Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2016V112P11
Revista Brasileira de Estudos Políticos | Belo Horizonte | n. 112 | pp. 11-65 | jan./jun. 2016
sobre as relaçõ es entre as diversas formas de direito
com as formaçõ es políticas, econô micas e religiosas
possuíam, assim, só lidas bases empíricas e podem
oferecer importante contribuiçã o para a pesquisa
hodierna.
Palavras-chave: sociologia do direito weberiana; es-
cola histó rica do direito; sistema romano-germâ nico;
racionalizaçã o do direito; pesquisa jurídica
Abstract: In his legal sociology, Max Weber – follo-
wing the general orientation of all his work – seeks to
define the basis for an understanding of the
singularity of the process of rationalization of law in
the modern western civilization, especially of the civil
law system. Having started his academic career as a
jurist-historian in the 19th-century German historical
school of juris- prudence, in which he developed
research in history of commercial and Roman law,
Weber had deep knowledge of the legal-
historiographical literature of the time and were
familiar with the main sources of western legal
history. His typological-comparative legal sociology
and the several attendant theories about the
relations between the various forms of law with the
political, economic and religious formations have thus
solid empirical foundations and can offer a valuable
contribution for present research.
Key-words: Weberian legal sociology; historical scho-
ol of jurisprudence; civil law system; rationalization
of law; legal research.
1. Introdução.
A maior contribuiçã o intelectual deixada por Max We-
ber reside, sem sombra de dú vida, no â mbito da sociologia.
De fato, poucos discordariam de que ele figura ao lado de
É mile Durkheim como o maior clá ssico da disciplina. En-
tretanto, durante a maior parte de sua carreira intelectual,
Weber identificou-se como historiador ou como economista,
duas profissõ es profundamente complementares no
contexto intelectual alemã o em que ele transcorreu seus
anos de for- maçã o. A linha dominante do pensamento
econô mico alemã o na segunda metade do século XIX e
corrente de pensamento dentro da qual Weber desenvolveu
algumas de suas pri- meiras pesquisas foi a chamada escola
histórica da economia, que negava a validade universal de
teoremas matemá ticos e modelos econô micos utilizados
por economistas teó ricos e propunha a pesquisa empírica
estatística e histó rica como base do conhecimento
econô mico. Nã o deve surpreender as- sim que, mesmo no
tardio ano de 1917, Weber inicie a célebre conferência sobre
A Ciência como Vocação apresentando-se ainda como
economista.2 No que toca à sociologia, Weber
inicialmente considerava-a como uma mera ciência auxiliar
à pesquisa histó rica. Essa postura teó rica foi um produto
direto da chamada disputa do método (Methodenstreit der
Nationalökonomie) do pensamento econô mico de língua
alemã dos fins do século XIX, que contrapunha justamente
a escola histó rica de Weber à escola austríaca. Protagoniza-
2 WEBER, 2004, p. 17. É seguro, porém, afirmar que já em torno de 1913
Weber começa a ver-se cada vez mais como soció logo. Veja-se LEPSIUS,
2012, p. 140.
Revista Brasileira de Estudos Políticos | Belo Horizonte | n. 112 | pp. 11-65 | jan./jun. 2016
da inicialmente por Gustav von Schmoller e Carl Menger,
essa disputa dizia respeito precisamente ao antagonismo
entre a índole abstrata, generalista e dedutiva dos
modelos matemáticos da escola austríaca e a orientaçã o
empírica, estatística e indutiva da escola histó rica. A posiçã o
até certo ponto conciliató ria de Weber, mas ainda
vinculada à linha historicista, é de que o estabelecimento
de regularidades causais, ou seja, de hipoté ticas “leis”
para a descriçã o de fenô menos socioculturais, é um ú til
meio auxiliar enquanto método heurístico que auxilia na
compreensã o de fenô menos individuais e concretos, mas
que nã o a exaure.3 De tal forma, a sociologia, ciência que se
ocupa do geral nos fenô menos socioculturais, poderia
auxiliar a pesquisa histó rica, que se ocupa do específico.
Foi apenas na fase final de sua vida que a sociologia passou
a adquirir interesse autô nomo, indepen- dente de sua
importâ ncia para outras ciências, e que Weber passou assim
a considerar-se propriamente soció logo.
A literatura especializada já registra e analisa am-
plamente, embora talvez ainda de forma insuficiente, a
importâ ncia da escola histó rica da economia para as
ideias weberianas. Entretanto, o papel de uma outra escola
histó rica para a formaçã o de Weber tem recebido
pouquíssima aten- çã o: trata-se da escola histórica do direito.4
Como sabemos, os estudos universitá rios de Weber
transcorreram formalmente nas ciências jurídicas. Durante
o século XIX, o pensamento jurídico alemã o fui
hegemonizado pela escola histó rica do direito, que havia
sido iniciada por Friedrich Carl von Sa- vigny e seu bem-
sucedido manifesto anticodificaçã o. Sem um Estado
nacional para forçar o desenvolvimento de um direito
nacionalizado e simplificado por via legislativa como
3 WEBER, 2001, pp. 125-131.
4 Sobre as relaçõ es de Weber com a escola histó rica do direito e a ciência
jurídica oitocentista alemã , vejam-se MARRA, 1992; SCHIERA, 1987;
DILCHER, 2012; DILCHER, 2007; BRAND, 1982.
ocorreu em muitos outros países ao seu redor graças à pode-
rosa influência do có digo de Napoleã o (1804), os territó rios
alemã es continuariam contando com o ligeiramente caó tico
complexo jurídico formado ao longo do antigo regime e com-
posto por direito costumeiro, estatutos citadinos, grandes
ordenaçõ es principescas, o direito canô nico (com alguma
validade secular nos territó rios cató licos) e o direito
romano. Como praticamente em quase toda a Europa, o
direito romano era a base do ensino jurídico universitá rio e
acabava convertendo-se, assim, na esfera de síntese e
relativa sistema- tizaçã o do conhecimento jurídico. As
diversas categorias e conceitos extraídos do direito
romano, desde a Idade Média amplamente considerado
um direito de nível técnico supe- rior, eram utilizados na
interpretaçã o e elaboraçã o científica de outros domínios
jurídicos. Em geral, mesmo quando outras fontes de
direito tinham precedê ncia reconhecida, considerava-se
que a melhor interpretaçã o de suas normas era aquela que
mais se aproximava das soluçõ es propostas pelo direito
romano. O direito romano terminava por ad- quirir um
papel de ciê ncia jurídica integrativa de fundo, com
tendência a absorver e submeter à sua ló gica interna
outros domínios jurídicos.5 Sua influência era
obviamente limitada pelo relativamente baixo alcance do
pró prio ensino jurídico universitá rio e pela predominâ ncia
de juízes leigos (por vezes analfabetos), mas sua
importâ ncia em tribunais superiores e na alta cultura
jurídica era inquestioná vel. É claro, assim, que a
reinserçã o do direito romano na Europa e sua
subsequente evoluçã o constituiriam tó pico central do
historicismo jurídico alemã o ao longo de todo o século
XIX. A diversidade territorial do direito alemã o,
acentuada
98 DILCHER, 2012, pp. 90-2. Veja-se também DILCHER, 2007, pp. 107-10.
99 Para uma visã o geral sobre o usus modernus pandectarum, veja-se WIEACKER,
1967, pp. 204–48. Para uma aná lise mais atual de vá rios aspectos do usus
modernus, vejam-se WILLOWEIT, 2000, pp. 229-46; VOPPEL, 1996; RANIERI,
1997; Veja-se também LUIG, 1998b, pp. 91–107.
100 WEBER, 1999, p. 132.
101 Segundo Kaius Tuori, como já vimos, essa consciência faltava-lhe
completamente, pois sua visã o do direito romano reproduzia as idealizaçõ es
da romanística do século XIX. Veja-se TUORI, 2004.
a conclusã o mais importante de Weber é que, graças a essa
suposta depuraçã o do trabalho de adaptaçã o feito ao longo
dos séculos, o direito romano passava a nã o mais corres-
ponder aos interesses comerciais modernos, o que teria
deixado “inteiramente livre o caminho para a ló gica jurídica
abstrata”102. Weber refere-se aqui à ú ltima fase da vertente
romanista da escola histó rica do direito, isto é, os pandectis-
tas, que representa o ponto final de uma gradativa passagem
da histó ria do direito enquanto um fenô meno sociocultural
complexo (com Savigny) em direçã o ao conceitualismo
sintético-construtivo (com Georg Friedrich Puchta e depois
Bernhard Windscheid). Assim, conclui Weber que ao invés
de uma superaçã o do “racionalismo científico”, como afir-
mavam os juristas da escola histó rica, o que houve foi apenas
um deslocamento dele.103 Weber aqui se refere à
oposiçã o que a escola histó rica fazia ao racionalismo das
doutrinas jurídicas do século XVIII (jusracionalismo, direito
natural, Kant, etc.) e aponta que o historicismo jurídico
paradoxal- mente preparou o terreno para uma espécie de
racionalismo ló gico-conceitual da Begriffsjurisprudenz
(jurisprudência dos conceitos) do pandectismo.104
Todavia, segundo Weber, os objetivos da escola his-
tó rica de realizar uma nova sistemá tica puramente ló gica
do direito antigo, na vertente romanista, e de realizar uma
sublimaçã o jurídica estritamente formal das instituiçõ es nã o
provenientes do direito romano, no caso da vertente germa-
nista, nã o foram atingidos. Somente as partes referidas ao
direito do comércio, em funçã o da interferência de necessi-
dades econô micas urgentes e inequívocas, puderam sofrer
6. Conclusão
Em conformidade com o conjunto de sua obra histó -
rica e socioló gica, a sociologia do direito de Max Weber se
esforça em demonstrar hipó teses gerais de envergadura
quase filosó fica sobre as características da moderna
socie- dade ocidental. A principal, o leitmotiv de toda a sua
obra, é a tese da progressiva racionalizaçã o da conduta de
vida em suas diversas esferas. Em seus estudos sobre a
religiã o, sobre a dominaçã o política, o Estado e a burocracia
e mesmo sobre a arte esse é, para Weber, o fenô meno mais
dominante e significativo da modernidade. Dessa
constataçã o deriva o diagnó stico – quase trá gico, e trá gico
porque aparentemente destino inexorá vel – de alguns dos
grandes dilemas da vida moderna, como a perda da
liberdade e a perda de sentido que se seguem à progressiva
subordinaçã o das vá rias esferas da vida à s regras do
procedimento racional autonomizado em sua legalidade
interna e transformado em fim em si mesmo. Como
subproduto dessas ousadas teses, nascem também uma
sé rie de conclusõ es intermediá rias sobre as diversas
formas e etapas do processo de racionalizaçã o de cada
uma das esferas de açã o social, sobre as relaçõ es entre
7. Referências bibliográficas
ARGÜ ELLO, Katie. O Ícaro da Modernidade: Direito e Política
em Max Weber. Sã o Paulo: Acadêmica, 1997.
ARRUDA JR., Edmundo Lima de. Max Weber: Direito e
Modernidade. Florianó polis: Letras Contemporâ neas, 1996.
BERMAN, Harold. Max Weber as legal historian. In: TUR-
NER, Stephen (Org.). The Cambridge Companion to Weber.
Cambridge: Cambridge University Press, 2000, pp. 223-239.
BERMAN, Harold. Some false premies of Max Weber’s
Sociology of Law. Washington University Law Review. Wa-
shington, vol. 65, issue 4, pp. 758-770, Jan. 1987.
BOBBIO, Norberto. Max Weber und Hans Kelsen. In: REH-
BINDER, Manfred; TIECK, Klaus-Peter (Org.). Max Weber
als Rechtssoziologe. Berlin: Duncker & Humblot, 1987, pp.
108-126.
BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: Liçõ es de filosofia
do direito. Traduçã o e notas de Má rcio Pugliesi, Edson Bini,
Carlos E. Rodrigues. Sã o Paulo: Ícone, 1995a.
BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. 5. ed.
Traduçã o de Maria Celeste C.J. Santos. Brasília: Editora
Universidade de Brasília, 1995b.
BRAND, Arie. Against Romanticism: Max Weber and the
Historical School of Law. Australian Journal of Law and
Society. North Ryde, vol. 1, n. 1, pp. 87-100, 1982.
BREUER, Stefan; TREIBER, Hubert (Org.). Zur
Rechtssozio- logie Max Webers: Interpretation, Kritik,
Weiterentwicklung.
Oplden: Westdeutscher Verlag, 1984.
CAPPELLINI, Paolo. La Forma-Codice e i suoi destinatari:
morfologie e metamorfosi di un paradigma della modernità .
In: CAPPELLINI, Paolo; SORDI, Bernardo (Orgs.). CODICI:
UNA RIFLESSIONE DI FINE MILLENNIO. 1., 2000, Firenze,
Atti dell’incontro di studio, Milano: Giuffrè, 2002, pp. 11-68.
CAPPELLINI, Paolo. Systema iuris. Vol. I: Genesi del
sistema e nascita della “scienza” delle pandette. Milano:
Giuffrè Editore, 1984.
CAPPELLINI, Paolo. Systema iuris. Vol. II: Dal sistema alla
teoria generale. Milano: Giuffrè Editore, 1985.
CISSOKO, Sékéné Mody. Os Songhai do século XII ao XVI.
In: NIANE, Djibril Tamsir (Org.). Histó ria Geral da Á frica.
Vol. IV: Á frica do século XII ao XVI. 2. ed. Brasília:
UNESCO, 2010, pp. 211-36.
COHN, Gabriel. Prefá cio: como um Hobby ajuda a
entender um Grande Tema. In: Os Fundamentos Racionais e
Sociológi- cos da Música. Tradução de Leopoldo Waizbort.
São Paulo: Editora da USP, 1995.
D’AVRAY, David. Max Weber and Comparative Legal
History. In: LEWIS, Andrew; LOBBAN, Michael (Org.).
Law and History. Current legal Issues. Vol. 6. Oxford; New
York
: Oxford University Press, 2004, pp. 189-99.
DE CASTRO, Alexander. Beccaria e o direito penal do
absolutismo esclarecido: O reformismo habsbú rgico e o
Iluminismo na Lombardia austríaca. In: DE CASTRO,
A.; DAL RI JÚ NIOR, A.; SONTAG, R.; DE PAULO, A.
Ilumi-
nismo e Direito Penal. Florianó polis: Fundaçã o Boiteux, 2009,
pp. 13-66.
DEININGER, Jü rgen. Editorischer Bericht. In: WEBER, Max.
Die römische Agrargeschichte in ihrer Bedeutung für das Sta-
ats- und Privatrecht. Herausgegeben von Jü rgen
Deininger. Tü bingen: Mohr Siebeck, 1986, pp. 56-89.
DILCHER, Gehard. As raízes jurídicas de Max Weber.
Tempo social: revista de sociologia da USP. São Paulo, v.
25, n. 1, pp. 85-98, 2012.
DILCHER, Gehard. Von der Rechtsgeschichte zur Soziolo-
gie: Max Webers Auseinandersetzung mit der Historischen
Rechtsschule. Juristen Zeitung. Tü bingen, ano 62, n. 3, pp.
105-112, Februar 2007.
DILCHER, Gerhard; LEPSIUS, Susanne. Einleitung. In:
WEBER, Max. Zur geschichte der Handerlsgesellschaften im
Mittelalter. Schriften 1889-1894. Herausgegeben von
Gerhard Dilcher und Susanne Lepsius. Tü bingen: Mohr
Siebeck, 2008, pp. 1-97.
FREDERICO II. O Anti-Maquiavel. Tradução de Ivone C.
Benedetti. Sã o Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.
FREUND, Julien. Die Rationalisierung des Rechts nach
Max Weber. In: REHBINDER, Manfred; TIECK, Klaus-
Peter (Org.). Max Weber als Rechtssoziologe. Berlin:
Duncker & Humblot, 1987.
FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber. Rio de Janeiro:
Forense-Universitá ria, 1970.
FRIGO, Daniela. Disciplina rei familiariae: a economia
como modelo administrativo de Ancien Régime. Penélope:
revista de histó ria e ciências sociais. Lisboa, n. 6, pp. 47-
62, 1991.
FRIGO, Daniela. Il padre di famiglia: governo della casa e
governo civile nella tradizione dell’“econô mica” tra
cinque e seicento. Roma: Bulzoni Editore, 1985.
FRIGO, Daniela. Principe, Giudici, Giustizia: Mutamenti
Dottrinali e Vicende Istituzionali fra Sei e Settecento. In:
COLAO, Floriana; BERLINGER, Luigi (Org.). Illuminismo e
Dottrine Penali. Milano: Giuffrè, 1990, pp. 3-38.
HENKEL, Thomas. Begriffsjurisprudenz und Billigkeit: zum
Rechtsformalismus der Pandektistik nach G. F. Puchta. Kö ln:
Bö hlau Verlag, 2004.
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. Tradução de Joã o
Baptista Machado. Sã o Paulo: Martins Fontes, 1999.
LEPSIUS, M. Rainer. “Economia e sociedade”: a herança
de Max Weber à luz da ediçã o de sua Obra completa
(MWG). Tempo social: revista de sociologia da USP. São
Paulo, v. 25, n. 1, pp. 137–145, 2012.
LUIG, Klaus. Conring, das deutsche Recht und die Rechts-
geschichte. In: LUIG, Klaus. Römisches Recht, Naturrecht,
nationales Recht. Goldbach: Keip, 1998a, pp. 319–59.
LUIG, Klaus. Samuel Stryk (1640–1710) und der usus mo-
dernus pandectarum. In: LUIG, Klaus. Römisches Recht, Na-
turrecht, nationales Recht. Goldbach: Keip, 1998b, pp. 91–
107.
MARRA, Realino. Dalla comunità al diritto moderno: La for-
mazione giuridica di Max Weber 1882-1889. Torino:
Giap- pichelli, 1992.
MOUSOURAKIS, George. Roman Law and the Origins of the
Civil Law Tradition. New York: Springer, 2014.
MURATORI, Ludovico Antonio. Della pubblica felicità: Og-
getto de’ buoni prìncipi. Organizado por Cesare Mozzarelli.
Roma: Donzelli Editore, 1996.
PETERSEN, Jens. Max Webers Rechtssoziologie und die juris-
tische Methodenlehre. Tü bingen: Mohr Siebeck, 2014.
PIERUCCI, Antô nio Flá vio. Economia e sociedade: ú ltimos
achados sobre a “grande obra” de Max Weber. Revista
Bra-
sileira de Ciências Sociais. Sã o Paulo, vol. 23, n. 68, pp.41-51,
2008.
PIERUCCI, Antô nio Flá vio. O Desencantamento do Mundo.
Sã o Paulo: Ed.34, 2003.
RANIERI, Filippo. Entscheidungsfindung und Technik
der Urteilsredaktion in der Tradition des deutschen Usus
Modernus: das Beispiel der Aktenrelationen am Reichskam-
mergericht. In: WIJFFELS, Alain (Org.). Case Law in the
Making: The Techniques and Methods of Judicial Records
and Law Reports. Vol. 1. Berlin: Duncker und Humblot,
1997, pp. 277-297.
REHBINDER, Manfred. Max Weber und die
Rechtswissens- chaft. In: REHBINDER, Manfred; TIECK,
Klaus-Peter (Org.). Max Weber als Rechtssoziologe. Berlin:
Duncker & Humblot, 1987, pp. 127-149.
REHBINDER, Manfred; TIECK, Klaus-Peter (Org.). Max
Weber als Rechtssoziologe. Berlin: Duncker & Humblot, 1987.
ROCCO, Arturo. Il problema e il metodo nella scienza del
diritto penale: Prelezione al corso di diritto e procedura
penale, letta nella R. Università di Sassari il 15 gennaio
1910. Rivista di diritto e procedura penale. Milano, vol. I, pp.
497-521, 560-82, 1910.
ROOS, Nico. Antiformale Tendenze im modernen Recht:
eine These Max Webers, diskutiert am Beispiel der Laien-
richterfrage. In: BREUER, Stefan; TREIBER, Hubert (Org.).
Zur Rechtssoziologie Max Webers: Interpretation, Kritik,
Weiterentwicklung. Oplden: Westdeutscher Verlag, 1984,
pp. 223-267.
SBRICCOLI, Mario. L’interpretazione dello statuto: contributo
allo studio della funzione dei giuristi nell’età comunale.
Milano: A. Giuffrè, 1969.
SCHIERA, Pierangelo. Il cameralismo e l’assolutismo
tedesco: Dall’arte di governo alle scienze dello Stato.
Milano: A. Giuffre, 1968.
SCHIERA, Pierangelo. Max Weber und die deutsche Re-
chtswissenschaft des 19. Jahrhunderts. In: REHBINDER,
Manfred; TIECK, Klaus-Peter (Org.). Max Weber als
Rechts- soziologe. Berlin: Duncker & Humblot, 1987, pp.
150-168.
SCHLUCHTER, Wolfgang. Die Entstehung des modernen
Rationalismus: Eine Analyse von Max Webers Entwicklun-
gsgeschichte des Okzidents. Frankfurt a.M.: Suhrkamp,1998.
SCHLUCHTER, Wolfgang. Die Entwicklung des okzidentalen
Rationalismus: Eine Analyse von Max Webers Gesellschafts-
geschichte. Tü bingen: Mohr Siebeck, 1979.
SCHULZE, Reiner. Policey und Gesetzgebungslehre im 18.
Jahrhundert, Berlin, Duncker & Humblot, 1982.
SEELAENDER, Airton L. Cerqueira Leite. “Economia Civil”
e “Polícia” no ensino do “Direito Pátrio” em Coimbra:
Notas sobre as “Prelecçõ es” de Ricardo Raymundo
Nogueira. Tem- po: Revista do Departamento de Histó ria
da UFF. Niteró i, vol.17, n. 31, pp.35-63, 2011.
SEELAENDER, Airton L. Cerqueira Leite. A “Polícia” e as
Funçõ es do Estado: Notas sobre a “Polícia” do Antigo Re-
gime. Revista da Faculdade de Direito. Universidade Federal
do Paraná. Curitiba, v. 49, pp. 73-87, 2010a.
SEELAENDER, Airton L. Cerqueira Leite. A Polícia e o Rei-
-Legislador. In: BITTAR, Eduardo C. B. (Org.). Histó ria do
Direito Brasileiro: Leituras da Ordem Jurídica Nacional. Sã o
Paulo: Editora Atlas, 2010b, pp. 120-35.
SEELAENDER, Airton L. Cerqueira Leite. Polizei, Ökonomie
und Gesetzgebungslehre. Frankfurt am Main: Vittorio Klos-
termann, 2003.
SELL, Carlos Eduardo. Racionalidade e racionalizaçã o em
Max Weber. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Sã o Paulo,
vol. 27, n. 79, pp. 153-233, junho/2012.
SONTAG, Ricardo. Teoria da legislação e direito penal em
Jeremy Bentham: a questã o dos destinatá rios. In: DAL RI
JÚ NIOR, Arno; SONTAG, Ricardo (Org.). História do direito
penal entre medievo e modernidade. Belo Horizonte: Del
Rey, 2011, pp. 231-252.
STOLLEIS, Michael. Geschichte des öffentlichen Rechts in
Deuts- chland. Band 1: Reichspublizistik und
Policeywissenschaft 1600 bis 1800. Mü nchen: Beck, 1988.
TUORI, Kaius. Weber and the Ideal of Roman Law. In:
LEWIS, Andrew; LOBBAN, Michael (Org.). Law and
History. Current legal Issues. Vol. 6. Oxford; New York :
Oxford University Press, 2004, pp. 201-14.
TURNER, Stephen P.; FACTOR, Regis A. Max Weber: The
Lawyer as Social Thinker. London, New York: Routledge,
1994.
VOPPEL, Reinhard. Der Einfluß des Naturrechts auf den usus
modernus: Eine Untersuchung anhand der Literatur zum
geltenden Recht im 17. und 18. Jahrhundert. Kö ln: Hey-
mann, 1996.
WEBER, Max. A “objetividade” do conhecimento na
ciência social e na ciência política. In: WEBER, Max.
Metodologia das Ciências Sociais. Parte 1. Traduçã o de
Augustin Wernet. 4. ed. Sã o Paulo: Cortez Editora;
Campinas: Editora da Unicamp, 2001, pp. 107-154.
WEBER, Max. A ciência como vocação. In: WEBER, Max.
Ciência e Política: duas vocaçõ es. Traduçã o de Leonidas
Hegenberg e Octany Silveira da Mota. 12. ed. Sã o Paulo:
Cultrix, 2004, pp. 17-52.
WEBER, Max. Die römische Agrargeschichte in ihrer
Bedeutung für das Staats- und Privatrecht. Herausgegeben
von Jü rgen Deininger. Tü bingen: Mohr Siebeck, 1986.
WEBER, Max. Economia e Sociedade. Vol. 2. Traduçã o de
Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. Brasília: Editora
Universidade de Brasília; Sã o Paulo: Imprensa Oficial do
Estado de Sã o Paulo, 1999.
WEBER, Max. Zur geschichte der Handerlsgesellschaften im
Mittelalter. Schriften 1889-1894. Herausgegeben von
Gerhard Dilcher und Susanne Lepsius. Tü bingen: Mohr
Siebeck, 2008.
WIEACKER, Franz. Privatrechtsgeschichte der Neuzeit: unter
besonderer Berü cksichtigung der deutschen Entwicklung.
Gö ttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1967.
WILLOWEIT, Dietmar. Der Usus modernus oder die ges-
chichtliche Begrü ndung des Rechts. Zur rechtstheoretischen
Bedeutung des Methodenwandels im spä ten 17. Jahrhun-
dert. In: WILLOWEIT, Dietmar (Org.). Die Begründung des
Rechts als historisches Problem. Mü nchen: Oldenbourg Verlag,
2000, pp. 229-246.
Recebido em 29/03/2016.
Aprovado em
25/05/2016.
Alexander de Castro
Westfälische Wilhelms-Universität Münster Institut
für Rechtsgeschichte Universitätsstrasse 14–16
48143 Münster - Alemanha
E-mail: alex.de.castro@hotmail.com