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ATIVIDADE INDIVIDUAL
/// APRESENTAÇÃO
Bons estudos!!!
Ao final dos estudos, você deverá ser capaz de: interpretar os principais
índices físicos do solo, comparando resultados reais com aqueles
tradicionalmente utilizados na conversão de volumes, massas e
densidades dos solos. Além disso, compreenderá como a consistência e
a granulometria do solo podem influenciar na classificação e no seu
desempenho mecânico.
Numa massa de solo, podem ocorrer três fases: a fase sólida, a fase gasosa e
a fase líquida. A fase sólida é formada pelas partículas minerais do solo, a fase
líquida por água e a fase gasosa compreendem todo o ar existente nos
espaços entre as partículas. Portanto, o solo é um sistema trifásico onde a fase
sólida é um conjunto discreto de partículas minerais dispostas a formarem uma
estrutura porosa que conterá os elementos constituintes das fases líquida e
gasosa. A Figura 1 apresenta um esquema de uma amostra de solo em que
aparecem as três fases tal qual na natureza e esta amostra com suas fases
separadas para atender a uma conveniência didática de definição dos índices
físicos.
GASOSA
LÍQUIDA
SÓLIDA
(a) (b)
O teor de umidade pode assumir o valor de 0% para solos secos (Mw = 0) até
valores superiores a 100% em solos orgânicos. Entretanto, na natureza é
comum e típico encontrarmos valores de umidade até 40% para solos
geralmente utilizados como material de construção.
Abaixo são mostradas duas situações que comumente causam dúvida nos
profissionais da área.
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Por exemplo, uma pessoa com a massa igual a 57 kg possui o seguinte peso
na terra:
P = m * g → P = 57 * 9,8 → P = 558,6 N ou 0,5586 kN; onde N = Newton
10
e = Vv/Vs
b) Porosidade (η)
É a relação entre o volume dos vazios (Vv) e o volume total (V) da amostra,
tem-se:
η = (Vv/V) . 100 (%)
As fórmulas de definição dos índices físicos não são práticas, para a utilização
em cálculos e assim, recorre-se as fórmulas de correlação entre os índices,
como as apresentadas a seguir:
14
15
P = 29,0g
Ps = 19,6g
EXERCÍCIO 2 - Uma jazida a ser empregada em uma barragem tem solo com
Massa específica aparente seca γd médio de 17 kN/m³. Um aterro com
200.000 m³ deverá ser construído com uma massa específica aparente seca
médio de 19 KN/m³. Foram determinadas as seguintes características do solo:
teor de umidade igual a 10% e ɣs = 26,5 kN/m³.
Determinar: (a) O volume do solo a ser escavado na jazida para se obter os
200.000 m³ para o aterro; (b) O peso do solo úmido a ser escavado, em
toneladas; (c) A massa seca a ser escavada, em toneladas.
Resposta:
Para começar a resolver o exercício, é preciso analisar os parâmetros REAIS
obtidos por meio de investigação geotécnica. A partir daí, note que temos
várias informações que devem ser utilizadas.
Como é explícito no enunciado que o nosso desafio é encontrar o volume a ser
escavado na JAZIDA. Assim, o caminho mais fácil é começar analisar os
resultados do ATERRO, pois dele, conhecemos tudo que precisamos.
Então:
ANALISANDO O ATERRO
ecompact = 0,70 ; Vtcompact=21.000m³ (esse será o volume total do aterro após
ter sido compactado, ou seja, obra pronta); w = 15,0% γs=2,6g/cm³ (26,0
kN/m³)
ANALISANDO A JAZIDA
Temos também na Jazida w=5,0% e γs=2,6g/cm³ (26,0 kN/m³). Note que γs,
assim como Ms, não muda!!!! Porque? O grão não sofre alteração!
Uma dica para melhorar seus estudos, é buscar outras fontes bibliográficas ou
mesmo alguns vídeos disponíveis no Youtube. Tenho algumas sugestões:
Neste tópico vamos abordar os três fatores de conversão do solo que são
largamente utilizados em análises geotécnicas de obras rodoviárias.
A figura abaixo ilustra o processo de contração que o solo sofre ao sair de uma
condição solta (fofa) e atingir uma condição compactada (dentro do aterro)
após processo de compactação.
ou ainda
A figura abaixo ilustra o esquema do Fator de homogeneização.
Note que o Fh pode ser > 1 ou < 1, dependendo do sentido de análise de seu
problema. Então, vale a pena ter bastante atenção nesta análise!
É comum na literatura encontrarmos valores de Fh da ordem de:
Fh = 1,1 = no caso quando conhecemos o volume do aterro e queremos
descobrir o volume a ser cortado na Jazida. Isso significa um acréscimo
de 10% na expectativa de volume a ser escavado na jazida.
Fh = 0,9 no caso quando conhecemos o volume do corte na jazida e
queremos descobrir qual volume é possível executar de aterro
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Determinar:
(a). Fatores de conversão do solo para situação REAL, ou seja, usando
resultados das investigações geotécnicas;
(b) Fatores de conversão do solo para situação HIPOTÉTICA, baseada na
literatura.
Resposta:
Note que este exercício é o mesmo exercício feito no capítulo anterior, porém
agora temos que verificar os fatores de conversão. Para isso, precisamos
calcular as densidades ou volumes do ATERRO, JAZIDA e SOLO SOLTO.
Obs.: caso tenha dúvidas sobre como os resultados abaixo foram encontrados,
por favor vide Exercício 3 do Capítulo 1, lá encontram-se todos os detalhes dos
cálculos.
ANALISANDO O ATERRO
Encontramos γd=2,031g/cm³ ou 20,31kN/m³ e Ms = 426.510kN
ANALISANDO A JAZIDA
Obtemos γd=1,699g/cm³ (16,99 kN/m³) e γnjazida = 1,784 g/cm³ (17,84 kN/m³)
Note, que temos esses resultados, obtidos a partir dos cálculos já executados.
Então, temos que:
Note que a taxa de contração sempre é o que falta para completar um Fc = 1,0,
ou seja, nesse caso como Fc=0,84 faltam 0,16 para completar 1,0, e isso
representa 16%
Então:
Conclusão:
Então, fica aqui uma pergunta a você leitor: O que você prefere ou acha mais
prudente fazer: usar resultados estimados ou resultados reais em seus projetos
e orçamentos?
Espero que esse conteúdo tenha sido proveitoso para sua prática profissional.
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Neste tópico vamos abordar a distribuição granulométrica dos solos, bem como
parâmetros secundários obtidos a partir da curva granulométrica, que são
dados fundamentais para análises geotécnicas de obras rodoviárias.
Apesar de possuir pedregulho e argila, note que predomina Areia (55%) e Silte
(40%), então o material predominantemente é uma Areia Siltosa.
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3.4.1 Textura
Três parâmetros são utilizados para dar uma informação sobre a curva
granulométrica:
D60
Cu
D10
2
D30
Cc
D60 D10
O gráfico abaixo mostra como é possível fazer a leitura de D10, D30 e D60
diretamente no gráfico de granulometria do solo.
D60
Cu
D10 0,075/0,0045 CNU ou Cu = 16,67, portanto um matéria NÃO
UNIFORME
2
D30
Cc
D60 D10 0,028² / (0,075 * 0,0045) 232,29, portanto um material MAL
GRADUADO
100
90
80
1
70
% que passa
1 - Graduação descontínua
60
3
50 2
40
30
20
2 - Bem graduado
10
0
0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos grãos (mm) 3 - Graduação uniforme
RESPOSTAS
Resposta:
0,002 mm 37,0%
0,06 mm 57,4%
Silte = 57,4 – 37 20,4%
Com base na tabela e na escala granulométrica da ABNT, o percentual de silte
do solo é igual a:
a) 37,0% b) 41,5% c) 22,6% d) 20,4% e) 49,5%
Tentativa de cálculo:
39
90%
80%
% que passa
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
Argila 10% Silte 7% (17-10) Areia 30% (47-17) Pedregulho 53% (100-47)
0%
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
Uma dica para melhorar seus estudos, é buscar outras fontes bibliográficas ou
mesmo alguns vídeos disponíveis no Youtube. Tenho algumas sugestões:
Neste tópico vamos abordar como a consistência dos solos podem influenciar
no desempenho de um solo que será utilizado em obras de rodovias com
interesse geotécnico.
Define-se plasticidade como sendo a propriedade dos solos finos que consiste
na maior ou menor capacidade de serem moldados sob certas condições de
umidade. Segundo a ABNT, a plasticidade é a propriedade de solos finos,
entre largos limites de umidade, de se submeterem a grandes deformações
permanentes, sem sofrer ruptura, fissuramento ou variação de volume
apreciável. A figura abaixo ilustra como a umidade alteara o estado de
plasticidade de um material fino.
É importante ressaltar que o ensaio deve ser repetido no mínimo 3 vezes, mas
é recomendado que sejam cinco, para que possa ser feita análise dos dados e
verificação da confiabilidade dos mesmos.
Exemplo:
LP = (22,3+24,2+21,8+22,5)/4 = 22,7%
Nota-se que o valor de W2 se afasta 6,6% da média calculada (portanto > 5%)
este deve ser retirado e calculado um novo LP. Assim, um novo LP deverá ser
calculado com os demais valores de umidade, ou seja; (W1+W3+W4)/3 LP =
22,2%
Resolução:
Índice de Plasticidade
IP = LL-LP
IP = 110% - 50%
IP = 60%
RESPOSTA:
Uma dica para melhorar seus estudos, é buscar outras fontes bibliográficas ou
mesmo alguns vídeos disponíveis no Youtube. Tenho algumas sugestões:
Ao final dos estudos, você deverá ser capaz de: interpretar resultados de
Granulometria juntamente com os parâmetros de consistência dos solos
de forma conjunta e assim classificar o solo baseado numa dada
normativa de classificação. Após classificar, é possível analisar onde e
porque o solo pode ou não pode ser utilizado, com devidas justificativas
geotécnicas.
1. CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA
Letra Definição
G Gravel (pedregulho)
S Sand (areia)
C Clay (argila)
W Well graded (bem graduado)
P Poorly graded (mal graduado)
M Palavra sueca mo, refere-se ao silte
O Organic (orgânico)
L Low (baixa)
H High (alta)
Os nomes dos grupos serão simbolizados por um par de letras. Onde o prefixo
é uma das subdivisões ligada ao tipo de solo, e o sufixo, às características
50
Na tabela, é possível ver nas duas últimas colunas, os símbolos de cada grupo
e seus respectivos nomes, bem como uma série de observações necessárias a
classificação do solo.
Sempre que as porcentagens de finos estiver entre 5 e 12%, o solo deverá ser
representado por um símbolo duplo, sendo o primeiro o do solo grosso (GW,
GP, SW, SP), enquanto que o segundo símbolo dependerá da região onde se
localizar o ponto representativo dos finos desse solo.
Nesta divisão, foram colocados os solos que tem uma porcentagem maior ou
igual a 50%, de partículas com tamanho menor do que 0,075mm (passando na
peneira nº200). Estes solos, siltes e argilas, foram inicialmente separados em
função do limite de liquidez: menor que 50% e maior ou igual a 50%.
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Talvez você esteja em dúvida de porque a argila foi classificada como de baixa
plasticidade e não como MEDIANA plasticidade, como indicado no gráfico.
53
Note que no Gráfico existe uma linha divisória no eixo X, vermelha, com
LL=50%. Essa linha divide em materiais de ALTA plasticidade todos os
materiais com LL>50% e de BAIXA plasticidade todos os materiais com LL <
50%.
Tudo que tiver LL > 50% são considerados de ALTA plasticidade e com
ALTA compressibilidade, portanto “H”(high) alta compressibilidade.
Tudo que tiver LL < 50% são considerados de BAIXA plasticidade e com
BAIXA compressibilidade, portanto “L” (low) baixa compressibilidade.
Limite de Liquidez:
Penetração do cone (mm) 15,5 18,0 19,4 22,2 24,9
Teor de Umidade (%) 39,3 40,8 42,1 44,6 45,6
Limite de Plasticidade:
Teor de Umidade (%) 23,9 24,3
Determine o IP do material
Logo, LL = 42%, com LP= 24% (obtido como sendo uma média dos dois
valores que foram apresentados no enunciado da questão), determina-se
IP=18%
Sol
% Graúdo % Finos SUCS
o
76 %
A 100 Pedregulho W 0 GW
24% Areia
95 %
B 97 Pedregulho P 3 SP
2 % Areia
41 %
%P#200>1
C 66 Pedregulho 34 CL GC
2
25 % Areia
D 5 - 95 ML-CL ML-CL
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Uma dica para melhorar seus estudos, é buscar outras fontes bibliográficas ou
mesmo alguns vídeos disponíveis no Youtube. Tenho uma sugestão:
1. Aula 6 - Classificação dos solos – SUCS
https://www.youtube.com/watch?v=vviZo0hZg8M
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onde:
c = valor do limite de liquidez menos 40%. Se o valor de “c” for negativo adota-
se zero, e se for superior a 20, adota-se este valor como limite máximo.
c = LL - 40% (0 - 20)
d = IP - 10% (0 - 20)
IG CBR IG
0 20
1 18
2 15
3 13
4 12
5 10
6 9
7 8
8 7
9-10 6
11-12 5
13-14 4
15-17 3
18-20 2
Com relação à fração fina, os solos finos foram divididos em quatro grupos, A4,
A5, A6 e A7.
A7-5, IP ≤ LL - 30%
Resposta: Uma das diferenças que destaca uma classificação frente a outra
diz respeito a porcentagem de material passante pela #200, uma vez que na
SUCS considera material fino quando se tem 50% passante e, pela HRB 35%.
Isto porque a HRB classifica o solo para fins rodoviários, onde materiais
granulares são o foco.
A HRB utiliza ainda do Índice de grupo (IG), que relaciona granulometria com
os limites de Atterberg. utilizado para se prever o comportamento e, assim,
classificar os solos quanto a sua qualidade como subleito.
Apenas o grupo A-2 é constituído por solo silte- argiloso . A-1 é formado por
mistura bem graduada de fragmentos de pedra ou pedregulhos, areia grossa,
areia fina. A-3 material típico deste grupo é areia fina de praia ou de deserto,
sem silte ou argila, ou possuindo pequena quantidade de silte não plástico.
Inclui também mistura de areia fina mal graduada e quantidades limitadas de
areia grossa e pedregulho.
Uma dica para melhorar seus estudos, é buscar outras fontes bibliográficas ou
mesmo alguns vídeos disponíveis no Youtube. Tenho uma sugestão:
1) Aula 7 - Classificação dos solos - AASHTO, HRB, TRB
https://www.youtube.com/watch?v=OR3wVO8ufa0
2º - Prepare um arquivo ÚNICO em formato PDF com tudo que você resolveu:
cálculos, análises e conclusões.
Após estudos topográficos, foi escolhida uma jazida na região próxima ao local
de implantação da obra, de modo a reduzir os custos com transporte. A Jazida
possui volume compatível com a necessidade da obra, porém somente os
estudos geotécnicos podem indicar se o material é tecnicamente compatível
com as características da obra que se pretende executar.
Ensaio de peneiramento –
Limite de Índice de
Solo Porcentagem que passa
Liquidez Plasticidade
Peneira nº4 Peneira nº200
Jazida 36% 13% 19,6% 11,0%
3) Qual o volume que deverá ser extraído da jazida para conseguir material
suficiente para executar o aterro proposto? Obs.: aqui é o tamanho do
buraco que será aberto na jazida.
4) Qual o volume de material que será transportado? Obs.: aqui é o material
solto
5) Quantas viagens de um caminhão basculante, com capacidade de 32m³
serão necessários para executar o aterro?
Baseado em princípios da Engenharia Geotécnica, após responder todas as
questões acima enumeradas, é possível redigir uma conclusão acerca das
duas principais perguntas:
Por exemplo: será que o material é um A-5 e portanto, tendo como Material
que predominante um Solo Siltoso e teria um Comportamento geral como
subleito Fraco a pobre? Analise com cuidado e mostre sua resposta, bem como
a análise de sua resposta.
2º passo: Se a % de material que passa na peneira nº200 for < 50%, então o
material predominantemente é um Pedregulho (G) ou Areia (S). Nesse caso,
sua análise precisa iniciar usando a tabela constante na Figura 18 da Unidade
2.
a) Se for < 5%, então a segunda sigla da classificação será W (well, que
significa Bem graduado) ou P (Poorly, que significa Mal graduado); ou
seja;
Se o material predominantemente for um Pedregulho, então ele
será um “G”. A segunda sigla dependerá da seguinte análise:
Será W se CNU > 4 e 1 < CC < 3; logo será um GW (pedregulho
bem graduado) ou Será GP (pedregulho mal graduado), se CNU
< 4 ou 1 > CC > 3
Se o material predominante for uma Areia, então ele será um “S”.
A segunda sigla dependerá da seguinte análise: Será W CNU >
6 e 1 < CC < 3, logo o material será um SW (Areia bem
graduada); Se o CNU < 6 ou 1 > CC > 3, então e será um SP
(areia mal graduada)
GW, GP, GM, GC, SW, SP, SM, SC, ML, CL, OL, MH, CH, OH. Use a tabela
abaixo para te auxiliar.
Esse memorial pode ser no Word, Excel, Bloco de notas, pode ser feito à
mão e escaneado, etc.
No final, é importante você descrever, justificando sua resposta, qual dos dois
caminhos é o mais adequado para resolver esse problema de Engenharia.
PINTO, C.S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. Oficina de Textos, São
Paulo. 2000