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Instrumentação e Automação
Aula 5- Medição de Temperatura
1
Objetivo
1. Identificar os parâmeros relevantes de um projeto de controle e automação,
enumerando todas as entradas e saídas (sensores e atuadores) do problema.
2. Descrever requisitos e necessidades para um projeto de controle e automação,
evidenciando o atendimento das especificações do cliente.
3. Avaliar diferentes técnicas de elaboração de projeto, buscando identificar a
mais adequada para o atendimento do requisitos do cliente.
4. Apresentar as fases de utilização do objeto em um projeto de controle e
automação, atendendo todas as exigências normativas nacionais e
internacionais.
5. Apresentar o processo de manufatura, serviço e manutenção, objetivando um
produto desenvolvido em um projeto de controle automação.
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Plano de ensino da Disciplinas (AV1)
Assunto
1. Definição de automação e instrumentação e seus respectivos componentes: transdutores e sensores, registradores e
indicadores; tipos dos sinais utilizados em instrumentos: elétrico, padrão pneumático, eletrônico (analógico e digital).
2. Estudo das principais características dos sensores de uma malha de instrumentação: faixa, resolução, sensibilidade,
linearidade, histerese, exatidão ou erro, precisão, repetibilidade, relação sinal, ruído e estabilidade. Padrão ISA 5
3. Apresentação sobre Transdutores, envolvendo a definição de sensores e suas principais Características construtivas,
Tipos (PNP, NPN, Contato Normal Aberto, Contato Normal fechado) e seu respectivo princípio de funcionamento.
4. Estudo do Princípio de medição da variável nível aplicado a instrumentação industrial, enfatizando os métodos de
obtenção de valores (diretamente e indiretamente) e os Tipos dos sensores e transmissores utilizados no campo de
automação.
5. Princípios de medição de Temperatura: termo-resistência com comportamento linear (PT-100), diferença de potencial
gerada por variação do gradiente de temperatura (efeito Seebeck), sensores industriais e exemplos de Aplicações práticas.
6. Estudo dos princípios básicos de medição de Pressão: Tipos de pressão (absoluta, diferencial e manométrica), Tipo e
características dos sensores de pressão industriais, Aplicações práticas de medição de Pressão.
7. Técnicas de medição de Vazão industrial: Pressão diferencial, Turbina, Medidor magnético, Deslocamento positivo e
Área variável. Tipo e características dos sensores de vazão e suas aplicações no campo da automação e instrumentação.
Revisão da AP1
AP1
Plano de ensino da Disciplinas (Ap2)
Assunto
8. Estudo dos Princípios de Hidráulica, análise de um sistema fluido para realizar cálculo e projeto de sistemas
hidráulico e eletro-hidráulico para geração de força e aplicações em sistemas que exigem baixa velocidade.
9. Apresentação dos Princípios de Pneumática e eletropneumática com análise projeto de sistemas fluidos, definição
dos componentes: compressores, unidade conservação de ar, cilindros, válvulas de comando direcionais e de bloqueio.
10. Definição de controle de processos com aplicação em sistemas de malha aberta e malha fechada, abordando a
influência de um sinal de realimentação em instrumentação; tipos de ações de controle: Proporcional, Integral e
Derivativo.
11. Apresentação da Estrutura de Controladores Industriais, tipos: (controladores Single Loop e Multi loop), sistema
Digital de Controle Distribuído e Controladores Lógicos Programáveis e sua aplicação no campo de instrumentação
industrial.
12. Estudo das Características dos SDCD - Sistema de Controle Distribuído, Arquitetura e componentes, Sistema de
comunicação e visualização das variáveis de processo. Aplicações de SDCD em plantas industriais.
13. Definição de C. L. P. (Controladores Lógicos Programáveis) e suas características, Arquitetura de hardware, cartões
de entradas e saídas, protocolos de redes industrias disponíveis e software de programação utilizado no equipamento.
14. Abordagem das Linguagens de programação utilizadas em controladores lógicos programáveis padronizadas pela
norma IEC61131: ladder, diagrama de bloco de funções, texto estruturado e grafcet; simulação de aplicações práticas.
Revisão da AP2
AP2
Livro texto:
R – Escala Rankine
K- Kelvin
oC – Celsius
oF - Fahrenheit
Relação entre as escalas de
temperatura:
°C = °F – 32 = K – 273 = R - 491
5 9 5 9
Normas Internacionais:
-ANSI (Americana), JIS
(japonesa), DIN (Alemâm), BS
(Inglesa) e UNI (Italiana)
Exercício
• Faça as conversões:
a) 189,86 oC para K
b) 189,86 oC para oF
c) 189,86 oC para R
• Respostas:
– 462,86 K
– 373,748 oF
– 832,748 R
Medidores de temperatura
• Os instrumentos de medida da temperatura podem ser divididos em duas grandes classes:
– 1ª Classe: Compreende os instrumentos naqueles em que o elemento sensível está em
contato com o corpo cuja temperatura se quer medir. São eles:
• A) Termômetros à dilatação de líquido.
• E) Termômetros à dilatação de gás.
• F) Termômetros à tensão de vapor saturante.
• A)Termômetros à dilatação de sólido.
• B) Termômetros à par termo elétrico.
• C) Termômetros à resistência elétrica.
– 2ª Classe: Compreende os instrumentos naqueles em que o elemento sensível não
está em contato com o corpo cuja temperatura se quer medir. São eles:
• A) Pirômetros à radiação total.
• B) Pirômetros à radiação parcial (monocromáticos).
Termômetros à dilatação de líquido
• Os termômetros de dilatação de líquidos, baseiam-se na lei
de expansão volumétrica de um líquido em relação à sua
temperatura dentro de recipiente fechado.
• A equação que rege esta relação é:
• Onde
Termômetros à dilatação de líquido
• Os tipo de medidores podem variar conforme sua construção:
– Recipientes de vidro transparente
– Recipiente metálico
• Recipientes de vidro transparente (Faixa de medição máxima -35 a 600 oC)
– Este tipo de termômetro é constituído de um reservatório, cujo tamanho
depende da sensibilidade desejada, soldada a um tubo capilar de seção a mais
uniforme possível fechado na parte superior. O reservatório e parte do capilar
são preenchidos de um líquido. Na parte superior do capilar existe um
alargamento que protege o termômetro no caso da temperatura ultrapassar seu
limite máximo.
Recipiente metálico
• No termômetro de vidro, a dilatação do líquido é observada e medida
diretamente através se sua parede transparente. No tipo de recipiente
metálico, o líquido preenche todo o instrumento e sob o efeito de um aumento
de temperatura se dilata, deformando um elemento extensível, dito sensor
volumétrico. O instrumento compreende três partes:- o bulbo, o capilar e o
elemento sensor, Faixa de variação máxima -35 a 550 oC. Os tipos de líquido
de enchimento:
Termômetros à dilatação de gás
• Fisicamente idêntico ao termômetro de dilatação de líquido, consta
de um bulbo, elemento de medição e capilar de ligação entre estes
dois elementos, princípio de funcionamento: P1/T1=P2/T2
• Sua faixa de medição vai de -100ºC à 600ºC, o limite inferior é o do
próprio gás ao se aproximar da temperatura crítica, e o superior é
do recipiente devido a maior permeabilidade ao gás, o que
acarretaria a sua perda inutilizando o termômetro.
Termômetros à tensão de vapor saturante
• Também fisicamente idêntico ao de dilatação de líquidos. Possui
um bulbo e um elemento de medição ligados entre si por meio de
um capilar. O bulbo é parcialmente cheio de um líquido volátil em
equilíbrio com o seu vapor. A pressão do vapor é função exclusiva
do tipo de líquido e da temperatura.
Termômetros à dilatação de sólido
• A operação deste tipo de termômetro se baseia no fenômeno da dilatação linear
dos metais com a temperatura. É sabido que o comprimento de uma barra metálica
varia com a temperatura segundo a fórmula aproximada:
– L = Lo (1 + α t)
– Onde:
• L = comprimento da barra à temperatura t.
• Lo = comprimento da barra à 0ºC.
• t = temperatura da barra
• α = coeficiente de dilatação linear do metal utilizado.
Termômetros à dilatação de sólido
• Aplicações na indústria
TERMÔMETRO BIMETÁLICO
INDICANDO A TEMPERATURA DO AR
NA SAÍDA DO PRÉ -AQUECEDOR
Termômetros à dilatação de sólido
• Aplicações na indústria
– A faixa de trabalho dos termômetros bimetálicos vai aproximadamente
de -50ºC à 800ºC, sendo a escala sensivelmente linear. A exatidão
normalmente garantida é de ± 2% do valor máximo da escala
Termistores
• É o nome dado a elementos semicondutores, normalmente óxidos metálicos
aglutinados à alta temperatura. As características principais dos termistores são:
– Sua alta resistividade possibilitando a construção de elementos da massa
diminuta.
– Elevado coeficiente de variação de resistência possibilitando a construção de
termômetros com faixa de utilização bastante estreita.
– Nota: O coeficiente de variação de resistência dos termistores alcança
normalmente 8 a 10 vezes o valor dos metais comuns.
– Sua robustez e durabilidade praticamente ilimitada.
Termistores
• A equação matemática entre a temperatura e a resistência é dada por:
• Equação geral:
Termômetros à resistência elétrica
• O princípio construtivo:
– Os metais utilizados com maior frequência na confecção de termo
resistência são: platina (Pt); níquel (Ni) e cobre (Cu)
– Para pequenas faixas de temperatura um coeficiente médio , variação
de resistência, pode ser utilizado. Porém, para faixas mais amplas,
necessita-se a introdução dos coeficientes de ordem superior, para
uma maior aproximação à curva real de radiação R versus T.
– Por exemplo, no caso da Platina, dois coeficientes são suficientes até
a temperatura de 649ºC, esta relação é quadrática e se afasta da
relação linear em aproximadamente 7% no valor máximo.
• A faixa de utilização aproximada dos três metais é mostrada a seguir:-
– PLATINA - faixa - 200 à 600ºC (excepcionalmente 1200ºC) - Ponto de
Fusão 1774ºC.
– NÍQUEL - faixa - 200 à 300ºC - Ponto de Fusão 1455ºC.
– COBRE - faixa - 200 à 120ºC - Ponto de Fusão 1023ºC.
Termômetros à resistência elétrica
• Tipos de construção:
• Normalmente a termoresistência é constituída de um fio muito fino, enrolado sobre
um suporte isolante que poderá ser de mica, vidro ou cerâmica. Este conjunto é
isolado e encapsulado em vidro ou cerâmica, tornando a resistência assim
constituída, isolada do meio ambiente.
• A exatidão dos termômetros de resistência, quando corretamente instalados, é
grande, pode atingir a ± 0,01ºC. Normalmente as sondas utilizadas industrialmente
apresentam uma precisão de ± 0,5ºC.
Termômetros à resistência elétrica
• Formas de ligação em ponte
de WHEASTONE.
Termômetros à resistência elétrica
• Formas de ligação em ponte de WHEASTONE a 2 fios:
– O equilíbrio da ponte é atingido quando R1 . R3 = R2 . R4 .
Conhecendo-se R3 podemos deduzir o valor de R4 , isto é, o
seu valor Ôhmico.
– R1 . R3 = R2 . R4 (se R1= R2).
– R3 = R4
Termômetros à resistência elétrica
• Formas de ligação em ponte de WHEASTONE a 2 fios: As
resistências RL são resistências de fiação e ambas estão em série
com R4. A resistência aumenta quando a distância do sensor até o
instrumento for maior, a temperatura for maior e a bitola do fio
menor.
– R1 . R3 = R2 . (RL + RL + R4), conhecendo o valor de RL
pode-se determinar o valor de R4 e melhorar a qualidade da
medição da temperatura.
Termômetros à resistência elétrica
• Ligação a 3 fios: É o método mais utilizado nas indústrias. Esta configuração faz
com que a alimentação fique o mais próximo possível do sensor, incerteza de
medição é por volta de 0,05 oC .
• Neste tipo de conexão, a corrente “I” não percorre o terminal 3 que é de alta
impedância. Desta forma, fazendo VY - VX, anula-se o efeito da queda de tensão
na resistência de linha entre os terminais 2 e 3. Veja figura 18.
• VY-VX = [RTD + R] x I - R x I = RTD x I
Termômetros à resistência elétrica
• Ligação a 4 fios: Esta ligação é utilizada em medições de
laboratório e esporadicamente na indústria, pois requer 2
medições e um cálculo para o resultado. Possui uma
incerteza de aproximadamente 0,02 oC.
Termômetros à resistência elétrica
• Aplicações na Indústria
• Termopares.
Um termopar consiste de dois
condutores metálicos, de natureza
distinta, na forma de metais puros ou
de ligas homogêneas. Os fios são
soldados em um extremo ao qual se
dá o nome de junta quente ou junta
de medição. A outra extremidade dos
fios é levada ao instrumento de
medição de f.e.m. (força
eletromotriz), fechando um circuito
elétrico por onde flui a corrente.
O ponto onde os fios que formam o
termopar se conectam ao
instrumento de medição é chamado
de junta fria ou de referência.
Termômetros à par termo elétrico.
• Descrição de um Termopar.
Termômetros à par termo elétrico.
• Efeitos Termo elétricos:
– A termoeletricidade tem a sua origem em Alessandro Volta (1800) que
concluiu que a eletricidade causadora dos espasmos nas pernas de sapo
estudadas por Luigi Galvani (1780) era devida a um contato entre dois metais
dissimilares [8]. Essa conclusão foi a precursora do princípio do termopar.
– Posteriormente descobriu-se que quando dois metais ou semicondutores
dissimilares são conectados e as junções mantidas a diferentes temperaturas,
quatro fenômenos ocorrem simultaneamente: o efeito Seebeck, o efeito
Peltier, o efeito Thomson e o efeito Volta. A aplicação científica e
tecnológica dos efeitos termoelétricos é muito importante e sua utilização no
futuro é cada vez mais promissora. Os estudos das propriedades
termoelétricas dos semicondutores e dos metais levam, na prática, à
aplicação dos processos de medições na geração de energia elétrica (bateria
solar) e na produção de calor e frio. O controle de temperatura feito por pares
termoelétricos é uma das importantes aplicações do efeito Seebeck.
Atualmente, busca-se o aproveitamento industrial do efeito Peltier, em grande
escala, para obtenção de calor ou frio no processo de climatização ambiente.
Termômetros à par termo elétrico.
• Efeitos Termoelétricos, Efeito Seebeck.
– Em 1821, o físico alemão J. T. SEEBECK descobriu o efeito termoelétrico,
sendo a aplicação na medição de temperatura introduzida pelo físico francês
BECQUEREL. A experiência de SEEBECK (figura) demonstrou que num
circuito fechado, formado por dois fios de metais diferentes, se colocarmos os
dois pontos de junção à temperaturas diferentes, se cria uma corrente
elétrica cuja intensidade é determinada pela natureza dos dois metais,
utilizados e da diferença de temperatura entre as duas junções. Na
experiência, SEEBECK utilizou uma lâmina de antimônio (A) e outra de
Bismuto (B), e como detetor da corrente "i" utilizou uma bússola sensível ao
campo magnético criado pela corrente.
Termômetros à par termo elétrico.
• Efeitos Termoelétricos, Efeito Peltier.
– Em 1834, Peltier descobriu que, dado um par termoelétrico com ambas as junções à
mesma temperatura, se, mediante uma bateria exterior, produz-se uma corrente no
termopar, as temperaturas das junções variam em uma quantidade não inteiramente
devida ao efeito Joule. Esta variação adicional de temperatura é o efeito Peltier. O
efeito Peltier produz-se tanto pela corrente proporcionada por uma bateria exterior
como pelo próprio par termoelétrico. Na fig. as duas ampolas interligadas, funcionam
como um termômetro diferencial. A junta da esquerda aquece, enquanto a outra
esfria.
Liga: ( + ) Chromel - Ni ( 90 % ) e Cr ( 10 % )
( - ) Alumel - Ni( 95,4 % ), Mn( 1,8 % ), Si ( 1,6 % ), Al ( 1,2 % )
Características:
Faixa de utilização: 0 °C a 1260 °C
f.e.m. produzida: - 6,458 mV a 54,852 mV
Aplicações:
Metalúrgicas, Siderúrgicas, Fundição, Usina de Cimento e Cal, Vidros,
Cerâmica, Indústrias em geral
INSTALAÇÃO DO TERMOPAR
TIPO K
TERMOPAR -TIPOS
TIPO S
Liga: ( + ) Platina 90% Rhodio 10 %
( - ) Platina 100 %
Características:
Faixa de utilização: 0 °C a 1480 °C
f.e.m. produzida: - 0,236 mV a 18,693 mV
Aplicações:
Siderúrgica, Fundição, Metalúrgica, Usina de Cimento, Cerâmica, Vidro e
Pesquisa Científica.
TIPO R
INSTALAÇÃO DO TERMOPAR
TIPO R
TERMOPAR - TIPO B
TABELA
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TERMOPAR
LIGAÇÃO CORRETA
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TERMOPAR
ERROS DE LIGAÇÃO - CABO DE COBRE
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TERMOPAR
ERROS DE LIGAÇÃO - INVERSÃO SIMPLES
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TERMOPAR
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TERMOPAR
Termômetros de radiação
P/ Corpos Negros
69
Exercícios
• Resolva a lista 4
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