conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica
de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular,
resumir e revelar informações de suas variações e situações, especialmente de
natureza econômico-financeira.

Neste sentido, a contabilidade se propõe ao estudo do patrimônio das entidades, tanto


na forma qualitativa como quantitativa.

2.1.2 Finalidade da Contabilidade

A contabilidade é o centro de controle do patrimônio, por ela passa todos os fatos de


ordem qualitativa e quantitativa, onde por meio dos relatórios contábeis, o gestor tem
condições de tomar as decisões corretas para se prevenir e planejar o futuro de seu negocio.
18

Segundo Basso (2005, p.24), “a finalidade fundamental da contabilidade é gerar


informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o
controle e o planejamento”.

2.1.3 Aplicação da Contabilidade

A Contabilidade é aplicada onde se podem fornecer informações seguras para a


tomada de decisões por parte do gestor da empresa.

A informação contábil se expressa por diferentes meios, como demonstrações


contábeis, escrituração ou registros permanentes e sistemáticos, documentos, livros,
planilhas, listagens, prognósticos, descrições, criticas ou quaisquer outros utilizados
no exercício profissional ou previstos em legislação. Os usuários incluem, entre
outros, os integrantes do mercado de capitais, investidores, presentes ou potenciais,
fornecedores e demais credores, clientes, financiadores de qualquer natureza,
autoridades governamentais de diversos níveis, meios de comunicação, entidades
que agem em nome de outros, como associações e sindicatos, empregados,
controladores, acionistas ou sócios, administradores da própria Entidade, além do
público em geral, (CRCRS, 2006, p.74).

Portanto a contabilidade pode ser aplicada nos mais diversos setores da empresa, bem
como em todas as empresas, de pequeno, médio e grande porte.

2.2 Contabilidade de Custos

A contabilidade de custos nos dias de hoje representa cada vez mais um fator de
extrema importância para o sucesso da empresa, pois é através dela que o empresário tem o
controle do quanto seu produto ou serviço custa, o auxiliando na formação de preços e na
tomada de decisão para estratégias de vendas de modo a aumentar o lucro do
empreendimento.
De acordo com Bruni e Famá (2011, p.22),
A contabilidade de custos pode ser definida como o processo ordenado de usar os
princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio.
Dessa forma com informações coletadas das operações e das vendas, a
administração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os
custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os
produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas
funções do negocio, objetivando alcançar uma operação racional eficiente e
lucrativa.
19

Ainda para Leone (2011, p.21), a contabilidade de custos “é uma atividade que se
assemelha a um centro processador de informações que recebe ou obtém dados, acumulando-
os de forma organizada, analisando-os e interpretando-os, produzindo informações de custo
para os diversos níveis gerenciais”.
A figura 01 demonstra a contabilidade de custos agindo como um centro processador
de informações:

Figura 1 - Contabilidade de Custos como um Centro Processador de Dados


Fonte: Leone (2011, p.23)
De acordo com Leone (2011, p.23),
A contabilidade de custos colhe dados internos e externos, monetários e não
monetários, mas quantitativos. Atualmente, em virtude de suas crescentes
responsabilidades, diante das novas exigências por parte dos administradores, a
contabilidade de custos está cada vez mais usando dados quantitativos não
monetários, colhendo-os, trabalhando-os e produzindo informações gerenciais de
alta relevância, baseada nesses dados.

A contabilidade de custos serve como um apoio indispensável para a tomada de


decisão do gestor nas mais diversas áreas é a confiança do gestor nos relatórios de custos que
demonstra a importância deste ramo da contabilidade nas empresas.

2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos

O objetivo da contabilidade de custos é fornecer informações sobre a utilização de


bens e serviços na produção de outros bens ou serviços, em um ambiente onde são gerados,
direcionados para o fornecimento de subsídios para analise e avaliação do desempenho da
produtividade.
A contabilidade de custos também tem por objetivo servir de instrumento para a
tomada de decisões por parte do gestor da empresa.
20

2.2.1 Conceitos Utilizados em Custos

Dentro da contabilidade de custos são usados alguns termos, e para uma eficiente
gestão de custos é necessária à compreensão de conceitos relacionados a esta literatura. Para
tanto, serão apresentados a seguir conceitos de gastos, investimentos, despesas, perdas, custo
e desperdício.

2.2.1.1 Gastos

De acordo com Leone (2011, p.52), “gasto é o sacrifício financeiro que a entidade arca
para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega
ou promessa de entrega de ativos”.
Ainda de acordo com Wernke (2008, p.11):

Gasto é um termo usado para definir as transações financeiras nas quais a empresa
utiliza recursos ou assume uma divida, em troca da obtenção de algum bem ou
serviço. É um conceito abrangente e pode englobar os demais itens. Por exemplo:
um gasto pode ser relacionado a algum investimento, neste caso sendo contabilizado
no ativo da empresa, ou alguma forma de consumo, como custo ou despesa, quando
será registrado em conta de resultado.

2.2.1.2 Investimentos

Segundo Wernke (2008, p.11):

Investimentos são os gastos que irão beneficiar a empresa em períodos futuros.


Enquadram-se nesta categoria, por exemplo, as aquisições de ativos, como estoques
e máquinas. Nesses casos, por ocasião da compra, a empresa desembolsa recursos,
visando um retorno futuro sob a forma de produtos fabricados. Convém salientar
que o uso ou o respectivo desgaste das máquinas e o consumo dos estoques no
processo fabril são considerados como custo de fabricação.

Já Bruni e Famá (2011, p.23) relatam que “os investimentos representam gastos
ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Ficam
temporariamente congelados no ativo da entidade, e posteriormente de forma gradual, são
descongelados e incorporados aos custos e despesas”.
21

2.2.1.3 Despesas

Para Bruni e Famá (2011, p.23), as despesas “correspondem a bem ou serviço


consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão associadas a
produção de um produto ou serviço”. Como exemplos de despesa podem ser citados, os
gastos com salário de vendedores.
Já na concepção de Leone (2011, p.52), “despesas são bens ou serviços consumidos
direta ou indiretamente para a obtenção de receitas”.

2.2.1.4 Perdas

Para Wernke (2008, p.12):

As perdas são fatos ocorridos em situações excepcionais que fogem a normalidade


das operações da empresa. Tais itens não são considerados operacionais e não fazem
parte dos custos de fabricação dos produtos. Constituem-se de eventos ocasionais e
indesejados, como a deterioração anormal de ativos causados por incêndios ou
inundações, furto, etc.

Também, de acordo com Bruni e Famá (2011, p.24),

As perdas representam bens ou serviços consumidos de forma anormal. Consiste


em: (I) um gasto anormal decorrente de fatores extraordinários ou (II) atividade
produtiva normal da empresa. Na primeira situação, devem ser considerados como
despesa e lançados diretamente contra o resultado do período. Na segunda situação,
devem ser classificados como custo de produção do período.

As perdas devem ser evitadas a todo custo, pois se deve tentar maximizar a produção
para gerar mais lucros com o mínimo de serviços consumidos de forma anormal.

2.2.1.5 Custos

Para Wernke (2008, p.12):


Custos são os gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação de
serviços. No caso industrial, são os fatores utilizados na produção, como matéria
prima, salários e encargos sociais dos operários da fábrica, depreciação das
máquinas, dos móveis e das ferramentas utilizadas no processo de fabricação.

De acordo com Bruni e Famá (2011, p.23) “os custos representam os gastos relativos a
bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Portanto, estão associados
aos produtos ou serviços produzidos pela entidade”.
22

Já para Eliseu Martins (apud, Leone 2011, p.52) “custo é um gasto relativo a bem ou
serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”, e acrescenta que o custo é também
um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo no momento da utilização dos
fatores de produção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço.

2.2.1.6 Desperdícios

Hoje em dia os desperdícios de matéria prima e mão de obra com a ociosidade,


representam um alto custo para as empresas, podendo em certas ocasiões ser o responsável
pelo prejuízo da mesma.
Para Wernke (2008, p.12):
O conceito de desperdício pode englobar os custos e as despesas utilizados de forma
não eficiente. Ou seja, são considerados desperdícios todas as atividades que não
agregam valor e que resultam em gastos de tempo, dinheiro, recursos sem lucro,
além de adicionarem custos desnecessários aos produtos. Podem ser enquadradas
nesta categoria a produção de itens defeituosos, a movimentação desnecessária, a
inspeção de qualidade, a capacidade ociosa, etc.

Figura 2 - Definições Básicas de Contabilidade de Custos


Fonte: Wernke (2008, p.13)

2.3 Custos Com Mão De Obra

Os custos com mão de obra representam os esforços dos colaboradores em produzir


um determinado produto ou serviço que a empresa se propõe.
23

2.3.1 Mão de Obra Direta

Para as indústrias, a base de todo o processo de industrialização é a mão de obra direta,


pois é com o trabalho árduo de seus colaboradores que a empresa cresce através de seus
produtos.
De acordo com Bruni e Famá (2011, p.73):

A mão de obra direta, ou simplesmente, MOD corresponde aos esforços produtivos


das equipes relacionadas a produção dos bens comercializados ou dos serviços
prestados. Refere-se apenas ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em
elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a
identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação
indireta ou rateio.

Custo com mão de obra direta está relacionado ao tempo que os colaboradores da
empresa necessitam para a produção direta do produto ou serviço.

2.3.2 Mão de obra Indireta

De acordo com Bruni e Famá (2011, p.76) é importante observar que:

Embora a mão de obra direta seja tratada como variável já que esta associada aos
volumes produzidos, no Brasil, em função das restrições legais, os salários e
encargos devem ser considerados como fixos. A eventual diferença entre o gasto
total com mão de obra direta, alocada ao produto, representa a ociosidade ou perda
do trabalho pago, porém não utilizado, podendo ser agrupado genericamente na
categoria de mão de obra indireta.

Também, os custos com mão de obra indireta, são aqueles que não podem ser alocados
diretamente ao produto ou serviço, por se tratarem de departamentos auxiliares existentes na
empresa, um exemplo seria o custo do salário de supervisores e controle de qualidade.

2.4 Classificações Dos Custos

Na literatura contábil existem diversas classificações de custos, onde, as de maior


aplicabilidade gerencial se encontram no quadro a seguir:
24

Quadro 1- Classificação de Custos


Classificação Categorias
Quanto a tomada de decisões Relevantes Não Relevantes
Quanto a identificação Diretos Indiretos
Quanto ao volume produzido Variáveis Fixos
Fonte: Wernke, Gestão de Custos (2008, p.35)

2.4.1 Custos Diretos

Os custos diretos são aqueles que podem ser facilmente ligados ao produto ou serviço,
de acordo com Wernke (2008, p.13):

Custos diretos são os gastos facilmente apropriados às unidades produzidas, ou seja,


são aqueles que podem ser identificados como pertencentes a este ou aquele
produto. Por sua natureza, característica própria e objetividade de identificação no
produto são imputados por medições objetivas ou por controles individuais como a
ficha técnica do produto, sem a necessidade de rateios. Correspondem aos gastos
específicos do produto ou serviço, ou seja, não sendo produzida a unidade ou
executado o serviço, esses gastos não ocorrem. Tais custos podem ser fisicamente
identificados para um segmento particular sob consideração. Assim, se o que esta
sob consideração é uma linha de produtos, então os materiais e mão de obra
envolvidas em sua manufatura seriam ambos custos diretos. Exemplo: as matérias
primas componentes dos produtos.

Ainda de acordo com Bruni e Famá (2011, p.29): “custos diretos são aqueles
diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados na
fabricação do produto e mão de obra direta. Apresentam a propriedade de serem
perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva”.

2.4.2 Custos Indiretos

De acordo com Leone (2011, p.59), “custos indiretos são todos os outros custos que
dependam do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para o débito as obras”.
Os custos indiretos são aqueles que dependem de taxas de rateio para sua mensuração
ao produto, onde de acordo com Bruni e Famá (2011, p.29): “custos indiretos necessitam de
aproximações, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos produtos. Exemplo:
seguro de aluguéis de fabrica, supervisão de linhas de produção”.
25

Também de acordo com Wernke (2008, p.14):

Custos indiretos são os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou
objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam
atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, serão mediante critérios de
rateio. No caso industrial, são os custos que ocorrem dentro do processo de
produção, mas para serem apropriados aos produtos requerem o uso de rateios (são
artifícios usados para distribuir os custos que não se consegue determinar com
objetividade e segurança a quais produtos se referem). São os gastos que a empresa
tem para exercer suas atividades, mas que não tem relação direta com um produto ou
serviço especifico, pois relacionam-se com vários produtos ao mesmo tempo.
Exemplo: o aluguel da fabrica em que são produzidos diversos produtos em
conjunto. Para atribuir uma parcela do custo com aluguel fabril aos produtos é
necessário ratear por um critério especifico.

Os custos indiretos dificilmente podem ser mensurados no produto, sendo necessário o


uso de rateios para tal.

2.4.3 Custos Fixos

Custo fixo é um fator produção onde os custos independentes do nível de atividade da


empresa. Qualquer que seja a quantidade produzida ou vendida, mesmo que sejam zero, os
custos fixos se mantêm os mesmos. Difere do custo variável, que variam segundo o volume
de vendas ou de produção industrial.
Segundo Wernke (2008, p.14):

Custos fixos são aqueles gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de
atividades operacionais, independentemente do volume de produção. São custos que
tem seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, ou seja, sem
vinculo com o aumento ou diminuição da produção. Assim, esses custos
permanecem no mesmo valor independentemente da quantidade produzida.
Relacionam-se com a capacidade instalada que a empresa possui e seu valor
independe do volume de produção, existindo independentemente de a empresa estar
produzindo ou parada. Exemplo: se produzir uma unidade ou 200 unidades, o valor
do aluguel do galpão industrial terá o mesmo valor.

Custos fixos são aqueles que independem da produção, mas com critérios de rateio são
alocados aos produtos, segundo Bruni e Famá (2011, p.30), “são custos que em determinado
período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de
atividade da empresa”.
26

2.4.4 Custos Variáveis

Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a produção do produto ou
com a prestação de serviço, onde de acordo com Bruni e Famá (2011, p.30):

Nos custos variáveis, seu valor altera-se diretamente em função das atividades da
empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Exemplos
óbvios de custos variáveis podem ser expressos por meio dos gastos com matéria
prima e embalagens. Quanto maior a produção, maior o consumo de ambos. Assim
como os custos fixos, os custos variáveis possuem uma interessante característica:
são genericamente tratados como fixos em sua forma unitária.

Custo variável é a soma dos fatores variáveis de produção. Custos que mudam de
acordo com a produção ou a quantidade de trabalho, exemplos incluem o custo de materiais,
suprimentos e salários da equipe de trabalho.
Ainda, Segundo Wernke (2008, p.14):

Custos variáveis são os que estão diretamente relacionados com o volume de


produção ou venda. Quanto maior o volume de produção, maiores serão os custos
variáveis totais. São os valores consumidos ou aplicados que tem seu crescimento
vinculado a quantidade produzida pela empresa. Tem seu valor determinado em
função de oscilações na atividade da empresa, variando de valor na proporção direta
do nível de atividades. O exemplo mais adequado para o custo variável é a matéria
prima, pois se para produzir uma unidade de produto gastam-se R$ 10,00, ao
produzir duas unidades, gastam-se R$ 20,00.

É importante ressaltar a diferença entre custo variável e custo direto. Um custo é


variável se ele realmente acompanha a proporção da atividade com que ele é relacionado. Um
custo direto é aquele que se pode medir em relação a essa atividade, setor ou produto, Wernke
(2008).

2.4.5 Custos Relevantes e Não Relevantes

De acordo com Wernke (2008, p.13), “custos relevantes são aqueles que se alteram
dependendo da decisão tomada e custos não relevantes são os que independem da decisão
tomada”. Assim, os custos realmente importantes como subsidio a tomada de decisão são os
relevantes; os outros não necessitam ser considerados. Essa classificação é feita considerando-
se uma única decisão a ser tomada, sendo valida apenas para aquela decisão.
27

2.5 Métodos De Custeio

Os métodos de custeio são utilizados para se chegar a um determinado resultado,


sendo que custeio é o método usado para apropriação dos custos. Os métodos de custeio
existentes são: Custeio por absorção, custeio variável ou direto, custeio padrão, ABC, RKW.

2.5.1 Custeio por Absorção

O custeio por absorção é o método mais utilizado atualmente quando se deseja atribuir
um valor de custos ao produto atribuindo-lhe também uma parte dos custos indiretos, esse
método consiste basicamente na apropriação de todos os custos de produção ao produto.

O custeio por absorção designa o conjunto de procedimentos realizados para atribuir


todos os custos fabris fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos
fabricados em um período. Com isso, os produtos “absorvem” todos os gastos
classificáveis como custo, ou seja, matérias primas, salários e encargos sociais,
depreciação das máquinas, aluguel do prédio industrial etc., independentemente de
sua natureza, se custos fixos ou não, se custos diretos ou não, conforme Wernke
(2010, p.19).

O custeio por absorção abrange todos os custos da empresa, além de respeitar os


princípios fundamentais de contabilidade e ser aceito pela legislação brasileira.
Segundo Leone (2011, p. 242):

O custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os
custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou
indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do
critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que
cada produto ou produção, ou serviço, absorva parcela dos custos diretos e indiretos,
relacionados a fabricação.

A figura 03 demonstra a estrutura básica do critério de custeio por absorção:


28

Figura 3 - Estrutura Básica do Critério do Custeio por Absorção


Fonte: Leone (2011, p.243)

Algumas vantagens do custeio por absorção, conforme Wernke (2008, p. 21)

 Atende a legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o uso do
sistema de custos integrado a Contabilidade;
 Permite a apuração do custo por centro de custos, visto que a aplicação exige a
organização contábil nesse sentido; tal recurso, quando os custos forem alocados
aos departamentos de forma adequada, possibilita o acompanhamento do
desempenho de cada área;
 Ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo total de
cada produto.

A principal desvantagem do uso do custeio por absorção segundo Wernke (2008, p.


21), “consiste na utilização dos rateios para distribuir os custos entre os departamentos e/ou
produtos.” Como nem sempre tais critérios são objetivos, podem distorcer os resultados,
penalizando alguns produtos e beneficiando outros.

2.5.2 Custeio Variável

O custeio direto, ou custeio variável, é um tipo de custeio que considera como custo de
produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Desse modo, o custo dos produtos
vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão
29

custos variáveis. Os métodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificação
específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis.

Este método considera apenas os custos variáveis prevê uma apropriação de caráter
gerencial, considerando apenas os custos variáveis como matéria-prima, mão de
obra direta, serviços de terceiros aplicados ao produto, tributos sobre vendas,
comissões de vendas, etc. os demais gastos são transferidos para a apuração do
resultado como despesas, sem serem apropriados aos produtos fabricados. Wernke
(2008, p. 29)

De acordo com Bruni e Famá (2011), embora questionável segundo o ponto de vista
dos princípios e normas contábeis, o custeio variável assume grande importância na análise de
decisões relativas a custos e preços. No método do custeio variável, apenas gastos variáveis
são considerados no processo de formação dos custos dos produtos individuais. Custos ou
despesas indiretas são lançados de forma global contra os resultados.
Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são
consideradas como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente
contra o resultado do período.
De acordo com Wernke (2010), os defensores desta forma de custeamento entendem
que os gastos variáveis devem ser priorizados em detrimento daqueles que tem
comportamento fixo, especialmente pelos seguintes argumentos, de acordo com Wernke
(2008, p.21):
 Os gastos fixos são utilizados basicamente para manter instalada a estrutura
produtiva da empresa;
 Para que o montante dos gastos fixos seja alocado aos produtos há a necessidade
de se recorrer a critérios de rateio, ocorrendo a possibilidade de se super custear
alguns produtos;
 Pela característica de manter o mesmo valor independentemente do volume
fabricado no período, caso seja rateado aos produtos, o valor do gasto fixo por
unidade estará vinculado a menor ou a maior produção.

Algumas das vantagens e desvantagens de acordo com Wernke (2010, p. 90), deste
método de custeio serão:
 Não é aceito pela legislação tributaria para fins de avaliação de estoque; Não
envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o calculo: por
avaliar o produto ou serviço apenas pelos gastos que lhe são atribuíveis
facilmente, não requer cálculos complexos.
 Exige uma estrutura de classificação rigorosa entre os gastos de natureza fixa e
os de natureza variável: em alguns casos, tal divisão nem sempre é fácil de ser
obtida, uma vez que alguns custos têm comportamento de custos semifixos ou de
custos semi-variaveis;
 Com a crescente elevação do valor dos gastos verificada nos últimos anos não
diretamente relacionados com a fabricação dos produtos individualmente, não
considerados neste método, a analise de desempenho pode ser prejudicado e deve
merecer considerações com maior rigor por parte dos gestores, Wernke (2010, p.
90)
30

Pelo fato do método de custeio variável não ser aceito pela legislação tributaria, o
mesmo serve única e exclusivamente para fins gerenciais.

Quadro 2 - Custeamento por Absorção e Custeamento Variável – Diferenças Fundamentais


Custeamento por Absorção X Custeamento Variável – Diferenças Fundamentais
Custeamento por Absorção Custeamento Variável
Não há preocupação por essa classificação Classifica os custos em fixos e variáveis.
Também classifica os custos em diretos e indiretos. Classifica os custos em diretos e indiretos.
Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado, os Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado,
seus custos diretos e também os custos indiretos apenas os custos que são diretos ao segmento e
através de uma taxa de absorção. variáveis em relação ao parâmetro escolhido como
base.
Os resultados apresentados sofrem influência direta do Os resultados apresentados sofrem influência direta
volume de produção. do volume de vendas.
É um critério legal, fiscal, externo. É um critério administrativo, gerencial, interno.
Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos Aparentemente sua filosofia básica contraria os
preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente preceitos geralmente aceitos na contabilidade,
do “regime de competência”. principalmente os fundamentos de “regime de
competência”.
Apresenta a Margem Operacional – diferença entre as Apresenta a Contribuição Marginal – diferença entre
receitas e os custos diretos e variáveis do segmento as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento
estudado. estudado.
O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a O custeamento variável destina-se a auxiliar
gerência no processo de determinação da rentabilidade sobretudo, a gerencia no processo de planejamento e
e de avaliação patrimonial. tomada de decisões.
Como o custeamento por absorção trata dos custos Como o custeamento variável trata dos custos diretos
diretos e indiretos de determinado segmento, sem e variáveis de determinado segmento, o controle da
cogitar de perquirir se os custos são variáveis ou fixos, absorção dos custos da capacidade ociosa não é bem
apresenta melhor visão para o controle da absorção explorado
dos custos da capacidade ociosa.
Fonte: Leone (2011, p.406)

2.5.3 Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC)

No método ABC as atividades são o foco do processo de custeio.

O método de custeio ABC caracteriza-se pela tentativa de identificação dos gastos


das diversas atividades desempenhadas por uma empresa, independentemente de que
sejam executadas dentro ou fora dos limites físicos de um setor, departamento, ou
31

até mesmo da própria organização. Após identificar essas atividades, busca-se


conhecer o montante de recursos consumidos por estas no período (geralmente um
mês), com relação aos salários, ao material de expediente, a energia elétrica, ao
aluguel, a depreciação do equipamento fabril etc, conforme Wernke (2010, p.30)

Os custos são investigados, relacionando-se as atividades aos produtos, com base na


demanda por tais atividades ao processo de produção ou o serviço em questão.

O custeio baseado em atividades ou, simplesmente, ABC, do inglês Activity Based


Costing, difere do sistema de custeio tradicional em função de, no lugar das bases de
rateio, empregar as atividades desenvolvidas dentro da organização para alocar os
custos, contrariamente aos sistemas que se baseiam em volumes. Dessa forma,
objetiva fornecer metodologia mais coerente de alocação de custos, Bruni e Famá
(2011, p.142)

Portanto, as bases de alocação usadas no custeio baseado na atividade são medições


das atividades executadas, que podem incluir horas do tempo de ajuste de máquina ou número
de vezes em que isso foi feito, ou demais maneira de distribuição em função da atividade que
está sendo analisada, seja industrial, serviço ou overhead.
Na figura a seguir é demonstrada de forma simples a lógica de funcionamento do
ABC:

Figura 4 - Lógica de Funcionamento do ABC


Fonte: Wernke (2008, p.24)

Como benefícios proporcionados pela utilização do método ABC, conforme Wernk


(2008, p 23) pode ser citados:

 Exposição da informação ao usuário: tende a ser bem recebido pelos usuários por
ser um método que se baseia nas atividades e exibe o vinculo destas com seus
resultados;
 Utilização da relação de origem dos custos como ferramenta de gestão;
 Estimativa de cada atividade em termos de objetivos da organização;
 Inclusão da totalidade dos custos nos produtos, por meio das atividades.
32

Porém Kingcott apud Wernke (2008, p23),

Considera que o problema central do custeamento baseado em atividades é que este


sistema foi desenvolvido para proporcionar nova sobrevida ao custeio por absorção,
que também apresenta grandes limitações quanto a orientação dos processos
decisórias, pois a atribuição dos custos indiretos é sempre arbitraria, consome
tempo, e a informação de custos resultantes é inadequada para a utilização na
tomada de decisão.

Ainda de acordo com Catelli apud (Wernke, 2008, p23),

 Concorda que o problema deste custeio é considerar o rateio dos custos e


despesas fixas. Argumento que o rateio desses elementos, não mais pelo custo de
mão de obra direta, e sim mediante a utilização dos direcionadores de custo, não
torna o custo do produto correto pelos seguintes aspectos:
 Grande parcela dos custos indiretos, qualquer que seja o tipo de atividade, é de
natureza fixa;
 Tendo em vista que o emprego de tecnologias modernas de produção tem
aumentado os custos fixos proporcionalmente aos custos variáveis, esse método
de custeio conduzira a resultados proporcionalmente mais errados;
 Sempre que se apura o custo fixo unitário, é modificada a verdadeira natureza
comportamental do elemento de custo, gerando informações distorcidas;
 Um sistema adequado deve levar em consideração o verdadeiro comportamento
dos custos em relação às oscilações do volume de atividades, segregando o custo
do produto e o custo da estrutura de responsabilidade, e não efetuando nenhum
tipo de rateio de custos fixos aos produtos.

De acordo com Wernke (2008, p. 23), “cabe salientar que as criticas de Catelli e
Kingcott não dizem respeito apenas ao custeio baseado em atividades, mas para qualquer
sistema que utilize como premissa o rateio dos custos fixos aos produtos”.

2.6 Formação Do Preço De Venda

Um dos grandes problemas que as micros e pequenas empresas enfrentam hoje é a


correta determinação do preço das suas mercadorias. Atualmente, o mercado brasileiro é
composto por empresas de grande, médio e pequenos portes, como também as microempresas
e empresas informais. As estruturas operacionais destas empresas é que determinarão o real
preço de venda de seus produtos, independentemente do mercado.
A correta precificação dos produtos de uma empresa é premissa fundamental para a
sua sobrevivência, independente de seu porte ou sua área de atuação, nesse sentido Wernke
(2008, p.126) diz que “é comum observar companhias que não tem a menor noção da
lucratividade proporcionada por seus produtos e serviços, bem como das suas necessidades
para se atingir os respectivos equilíbrios operacionais”.
33

Ainda, Buni e Famá (2011, p.265) dizem que “um dos mais importantes aspectos
financeiros de qualquer entidade consiste na fixação dos preços dos produtos e serviços
comercializados”.
Em relação ao processo de formação de preços, de acordo com Buni e Famá (2011,
p.265), alguns dos principais objetivos podem ser apresentados como:

 Proporcionar em longo prazo, o maior lucro possível;


 Permitir a maximização produtiva da participação de mercado;
 Maximizar a capacidade produtiva, evitando a ociosidade e desperdício
operacional;
 Maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de modo
autossustentado.

A empresa que tem estrutura operacional mais enxuta, certamente conseguirá colocar
uma mercadoria a um preço mais competitivo, talvez, bem abaixo do preço de mercado. Isso é
semelhante à concorrência entre um ambulante e um magazine. Por que o ambulante
consegue precificar abaixo do preço do magazine sendo a mesma mercadoria? Porque o
ambulante não tem estrutura operacional e o magazine possui uma estrutura de gastos que tem
custos tributários, financeiros, comissões, salários, telefone, aluguel, energia elétrica, dentre
tantos outros. Este tipo de concorrência está presente entre as várias empresas que compõem
um mesmo segmento de mercado. Este conjunto de gastos pesa na hora da precificação e
certamente deverá ser cuidadosamente inserido no preço de venda.

2.6.1 Formação do Mark-up

O Mark-Up ou taxa de marcação como é também conhecido, é um multiplicador


aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Esse
multiplicador é obtido através de uma fórmula que insere os impostos sobre venda, despesas
financeiras, comissões sobre as vendas, despesas administrativas, despesas de vendas, outras
despesas e a margem de lucro desejada.

Wernke (2008, p.130) diz:

A taxa de marcação ou mark-up é o índice aplicado sobre o custo de um bem ou


serviço para a formação do preço de venda. Têm por finalidade cobrir os fatores,
como tributação sobre vendas, percentuais incidentes sobre o preço de venda,
despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos indiretos de
produção fixos e margem de lucro.
34

O Mark-up é um índice muito utilizado para precificação, mas requer um


conhecimento, por parte do micro e pequeno empresário, da estrutura operacional do
empreendimento.
Quanto a elaboração, existem duas formas de utilização do mark-up: divisor ou
multiplicador. Independentemente de qual método é utilizado, o valor de preço de venda será
igual.

2.6.1.1 Obtenção do Mark-up Divisor

Para se obter o mark-up divisor é necessário que seja observado as seguintes fases:

 Listar todas as despesas variáveis de vendas (DVVs) (ICMS sob venda,


comissões, lucro desejado);
 Somar as DVVs;
 Dividir a soma das DVVs por 100 (para achar a forma unitária)
 O cociente da divisão deve ser subtraído de “1”;
 Dividir o custo de compra pelo mark-up divisor.

Exemplo de aplicação de mark-up divisor (WERNKE, 2008, p.130) na empresa


imaginaria:
ICMS sobre vendas = 17%
Comissões sobre vendas = 3%
Lucro desejado = 5%
Custo unitário da mercadoria = R$ 500,00
Soma DVVs = (17%+3%+5%)
Soma DVVs = 25%
Divisão da soma = 25% : 100 = 0,25
Subtraindo-se 1 = 1 – 0,25 = 0,75
Mark-up divisor = 0,75
Então se o custo de compra da mercadoria é R$ 500,00 seu preço de venda a vista
seria de R$ 666,67 (pois R$ 500,00/0,75 = R$ 666,67).
Tomando-se o Custo de Produção e dividindo pelo percentual do Mark-up Divisor se
obtém o Preço de Venda.
35

2.6.1.2 Obtenção do Mark-up Multiplicador

Para se calcular o mark-up multiplicador deve-se adotar os seguintes passos:

 Listar todas as despesas variáveis de vendas (DVVs) (Icms sob venda,


comissões, lucro desejado);
 Somar as DVVs;
 Partindo de 100% e subtrair a soma das DVVs;
 O mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase anterior;
 O preço de venda a vista é obtido multiplicando o custo unitário da mercadoria
pelo mark-up multiplicador.

Exemplo de aplicação de mark-up multiplicador (WERNKE, 2008, p.131) na empresa


imaginaria:
ICMS sobre vendas = 17%
Comissões sobre vendas = 3%
Lucro desejado = 5%
Custo unitário da mercadoria = R$ 500,00
Soma DVVs = (17%+3%+5%) = 25%
Subtraindo-se 100% da soma = (100%-25%) = 75%
Efetuando a divisão = (100/75) = 1,333
Então se o custo unitário é de R$500,00 seu preço de venda de acordo com o mark-up
multiplicador será de (R$ 500,00x1,333 = R$ 666,67) R$ 666,67.
O Mark-up multiplicador é uma ferramenta para se calcular preços de venda de forma
rápida, a partir do custo por absorção de cada produto.

2.6.2 Estratégias de precificação

A estratégia de precificação é uma das tarefas mais complexas e sensíveis relacionadas


ao planejamento.
Falta de coerência na estratégia de preço promove a guerra de preços que destrói a
rentabilidade do canal de vendas.
Teoricamente, qualquer produto ou serviço deveria ter margem de contribuição
positiva. Mais que positiva, o conjunto de produtos e serviços somados deve ter margem de
contribuição suficientemente positiva para no mínimo pagar os custos e despesas da empresa
conforme seu ponto de equilíbrio.
36

De acordo com Lucio Jr. (2011, p.168) na prática, “a estratégia de precificação se dá


por uma combinação entre as variáveis internas da empresa relacionadas à rentabilidade e
desejo de lucro versus as condições que o produto ou serviço encontrará no mercado”.

Alguns exemplos citados por Lucio Jr.:

 Prazo de Pagamento - Impacta diretamente o capital de giro. Em muitas


situações, o prazo de financiamento da venda é maior que o prazo de pagamento
de fornecedores gerando déficit de capital de giro.
 Lançamento de Novos Produtos - O nível de descontos exigidos por clientes é
incompatível com a margem mínima necessária para que o produto seja rentável.
No entanto, para um produto entrante, o desconto pode ser a única forma de
ganhar participação de mercado.
 Descontos Sobre Volume - Descontos devem ser atrelados a volume incremental
de vendas para compensar a perda de margem. Normalmente, este tipo de
descontos é dado posteriormente ao cumprimento de determinada meta de
volume de vendas.

Figura 5 - Simulação de Formação de Preço de Venda


Fonte: Lucio Jr. (2011, p.170)
37

Em uma simulação de formação de preços, não existe mágica, nem engenharia


financeira. A variável que pode ser manipulada é relativa à margem. A elasticidade da
margem estará diretamente relacionada aos custos e despesas da empresa e estará submetida
ao valor do produto aceito pelo mercado.

2.7 Apuração Margem De Contribuição

Margem de Contribuição é quantia em dinheiro que sobra do preço de venda de um


produto, serviço ou mercadoria após retirar o valor do custo variável unitário e as despesas
variáveis. Esta quantia é que irá garantir a cobertura do custo fixo e do lucro, após a empresa
ter atingido o Ponto de equilíbrio, ou ponto crítico de vendas.

De acordo com Wernke (2010, p. 99):

A expressão “margem de contribuição” designa o valor resultante da venda de uma


unidade após serem deduzidos, do preço de venda respectivo, os custos e despesas
variáveis (como matérias primas, tributos incidentes sobre a venda e comissão dos
vendedores) associados ao produto comercializado. A Margem de Contribuição
pode ser conceituada como o valor (em R$) que cada unidade comercializada
contribui para, inicialmente, pagar os gastos fixos mensais da empresa e,
posteriormente, gerar o lucro do período.

A margem de contribuição representa o quanto cada produto vendido contribuirá para


a empresa cobrir todos seus custos e despesas fixas, chamados de custo de estrutura/suporte.

2.8 Ponto De Equilíbrio

Ponto de equilíbrio é a denominação dada ao estudo, nas empresas, onde o total das
receitas é igual ao total das despesas. Neste ponto o resultado, ou lucro final, é igual a zero.
De acordo com Wernke (2010, p.119), “o ponto de equilíbrio pode ser conceituado
como o nível de vendas, em unidades físicas ou em valor, no qual a empresa opera sem lucro
ou prejuízo”.
O ponto de equilíbrio se configura como uma informação básica para o crescimento da
empresa, pois é onde se identifica o quanto a empresa tem que vender para cobrir seus custos
e despesas.
38

O ponto de equilíbrio pode ser estudado das seguintes formas conforme a figura a
seguir:

Figura 6 - Tipos de Ponto de Equilíbrio


Fonte: Wernke (2010, p.120)

2.8.1 Ponto de Equilíbrio Contábil

De acordo com Bruni e Famá (2011, p.200) “a analise dos gastos variáveis e fixos
torna possível obter o ponto de equilíbrio contábil da empresa: representação do volume (em
unidades ou moeda corrente) de vendas necessário para cobrir todos os custos e no qual o
lucro é nulo”.
Para Wernke (2010, p.120) “o ponto de equilíbrio contábil em unidades informa a
quantidade de produtos que deve ser vendida para que o resultado do período seja nulo” ainda
seguindo essa mesma lógica acrescenta que “o ponto de equilíbrio contábil em valor permite
calcular o valor mínimo de vendas que a empresa deve conseguir para que a empresa não
tenha lucro nem prejuízo”.

A figura seguinte representa as formulas do PEC em unidades e em valores:


39

Figura 7 - Fórmulas do Ponto de Equilíbrio Contábil


Fonte: Wernke (2010, p.121)

Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.121), podemos supor que o total de custos
fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00
por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00. Neste caso o ponto de
equilíbrio em unidades é de 100 peças, sendo calculado por:
[R$ 8.000,00/( R$ 200,00 - R$ 120,00)] = [R$ 8.000/ R$ 80,00] = 100 unidades
Seguindo essa mesma logica, tem-se que a margem de contribuição percentual é de
40% [(R$ 80,00/ R$ 120,00)x100]. Assim, o ponto de equilíbrio contábil em valor será de R$
20.000,00 pois [R$ 8.000/0,40].
Sendo assim, o ponto de equilíbrio contábil tanto em valor quanto em unidades tem
por objetivo nos mostrar o quanto a empresa deve vender para cobrir seus custos, esse é o
limite da empresa, se vender abaixo tem-se prejuízo e se vender acima tem-se lucro.

2.8.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro

O ponto de equilíbrio financeiro é o momento quando despesas e lucros se igualam.


Verifica-se o equilíbrio financeiro de uma organização, quando seus custos e despesas
comparam-se com sua receita.
Segundo Bruni e Famá (2010, p. 205):

O ponto de equilíbrio financeiro corresponde a quantidade que se iguala a receita


total com a soma dos gastos que representam desembolso financeiro para a empresa.
Assim, no cálculo do ponto de equilíbrio financeiro não devem ser considerados
gastos relativos a depreciações, amortizações ou exaustões, pois estas não
representam desembolso para a empresa.
40

No ponto de equilíbrio financeiro, não se consideram despesas não desembolsáveis,


onde de acordo com Wernke (2010, p.122), temos que:

Quando uma empresa deseja saber o volume de vendas (em unidades ou em moeda
corrente) que é suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos
(exceto depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período,
como empréstimos e financiamentos bancários, aquisições de bens, etc, pode-se
recorrer ao calculo do ponto de equilíbrio financeiro.

A principal diferença do cálculo do PEC para o PEF é que neste não são consideradas
as depreciações, na figura abaixo é demonstrada a fórmula de calculo do PEF:

Figura 8 - Formula de Calculo do PEF


Fonte: Wernke (2010, p.122)

Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.122), podemos supor que o total de custos
fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00
por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00 e suas depreciações
correspondem a R$ 2.000,00 e ainda que a empresa neste mês pretende quitar a parcela de um
financiamento no valor de R$ 1.200. Nessa situação o PEF é calculado conforme:
PEF = [R$ 8.000,00 – R$ 2.000,00 + R$ 1.200,00/( R$ 200,00 - R$ 120,00)]
PEF = [R$ 7.200,00/R$ 80,00]
PEF = 90 unidades
Portanto no ponto de equilíbrio financeiro o valor das depreciações, por não
representarem desembolso para a empresa, são excluídos do cálculo, neste caso, só é
consideradas os custos e as despesas desembolsáveis, em confrontação com a receita total.
41

2.8.3 Ponto de Equilíbrio Econômico

O ponto de equilíbrio Econômico é a quantidade que iguala a receita total com a soma
dos custos e despesas acrescidas de uma remuneração mínima sobre o capital investido pela
empresa.
De acordo Wernke (2008, p.53):

A cobrança para o atingimento de metas de lucros obriga o gestor a buscar a


informação de qual número de unidades é necessário vender para alcançar o objetivo
fixado pela diretoria da empresa. A quantidade necessária para atingir o lucro
desejado é calculada pelo ponto de equilíbrio econômico.

O ponto de equilíbrio econômico distingue-se dos demais por incluir em sua fórmula a
variável Lucro Desejado, conforme é demonstrado na formula a seguir:

Figura 9 - Formula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Econômico


Fonte: Wernke (2008, p.53)

Segundo Bruni e Famá (2010, p.202):

O conceito de ponto de equilíbrio econômico apresenta a quantidade de vendas (ou


do faturamento) que a empresa deveria obter para poder cobrir a remuneração
mínima do capital próprio nela investido, considerando valores de mercado. Nesse
caso, o lucro obtido deveria ser igual a remuneração do capital próprio (RCP),
também denominada custo de oportunidade do capital próprio.

Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.123), podemos supor que o total de custos
fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00
por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00. Esta empresa pretende
uma remuneração de 20% de seu capital investido no negocio (R$ 200.000,00), quantas
unidades devem ser vendidas para atingir o lucro desejado de R$ 40.000,00. Nessa situação o
PEE é calculado conforme:
PEE = [(R$ 8.000,00+R$ 40.000,00)/( R$ 200,00 - R$ 120,00)]
PEE = [R$ 48.000,00/R$ 80,00]
42

PEE = 600 unidades


Sendo assim o ponto de equilíbrio econômico tende a ser calculado de maneira que se
levam em consideração todos os custos e despesas acrescidos de uma remuneração do capital
investido.

2.8.4 Ponto de Equilíbrio Mix

Quando uma empresa trabalha somente com um produto, o cálculo do ponto de


equilíbrio se torna relativamente simples, porém quando a empresa trabalha com vários
produtos de diferentes categorias o cálculo do ponto de equilíbrio se torna um pouco mais
trabalhoso, nesse caso é usado o ponto de equilíbrio com múltiplos produtos, ou simplesmente
o ponto de equilíbrio mix.
De acordo com Bruni e Famá (2010, p. 202) “nas situações em que se elaboram mais
de um produto ou serviço, a expressão do ponto de equilíbrio em quantidades diferentes de
produtos diferentes perde em boa parte, seu sentido” continuando nesse mesmo raciocínio
concluem:
Se uma empresa opera com diferentes produtos, a melhor forma de expressar o
ponto de equilíbrio seria pela divisão dos gastos fixos por uma margem de
contribuição média. Para obter a margem de contribuição média, basta multiplicar as
margens individuais pela participação percentual nas vendas e depois somar os
resultados.

Uma grande dificuldade nas empresas comerciais que trabalham com vários produtos
é a obtenção do ponto de equilíbrio, de acordo com Wernke (2010, p.124):

As fórmulas apresentadas de ponto de equilíbrio em unidades (quer contábil,


financeiro ou econômico) são aplicáveis a apenas um produto. Como a maioria das
empresas comercializa diversos produtos, o uso dessas formulas é restrito a poucas
situações. Para essas empresas a principal dificuldade encontrada no cálculo do
ponto de equilíbrio é a diversidade de produtos comercializados e as diferentes
margens de contribuição destes.

A figura a seguir ilustra a fórmula de cálculo do ponto de equilíbrio mix:

Figura 10 - Fórmula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Mix


Fonte: Wernke (2010, p.125)
43

A seguir é demonstrado um exemplo de uso do ponto de equilíbrio mix.


Exemplo: Wernke (2010, p.125): o administrador do posto de combustíveis
Orleanense coletou os seguintes dados relativos aos produtos vendidos no mês de julho
conforme quadro a seguir:

Quadro 3 - Informações de Exemplo


Produtos Gasolina Diesel Álcool Totais
a) Preço de venda unitário R$ 2,50 1,50 2,00 -
b) Custo variável unitário R$ 1,50 1,00 1,20 -
c) (a - b) Margem de contribuição unitária R$ 1,00 0,50 0,80 -
d) Quantidade vendida no período (litros) 1.500 3.000 500 5.000
e) Percentual do total vendido no mês (%) 30 60 10 100
f) (c x d) margem de contribuição total (R$) 1.500 1.500 400 3.400
g) Custos fixos do período R$ - - - 4000
Fonte: Wernke (2010, p.125)

Para encontrar o ponto de equilíbrio em unidades (mix) são necessárias duas etapas:
Primeiro é necessário determinar o ponto de equilíbrio total utilizando a fórmula do
PE Mix, conforme o cálculo a seguir:
PE unid. (mix) = [custos fixos/(MC total/Quant. total)]
PE unid. (mix) = [R$ 4.000,00/(R$ 3.400/5.000)]
PE unid. (mix) = [R$ 4.000,00/(0,68000)]
PE unid. (mix) = 5.882,35

Após encontrar o número total de unidades calcula-se quanto desse total refere-se aos
produtos individualmente, considerando os percentuais do volume total vendido. Conforme
expresso na base de dados, do total de litros vendidos no mês a gasolina representou 30%, o
diesel 60% e o álcool apenas 10%. Então o ponto de equilíbrio em unidades (mix) calculado é
composto de acordo com a figura 11:
44

Figura 11 - Resultado Exemplo de Ponto de Equilíbrio Mix


Fonte: Wernke (2010, p.125)

Para ser calculado em valores, basta multiplicar o ponto de equilíbrio mix em unidades
de cada produto pelo seu respectivo preço de venda, conforme é apresentado no quadro a
seguir:

Quadro 4 - Ponto de Equilíbrio Mix em Valores


Produtos Gasolina Diesel Álcool Totais
a) Preço de venda unitário R$ 2,50 1,50 2,00
b) PE Mix em unidades 1.764,71 3.529,41 588,23 5.882,35
c) (axb) PE Mix em valores R$ 4.411,78 5.294,12 1.176,46 10.882,36
Fonte: Wernke (2010, p.126)

O Ponto de Equilíbrio Mix é de suma importância para empresas que comercializam


vários produtos, pois é através dele que se tem ideia de quanto se deve vender para não ficar
no prejuízo.

2.8.5 Benefícios e Limitações do Ponto de Equilíbrio

Alguns dos benefícios constantes do cálculo do Ponto de Equilíbrio, segundo Wernke


(2010, p.126) serão demonstrados a seguir:
 Alteração do mix de vendas tendo em vista o comportamento do mercado;
 Definição do mix de produtos, do nível de produção e preço do produto;
 Simulação de cenários, pois responde a perguntas como:
• quantas unidades de produto devem ser vendidas para se obter determinado
montante de lucro, que atenda às exigências dos investidores quanto a
remuneração do capital integrado?
45

• qual a influencia de um desconto promocional nos preços de venda?


• o que acontecerá com o lucro se o preço de venda aumentar em 10%, mesmo
com uma queda estimada na demanda de 15%?
• o que ocorrerá com o ponto de equilíbrio se o custo de compra de determinada
mercadoria aumentar 25% e o mercado consumidor não aceitar o repasse ao preço
de venda?
• um aumento ou redução nos custos fixos terá qual a influência no resultado final
da empresa?
• uma modificação na legislação dos tributos que incidem sobre as vendas da
empresa, refletirá de que maneira no resultado final da empresa?

Por outro lado o ponto de equilíbrio possui algumas limitações que devem ser levadas
em conta, limitações essas que serão listadas a seguir:

 Para que se possam utilizar as fórmulas matemáticas mencionadas, assume-se que os


fatores considerados no cálculo da margem de contribuição e do ponto de equilíbrio
tenham valores e volumes estáveis. Porém isso na pratica não ocorre, por que no
próprio mês enfocado podem ocorrer (i) variações nos preços de venda, (ii)
alterações nos valores dos custos e despesas variáveis dos produtos, (iii)
modificações nas despesas e custos fixos e (iv) oscilações de quantidades vendidas.
Qualquer alteração ocorrida nos fatores computados no cálculo impacta diretamente
no resultado final do ponto de equilíbrio;
 O comportamento dos custos podem apresentar alterações quando considerados os
diversos níveis de ocupação da capacidade instalada. Neste sentido, o gestor deve
procurar conhecer, de forma mais atenta, as possíveis modificações nos custos com a
formulação de hipóteses sobre o mix de produção e vendas previsto para
determinado período;
 Na mesma direção, alterações nos componentes envolvidos podem ter implicação,
mediatas ou imediatas, em outros fatores. Por exemplo: (i) o repasse aos preços de
venda do aumento no custo de compra de um produto poderá alterar a sua demanda
e consequentemente interferir no resultado final ou (ii) a redução de custos fixos
com salários (pela diminuição do quadro de funcionários) pode acarretar menor
qualidade no atendimento, originando uma possível queda no faturamento mensal
futuro, entre outras situações. Wernke (2010, p.127)

Sendo assim, o ponto de equilíbrio possui limitações que devem ser consideradas
pelos gestores, em face do tipo de atividade e do horizonte de tempo da tomada de decisão na
qual será empregado.
46

2.9 Margem de Segurança Operacional

A margem de segurança operacional é a quantia de produtos ou valor de receitas em


que se opera acima do ponto de equilíbrio.
De acordo com Bruni e Famá (2010, p.208), “a margem de segurança consiste na
quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o
quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa eu
quantidade, valor ou percentual”.
Quanto maior for a margem de segurança operacional, maior a capacidade de geração
de lucro e também maior a segurança de que a empresa não incorrerá em prejuízo.
A figura a seguir representa a fórmula de cálculo da margem de segurança
operacional:

Figura 12 - Formula de Cálculo da Margem de Segurança Operacional


Fonte: Bruni e Famá (2010, p. 209)

Com base na fórmula, é possível por meio de exemplo uma melhor compreensão da
margem de segurança operacional, para tanto vamos considerar os seguintes dados,
Quantidade Vendida de 10 unidades por mês; Custos e despesas variáveis de $ 2.000,00 por
unidade; Custos e despesas fixas de R$ 12.000,00 por mês; Preço de Venda de R$ 4.000,00
por unidade. Primeiramente vamos calcular o ponto de equilíbrio em quantidades:

PE(q) = (R$ 12.000,00/(R$ 4.000,00 - R$ 2.000,00) = 6 unidades


Em seguida vamos efetuar o calculo da margem de segurança operacional:
MSO = 10u - 6u MSO = 4 unidades

Nesse caso as vendas poderão ser reduzidas em até 4 unidades ou 40%, que a empresa
não entrará na área de prejuízo.
47

Em uma situação em que o Ponto de Equilíbrio fique muito próximo das vendas totais,
teremos uma Margem de Segurança muito frágil, pois qualquer redução de atividades coloca a
empresa em situação de lucro nulo ou em área de prejuízo.

2.10 Depreciação

A depreciação significa a diminuição do valor de bens do ativo resultante de seu


desgaste pelo seu uso podendo ser considera como custo ou despesas não desembolsáveis.
De acordo com Basso (2005, p.226) a depreciação ocorre “quando corresponder a
perda de valor dos direitos que tem por objetivo, bens físicos, sujeitos a desgaste ou perda de
utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência”.
De acordo com o regulamento do imposto de renda, é possível computar a
depreciação como sendo custo ou encargos, onde no artigo 305 do referido regulamento lê-se:
“Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de apuração, a importância
correspondente à diminuição do valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação
da natureza e obsolescência normal”.
“A entidade deve alocar o valor depreciável de ativo em base sistemática ao longo de
sua vida útil”, (CRC RS, 2011, p.121).

De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade RS (2011, p.121 e p.122), a


determinação de vida útil de ativo deve considerar todos os seguintes fatores:
 Uso esperado do ativo. O uso é avaliado com base na capacidade esperada do ativo
ou na produção física;
 Desgaste e quebra física esperada, que depende de fatores operacionais, como, por
exemplo, o numero de turnos para os quais o ativo é utilizado, programas de reparo
e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso;
 Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na
produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço
resultante do ativo;
 Há limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de termino dos
arrendamentos mercantis relacionados.

De acordo com Basso (2005, p.227):

Estudos mostram que é possível agrupar os elementos do imobilizado ou ativo não


circulante, de acordo com a vida útil estimada média, e estender a todos os
elementos do grupo a mesma taxa de depreciação, o que tem sido pratica constante
entre os profissionais da contabilidade. Ao longo do tempo, tais praticas foram
sendo aperfeiçoadas, de modo que hoje é de praxe a autoridade fiscal do imposto de
renda aceitar certas taxas de depreciações como indicadores de despesas dedutíveis
no calculo do referido tributo, ajustáveis as mudanças legais decorrentes da politica
fiscal em vigor.
48

As taxas anuais de depreciação mais comumente usadas são:


 Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios – 10% ao ano;
 Veículos de carga e transporte – 20% ao ano;
 Veículos de uso administrativos – 10% ao ano;
 Construções – 4% ao ano.

Sendo assim, podemos entender a depreciação como sendo o custo ou a despesa


decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos,
móveis, imóveis e instalações) da empresa.

2.10.1 Conceitos Utilizados em Depreciação

Alguns termos são de suma importância para se entender a depreciação como um todo,
é nesse sentido que foi apresentado aqui uma série de termos utilizados em depreciações,
conforme a Cartilha de Depreciação (2010, p.4-5):

 Avaliação - é a atribuição de um valor monetário a itens do ativo ou passivo cuja


obtenção decorreu de julgamento fundado em consenso entre as partes e que traduza,
com razoabilidade, o processo de evidenciação dos atos e fatos da administração.
 Mensuração - é o ato de constatação de valor monetário para itens do ativo ou
passivo, expresso no processo de evidenciação dos atos e fatos da administração,
revelado mediante a aplicação de procedimentos técnicos suportados em análises
tanto qualitativas quanto quantitativas.
 Valor de reavaliação ou da redução do ativo a valor recuperável - é a diferença
entre o valor líquido contábil do bem e o valor de mercado ou de consenso, com
base em laudo técnico.
 Valor recuperável - é o valor de venda de um ativo menos o custo para a sua
alienação (preço liquido de venda), ou o valor que a entidade do setor público espera
recuperar pelo uso futuro desse ativo nas suas operações, estimado com base nos
fluxos de caixa futuros trazidos a valor presente por meio de taxa de desconto (valor
em uso), o que for maior.
 Reavaliação - é a adoção do valor de mercado ou do valor de consenso entre as
partes para os bens do ativo, quando estes forem superiores ao valor líquido
contábil. Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mercado, o valor do ativo
permanente pode ser definido com base em parâmetros de referência, que
considerem características, circunstâncias e localizações assemelhadas.
 Redução a valor recuperável (impairment) - é o ajuste ao valor de mercado ou de
consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for inferior ao valor líquido
contábil. É o reconhecimento de uma perda dos benefícios econômicos futuros ou
potenciais de serviço de um ativo, adicional e acima do reconhecimento sistemático
das perdas de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços que se efetua
normalmente.
 Valor depreciável, amortizável e exaurível - é o valor original de um ativo
deduzido do seu valor residual, quando possível ou necessária a sua determinação.
 Valor residual - é o montante líquido que a entidade espera, com razoável
segurança, obter por um ativo no fim de sua vida útil econômica deduzida os gastos
esperados para sua alienação.
 Valor líquido contábil - é o valor do bem registrado na contabilidade, em uma
determinada data, deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão
acumulada.
 Depreciação - é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade
por uso, ação da natureza ou obsolescência.
49

 Amortização - é a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de


propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo
legal ou contratualmente limitado.
 Exaustão - é a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais,
florestais e outros recursos naturais esgotáveis.
 Vida útil econômica - é o período de tempo definido ou estimado tecnicamente,
durante o qual se espera obter fluxos de benefícios futuros de um ativo.
 Vida útil - é o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo
ou o número de unidade de produção ou de unidades semelhantes que a entidade
espera obter pela utilização do ativo.

Com esta série de conceitos apresentados para o melhor entendimento do assunto de


depreciações é chegada a hora de ir adiante sobre o estudo de depreciações.

2.10.2 Métodos de Depreciação

Na literatura pertinente a contabilidade, é verificada a existência de vários métodos de


depreciação, Basso (2005) ressalta que o uso dos cálculos depende de sua finalidade, se são
para fins contábeis ou para fins gerenciais. De acordo com o CRC RS (2011, p.122):

A entidade deve escolher o método de depreciação que reflita o padrão pelo qual se
espera consumir os benefícios econômicos futuros do ativo. Os possíveis métodos de
depreciação incluem o método em linha reta, o método dos saldos decrescentes e
método baseado no uso, tal como o método das unidades produzidas.

2.10.2.1 Método das Quotas Constantes

Este método de depreciação é o mais utilizado, por sua simplicidade e aceitação por
parte do fisco.
O método das quotas constantes (ou linha reta) considera, segundo Basso (2005,
p.229), “que o bem tem um desgaste constante – mês a mês, ano a ano – dentro da vida útil
estimada, o que pode ser representado pela fórmula a seguir”:

Figura 13 - Método das Quotas Constantes


Fonte: Basso (2005, p. 229)
50

Como exemplo pode-se citar o seguinte: Aquisição de um Veículo no valor de R$


10.000,00 com vida útil de 05 anos, e valor residual de R$ 5.000,00.
Depreciação anual = R$ 10.000,00-R$ 5.000,00/5 anos
Depreciação anual = R$ 1.000,00 por ano

As quotas de depreciação devem ser reconhecidas mensalmente, em regime de


competência, ou seja, lançadas mês a mês, sendo assim basta dividir o resultado por 12.

2.10.2.2 Método das Unidades produzidas

A depreciação pelo método de unidades produzidas é utilizada por determinados tipos


de imobilizados. Este método de depreciação permite considerar as flutuações de atividade
para o cálculo da depreciação, através da ligação do montante do período de depreciação
diretamente à quantidade produzida.
De acordo com Basso (2005, p.229), “o método das unidades produzidas pressupõe a
existência de informações adicionais, como a capacidade de produção da máquina ou
equipamento ao longo de sua vida útil estimada”.
Para se encontrar esta quota de depreciação é usada a fórmula da figura 14:

Figura 14 - Método das Unidades Produzidas


Fonte: Basso (2005, p.229)

Cabe salientar que o resultado da divisão representará o percentual de depreciação do


bem a ser aplicado no ano em referência.
Como exemplo pode-se citar uma máquina que custou R$ 30.000,00 que tem
capacidade de produção durante sua vida útil de 20.000 unidades, e que esta máquina produz
anualmente 2.000 unidades, ao aplicarmos a fórmula teremos:
Taxa de depreciação anual = 20.000un/2.000un
51

Taxa de depreciação anual = 10%


Depreciação anual = R$ 30.000,00 x 10%
Depreciação anual = R$ 3.000,00

Portanto do valor da máquina, será depreciado 10% por ano, porém, assim como no
método anterior de depreciação, o lançamento real da depreciação por unidade de produção é
executado pela execução de lançamento de depreciação periódica, sendo assim basta dividir o
resultado por 12.

2.10.2.3 Método de Horas Trabalhadas

Este método consiste em estimar o número de horas de trabalho durante o tempo de


vida útil previsto do bem.
Sendo assim Basso (2005, p.230) diz que o “método das horas trabalhadas baseia-se
nas horas estimadas de vida útil do bem, geralmente fornecidas pelo fabricante da máquina ou
equipamento”.
Para o cálculo do respectivo método de depreciação é utilizada a fórmula a seguir:

Figura 15 - Método das Horas Trabalhadas


Fonte: Basso (2005, p.230)

Como exemplo pode-se citar uma máquina que custou R$ 30.000,00 que tem sua vida
útil estimada de 1.000 horas, e que esta máquina trabalha 100 horas por ano, ao aplicarmos a
fórmula teremos:
Taxa de depreciação anual = 1.000/100
Taxa de depreciação anual = 10%
Depreciação anual = R$ 30.000,00 x 10%
Depreciação anual = R$ 3.000,00
52

Do valor da máquina serão depreciados 10% ao ano, porém, as quotas de depreciação


devem ser reconhecidas mensalmente, em regime de competência, ou seja, lançadas mês a
mês, sendo assim basta dividir o resultado por 12.
53

3 ANALISE DOS RESULTADOS

Neste momento é apresentado o estudo de caso, onde inicialmente foram listados os


produtos que formaram a base de dados para serem efetuados os devidos cálculos relativos à
gestão de custos, também com descrição dos processos de produção, apresentando os
parâmetros para as receitas, os custos fixos, as despesas, os custos com mão de obra direta e
indireta, as depreciações, custos com materiais, rateio dos custos indiretos fixos, custos
variáveis, também a apuração do custo total pelos métodos de custeio por absorção e variável.
Posteriormente foi realizada a análise da formação do custo, do volume de produção e vendas
e da rentabilidade.
A seguir é apresentado o fluxograma da empresa, onde se pode notar que existem dois
setores de produção, o da padaria e o da confeitaria.

Figura 16 - Fluxograma Padaria e Confeitaria


Fonte: Dados Conforme Pesquisa
54

3.1 Receitas de Produtos e Demanda mensal

A seguir apresenta-se o quadro 5, onde é relatado a quantidade de produtos que foram


objetos de estudo neste caso.
Quadro 5 - Receita de Produtos e Demanda Mensal
RELAÇÃO DE PRODUTOS Demanda Mensal
Massa Pizza Pequena 100g 400
Massa Pizza Grande 225g 200
Pão Cacetinho (pão francês) 22500
Pão de Xis Grande 2600
Pão de Xis Pequeno 1560
Pão Fatiado 1040
Pão de Cachorro Quente 80g 4888
Pão de Cachorro Quente 50g 2600
Pão Sovado 312
Cuca 1040
Recheios de Cuca 0
Cobertura de Cuca 0
Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g 7800
Bolacha de Manteiga 3000
Massa Assados
Cuquinha 280g 104
Rosca 180g 104
Assado 300g 156
Pastelão 335g 156
Bolinho 125g 260
Calça Virada 225g 156
Bolo Pão de Ló 0
Recheio Bom 0
Torta de bombom 25
Recheio creme café 0
Torta de Creme de Café 25
Pastelzinho (congelado) 1620
Pizza Frango 80
Pizza Calabresa 80
Pizza Bacon 60
Pizza Carne de Gado 60
Pizza Presunto 60
Pizza Presunto Grande 28
Pizza Calabresa Grande 75
Pizza Frango Grande 40
Pizza carne de Gado Grande 28
Pizza Bacon Grande 28
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Neste quadro foi descrito todos os produtos que foram objeto de estudo, bem como a
quantidade vendida mensalmente, tendo em vista que houve um acompanhamento minucioso
do processo de produção e venda.
Nota-se que alguns produtos não contem a demanda mensal, isto se da ao fato de que
estes produtos são na realidade subprodutos, e não são vendidos separadamente.
55

3.2 Custos da Matéria-prima dos Produtos

A seguir no quadro 6, apresenta-se uma relação com todos os ingredientes constantes


nas receitas descritas no quadro 5, bem como o seu valor de mercado.

Quadro 6 - Parâmetros para as Receitas

Parâmetros para as receitas


INGREDIENTES DAS RECEITAS: Unidade Valor em R$
Farinha Kg R$ 1,12
Farinha Mix Kg R$ 1,02
Farinha de Milho Kg R$ 1,28
Sal Kg R$ 0,80
Água l R$ 0,02
Açúcar Kg R$ 2,20
Óleo l R$ 2,68
Fermento Kg R$ 9,44
Reforçador Kg R$ 3,95
Leite l R$ 1,53
Ovos um R$ 0,20
Canela Kg R$ 13,60
Framboesa Kg R$ 4,93
Maisena Kg R$ 8,92
Chocolate em Pó Kg R$ 7,97
Coco Ralado Kg R$ 4,28
Uva Fruta Kg R$ 2,50
Suco de Uva (pó) um R$ 0,25
Margarina Kg R$ 3,80
Polvilho Doce Kg R$ 1,99
Sal Amoníaco Kg R$ 3,90
Leite Condensado Kg R$ 5,38
Bombom um R$ 15,87
Cobertura Chantili Kg R$ 11,66
Café Kg R$ 32,90
Vinagre l R$ 1,57
Polvilho Kg R$ 2,54
Chocolate Granulado Kg R$ 6,89
Molho de Tomate (Pizza) Kg R$ 3,95
Queijo Kg R$ 2,80
Frango Kg R$ 3,80
Milho/Ervilha Kg R$ 3,66
Tomate Kg R$ 1,30
Pimentão Kg R$ 3,00
Calabresa Kg R$ 7,30
Bacon Kg R$ 10,12
Carne de Gado Kg R$ 6,00
Presunto Kg R$ 4,47
Manteiga Kg R$ 5,30
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
56

No quadro anterior foram descritos os ingredientes utilizados no processo de produção


bem como sua unidade de medida e preço de mercado, sendo este preço retirado das notas
fiscais de compra da padaria.
Este quadro é de extrema importância para o restante dos cálculos pois os valores de
mercado podem mudar com uma certa frequencia, sendo assim, bastará o gestor atualizar os
valores dos ingredientes, para que automaticamente o restante das tabelas e calculos sejam
atualizados, onde o mesmo poderá verificar de imediato o reflexo das alterações sobre o custo
dos produtos, e também se deve ou não atualizar o preço de venda por ele praticado.

3.3 Custos com Depreciação

Com a constante produção da padaria e da confeitaria fica claro que as máquinas e


equipamentos tendem a ter um desgaste mensal devido a grande quantidade de produtos
fabricados, e neste caso devem-se alocar os custos com sua depreciação, em cada setor, seja
na padaria, seja na confeitaria ou ainda alocar aos custos fixos a depreciação de máquinas de
uso geral. A seguir apresenta-se o quadro 7, constando o valor da depreciação da padaria.

Quadro 7 - Depreciação da Padaria


DEPRECIAÇAO DA PADARIA
Valor atual Valor Valor a Taxa de Depreciação Depreciação
BENS do bem residual depreciar Depr. do ano do mês
Prateleiras R$500,00 R$50,00 R$450,00 5% R$22,50 R$1,88
Estufa – Klimapão R$6.000,00 R$600,00 R$5.400,00 10% R$540,00 R$45,00
Forno Turbogás R$5.000,00 R$500,00 R$4.500,00 10% R$450,00 R$37,50
Forno Tedesco R$3.000,00 R$300,00 R$2.700,00 10% R$270,00 R$22,50
Armarios para pães R$2.500,00 R$250,00 R$ 2.250,00 5% R$112,50 R$9,38
Batedeira Industrial R$4.000,00 R$400,00 R$3.600,00 10% R$360,00 R$30,00
Cilindro Industrial R$4.000,00 R$400,00 R$3.600,00 10% R$360,00 R$30,00
Massadeira Gpaniz industrial R$3.000,00 R$300,00 R$2.700,00 10% R$270,00 R$22,50
Fatiadeira Pão R$800,00 R$80,00 R$720,00 5% R$36,00 R$3,00
Cilindro Modelador R$1.500,00 R$150,00 R$1.350,00 5% R$67,50 R$5,63
Maquina de fazer Bolacha R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 5% R$45,00 R$3,75
Empacotador R$500,00 R$50,00 R$ 450,00 5% R$22,50 R$1,88
Balança GVRAL 252-15 R$1.500,00 R$150,00 R$1.350,00 10% R$135,00 R$11,25
Mesa de Montagem R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 5% R$45,00 R$3,75
Total R$34.300,00 R$3.430,00 R$30.870,00 R$2.736,00 R$228,00
Tempo Disponível Total/Mês 352
Custo do Minuto R$0,011
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
57

Conforme o quadro 7, o montante que deve ser alocado mensalmente aos produtos
produzidos na padaria é de R$ 228,00 e há um tempo disponível de produção de 352 horas
por mês, portando o custo do minuto é de R$ 0,011.

Quadro 8 - Depreciação da Confeitaria


DEPRECIAÇAO DA CONFEITARIA
Taxa
Valor atual Valor Valor a de Depreciação Depreciação
BENS do bem residual depreciar Depr. do ano do mês
Fatiadeira de Frios R$1.100,00 R$110,00 R$990,00 5% R$49,50 R$4,13
Embalador R$800,00 R$80,00 R$720,00 5% R$36,00 R$3,00
Batedeira Lisboa R$1.500,00 R$150,00 R$1.350,00 10% R$135,00 R$11,25
Forno Turbo pró Gás R$4.500,00 R$450,00 R$4.050,00 10% R$405,00 R$33,75
Câmara Fria R$5.000,00 R$500,00 R$4.500,00 10% R$450,00 R$37,50
Prateleiras R$500,00 R$50,00 R$450,00 5% R$22,50 R$1,88
Mesa de Montagem R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 5% R$45,00 R$3,75
Batedeira Gpaniz R$1.200,00 R$120,00 R$1.080,00 10% R$108,00 R$9,00
Microondas R$400,00 R$40,00 R$360,00 5% R$18,00 R$1,50
Fogão Industrial 4 bocas R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50
Fritadeira elétrica R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50
Total R$18.000,00 R$1.800,00 R$16.200,00 R$1.449,00 R$ 116,63
Tempo disponivel total/mes 704
Custo do minuto R$ 0,0028
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Conforme o quadro 8, o montante que foi alocado mensalmente aos produtos


produzidos na confeitaria é de R$ 116,63 havendo ainda um tempo disponível de produção de
704 horas por mês, portando o custo do minuto será de R$ 0,0028.
58

Quadro 9 - Depreciação Geral


DEPRECIAÇAO GERAL
Valor atual Valor Valor a Taxa de Depr. do Depr. do
BENS do bem residual depreciar depr. Ano mês
Prateleiras R$2.200,00 R$220,00 R$1.980,00 5% R$ 99,00 R$8,25
Freezer de amostra gelopar 1 R$4.200,00 R$420,00 R$3.780,00 10% R$378,00 R$31,50
Climatizador Rotoplas R$10.500,00 R$1.050,00 R$9.450,00 10% R$945,00 R$78,75
Mesas p/ Lanche R$200,00 R$20,00 R$180,00 5% R$9,00 R$0,75
Freezer Steigleider R$400,00 R$40,00 R$360,00 5% R$18,00 R$1,50
Balcão de vendas R$1.200,00 R$120,00 R$1.080,00 5% R$54,00 R$4,50
Maquina registradora R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50
Balcão climatizado 01 frio R$3.000,00 R$300,00 R$2.700,00 10% R$270,00 R$22,50
Balcão climatizado 02 quente R$500,00 R$50,00 R$450,00 10% R$45,00 R$3,75
Refrigerador para tortas - expositor R$4.000,00 R$400,00 R$3.600,00 10% R$360,00 R$30,00
Freezer amostragem Gelopar 2 R$6.000,00 R$600,00 R$5.400,00 10% R$540,00 R$45,00
Expositor Frutas R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 5% R$45,00 R$3,75
Expositor Pães e Bolachas R$1.200,00 R$120,00 R$1.080,00 10% R$108,00 R$ 9,00
Freezer para guardar congelados 01 R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50
Freezer para guardar congelados 02 R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50
Freezer para guardar congelados 03 R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50
Freezer para guardar congelados pro R$400,00 R$40,00 R$360,00 10% R$36,00 R$3,00
Computador R$1.200,00 R$120,00 R$1.080,00 20% R$216,00 R$18,00
Ponto Eletrônico R$2.700,00 R$270,00 R$2.430,00 10% R$243,00 R$20,25
Balança Toledo PRIx4 R$2.500,00 R$250,00 R$2.250,00 10% R$225,00 R$18,75
Carro Para entrega 01 ano 2011 R$32.000,00 R$3.200,00 R$28.800,00 20% R$5.760,00 R$480,00
Carro Para entrega 02 ano 2001 R$15.000,00 R$1.500,00 R$13.500,00 20% R$2.700,00 R$225,00
total R$92.200,00 R$ 9.220,00 R$82.980,00 R$12.411,00 R$1.034,25
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

O quadro apresentado refere-se ao custo total com depreciação, das maquinas e


equipamentos de uso geral na empresa, é o valor comum a todos os produtos, que corresponde
à R$ 1.034,25 sendo assim este valor é rateado em conjunto com os demais custos indiretos
fixos como demonstrado a seguir.

3.4 Custos Fixos

Os custos fixos representam os custos que independem de produção da empresa, no


quadro a seguir apresentam-se os custos fixos mensais, estes dados foram coletados por meio
de entrevista com o gestor bem como analise das informações contábeis.
59

Quadro 10 - Custos Fixos


CUSTOS FIXOS MENSAIS %
Aluguel R$- 0,00%
Luz R$2.350,00 43,72%
Telefone R$150,00 2,79%
Água R$160,00 2,98%
Pró-labore R$1.244,00 23,14%
Segurança Noturna R$136,84 2,55%
Depreciação R$1.034,25 19,24%
Material higiene e limpeza R$200,00 3,72%
Dedetização R$100,00 1,86%
Total R$5.375,09 100,00%
Tempo disponível de produção todos os colaboradores 176
Custo hora 30,54
Custo Minuto 0,51
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
No quadro apresentado foram elencados todos os custos fixos da empresa, pelo fato de
possuir estabelecimento próprio, não há despesas com aluguel, e não há custos com a
depreciação do prédio, pois o mesmo é de propriedade do dono da empresa, e esta sendo
usado como comodato pela padaria, porém o custo com eletricidade representa 43% do total
do CF, também o pró labore representa 23,14% do CF somente estes dois indicadores
representam juntos 66,86% do CF, um valor relativamente alto e que deverá ser
minuciosamente avaliado pelo gestor para possível diminuição deste.
A seguir consta o quadro 11 onde são elencados as despesas relativas à venda, sendo
apurado posteriormente o percentual destes custos em relação ao faturamento médio mensal,
que posteriormente será usado no calculo do mark-up.
Quadro 11: Despesas com Vendas
DESPESAS COM VENDAS MENSAIS Valores em reais
Combustíveis R$800,00
Salários atendentes R$2.141,50
Embalagens R$300,00
Material expediente R$200,00
Seguros R$100,00
Propaganda R$400,00
Manutenção R$250,00
Honorários R$420,00
Uniformes R$400,00
Jornais R$32,00
Total R$5.043,50
Faturamento médio/mês R$55.000,00
% despesa s/faturamento 9,17%
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
60

Este quadro mostra as despesas mensais com vendas, baseada em uma média de um
ano. Considerando um faturamento médio mensal de R$ 55.000,00 as despesas com vendas
representaram 9,17% o que nos dá uma segurança, porque esse indice é considerado baixo em
relação ao padrão desse tipo de negócio, que fica com uma despesa em média de 15% ao mês.

3.5 Custo com Mão de Obra

Na produção dos produtos, tanto na padaria quanto na confeitaria, existem diferentes


custos com mão de obra, isto ocorre em função do tempo em cada um destes departamentos,
bem como o número de profissionais envolvidos na elaboração destes. A seguir, são
apresentados quadros 12 e 13, onde foram separados os custos com o pessoal que trabalha na
Padaria e na Confeitaria. Cada produto deve levar em conta somente os custos de sua
produção.

Quadro 12 - Custo com Mão de Obra - Padaria


CUSTOS COM MOD - PESSOAL DA PRODUÇAO - PADEIROS
SALARIOS Padeiro A Padeiro B TOTAL
Salario Bruto R$1.170,00 R$1.170,00 R$2.340,00
Subtotal R$1.170,00 R$1.170,00 R$2.340,00
Provisão férias R$97,50 R$97,50 R$195,00
Provisão 13º sal R$97,50 R$97,50 R$195,00
1/3 férias R$32,50 R$32,50 R$65,00
Subtotal R$1.397,50 R$1.397,50 R$2.795,00
Previsões R$ 97,83 R$97,83 R$195,65
FGTS R$111,80 R$111,80 R$223,60
Total R$1.607,13 R$1.607,13 R$ 3.214,25
Nº Funcionários 1 1 2,00
Custo Total R$1.607,13 R$1.607,13 R$ 3.214,25
Tempo trabalhado no mês 176 176 352
Custo da hora R$9,13 R$9,13 R$9,13
Custo do minuto R$0,15 R$0,15 R$ 0,15
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

O quadro a seguir apresenta o custo com MOD da confeitaria.


61

Quadro 13 - Custo com Mão de Obra - Confeitaria


CUSTOS COM MOD - PESSOAL DA PRODUÇAO - CONFEITEIROS
SALARIOS Confeiteiro A Confeiteiro B Confeiteiro C Confeiteiro D TOTAL
Salario Bruto R$622,00 R$622,00 R$1.028,30 R$1.244,00 R$3.516,30
Insalubridade R$- R$- R$- R$- R$-
Subtotal R$622,00 R$622,00 R$1.028,30 R$1.244,00 R$3.516,30
Provisão férias R$51,83 R$51,83 R$85,69 R$103,67 R$293,03
Provisão 13º sal R$51,83 R$51,83 R$85,69 R$103,67 R$293,03
Salario Família R$22,00 R$22,00 R$- R$- R$44,00
1/3 férias R$17,28 R$17,28 R$28,56 R$34,56 R$97,68
Subtotal R$764,94 R$764,94 R$1.228,25 R$1.485,89 R$4.244,03
Previsões R$53,55 R$53,55 R$85,98 R$104,01 R$297,08
FGTS R$49,76 R$49,76 R$82,26 R$99,52 R$281,30
Total R$868,25 R$868,25 R$1.396,49 R$1.689,42 R$ 4.822,41
Nº Funcionários 1 1 1 1 4,00
Custo Total R$868,25 R$868,25 R$1.396,49 R$1.689,42 R$ 4.822,41
Tempo trabalhado no mês 176 176 176 176 704
Custo da hora 4,93 4,93 7,93 9,60 6,85
Custo do minuto R$0,08 R$0,08 R$0,13 R$0,16 R$0,1142
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Nos quadros que se refere a MOD, foram expostos os custos com mão de obra direta
nos setores da padaria e confeitaria, nota-se que para compor o custo com mão de obra, não
basta apenas somar os salários dos colaboradores, é preciso somar todos os custos a ele
referidos e que geralmente não aparecem na folha de pagamento, como as provisões para
férias, provisão para 13º salário, além de uma previsão de um percentual de 7% relativo a um
possível processo rescisório, com multa indenizatória, e o FGTS, na razão de 8% já a
contribuição para o instituto nacional de previdência social – INSS, não foi computada em
razão de a empresa ser optante do Simples Nacional.
Após todo levantamento de dados em relação à mão de obra direta, chegou-se ao
resultado que realmente importa para o estudo dos custos dos produtos, ou seja, tendo em
mãos o tempo que os colaboradores trabalham, é possível através de cálculos chegar ao custo
do minuto em cada setor, onde, este é de suma importância para os cálculos vindouros.
Nota-se, portanto, que o custo do minuto no setor da padaria é de R$ 0,15 e o custo do
minuto no setor da confeitaria é de R$ 0,11.
62

3.6 Custos com Matéria-Prima e Mão de Obra Direta

A partir deste momento são elencados os custos relativos à matéria-prima e mão de


obra direta aos produtos fabricados nos setores da Padaria e Confeitaria.

3.6.1 Custo com Matéria-Prima e Mão de Obra Direta Setor Padaria

Na sequência apresentam-se diversos quadros com informações pertinentes a produção


dos produtos no setor da padaria, envolvendo os custos com MP e MOD.

Quadro 14 - Custo de Matéria-Prima e MOD Massas de Pizza


Massa de Pizza
Ingredientes UnMedida Quantid. Pequena 100g Grande 225g Custo Total
Farinha Kg 14,00 R$1,12 R$15,68
Sal Kg 0,10 R$0,80 R$0,08
Água L 4,00 R$0,02 R$0,08
Açúcar Kg 2,00 R$2,20 R$4,40
Fermento Kg 0,40 R$9,44 R$3,78
Óleo L 0,60 R$2,68 R$1,61
Reforçador Kg 0,15 R$3,95 R$0,59
Total Receita Kg 21,25 10 11,25 R$26,22
Custo do Kg R$1,23 R$1,23 R$1,23
Custo Total do Produto R$12,34 R$13,88
Rendimento Unid. 100 50
Custo por unidade R$0,12 R$0,28

Custo com MOD


Tempo Pizza Tempo Pizza
Setores Pequena Grande Custo min Pequena Grande Custo total
Cilindro 5 3 R$0,1522 R$0,76 R$0,46 R$1,22
Batedeira 14 7 R$0,1522 R$2,13 R$1,07 R$3,20
Cortar/pesar/informar 14 7 R$0,1522 R$2,13 R$1,07 R$3,20
Embalar 7 4 R$0,1522 R$1,07 R$0,61 R$1,67
Total 40 21 R$6,09 R$3,20 R$9,28
Rendimento Unid. 100 50 100 50 150
Custo por unidade R$0,06 R$0,06 R$0,06
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Neste caso é utilizada uma receita para a fabricação de dois produtos semanalmente,
que são as massas de pizza, pizza pequena e pizza grande, o total da receita em quilogramas é
de 21,25Kg o que representa um custo com matéria prima de R$ 26,22 com isso em mente é
possível fazer a relação do custo por quilograma, que neste caso resultou em R$ 1,23 por Kg.
São fabricadas 100 unidades de massa de pizza pequena de 100g o que equivale a
10Kg de massa pronta, esta quantia de massa tem um valor total de R$ 12,34 sendo R$ 0,12 o
63

custo por unidade, por outro lado temos as massas de pizza grande, destas são fabricados 50
unidades de 225g o que equivale a 11,25Kg portanto um custo total de R$ 13,88 e um custo
unitário de R$ 0,28.
A seguir é demonstrado o custo com MOD, para as massas de pizza pequena o tempo
gasto é de 40 minutos, o que tem um custo de R$ 6,09 para a produção das 100 unidades, o
que significa um custo unitário de R$ 0,06 enquanto que para as massas de pizza grande o
tempo estimado de produção das 50 unidades é de 21 minutos, o que tem um custo de R$3,20
sendo que o custo unitário é de R$ 0,06.
Os produtos massa de pizza pequena e grande além de serem vendidas também fazem
parte do produto final pizza montada, neste caso as massas de pizza serão alocadas como um
subproduto.
Quadro 15 - MP e MOD Pão Francês
Pão Cacetinho (pão francês)
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Farinha Mix Kg 43 R$1,12 R$48,16
Fermento Kg 0,5 R$0,80 R$0,40
Água L 25 R$0,02 R$0,50
Reforçador Kg 0,1 R$2,20 R$0,22
Total Receita R$49,28
Rendimento Unid. 960
Custo por unidade R$0,05
Custo com MOD
Setores Tempo Custo Min. Custo total
Cilindro 9 0,1522 R$1,37
Cortar/Modelar 27 0,1522 R$4,11
Batedeira 22 0,1522 R$3,35
Embalar 13 0,1522 R$1,98
Total 71 R$10,81
Rendimento Unid. 960
Custo por unidade R$0,01
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Na receita do pão francês o custo com matéria-prima é de R$ 49,28 o que rende 960
unidades de pães diariamente sendo que o custo unitário é de R$ 0,05 por outro lado, esta
receita leva em torno de 71 minutos para ficar pronta, entre cilindrar, cortar bater e embalar,
sendo que o custo total com MOD é de R$10,81 por receita e o custo unitário fica em R$
0,01.
64

Quadro 16 - Custo MP - Pão de Xis – Pão Fatiado – Pão de Cachorro Quente – Pão Sovado
Pão de Pão de Pão Cachorro Cachorro Pão
Massa Xis Xis Fatiado Quente Quente Sovado Custo Total
Ingredientes Unid Quantid 230g 150g 630g 80g 50g 600g
Farinha kg 50 R$1,12 R$56,00
Fermento Kg 0,5 R$9,44 R$4,72
Açúcar Kg 6 R$2,20 R$13,20
Água l 22 R$0,02 R$0,44
Óleo l 1 R$2,68 R$2,68
Reforçador kg 0,3 R$3,95 R$1,19
Total Receita kg 84,44 23,00 9,00 25,2 15,04 5 7,2 R$78,23
Custo do Kg R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93
Custo Total por Produto R$21,31 R$8,34 R$23,35 R$13,93 R$4,63 R$6,67
Rendimento em Unidade 100 60 40 188 100 12

Custo por Unidade R$0,21 R$0,14 R$0,58 R$0,07 R$0,05 R$0,56


Fonte: Dados Conforme Pesquisa
Observando o quadro 16, pode–se notar que de uma mesma receita foram fabricados
vários produtos, que são eles pão de xis grande e pequeno, pão fatiado, pão de cachorro
quente médio e pequeno e pão sovado.
A quantidade total de massa que é feita é de 84,44Kg a qual tem um custo total de R$
78,23 sendo assim, pode-se chegar ao custo por quilograma da receita para posteriormente
fazer o rateio correto do custo total aos produtos, este custo por quilo será de R$ 0,93.
Os primeiros produtos analisados deste quadro foram os pães de xis grande e pequeno.
São fabricados diariamente 100 unidades de pão de xis grande de 225g, o que nos leva a uma
quantidade de 23Kg de massa a um custo total com matéria prima de R$ 21,31 e portanto um
custo unitário de R$ 0,21. Para o pão de xis pequeno de 150g é produzido diariamente uma
quantidade de 60 unidades utilizando cerca de 9Kg da massa pronta, o que nos leva a um
custo total com matéria prima de R$ 8,34 e um custo unitário de R$ 0,14. c O quadro 17
mostra o tempo que os pães de xis levam para ficarem prontos.

Quadro 17 - MOD Pão de Xis Grande e Pequeno


Pão de Xis Pão de
Custo com MOD 230g Xis 150g
Custo Custo Custo
Setores Tempo Tempo Custo Min. minuto/230g minuto/150g total
Cilindro 7 3 R$0,15219 R$1,07 R$0,46 R$1,52
Cortar/Pesar/Modelar 16 5 R$0,15219 R$2,44 R$0,76 R$3,20
Embalar/pesar 8 7 R$0,15219 R$1,22 R$1,07 R$2,28
Total 31 15 R$4,72 R$2,28 R$7,00
Rendimento Unid. 100,00 60,00 140,00
Custo por unidade R$0,05 R$0,04 R$0,05
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
65

Observando o quadro 17, verificou-se que o tempo total gasto para a produção do pão
de xis grande é de 31 minutos, o que equivale a um custo total com MOD de R$ 4,72 e um
custo unitário com MOD de R$ 0,05 por outro lado temos que para a fabricação do pão de xis
pequeno é necessário um tempo de 15 minutos, a um custo total de R$ 2,28 e um custo
unitário com MOD de R$ 0,04.
Ainda com relação ao quadro 16, nota-se que o produto pão fatiado, necessita de
25,2Kg de massa pronta para render 40 unidades diariamente, isto representa um custo total
com matéria prima de R$ 23,35. A seguir no quadro 18 será apresentado o custo com MOD
para o produto pão fatiado.
Quadro 18 - MOD Pão Fatiado
Custo com MOD Pão Fatiado 630g
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Fatiar 23 R$0,1522 R$3,50
Embalar 10 R$0,1522 R$1,52
Cilindro 3 R$0,1522 R$0,46
Cortar Pesar Massa 9 R$0,1522 R$1,37
Total 45 R$6,85
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$ 0,17
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

De acordo com o quadro 18 pode-se verificar que o produto pão fatiado leva em média
45 minutos para ficar pronto, isto significa um custo total com MOD de R$ 6,85 e um custo
unitário de R$ 0,17.
Dando sequência a analise, os próximos produtos a serem analisados foram os pães de
cachorro quente médio e pequeno.
Para este produto de acordo com os dados coletados é necessário cerca de 15,04Kg de
massa pronta para a produção do pão de cachorro quente médio, o que rende 188 unidades de
80g diariamente a um custo total de R$ 13,93 e um custo unitário de R$ 0,07 já o produto pão
de cachorro quente pequeno utiliza cerca de 5Kg de massa pronta o que nos da um custo total
com matéria prima de R$ 4,63 e um custo unitário de R$ 0,05.
A seguir será apresentado o quadro 19 com informações sobre a mão de obra direta
relativa aos produtos pães de cachorro quente médio e pequeno.
66

Quadro 19 - MOD Pães Cachorro Quente Médio e Pequeno


Pão
Sovadinho Pão sovadinho
Custo com MOD 80g 50g
Custo Custo Custo
Setores Tempo Tempo Custo Min. minuto/80g minuto/50g total
Cilindro 5 5 R$0,1522 R$0,76 R$0,76 R$1,52
Cortar/Pesar/Modelar 10 10 R$0,1522 R$1,52 R$1,52 R$3,04
Embalar/pesar 15 10 R$0,1522 R$2,28 R$1,52 R$3,80
Total 30 25 R$ 4,57 R$ 3,80 R$ 8,37
Rendimento Unid. 168 100 268
Custo por unidade R$ 0,03 R$ 0,04 R$ 0,03
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

De acordo com o quadro 19, nota-se que o tempo total para a fabricação do pão de
cachorro quente médio é de 30 minutos, o que significa um custo total com MOD de R$ 4,57
e um custo unitário de R$ 0,03 já o pão de cachorro quente pequeno leva em torno de 25
minutos para ficar pronto, o que equivale a um custo total com MOD de R$ 3,80 e um custo
unitário de R$ 0,04.
Na sequencia será apresentado o custo com matéria prima do ultimo produto do
quadro 16, ou seja, o pão sovado, este produto requer 7,2Kg de massa pronta, o que revela um
custo com matéria prima de R$ 6,67 e rende 12 unidades diariamente a um custo unitário de
R$ 0,56.
O quadro 20 traz informações pertinentes ao custo com mão de obra do produto pão
sovado.

Quadro 20 - MOD Pão Sovado


Custo com MOD Pão Sovado 600g
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cilindro 5 R$0,1522 R$0,76
Cortar Moldar 10 R$0,1522 R$1,52
Embalar 5 R$0,1522 R$0,76
Total 20 R$ 3,04
Rendimento Unid. 12
Custo por unidade R$ 0,25
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Para a produção do Pão Sovado, é necessário um tempo estimado de 20 minutos, o que


representa um custo total com MOD de R$ 3,04 e um custo unitário de R$ 0,25.
67

Nota-se, portanto que dos produtos apresentados no quadro 16, o que representa o
maior valor com matérias primas é o produto Pão Fatiado, este produto igualmente é o que
mais necessita de tempo para ficar pronto.
A seguir consta o quadro 21 ao que se refere aos subprodutos recheio e cobertura de
cuca, estes produtos fazem parte do produto final cuca que está representado no quadro 23.

Quadro 21 - MP – Recheio de Cuca e Cobertura de Cuca


Recheios de Cuca
Ingredientes Unid Medida Quant Custo Total
Framboesa Um (vidro) 2 R$4,93 R$9,86
Água l 4,5 R$0,02 R$0,09
Açúcar Kg 8 R$2,20 R$17,60
Maisena Kg 3,2 R$8,92 R$28,54
Leite l 8 R$1,53 R$12,24
Chocolate em pó Kg 0,4 R$7,97 R$3,19
Coco Ralado Kg 0,4 R$4,28 R$1,71
Uva Kg 2 R$2,50 R$5,00
Suco de Uva em pó Pcte 2 R$0,25 R$0,50
Total Receita R$ 78,73
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$ 1,97
Cobertura de Cuca
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Açúcar kg 2 R$2,20 R$4,40
Farinha Kg 0,5 R$1,12 R$0,56
Total Receita R$ 4,96
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$ 0,12
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
Nota-se que o valor total do subproduto recheio de cuca é de R$ 78,73 sendo que esta
receita rende recheio para 40 unidades, o que nos da um valor unitário com matéria prima de
R$ 1,97. No subproduto cobertura de cuca, o valor total da receita é R$ 4,96 o que rende
cobertura para aproximadamente 40 unidades de cuca, sendo assim podemos chegar ao valor
unitário de R$ 0,12.
68

Quadro 22 - MO – Recheio de cuca e Cobertura de Cuca


Custo com MOD Recheio de Cuca Recheios
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Misturar Ingredientes 10 R$0,1522 R$1,52
Sovadeira 5 R$0,1522 R$0,76
Total 15 R$2,28
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$0,06

Custo com MOD Cobertura Cuca Cobertura


Setores Tempo Custo minuto Custo total
Misturar Ingredientes 10 R$0,1522 R$1,52
Total 10 R$1,52
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$0,04
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

De acordo com o quadro 22 pode-se notar que o tempo total para a fabricação do
subproduto recheio de cuca é de 15 minutos o que equivale a um custo total com MOD de R$
2,28 sendo de R$ 0,06 o custo unitário, bem como no subproduto cobertura de cuca, este, leva
em torno de 10 minutos para ficar pronto, o que significa um custo com MOD de R$ 1,52
sendo o custo unitário de R$ 0,04.
Quadro 23 - MP e MOD Cuca
Cuca
Ingredientes Unid. Medida Quant Custo Total
Farinha kg 15 R$1,12 R$16,80
Açúcar Kg 3 R$2,20 R$6,60
Leite l 3 R$1,53 R$4,59
Água l 1,5 R$0,02 R$0,03
Ovo um 20 R$0,20 R$4,00
Óleo l 0,5 R$2,68 R$1,34
Recheio de Cuca Kg 0,3 R$2,22 R$0,67
Cobertura Kg 0,1 R$0,29 R$0,03
Canela kg 0,15 R$13,60 R$2,04
Total Receita R$ 36,10
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$ 0,90
Custo com MOD Cuca
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cilindro 20 R$0,1522 R$3,04
Cortar pedaços e pesar 13 R$0,1522 R$1,98
Modelar 17 R$0,1522 R$2,59
Batedeira 20 R$0,1522 R$3,04
Embalar 12 R$0,1522 R$1,83
Total 82 R$ 12,48
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$ 0,31
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
69

De acordo com o quadro 23, para a produção de 40 unidades do produto cuca, há um


custo total de R$ 36,10 com matéria prima, e um custo unitário de R$ 0,90. Nota-se que os
subprodutos recheio de cuca e cobertura de cuca fazem parte do produto final cuca, estes
subprodutos são alocados levando-se em consideração seu valor pelo método custeio por
absorção que será descrito posteriormente no quadro 51. Ainda, seguindo o quadro 23 pode-se
verificar que o produto cuca leva em torno de 82 minutos para ficar pronto, isto representa um
custo de R$ 12,48 com MOD.

Quadro 24 - MP e MOD – Pão Bufê


Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g
Unidade
Ingredientes Medida Quantidade Custo Total
Farinha Kg 20 R$1,12 R$22,40
Fermento Kg 0,25 R$9,44 R$2,36
Açúcar Kg 2 R$2,20 R$4,40
Óleo l 1 R$2,68 R$2,68
Agua l 8 R$0,02 R$0,16
reforçador Kg 0,1 R$3,95 R$0,40
Total Receita R$ 32,40
Rendimento Unid. 300
Custo por unidade R$ 0,11
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Batedeira 20 R$0,1522 R$3,04
Cilindro 5 R$0,1522 R$0,76
Moldar cortar 23 R$0,1522 R$3,50
Empacotar e embalar 16 R$0,1522 R$2,44
Total 64 R$ 9,74
Rendimento Unid. 300
Custo por unidade R$ 0,03
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

De acordo com o quadro 24, foram elencados os custos com matéria prima e mão de
obra direta, pode-se notar que o custo total com MP é de R$ 32,40 o que rende 300 unidades
diárias, isto representa um custo unitário de R$ 0,11. Ainda de acordo com o quadro, pode-se
verificar que para esta receita ficar pronta, leva em torno de 64 minutos, o que representa um
custo total com MOD de R$ 9,74 bem com um custo unitário de R$ 0,03.
70

Quadro 25 - MP e MOD – Bolacha de Manteiga


Bolacha de Manteiga
Ingredientes Medida Quant Custo Total
Farinha kg 7 R$1,12 R$7,84
Açúcar Kg 4 R$2,20 R$8,80
Ovos Um 20 R$0,20 R$4,00
Manteiga Kg 2 R$5,30 R$10,60
Fermento Kg 0,2 R$9,44 R$1,89
Total Receita R$ 33,13
Rendimento Unid. 750
Custo por unidade R$ 0,04
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Batedeira 15 R$0,1522 R$2,28
Cilindro 5 R$0,1522 R$0,76
Dar forma 30 R$0,1522 R$4,57
Total 50 R$ 7,61
Rendimento Unid. 750
Custo por unidade R$ 0,01
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

De acordo com o quadro 25, nota-se que o custo total de matéria prima para a
fabricação do produto bolacha de manteiga é de R$ 33,13 sendo produzidas 750 unidades
semanalmente, a um custo unitário de R$ 0,04. Já o tempo necessário para a produção desta
receita é de aproximadamente 50 minutos, o que representa um custo total com MOD de R$
7,61 e um custo por unidade de R$ 0,01.

3.6.2 Custo com Matéria Prima e Mão de Obra Direta Setor Confeitaria

A seguir são apresentados diversos quadros com informações pertinentes a produção


dos produtos no setor da confeitaria.
O quadro 26 esta elencado os ingredientes necessários para a fabricação do subproduto
massa Assados e Fritos que comporá os custos dos seguintes produtos: Cuquinha, Rosca,
Assado, Pastelão, Bolinho e Calça Virada.
71

Quadro 26 - MP e MOD – Massa Assados e Fritos


Massa Assados e Fritos Custo Total
Ingredientes Unidade Medida Quant.
Farinha Kg 6,00 R$1,12 R$6,72
Fermento Kg 0,25 R$9,44 R$2,36
Açúcar Kg 0,20 R$2,20 R$0,44
Água L 1,50 R$0,02 R$0,03
Sal Kg 0,06 R$0,80 R$0,05
Ovos Uni 10(300g) R$0,20 R$2,00
Margarina Kg 0,25 R$3,80 R$0,95
Reforçador Kg 0,10 R$3,95 R$0,40
Total Receita R$ 12,94
Rendimento em Kg 8,66
Custo do Kg R$ 1,49
Massa Necessária 8,25
Total Receita Preparo da massa
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Amassar manual 5 0,1142 0,57
Cilindro 8 0,1142 0,91
Total Receita 13 R$ 1,48
Rend. Kg 8,66
Custo do Kg R$ 0,17
Preparo dos Produtos
Setores Tempo Total
Cortar pesar modelar 12
Fritar 15
Total 27
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

O quadro 26 apresenta o custo total com matéria prima para a fabricação do


subproduto massa de assados e fritos, sendo produzidos 8,66Kg diariamente, o que representa
um custo total com matéria prima de R$ 12,94 sendo o custo por quilograma equivalente a R$
1,49. Para o preparo desta massa, é necessário cerca de 13 minutos, este tempo representa um
custo com MOD de R$ 1,48 o e um custo unitário de R$ 0,17 por quilograma.
Para ser calculado o rateio do custo com matéria prima deste subproduto criou-se uma
relação entre a quantidade de massa requerida pelos produtos vezes o custo total da massa
utilizando-se o custeio por absorção.
Já no rateio da MOD aos produtos foi criada uma relação entre a quantidade de massa
requerida pelo produto vezes o tempo necessário em cada setor dividindo-se este resultado
pela quantidade total de massa.
72

Quadro 27 - MP e MOD – Cuquinha


Cuquinha 280g
Ingredientes Medida Quant Custo Total
Massa Assado Kg 1,12 R$2,43 R$2,73
Cobertura Cuca Kg 0,01 R$0,29 R$0,003
Recheio Cuca Kg 0,05 R$2,22 R$0,11
Total Receita R$ 2,84
Rendimento Unid. 4
Custo por unidade R$ 0,71
Custo MOD Cuquinha
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cortar; Pesar; Modelar 1,63 R$0,1142 R$0,19
Total Receita R$0,19
Rend. Unid. 4
Custo do Un. R$0,05
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

De acordo com o quadro 27, o produto cuquinha utiliza um total de R$ 2,84 com
matéria prima, sendo que o custo unitário é de R$ 0,71 este produto leva em torno de 1,63
minutos para cortar, pesar e modelar, e posteriormente é levado ao forno, este produto tem um
custo com MOD de R$ 0,19 e um custo unitário de R$ 0,05.

Quadro 28 - MP e MOD – Rosca


Rosca 180g
Ingredientes Medida Quant Custo Total
Massa Assado Kg 0,72 R$2,43 R$1,75
Açúcar Kg 0,05 R$2,20 R$0,11
Total Receita R$ 1,86
Rendimento Unid. 4
Custo por unidade R$ 0,47
Custo MOD Rosca 180g
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cortar; Pesar; Modelar 1,05 R$0,1142 R$0,12
Total Receita R$0,12
Rend. Un. 4
Custo do Un. R$0,03
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

De acordo com o quadro 28 nota-se que esta receita tem um custo total com MP de R$
1,86 sendo o custo unitário de R$ 0,47 este produto leva em torno de 1,05 minutos para ficar
pronto, o que representa um custo com MOD de R$ 0,12 e um custo unitário de R$ 0,03.
73

Quadro 29 - MP e MOD – Assado


Assado 300g
Ingredientes Medida Quant Custo Total
Massa Assado Kg 1,80 R$2,43 R$4,38
Carne de Gado Kg 0,25 R$6,00 R$1,50
Total Receita R$ 5,88
Rendimento Unid. 6
Custo por unidade R$ 0,98
Custo MOD Assado 300g
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cortar; Pesar; Modelar 2,62 R$0,1142 R$0,30
Total Receita R$0,30
Rend. Un. 6
Custo do Un. R$0,05
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

No quadro 29 fica evidenciado que o produto assado tem um custo total com matéria
prima de R$ 5,88 e um custo unitário de R$ 0,98, por outro lado este produto leva em torno de
2,62 minutos para ser cortado, pesado e modelado, isto representa um custo total de R$ 0,30
com MOD.

Quadro 30 - MP e MOD – Pastelão


Pastelão 335g
Ingredientes Medida Quant Custo Total
Massa Assado Kg 2,01 R$2,43 R$4,89
Carne de Gado Kg 0,25 R$0,04 R$0,01
Total Receita R$ 4,90
Rendimento Unid. 6
Custo por unidade R$ 0,82
Custo MOD Pastelão 335g
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cortar; Pesar; Modelar 2,92 R$0,1142 R$0,33
Total Receita R$0,33
Rend. Un. 6
Custo do Un. R$0,06
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

O tempo estimado para a produção do pastelão é de 2,92 minutos, o que equivale a um


custo total com MOD de R$ 0,33 e um custo unitário de R$ 0,06. Também fica evidenciado
que o custo total com matéria prima seja de R$ 4,90 e seu custo unitário R$ 0,82.
74

Quadro 31 - MP e MOD – Bolinho


Bolinho 125g
Ingredientes Medida Quant Custo Total
Massa Assado Kg 1,25 R$2,43 R$3,04
Açúcar Kg 0,05 R$2,20 R$0,11
Total Receita R$ 3,15
Rendimento Unid. 10
Custo por unidade R$ 0,32
Custo MOD Bolinho 125g
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cortar; Pesar; Modelar 1,82 R$0,1142 R$0,21
Fritar 2,17 R$0,1142 R$0,25
Total Receita 3,98 R$0,45
Rend. Un. 10
Custo do Un. R$0,05
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

O tempo estimado para a produção do Bolinho é de 3,98 minutos, o que equivale a um


custo total com MOD de R$ 0,45 e um custo unitário de R$ 0,05. Também fica evidenciado
que o custo total com matéria prima é de R$ 3,15 e seu custo unitário R$ 0,32.

Quadro 32 - MP e MOD – Calça Virada


Calça Virada 225g
Ingredientes Medida Quant Custo Total
Massa Assado Kg 1,35 R$2,43 R$3,29
Açúcar Kg 0,05 R$6,00 R$0,30
Total Receita R$ 3,59
Rendimento Unid. 6
Custo por unidade R$ 0,60
Custo MOD Calça Virada 225g
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cortar; Pesar; Modelar 1,96 R$0,1142 R$0,22
Fritar 2,34 R$0,1142 R$0,27
Total Receita 4,30 R$0,49
Rend. Un. 6
Custo do Un. R$0,08
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

O tempo estimado para a produção do Bolinho é de 4,30 minutos, o que equivale a um


custo total com MOD de R$ 0,49 e um custo unitário de R$ 0,08. Também fica evidenciado
que o custo total com matéria prima seja de R$ 3,57 e seu custo unitário R$ 0,60.
75

Quadro 33 - MP e MOD – Pão de Ló


Bolo Pao de Ló
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Farinha Kg 1,1 R$1,12 R$1,23
Ovos Um 40 R$0,20 R$8,00
Açúcar Kg 0,4 R$2,20 R$0,88
Fermento Kg 0,1 R$9,44 R$0,94
Total Receita 4,1Kg R$ 11,06
Rendimento Unid. 14
Custo por unidade R$ 0,79
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Batedeira 19 R$0,1142 R$2,17
Colocar formas 4 R$0,1142 R$0,46
Pesagem 2 R$0,1142 R$0,23
Total Receita 25 R$ 2,85
Rendimento Unid. 14
Custo por unidade R$ 0,20
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

O produto pão de ló é um subproduto das tortas, e seu valor é agregado a estes,


usando-se o seu custo total pelo método custeio por absorção. A receita para se fabricar o
subproduto pão de ló leva em torno de 25 minutos para ficar pronta, com isto temos que para
a fabricação de 14 unidades semanais, o custo total com MOD será de R$ 2,85 e
consequentemente R$ 0,20 o custo unitário com MOD. Ainda, esta receita tem um custo total
com matéria prima de R$ 11,06 e um custo unitário de R$ 0,79.

Quadro 34 - MP e MOD – Recheio Bom


Recheio Bom
Unidade
Ingredientes Medida Quantidade Custo Total
Açúcar Kg 0,4 R$2,20 R$0,88
Leite condensado Kg 3,2 R$5,38 R$17,22
Leite l 4 R$1,53 R$6,12
Ovo Un 60(1,80Kg) 0,20 12,00
Maisena Kg 0,2 8,92 1,78
Total Receita 9,6 R$ 38,00
Rendimento Kg 9,60
Custo por Kg R$ 3,96
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Misturar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46
Fogão a gás 21 R$0,1142 R$2,40
Total Receita 25 R$ 2,85
Rendimento 9,60
Custo por Kg R$ 0,30
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
76

O produto Recheio Bom é um subproduto das tortas, e seu valor vai ser agregado a
estes usando-se o seu custo total pelo método custeio por absorção, nota-se que este rende
9,6Kg de recheio.
O tempo necessário para a fabricação deste subproduto é de aproximadamente 25
minutos, o que representa um custo total com MOD de R$ 2,85 e um custo unitário de R$
0,30 também, este subproduto requer um total de R$ 38,00 com matéria prima, para a
produção de 9,6Kg o que representa um custo unitário por quilograma de R$ 3,96.

Quadro 35 - MP e MOD – Torta de Bombom


Torta de bombom
Unidade
Ingredientes Medida Quantidade Custo Total
Pão de Ló un 2 (,58Kg) 1,91 3,81
Recheio bom Kg 1,195 5,59 6,68
Bombom Kg 0,075 15,87 1,19
Leite condensado Kg 0,33 5,38 1,78
Cobertura chantili Kg 0,25 11,66 2,92
Total Receita R$ 16,37
Rendimento Kg 2,43
Custo por Kg R$ 6,74
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Montar 20 R$0,1142 R$2,28
Total Receita 20 R$ 2,28
Rendimento 2,43
Custo por Kg R$ 0,94
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

O tempo requerido para a montagem da torta de bombom é de aproximadamente 20


minutos, o que corresponde a um custo total com MOD de R$ 2,28 para cada torta montada,
ainda, o custo com matéria prima é de R$ 16,37.
77

Quadro 36 - MP e MOD – Recheio Creme de Café


Recheio creme café
Unidade
Ingredientes Medida Quantidade Custo Total
Ovo Um 90(2,70Kg) 0,20 18,00
Açúcar Kg 0,7 2,20 1,54
Manteiga Kg 0,8 5,30 4,24
Café Kg 0,1 32,90 3,29
Total Receita R$ 27,07
Rendimento Kg 4,30
Custo por Kg R$ 6,30
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Misturar ingredientes 5 R$0,1142 R$0,57
Ferver 21 R$0,1142 R$2,40
Total Receita 26 R$ 2,97
Rendimento Kg 4,3
Custo por Kg R$ 0,69
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Para ser fabricado o subproduto creme de café é necessário um tempo estimado de 26


minutos, isto representa um custo com MOD de R$ 2,97, sendo que esta receita rende 4,3Kg
sendo assim, para cada quilograma há um custo de R$ 0,69 com MOD, também, esta receita
gera um custo com matéria prima de R$ 27,07 sendo que o custo unitário do quilograma é de
R$ 6,30.

Quadro 37 - MP e MOD – Torta Creme de Café


Torta de Creme de Café
Unidade
Ingredientes Medida Quantidade Custo Total
Pão de Ló Um 2(,58Kg) 1,91 3,81
Recheio bom Kg 1,195 5,59 6,68
Recheio creme de café Kg 0,98 10,08 9,88
Leite condensado Kg 0,33 5,38 1,78
Cobertura chantili Kg 0,25 11,66 2,92
Total Receita 2,76 R$ 25,06
Rendimento Kg 3,34
Custo por Kg R$ 9,10
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Montar 20 R$0,0108 R$0,22
Total Receita 20 R$ 2,97
Rendimento Kg 3,34
Custo por Kg R$ 0,06
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
78

Para a montagem de uma unidade de torta de creme de café que pesa 3,34Kg é
necessário um tempo estimado de 20 minutos, sendo que o custo unitário com MOD é de R$
0,60 ainda há um custo necessário para sua montagem de R$ 25,06 com matéria prima.
Nota-se que tanto para a torta de bombom quanto para a torta de creme de café são
utilizados subprodutos que são fabricados na própria confeitaria, foi alocado o custo destes
produtos conforme apurado no quadro 51 onde são demonstrados os custos totais conforme
custeio por absorção.
Quadro 38 - MP e MOD – Pastelzinho
Pastelzinho (congeldao)
Unidade
Ingredientes Medida Quantidade Custo Total
Farinha Kg 5,5 R$1,12 R$6,16
Gema Um 30 R$0,20 R$6,00
Leite l 1 R$1,53 R$1,53
Sal Kg 0,095 R$0,80 R$0,08
Açúcar Kg 0,07 R$2,20 R$0,15
Óleo l 0,1 R$2,68 R$0,27
Vinagre l 0,1 R$1,57 R$0,16
Carne de Gado Kg 4,05 R$6,00 R$24,30
Polvilho Kg 0,2 R$2,54 R$0,51
Total Receita R$ 39,15
Rendimento Unid. 405
Custo por unidade R$ 0,10
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Batedeira Bolacha 15 R$0,1142 R$1,71
Cilindro 15 R$0,1142 R$1,71
Corte moldar 12 R$0,1142 R$1,37
Total Receita 42 R$ 4,80
Rendimento Unid. 405
Custo por unidade R$ 0,01
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Do produto pastelzinho são fabricados 405 unidades diariamente, que são congeladas e
distribuídas posteriormente, para a fabricação deste produto é necessário um tempo estimado
de 42 minutos, o que significa um custo total com MOD de R$ 4,08 e consequentemente um
custo unitário de R$ 0,01 ainda com relação à matéria prima, este produto apresenta um custo
total de R$ 39,15 e um custo por unidade de R$ 0,10.
A seguir constam os custos relativos às pizzas montadas, nestas pizzas foi alocado o
custo total da massa de pizza, que neste caso se tornou em um subproduto.
79

Quadro 39 - MP e MOD – Pizza Frango Pequena


Pizza Frango
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 20 R$0,44 R$8,84
Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95
Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16
Frango Kg 1,6 R$3,80 R$6,08
Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73
Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39
Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30
Total Receita R$ 26,46
Rendimento Unid. 20
Custo por unidade R$ 1,32
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 5 R$0,1142 R$0,61
Montar/pesar/embalar 18 R$0,1142 R$2,09
Total Receita 23,66 R$ 2,70
Rendimento Unid. 20
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Para a fabricação de 20 unidades de pizza de frango pequena são necessários


aproximadamente 23minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,70 e um custo
unitário de R$ 0,14 enquanto que o custo total com matéria prima é de R$ 26,46 o que
significa um custo unitário de R$ 1,32.

Quadro 40 - MP e MOD – Pizza Calabresa Pequena


Pizza Calabresa
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 20 R$0,44 R$8,84
Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95
Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16
Calabresa Kg 0,9 R$7,30 R$6,57
Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73
Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39
Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30
Total Receita R$ 26,95
Rendimento Unid. 20
Custo por unidade R$ 1,35
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 5 R$0,1142 R$0,61
Montar/pesar/embalar 18 R$0,1142 R$2,09
Total Receita 24 R$ 2,70
Rendimento Unid. 20
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
80

Na fabricação de 20 unidades de pizza de calabresa pequena é necessário


aproximadamente 24 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,70 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 26,95 o que significa um custo
unitário de R$ 1,35.
Quadro 41 - MP e MOD – Pizza de Bacon Pequena
Pizza Bacon
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 15 R$0,44 R$6,63
Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95
Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16
Bacon Kg 0,68 R$10,12 R$6,88
Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73
Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39
Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30
Total Receita R$ 25,05
Rendimento Unid. 15
Custo por unidade R$ 1,67
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46
Montar/pesar/embalar 14 R$0,1142 R$1,57
Total Receita 18 R$ 2,03
Rendimento Unid. 15
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Para a fabricação de 15 unidades de pizza de bacon pequena é necessário


aproximadamente 18 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,03 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 25,05 o que significa um custo
unitário de R$ 1,67.
Quadro 42 - MP e MOD – Pizza de Carne de Gado Pequena
Pizza Carne de Gado
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 15 R$0,44 R$6,63
Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95
Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16
Carne de Gado Kg 0,98 R$6,00 R$5,88
Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73
Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39
Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30
Total Receita R$ 24,04
Rendimento Unid. 15
Custo por unidade R$ 1,60
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46
Montar/pesar/embalar 14 R$0,1142 R$1,57
Total Receita 18 R$ 2,03
Rendimento Unid. 15
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
81

Para a produção de 15 unidades de pizza de carne de gado pequena é necessário


aproximadamente 18 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,03 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 24,04 o que significa um custo
unitário de R$ 1,60.

Quadro 43 - MP e MOD – Pizza de Presunto Pequena


Pizza Presunto
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 15 R$0,44 R$6,63
Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95
Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16
Presunto Kg 0,9 R$4,47 R$4,02
Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73
Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39
Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30
Total Receita R$ 22,19
Rendimento Unid. 15
Custo por unidade R$ 1,48
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46
Montar/pesar/embalar 14 R$0,1142 R$1,57
Total Receita 18 R$ 2,03
Rendimento Unid. 15
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Para a fabricação de 15 unidades de pizza de presunto pequena é necessário


aproximadamente 18 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,03 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 22,19 o que significa um custo
unitário de R$ 1,48.
82

Quadro 44 - MP e MOD – Pizza de Presunto Grande


Pizza Presunto Grande
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 7 R$0,61 R$4,27
Molho de tomate Kg 0,39 R$3,95 R$1,54
Queijo Kg 2 R$2,80 R$5,60
Presunto Kg 0,77 R$4,47 R$3,44
Milho e ervilha Kg 0,14 R$3,66 R$0,51
Tomate Kg 0,11 R$1,30 R$0,14
Pimentão Kg 0,11 R$3,00 R$0,33
Total Receita R$ 15,84
Rendimento Unid. 7
Custo por unidade R$ 2,26
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 2 R$0,1142 R$0,21
Montar/pesar/embalar 6 R$0,1142 R$0,73
Total Receita 8 R$ 0,95
Rendimento Unid. 7
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Na fabricação de sete unidades de pizza de presunto grande é necessário


aproximadamente 8 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 0,95 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 15,84 o que significa um custo
unitário de R$ 2,26.

Quadro 45 - MP e MOD – Pizza de Calabresa Grande


Pizza Calabresa Grande
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 15 R$0,61 R$9,15
Molho de tomate Kg 0,83 R$3,95 R$3,28
Queijo Kg 4,28 R$2,80 R$11,98
Calabresa Kg 0,98 R$7,30 R$7,15
Milho e ervilha Kg 0,3 R$3,66 R$1,10
Tomate Kg 0,23 R$1,30 R$0,30
Pimentão Kg 0,23 R$3,00 R$0,69
Total Receita R$ 33,65
Rendimento Unid. 15
Custo por unidade R$ 2,24
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46
Montar/pesar/embalar 14 R$0,1142 R$1,57
Total Receita 18 R$ 2,03
Rendimento 15
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
83

Para a fabricação de 15 unidades de pizza de calabresa grande é necessário


aproximadamente 18 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,93 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 33,65 o que significa um custo
unitário de R$ 2,24.
Quadro 46 - MP e MOD – Pizza de Frango Grande
Pizza Frango Grande
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 10 R$0,61 R$6,10
Molho de tomate Kg 0,55 R$3,95 R$2,17
Queijo Kg 2,85 R$2,80 R$7,98
Frango Kg 0,95 R$3,80 R$3,61
Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73
Tomate Kg 0,15 R$1,30 R$0,20
Pimentão Kg 0,15 R$3,00 R$0,45
Total Receita R$ 21,24
Rendimento Unid. 10
Custo por unidade R$ 2,12
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 3 R$0,1142 R$0,31
Montar/pesar/embalar 9 R$0,1142 R$1,05
Total Receita 12 R$ 1,35
Rendimento Unid. 10
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Para a fabricação de 10 unidades de pizza de frango grande é necessário


aproximadamente 12 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 1,35 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 21,24 o que significa um custo
unitário de R$ 2,12.
Quadro 47 - MP e MOD – Pizza de Carne de Gado Grande
Pizza carne de Gado Grande
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 7 R$0,61 R$4,27
Molho de tomate Kg 0,39 R$3,95 R$1,54
Queijo Kg 2 R$2,80 R$5,60
Carne de Gado Kg 0,67 R$6,00 R$4,02
Milho e ervilha Kg 0,14 R$3,66 R$0,51
Tomate Kg 0,11 R$1,30 R$0,14
Pimentão Kg 0,11 R$3,00 R$0,33
Total Receita R$ 16,41
Rendimento Unid. 7
Custo por unidade R$ 2,34
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 2 R$0,1142 R$0,21
Montar/pesar/embalar 6 R$0,1142 R$0,73
Total Receita 8 R$ 0,95
Rendimento 7
Custo por unidade R$ 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
84

Na fabricação de sete unidades de pizza de carne de gado grande é necessário


aproximadamente 8 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 0,95 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 16,41 o que significa um custo
unitário de R$ 2,34.
Quadro 48 - MP e MOD – Pizza de Bacon Grande
Pizza Bacon Grande
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Massa Pronta Um 7 R$0,61 R$4,27
Molho de tomate Kg 0,39 R$3,95 R$1,54
Queijo Kg 2 R$2,80 R$5,60
Bacon Kg 0,46 R$10,12 R$4,66
Milho e ervilha Kg 0,14 R$3,66 R$0,51
Tomate Kg 0,11 R$1,30 R$0,14
Pimentão Kg 0,11 R$3,00 R$0,33
Total Receita R$ 17,05
Rendimento Unid. 7
Custo por unidade R$ 2,44
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Picar ingredientes 2 R$0,1142 R$0,21
Montar/pesar/embalar 6 R$0,1142 R$0,73
Total Receita 8 0,95
Rendimento 7
Custo por unidade 0,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Ao produzir sete unidades de pizza de carne de gado grande é necessário


aproximadamente 8 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 0,95 e um custo
unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 17,05 o que significa um custo
unitário de R$ 2,44.

3.7 Apuração do Custo Total

A seguir apresentam-se informações pertinentes ao rateio dos custos indiretos aos


produtos. Os Custos indiretos foram classificados como fixos e também foram separados os
custos com depreciação especifica e comum a todos os processos e/ou produtos, os quais
foram apropriados aos produtos em estudo conforme o tempo utilizado em cada processo de
produção.
85

Quadro 49 - Custo Fixo Total


Rateio dos CIF
Tempo Tempo CIF CIF Quant. CF Total
Produtos Total Unit. min Unit. Prod. – R$
Pequena 100g 40,00 0,40 0,51 0,2036 400 81,44
Grande 225g 21,00 0,42 0,51 0,2138 200 42,76
Pão cacetinho (pão francês) 40,00 0,04 0,51 0,0212 22.500 477,19
Pão de Xis Grande 31,00 0,31 0,51 0,1578 2.600 410,26
Pão de Xis Pequeno 15,00 0,25 0,51 0,1273 1.560 198,51
Pão Fatiado 45,00 1,13 0,51 0,5726 1.040 595,54
Pão de Cachorro Quente 80g 30,00 0,16 0,51 0,0812 4.888 397,02
Pão de Cachorro Quente 50g 25,00 0,25 0,51 0,1273 2.600 330,85
Pão Sovado 20,00 1,67 0,51 0,8483 312 64,68
Cuca 82,00 2,05 0,51 1,0435 1.040 1.085,20
Recheios de Cuca 15,00 0,38 0,51 0,1909 - -
Cobertura de Cuca 10,00 0,25 0,51 0,1273 - -
Pão Bifê (cachorro quente grande) 120g 64,00 0,21 0,51 0,1086 7.800 846,98
Bolacha de Manteiga 50,00 0,07 0,51 0,0339 3.000 101,80
Massa Assado 13,00 1,50 0,51 0,7641 - -
Cuquinha 280g 1,63 0,41 0,51 0,2073 104 21,56
Rosca 180g 1,05 0,26 0,51 0,1333 104 13,86
Assado 300g 2,62 0,44 0,51 0,2221 156 34,65
Pastelão 335g 2,92 0,49 0,51 0,2480 156 38,69
Bolinho 125g 3,98 0,40 0,51 0,2028 260 52,72
Calça Virada 225g 4,30 0,72 0,51 0,3650 156 56,93
Bolo Pão de Ló 25,00 1,79 0,51 0,9089 - -
Recheio Bom 25,00 2,60 0,51 1,3255 - -
Torta de bombom 20,00 20,00 0,51 10,1801 25 254,50
Recheio creme café 26,00 6,05 0,51 3,0777 - -
Torta de Creme de Café 20,00 6,00 0,51 3,053 25 76,31
Pastelzinho (congelado) 42,00 0,10 0,51 0,0100 1.620 16,20
Pizza Frango 23,66 1,18 0,51 0,6023 80 48,18
Pizza Calabresa 23,66 1,18 0,51 0,6023 80 48,18
Pizza Bacon 17,75 1,18 0,51 0,6023 60 36,14
Pizza Carne de Gado 17,75 1,18 0,51 0,6023 60 36,14
Pizza Presunto 17,75 1,18 0,51 0,6023 60 36,14
Pizza Presunto Grande 8,28 1,18 0,51 0,6023 28 16,86
Pizza Calabresa Grande 17,75 1,18 0,51 0,6023 75 45,17
Pizza Frango Grande 11,83 1,18 0,51 0,6023 40 24,09
Pizza carne de Gado Grande 8,28 1,18 0,51 0,6023 28 16,86
Pizza Bacon Grande 8,28 1,18 0,51 0,6023 28 16,86
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

No quadro 49 foi elencado o tempo total que é gasto na produção e o tempo unitário e
logo após encontra-se o custo indireto fixo, calculado anteriormente, conforme consta no
quadro 10, estes dados são relevantes para se chegar ao rateio do custo indireto fixo alocado
86

aos produtos de forma unitária e o custo fixo total do produto, para posteriormente ser
efetuado o cálculo do ponto de equilíbrio.
É importante frisar que para os produtos Recheios de Cuca, Cobertura de Cuca, Massa
Assada, Bolo Pão de Ló, Recheio Bom e Recheio creme café, não foi calculado o custo fixo
total, por que estes são na realidade subprodutos, não são comercializados, e não irão
interferir no calculo do ponto de equilíbrio.

Quadro 50 - Rateio das Depreciações aos Produtos


Tempo Tempo Custo com deprec
Produtos Total Unit. Deprec/min por unidade – R$
PADARIA
Pequena 100g 40 0,40 0,0108 0,0043
Grande 225g 21 0,42 0,0108 0,0045
Pão cacetinho (pão francês) 40 0,04 0,0108 0,0004
Pão de Xis Grande 31 0,31 0,0108 0,0033
Pão de Xis Pequeno 15 0,25 0,0108 0,0027
Pão Fatiado 45 1,13 0,0108 0,0121
Pão de Cachorro Quente 80g 30 0,16 0,0108 0,0017
Pão de Cachorro Quente 50g 25 0,25 0,0108 0,0027
Pão Sovado 20 1,67 0,0108 0,0180
Cuca 82 2,05 0,0108 0,0221
Recheios de Cuca 15 0,38 0,0108 0,0040
Cobertura de Cuca 10 0,25 0,0108 0,0027
Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g 64 0,21 0,0108 0,0023
Bolacha de Manteiga 0 0,07 0,0108 0,0007
Total Depreciação Padaria 88 0,08
CONFEITARIA
Massa Assado 13 1,50 0,0028 0,0041
Cuquinha 280g 2 0,41 0,0028 0,0011
Rosca 180g 1 0,26 0,0028 0,0007
Assado 300g 3 0,44 0,0028 0,0012
Pastelão 335g 3 0,49 0,0028 0,0013
Bolinho 125g 4 0,40 0,0028 0,0011
Calça Virada 225g 4 0,72 0,0028 0,0020
Bolo Pão de Ló 25 1,79 0,0028 0,0049
Recheio Bom 25 2,60 0,0028 0,0072
Torta de bombom 20 20,00 0,0028 0,0552
Recheio creme café 26 6,05 0,0028 0,0167
Torta de Creme de Café 20,00 6,00 0,0028 0,01656
Pastelzinho (congelado) 42 0,10 0,0028 0,0003
Pizza Frango 24 1,18 0,0028 0,0033
Pizza Calabresa 24 1,18 0,0028 0,0033
Pizza Bacon 18 1,18 0,0028 0,0033
Pizza Carne de Gado 18 1,18 0,0028 0,0033
Pizza Presunto 18 1,18 0,0028 0,0033
Pizza Presunto Grande 8 1,18 0,0028 0,0033
Pizza Calabresa Grande 18 1,18 0,0028 0,0033
Pizza Frango Grande 12 1,18 0,0028 0,0033
Pizza carne de Gado Grande 8 1,18 0,0028 0,0033
Pizza Bacon Grande 8 1,18 0,0028 0,0033
Total Depreciação Confeitaria 330 0,18
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
87

Conforme o quadro anterior foi apurado o valor da depreciação por produto e por
setor. Onde inicialmente foi considerado o tempo total de produção, efetuando-se a divisão
pelo total de produtos fabricados encontrando o tempo unitário de produção, após isso, foi
feito a multiplicação pelo valor da depreciação de cada setor, ou seja, da padaria e da
confeitaria, e o resultado destas operações é o custo com depreciação por unidade.
No caso do pão cacetinho o custo unitário com depreciação que será alocado ao custo
total do produto, corresponde à R$ 0,0004 este valor parece até certo ponto insignificante,
mas se a empresa deixar de alocar este custo estará deixando de provisionar a depreciação que
está implícita na produção.

3.7.1 Apuração do Custo total – Método de Custeio por Absorção

O custeio por absorção abrange todos os custos da empresa, além de respeitar os


princípios fundamentais de contabilidade e ser aceito pela legislação brasileira. Neste método
é considerado o custo com Matéria Prima (MP), os custos com Mão de Obra Direta (MOD), o
Custo Indireto Fixo(CIF), as Depreciações Específicas(DE), além das embalagens, que
somando tudo, encontra-se o Custo Total, assim, saberemos exatamente quanto devemos
dispor para cobrir os custos.
88

Quadro 51 - Apuração do Custo – Método Custeio por Absorção


Custo total - Método de custeio por absorção
Deprec.
Produtos MP MOD CIF Especifica Emb. CT
Massa de Pizza Pequena 100g R$0,12 R$0,06 R$0,20 R$0,004 R$0,05 R$0,44
Massa de Pizza Grande 225g R$0,28 R$0,06 R$0,21 R$0,005 R$0,05 R$0,61
Pão Francês R$0,05 R$0,01 R$0,02 R$0,0004 R$0,10 R$0,18
Pão de Xis Grande R$0,21 R$0,05 R$0,16 R$0,003 R$0,10 R$0,52
Pão de Xis Pequeno R$0,14 R$0,04 R$0,13 R$0,003 R$0,10 R$0,41
Pão Fatiado R$0,58 R$0,17 R$0,57 R$0,012 R$1,00 R$2,34
Pão de Cachorro Quente 80g R$0,07 R$0,03 R$0,08 R$0,002 R$0,10 R$0,28
Pão de Cachorro Quente 50g R$0,05 R$0,04 R$0,13 R$0,003 R$0,10 R$0,31
Pão Sovado R$0,56 R$0,25 R$0,85 R$0,018 R$0,10 R$1,78
Cuca R$0,90 R$0,31 R$1,04 R$0,022 R$0,20 R$2,48
Recheios de Cuca R$1,97 R$0,06 R$0,19 R$0,004 R$- R$2,22
Cobertura de Cuca R$0,12 R$0,04 R$0,13 R$0,003 R$- R$0,29
Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g R$0,11 R$0,03 R$0,11 R$0,002 R$0,10 R$0,35
Bolacha de Manteiga R$0,04 R$0,01 R$0,03 R$0,001 R$0,15 R$0,24
Massa Assado R$1,49 R$0,17 R$0,76 R$0,004 R$- R$2,43
Cuquinha 280g R$0,71 R$0,05 R$0,21 R$0,001 R$- R$0,96
Rosca 180g R$0,47 R$0,03 R$0,13 R$0,001 R$- R$0,63
Assado 300g R$0,98 R$0,05 R$0,22 R$0,001 R$- R$1,25
Pastelão 335g R$0,82 R$0,06 R$0,25 R$0,001 R$- R$1,12
Bolinho 125g R$0,32 R$0,05 R$0,20 R$0,001 R$- R$0,56
Calça Virada 225g R$0,60 R$0,08 R$0,36 R$0,002 R$- R$1,05
Bolo Pão de Ló R$0,79 R$0,20 R$0,91 R$ 0,005 R$ - R$ 1,91
Recheio Bom R$3,96 R$0,30 R$1,33 R$ 0,007 R$ - R$ 5,59
Torta de bombom R$6,74 R$0,94 R$4,19 R$ 0,023 R$1,54 R$13,43
Recheio creme café R$6,30 R$0,69 R$3,08 R$ 0,017 R$ - R$10,08
Torta Creme café R$7,51 R$0,06 R$3,05 R$0,017 R$2,12 R$12,77
Pastelzinho (congelado) R$0,10 R$0,01 R$0,01 R$0,000 R$0,20 R$0,32
Pizza Frango R$1,32 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$2,27
Pizza Calabresa R$1,35 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$2,30
Pizza Bacon R$1,67 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$2,62
Pizza Carne de Gado R$1,60 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$2,55
Pizza Presunto R$1,48 R$1,48 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,77
Pizza Presunto Grande R$2,26 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,21
Pizza Calabresa Grande R$2,24 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,19
Pizza Frango Grande R$2,12 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,07
Pizza carne de Gado Grande R$2,34 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,30
Pizza Bacon Grande R$2,44 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,39
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Neste quadro foi calculado o custo total pelo método de custeio por absorção, é dele
que vai ser tiradas informações para formação do preço de venda. Como no caso do pão
cacetinho, o custo com matéria prima é de R$ 0,05 a mão de obra direta representa um custo
de R$ 0,01, o custo indireto fixo é de R$ 0,02 mais o custo de depreciação específica de R$
89

0,0004 estes dados nos mostram um custo total de R$ 0,18. Dado este de suma importância
para informações em nível gerencial.
Na sequência, são apresentados quatro gráficos de produtos diferentes, com
comparativos entre os custos de matéria prima, de mão de obra, custo indireto fixo e custo da
depreciação, sendo que juntos formam o custo total, conforme o Método de Custeio por
Absorção.

Figura 17 - Gráfico Custos Totais – Pão Fatiado


Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Nota-se que o maior custo deste produto é composto pela embalagem representando
43% do custo total, em seguida a matéria prima do produto com 25%, também os custos fixos
representam 24% e ainda a mão de obra direta representa 7% do custo total, as depreciações
correspondem a 1% do custo.
90

Pão Bifê (cachorro quente grande)


120g

MP
28% 31%
MOD
CIF
1% Deprec Especifica
9%
31% Embalagens
Figura 18 - Gráfico Custos Totais - Pão Bufê
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Nota-se que os maiores custos deste produto são respectivamente a matéria prima e os
custos indiretos de fabricação onde cada um representa 31% do custo total, em seguida as
embalagens correspondem a 28%, também a mão de obra direta representa 9% e ainda, as
depreciações correspondem a 1% do custo.

Figura 19 - Gráfico Custos Totais – Torta Creme de Café


Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Diferentemente dos produtos anteriores, a maior parte do custo da torta creme de café
é a matéria prima, que corresponde a 59% do custo total, as embalagens representam 17% e o
custo indireto de fabricação representa 24% do custo total.
91

Figura 20 - Gráficos Custos Totais – Pizza Presunto Grande


Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Nota-se que neste caso a matéria prima com 70%, representa a maior parte do custo
total do produto, seguido pelos custos indiretos de fabricação que representam 19% e a mão
de obra direta corresponde a 4% ainda o custo com embalagem representa 7% do custo total.

3.7.2 Apuração do Custo total – Método de Custeio Variável

O custeio direto, ou custeio variável, é um tipo de custeio que consiste em considerar


como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos, ou seja, leva em
consideração somente o custo com Matéria Prima, o custo com Mão de Obra Direta, e as
embalagens, não inclui o custo indireto fixo e a depreciação.
92

Quadro 52 - Apuração do Custo – Método Custeio Variável

Custo total - Método de custeio variável R$


Produtos MP MOD Embalagem Custo total
Massa Pizza Pequena 100g 0,12 0,06 0,05 0,23
Massa Pizza Grande 225g 0,28 0,06 0,05 0,39
Pão Francês 0,05 0,01 0,10 0,16
Pão de Xis Grande 0,21 0,05 0,10 0,36
Pão de Xis Pequeno 0,14 0,04 0,10 0,28
Pão Fatiado 0,58 0,17 1,00 1,75
Pão de Cachorro Quente 80g 0,07 0,03 0,10 0,20
Pão de Cachorro Quente 50g 0,05 0,04 0,10 0,18
Pão Sovado 0,56 0,25 0,10 0,91
Cuca 0,90 0,31 0,20 1,41
Recheios de Cuca 1,97 0,06 - 2,03
Cobertura de Cuca 0,12 0,04 - 0,16
Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g 0,11 0,03 0,10 0,24
Bolacha de Manteiga 0,04 0,01 0,15 0,20
Cuquinha 0,71 0,05 - 0,76
Rosca 0,47 0,03 - 0,50
Assado 0,98 0,05 - 1,03
Pastelão 0,82 0,06 - 0,87
Sonho 0,32 0,05 - 0,36
Calça virada 0,60 0,08 - 0,68
Bolo Pão de Ló 0,79 0,20 - 0,99
Recheio Bom 3,96 0,30 - 4,26
Torta de bombom 6,74 0,94 1,54 9,22
Recheio creme café 6,30 0,69 - 6,99
Torta Creme café 7,51 0,06 2,12 9,70
Pastelzinho (congelado) 0,10 0,01 0,20 0,31
Pizza Frango 1,32 0,14 0,21 1,67
Pizza Calabresa 1,35 0,14 0,21 1,69
Pizza Bacon 1,67 0,14 0,21 2,01
Pizza Carne de Gado 1,60 0,14 0,21 1,95
Pizza Presunto 1,48 1,48 0,21 3,17
Pizza Presunto Grande 2,26 0,14 0,21 2,61
Pizza Calabresa Grande 2,24 0,14 0,21 2,59
Pizza Frango Grande 2,12 0,14 0,21 2,47
Pizza carne de Gado Grande 2,34 0,14 0,21 2,69
Pizza Bacon Grande 2,44 0,14 0,21 2,78
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

De acordo com o quadro, fica expresso o valor total dos produtos pelo método custeio
variável, este método por não ser aceito pela legislação vigente, é usado única e
exclusivamente para informação gerencial.
93

3.8 Formação do Preço de Venda Orientativo

Após a apuração do custo total, apresenta-se o quadro 53 que fornece informações


para a formação do Preço de venda – Mark up, esta tabela é uma ferramenta muito importante
para a empresa, pois através dele é possível conhecer os percentuais que representam as
despesas, impostos e a margem de lucro a qual se pretende alocar aos produtos. São
calculados os Mark up‘s divisores e multiplicadores, onde podemos calcular o preço mínimo
sabendo exatamente se está sendo aplicado ou não a margem de lucro desejada.

Quadro 53 - Formação do Preço de Venda – Mark Up


Formação do Preço de Venda - Mark up
Margem
de Mark MK MK
Despesas Impostos Lucro Total up Mark up PV PV
Produtos (%) (%) (%) (%) Divisor Multiplicador mínimo Min
Pequena 100g 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Grande 225g 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pão Francês 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Pão de Xis Grande 9,17 6,8 6 21,97 0,7803 1,2816 15,97 0,8403
Pão de Xis Pequeno 9,17 6,8 4 19,97 0,8003 1,2495 15,97 0,8403
Pão Fatiado 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pão de Cachorro Quente 80g 9,17 6,8 6 21,97 0,7803 1,2816 15,97 0,8403
Pão de Cachorro Quente 50g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Pão Sovado 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Cuca 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pão bufê 120g 9,17 6,8 6 21,97 0,7803 1,2816 15,97 0,8403
Bolacha de Manteiga 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Cuquinha 280g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Rosca 180g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Assado 300g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Pastelão 335g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Bolinho 125g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Calça Virada 225g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403
Torta de bombom 9,17 6,8 15 30,97 0,6903 1,4486 15,97 0,8403
Torta de Creme de Café 9,17 6,8 15 30,97 0,6903 1,4486 15,97 0,8403
Pastelzinho (congelado) 9,17 6,8 15 30,97 0,6903 1,4486 15,97 0,8403
Pizza Frango 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza Calabresa 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza Bacon 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza Carne de Gado 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza Presunto 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza Presunto Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza Calabresa Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza Frango Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza carne de Gado Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Pizza Bacon Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
94

Conforme demonstrado no quadro anterior, com base na apuração do Mark up


multiplicador ou do Mark-up divisor, que proporciona todos os custos por absorção, e a
margem de lucro desejada é que será calculado o preço de venda orientativo.
Este dado é de extrema importância, pois é o preço que a empresa deveria vender seus
produtos para obter lucratividade desejada, e também a partir destes dados, pode-se fazer
variar as margens de lucros em determinadas ocasiões, por questões de gerenciamento.

Quadro 54 - Preço de Venda Orientativo - Custeio por Absorção


Preço de venda Orientativo - custeio por absorção
Produtos Custo total R$ Mark up PV Orientativo R$
Pequena 100g 0,44 1,35080 0,60
Grande 225g 0,61 1,35080 0,82
Pão Francês 0,18 1,26534 0,23
Pão de Xis Grande 0,52 1,28156 0,67
Pão de Xis Pequeno 0,41 1,24953 0,51
Pão Fatiado 2,34 1,35080 3,16
Pão de Cachorro Quente 80g 0,28 1,28156 0,36
Pão de Cachorro Quente 50g 0,31 1,26534 0,40
Pão Sovado 1,78 1,35080 2,40
Cuca 2,48 1,35080 3,35
Pão bufê 0,35 1,28156 0,45
Bolacha de Manteiga 0,24 1,26534 0,30
Cuquinha 280g 0,96 1,26534 1,22
Rosca 180g 0,63 1,26534 0,80
Assado 300g 1,25 1,26534 1,59
Pastelão 335g 1,12 1,26534 1,42
Bolinho 125g 0,56 1,26534 0,71
Calça Virada 225g 1,05 1,26534 1,32
Torta de bombom 13,43 1,44865 19,46
Torta de Creme de Café 12,77 1,44865 18,50
Pastelzinho (congelado) 0,32 1,44865 0,46
Pizza Frango 2,27 1,35080 3,07
Pizza Calabresa 2,30 1,35080 3,10
Pizza Bacon 2,62 1,35080 3,54
Pizza Carne de Gado 2,55 1,35080 3,45
Pizza Presunto 3,77 1,35080 5,10
Pizza Presunto Grande 3,21 1,35080 4,34
Pizza Calabresa Grande 3,19 1,35080 4,31
Pizza Frango Grande 3,07 1,35080 4,15
Pizza carne de Gado Grande 3,30 1,35080 4,45
Pizza Bacon Grande 3,39 1,35080 4,57
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
95

Utilizando o mark-up multiplicador com base no custeio por absorção, baseado na


margem de lucro desejada, obtêm-se o preço de venda orientativo. Como exemplo, pode-se
citar o caso do pão cacetinho ou pão francês, onde o ideal é que este produto seja vendido por
R$ 0,23, a Cuquinha 280g deve ser vendido por no mínimo R$ 1,22 e a Torta de Bombom R$
19,46 o quilo.

Quadro 55 - Preço de Venda Mínimo - Custeio Variável


Preço de venda mínimo - custeio variável
Produtos Custo variável R$ Mark up PV mínimo R$
Pequena 100g 0,23 0,8403 0,28
Grande 225g 0,39 0,8403 0,47
Pão cacetinho (pão francês) 0,16 0,8403 0,19
Pão de Xis Grande 0,36 0,8403 0,43
Pão de Xis Pequeno 0,28 0,8403 0,33
Pão Fatiado 1,75 0,8403 2,09
Pão de Cachorro Quente 80g 0,20 0,8403 0,24
Pão de Cachorro Quente 50g 0,18 0,8403 0,22
Pão Sovado 0,91 0,8403 1,08
Cuca 1,41 0,8403 1,68
Pão bufê (cachorro quente grande) 120g 0,24 0,8403 0,29
Bolacha de Manteiga 0,20 0,8403 0,24
Cuquinha 280g 0,76 0,8403 0,90
Rosca 180g 0,50 0,8403 0,59
Assado 300g 1,03 0,8403 1,23
Pastelão 335g 0,87 0,8403 1,04
Bolinho 125g 0,36 0,8403 0,43
Calça Virada 225g 0,68 0,8403 0,81
Torta de bombom 9,22 0,8403 10,97
Torta de Creme de Café 9,70 0,8403 11,54
Pastelzinho (congelado) 0,31 0,8403 0,37
Pizza Frango 1,67 0,8403 1,98
Pizza Calabresa 1,69 0,8403 2,01
Pizza Bacon 2,01 0,8403 2,40
Pizza Carne de Gado 1,95 0,8403 2,32
Pizza Presunto 3,17 0,8403 3,77
Pizza Presunto Grande 2,61 0,8403 3,10
Pizza Calabresa Grande 2,59 0,8403 3,08
Pizza Frango Grande 2,47 0,8403 2,94
Pizza carne de Gado Grande 2,69 0,8403 3,20
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Este quadro contém informações valiosas, pois dá a dimensão do preço mínimo que
pode ser praticado, para a empresa não ter prejuízos, este é o preço onde não se leva em
96

consideração o lucro do produto, mas sim por quanto tem que se vender para cobrir todas as
despesas. É uma informação de suma importância para o gestor, pois quando desejar efetuar
algum tipo de promoção ou desconto, saberá até onde pode baixar os preços para cobrir os
custos. No caso do pão cacetinho, o valor do preço de venda mínimo será de R$ 0,19 por
unidade, a cuquinha 280g R$ 0,90 a unidade, e a torta de Bombom R$ 24,04 o quilo.

Quadro 56 – Analise Comparativa entre o PV Orientativo x PV Praticado


Analise comparativa entre o PV Orientativo x PV Atual
Produtos PV Orientativo PV Atual Diferença
Pequena 100g R$0,60 R$1,25 R$0,65
Grande 225g R$0,82 R$1,25 R$0,43
Pão cacetinho (pão francês) R$0,23 R$0,30 R$0,07
Pão de Xis Grande R$0,67 R$1,00 R$0,33
Pão de Xis Pequeno R$0,51 R$0,60 R$0,09
Pão Fatiado R$3,16 R$ 3,25 R$0,09
Pão de Cachorro Quente 80g R$0,36 R$0,35 R$(0,01)
Pão de Cachorro Quente 50g R$0,40 R$0,30 R$(0,10)
Pão Sovado R$2,40 R$3,25 R$0,85
Cuca R$3,35 R$4,00 R$0,65
Pão bufê R$0,45 R$0,50 R$0,05
Bolacha de Manteiga R$0,30 R$0,25 R$(0,05)
Cuquinha 280g R$1,22 R$2,00 R$0,78
Rosca 180g R$0,80 R$1,50 R$0,70
Assado 300g R$1,59 R$3,50 R$1,91
Pastelão 335g R$1,42 R$3,50 R$2,08
Bolinho 125g R$0,71 R$2,50 R$1,79
Calça Virada 225g R$1,32 R$2,75 R$1,43
Torta de bombom R$19,46 R$35,00 R$ 15,54
Torta de Creme de Café R$18,50 R$38,00 R$19,50
Pastelzinho (congelado) R$0,46 R$0,40 R$(0,06)
Pizza Frango R$3,07 R$5,00 R$1,93
Pizza Calabresa R$3,10 R$5,00 R$1,90
Pizza Bacon R$3,54 R$5,00 R$1,46
Pizza Carne de Gado R$3,45 R$5,00 R$1,55
Pizza Presunto R$5,10 R$5,00 R$(0,10)
Pizza Presunto Grande R$4,34 R$8,00 R$3,66
Pizza Calabresa Grande R$4,31 R$8,00 R$3,69
Pizza Frango Grande R$4,15 R$8,00 R$3,85
Pizza carne de Gado Grande R$4,45 R$8,00 R$3,55
Pizza Bacon Grande R$4,57 R$8,00 R$3,43
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Pode se constatar de acordo com as informações no quadro anterior que cinco


produtos estão com o preço de venda menor do que o calculado são eles: Pão de Cachorro
97

Quente 80g, Pão de Cachorro Quente 50g, Bolacha de Manteiga, Pastelzinho (congelado) e
Pizza Presunto, onde os preços atualmente praticados estão inferiores ao preço orientativo.

Figura 21 - Gráfico Comparativo PV Orientativo e PV Praticado


Fonte: Dados Conforme Pesquisa

A figura 21 mostra a dimensão da diferença entre alguns produtos. O pão de xis


grande, a cuca, a cuquinha e a torta de bombom estão de acordo quanto ao preço de venda
orientativo ser menor que o preço de venda praticado, significa que a empresa esta obtendo
um lucro ainda maior que o planejado, já na pizza de presunto, a situação se inverte, para cada
torta vendida a empresa não esta tendo o lucro desejado, pois há uma diferença de R$ 0,10 do
preço orientativo para o preço de venda praticado, porém isto não significa que a empresa
esteja tendo prejuízo, pois de acordo com o preço de venda mínimo utilizando-se o custeio
variável onde não é considerado o lucro, este produto teve um preço de venda mínimo de R$
3,77 o que fica abaixo do preço de venda praticado. Estes são dados importantes para todo
controle gerencial da empresa, pois fornecem uma visão entre o que se deseja e o que se está
obtendo.
98

3.9 Análises do Custo, Volume e Lucro

Neste ponto é analisada a margem de contribuição sobre o preço orientativo, baseada


na média da quantidade de produtos vendidos durante o período de um mês.
A margem de contribuição representa o valor total que cada produto representa na
venda total do mês, baseado no preço orientativo e no preço atual.

3.9.1 Apuração da margem de contribuição

A seguir apresenta-se o cálculo da margem de contribuição pelo preço de venda


orientativo e pelo preço de venda praticado, que são os preços calculados no método de
custeio por absorção e pelos preços atualmente praticados na padaria.
Quadro 57 - MC Unitária e Total por Produto PV Orientativo

Margem de contribuição - preço orientativo


PV Impostos MC Quantidade
Produtos orientativo CV 6,8% Unit. Vendida MC Total
Pequena 100g R$0,60 R$0,23 R$0,04 R$0,32 400 R$128,97
Grande 225g R$0,82 R$0,39 R$0,06 R$0,38 200 R$75,25
Pão cacetinho (pão francês) R$0,23 R$0,16 R$0,02 R$0,05 22500 R$1.230,61
Pão de Xis Grande R$0,67 R$0,36 R$0,05 R$0,26 2600 R$682,51
Pão de Xis Pequeno R$0,51 R$0,28 R$0,03 R$0,20 1560 R$307,20
Pão Fatiado R$3,16 R$1,75 R$0,21 R$1,19 1040 R$1.238,24
Pão de Cachorro Quente 80g R$0,36 R$0,20 R$0,02 R$0,14 4888 R$675,55
Pão de Cachorro Quente 50g R$0,40 R$0,18 R$0,03 R$0,19 2600 R$484,40
Pão Sovado R$2,40 R$0,91 R$0,16 R$1,33 312 R$413,77
Cuca R$3,35 R$1,41 R$0,23 R$1,71 1040 R$1.776,09
Pão bufê 120g R$0,45 R$0,24 R$0,03 R$0,18 7800 R$1.397,73
Bolacha de Manteiga R$0,30 R$0,20 R$0,02 R$0,08 3000 R$232,50
Cuquinha 280g R$1,22 R$0,76 R$0,08 R$0,38 104 R$39,67
Rosca 180g R$0,80 R$0,50 R$0,05 R$0,25 104 R$25,67
Assado 300g R$1,59 R$1,03 R$0,11 R$0,45 156 R$69,90
Pastelão 335g R$1,42 R$0,87 R$0,10 R$0,45 156 R$70,28
Bolinho 125g R$0,71 R$0,36 R$0,05 R$0,31 260 R$79,32
Calça Virada 225g R$1,32 R$0,68 R$0,09 R$0,55 156 R$86,51
Torta de bombom R$19,46 R$ 9,22 R$ 1,32 R$ 8,91 25 R$ 222,86
Torta de Creme de Café R$18,50 R$9,70 R$1,26 R$7,54 25 R$188,50
Pastelzinho (congelado) R$0,46 R$0,31 R$0,03 R$0,12 1620 R$197,49
Pizza Frango R$3,07 R$1,67 R$0,21 R$1,19 80 R$95,54
Pizza Calabresa R$3,10 R$1,69 R$0,21 R$1,20 80 R$96,04
Pizza Bacon R$3,54 R$2,01 R$0,24 R$1,28 60 R$77,04
Pizza Carne de Gado R$3,45 R$1,95 R$0,23 R$1,27 60 R$76,01
Pizza Presunto R$5,10 R$3,17 R$0,35 R$1,58 60 R$94,97
Pizza Presunto Grande R$4,34 R$2,61 R$0,30 R$1,44 28 R$40,25
Pizza Calabresa Grande R$4,31 R$2,59 R$0,29 R$1,43 75 R$107,45
Pizza Frango Grande R$4,15 R$2,47 R$0,28 R$1,40 40 R$56,07
Pizza carne de Gado Grande R$4,45 R$2,69 R$0,30 R$1,46 28 R$40,85
Pizza Bacon Grande R$4,57 R$2,78 R$0,31 R$1,48 28 R$41,51
Total 11.434,14
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
99

O próximo quadro apresenta a margem de contribuição unitária e total pelo atual preço
de venda utilizado pela padaria.

Quadro 58 - MC Unitária e Total por Produto PV Atual


Margem de contribuição - preço atual
Impostos MC Quantidade
Produtos PV atual CV 6,8% Unit. Vendida MC Total
Pequena 100g R$1,25 R$0,23 R$0,09 R$0,93 400 R$372,30
Grande 225g R$1,25 R$0,39 R$0,09 R$0,77 200 R$154,70
Pão cacetinho (pão francês) R$0,30 R$0,16 R$0,02 R$0,12 22.500 R$2.632,75
Pão de Xis Grande R$1,00 R$0,36 R$0,07 R$0,57 2.600 R$1.486,55
Pão de Xis Pequeno R$0,60 R$0,28 R$0,04 R$0,28 1.560 R$440,22
Pão Fatiado R$3,25 R$1,75 R$0,22 R$1,27 1.040 R$1.325,12
Pão de Cachorro Quente 80g R$0,35 R$0,20 R$0,02 R$0,12 4.888 R$610,57
Pão de Cachorro Quente 50g R$0,30 R$0,18 R$0,02 R$0,10 2.600 R$247,60
Pão Sovado R$3,25 R$0,91 R$0,22 R$2,12 312 R$661,29
Cuca R$4,00 R$1,41 R$0,27 R$2,31 1.040 R$2.406,17
Pão bufê 120g R$0,50 R$0,24 R$0,03 R$0,23 7.800 R$1.759,29
Bolacha de Manteiga R$0,25 R$0,20 R$0,02 R$0,03 3.000 R$86,05
Cuquinha 280g R$2,00 R$0,76 R$0,14 R$1,11 104 R$115,17
Rosca 180g R$1,50 R$0,50 R$0,10 R$0,90 104 R$93,86
Assado 300g R$3,50 R$1,03 R$0,24 R$2,23 156 R$348,18
Pastelão 335g R$3,50 R$0,87 R$0,24 R$2,39 156 R$372,74
Bolinho 125g R$2,50 R$0,36 R$0,17 R$1,97 260 R$512,00
Calça Virada 225g R$2,75 R$0,68 R$0,19 R$1,88 156 R$293,82
Torta de bombom R$35,00 R$9,22 R$2,38 R$23,40 25 R$585,06
Torta de Creme de Café R$38,00 R$9,70 R$2,58 R$25,72 25 R$642,91
Pastelzinho (congelado) R$0,40 R$0,31 R$0,03 R$0,06 1.620 R$104,14
Pizza Frango R$5,00 R$1,67 R$0,34 R$2,99 80 R$239,37
Pizza Calabresa R$5,00 R$1,69 R$0,34 R$2,97 80 R$237,41
Pizza Bacon R$5,00 R$2,01 R$0,34 R$2,65 60 R$158,71
Pizza Carne de Gado R$5,00 R$1,95 R$0,34 R$2,71 60 R$162,72
Pizza Presunto R$5,00 R$3,17 R$0,34 R$1,49 60 R$89,50
Pizza Presunto Grande R$8,00 R$2,61 R$0,54 R$4,85 28 R$135,76
Pizza Calabresa Grande R$8,00 R$2,59 R$0,54 R$4,87 75 R$365,06
Pizza Frango Grande R$8,00 R$2,47 R$0,54 R$4,99 40 R$199,49
Pizza carne de Gado Grande R$8,00 R$2,69 R$0,54 R$4,77 28 R$133,45
Pizza Bacon Grande R$8,00 R$2,78 R$0,54 R$4,68 28 R$130,91
Total 16.385,93
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Como o faturamento mensal gira em torno de R$ 55.000,00 por mês, e baseando-se


nas quantidades vendidas mensalmente, de acordo com o preço de venda praticado, a
lucratividade destes produtos representa a quantia de R$16.385,93 e conforme o quadro 57
100

que corresponde ao preço de venda orientativo, a margem de lucratividades destes produtos


representa R$ 11.434,14. Percebe-se que pelo preço orientativo a margem é menor, em função
de que em vários produtos eles tem uma rentabilidade maior do que a desejada que foi
colocada na formação do mark up.

3.9.2 Apuração do resultado

A seguir apresenta-se a demonstração do resultado, em valores e em percentual, por


meio do preço orientativo chegando à margem de contribuição que foi proposta para os
produtos.
Quadro 59 - Demonstração do Resultado - PV Orientativo
Demonstração do Resultado - PV Orientativo
Produtos PV CT Impostos Despesas Resultado Resultado %
Pequena 100g R$0,60 R$0,44 R$0,04 R$0,05 R$0,06 10
Grande 225g R$0,82 R$0,61 R$0,06 R$0,08 R$0,08 10
Pão cacetinho (pão francês) R$0,23 R$0,18 R$0,02 R$0,02 R$0,01 5
Pão de Xis Grande R$0,67 R$0,52 R$0,05 R$0,06 R$0,04 6
Pão de Xis Pequeno R$0,51 R$0,41 R$0,03 R$0,05 R$0,02 4
Pão Fatiado R$3,16 R$2,34 R$0,21 R$0,29 R$0,32 10
Pão de Cachorro Quente 80g R$0,36 R$0,28 R$0,02 R$0,03 R$0,02 6
Pão de Cachorro Quente 50g R$0,40 R$0,31 R$0,03 R$0,04 R$0,02 5
Pão Sovado R$2,40 R$1,78 R$0,16 R$0,22 R$0,24 10
Cuca R$3,35 R$2,48 R$0,23 R$0,31 R$0,33 10
Pão bufê 120g R$0,45 R$0,35 R$0,03 R$0,04 R$0,03 6
Bolacha de Manteiga R$0,30 R$0,24 R$0,02 R$0,03 R$0,02 5
Cuquinha 280g R$1,22 R$0,96 R$0,08 R$0,11 R$0,06 5
Rosca 180g R$0,80 R$0,63 R$0,05 R$0,07 R$0,04 5
Assado 300g R$1,59 R$1,25 R$0,11 R$0,15 R$0,08 5
Pastelão 335g R$1,42 R$1,12 R$0,10 R$0,13 R$0,07 5
Bolinho 125g R$0,71 R$0,56 R$0,05 R$0,07 R$0,04 5
Calça Virada 225g R$1,32 R$1,05 R$0,09 R$0,12 R$0,07 5
Torta de bombom R$19,46 R$13,43 R$ 1,32 R$ 1,78 R$ 2,92 15
Torta de Creme de Café R$18,50 R$12,77 R$1,26 R$1,70 R$2,77 15
Pastelzinho (congelado) R$0,46 R$0,32 R$0,03 R$0,04 R$0,07 15
Pizza Frango R$3,07 R$2,27 R$0,21 R$0,28 R$0,31 10
Pizza Calabresa R$3,10 R$2,30 R$0,21 R$0,28 R$0,31 10
Pizza Bacon R$3,54 R$2,62 R$0,24 R$0,32 R$0,35 10
Pizza Carne de Gado R$3,45 R$2,55 R$0,23 R$0,32 R$0,34 10
Pizza Presunto R$5,10 R$3,77 R$0,35 R$0,47 R$0,51 10
Pizza Presunto Grande R$4,34 R$3,21 R$0,30 R$0,40 R$0,43 10
Pizza Calabresa Grande R$4,31 R$3,19 R$0,29 R$0,40 R$0,43 10
Pizza Frango Grande R$4,15 R$3,07 R$0,28 R$0,38 R$0,42 10
Pizza carne de Gado Grande R$4,45 R$3,30 R$0,30 R$0,41 R$0,45 10
Pizza Bacon Grande R$4,57 R$3,39 R$0,31 R$0,42 R$0,46 10
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
101

Observa-se, que na demonstração de resultado pelo preço orientativo chega-se à


margem que foi proposta anteriormente no mark up, que define o lucro do produto. No caso
da pizza de presunto grande, o preço de venda orientativo é de R$ 4,34, pois se for diminuído
o custo total de R$ 3,21 os impostos de R$ 0,30 e as despesas R$ 0,40 teremos o resultado
desejado de 10% que fica no valor de R$ 0,43.

Quadro 60 - Demonstração do Resultado = PV Atual


Demonstração do Resultado = PV Atual
Produtos PV CT Impostos Despesas Resultado Resultado %
Pequena 100g R$1,25 R$0,44 R$0,09 R$0,11 R$0,61 48,66
Grande 225g R$1,25 R$0,61 R$0,09 R$0,11 R$0,44 35,24
Pão cacetinho (pão francês) R$0,30 R$0,18 R$0,02 R$0,03 R$0,07 22,61
Pão de Xis Grande R$1,00 R$0,52 R$0,07 R$0,09 R$0,32 31,89
Pão de Xis Pequeno R$0,60 R$0,41 R$0,04 R$0,06 R$0,10 16,20
Pão Fatiado R$3,25 R$2,34 R$0,22 R$0,30 R$0,39 12,04
Pão de Cachorro Quente 80g R$0,35 R$0,28 R$0,02 R$0,03 R$0,01 2,82
Pão de Cachorro Quente 50g R$0,30 R$0,31 R$0,02 R$0,03 R$(0,06) -20,74
Pão Sovado R$3,25 R$1,78 R$0,22 R$0,30 R$0,96 29,39
Cuca R$4,00 R$2,48 R$0,27 R$0,37 R$0,88 22,03
Pão bufê 120g R$0,50 R$0,35 R$0,03 R$0,05 R$0,07 13,76
Bolacha de Manteiga R$0,25 R$0,24 R$0,02 R$0,02 R$(0,03) -11,56
Cuquinha 280g R$2,00 R$0,96 R$0,14 R$0,18 R$0,72 35,78
Rosca 180g R$1,50 R$0,63 R$0,10 R$0,14 R$0,63 42,06
Assado 300g R$3,50 R$1,25 R$0,24 R$0,32 R$1,69 48,22
Pastelão 335g R$3,50 R$1,12 R$0,24 R$0,32 R$1,82 51,97
Bolinho 125g R$2,50 R$0,56 R$0,17 R$0,23 R$1,54 61,45
Calça Virada 225g R$2,75 R$1,05 R$0,19 R$0,25 R$1,26 45,98
Torta de bombom R$35,00 R$13,43 R$ 2,38 R$ 3,21 R$ 15,98 45,66
Torta de Creme de Café R$38,00 R$12,77 R$2,58 R$3,48 R$19,16 50,43
Pastelzinho (congelado) R$0,40 R$0,32 R$0,03 R$0,04 R$0,02 4,33
Pizza Frango R$5,00 R$2,27 R$0,34 R$0,46 R$1,93 38,56
Pizza Calabresa R$5,00 R$2,30 R$0,34 R$0,46 R$1,90 38,07
Pizza Bacon R$5,00 R$2,62 R$0,34 R$0,46 R$1,58 31,62
Pizza Carne de Gado R$5,00 R$2,55 R$0,34 R$0,46 R$1,65 32,96
Pizza Presunto R$5,00 R$3,77 R$0,34 R$0,46 R$0,43 8,55
Pizza Presunto Grande R$8,00 R$3,21 R$0,54 R$0,73 R$3,51 43,87
Pizza Calabresa Grande R$8,00 R$3,19 R$0,54 R$0,73 R$3,53 44,11
Pizza Frango Grande R$8,00 R$3,07 R$0,54 R$0,73 R$3,65 45,60
Pizza carne de Gado Grande R$8,00 R$3,30 R$0,54 R$0,73 R$3,43 42,84
Pizza Bacon Grande R$8,00 R$3,39 R$0,54 R$0,73 R$3,34 41,70
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Neste quadro, apresenta-se o resultado de acordo com o preço de venda praticado pela
empresa. É possível verificar que ocorre oscilações de percentuais em alguns produtos, que
102

são o pão de cachorro quente 50g e a bolacha de manteiga, estes produtos apresentam
prejuízo, o que é uma situação preocupante. Cabe ao gestor fazer uma reavaliação, em função
do alto custo das matérias primas usadas, bem como o custo da embalagem do pão de
cachorro quente pequeno e da bolacha de manteiga. Já os demais produtos na sua grande
maioria apresentam um bom índice de lucratividade.

3.9.3 Ponto de Equilíbrio Contábil

Os quadros seguintes demonstram o calculo do Ponto de Equilíbrio Contabil, com a


utilização do preço de venda orientativo e o preço de venda atual.

Quadro 61 - Ponto de Equilíbrio - PV Orientativo


Ponto de equilíbrio - PV Orientativo
Custo Fixo MC PE
Produtos Total unitária unidades PE em R$
Pequena 100g R$81,44 R$0,32 253 R$150,87
Grande 225g R$42,76 R$0,38 114 R$93,61
Pão cacetinho (pão francês) R$477,19 R$0,05 8.725 R$2.034,07
Pão de Xis Grande R$410,26 R$0,26 1.563 R$1.044,30
Pão de Xis Pequeno R$198,51 R$0,20 1.008 R$512,62
Pão Fatiado R$595,54 R$1,19 500 R$1.580,79
Pão de Cachorro Quente 80g R$397,02 R$0,14 2.873 R$1.046,42
Pão de Cachorro Quente 50g R$330,85 R$0,19 1.776 R$ 706,29
Pão Sovado R$264,68 R$1,33 200 R$478,76
Cuca R$1.085,20 R$1,71 635 R$2.128,71
Pão bufê 120g R$846,98 R$0,18 4.727 R$2.128,21
Bolacha de Manteiga R$101,80 R$0,08 1.314 R$397,19
Cuquinha 280g R$21,56 R$0,38 57 R$69,01
Rosca 180g R$13,86 R$0,25 56 R$44,72
Assado 300g R$34,65 R$0,45 77 R$122,65
Pastelão 335g R$38,69 R$0,45 86 R$121,92
Bolinho 125g R$52,72 R$0,31 173 R$123,44
Calça Virada 225g R$56,93 R$0,55 103 R$135,94
Torta de bombom R$ 104,73 R$ 8,91 12 R$ 228,57
Torta de Creme de Café R$76,31 R$7,54 10 R$187,21
Pastelzinho (congelado) R$16,20 R$0,12 133 R$61,37
Pizza Frango R$48,18 R$1,19 40 R$123,90
Pizza Calabresa R$48,18 R$1,20 40 R$124,57
Pizza Bacon R$36,14 R$1,28 28 R$99,61
Pizza Carne de Gado R$36,14 R$1,27 29 R$98,40
Pizza Presunto R$36,14 R$1,58 23 R$116,38
Pizza Presunto Grande R$16,86 R$1,44 12 R$50,91
Pizza Calabresa Grande R$45,17 R$1,43 32 R$136,03
Pizza Frango Grande R$24,09 R$1,40 17 R$71,38
Pizza carne de Gado Grande R$16,86 R$1,46 12 R$51,46
Pizza Bacon Grande R$16,86 R$1,48 11 R$52,03
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
103

É interessante observar que para o produto pão cacetinho, a empresa precisa produzir e
vender 8.725 unidades para chegar ao ponto de equilíbrio, que corresponde ao momento onde
todos os custos estarão pagos, porém com resultado nulo. No momento em que a empresa
produzir e vender 8.726 unidades de pão cacetinho é que as vendas começam a apresentar
lucratividade.
Quadro 62 - Ponto de Equilíbrio – PV Atual
Ponto de equilíbrio - PV atual
Custo Fixo PE
Produtos Total MC unitária unidades PE em R$
Pequena 100g R$81,44 R$0,98 84 R$104,40
Grande 225g R$42,76 R$0,80 53 R$66,60
Pão cacetinho (pão francês) R$477,19 R$0,12 3.926 R$ 1.177,69
Pão de Xis Grande R$410,26 R$0,59 690 R$ 690,31
Pão de Xis Pequeno R$198,51 R$0,29 688 R$412,97
Pão Fatiado R$595,54 R$1,28 465 R$ 1.511,81
Pão de Cachorro Quente 80g R$397,02 R$0,12 3.203 R$ 1.121,16
Pão de Cachorro Quente 50g R$330,85 R$0,09 3.735 R$ 1.120,42
Pão Sovado R$264,68 R$2,18 122 R$ 395,07
Cuca R$1.085,20 R$2,36 460 R$ 1.841,01
Pão bufê 120g R$846,98 R$0,23 3.700 R$ 1.849,86
Bolacha de Manteiga R$101,80 R$0,03 4.052 R$ 1.013,08
Cuquinha 280g R$21,56 R$1,16 19 R$37,16
Rosca 180g R$13,86 R$0,95 15 R$21,88
Assado 300g R$34,65 R$2,36 15 R$51,34
Pastelão 335g R$38,69 R$2,53 15 R$53,51
Bolinho 125g R$52,72 R$ 2,09 25 R$63,04
Calça Virada 225g R$56,93 R$1,98 29 R$79,06
Torta de bombom R$104,73 R$24,46 4 R$149,87
Torta de Creme de Café R$76,31 R$27,04 3 R$107,23
Pastelzinho (congelado) R$16,20 R$ 0,06 270 R$107,85
Pizza Frango R$48,18 R$3,12 15 R$77,13
Pizza Calabresa R$48,18 R$3,10 16 R$77,80
Pizza Bacon R$36,14 R$2,74 13 R$65,83
Pizza Carne de Gado R$36,14 R$2,82 13 R$64,13
Pizza Presunto R$36,14 R$1,49 24 R$121,67
Pizza Presunto Grande R$16,86 R$5,10 3 R$26,47
Pizza Calabresa Grande R$45,17 R$5,12 9 R$70,60
Pizza Frango Grande R$24,09 R$5,25 5 R$36,72
Pizza carne de Gado Grande R$16,86 R$5,01 3 R$26,94
Pizza Bacon Grande R$16,86 R$4,91 3 R$27,49
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Da mesma forma, de acordo com o quadro anterior, onde consta o ponto de equilíbrio
baseado no preço de venda praticado, ou seja, quando a indústria produzir e vender 3.926
104

unidades de pão cacetinho, será atingido o ponto de equilíbrio, neste momento será coberto
todos os custos, porém sem lucro algum, a partir de 3.927 unidades produzidas e vendidas é
que a empresa começara a obter lucro. Quanto ao valor, no momento que o pão cacetinho
atingir R$ 1.177,69 é que a empresa alcançar o ponto de equilíbrio. A seguir apresenta-se um
gráfico comparativo onde se pode verificar o ponto de equilíbrio sob outra ótica com uma
projeção entre as unidades vendidas através do preço de venda orientativo e o preço de venda
praticado atualmente.

Figura 22 - Comparativo PE em unidades PV orientativo x PE em unidades PV Atual


Fonte: Dados conforme pesquisa

De acordo com o gráfico fica evidente a diferença existente nas quantidades para se
alcançar o ponto de equilíbrio conforme o preço de venda orientativo e o praticado.

3.9.4 Margem de Segurança Operacional

Na sequência foi calculada a Margem de Segurança Operacional (MSO),


primeiramente considerando o preço orientativo, que representa o nível que a empresa estaria
operando ao praticar o preço que corresponde a margem de lucro desejada.
105

Quadro 63 - MSO – PV Orientativo


Margem de segurança operacional - PV Orientativo
Quant Quant no
Produtos vendida PE MSO MSO%
Pequena 100g 400 253 147 37%
Grande 225g 200 114 86 43%
Pão cacetinho (pão francês) 22.500 8.725 13.775 61%
Pão de Xis Grande 2.600 1.563 1.037 40%
Pão de Xis Pequeno 1.560 1.008 552 35%
Pão Fatiado 1.040 500 540 52%
Pão de Cachorro Quente 80g 4.888 2.873 2.015 41%
Pão de Cachorro Quente 50g 2.600 1.776 824 32%
Pão Sovado 312 200 112 36%
Cuca 1.040 635 405 39%
Pão bufê 120g 7.800 4.727 3.073 39%
Bolacha de Manteiga 3.000 1.314 1.686 56%
Cuquinha 280g 104 57 47 46%
Rosca 180g 104 56 48 46%
Assado 300g 156 77 79 50%
Pastelão 335g 156 86 70 45%
Bolinho 125g 260 173 87 34%
Calça Virada 225g 156 103 53 34%
Torta de bombom 25 12 13 53%
Torta de Creme de Café 25 10 15 60%
Pastelzinho (congelado) 1.620 133 1.487 92%
Pizza Frango 80 40 40 50%
Pizza Calabresa 80 40 40 50%
Pizza Bacon 60 28 32 53%
Pizza Carne de Gado 60 29 31 52%
Pizza Presunto 60 23 37 62%
Pizza Presunto Grande 28 12 16 58%
Pizza Calabresa Grande 75 32 43 58%
Pizza Frango Grande 40 17 23 57%
Pizza carne de Gado Grande 28 12 16 59%
Pizza Bacon Grande 28 11 17 59%
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Fazendo uma análise sobre o produto Pão cacetinho, com uma produção de 22.500
unidades por mês, a margem de segurança operacional fica em 61%, ou seja, este percentual
gera a margem de lucratividade, e o restante, os 39% vão servir para cobrir todos os custos,
fixos e variáveis.
106

Quadro 64 - MSO – PV Atual


Margem de segurança operacional - PV Atual
Quant Quant no
produtos vendida PE MSO MSO%
Pequena 100g 400 84 316 79%
Grande 225g 200 53 147 73%
Pão cacetinho (pão francês) 22.500 3.926 18.574 83%
Pão de Xis Grande 2.600 690 1.910 73%
Pão de Xis Pequeno 1.560 688 872 56%
Pão Fatiado 1.040 465 575 55%
Pão de Cachorro Quente 80g 4.888 3.203 1.685 34%
Pão de Cachorro Quente 50g 2.600 3.735 (1.135) -44%
Pão Sovado 312 122 190 61%
Cuca 1.040 460 580 56%
Pão bufê 120g 7.800 3.700 4.100 53%
Bolacha de Manteiga 3.000 4.052 (1.052) -35%
Cuquinha 280g 104 19 85 82%
Rosca 180g 104 15 89 86%
Assado 300g 156 15 141 91%
Pastelão 335g 156 15 141 90%
Bolinho 125g 260 25 235 90%
Calça Virada 225g 156 29 127 82%
Torta de bombom 25 4 21 83%
Torta de Creme de Café 25 3 22 89%
Pastelzinho (congelado) 1.620 270 1.350 83%
Pizza Frango 80 15 65 81%
Pizza Calabresa 80 16 64 81%
Pizza Bacon 60 13 47 78%
Pizza Carne de Gado 60 13 47 79%
Pizza Presunto 60 24 36 59%
Pizza Presunto Grande 28 3 25 88%
Pizza Calabresa Grande 75 9 66 88%
Pizza Frango Grande 40 5 35 89%
Pizza carne de Gado Grande 28 3 25 88%
Pizza Bacon Grande 28 3 25 88%
Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Neste quadro, apurou-se a margem de segurança operacional, baseada nos preços


praticados pela empresa, sendo que, alguns produtos como a bolacha de manteiga e pão de
cachorro quente 50g não geram margem de lucro, porém os demais geram margem de lucro, o
que da uma certa segurança para a empresa, desde que a venda siga neste patamar.
A seguir é apresentado um gráfico que mostra de outra perspectiva a margem de
segurança operacional entre o preço orientativo e o preço praticado, para que seja realizado
uma comparação entre ambos.
107

Figura 23 - MSO PV Orientativo x MSO PV Atual


Fonte: Dados Conforme Pesquisa

Neste gráfico percebe-se que a margem de segurança operacional encontra-se numa


situação confortável, no caso do pão cacetinho, este opera com uma margem de segurança
operacional acima da estipulada no preço de venda orientativo, bem como acontece com os
demais produtos.

3.10 Levantamentos das Informações Gerenciais do Sistema Proposto

Com base nos dados coletados na pesquisa, onde foi possível efetuar o cálculo dos
custos dos produtos escolhidos, há varias informações de cunho gerencial que podem e
necessitam ser analisadas pelo gestor para ser formulada uma eficaz gestão estratégica de
custos.
Num primeiro momento do sistema de custos proposto, onde este foi elaborado no
programa Windows Excel, a primeira planilha apresentada é a do calculo dos custos com
matérias primas. Esta planilha é de extrema importância, pois com possíveis variações nos
preços de compra dos ingredientes e com a simples atualização destes valores, o gestor terá
em tempo real os impactos destas oscilações no custo dos produtos, e também, se deve ou não
fazer ajustes no preço de venda.
Também foi apresentada uma planilha com o custo de mão de obra direta dos padeiros
e confeiteiros, sendo esta de extrema importância no calculo dos custos com mão de obra dos
108

produtos, o que nada mais é do que a relação do tempo efetivamente utilizado na elaboração
destes e o tempo disponível para outras atividades. Com os tempos colhidos durante a
pesquisa para a fabricação dos produtos é possível chegar ao custo com mão de obra direta de
cada produto.
Os produtos elaborados pela empresa se utilizam de diferentes setores para ficarem
prontos, ou seja, é utilizado o setor da padaria e da confeitaria, salvo as exceções das pizzas
montadas, onde a massa é fabricada na padaria e a montagem se dá na confeitaria.
Esta divisão entre setores é necessária, para a correta alocação dos custos conforme
diferentes situações, a começar pelos salários das confeiteiras e dos padeiros que influenciam
diretamente no custo com mão de obra direta de cada produto. Se fosse utilizado um custo
único de mão de obra direta, haveria distorção no custo real, pois, por haver mais funcionários
na confeitaria, este custo, é mais elevado em relação à padaria. Então, se um produto que é
fabricado somente na padaria e utilizando-se um único valor para se calcular a mão de obra,
esta ficaria com um valor mais alto, por ter sido somado os setores da padaria e confeitaria.
Para um bom gerenciamento de custos o gestor necessita de informações para poder
lidar com situações muitas vezes desagradáveis, e para suprir estas necessidades que é
apresentada como parte do sistema de custos, uma planilha contendo a apuração do custo pelo
método custeio por absorção. Nesta planilha, o gestor tem uma visão geral dos custos onde
pode buscar informações verificando qual índice representa o maior custo em cada produto,
ou seja, se na matéria prima, mão de obra direta, custos indiretos fixos, depreciação ou
embalagens.
Também foi apresentada no sistema de custos uma planilha contendo o custo mínimo.
Este método é conhecido como custeio variável, onde é deixado de alocar custos relativos à
depreciação e custos indiretos fixos. Esta informação de cunho gerencial serve para a empresa
quando vai realizar negociação de grande escala, ou oferecer descontos, ou ainda realizar
promoções.
No desenvolvimento do estudo, consta uma planilhas contendo informações sobre a
margem de contribuição unitária e total, o preço de venda orientativo calculado por meio do
mark-up, o ponto de equilíbrio e a margem de segurança operacional. Estas planilhas tem com
função fornecer dados que demonstram qualquer impacto no custo ou no preço de venda, o
que significa um aumento do volume necessário para cobrir os custos e no próprio resultado
apurado.
Com todos os dados apurados, foi apresentado ao gestor da empresa objeto deste
estudo Padaria Bom Gosto, um sistema completo de gestão de custos e formação de preços.
109

Este sistema pretende tornar a empresa mais competitiva, e ajudá-la a crescer. Fica clara a
satisfação que o empresário teve em conhecer todos esses dados, que com toda certeza não
estavam claros, de forma objetiva, em planinhas no seu controle gerencial.
110

CONCLUSÃO

Por detrás da boa técnica Contábil, existe uma profunda e ampla teoria que a justifica e
a fundamenta, constituindo-se em conhecimento contábil, estudado e praticado pelos
profissionais da contabilidade. É neste contexto que a contabilidade gerencial,
especificamente a contabilidade de custos, vem para ajudar o gestor a traçar estratégias para
competir num mercado cada vez mais acirrado, sendo este o tema principal deste estudo.

O objetivo geral desta pesquisa foi alcançado, com um sistema de gerenciamento de


custos implantado na Padaria Bom Gosto, onde o mesmo descreve as etapas de produção,
bem como faz a apuração do custo dos produtos e presta informações de cunho gerencial em
tempo real.

Com a atualização dos valores neste sistema, é possível traçar estratégias de venda
para se obter uma lucratividade ainda maior, como é o caso dos custos totais. Naquele ponto
do sistema o gestor saberá exatamente o que está implicando em maior valor no seu custo, ou
seja, em matéria prima, mão de obra, embalagens, depreciação ou custos fixos. Com isso ele
poderá traçar mudanças para corrigir possíveis valores que estão acima dos patamares para
determinado produto.

Ainda, no sistema podem ser avaliadas as margens de contribuição dos produtos, bem
como, se o preço de venda praticado pela empresa esta de acordo com o preço de venda
calculado para se obter um determinado índice de lucro. Há também informações sobre o
mínimo que a empresa deve produzir e vender para não ter prejuízo. E, através da apuração do
custo pelo custeio variável, que é uma informação para ser usado somente para o
gerenciamento, o gestor saberá até onde poderá baixar seu preço de venda para competir com
seus concorrentes.

E, por fim, com a análise da demonstração do resultado o gestor saberá quais os


produtos que estão dando lucro, quais estão dando prejuízo e onde deve se focar para corrigir
os erros apontados pelo sistema.

Portanto, ao concluir este trabalho posso dizer que objetivos propostos no estudo
foram plenamente contemplados, bem como a satisfação do empresário ao receber o sistema
111

proposto com as respectivas analises e interpretações, as quais foram fundamentais para ele
definir algumas estratégias de preços e negócios.

Na condição de concluinte do curso, posso dizer que tudo o que foi visto em sala de
aula durante o curso envolvendo essa temática, foram aplicados no estudo, de modo que pude
verificar na prática os ensinamentos de uma das mais promissoras áreas de atuação do
profissional Contábil, ou seja, a contabilidade de custos. Pois, é através dela que o gestor tem
as principais informações para o bom gerenciamento de sua empresa.
112

REFERÊNCIAS

BASSO, Irani Paulo. Contabilidade Geral Básica. 3.ed. Ijui: Editora Unijui, 2005.

BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: Teoria


e Prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2004.

BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e Formação de Preços. 5.ed. São
Paulo: Atlas, 2011.

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE – RS - Princípios Fundamentais de


Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade. 5 ed.Rev. e Atualizada, Porto
Alegre, 2006.

______ Contabilidade para Pequenas e Medias Empresas. 2ª ed. Porto Alegre: Evangraf
Gráfica e Editora, 2011:

CARTILHA DE DEPRECIAÇÃO 2010. Decont. disponível em http://www.dcont.eb.mil.br


acessado em 24/11/11.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1999.

LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. 3.ed.


São Paulo: Atlas, 2011.

LUCIO Jr., Norival. Planejamento Estratégico – Pequenas e Medias Empresas , 2011,


disponível em: << http://www.brandme.com.br >>, acessado 14/11/2011.
MOTA, António Gustavo da. Noções da Contabilidade de Custos. Contabilidade de Custos.
Cacoal, 2002. Disponível em http://www.uff.br/. Acesso em 29/08/2011.

SILVA, Edna Lucia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e


Elaboração de Dissertação, UFSC. Florianópolis, 2000.

SESCON. Regulamentação do Imposto de Renda. disponível em:


http://www.sescon-rs.com.br/legis/rir_04.html , acessado dia 24/11/2011.
WERNKE, Rodney. Analise de Custos e Preços de Venda: Ênfase em Aplicações e Casos
Nacionais. 1.ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.

______. Gestão de Custos: Uma Abordagem Prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Você também pode gostar