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Interpretacao 8 Humor Sem Resposta
Interpretacao 8 Humor Sem Resposta
Humor
DE LHO NA IMAGEM
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2. Diferentemente da charge — que trabalha com caricaturas de pessoas conhecidas ligadas à políti-
ca, à televisão, etc. —, o cartum retrata figuras comuns, que representam o homem e a condição
humana. Com base nesses dados, responda: o texto de Mordillo é uma charge ou um cartum?
Justifique sua resposta com elementos do texto.
4. O cartum de Mordillo tem uma clara intenção política e, além disso, é humorístico. Em que con-
siste seu humor?
6. A foto retrata uma cena real, que chocou o mundo. O cartum é uma criação artística que parte
do real, mas é ficção, embora retrate fatos que podem ocorrer. A seguir, são reproduzidos quatro
comentários sobre o humor. Qual deles não explica a relação entre a realidade e a arte do humor?
a) “O humorista [...] é um homem como outro qualquer, que sofre as consequências da socie-
dade e que analisa o que observa.” (Zélio)
b) “[O] humor é uma análise crítica do homem e da vida.” (Ziraldo)
c) “Necessitamos do Humor e nem sempre nos damos conta disso. Somos sarcásticos, irônicos,
irreverentes, melodramáticos, o que é inerente ao Humor.” (Geandré)
d) “[...] a razão pela qual existe o cartum é a força da sátira, e o poder nunca, jamais, ou quase
nunca, que eu me lembre, esteve a favor do povo.” (Zélio)
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Brincadeira
Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
— Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
— Como é que você soube?
— Não interessa. Sei de tudo.
— Me faz um favor. Não espalha.
— Vou pensar.
— Por amor de Deus.
— Está bem. Mas olhe lá, hein?
Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
— Sei de tudo.
— Co-como?
— Sei de tudo.
— Tudo o quê?
— Você sabe.
— Mas é impossível. Como é que você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
— Alguém mais sabe?
Outras se tornavam agressivas:
— Está bem, você sabe. E daí?
Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
1. Todo texto narrativo apresenta uma personagem principal, à qual se dá o nome de protagonista.
Quando há uma personagem que se opõe às ações e aos interesses do protagonista, ela é chamada
de antagonista. No início do texto, o narrador conta que o protagonista “Descobriu que tinha
poder sobre as pessoas”.
a) O que as pessoas temiam?
b) Que tipo de poder supostamente o protagonista passou a ter?
c) Quais das frases abaixo confirmam sua resposta anterior?
“— Sei de tudo.”
“— Daí, nada. Só queria que você soubesse que eu sei.”
“— Se você andar na linha, eu não conto.”
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Compare essas frases e conclua: Mais do que a própria verdade, o que de fato preocupava as pessoas?
4. Graças ao seu “silêncio”, o protagonista ocupa cargos de confiança e “sobe na vida”. Até que um dia
as coisas mudam. Qual dos ditos populares a seguir traduz a nova situação vivida pelo protagonista?
a) Antes tarde do que nunca.
b) O feitiço virou contra o feiticeiro.
c) Os últimos serão os primeiros.
5. Nós desconhecemos o segredo que as vítimas queriam que fosse guardado. Contudo, sabemos qual
é o segredo do protagonista. O que supostamente é o “tudo” mencionado pela “voz misteriosa”?
6. O protagonista tem poder sobre as demais pessoas porque supostamente possui informações
sigilosas sobre elas. Contudo, a partir do momento em que ele se torna vítima de sua própria
“brincadeira”, quem passa a dominar quem?
7. Assustado, o protagonista se esconde. Depois de encontrado numa casa de praia, é assassinado.
Levante hipóteses:
a) Quem o teria matado?
b) O que o assassino provavelmente estaria pensando sobre o desaparecimento do impostor, a
ponto de querer matá-lo?
c) Por que o protagonista foi morto?
d) Na verdade, antes do assassinato, quem controlava quem?
8. O texto não revela o nome de nenhuma personagem. Considerando que essa história narra uma
Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
trama que joga com informações e poder, haveria algum motivo para o ocultamento do nome das
personagens?
9. Observe a ironia presente nas frases finais do texto:
“as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.”
Trocando ideias
1. O texto de Luis Fernando Verissimo sugere que ter informações equivale a ter poder. Nesse caso,
as informações (que não existiam) estariam relacionadas aos segredos de cada um. Mas pense na
vida social e nos diferentes tipos de informações a que podemos ter acesso.
a) Que tipo de informações um indivíduo necessita ter, hoje em dia, para se sair bem profissio-
nalmente e não ser enganado pelos outros?
b) Você acredita que ter mais informações nos torna mais preparados para a vida profissional e
social? Por quê?
2. O texto intitula-se “Brincadeira”, pois o episódio começou com um trote baseado em um jogo de
palavras.
a) Você acha que as palavras podem levar alguém à morte? Justifique sua resposta, se possível com exemplos.
b) Você alguma vez já foi vítima de um trote semelhante? Se sim, conte como foi.
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Antes e depois
Einstein passou à História por provar que tudo é relativo, mas disso sabe qualquer garoto: as
frases ditas a uma criança são exatamente o contrário do que ela ouvirá trinta anos depois. Basta com-
parar a coluna um com a coluna dois, para que a gente se convença de quanto é absurda a loteria da
vida. Para a infância, não há nada mais diferente que o “antes” e o “depois”.
de ficar em casa? E não sua cabeça não dá mais, você tem de ficar no
vem me dizer que você seu emprego, que além de tudo é tranquilo. E
está com febre, porque depois, para que quer você um diploma? Para
é mentira. Tem de ir ao ser mais um profissional liberal desempregado?
colégio para estudar e Nada disto. Não vai para a faculdade, não. Fica
ser alguém na vida. em casa que é melhor.
Olha aí, todos os teus brinquedos espalha- Essa sua obsessão pela ordem, pela limpeza é
dos pelo chão. É por isso que você perde tudo apenas uma defesa contra a ansiedade. No fundo
e quebra tudo. Olha: se você não juntar esses você é uma criança desamparada querendo har-
brinquedos em um minuto vai tudo para o lixo, monizar as partes em conflito de sua mente. Mas
ouviu? Para o lixo ou para o filho do zelador. por hoje vamos ficar por aqui. A propósito: a par-
Você não sabe valorizar as coisas que tem. Está tir da semana que vem vamos ter um aumento. É
na hora de aprender. Essas coisas custam dinhei- esse processo inflacionário que estamos vivendo.
ro e dinheiro não se acha na rua. As coisas estão custando um dinheirão.
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Nada disto. Você não vai andar de bicicleta. Você precisa fazer exercício, meu caro. Você
Agora está na hora de jantar. Além disto andar leva uma vida muito sedentária, todo o dia sen-
de bicicleta é perigoso. Você passa na entrada de tado numa cadeira, no escritório. Isto é perigoso.
garagens, vem um carro dirigido por um desses Afinal, você já entrou na faixa etária do enfarte.
malucos que andam soltos por aí, te atropela e E exercício é bom para descarregar a tensão. Por
era uma vez um menino. que você não anda de bicicleta, por exemplo?
Olha, até que é divertido.
Olha só as tuas roupas. Você suja tudo, rasga Sim, eu sei que você precisa se apresentar
tudo. Esses tênis não têm um mês ainda, e já dá bem, que o visual é tudo, especialmente em sua
para jogar fora. Assim não há dinheiro que chegue. profissão. Mas eu acho que você exagera. Eu acho
Por que é que você não anda limpinho e arruma- que você anda elegante demais. E isto para mim
do como o filho do nosso vizinho aqui de cima? só pode ter uma explicação: você anda tendo
Aquele, sim, é um menino que dá gosto de olhar. casos por aí. Elegância demais é coisa suspeita.
Você passa o dia inteiro na frente desta TV. E você acha que o plano econômico vai dar
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1. Com exceção do 1º parágrafo, que apresenta o texto, todo o restante está organizado em dois
grandes blocos: um relativo à infância e outro relativo ao mundo adulto, trinta anos depois. Em
cada um desses blocos, o narrador se ausenta e dá voz às personagens. Assim, por meio das falas
de sete cenas, sabemos como vivia o protagonista antes e como passa a viver depois, ou seja,
no presente. Com apenas uma palavra, resuma o assunto de cada um desses blocos.
5. A intenção que temos ao aconselhar uma pessoa é, geralmente, orientá-la naquilo que será
melhor para ela. Comparando os conselhos e as ordens dadas ao protagonista antes e depois,
notamos que há diferenças de intenções. Qual é a intenção dos interlocutores ao aconselharem o
protagonista:
a) na infância?
b) na vida adulta?
6. Comparando os conselhos recebidos na infância com os conselhos recebidos trinta anos depois,
observamos que o protagonista:
a) pouco mudou em seus comportamentos; continua sendo um rebelde.
Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
7. Observe que em nenhum momento houve referência ao nome das personagens, ou mesmo ao
do protagonista. Note também que, passados trinta anos, as pessoas continuam dando ordens e
conselhos ao protagonista. Levando em conta essas observações, quais das afirmações seguintes
podemos considerar corretas?
a) A falta de nomes tende a generalizar os comportamentos observados. Provavelmente tanto o
narrador quanto nós todos passamos ou passaremos pelos mesmos problemas.
b) O narrador prefere não nomear as pessoas envolvidas para não chocá-las.
c) De forma bem-humorada, o texto põe em discussão um problema relativo à identidade, isto
é, ao fato de que nunca podemos ser nós mesmos, nunca podemos nos comportar da forma
como desejamos.
d) O texto discute os limites existentes entre a liberdade individual e os valores e padrões sociais
de comportamento.
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orbis
buracos-negros no Universo;
sonho humano de viajar no tempo.
© Bettmann/C
que, além dos três estados
No início do texto, é mencionada a conhecidos da matéria —
Teoria da Relatividade. Por que, na líquido, sólido e gasoso — ,
visão do narrador, essa teoria se apli- existem mais dois: o plasma
caria à sua história pessoal e à vida das e um outro, recentemente
pessoas em geral? comprovado e ainda sem
nome.
Pelos estudos feitos
9. Você provavelmente sabe como se
até o momento, Einstein
joga na loteria esportiva. Os aposta- acertou na mosca: estava
dores precisam acertar todos os resul- tudo certo!
tados dos treze jogos disputados entre
times de futebol, assinalando com
um x o nome do time que vai vencer
(coluna 1 ou coluna 2); quando prevê empate, deve assinalar a coluna do meio. O narrador
afirma, no 1º parágrafo: “Basta comparar a coluna um com a coluna dois, para que a gente se
convença de quanto é absurda a loteria da vida”.
a) Na sua opinião, o contraste entre o antes e o depois é absurdo? Por quê?
b) Ao comparar a vida com a loteria esportiva, o narrador menciona apenas a coluna 1 e a coluna
2, ou seja, dois extremos. Na sua opinião, o que poderia ser a coluna do meio?
A LINGUAGEM DO TEXTO
a) Essa frase declara uma verdade, por isso é aparentemente uma frase declarativa. Apesar
disso, podemos dizer que, considerando sua intencionalidade, ela é imperativa. Por quê?
b) Como ela poderia ser redigida para se tornar explicitamente uma frase imperativa?
3. Observando o texto na vertical, cena por cena, compare as falas dos interlocutores do período da
infância. Perceba o maior ou menor grau de autoritarismo (ordens diretas) e de argumentos que
pretendem convencer.
a) As ordens são mais frequentes e explícitas no início ou no fim do texto?
b) Quando os argumentos são mais frequentes?
c) Que relação essas diferenças têm com as fases de desenvolvimento do protagonista?
Elas permitem imaginar uma fala anterior do protagonista, que não foi explicitada. Levante
hipóteses: O que o protagonista deve ter dito em cada uma dessas situações para receber essas
respostas?
Trocando ideias
1. O texto nos mostra dois momentos da vida de uma personagem. Neles, os conselhos e ordens,
apesar de opostos, continuam sendo dados e quase impostos.
a) Suponha que o protagonista tivesse um filho. Você acha que o menino estaria recebendo uma
educação diferente daquela que ele teve? Por quê?
b) Com base em sua resposta anterior, responda: Você acha que todos nós inevitavelmente
reproduzimos a educação que recebemos de nossos pais? Justifique.
2. Seria possível educar uma criança sem ter de obrigá-la a viver segundo regras e normas rígidas?
Como seria essa educação e quais suas vantagens e desvantagens?