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Curso Debret

Pavimentação – Aula 1 Professora: Luisa Carla de


Alencar Menezes M.Sc
Curriculum vitae do professor
❖ Experiência acadêmica:
Graduação em Engenharia de Fortificação e Construção pelo Instituto Militar de Engenharia
(IME)

MBA em Gerenciamento de Projetos na Fundação Getulio Vargas (FGV)


Especialização em Transporte Ferroviário de Carga pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)

Mestrado em Engenharia de Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)

❖ Experiência profissional:
Restauração da Pista de pouso e decolagem do Aeroporto Plácido de Castro (Rio Branco/AC)

Restauração da BR-364

Projeto e Fiscalização de Obras

Gestão das obras do Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro


Curriculum vitae do professor

❖ Experiência docente:
União Educacional do Norte UNINORTE - Cursos de Engenharia Civil e Elétrica

Instituto Militar de Engenharia (IME) - Projeto de Engenharia I e II

Fundação Getúlio Vargas (FGV) - Empreendedorismo

Curso Debret
Tipos de pavimentos
Tradicionalmente, tem sido classificado os pavimentos segundo a rigidez do
conjunto em:

§ Rígidos

§ Semi-rígidos

§ Flexíveis
Tipos de pavimentos
❖ Rígido: constituído por placas de concreto de cimento Portland
assentes sobre sub-base e reforço do subleito.
Tipos de pavimentos
❖ Flexível: constituído por revestimento asfáltico (uma ou mais
camadas asfálticas) e base, sub-base e reforço do subleito. Estas
camadas são de materiais granulares ou solo.
Tipos de pavimentos
❖ Semi-rígido: constituído por revestimento asfáltico (uma ou mais
camadas) assentes sobre base ou sub-base cimentada ou estabilizada
quimicamente com cimento, cal, ou ambos, ou ainda por algum produto
que aja como aglomerante.
Estrutura de pavimentos
A concepção da estrutura do pavimento e a seleção dos materiais a serem
empregados dependem principalmente dos seguintes fatores:

§ do tráfego (volume e composição) e vida ou período de projeto

§ da disponibilidade de materiais da região

§ do relevo e das condições climáticas da região

§ da geometria e das condições de drenagem da via


❖ As espessuras de cada camada dependem do projeto
estrutural
Tipos de pavimentos
Os materiais de base, de sub-base e do reforço do subleito são classificados ainda
segundo sua natureza e seu comportamento aos esforços:
Materiais granulares e solos
§ Trabalham principalmente aos esforços de compressão. Os solos com fração de
finos (silte + argila) exibem coesão, mas resistem fracamente à tração

Materiais cimentados ou estabilizados quimicamente


§ Materiais que recebem a adição de cimento, cal ou estabilizantes que aumentem
expressivamente a coesão e a rigidez em relação ao material de origem, aumentando
a resistência à compressão e à tração

Materiais com adição de asfalto


§ Materiais que possuem suas partículas de agregados ou de solo unidas por ligantes
asfálticos que conferem aumento de resistência à compressão e à tração com relação
ao material de origem
Materiais
As camadas de Base, Sub-base e Reforço do Subleito podem ser granulares
ou solos:

§ Brita graduada simples

§ Macadame hidráulico

§ Macadame a seco

§ Material granular (estabilizado mecanicamente)

§ Solo-agregado

§ Solo

§ Solo melhorado com cimento (baixa porcentagem de cimento)


Brita graduada simples
§ Materiais componentes:
ü brita graduada simples (faixa especificada)

ü água

§ Graduação: bem-graduados, com diâmetro nominal de no máximo


38mm. Mais usuais com diâmetros nominais menores (25,0mm ou
19,0mm)

§ Poucos finos passantes na peneira 200 (0,075mm): em geral entre 3 e 9%

§ Índice de Suporte Califórnia em geral maior que 60%. Para vias de


tráfego médio, pesado ou muito pesado (N≥106 repetições do eixo padrão
de 80kN), o ISC deve ser superior a 80%. Expansão nula ou muito baixa

§ Módulo de Resiliência em geral entre 100 e 400MPa


Brita graduada simples
§ Frações de agregados dosados e homogeneizados com água em usina
§ Transportada por caminhões basculantes
§ A distribuição do material é feita preferencialmente por vibroacabadora,
embora possa ser realizada por motoniveladora
§ A compactação é feita por rolos de pneus e/ou lisos, com vibração ou
não, seguida de pneus; deve ser realizada logo após espalhamento
§ Quando é base de pavimento, emprega-se uma imprimação
impermeabilizante de asfalto diluído tipo CM30 ou outro material com as
mesmas atribuições
Materiais asfálticos
❖ O Cimento Asfáltico de Petróleo é obtido através da destilação fracionada do
petróleo
Macadame hidráulico
§ Materiais componentes:
ü agregado graúdo (faixa especificada A, B ou C)
ü agregado miúdo (faixa especificada – material de enchimento)
ü água

§ Agregados graúdos nominais de grande dimensão: 100, 75 ou 63mm.


Escolha depende da espessura da camada.

§ Um dos materiais tradicionais da construção rodoviária brasileira, que foi


substituído por materiais granulares de maior eficiência construtiva como
a Brita Graduada Simples a partir da década de 60. Ainda utilizado em
obras de menor porte e em obras municipais onde não há usinas para as
BGS.
Macadame hidráulico
§ Materiais distribuídos em pista, sendo depositados os agregados graúdos
em primeiro lugar, seguidos de compactação ou compressão por rolo liso.

§ Preenchimento dos vazios pelos agregados miúdos, seguido de


compressão.

§ Preenchimento dos vazios restantes pelos agregados miúdos com auxílio


de água, seguido de compressão.

§ Os agregados miúdos e a água se infiltram nos vazios e travam o


esqueleto sólido.
Solo-agregado
§ Materiais podem ser misturados em usinas, ou em pista com pá
carregadeira, e homogeneizados com arados ou grade de discos.
§ Compactados por rolo liso ou pé-de-carneiro, dependendo do tipo de
solo e de sua porcentagem na mistura
Outros materiais granulares
Rachão são agregados de grande dimensão empregados principalmente
como recurso de aumento da capacidade de suporte de subleitos.
Outros materiais granulares
Os agregados reciclados de resíduo sólido de construção civil são
materiais resultantes da seleção e britagem de “entulho” da construção e
demolição. Podem ser empregados como camada de reforço do subleito,
sub-base e em algumas situações como base de pavimentos.
Outros materiais granulares
Escória são resíduos da fabricação do ferro (escória de alto-forno) ou do aço
(escória de aciaria). Podem ser empregados como agregados, sendo que as
de aciaria podem ser expansivas, dependendo do tempo de estocagem deste
materiais.
Materiais cimentados ou rígidos ou
estabilizados quimicamente
§ Brita graduada tratada com cimento

§ Solo-cimento

§ Solo-cal

§ Solo-cal-cimento

§ Solo-brita com cimento

§ Concreto rolado (concreto compactado a rolo)


Brita graduada tratada com cimento
§ Materiais componentes:

ü brita graduada simples (faixa especificada)


ü cimento: 3 a 5% em relação ao peso seco
ü água
§ Dosados e homogeneizados em usina.
§ A distribuição do material é feita preferencialmente por vibroacabadora.
§ A compactação é feita por rolos liso, com vibração ou não, seguida de
pneus; deve ser realizada logo após espalhamento.
§ Cura com pintura de asfalto diluído tipo CM30 (tem-se preferencialmente
substituído por emulsão RR).
§ Módulo de Resiliência entre 6.000 a 12.000 MPa
Brita graduada tratada com cimento
Solo-cimento
§ Materiais componentes:
ü solo (de preferência mais arenoso tipo A2 ou solo com fração de finos passantes
na peneira 200 menor que 35%)

ü cimento: em geral superior a 5% em relação ao peso seco


ü Água
§ Dosados e homogeneizados preferencialmente em usina, ou em pista.
§ A distribuição do material é feita por distribuidor de agregados
(espessura e largura adequadas).
§ A compactação é feita por rolos pé-de-carneiro ou lisos, devendo ser
realizada logo após espalhamento devido à rapidez de reação de
hidratação do cimento.
§ Em geral são necessárias duas semanas de cura antes da camada ser
sujeita ao tráfego.
Solo-cimento
Solo-cal
§ Materiais componentes:

ü solo areno-argiloso ou silto-argiloso, de preferência

ü cal hidratada: em geral superior a 4% em relação ao peso seco

ü água

§ Solos argilosos são tratados com cal para melhorar sua trabalhabilidade.

§ Dosados e homogeneizados em usina, preferencialmente, ou em pista.

§ A distribuição do material é feita por distribuidor de agregados


(espessura e largura adequadas);

§ A compactação é feita por rolos lisos; deve ser realizada após


espalhamento.
Solo-cal
Materiais
Com Adição de Asfalto:
§ Solo-asfalto
§ Macadame betuminoso
§ Base asfáltica de elevado módulo
Solo-asfalto ou solo-emulsão é um recurso pouco utilizado no Brasil. Pode ser
misturado em usina ou pista. Em geral empregado como base de vias de baixo-
volume de tráfego.
O Macadame Betuminoso é mais empregado em obras municipais, servindo
como revestimento asfáltico em geral, passando a constituir base após
recebimento de camada de revestimento asfáltico. É uma base feita em pista, com
adição de ligante asfáltico diretamente nos agregados.

As bases asfálticas de elevado módulo (vide Bloco 4) são muito empregadas para
tráfego pesado na Europa e recentemente nos Estados Unidos. São bases com
graduação muito bem-graduada e uso de ligante asfáltico duro, resultando em
módulo de resiliência elevado. Substitui as bases címentadas como BGTC ou
Concreto Rolado, sem os inconvenientes de trincamento das bases com ligante
hidráulico.
Solo-asfalto
Base de pavimento de solo- emulsão revestido de TS
Revestimentos asfálticos
Na maioria dos pavimentos brasileiros usa-se como revestimento:

§ uma mistura de agregados minerais de vários tamanhos e várias fontes com


ligantes asfálticos,

§ que de forma adequadamente proporcionada e processada garantam ao


pavimento executado os requisitos de:
ü impermeabilidade, flexibilidade, estabilidade, durabilidade,
resistência à derrapagem, resistência à fadiga e resistência à fratura na
tração térmica,

§ de acordo com o clima e o tráfego previstos para o local.


Alguns tipos de revestimentos asfálticos

❖ Concreto Asfáltico

❖ Areia-Asfalto

❖ Tratamentos Superficiais

❖ Pré-misturados

❖ SMA, CPA, Microrevestimento


Requisitos técnicos
§ Os requisitos técnicos e de qualidade de um pavimento asfáltico serão
atendidos
ü com um projeto adequado de estrutura do pavimento;
ü com projeto de dosagem da mistura asfáltica compatível com as outras
camadas escolhidas.

§ Esta dosagem passa:


ü pela escolha adequada de materiais dentro dos requisitos comentados
anteriormente,
ü proporcionados de forma a atenderem padrões e critérios pré-
estabelecidos de comportamento mecânico e desempenho.
Tipos de revestimentos asfálticos
§ Nos casos mais comuns, até um determinado volume de tráfego, um
revestimento asfáltico de um pavimento novo pode ser composto por um
único tipo de mistura asfáltica.
§ Neste caso esta mistura pode se distinguir:
ü quanto ao local de fabricação, como obtida em usina específica
(misturas usinadas) ou preparada na própria pista (tratamentos
superficiais);
ü quanto à temperatura de misturação: misturas a quente (uso de CAP)
ou a frio (uso de EAP);
ü as misturas usinadas ainda podem ser separadas, quanto à composição
granulométrica, em densas ou abertas ou descontínuas.
Tipos de revestimentos asfálticos
§ Em casos de recomposição da capacidade estrutural ou funcional, além
destes tipos descritos, é possível o uso de outros tipos de misturas
asfálticas
ü que se processam em usinas móveis especiais, que promovem a
mistura agregados-ligante imediatamente antes da colocação no
pavimento, podendo ser separadas em:
❖ misturas novas relativamente fluidas (lama asfáltica e
microrrevestimento); e
❖ misturas recicladas com uso de fresadoras – recicladoras.
Tipos de revestimentos asfálticos
§ Tipos de revestimentos asfálticos:
ü misturas usinadas e fabricadas na pista.
§ Misturas usinadas a quente e a frio:
ü densas: concreto asfáltico, areia-asfalto, pré-misturado a frio;
ü descontínuas: SMA, porosa, “gap-graded”.
§ Fabricadas na pista:
ü tratamentos superficiais por penetração.
§ Microrrevestimentos.
§ Lama asfáltica.
§ Misturas recicladas:
ü usinadas ou fabricadas na pista.
Operação de usinas de asfalto a quente
A produção de forma apropriada das misturas asfálticas é condição
fundamental para o correto desempenho dos revestimentos.

Uma usina de asfalto é um conjunto de equipamentos mecânicos e


eletrônicos interconectados, de forma a produzir misturas asfálticas. Variam
em capacidade de produção e podem ser estacionários ou móveis.

O objetivo básico da usina de asfalto é proporcionar de forma adequada a


mistura de frações de agregados, aquecer esta mistura e o ligante asfáltico e
misturar o agregado ao ligante, produzindo misturas asfálticas dentro de
características previamente especificadas.
Operações básicas na produção de
misturas asfálticas a quente
§ Estocagem e manuseio apropriados dos materiais componentes das
misturas asfálticas na área da usina.

§ Adequado proporcionamento e alimentação do agregado frio no


secador.

§ Secagem e aquecimento eficiente do agregado à temperatura apropriada.

§ Controle e coleta eficiente de pó no secador.

§ Adequado proporcionamento, alimentação e mistura do ligante asfáltico


com o agregado aquecido.

§ Correta estocagem, distribuição, pesagem e manuseio das misturas


asfálticas produzidas.
Estocagem de agregados

Depósito de Materiais (Agregados) Silos e Dosadores de Agregados


Proporcionamento e alimentação de
agregados a frio no secador

Dosadores (Células de carga) Correia transportadora


Proporcionamento e alimentação de
agregados a frio no secador

Tambor misturador Maçarico


Tipos de usina de asfalto a quente
Existem dois tipos básicos de usinas de asfalto. A usina por batelada,
que produz quantidades individuais de misturas asfálticas; e as usinas drum
mix, onde a produção é contínua.

Os dois tipos de usinas têm condições de produzir atualmente as misturas


asfálticas em uso corrente. Não existem misturas asfálticas com
características particulares que condicionem sua produção em um tipo
específico de usina.
Misturas usinadas especiais
§ SMA (stone matrix asphalt) – uso de faixa granulométrica descontínua,
porém de mistura densa, e CAP modificado por polímero.

§ CPA (camada porosa de atrito)– uso de faixa granulométrica aberta e CAP


modificado por polímero; alto volume de vazios para proporcionar alta
permeabilidade.

§ Descontínua densa “gap- graded” – faixa granulométrica especial que


resulta em textura aberta ou rugosa, que tem sido utilizada comumente
com asfalto –borracha.
Misturas asfáltica SMA
Definição e princípio de funcionamento:

§ Mistura de graduação descontínua, densa, a quente;

§ Grande proporção de agregado graúdo (≥ 70%);

§ Esqueleto mineral responsável pelo contato grão/grão (resistência e


dissipação do carregamento);

§ Formação do mástique asfáltico (durabilidade): ligante asfáltico + fíler


+ finos minerais (fração areia) + fibras.
Misturas asfáltica SMA
Esqueleto mineral do SMA

agregados
graúdos

mástique asfáltico:
ligante asfáltico +
fíler + finos minerais
+ fibras
Materiais do SMA

Matriz Pétrea

fíler
Fração
+ areia + asfalto
+
SMA
Fibras Mástique

Apud Horst Erdlen, 2004


Exemplos de aplicações da mistura SMA
§ Vias com alta freqüência de caminhões;
§ Interseções;
§ Em áreas de carregamento e descarregamento de cargas;
§ Em rampas, pontes, paradas de ônibus, faixas de ônibus;
§ Pistas de aeroporto;
§ Estacionamentos;
§ Portos.
Exemplos de aplicações da mistura SMA
§ Alemanha: uso em pátios de portos
Exemplos de aplicações da mistura SMA
§ Alemanha: uso em aeroportos (Frankfurt)
Exemplos de aplicações da mistura SMA
§ Inglaterra: Autódromo (Silverstone)
Exemplos de aplicações da mistura SMA
§ Inglaterra: Autódromo (Silverstone)
Desempenho da mistura SMA
§ Boa estabilidade a elevadas temperaturas;
§ Boa flexibilidade a baixas temperaturas;
§ Elevada resistência ao desgaste;
§ Elevada adesividade entre os agregados minerais e o ligante;
§ Boa resistência a derrapagem devido à macrotextura da superfície de
rolamento;

§ Redução do “spray” ou borrifo de água;


§ Redução do nível de ruído.
Camada porosa de atrito drenante
§ Reduz o risco de hidroplanagem ou aquaplanagem;

§ Aumenta a aderência do pneu/pavimento;

§ Reduz as distâncias de frenagem sob chuva;

§ Reduz os níveis de ruído do tráfego;

§ Aumenta a segurança, reduzindo o número de acidentes;

§ Diminui o spray ou cortina de água durante chuvas.


Exemplo de aplicação de CPA
§ Brasil: Pista de pouso do aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro)
Gap-graded (mistura asfáltica
descontínua)
❖ GAP GRADED/CALTRANS com Asfalto Borracha: Mistura
Descontínua amplamente utilizada na Califórnia em serviços de
pavimentação com Asfalto-Borracha.
❖ No Brasil, essa mistura com Asfalto-Borracha, já foi utilizada por várias
concessionárias, destacando a Ecovias com extensa e bem sucedida obra
no sistema Anchieta/Imigrantes.
Gap-graded (mistura asfáltica
descontínua)
Gap-graded (mistura asfáltica
descontínua)
Definição

❖ Mistura executada a quente em usina apropriada, constituída de


agregado graúdo, agregado miúdo, material de enchimento (fíler)
em granulometria descontínua e ligante asfáltico modificado por
borracha moída de pneus, devendo ser espalhada e compactada a
quente.
Finalidade
❖ Obtenção de camada de alta resistência à deformação permanente e
melhoria das condições de aderência em pista molhada.
Materiais para Gap-graded
Agregados
§ Graúdo: pedra, escória outro material indicado nas
Especificações Complementares.
§ Miúdo: areia, pó de pedra ou mistura de ambos.

Material de enchimento (fíler)


§ Cimento Portland, cal extinta, pó calcário, etc.
Materiais para Gap-graded
Ligante asfáltico
❖ Ligante modificado por borracha moída de pneus
Melhorador de adesividade
❖ Usado quando não há boa adesividade entre o par
ligante/agregado.
Tratamentos Superficiais

§ Processo de aplicação
Tratamentos Superficiais especiais
São incluídos na família dos Tratamentos Superficiais:
§ Capa selante: selagem de um revestimento betuminoso por
espalhamento de ligante betuminoso, com ou sem cobertura de agregado
miúdo. Freqüentemente usada como última camada em tratamento
superficial múltiplo.

§ Tratamento superficial primário: TAP (anti-pó) de estradas de terra ou


de revestimento primário, por espalhamento de ligante de baixa
viscosidade, com cobertura de agregado miúdo.

§ Lama asfáltica: capa selante por argamassa pré-misturada.

§ Macadame betuminoso por penetração direta: espalha-se primeiro o


agregado e depois o ligante betuminoso. Inicia-se pela aplicação do
agregado mais graúdo.
Tratamentos Superficiais
Principais funções do Tratamento Superficial:
§ Proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura, porém,
de alta resistência contra desgaste;
§ Impermeabilizar o pavimento;
§ Proteger a infra-estrutura do pavimento;
§ Proporcionar um revestimento anti-derrapante;
§ Proporcionar um revestimento de alta flexibilidade que possa
acompanhar deformações relativamente grandes da infra-estrutura.
§ Devido a sua pequena espessura:
ü não aumenta substancialmente a resistência estrutural do pavimento;
ü não corrige irregularidades (longitudinais ou transversais) da pista.
Misturas in situ especiais
§ Lama asfáltica: mistura fluida de EAP e agregado miúdo utilizada para
recuperação funcional de pavimentos deteriorados ou como capa selante
de TS.

§ microrrevestimento: mistura fluida de emulsão asfáltica modificada por


polímero e processada em usina especial móvel. Utilizada em:

ü Recuperação funcional de pavimentos deteriorados;

ü Capa selante;

ü Revestimento de pavimentos de baixo volume de tráfego;

ü Camada intermediária anti-reflexão de trincas em projetos de reforço


estrutural.
Reciclagem
§ Processo de reutilização de misturas asfálticas envelhecidas e deterioradas
para produção de novas misturas, aproveitando os agregados e ligantes
remanescentes, através de fresagem, com acréscimo de agentes
rejuvenescedores, espuma de asfalto, CAP ou EAP novos, quando
necessários.

ü a quente = CAP, AR e fresados aquecidos;

ü a frio = EAP, ARE e fresados a temperatura ambiente;

ü usina = a quente ou a frio Þ o fresado é levado para a usina;

ü in situ = a quente ou a frio Þ o fresado é misturado com ligante no próprio


local do corte;

ü in situ com espuma de asfalto Þ podem ser incorporados revestimento antigo


e parte da base, com ou sem adição de ligantes hidráulicos.

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