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Licenciatura em Direito
Universidade Save
Maxixe
2021
Isabdel Nhanala
Universidade Save
Maxixe
2021
Indice
Introdução.........................................................................................................................................4
Conclusão.......................................................................................................................................11
Referência bibliográficas................................................................................................................12
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Introdução
O presente trabalho visa abordar de forma generica com bases doutrinarias e legais a questão da
natureza do Direito de familia, onde a expressão Direito de família, é correntemente usada pelos
tratadistas numa dupla acepção: como o conjunto de normas reguladoras de determinadas
relações da vida privada dos indivíduos ou seja ao conjunto de normas jurídicas que regulam as
relações jurídicas familiares ou relações de familia; outras vezes como capitulo da ciência
jurídica que tem por objecto o estudo metódico das soluções decorrentes das normas integradoras
desse conjunto.
O trabalho que esta organizado em título e subtítulos, elaborado com base na pesquisa
bibliográficas, tem como objectivo apresentar de forma clara o conceito, que visa maior
entendimento do conceito familia.
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O conceito, ou seja a noção de família consta no nosso ordenamento jurídico no art. 1 da lei
22/2019 de 11 de Dezembro: “família é a célula base da sociedade, factor de socialização da
pessoa humana”, e art. 2 da mesma lei: a família é a comunidade de membros ligados entre si
pelo parentesco, casamento, afinidade e adopção”
O termo família deriva do latim “famulus” que significa “escravo domestico”. Este termo foi
criado na Roma antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas ao
serem introduzidas a agricultura e escravidão legalizada.
O direito da família é o ramo mais intimamente ligado à própria vida, pois as pessoas provêm de
um organismo familiar e a ele conservam-se vinculadas durante a sua existência. A família é uma
realidade sociológica e constitui a base do Estado, sendo uma instituição necessária e sagrada
amplamente protegida.
Latu sensu, a palavra família abrange todas as pessoas ligadas por vínculo de sangue, bem como
as unidas por afinidade e pela adoção.
A lei, por sua vez, refere-se à família como um núcleo mais restrito, constituídos pelos pais e sua
prole. Identificam-se na sociedade conjugal estabelecida pelo casamento três ordens de vínculos:
conjugal;
de parentesco; e
O direito de família regula as relações entre os seus diversos membros e as conseqüências que
delas resultam para as pessoas e bens. Seu obcjeto é, pois, o complexo de disposições, pessoais e
patrimoniais, que se origina do entrelaçamento das múltiplas relações estabelecidas entre os
componentes da entidade familiar.
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A titulo de exemplo temos a relação de casamento ou de união estável, nas quais é possível notar
efeitos pessoais (como o estabelecimento de vínculo de parentesco por afinidade), patrimoniais
(dizendo respeito, por exemplo, ao regime de bens) e assistenciais (que podem ser exemplificados
pelo reconhecimento da obrigação alimentar)”.
Os direitos de família são os que nascem do fato de uma pessoa pertencer a determinada família,
na qualidade de cônjuge, pai, filho, etc. Contrapõem-se aos direitos patrimoniais, por não terem
valor pecuniário. Distinguem-se dos obrigacionais, pois caracterizam-se pelo fim ético e social.
Contudo, podem esses direitos ter conteúdo patrimonial (ex.: alimentos). Mas isso acontece
apenas indiretamente, em casos em que apenas aparentemente assumem a fisionomia de direito
real ou obrigacional.
Tal direito regula ora as relações entre as pessoas da mesma família; disciplina as relações
patrimoniais que se desenvolvem no seio da família; assume a direção das relações assistenciais,
têm em vista os cônjuges entre si, os filhos perante os pais, o tutelado em face do tutor, o
interdito diante de seu curador.
Pontes de Miranda complementa que a grande maioria dos preceitos de direitos de família é
composta de normas cogentes, exceto em matéria de regime de bens que o Código Civil deixa
margem à autonomia da vontade.
Ou seja, normas cogentes são normas obrigatórias, que não podem ser alteradas ou afastadas pela
vontade das partes.
A atual concepção de família é baseada em uma pluralidade das entidades familiares, com
diversas acepções da expressão família.
Dessa forma, conforme os autores Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves, é possível compreender,
assim, a família em sentido amplíssimo, amplo ou restrito, a partir de suas diferentes
possibilidades de composição:
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O sentido restrito de família, por seu turno, dirá respeito, tão somente,
ao conjunto de pessoas unidas afetivamente (pelo casamento ou união
estável, exemplificativamente) e sua eventual prole. Não se levam em
conta, aqui, outras pessoas que podem se agregar.
As convenções das nações unidas e cartas da união africana. Uma das realidades que
o direito da família procura retratar é o conjunto dos princípios dos instrumentos do
direito internacional ratificados pela republica de Moçambique,
No âmbito de direito fiscal, temos como fonte de direito da família, os preceitos que
dizem respeito ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, reguladas pela
lei 33/2007 de 31 de Dezembro que aprova o código sobre rendimentos de pessoas
singulares (IRPS), este imposto incide sobre o valor global anual dos rendimentos
mesmo quando provenientes de acto ilícitos, rendimentos que provem de cinco
categorias, depois de feitas as correspondentes deduções e abatimentos
Conclusão
È fácil perceber que as normas do Direito das Famílias implicam efeitos pessoais, patrimoniais e
sociais diversos, há um acentuado predomínio das normas imperativas, isto é, normas que são
inderrogáveis pela vontade dos particulares. Significa tal inderrogabilidade que os interessados
não podem estabelecer a ordenação de suas relações familiares, porque esta se encontra expressa
e imperativamente prevista na lei (ius cogens). Contudo o direito de família atua em três setores
nas relações pessoais, patrimoniais e assistenciais, percebe-se, então, que a lei não limita o
conceito de família a um único conceito, mas sim diversos significados da expressão para
designar as relações familiares.
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Referência bibliográficas