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KARINE FÊU BRANDÃO DOS SANTOS

CEIM ALEGRIA DO SABER

PROJETO VIAJANDO NO MUNDO DOS GÊNEROS


TEXTUAIS

Projeto viajando no mundo dos gêneros


textuais apresentado ao Curso de Vivências
de Leitura, Centro de Formação, Secretaria
Municipal de Educação, Prefeitura de
Linhares.
Orientação: Prof.ª Alcenira N. Rangel

LINHARES

2019

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PROJETO VIAJANDO NO MUNDO DOS GÊNEROS TEXTUAIS

JUSTIFICATIVA:

A constituição do pensamento está associada ao domínio e à apropriação da linguagem verbal.


As crianças bem pequenas, à medida que vão se apropriando dos sentidos e dominando a
língua materna, vão ampliando e enriquecendo progressivamente seu vocabulário e utilizando
recursos de expressão e de compreensão cada vez mais complexos, tornando a língua seu
veículo privilegiado de interação. É no convívio e nas interações com seus pares que elas
aprendem a falar, a ouvir, a compreender seu contexto, vivenciando experiências que
potencializam sua participação na cultura.

As DCNEI (Parecer CNE/ CEB n.0 20/09) trazem que as práticas pedagógicas na Educação
Infantil devem garantir experiências que “favoreçam a imersão das crianças nas diferentes
linguagens e o progressivo domínio por elas de diferentes gêneros e formas de expressão:
gestual, verbal, plástica, dramática e musical”.

Oportunizar as crianças bem pequenas, a escuta de histórias, a participação nas conversas e o


contato com diferentes gêneros textuais; propiciam a construção de novos conhecimentos a
respeito da linguagem verbal, desenvolvem o gosto pela leitura, estimulam à imaginação,
ampliam o conhecimento de mundo, além de promoverem a apropriação de novos gestos,
falas, histórias e escritas (convencionais ou não), dessa forma justifico o presente projeto.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver o gosto pela leitura, estimular a imaginação e a ampliação do conhecimento de


mundo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Estimular o interesse pela leitura;


 Manusear diversos tipos de textos;
 Encenar e recontar histórias ouvidas;
 Conhecer diferentes gêneros textuais;
 Estimular a cooperação por meio de trabalhos em grupos.

CRONOGRAMA:
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Mês de Setembro

RECURSOS:

Papel de seda, cola, linha, palitos de churrasco, copo, giz de cera, bonecos de biscuit da
chapeuzinho vermelho, aparelho de som, roupas para a dramatização. Folhas de A4,

AVALIAÇÃO:

A avaliação será feita através da observação diária das crianças, ao longo de todo o processo
nas atividades propostas.

CULMINÂNCIA

 Exposição das produções.

DESENVOLVIMENTO

1º dia: Relato Científico – Em uma roda de conversa iniciar mostrando a imagem:

A partir de hoje vamos iniciar uma viagem por diferentes tipos de textos, então sentem no
nosso tapete e vamos iniciar nossa viagem. Você já ouviu o barulho do mar numa concha?

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De acordo com pequeno relato científico quando você aproxima uma concha perto do ouvido
para escutar o barulho do mar, o que você ouve de verdade é o seu próprio fluxo sanguíneo.

Vamos fazer uma experiência? Usar um copo ou qualquer para escutar o mesmo som da
concha;

Estimular a curiosidade das crianças e conversar sobre o que é um relato científico.

2º dia: Crônicas – Vamos viajar novamente em nosso tapete mágico. Sentem-se...

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As três pipas do vovô
Aline Dexheimer
- Amanhã é dia de que? – Meus filhos perguntam, os três ao mesmo tempo.
- Amanhã é dia de vovô e vovó – Eu respondo. Eles saem saltitantes pela casa brincando e
gritando.
- EBA! Amanhã é dia de vovô.

Como é bom "ser" criança e esperar pela visita dos avós no "mingo" (Domingo, dia dos
avós). Uma semana eles vêem, outra nós vamos. Neste dia, o vovô veio cheio de papéis,
cola e tesoura. É dia de vovô e também de churrasco. OBA! A surpresa do dia. O Vovô faria
pipas para as crianças. Depois do churrasco, o vovô sentou, rodeado de seus trinetos para
confeccionar as pipas. Sentados lá na garagem, ficaram a tarde toda fazendo uma pipa,
enquanto ele resgatava gostosas memórias de sua própria infância. Uma tarde não seria
suficiente para as três pipas. Mas a diversão já estava preparada. Só faltava o vento! Cadê o
vento? Naquela tarde muito quente de verão não tinha vento, mas não impediu que a turma
se divertisse da mesma forma. Foi preciso mais um domingo para o término das pipas. E o
tão esperado dia de vento apareceu, afinal. Munido das três pipas, dos trinetos e eu, com a
câmera a tira colo, vovô partiu para o que seria a nossa aventura dominical. Chegamos de
mansinho naquela praça no final da tarde. Havia crianças brincando de bola, casais
tomando chimarrão, crianças no balanço, outros exercitando-se. Talvez, chovesse. Talvez
ventasse. Estava estranho. A princípio, nenhum vento, para a tristeza das crianças. O vovô
meio desapontado olhava para as nuvens. De repente, uma brisa o animou. Ele disse:

- Olha o vento! – Correu para o carro e buscou as três pipas. Elas teimaram um pouco, mas
subiram. Aos poucos as crianças pegaram o jeito. Corriam pela grande praça, enquanto as
pipas voavam chamando atenção do restante das pessoas. Aos poucos outras crianças foram
surgindo e querendo experimentar, crianças, talvez, sem um avô maravilhoso como este que
confeccionava pipas.

De longe, sentada no banco eu registrava os momentos com todas as fotos que podia. Meu
pai ao lado dos netos e rodeado de crianças de todas as cores. Agradeci pelo momento tão
maravilhoso desfrutado ao lado de meu pai e meus filhos trigêmeos. Uma brincadeira quase
tão rara nas nossas praças de cidades grandes com pais e avôs ocupados. Uma brincadeira
gostosa num lindo final de tarde de verão coroada pelos raios de um por de sol igualmente
raro.
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Como é bom "ter" crianças e viver toda esta alegria. Por isso, não me canso de agradecer:

- Obrigada! Viva o Vovô com suas três pipas!

Ao finalizar a viagem por esta crônica, perguntar quem já soltou pipas, que tal fazermos
nossas pipas para soltamos depois.

Juntamente com as crianças, produzir pipas e soltar logo em seguida no pátio da escola.

3º dia: Conversação Telefônica – e o nosso passeio continua... tomem seus lugares e vamos
viajar...

Logo cedo, Lucimeire conversa ao telefone com Lucia.


- Alô.
- Lu, você não tem ideia do que acaba de acontecer comigo! Estou em pânico.
- Calma, Luci, fale devagar, são seis horas da manhã, ainda não acordei.
- Menina, como sempre ao acordar fui até o banheiro tomar banho.
- Você não me acordou para falar da sua rotina matinal? Quero dormir.
- Claro que não, ouça e ajude-me.
- Está bem, agora que me acordou mesmo, fale logo.
- Tocou a campainha da porta, saí do banheiro e fui atender. Abri a porta e vi um homem
caído na soleira.
- Viu o que?
- Um homem. Lu ele parece estar frio e rígido.
- Como sabe disso?
- Não se mexe. Olhei para os lados e não tinha ninguém no corredor. O que eu faço? Ai,
meu Deus!!!
- Calma amiga, ligue para a polícia e fale o que aconteceu, com todos os detalhes. Daqui a
pouco eu chego aí.
- Vem logo, estou com medo.
- Estou saindo. Fui.

Você já conversou no telefone? Com quem? Agora vamos fazer uma ligação no meu celular e
vocês irão conversar com uma pessoa.

4º dia: Memes – Obaaaa! Chegou a hora da nossa viagem? Um novo tipo de texto está
chegando...

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Você já tinha visto um meme em outo lugar? Onde? Agora vamos fazer um cartaz com um
meme...

5º Dia: Podcast – hum, que delícia chegou a hora da nossa viagem, tem um novo tipo de
texto chegando e dessa vez a gente vai ouvir. Esse tipo de texto se chama poscast. Esse
escolhi especialmente para vocês que gostam de desvendar os mistérios. Tomem seus lugares
e vamos juntos nessa...

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https://paizinhovirgula.com/como-surge-o-arco-iris-podcast-coisa-de-crianca/

E então o que acharam deste tipo de texto? Vamos pintar um arco-iris agora?

6º Dia: Entrevista – Vamos embarcar em mais uma viagem por outro tipo de gênero textual,
desta vez a entrevista. Vamos que nosso tapete está prontinho para viajar...

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Trecho da Entrevista Escrita entre o jornalista Júlio Lerner e a escritora brasileira Clarice
Lispector, veiculada no programa “Panorama”, da TV Cultura, dia 1 de fevereiro de 1977,
ano da morte da escritora.
Clarice Lispector, de onde veio esse Lispector?
É um nome latino, não é? Eu perguntei a meu pai desde quando havia Lispector na Ucrânia.
Ele disse que há gerações e gerações anteriores. Eu suponho que o nome foi rolando,
rolando, rolando, perdendo algumas sílabas e foi formando outra coisa que parece “Lis” e
“peito”, em latim. É um nome que quando escrevi meu primeiro livro, Sérgio Milliet (eu
era completamente desconhecida, é claro) diz assim: “Essa escritora de nome desagradável,
certamente um pseudônimo…”. Não era, era meu nome mesmo.

Você chegou a conhecer o Sérgio Milliet pessoalmente?


Nunca. Porque eu publiquei o meu livro e fui embora do Brasil, porque eu me casei com
um diplomata brasileiro, de modo que não conheci as pessoas que escreveram sobre mim.

Clarice, seu pai fazia o que profissionalmente?


Representações de firmas, coisas assim. Quando ele, na verdade, dava era para coisas do
espírito.

Há alguém na família Lispector que chegou a escrever alguma coisa?


Eu soube ultimamente, para minha enorme surpresa, que minha mãe escrevia. Não
publicava, mas escrevia. Eu tenho uma irmã, Elisa Lispector, que escreve romances. E
tenho outra irmã, chamada Tânia Kaufman, que escreve livros técnicos.

Você chegou a ler as coisas que sua mãe escreveu?


Não, eu soube há poucos meses. Soube através de uma tia: “Sabe que sua mãe fazia um
diário e escrevia poesias?” Eu fiquei boba…

Nas raras entrevistas que você tem concedido surge, quase que necessariamente, a
pergunta de como você começou a escrever e quando?

Antes de sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, inventei uma história
que não acabava nunca. Quando comecei a ler comecei a escrever também. Pequenas
histórias.

Quando a jovem, praticamente adolescente Clarice Lispector, descobre que realmente

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é a literatura aquele campo de criação humana que mais a atrai, a jovem Clarice tem
algum objetivo específico ou apenas escrever, sem determinar um tipo de público?
Apenas escrever.

Você poderia nos dar uma ideia do que era a produção da adolescente Clarice
Lispector?
Caótica. Intensa. Inteiramente fora da realidade da vida.

Desse período você se lembra do nome de alguma produção?


Bem, escrevi várias coisas antes de publicar meu primeiro livro. Eu escrevia para revistas
— contos, jornais. Eu ia com uma timidez enorme, mas uma timidez ousada. Eu sou tímida
e ousada ao mesmo tempo. Chegava lá nas revistas e dizia: “Eu tenho um conto, você não
quer publicar?” Aí me lembro que uma vez foi o Raimundo Magalhães Jr. que olhou, leu
um pedaço, olhou para mim e disse: “Você copiou isso de quem?” Eu disse: “De ninguém,
é meu”. Ele disse: Você traduziu?” Eu disse: “Não”. Ele disse: “Então eu vou publicar”.
Era sim, era meu trabalho.

Você publicava onde?


Ah, não me lembro… Jornais, revistas.

Clarice, a partir de qual momento você efetivamente decidiu assumir a carreira de


escritora?
Eu nunca assumi.

Por quê?
Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço
questão de continuar sendo amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo
mesmo de escrever. Ou então com o outro, em relação ao outro. Agora eu faço questão de
não ser uma profissional para manter minha liberdade.

7 º dia: Contos – Hoje nossa viagem é especial, tenho certeza que irão gostar muito! Tomem
seus lugares e preparem-se que viagem promete!

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Contar a história da Chapeuzinho Vermelho, usando os bonecos de biscuit. Após a contação
de Histórias, preparar uma dramatização em que todas as crianças estejam envolvidas.

8º dia: Editorial – Chegamos ao final de nossa viagem, mas ainda existem diversos tipos
diferentes de textos. Sentem-se e vamos para nossa última viagem...

Editorial de moda infantil da revista Babiekins está repleto de flores


Publicada em 20 de agosto de 2014
Salvar

Moda, beleza e flores. A edição #14 da revista de moda e estilo infantil Babiekins está com
um editorial lindo e superflorido. A revista, que é referência em design, conforto e
sofisticação para os pequenos no mundo todo, traz modelos mirins adornadas com belos
arranjos de flores nos cabelos. Dá só uma olhada nas fotos:

As flores ficam sempre em alta na primavera e são ótimas para alegrar qualquer produção.
Falando em produção, tem um tutorial super legal que nós publicamos de como fazer uma
coroa de flores para o cabelo das meninas. É bem fácil e o resultado fica incrível. E a
nossa coleção Primavera 2014 Brandili tem peças para as meninas com um verdadeiro jardim
estampado. A tendência desta temporada é a dos Florais Realistas. Já viram?
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O look infantil com esta tendência fica romântico e bem feminino. A produção das pequenas
fica charmosa e ideal para um evento especial, como uma festa. Para conferir estes e outros
looks da tendência Florais Realistas, acesse a nossa loja virtual

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RERERENCIA

GEREMIAS, Daiana. Incrível! Descubra 13 fatos científicos bastante curiosos. Mega


Curioso. 03, agosto, 2018. Disponível em: <https://www.megacurioso.com.br/ciencia/40611-
incrivel-descubra-13-fatos-cientificos-bastante-curiosos.htm >. Acesso em: 18 desetembro de
2019.

DEXHEIMER, Aline. Crônicas para crianças. Qdivertido. Disponível em:


<http://www.qdivertido.com.br/vercronica.php?codigo=3>. Acesso em: 18 de setembro de
2019.

ARRUDA, Jaqueline. Gênero Textual – Conversa ao Telefone – Parte 1. Blogletdig.


Disponível em: <http://blogletdig.blogspot.com/2012/04/genero-textual-conversa-ao-
telefone.html>. Acesso em: 18 de setembro de 2019.

QUEIROZ, Tiago. Como surge o arco-íris? – Podcast Coisa de criança – Temporada 1 –


Episódio 2. Paizinho. Disponível em: < https://paizinhovirgula.com/como-surge-o-arco-iris-
podcast-coisa-de-crianca/>. Acesso em: 18 de setembro de 2019.

DIANA, Daniela. Gênero Textual Entrevista. Toda Matéria. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/genero-textual-entrevista/>. Acesso em: 18 de setembro de
2019.

http://www.blogmodainfantil.com.br/editorial-de-moda-infantil-da-revista-babiekins-esta-
repleto-de-flores/

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