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No mundo da fantasia
DE LHO NA IMAGEM
2. Abaixo das crianças, há uma inscrição em inglês, cuja tradução é o próprio nome do quadro: A
terra do encantamento. Observe que, no plano de fundo da pintura, há várias personagens.
a) Em que lugar elas estão?
b) Quem são elas?
c) Que relação há entre elas e os livros que as crianças estão lendo?
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4. Observe as crianças lendo e os objetos que estão do lado delas. Na sua opinião, elas gostam de
ler? Por quê?
5. Quando lemos, nos transportamos para um mundo em que tudo pode acontecer: animais falam,
piratas perigosos nos ameaçam com mão de gancho, sapos nojentos viram lindos príncipes,
monstros horríveis transformam-se em pessoas bonitas por dentro e por fora... Essa é a “terra do
encantamento” ou o mundo da fantasia que está à nossa espera nos livros.
a) Quais das histórias do mundo da fantasia você já leu?
b) De qual gostou mais? Por quê?
c) Para você, o que é a leitura?
Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
O Chapeuzinho Vermelho
Havia, numa cidadezinha, uma menina que todos achavam muito bonita. A mãe era doida por
ela e a avó ainda mais. Por isso, a avó mandou fazer um pequeno capuz vermelho que ficava muito
bem na menina. Por causa dele, ela ficou sendo chamada em toda parte de Chapeuzinho Vermelho.
Um dia em que sua mãe tinha preparado umas tortas, disse para ela:
— Vai ver como está passando sua avó. Pois eu soube que ela anda doente. Leva uma torta e este
potezinho de manteiga.
Chapeuzinho Vermelho saiu em seguida para ir visitar sua avó, que morava em outra cidadezinha.
Quando atravessava o bosque, ela encontrou compadre Lobo, que logo teve vontade de comer a
menina. Mas não teve coragem por causa de uns lenhadores que estavam na floresta.
O Lobo perguntou aonde ela ia. A pobrezinha, que não sabia como é perigoso parar para escutar
um lobo, disse para ele:
— Eu vou ver minha avó e levar para ela uma torta e um potezinho de manteiga que minha mãe
está mandando.
— Ela mora muito longe? — perguntou o Lobo.
— Oh! Sim — respondeu Chapeuzinho Vermelho. — É pra lá daquele moinho que você está
vendo bem lá embaixo. É a primeira casa da cidadezinha.
— Pois bem — disse o Lobo —, eu também quero ir ver sua avó. Eu vou por este caminho daqui
e você vai por aquele de lá. Vamos ver quem chega primeiro.
O Lobo pôs-se a correr com toda a sua força pelo caminho mais curto. A menina foi pelo cami-
Moral
Vimos que os jovens,
Principalmente as moças,
Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
1. Como todos os contos de fadas, O Chapeuzinho Vermelho apresenta um herói ou uma heroína e
um vilão (ou antagonista), isto é, aquele que se opõe ao herói.
a) Quem é a heroína do conto lido?
b) Quem é o vilão?
2. É comum, nos contos de fadas, o herói ser vítima de uma armadilha planejada pelo vilão. É o
caso, por exemplo, da maçã envenenada que Branca de Neve come no conto Branca de Neve e os
sete anões. No conto O Chapeuzinho Vermelho:
a) Qual é a armadilha que o vilão planeja?
b) Quem são suas vítimas?
3. No final da história, o Lobo alcança seu objetivo: devorar a menina. Contudo, desde o início
do conto as intenções do Lobo estavam claras.
a) Identifique em que parágrafo aparece pela primeira vez a intenção do Lobo de comer Chapeu-
zinho Vermelho.
b) O que impediu o Lobo de comer a menina nesse momento?
4. Além de divertir, os contos de fadas normalmente procuram transmitir às crianças alguns conhe-
cimentos. No caso do conto O Chapeuzinho Vermelho, a história parece alertar as pessoas contra
os perigos da imprudência e da ingenuidade.
a) Qual teria sido a imprudência da mãe de Chapeuzinho Vermelho?
b) Qual a imprudência da avó?
c) O trecho “A pobrezinha, que não sabia como é perigoso parar para escutar um lobo, disse para
ele” demonstra que a menina era imprudente ou ingênua? Por quê?
5. Numa parte do conto, fica clara a intenção de alertar, as moças principalmente, sobre os riscos
A LINGUAGEM DO TEXTO
“Eu digo o lobo porque todos os lobos não são do mesmo tipo.”
Note que o autor escreveu “todos os lobos não são”, o que equivale a dizer:
a) qualquer lobo é.
b) nenhum lobo é.
c) todo lobo é.
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“O Lobo não levou muito tempo para chegar à casa da avó. Bateu na porta: toc, toc.”
Toc, toc reproduz o som das batidas dos dedos na porta. As palavras que imitam, na escrita, sons
e ruídos são chamadas de onomatopeias.
Onomatopeias são palavras que imitam aproximadamente sons e ruídos produzidos por
sinos, campainhas, instrumentos musicais, armas de fogo, vozes de animais, movimentos, etc.
b) “O bicho, raposa-lobo como se dizia, rosnava e depois regougava pelos caminhos. De longe se ouviam
os uivos que ele dava.”
(Luís Jardim)
3. Imagine a seguinte situação: você está no centro da cidade às 6 horas da tarde. As lojas fecham
suas portas. Barulho de vozes, buzinas, motor de carros e ônibus, escapamentos de motos, apito
de guarda de trânsito. Um carro freia repentinamente, uma mulher grita. Um cachorro, ganindo,
Escreva um pequeno texto que narre essa situação. Faça uso de onomatopeias.
Trocando ideias
2. Se os contos de fadas pretendem transmitir ensinamentos às crianças, qual das duas versões — a
de Perrault ou a dos irmãos Grimm — é a mais educativa? Por quê?
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O ganso de ouro
Era uma vez um homem que tinha três filhos. Os dois mais velhos eram tidos como inteligentes
e espertos, ao passo que o caçula, todos o consideravam um bobalhão e só o chamavam de João Bocó.
Um dia, o filho mais velho precisou ir buscar lenha na floresta. A mãe lhe preparou um lanche
com um delicioso bolo e uma garrafa de vinho, para que ele não sentisse fome nem sede.
Quando ia entrando na mata, o moço encontrou um velho grisalho que lhe desejou bom-dia
e pediu:
— Por favor, me dê um pedacinho do seu bolo e um gole de sua garrafa. Estou morrendo de
fome e sede.
— Era só o que faltava! — respondeu ele com maus modos. — Se eu lhe der, o que é que
sobra para mim? — e, dando-lhe as costas, afundou-se na mata. Mais adiante, quando começou a
golpear uma árvore, errou o golpe e feriu-se no braço. Então foi obrigado a voltar para casa, sem
trazer um cavaquinho que fosse, sem desconfiar que o acontecido foi por artes do velho grisalho,
que era mágico.
No dia seguinte, o segundo filho foi à floresta buscar lenha. Também para ele, a mãe preparou
um bom lanche com bolo e vinho e, assim como aconteceu ao irmão, quando entrou na mata, encon-
trou o velho grisalho, que lhe pediu um pedaço de bolo e um gole de vinho.
— Essa é boa! Pensa que vou repartir com um velho vagabundo o que posso comer sozinho? —
respondeu o rapaz continuando a andar.
E não teve melhor sorte que o irmão. Mal começou a golpear uma
Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
de João Bocó, veio com nova exigência: só daria a filha se o moço lhe trouxesse um barco que andasse
tanto em terra como na água.
João Bocó voltou à floresta e, desta vez, encontrando o velho mágico em pessoa, explicou-lhe a
situação e disse o que queria.
— Quem ajuda os outros merece ser ajudado! — o velho disse isso, piscou um olho e desapare-
ceu, deixando no seu lugar o barco exigido.
Quando o rei viu o rapaz chegar com o barco navegando em chão enxuto, compreendeu que não
havia mais jeito. Concedeu-lhe a mão da filha e o casamento realizou-se. Dizem que nunca houve um
casal tão feliz nem alguém tão sorridente como a esposa de João Bocó.
(Contos de Grimm. Adaptação de Maria Heloisa Penteado. São Paulo: Ática, 1989. p. 23-30.)
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Elizabeth MacKinstry
tino de João? vilão da história.
No conto, há tam-
b) Por que o conto “O ganso de bém personagens secun-
ouro” e outros contos semelhan- dárias. As personagens
tes a esse são conhecidos como secundárias são aquelas
contos maravilhosos? Dê sua que têm uma partici-
opinião. pação menor ou menos
frequente na história.
c) Em “O ganso de ouro”, que fatos
podem ser considerados fora do
comum, espantosos? Cite dois
exemplos.
3. Depois de ganhar o presente do velho grisalho, João Bocó sai em busca de aventuras.
a) Por que ele resolveu partir?
b) Compare o modo como o pai e a mãe de João Bocó o tratam e como eles tratam os outros
filhos. Há alguma diferença nessa forma de tratamento? Justifique sua resposta com elementos
do texto.
4. Ao chegar à cidade, João Bocó dirige-se ao palácio para tentar fazer a princesa rir e, assim,
casar-se com ela. Na sua opinião, João tinha a intenção de usar o ganso de ouro para isso?
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A LINGUAGEM DO TEXTO
1. O conto “O ganso de ouro” mostra unidade de sentido, ou seja, é um texto que tem começo, meio
e fim. Ele está dividido em partes menores, os parágrafos. Parágrafos são partes do texto que
agrupam ideias. A indicação de início de parágrafo é feita pelo afastamento em relação à margem
esquerda do texto.
a) Quantos parágrafos há no texto lido?
b) Em que parágrafo o velho grisalho pede ao filho mais velho um pedacinho de bolo e um gole
de vinho?
2. Observe o primeiro parágrafo do texto. Como os outros parágrafos, ele apresenta partes menores,
as frases, que são delimitadas pelo ponto.
a) Observe o número de pontos desse parágrafo. Quantas frases há nele?
b) O parágrafo se inicia com letra maiúscula. E as frases, são iniciadas com letra maiúscula ou
com letra minúscula?
Tipos de frase
Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
Na escrita, a frase começa com letra maiúscula e termina com ponto. Na fala, a frase é demarcada
pela entonação, isto é, por um tom de voz que expressa a intenção de quem fala.
De acordo com o sentido que pretendemos construir, podemos produzir diferentes tipos de frase.
Tradicionalmente, a gramática classifica as frases em quatro tipos:
• Interrogativa: usada para fazer uma pergunta:
“Está vendo aquela árvore ali adiante?”
Na escrita, a frase interrogativa é indicada por ponto de interrogação.
• Declarativa: usada para dar uma resposta, uma informação ou contar alguma coisa:
“Era uma vez um homem que tinha três filhos.”
Na escrita, a frase declarativa é indicada por ponto.
• Exclamativa: usada para expressar espanto, surpresa, emoção, admiração, alegria, etc.:
“Era só o que faltava!”
Na escrita, a frase exclamativa é indicada por ponto de exclamação.
• Imperativa: usada para expressar uma ordem, um desejo, uma advertência, um pedido:
“Está bem, vá!”
Na escrita, a frase imperativa é indicada por ponto ou por ponto de exclamação.
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4. Considerando o contexto, responda: Por que a entrada triunfal do aluno Felipe surpreende os
Trocando ideias
1. Você acha que a história de João Bocó pode ser lida e contada para crianças e adultos do mundo
inteiro, em qualquer época? Por quê?
2. Nos dias de hoje há pessoas que, como o pai de João Bocó, tratam outras injustamente, por jul-
garem que elas são bobas e pouco inteligentes?
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