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FERNANDO NIEDERLE
TRÊS PASSOS - RS
2012
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FERNANDO NIEDERLE
TRÊS PASSOS - RS
2012
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Atalibio e Terezinha, aos meus irmãos
Juliano e Jeancarlo, a minha noiva Teoline, e a minha cunhada Cintia
e sobrinha Gabriela, que de uma maneira ou outra colaboraram para a
realização deste curso nesta universidade, e também neste Trabalho.
Muito Obrigado!!!
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Contabilidade de Custos como um Centro Processador de Dados .......................... 19
Figura 2 - Definições Básicas de Contabilidade de Custos ...................................................... 22
Figura 3 - Estrutura Básica do Critério do Custeio por Absorção ............................................ 28
Figura 4 - Lógica de Funcionamento do ABC ......................................................................... 31
Figura 5 - Simulação de Formação de Preço de Venda ............................................................ 36
Figura 6 - Tipos de Ponto de Equilíbrio ................................................................................... 38
Figura 7 - Fórmulas do Ponto de Equilíbrio Contábil .............................................................. 39
Figura 8 - Formula de Calculo do PEF ..................................................................................... 40
Figura 9 - Formula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Econômico ......................................... 41
Figura 10 - Fórmula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Mix................................................... 42
Figura 11 - Resultado Exemplo de Ponto de Equilíbrio Mix ................................................... 44
Figura 12 - Formula de Cálculo da Margem de Segurança Operacional ................................. 46
Figura 13 - Método das Quotas Constantes .............................................................................. 49
Figura 14 - Método das Unidades Produzidas .......................................................................... 50
Figura 15 - Método das Horas Trabalhadas ............................................................................. 51
Figura 16 - Fluxograma Padaria e Confeitaria ......................................................................... 53
Figura 17 - Gráfico Custos Totais – Pão Fatiado ..................................................................... 89
Figura 18 - Gráfico Custos Totais - Pão Bufê .......................................................................... 90
Figura 19 - Gráfico Custos Totais – Torta Creme de Café ....................................................... 90
Figura 20 - Gráficos Custos Totais – Pizza Presunto Grande .................................................. 91
Figura 21 - Gráfico Comparativo PV Orientativo e PV Praticado ........................................... 97
Figura 22 - Comparativo PE em unidades PV orientativo x PE em unidades PV Atual ....... 104
Figura 23 - MSO PV Orientativo x MSO PV Atual ............................................................... 107
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LISTA DE QUADROS
SUMARIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9
1.1 Contextualização Do Estudo .............................................................................................. 10
1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada .......................................................................... 10
1.1.2 Caracterização da Entidade ......................................................................................... 10
1.1.3 Problematização do Tema ........................................................................................... 11
1.1.4 Objetivos...................................................................................................................... 11
1.1.5 Justificativa .................................................................................................................. 12
1.1.6 Metodologia do trabalho.............................................................................................. 13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 17
2.1 Contabilidade .................................................................................................................. 17
2.1.1 Conceito de Contabilidade....................................................................................... 17
2.1.2 Finalidade da Contabilidade .................................................................................... 17
2.1.3 Aplicação da Contabilidade ..................................................................................... 18
2.2 Contabilidade de Custos ................................................................................................. 18
2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos ..................................................................... 19
2.2.1 Conceitos Utilizados em Custos .............................................................................. 20
2.3 Custos Com Mão De Obra ............................................................................................. 22
2.3.1 Mão de Obra Direta ................................................................................................. 23
2.3.2 Mão de obra Indireta................................................................................................ 23
2.4 Classificações Dos Custos .............................................................................................. 23
2.4.1 Custos Diretos ......................................................................................................... 24
2.4.2 Custos Indiretos ....................................................................................................... 24
2.4.3 Custos Fixos ............................................................................................................ 25
2.4.5 Custos Relevantes e Não Relevantes ....................................................................... 26
2.5 Métodos De Custeio ....................................................................................................... 27
2.5.1 Custeio por Absorção .............................................................................................. 27
2.5.2 Custeio Variável ...................................................................................................... 28
2.5.3 Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) ................................................ 30
2.6 Formação Do Preço De Venda ....................................................................................... 32
2.6.1 Formação do Mark-up ............................................................................................. 33
2.6.2 Estratégias de precificação ...................................................................................... 35
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INTRODUÇÃO
A Contabilidade de Custos faz parte da Ciência Contábil que se dedica ao estudo dos
gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, seja um produto, uma
mercadoria ou um serviço.
De acordo com Mota (2002, p.3):
A organização objeto deste estudo, Padaria Bom Gosto, iniciou suas atividades em
setembro de 2003 no município de Tenente Portela, no ramo de fabricação de pães, bolos e
equivalentes industrializados.
A empresa trabalha com 11 colaboradores, sendo um deles o proprietário e mais 10
contratados, além de serviço de contabilidade terceirizado, ainda, pelo seu faturamento
mensal e anual, a empresa está enquadrada no regime tributário Simples Nacional, de acordo
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1.1.4 Objetivos
Propor à empresa Padaria Bom Gosto um sistema eficaz de custos que subsidie a
formação de preços e análise dos resultados para qualificar e agilizar as decisões gerenciais.
1.1.5 Justificativa
Tendo em vista um mundo cada vez mais competitivo, onde a diferença de área de
atuação pode ser imprescindível para o sucesso profissional do formando em Ciências
Contábeis, este trabalho é de imenso valor teórico e prático, ainda é de extrema importância
para o gestor da empresa em questão.
Nesta microrregião, pouco ou quase nada se fala de custos, os gestores não estão
acostumados a fazer análise de seus custos fixos e variáveis, muitos não tem um sistema
apropriado de informações, acreditam que colocando certo valor percentual sobre o valor da
mercadoria que está na nota fiscal irá garantir o pagamento de seus custos e ainda obterá um
lucro para a empresa, quando na realidade o valor de venda do produto não paga nem mesmo
os impostos a ele incorrido.
Portanto o motivo principal para o desenvolvimento deste estudo é a conscientização
dos gestores sobre esse tema fundamental e de altíssima importância nas empresas que é a
gestão de custos.
Para a empresa, este estudo possibilitou uma análise da composição dos custos dos
seus produtos, dos preços praticados e dos resultados atualmente obtidos, além de
contribuições na formação de novos preços, de formas diferenciadas de precificação para
promoções especiais, entre outras análises de margens e resultados.
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Para o acadêmico, como concluinte do curso, este trabalho foi de imensa importância,
pois é neste momento, em que se confronta a teoria com a prática, sala de aula e campo de
atuação. É o momento de analisar e verificar como realmente funciona uma empresa fora dos
livros, podendo também servir como fonte de pesquisa para futuros acadêmicos, que venham
a se interessar por esta área do conhecimento.
Esta pesquisa foi classificada de acordo com sua natureza, dos seus objetivos, quanto a
sua forma de abordagem do problema, com seus procedimentos técnicos, seguidos da forma
como foram coletados os dados.
É possível classificar a pesquisa de acordo com sua natureza, ou seja, a pesquisa pode
ser de ordem aplicada ou básica. No caso desta pesquisa foi classificada como aplicada, pois a
mesma gerou “conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas
específicos, envolve verdades e interesses locais e tem inúmeras possibilidades de aplicação
nas ciências sociais” (SILVA e MENEZES, 2000, p.20).
De acordo com seus objetivos a pesquisa pode ser classificada como exploratória
descritiva ou explicativa. Este estudo se classifica como exploratório e descritivo.
Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento bibliográfico,
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado,
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Sob o ponto de vista dos procedimentos técnicos, conforme Gil (1999), a pesquisa se
classifica como Bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso.
Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na
internet.
Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de material que não recebeu
tratamento analítico, como relatórios de diretorias, balanços patrimoniais, atas de reuniões,
manuais de procedimentos, etc.
Levantamento: quando elaborada a partir da interrogação direta de pessoas cujo
comportamento se deseja conhecer.
Estudo de Caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objetos de maneira que se permitam o seu conhecimento profundo. Existem restrições à
generalização dos resultados.
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De acordo com Silva & Menezes (2000, p.33), “a definição do instrumento de coleta
de dados depende dos objetivos que se pretende alcançar com a realização da pesquisa e do
universo investigado”.
Portanto o presente estudo se apoiou na observação, sistemática, pois foi realizado em
condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos, é não participante, ou
seja, não houve participação do observador durante o processo de produção, individual, com a
coleta de dados realizada pelo observador, ainda, a pesquisa ocorreu em tempo real, sendo
registrados os dados à medida em que aconteciam.
No momento da entrevista, em que se buscaram informações do entrevistado sobre o
problema, a mesma ocorreu de forma não estruturada, onde não existe rigidez de roteiro,
assim foi possível explorar mais amplamente algumas questões.
Para Beuren (2004, p.136), “analisar dados significa trabalhar com todo o material
obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as
transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis”.
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Com a devida coleta de dados realizada, é chegada a hora de interpretar estes dados
para se chegar à solução do problema exposto. Neste momento é demonstrado o resultado de
toda a pesquisa, onde por meio de gráficos e planilhas ocorre a interpretação e cálculo dos
respectivos dados e por fim, apresenta-se um relatório expondo os resultados.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capitulo aborda-se uma revisão geral pertinente a literatura sobre o tema deste
estudo, ou seja, a Contabilidade de Custos, por meio de livros, artigos e material
disponibilizado na internet é apresentado uma serie de conceitos dos mais variados campos de
atuação desta área.
Para Silva e Menezes (2000, p.37):
2.1 Contabilidade
Portanto a contabilidade pode ser aplicada nos mais diversos setores da empresa, bem
como em todas as empresas, de pequeno, médio e grande porte.
A contabilidade de custos nos dias de hoje representa cada vez mais um fator de
extrema importância para o sucesso da empresa, pois é através dela que o empresário tem o
controle do quanto seu produto ou serviço custa, o auxiliando na formação de preços e na
tomada de decisão para estratégias de vendas de modo a aumentar o lucro do
empreendimento.
De acordo com Bruni e Famá (2011, p.22),
A contabilidade de custos pode ser definida como o processo ordenado de usar os
princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio.
Dessa forma com informações coletadas das operações e das vendas, a
administração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os
custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os
produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas
funções do negocio, objetivando alcançar uma operação racional eficiente e
lucrativa.
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Ainda para Leone (2011, p.21), a contabilidade de custos “é uma atividade que se
assemelha a um centro processador de informações que recebe ou obtém dados, acumulando-
os de forma organizada, analisando-os e interpretando-os, produzindo informações de custo
para os diversos níveis gerenciais”.
A figura 01 demonstra a contabilidade de custos agindo como um centro processador
de informações:
Dentro da contabilidade de custos são usados alguns termos, e para uma eficiente
gestão de custos é necessária à compreensão de conceitos relacionados a esta literatura. Para
tanto, serão apresentados a seguir conceitos de gastos, investimentos, despesas, perdas, custo
e desperdício.
2.2.1.1 Gastos
De acordo com Leone (2011, p.52), “gasto é o sacrifício financeiro que a entidade arca
para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega
ou promessa de entrega de ativos”.
Ainda de acordo com Wernke (2008, p.11):
Gasto é um termo usado para definir as transações financeiras nas quais a empresa
utiliza recursos ou assume uma divida, em troca da obtenção de algum bem ou
serviço. É um conceito abrangente e pode englobar os demais itens. Por exemplo:
um gasto pode ser relacionado a algum investimento, neste caso sendo contabilizado
no ativo da empresa, ou alguma forma de consumo, como custo ou despesa, quando
será registrado em conta de resultado.
2.2.1.2 Investimentos
Já Bruni e Famá (2011, p.23) relatam que “os investimentos representam gastos
ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Ficam
temporariamente congelados no ativo da entidade, e posteriormente de forma gradual, são
descongelados e incorporados aos custos e despesas”.
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2.2.1.3 Despesas
2.2.1.4 Perdas
As perdas devem ser evitadas a todo custo, pois se deve tentar maximizar a produção
para gerar mais lucros com o mínimo de serviços consumidos de forma anormal.
2.2.1.5 Custos
De acordo com Bruni e Famá (2011, p.23) “os custos representam os gastos relativos a
bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Portanto, estão associados
aos produtos ou serviços produzidos pela entidade”.
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Já para Eliseu Martins (apud, Leone 2011, p.52) “custo é um gasto relativo a bem ou
serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”, e acrescenta que o custo é também
um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo no momento da utilização dos
fatores de produção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço.
2.2.1.6 Desperdícios
Custo com mão de obra direta está relacionado ao tempo que os colaboradores da
empresa necessitam para a produção direta do produto ou serviço.
Embora a mão de obra direta seja tratada como variável já que esta associada aos
volumes produzidos, no Brasil, em função das restrições legais, os salários e
encargos devem ser considerados como fixos. A eventual diferença entre o gasto
total com mão de obra direta, alocada ao produto, representa a ociosidade ou perda
do trabalho pago, porém não utilizado, podendo ser agrupado genericamente na
categoria de mão de obra indireta.
Também, os custos com mão de obra indireta, são aqueles que não podem ser alocados
diretamente ao produto ou serviço, por se tratarem de departamentos auxiliares existentes na
empresa, um exemplo seria o custo do salário de supervisores e controle de qualidade.
Os custos diretos são aqueles que podem ser facilmente ligados ao produto ou serviço,
de acordo com Wernke (2008, p.13):
Ainda de acordo com Bruni e Famá (2011, p.29): “custos diretos são aqueles
diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados na
fabricação do produto e mão de obra direta. Apresentam a propriedade de serem
perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva”.
De acordo com Leone (2011, p.59), “custos indiretos são todos os outros custos que
dependam do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para o débito as obras”.
Os custos indiretos são aqueles que dependem de taxas de rateio para sua mensuração
ao produto, onde de acordo com Bruni e Famá (2011, p.29): “custos indiretos necessitam de
aproximações, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos produtos. Exemplo:
seguro de aluguéis de fabrica, supervisão de linhas de produção”.
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Custos indiretos são os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou
objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam
atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, serão mediante critérios de
rateio. No caso industrial, são os custos que ocorrem dentro do processo de
produção, mas para serem apropriados aos produtos requerem o uso de rateios (são
artifícios usados para distribuir os custos que não se consegue determinar com
objetividade e segurança a quais produtos se referem). São os gastos que a empresa
tem para exercer suas atividades, mas que não tem relação direta com um produto ou
serviço especifico, pois relacionam-se com vários produtos ao mesmo tempo.
Exemplo: o aluguel da fabrica em que são produzidos diversos produtos em
conjunto. Para atribuir uma parcela do custo com aluguel fabril aos produtos é
necessário ratear por um critério especifico.
Custos fixos são aqueles gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de
atividades operacionais, independentemente do volume de produção. São custos que
tem seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, ou seja, sem
vinculo com o aumento ou diminuição da produção. Assim, esses custos
permanecem no mesmo valor independentemente da quantidade produzida.
Relacionam-se com a capacidade instalada que a empresa possui e seu valor
independe do volume de produção, existindo independentemente de a empresa estar
produzindo ou parada. Exemplo: se produzir uma unidade ou 200 unidades, o valor
do aluguel do galpão industrial terá o mesmo valor.
Custos fixos são aqueles que independem da produção, mas com critérios de rateio são
alocados aos produtos, segundo Bruni e Famá (2011, p.30), “são custos que em determinado
período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de
atividade da empresa”.
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Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a produção do produto ou
com a prestação de serviço, onde de acordo com Bruni e Famá (2011, p.30):
Nos custos variáveis, seu valor altera-se diretamente em função das atividades da
empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Exemplos
óbvios de custos variáveis podem ser expressos por meio dos gastos com matéria
prima e embalagens. Quanto maior a produção, maior o consumo de ambos. Assim
como os custos fixos, os custos variáveis possuem uma interessante característica:
são genericamente tratados como fixos em sua forma unitária.
Custo variável é a soma dos fatores variáveis de produção. Custos que mudam de
acordo com a produção ou a quantidade de trabalho, exemplos incluem o custo de materiais,
suprimentos e salários da equipe de trabalho.
Ainda, Segundo Wernke (2008, p.14):
De acordo com Wernke (2008, p.13), “custos relevantes são aqueles que se alteram
dependendo da decisão tomada e custos não relevantes são os que independem da decisão
tomada”. Assim, os custos realmente importantes como subsidio a tomada de decisão são os
relevantes; os outros não necessitam ser considerados. Essa classificação é feita considerando-
se uma única decisão a ser tomada, sendo valida apenas para aquela decisão.
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O custeio por absorção é o método mais utilizado atualmente quando se deseja atribuir
um valor de custos ao produto atribuindo-lhe também uma parte dos custos indiretos, esse
método consiste basicamente na apropriação de todos os custos de produção ao produto.
O custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os
custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou
indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do
critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que
cada produto ou produção, ou serviço, absorva parcela dos custos diretos e indiretos,
relacionados a fabricação.
Atende a legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o uso do
sistema de custos integrado a Contabilidade;
Permite a apuração do custo por centro de custos, visto que a aplicação exige a
organização contábil nesse sentido; tal recurso, quando os custos forem alocados
aos departamentos de forma adequada, possibilita o acompanhamento do
desempenho de cada área;
Ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo total de
cada produto.
O custeio direto, ou custeio variável, é um tipo de custeio que considera como custo de
produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Desse modo, o custo dos produtos
vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão
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custos variáveis. Os métodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificação
específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis.
Este método considera apenas os custos variáveis prevê uma apropriação de caráter
gerencial, considerando apenas os custos variáveis como matéria-prima, mão de
obra direta, serviços de terceiros aplicados ao produto, tributos sobre vendas,
comissões de vendas, etc. os demais gastos são transferidos para a apuração do
resultado como despesas, sem serem apropriados aos produtos fabricados. Wernke
(2008, p. 29)
De acordo com Bruni e Famá (2011), embora questionável segundo o ponto de vista
dos princípios e normas contábeis, o custeio variável assume grande importância na análise de
decisões relativas a custos e preços. No método do custeio variável, apenas gastos variáveis
são considerados no processo de formação dos custos dos produtos individuais. Custos ou
despesas indiretas são lançados de forma global contra os resultados.
Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são
consideradas como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente
contra o resultado do período.
De acordo com Wernke (2010), os defensores desta forma de custeamento entendem
que os gastos variáveis devem ser priorizados em detrimento daqueles que tem
comportamento fixo, especialmente pelos seguintes argumentos, de acordo com Wernke
(2008, p.21):
Os gastos fixos são utilizados basicamente para manter instalada a estrutura
produtiva da empresa;
Para que o montante dos gastos fixos seja alocado aos produtos há a necessidade
de se recorrer a critérios de rateio, ocorrendo a possibilidade de se super custear
alguns produtos;
Pela característica de manter o mesmo valor independentemente do volume
fabricado no período, caso seja rateado aos produtos, o valor do gasto fixo por
unidade estará vinculado a menor ou a maior produção.
Algumas das vantagens e desvantagens de acordo com Wernke (2010, p. 90), deste
método de custeio serão:
Não é aceito pela legislação tributaria para fins de avaliação de estoque; Não
envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o calculo: por
avaliar o produto ou serviço apenas pelos gastos que lhe são atribuíveis
facilmente, não requer cálculos complexos.
Exige uma estrutura de classificação rigorosa entre os gastos de natureza fixa e
os de natureza variável: em alguns casos, tal divisão nem sempre é fácil de ser
obtida, uma vez que alguns custos têm comportamento de custos semifixos ou de
custos semi-variaveis;
Com a crescente elevação do valor dos gastos verificada nos últimos anos não
diretamente relacionados com a fabricação dos produtos individualmente, não
considerados neste método, a analise de desempenho pode ser prejudicado e deve
merecer considerações com maior rigor por parte dos gestores, Wernke (2010, p.
90)
30
Pelo fato do método de custeio variável não ser aceito pela legislação tributaria, o
mesmo serve única e exclusivamente para fins gerenciais.
Exposição da informação ao usuário: tende a ser bem recebido pelos usuários por
ser um método que se baseia nas atividades e exibe o vinculo destas com seus
resultados;
Utilização da relação de origem dos custos como ferramenta de gestão;
Estimativa de cada atividade em termos de objetivos da organização;
Inclusão da totalidade dos custos nos produtos, por meio das atividades.
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De acordo com Wernke (2008, p. 23), “cabe salientar que as criticas de Catelli e
Kingcott não dizem respeito apenas ao custeio baseado em atividades, mas para qualquer
sistema que utilize como premissa o rateio dos custos fixos aos produtos”.
Ainda, Buni e Famá (2011, p.265) dizem que “um dos mais importantes aspectos
financeiros de qualquer entidade consiste na fixação dos preços dos produtos e serviços
comercializados”.
Em relação ao processo de formação de preços, de acordo com Buni e Famá (2011,
p.265), alguns dos principais objetivos podem ser apresentados como:
A empresa que tem estrutura operacional mais enxuta, certamente conseguirá colocar
uma mercadoria a um preço mais competitivo, talvez, bem abaixo do preço de mercado. Isso é
semelhante à concorrência entre um ambulante e um magazine. Por que o ambulante
consegue precificar abaixo do preço do magazine sendo a mesma mercadoria? Porque o
ambulante não tem estrutura operacional e o magazine possui uma estrutura de gastos que tem
custos tributários, financeiros, comissões, salários, telefone, aluguel, energia elétrica, dentre
tantos outros. Este tipo de concorrência está presente entre as várias empresas que compõem
um mesmo segmento de mercado. Este conjunto de gastos pesa na hora da precificação e
certamente deverá ser cuidadosamente inserido no preço de venda.
Para se obter o mark-up divisor é necessário que seja observado as seguintes fases:
Ponto de equilíbrio é a denominação dada ao estudo, nas empresas, onde o total das
receitas é igual ao total das despesas. Neste ponto o resultado, ou lucro final, é igual a zero.
De acordo com Wernke (2010, p.119), “o ponto de equilíbrio pode ser conceituado
como o nível de vendas, em unidades físicas ou em valor, no qual a empresa opera sem lucro
ou prejuízo”.
O ponto de equilíbrio se configura como uma informação básica para o crescimento da
empresa, pois é onde se identifica o quanto a empresa tem que vender para cobrir seus custos
e despesas.
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O ponto de equilíbrio pode ser estudado das seguintes formas conforme a figura a
seguir:
De acordo com Bruni e Famá (2011, p.200) “a analise dos gastos variáveis e fixos
torna possível obter o ponto de equilíbrio contábil da empresa: representação do volume (em
unidades ou moeda corrente) de vendas necessário para cobrir todos os custos e no qual o
lucro é nulo”.
Para Wernke (2010, p.120) “o ponto de equilíbrio contábil em unidades informa a
quantidade de produtos que deve ser vendida para que o resultado do período seja nulo” ainda
seguindo essa mesma lógica acrescenta que “o ponto de equilíbrio contábil em valor permite
calcular o valor mínimo de vendas que a empresa deve conseguir para que a empresa não
tenha lucro nem prejuízo”.
Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.121), podemos supor que o total de custos
fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00
por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00. Neste caso o ponto de
equilíbrio em unidades é de 100 peças, sendo calculado por:
[R$ 8.000,00/( R$ 200,00 - R$ 120,00)] = [R$ 8.000/ R$ 80,00] = 100 unidades
Seguindo essa mesma logica, tem-se que a margem de contribuição percentual é de
40% [(R$ 80,00/ R$ 120,00)x100]. Assim, o ponto de equilíbrio contábil em valor será de R$
20.000,00 pois [R$ 8.000/0,40].
Sendo assim, o ponto de equilíbrio contábil tanto em valor quanto em unidades tem
por objetivo nos mostrar o quanto a empresa deve vender para cobrir seus custos, esse é o
limite da empresa, se vender abaixo tem-se prejuízo e se vender acima tem-se lucro.
Quando uma empresa deseja saber o volume de vendas (em unidades ou em moeda
corrente) que é suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos
(exceto depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período,
como empréstimos e financiamentos bancários, aquisições de bens, etc, pode-se
recorrer ao calculo do ponto de equilíbrio financeiro.
A principal diferença do cálculo do PEC para o PEF é que neste não são consideradas
as depreciações, na figura abaixo é demonstrada a fórmula de calculo do PEF:
Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.122), podemos supor que o total de custos
fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00
por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00 e suas depreciações
correspondem a R$ 2.000,00 e ainda que a empresa neste mês pretende quitar a parcela de um
financiamento no valor de R$ 1.200. Nessa situação o PEF é calculado conforme:
PEF = [R$ 8.000,00 – R$ 2.000,00 + R$ 1.200,00/( R$ 200,00 - R$ 120,00)]
PEF = [R$ 7.200,00/R$ 80,00]
PEF = 90 unidades
Portanto no ponto de equilíbrio financeiro o valor das depreciações, por não
representarem desembolso para a empresa, são excluídos do cálculo, neste caso, só é
consideradas os custos e as despesas desembolsáveis, em confrontação com a receita total.
41
O ponto de equilíbrio Econômico é a quantidade que iguala a receita total com a soma
dos custos e despesas acrescidas de uma remuneração mínima sobre o capital investido pela
empresa.
De acordo Wernke (2008, p.53):
O ponto de equilíbrio econômico distingue-se dos demais por incluir em sua fórmula a
variável Lucro Desejado, conforme é demonstrado na formula a seguir:
Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.123), podemos supor que o total de custos
fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00
por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00. Esta empresa pretende
uma remuneração de 20% de seu capital investido no negocio (R$ 200.000,00), quantas
unidades devem ser vendidas para atingir o lucro desejado de R$ 40.000,00. Nessa situação o
PEE é calculado conforme:
PEE = [(R$ 8.000,00+R$ 40.000,00)/( R$ 200,00 - R$ 120,00)]
PEE = [R$ 48.000,00/R$ 80,00]
42
Uma grande dificuldade nas empresas comerciais que trabalham com vários produtos
é a obtenção do ponto de equilíbrio, de acordo com Wernke (2010, p.124):
Para encontrar o ponto de equilíbrio em unidades (mix) são necessárias duas etapas:
Primeiro é necessário determinar o ponto de equilíbrio total utilizando a fórmula do
PE Mix, conforme o cálculo a seguir:
PE unid. (mix) = [custos fixos/(MC total/Quant. total)]
PE unid. (mix) = [R$ 4.000,00/(R$ 3.400/5.000)]
PE unid. (mix) = [R$ 4.000,00/(0,68000)]
PE unid. (mix) = 5.882,35
Após encontrar o número total de unidades calcula-se quanto desse total refere-se aos
produtos individualmente, considerando os percentuais do volume total vendido. Conforme
expresso na base de dados, do total de litros vendidos no mês a gasolina representou 30%, o
diesel 60% e o álcool apenas 10%. Então o ponto de equilíbrio em unidades (mix) calculado é
composto de acordo com a figura 11:
44
Para ser calculado em valores, basta multiplicar o ponto de equilíbrio mix em unidades
de cada produto pelo seu respectivo preço de venda, conforme é apresentado no quadro a
seguir:
Por outro lado o ponto de equilíbrio possui algumas limitações que devem ser levadas
em conta, limitações essas que serão listadas a seguir:
Sendo assim, o ponto de equilíbrio possui limitações que devem ser consideradas
pelos gestores, em face do tipo de atividade e do horizonte de tempo da tomada de decisão na
qual será empregado.
46
Com base na fórmula, é possível por meio de exemplo uma melhor compreensão da
margem de segurança operacional, para tanto vamos considerar os seguintes dados,
Quantidade Vendida de 10 unidades por mês; Custos e despesas variáveis de $ 2.000,00 por
unidade; Custos e despesas fixas de R$ 12.000,00 por mês; Preço de Venda de R$ 4.000,00
por unidade. Primeiramente vamos calcular o ponto de equilíbrio em quantidades:
Nesse caso as vendas poderão ser reduzidas em até 4 unidades ou 40%, que a empresa
não entrará na área de prejuízo.
47
Em uma situação em que o Ponto de Equilíbrio fique muito próximo das vendas totais,
teremos uma Margem de Segurança muito frágil, pois qualquer redução de atividades coloca a
empresa em situação de lucro nulo ou em área de prejuízo.
2.10 Depreciação
Alguns termos são de suma importância para se entender a depreciação como um todo,
é nesse sentido que foi apresentado aqui uma série de termos utilizados em depreciações,
conforme a Cartilha de Depreciação (2010, p.4-5):
A entidade deve escolher o método de depreciação que reflita o padrão pelo qual se
espera consumir os benefícios econômicos futuros do ativo. Os possíveis métodos de
depreciação incluem o método em linha reta, o método dos saldos decrescentes e
método baseado no uso, tal como o método das unidades produzidas.
Este método de depreciação é o mais utilizado, por sua simplicidade e aceitação por
parte do fisco.
O método das quotas constantes (ou linha reta) considera, segundo Basso (2005,
p.229), “que o bem tem um desgaste constante – mês a mês, ano a ano – dentro da vida útil
estimada, o que pode ser representado pela fórmula a seguir”:
Portanto do valor da máquina, será depreciado 10% por ano, porém, assim como no
método anterior de depreciação, o lançamento real da depreciação por unidade de produção é
executado pela execução de lançamento de depreciação periódica, sendo assim basta dividir o
resultado por 12.
Como exemplo pode-se citar uma máquina que custou R$ 30.000,00 que tem sua vida
útil estimada de 1.000 horas, e que esta máquina trabalha 100 horas por ano, ao aplicarmos a
fórmula teremos:
Taxa de depreciação anual = 1.000/100
Taxa de depreciação anual = 10%
Depreciação anual = R$ 30.000,00 x 10%
Depreciação anual = R$ 3.000,00
52
Neste quadro foi descrito todos os produtos que foram objeto de estudo, bem como a
quantidade vendida mensalmente, tendo em vista que houve um acompanhamento minucioso
do processo de produção e venda.
Nota-se que alguns produtos não contem a demanda mensal, isto se da ao fato de que
estes produtos são na realidade subprodutos, e não são vendidos separadamente.
55
Conforme o quadro 7, o montante que deve ser alocado mensalmente aos produtos
produzidos na padaria é de R$ 228,00 e há um tempo disponível de produção de 352 horas
por mês, portando o custo do minuto é de R$ 0,011.
Este quadro mostra as despesas mensais com vendas, baseada em uma média de um
ano. Considerando um faturamento médio mensal de R$ 55.000,00 as despesas com vendas
representaram 9,17% o que nos dá uma segurança, porque esse indice é considerado baixo em
relação ao padrão desse tipo de negócio, que fica com uma despesa em média de 15% ao mês.
Nos quadros que se refere a MOD, foram expostos os custos com mão de obra direta
nos setores da padaria e confeitaria, nota-se que para compor o custo com mão de obra, não
basta apenas somar os salários dos colaboradores, é preciso somar todos os custos a ele
referidos e que geralmente não aparecem na folha de pagamento, como as provisões para
férias, provisão para 13º salário, além de uma previsão de um percentual de 7% relativo a um
possível processo rescisório, com multa indenizatória, e o FGTS, na razão de 8% já a
contribuição para o instituto nacional de previdência social – INSS, não foi computada em
razão de a empresa ser optante do Simples Nacional.
Após todo levantamento de dados em relação à mão de obra direta, chegou-se ao
resultado que realmente importa para o estudo dos custos dos produtos, ou seja, tendo em
mãos o tempo que os colaboradores trabalham, é possível através de cálculos chegar ao custo
do minuto em cada setor, onde, este é de suma importância para os cálculos vindouros.
Nota-se, portanto, que o custo do minuto no setor da padaria é de R$ 0,15 e o custo do
minuto no setor da confeitaria é de R$ 0,11.
62
Neste caso é utilizada uma receita para a fabricação de dois produtos semanalmente,
que são as massas de pizza, pizza pequena e pizza grande, o total da receita em quilogramas é
de 21,25Kg o que representa um custo com matéria prima de R$ 26,22 com isso em mente é
possível fazer a relação do custo por quilograma, que neste caso resultou em R$ 1,23 por Kg.
São fabricadas 100 unidades de massa de pizza pequena de 100g o que equivale a
10Kg de massa pronta, esta quantia de massa tem um valor total de R$ 12,34 sendo R$ 0,12 o
63
custo por unidade, por outro lado temos as massas de pizza grande, destas são fabricados 50
unidades de 225g o que equivale a 11,25Kg portanto um custo total de R$ 13,88 e um custo
unitário de R$ 0,28.
A seguir é demonstrado o custo com MOD, para as massas de pizza pequena o tempo
gasto é de 40 minutos, o que tem um custo de R$ 6,09 para a produção das 100 unidades, o
que significa um custo unitário de R$ 0,06 enquanto que para as massas de pizza grande o
tempo estimado de produção das 50 unidades é de 21 minutos, o que tem um custo de R$3,20
sendo que o custo unitário é de R$ 0,06.
Os produtos massa de pizza pequena e grande além de serem vendidas também fazem
parte do produto final pizza montada, neste caso as massas de pizza serão alocadas como um
subproduto.
Quadro 15 - MP e MOD Pão Francês
Pão Cacetinho (pão francês)
Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total
Farinha Mix Kg 43 R$1,12 R$48,16
Fermento Kg 0,5 R$0,80 R$0,40
Água L 25 R$0,02 R$0,50
Reforçador Kg 0,1 R$2,20 R$0,22
Total Receita R$49,28
Rendimento Unid. 960
Custo por unidade R$0,05
Custo com MOD
Setores Tempo Custo Min. Custo total
Cilindro 9 0,1522 R$1,37
Cortar/Modelar 27 0,1522 R$4,11
Batedeira 22 0,1522 R$3,35
Embalar 13 0,1522 R$1,98
Total 71 R$10,81
Rendimento Unid. 960
Custo por unidade R$0,01
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
Na receita do pão francês o custo com matéria-prima é de R$ 49,28 o que rende 960
unidades de pães diariamente sendo que o custo unitário é de R$ 0,05 por outro lado, esta
receita leva em torno de 71 minutos para ficar pronta, entre cilindrar, cortar bater e embalar,
sendo que o custo total com MOD é de R$10,81 por receita e o custo unitário fica em R$
0,01.
64
Quadro 16 - Custo MP - Pão de Xis – Pão Fatiado – Pão de Cachorro Quente – Pão Sovado
Pão de Pão de Pão Cachorro Cachorro Pão
Massa Xis Xis Fatiado Quente Quente Sovado Custo Total
Ingredientes Unid Quantid 230g 150g 630g 80g 50g 600g
Farinha kg 50 R$1,12 R$56,00
Fermento Kg 0,5 R$9,44 R$4,72
Açúcar Kg 6 R$2,20 R$13,20
Água l 22 R$0,02 R$0,44
Óleo l 1 R$2,68 R$2,68
Reforçador kg 0,3 R$3,95 R$1,19
Total Receita kg 84,44 23,00 9,00 25,2 15,04 5 7,2 R$78,23
Custo do Kg R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93
Custo Total por Produto R$21,31 R$8,34 R$23,35 R$13,93 R$4,63 R$6,67
Rendimento em Unidade 100 60 40 188 100 12
Observando o quadro 17, verificou-se que o tempo total gasto para a produção do pão
de xis grande é de 31 minutos, o que equivale a um custo total com MOD de R$ 4,72 e um
custo unitário com MOD de R$ 0,05 por outro lado temos que para a fabricação do pão de xis
pequeno é necessário um tempo de 15 minutos, a um custo total de R$ 2,28 e um custo
unitário com MOD de R$ 0,04.
Ainda com relação ao quadro 16, nota-se que o produto pão fatiado, necessita de
25,2Kg de massa pronta para render 40 unidades diariamente, isto representa um custo total
com matéria prima de R$ 23,35. A seguir no quadro 18 será apresentado o custo com MOD
para o produto pão fatiado.
Quadro 18 - MOD Pão Fatiado
Custo com MOD Pão Fatiado 630g
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Fatiar 23 R$0,1522 R$3,50
Embalar 10 R$0,1522 R$1,52
Cilindro 3 R$0,1522 R$0,46
Cortar Pesar Massa 9 R$0,1522 R$1,37
Total 45 R$6,85
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$ 0,17
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
De acordo com o quadro 18 pode-se verificar que o produto pão fatiado leva em média
45 minutos para ficar pronto, isto significa um custo total com MOD de R$ 6,85 e um custo
unitário de R$ 0,17.
Dando sequência a analise, os próximos produtos a serem analisados foram os pães de
cachorro quente médio e pequeno.
Para este produto de acordo com os dados coletados é necessário cerca de 15,04Kg de
massa pronta para a produção do pão de cachorro quente médio, o que rende 188 unidades de
80g diariamente a um custo total de R$ 13,93 e um custo unitário de R$ 0,07 já o produto pão
de cachorro quente pequeno utiliza cerca de 5Kg de massa pronta o que nos da um custo total
com matéria prima de R$ 4,63 e um custo unitário de R$ 0,05.
A seguir será apresentado o quadro 19 com informações sobre a mão de obra direta
relativa aos produtos pães de cachorro quente médio e pequeno.
66
De acordo com o quadro 19, nota-se que o tempo total para a fabricação do pão de
cachorro quente médio é de 30 minutos, o que significa um custo total com MOD de R$ 4,57
e um custo unitário de R$ 0,03 já o pão de cachorro quente pequeno leva em torno de 25
minutos para ficar pronto, o que equivale a um custo total com MOD de R$ 3,80 e um custo
unitário de R$ 0,04.
Na sequencia será apresentado o custo com matéria prima do ultimo produto do
quadro 16, ou seja, o pão sovado, este produto requer 7,2Kg de massa pronta, o que revela um
custo com matéria prima de R$ 6,67 e rende 12 unidades diariamente a um custo unitário de
R$ 0,56.
O quadro 20 traz informações pertinentes ao custo com mão de obra do produto pão
sovado.
Nota-se, portanto que dos produtos apresentados no quadro 16, o que representa o
maior valor com matérias primas é o produto Pão Fatiado, este produto igualmente é o que
mais necessita de tempo para ficar pronto.
A seguir consta o quadro 21 ao que se refere aos subprodutos recheio e cobertura de
cuca, estes produtos fazem parte do produto final cuca que está representado no quadro 23.
De acordo com o quadro 22 pode-se notar que o tempo total para a fabricação do
subproduto recheio de cuca é de 15 minutos o que equivale a um custo total com MOD de R$
2,28 sendo de R$ 0,06 o custo unitário, bem como no subproduto cobertura de cuca, este, leva
em torno de 10 minutos para ficar pronto, o que significa um custo com MOD de R$ 1,52
sendo o custo unitário de R$ 0,04.
Quadro 23 - MP e MOD Cuca
Cuca
Ingredientes Unid. Medida Quant Custo Total
Farinha kg 15 R$1,12 R$16,80
Açúcar Kg 3 R$2,20 R$6,60
Leite l 3 R$1,53 R$4,59
Água l 1,5 R$0,02 R$0,03
Ovo um 20 R$0,20 R$4,00
Óleo l 0,5 R$2,68 R$1,34
Recheio de Cuca Kg 0,3 R$2,22 R$0,67
Cobertura Kg 0,1 R$0,29 R$0,03
Canela kg 0,15 R$13,60 R$2,04
Total Receita R$ 36,10
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$ 0,90
Custo com MOD Cuca
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Cilindro 20 R$0,1522 R$3,04
Cortar pedaços e pesar 13 R$0,1522 R$1,98
Modelar 17 R$0,1522 R$2,59
Batedeira 20 R$0,1522 R$3,04
Embalar 12 R$0,1522 R$1,83
Total 82 R$ 12,48
Rendimento Unid. 40
Custo por unidade R$ 0,31
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
69
De acordo com o quadro 24, foram elencados os custos com matéria prima e mão de
obra direta, pode-se notar que o custo total com MP é de R$ 32,40 o que rende 300 unidades
diárias, isto representa um custo unitário de R$ 0,11. Ainda de acordo com o quadro, pode-se
verificar que para esta receita ficar pronta, leva em torno de 64 minutos, o que representa um
custo total com MOD de R$ 9,74 bem com um custo unitário de R$ 0,03.
70
De acordo com o quadro 25, nota-se que o custo total de matéria prima para a
fabricação do produto bolacha de manteiga é de R$ 33,13 sendo produzidas 750 unidades
semanalmente, a um custo unitário de R$ 0,04. Já o tempo necessário para a produção desta
receita é de aproximadamente 50 minutos, o que representa um custo total com MOD de R$
7,61 e um custo por unidade de R$ 0,01.
3.6.2 Custo com Matéria Prima e Mão de Obra Direta Setor Confeitaria
De acordo com o quadro 27, o produto cuquinha utiliza um total de R$ 2,84 com
matéria prima, sendo que o custo unitário é de R$ 0,71 este produto leva em torno de 1,63
minutos para cortar, pesar e modelar, e posteriormente é levado ao forno, este produto tem um
custo com MOD de R$ 0,19 e um custo unitário de R$ 0,05.
De acordo com o quadro 28 nota-se que esta receita tem um custo total com MP de R$
1,86 sendo o custo unitário de R$ 0,47 este produto leva em torno de 1,05 minutos para ficar
pronto, o que representa um custo com MOD de R$ 0,12 e um custo unitário de R$ 0,03.
73
No quadro 29 fica evidenciado que o produto assado tem um custo total com matéria
prima de R$ 5,88 e um custo unitário de R$ 0,98, por outro lado este produto leva em torno de
2,62 minutos para ser cortado, pesado e modelado, isto representa um custo total de R$ 0,30
com MOD.
O produto Recheio Bom é um subproduto das tortas, e seu valor vai ser agregado a
estes usando-se o seu custo total pelo método custeio por absorção, nota-se que este rende
9,6Kg de recheio.
O tempo necessário para a fabricação deste subproduto é de aproximadamente 25
minutos, o que representa um custo total com MOD de R$ 2,85 e um custo unitário de R$
0,30 também, este subproduto requer um total de R$ 38,00 com matéria prima, para a
produção de 9,6Kg o que representa um custo unitário por quilograma de R$ 3,96.
Para a montagem de uma unidade de torta de creme de café que pesa 3,34Kg é
necessário um tempo estimado de 20 minutos, sendo que o custo unitário com MOD é de R$
0,60 ainda há um custo necessário para sua montagem de R$ 25,06 com matéria prima.
Nota-se que tanto para a torta de bombom quanto para a torta de creme de café são
utilizados subprodutos que são fabricados na própria confeitaria, foi alocado o custo destes
produtos conforme apurado no quadro 51 onde são demonstrados os custos totais conforme
custeio por absorção.
Quadro 38 - MP e MOD – Pastelzinho
Pastelzinho (congeldao)
Unidade
Ingredientes Medida Quantidade Custo Total
Farinha Kg 5,5 R$1,12 R$6,16
Gema Um 30 R$0,20 R$6,00
Leite l 1 R$1,53 R$1,53
Sal Kg 0,095 R$0,80 R$0,08
Açúcar Kg 0,07 R$2,20 R$0,15
Óleo l 0,1 R$2,68 R$0,27
Vinagre l 0,1 R$1,57 R$0,16
Carne de Gado Kg 4,05 R$6,00 R$24,30
Polvilho Kg 0,2 R$2,54 R$0,51
Total Receita R$ 39,15
Rendimento Unid. 405
Custo por unidade R$ 0,10
Custo com MOD
Setores Tempo Custo minuto Custo total
Batedeira Bolacha 15 R$0,1142 R$1,71
Cilindro 15 R$0,1142 R$1,71
Corte moldar 12 R$0,1142 R$1,37
Total Receita 42 R$ 4,80
Rendimento Unid. 405
Custo por unidade R$ 0,01
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
Do produto pastelzinho são fabricados 405 unidades diariamente, que são congeladas e
distribuídas posteriormente, para a fabricação deste produto é necessário um tempo estimado
de 42 minutos, o que significa um custo total com MOD de R$ 4,08 e consequentemente um
custo unitário de R$ 0,01 ainda com relação à matéria prima, este produto apresenta um custo
total de R$ 39,15 e um custo por unidade de R$ 0,10.
A seguir constam os custos relativos às pizzas montadas, nestas pizzas foi alocado o
custo total da massa de pizza, que neste caso se tornou em um subproduto.
79
No quadro 49 foi elencado o tempo total que é gasto na produção e o tempo unitário e
logo após encontra-se o custo indireto fixo, calculado anteriormente, conforme consta no
quadro 10, estes dados são relevantes para se chegar ao rateio do custo indireto fixo alocado
86
aos produtos de forma unitária e o custo fixo total do produto, para posteriormente ser
efetuado o cálculo do ponto de equilíbrio.
É importante frisar que para os produtos Recheios de Cuca, Cobertura de Cuca, Massa
Assada, Bolo Pão de Ló, Recheio Bom e Recheio creme café, não foi calculado o custo fixo
total, por que estes são na realidade subprodutos, não são comercializados, e não irão
interferir no calculo do ponto de equilíbrio.
Conforme o quadro anterior foi apurado o valor da depreciação por produto e por
setor. Onde inicialmente foi considerado o tempo total de produção, efetuando-se a divisão
pelo total de produtos fabricados encontrando o tempo unitário de produção, após isso, foi
feito a multiplicação pelo valor da depreciação de cada setor, ou seja, da padaria e da
confeitaria, e o resultado destas operações é o custo com depreciação por unidade.
No caso do pão cacetinho o custo unitário com depreciação que será alocado ao custo
total do produto, corresponde à R$ 0,0004 este valor parece até certo ponto insignificante,
mas se a empresa deixar de alocar este custo estará deixando de provisionar a depreciação que
está implícita na produção.
Neste quadro foi calculado o custo total pelo método de custeio por absorção, é dele
que vai ser tiradas informações para formação do preço de venda. Como no caso do pão
cacetinho, o custo com matéria prima é de R$ 0,05 a mão de obra direta representa um custo
de R$ 0,01, o custo indireto fixo é de R$ 0,02 mais o custo de depreciação específica de R$
89
0,0004 estes dados nos mostram um custo total de R$ 0,18. Dado este de suma importância
para informações em nível gerencial.
Na sequência, são apresentados quatro gráficos de produtos diferentes, com
comparativos entre os custos de matéria prima, de mão de obra, custo indireto fixo e custo da
depreciação, sendo que juntos formam o custo total, conforme o Método de Custeio por
Absorção.
Nota-se que o maior custo deste produto é composto pela embalagem representando
43% do custo total, em seguida a matéria prima do produto com 25%, também os custos fixos
representam 24% e ainda a mão de obra direta representa 7% do custo total, as depreciações
correspondem a 1% do custo.
90
MP
28% 31%
MOD
CIF
1% Deprec Especifica
9%
31% Embalagens
Figura 18 - Gráfico Custos Totais - Pão Bufê
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
Nota-se que os maiores custos deste produto são respectivamente a matéria prima e os
custos indiretos de fabricação onde cada um representa 31% do custo total, em seguida as
embalagens correspondem a 28%, também a mão de obra direta representa 9% e ainda, as
depreciações correspondem a 1% do custo.
Diferentemente dos produtos anteriores, a maior parte do custo da torta creme de café
é a matéria prima, que corresponde a 59% do custo total, as embalagens representam 17% e o
custo indireto de fabricação representa 24% do custo total.
91
Nota-se que neste caso a matéria prima com 70%, representa a maior parte do custo
total do produto, seguido pelos custos indiretos de fabricação que representam 19% e a mão
de obra direta corresponde a 4% ainda o custo com embalagem representa 7% do custo total.
De acordo com o quadro, fica expresso o valor total dos produtos pelo método custeio
variável, este método por não ser aceito pela legislação vigente, é usado única e
exclusivamente para informação gerencial.
93
Este quadro contém informações valiosas, pois dá a dimensão do preço mínimo que
pode ser praticado, para a empresa não ter prejuízos, este é o preço onde não se leva em
96
consideração o lucro do produto, mas sim por quanto tem que se vender para cobrir todas as
despesas. É uma informação de suma importância para o gestor, pois quando desejar efetuar
algum tipo de promoção ou desconto, saberá até onde pode baixar os preços para cobrir os
custos. No caso do pão cacetinho, o valor do preço de venda mínimo será de R$ 0,19 por
unidade, a cuquinha 280g R$ 0,90 a unidade, e a torta de Bombom R$ 24,04 o quilo.
Quente 80g, Pão de Cachorro Quente 50g, Bolacha de Manteiga, Pastelzinho (congelado) e
Pizza Presunto, onde os preços atualmente praticados estão inferiores ao preço orientativo.
O próximo quadro apresenta a margem de contribuição unitária e total pelo atual preço
de venda utilizado pela padaria.
Neste quadro, apresenta-se o resultado de acordo com o preço de venda praticado pela
empresa. É possível verificar que ocorre oscilações de percentuais em alguns produtos, que
102
são o pão de cachorro quente 50g e a bolacha de manteiga, estes produtos apresentam
prejuízo, o que é uma situação preocupante. Cabe ao gestor fazer uma reavaliação, em função
do alto custo das matérias primas usadas, bem como o custo da embalagem do pão de
cachorro quente pequeno e da bolacha de manteiga. Já os demais produtos na sua grande
maioria apresentam um bom índice de lucratividade.
É interessante observar que para o produto pão cacetinho, a empresa precisa produzir e
vender 8.725 unidades para chegar ao ponto de equilíbrio, que corresponde ao momento onde
todos os custos estarão pagos, porém com resultado nulo. No momento em que a empresa
produzir e vender 8.726 unidades de pão cacetinho é que as vendas começam a apresentar
lucratividade.
Quadro 62 - Ponto de Equilíbrio – PV Atual
Ponto de equilíbrio - PV atual
Custo Fixo PE
Produtos Total MC unitária unidades PE em R$
Pequena 100g R$81,44 R$0,98 84 R$104,40
Grande 225g R$42,76 R$0,80 53 R$66,60
Pão cacetinho (pão francês) R$477,19 R$0,12 3.926 R$ 1.177,69
Pão de Xis Grande R$410,26 R$0,59 690 R$ 690,31
Pão de Xis Pequeno R$198,51 R$0,29 688 R$412,97
Pão Fatiado R$595,54 R$1,28 465 R$ 1.511,81
Pão de Cachorro Quente 80g R$397,02 R$0,12 3.203 R$ 1.121,16
Pão de Cachorro Quente 50g R$330,85 R$0,09 3.735 R$ 1.120,42
Pão Sovado R$264,68 R$2,18 122 R$ 395,07
Cuca R$1.085,20 R$2,36 460 R$ 1.841,01
Pão bufê 120g R$846,98 R$0,23 3.700 R$ 1.849,86
Bolacha de Manteiga R$101,80 R$0,03 4.052 R$ 1.013,08
Cuquinha 280g R$21,56 R$1,16 19 R$37,16
Rosca 180g R$13,86 R$0,95 15 R$21,88
Assado 300g R$34,65 R$2,36 15 R$51,34
Pastelão 335g R$38,69 R$2,53 15 R$53,51
Bolinho 125g R$52,72 R$ 2,09 25 R$63,04
Calça Virada 225g R$56,93 R$1,98 29 R$79,06
Torta de bombom R$104,73 R$24,46 4 R$149,87
Torta de Creme de Café R$76,31 R$27,04 3 R$107,23
Pastelzinho (congelado) R$16,20 R$ 0,06 270 R$107,85
Pizza Frango R$48,18 R$3,12 15 R$77,13
Pizza Calabresa R$48,18 R$3,10 16 R$77,80
Pizza Bacon R$36,14 R$2,74 13 R$65,83
Pizza Carne de Gado R$36,14 R$2,82 13 R$64,13
Pizza Presunto R$36,14 R$1,49 24 R$121,67
Pizza Presunto Grande R$16,86 R$5,10 3 R$26,47
Pizza Calabresa Grande R$45,17 R$5,12 9 R$70,60
Pizza Frango Grande R$24,09 R$5,25 5 R$36,72
Pizza carne de Gado Grande R$16,86 R$5,01 3 R$26,94
Pizza Bacon Grande R$16,86 R$4,91 3 R$27,49
Fonte: Dados Conforme Pesquisa
Da mesma forma, de acordo com o quadro anterior, onde consta o ponto de equilíbrio
baseado no preço de venda praticado, ou seja, quando a indústria produzir e vender 3.926
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unidades de pão cacetinho, será atingido o ponto de equilíbrio, neste momento será coberto
todos os custos, porém sem lucro algum, a partir de 3.927 unidades produzidas e vendidas é
que a empresa começara a obter lucro. Quanto ao valor, no momento que o pão cacetinho
atingir R$ 1.177,69 é que a empresa alcançar o ponto de equilíbrio. A seguir apresenta-se um
gráfico comparativo onde se pode verificar o ponto de equilíbrio sob outra ótica com uma
projeção entre as unidades vendidas através do preço de venda orientativo e o preço de venda
praticado atualmente.
De acordo com o gráfico fica evidente a diferença existente nas quantidades para se
alcançar o ponto de equilíbrio conforme o preço de venda orientativo e o praticado.
Fazendo uma análise sobre o produto Pão cacetinho, com uma produção de 22.500
unidades por mês, a margem de segurança operacional fica em 61%, ou seja, este percentual
gera a margem de lucratividade, e o restante, os 39% vão servir para cobrir todos os custos,
fixos e variáveis.
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Com base nos dados coletados na pesquisa, onde foi possível efetuar o cálculo dos
custos dos produtos escolhidos, há varias informações de cunho gerencial que podem e
necessitam ser analisadas pelo gestor para ser formulada uma eficaz gestão estratégica de
custos.
Num primeiro momento do sistema de custos proposto, onde este foi elaborado no
programa Windows Excel, a primeira planilha apresentada é a do calculo dos custos com
matérias primas. Esta planilha é de extrema importância, pois com possíveis variações nos
preços de compra dos ingredientes e com a simples atualização destes valores, o gestor terá
em tempo real os impactos destas oscilações no custo dos produtos, e também, se deve ou não
fazer ajustes no preço de venda.
Também foi apresentada uma planilha com o custo de mão de obra direta dos padeiros
e confeiteiros, sendo esta de extrema importância no calculo dos custos com mão de obra dos
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produtos, o que nada mais é do que a relação do tempo efetivamente utilizado na elaboração
destes e o tempo disponível para outras atividades. Com os tempos colhidos durante a
pesquisa para a fabricação dos produtos é possível chegar ao custo com mão de obra direta de
cada produto.
Os produtos elaborados pela empresa se utilizam de diferentes setores para ficarem
prontos, ou seja, é utilizado o setor da padaria e da confeitaria, salvo as exceções das pizzas
montadas, onde a massa é fabricada na padaria e a montagem se dá na confeitaria.
Esta divisão entre setores é necessária, para a correta alocação dos custos conforme
diferentes situações, a começar pelos salários das confeiteiras e dos padeiros que influenciam
diretamente no custo com mão de obra direta de cada produto. Se fosse utilizado um custo
único de mão de obra direta, haveria distorção no custo real, pois, por haver mais funcionários
na confeitaria, este custo, é mais elevado em relação à padaria. Então, se um produto que é
fabricado somente na padaria e utilizando-se um único valor para se calcular a mão de obra,
esta ficaria com um valor mais alto, por ter sido somado os setores da padaria e confeitaria.
Para um bom gerenciamento de custos o gestor necessita de informações para poder
lidar com situações muitas vezes desagradáveis, e para suprir estas necessidades que é
apresentada como parte do sistema de custos, uma planilha contendo a apuração do custo pelo
método custeio por absorção. Nesta planilha, o gestor tem uma visão geral dos custos onde
pode buscar informações verificando qual índice representa o maior custo em cada produto,
ou seja, se na matéria prima, mão de obra direta, custos indiretos fixos, depreciação ou
embalagens.
Também foi apresentada no sistema de custos uma planilha contendo o custo mínimo.
Este método é conhecido como custeio variável, onde é deixado de alocar custos relativos à
depreciação e custos indiretos fixos. Esta informação de cunho gerencial serve para a empresa
quando vai realizar negociação de grande escala, ou oferecer descontos, ou ainda realizar
promoções.
No desenvolvimento do estudo, consta uma planilhas contendo informações sobre a
margem de contribuição unitária e total, o preço de venda orientativo calculado por meio do
mark-up, o ponto de equilíbrio e a margem de segurança operacional. Estas planilhas tem com
função fornecer dados que demonstram qualquer impacto no custo ou no preço de venda, o
que significa um aumento do volume necessário para cobrir os custos e no próprio resultado
apurado.
Com todos os dados apurados, foi apresentado ao gestor da empresa objeto deste
estudo Padaria Bom Gosto, um sistema completo de gestão de custos e formação de preços.
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Este sistema pretende tornar a empresa mais competitiva, e ajudá-la a crescer. Fica clara a
satisfação que o empresário teve em conhecer todos esses dados, que com toda certeza não
estavam claros, de forma objetiva, em planinhas no seu controle gerencial.
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CONCLUSÃO
Por detrás da boa técnica Contábil, existe uma profunda e ampla teoria que a justifica e
a fundamenta, constituindo-se em conhecimento contábil, estudado e praticado pelos
profissionais da contabilidade. É neste contexto que a contabilidade gerencial,
especificamente a contabilidade de custos, vem para ajudar o gestor a traçar estratégias para
competir num mercado cada vez mais acirrado, sendo este o tema principal deste estudo.
Com a atualização dos valores neste sistema, é possível traçar estratégias de venda
para se obter uma lucratividade ainda maior, como é o caso dos custos totais. Naquele ponto
do sistema o gestor saberá exatamente o que está implicando em maior valor no seu custo, ou
seja, em matéria prima, mão de obra, embalagens, depreciação ou custos fixos. Com isso ele
poderá traçar mudanças para corrigir possíveis valores que estão acima dos patamares para
determinado produto.
Ainda, no sistema podem ser avaliadas as margens de contribuição dos produtos, bem
como, se o preço de venda praticado pela empresa esta de acordo com o preço de venda
calculado para se obter um determinado índice de lucro. Há também informações sobre o
mínimo que a empresa deve produzir e vender para não ter prejuízo. E, através da apuração do
custo pelo custeio variável, que é uma informação para ser usado somente para o
gerenciamento, o gestor saberá até onde poderá baixar seu preço de venda para competir com
seus concorrentes.
Portanto, ao concluir este trabalho posso dizer que objetivos propostos no estudo
foram plenamente contemplados, bem como a satisfação do empresário ao receber o sistema
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proposto com as respectivas analises e interpretações, as quais foram fundamentais para ele
definir algumas estratégias de preços e negócios.
Na condição de concluinte do curso, posso dizer que tudo o que foi visto em sala de
aula durante o curso envolvendo essa temática, foram aplicados no estudo, de modo que pude
verificar na prática os ensinamentos de uma das mais promissoras áreas de atuação do
profissional Contábil, ou seja, a contabilidade de custos. Pois, é através dela que o gestor tem
as principais informações para o bom gerenciamento de sua empresa.
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REFERÊNCIAS
BASSO, Irani Paulo. Contabilidade Geral Básica. 3.ed. Ijui: Editora Unijui, 2005.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e Formação de Preços. 5.ed. São
Paulo: Atlas, 2011.
______ Contabilidade para Pequenas e Medias Empresas. 2ª ed. Porto Alegre: Evangraf
Gráfica e Editora, 2011:
______. Gestão de Custos: Uma Abordagem Prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2008.