Você está na página 1de 16

Exercı́cios resolvidos

MÓDULO 2 - AULA 17

Aula 17 – Exercı́cios resolvidos

Objetivo
Pré-requisito:
Aulas 1 a 16.
Fazer uma revisão do primeiro módulo, através da resolução de exercı́cios
variados.

Nesta aula, damos uma pequena pausa na apresentação da teoria para


exercitar o conteúdo já estudado. Você tem uma lista de exercı́cios para
tentar resolver e conferir com as resoluções, que se encontram após os enun-
ciados.
A idéia é que você primeiro tente resolvê-los, recorrendo, se necessário,
às anotações de aula, e só depois de resolver, compare sua solução com a que
apresentamos aqui.
Caso haja alguma discordância ou dúvida, procure o tutor. O objetivo
principal é que você siga em frente, iniciando o segundo módulo bem seguro
do conteúdo estudado no primeiro.

Exercı́cios
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
1 −1 0 2
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
1. Sendo A3×2 = ⎝ 2 0 ⎠, B3×2 = ⎝ 3 4 ⎠,
3 1 −5 −1

2 a −3 2
C2×4 = , determine a e b para que a matriz
0 −1 b 6
⎛ ⎞
4 2 −6 4
⎜ ⎟
(2A + B)C seja igual a ⎝ 14 3 −1 38 ⎠.
2 0 2 8

1 2
2. Dada A = , calcule:
4 −3

a) A2 b) AT
c) det A d) det AT
e) A−1 f) (AT )−1
g) det A−1 h) f (A), onde f (x) = x2 + 2x − 11

3. Classifique em V (verdadeira) ou F (Falsa) cada sentença abaixo:

a) (A + B)T = AT + B T

181 CEDERJ
Exercı́cios resolvidos

b) (AB)T = AT B T
c) (A + B)−1 = A−1 B −1
d) (AB)−1 = B −1 A−1
e) det A = det AT
f) det A−1 = −det A
g) Se A ∈ Mn (R), α ∈ R, det αA = nαdet A
⎡ ⎤
1 0 2
⎢ ⎥
4. Determine a ∈ R para que exista a inversa da matriz A = ⎣ 4 1 a ⎦.
2 −1 3
−1
Caso exista, calcule A , para a = 8.

5. (Provão - MEC - 2002)


A e B são matrizes reais n × n, sendo n ≥ 2 e α, um número real.
A respeito dos determinantes dessas matrizes, é correto afirmar que:

(a) det (AB) = det A.det B


(b) det (A + B) = det A + det B
(c) det (αA) = αdet A
(d) det A ≥ 0, se todos os elementos de A forem positivos
(e) se det A = 0 então A possui duas linhas ou colunas iguais
⎡ ⎤
2 −1 3 0
⎢ ⎥
⎢ 2 1 3 5 ⎥
6. Calcule det ⎢ ⎥ por triangularização.
⎣ −2 0 4 5 ⎦
1 0 1 3

7. Classifique e resolva, por escalonamento, cada um dos sistemas lineares


abaixo:
⎧ ⎧ ⎧

⎨ x + y − z = 0 ⎪
⎨ 2x − y + z = 0 ⎪
⎨ x − y + 3z = 2
S1 : 2x + 4y − z = 0 S2 : x + 2y − z = 0 S3 : x+y+z =1

⎩ ⎪
⎩ ⎪

3x + 2y + 2z = 0 3x + y = 0 x − 3y + 5z = 5


⎨ 2x + 3y + az = 3
8. Discuta o sistema linear x+y−z =1 , segundo os valores do


x + ay + 3z = 2
parâmetro real a.

CEDERJ 182
Exercı́cios resolvidos
MÓDULO 2 - AULA 17

9. Determine
⎧ as condições sobre a, b e c que tornam compatı́vel o sistema

⎨ x − 2y + 7z = a
x + 2y − 3z = b .


2x + 6y − 11z = c

10. Dado um espaço vetorial V , mostre que W ⊂ V , não vazio, é subespaço


vetorial de V se, e somente se, au + bv ∈ W, ∀u, v ∈ W, ∀a, b ∈ R.

11. Verifique se os seguintes vetores de R3 são LD ou LI:

a) (1, 1, −1), (2, 1, 0) e (−1, 1, 2)


b) (1, 2, 0), (3, 1, 2) e (2, −1, 2)

12. Obtenha um conjunto de geradores do subespaço U, de V , em cada


caso:

a) V = R2 ; U = {(x, y) ∈ R2 ; x = 3y}
b) V = R3 ; U = {(x, y, z) ∈ R3 ; x = 3y}
c) V = R4 ; U = {(x, y, z, t) ∈ R4 ; x = 3y e z − t = 0}

13. Determine o subespaço de R3 gerado pelos vetores v1 = (1, −1, 1),


v2 = (2, −3, 1) e v3 = (0, 1, 1).

14. Encontre
umabase e dê
a dimensão
 do subespaço
de M2 (R) gerado por
1 −2 3 2 3 10
u= ,v= ew= .
3 1 −1 5 −11 7

15. Dados U = {(x, x, z); x, z ∈ R} e W = {(x, 0, x); x ∈ R}, suespaços de


R3 , encontre uma base e determine a dimensão dos subespaços U ∩ W
e U + W , de R3 .

16. Determine a sabendo que o vetor v = (1, −2, a, 4) ∈ R4 tem módulo



igual a 30.

17. Considere os vetores u = (1, −2, 1) e v = (0, −3, 4), de R3 . Determine:

a) 2u − v
b) ||u||
c) o versor de v
d) < u, v >
e) d(u, v) (a distância de u e v)

183 CEDERJ
Exercı́cios resolvidos

18. Determine a ∈ R tal que os vetores u = (a, a + 2, 1) e v = (a + 1, 1, a),


de R3 , sejam ortogonais.
 
a1 b1 a2 b2
19. Dadas as matrizes u = e v = , em M2 (R), a
c1 d 1 c2 d 2
expressão < u, v >= a1 a2 + b1 b2 + c1 c2 + d1 d2 define um produto interno
no espaço M2 (R).  
−1 2 2 1
Dados os vetores u = ev= , determine
1 3 3 4

a) ||u + v||
b) o ângulo entre u e v

20. Em P2 (R), definimos o produto interno de dois vetores p(t) = a1 t2 +


b1 t + c1 e q(t) = a2 t2 + b2 t + c2 como < p, t >= a1 a2 + b1 b2 + c1 c2 +
d1 d2 . Calcule < p(t), q(t) > no caso em que p(t) = 2t2 − 3t + 1 e
q(t) = t2 + 5t − 2.

21. Determinar o versor de um vetor v é um processo também conhecido


por normalização de v. Normalize cada um dos vetores abaixo, no
espaço euclidiano R3 :

a) u = (1, 2, −1)
b) v = (1/2, 2/3, 1/2)

22. Em P3 (R), considere o produto interno


/ 1
< f (t), g(t) >= f (t)g(t)dt.
0

a) Calcule o produto interno de f (t) = t − 1 por g(t) = 3t3 + 2t + 1.


b) Calcule ||p(t)||, onde p(t) = t2 − t.
c) Determine a ∈ R para que f (t) = at2 + 1 e g(t) = t − 2 sejam
ortogonais.

23. Mostre que se u é ortogonal a v então todo múltiplo escalar de u


também é ortogonal a v.

24. Encontre um vetor unitário, ortogonal, simultaneamente, a v1 = (2, 1, 1)


e v2 = (1, 3, 0), em R3 .

CEDERJ 184
Exercı́cios resolvidos
MÓDULO 2 - AULA 17

25. Sejam u, v vetores de um espaço euclidiano V , com v não nulo. Mostre


< u, v >
que o vetor w = u − v é ortogonal a v. (O vetor w é a projeção
||v||2
ortogonal de u na direção de v, obtido sem a hipótese de v ser unitário.)

26. Determine a ∈ R tal que os vetores u = (a, a + 2, 1) e v = (a + 1, 1, a),


de R3 , sejam ortogonais.

27. Obtenha uma base ortonormal de R3 a partir da base B = {v1 , v2 , v3 },


onde v1 = (1, 1, −1), v2 = (1, −1, 0), v3 = (−1, 1, 1).

28. Em R3 , com o produto interno usual, determine a projeção ortogonal do


vetor u = (1, 2, −3) sobre o subespaço gerado pelos vetores v1 = (1, 0, 2)
e v2 = (0, 1, 0).

29. Considere U = {(x, y, z) ∈ R3 ; x − y − z = 0}, subespaço de R3 .

a) Determine uma base ortonormal de U.


b) Determine uma base ortonormal de U ⊥ .
c) Escreva o vetor v = (a, b, c) ∈ R3 como soma de um vetor de U e
um de U ⊥ .

Resolução dos exercı́cios


⎡⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎤
2 −2 0 2 
⎢⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎥ 2 a −3 2
R1. (2A + B)C) = ⎣⎝ 4 0 ⎠+⎝ 3 4 ⎠⎦ =
0 −1 b 6
6 2 −5 −1
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
2 0  4 2a −6 4
⎜ ⎟ 2 a −3 2 ⎜ ⎟
=⎝ 7 4 ⎠ = ⎝ 14 7a − 4 −21 + 4b 38 ⎠.
0 −1 b 6
1 1 2 a−1 −3 + b 8
Então,

⎪ 2a = 2




⎪ 
⎨ 7a − 4 = 3 a=1
a−1=0 ⇒

⎪ b=5

⎪ −21 + 4b = −1


⎩ −3 + b = 2
   
1 2 1 2 1 + 8 2 − 6 9 −4
R2. a) A2 = = = .
4 −3 4 −3 4 − 12 8 + 9 −8 17

1 4
b) AT =
2 −3

185 CEDERJ
Exercı́cios resolvidos

c) det A = −3 − 8 = −11

d) det AT = det A = −11

e) A−1 :
1 2 | 1 0
4 −3 | 0 1 L2 ← L2 − 4L1
|
1 2 | 1 0
0 −11 | −4 1 L2 ← −1/11L2
| .
1 2 | 1 0 L1 ← L1 − 2L2
0 1 | 4/11 −1/11
|
1 0 | 3/11 2/11
0 1 | 4/11 −1/11

3/11 2/11
Logo, A−1 = .
4/11 −1/11

3/11 4/11
f) (AT )−1 = (A−1 )T =
2/11 −1/11

g) det A−1 = (det A)−1 = (11)−1 = −1/11


  
9 −4 2 4 11 0
h) f (A) = A2 +2A−11I2 = + − =
−8 17 8 −6 0 11

0 0
. Neste caso, dizemos que a matriz A é um zero da
0 0
função f .

R3. a) (V)

b) (F): (AB)T = B T AT

c) (F): não há fórmula para a inversa da soma

d) (V)

e) (V)

f) (F): det A−1 = (det A)−1 = det1 A . Justamente porque o deter-


minante da matriz A aparece no denominador é que só existe a
inversa de A se seu determinante for diferente de zero.

CEDERJ 186
Exercı́cios resolvidos
MÓDULO 2 - AULA 17

g) (F): A cada linha de A que é multiplicada pelo escalar α, o deter-


minante fica multiplicado por α. Uma matriz quadrada de ordem
n possui n linhas. Logo, o determinante de A multiplicada por α
é igual ao determinante de A multiplicado por α, n vezes.
Ou seja, det αA = αn det A.

R4. Para que exista a inversa de A, o seu determinante não pode ser nulo.

Vamos calcular

det A, pelo método de Sarrus:

1 0 2


4 1 a
= (3 − 8) − (4 − a) = a − 9. Queremos det A = 0, isto é,


2 −1 3

a − 9 = 0 ⇒ a = 9.
Podemos calcular a inversa de A para a = 8:
1 0 2 | 1 0 0
4 1 8 | 0 1 0 L2 ← L2 − 4L1
2 −1 3 | 0 0 1 L3 ← L3 − 2L1
|
1 0 2 | 1 0 0
0 1 0 | −4 1 0
0 −1 −1 | −2 0 1 L3 ← L3 + L2
|
1 0 2 | 1 0 0
0 1 0 | −4 1 0
0 0 −1 | −6 1 1 L3 ← −L3
|
1 0 2 | 1 0 0 L1 ← L1 − 2L3
0 1 0 | −4 1 0
0 0 1 | 6 −1 −1
|
1 0 0 | −11 2 2
0 1 0 | −4 1 0
0 0 1 | 6 −1 −1
⎛ ⎞
−11 2 2
⎜ ⎟
Logo, A−1 = ⎝ −4 1 0 ⎠.
6 −1 −1

R5. A opção correta é a letra (a).

187 CEDERJ
Exercı́cios resolvidos


2 −1 3 0
L1 ↔ L4
1 0 1 3


2 1 3 5


2 1 3 5

L2 ← L2 − 2L1

R6.

= (−)

=

−2 0 4 5


−2 0 4 5

L3 ← L3 + 2L1


1 0 1 3

2 −1 3 0
L4 ← L4 − 2L1




1 0 1 3

1 0 1 3


0 −1

0 1 1 −1


1 1

= (−)

= (−)

=

0 0 6 11


0 0 6 11

L3 ← 16 L3


0 −1 1 −6
L ← L + L
0 0 2 −7

4 4 2




1 0 1 3

1 0 1 3


0 1 1 −1

0 1 1 −1

= (−)(6)

= (−)(6)
11

=

0 0 1 6

11
0 0 1



6


0 0 2 −7
L ← L − 2L
0 0 0 − 64

 64  4 4 3 6
= (−)(6)(1)(1)(1) − 6 = 64.

⎡ ⎤ ⎡ ⎤
1 1 −1 1 1 −1
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
R7. a) ⎣ 2 4 −1 ⎦ L2 ← L2 − 2L1 → ⎣ 0 2 1 ⎦ L2 ← L2 ↔ L3 →
3 2 2 L3 ← L3 − 3L1 0 −1 5
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
1 1 −1 1 1 −1
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
→ ⎣ 0 −1 5 ⎦ → ⎣ 0 −1 5 ⎦. Obte-
0 2 1 L3 ← L3 + 2L2 0 0 11
mos
⎧ o sistema equivalente:

⎨ x+y−z =0
−y + 5z = 0 , que é compatı́vel determinado, com conjunto-


11z = 0
solução {(0, 0, 0)}.

⎡ ⎤ ⎡ ⎤
2 −1 1 L1 ↔ L2 1 2 −1
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
b) ⎣ 1 2 −1 ⎦ → ⎣ 2 −1 1 ⎦ L2 ← L2 − 2L1 →
3 1 0 3 1 0 L3 ← L3 − 3L1
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
1 2 −1 1 2 −1
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
→ ⎣ 0 −5 3 ⎦ → ⎣ 0 −5 3 ⎦. Obte-
0 −5 3 L3 ← L3 − L2 0 0 0

x + 2y − z = 0
mos o sistema equivalente: , que é compatı́vel
−5y + 3z = 0
e indeterminado. Fazendo y = 35 z, na segunda equação, e subs-
tituindo na primeira, obtemos x = − 15 z. Logo, as soluções do
sistema são os vetores de R3 da forma (−z/5, 3z/5, z), para z ∈ R.

CEDERJ 188
Exercı́cios resolvidos
MÓDULO 2 - AULA 17

⎡ ⎤ ⎡ ⎤
1 −1 3 | 2 1 −1 3 | 2
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
c) ⎣ 1 1 1 | 1 ⎦ L2 ← L2 − L1 → ⎣ 0 2 −2 | −1 ⎦
1 −3 5 | 5 L ← L3 − L1 0 −2 2 | 3
⎡ 3 ⎤
1 −1 3 | 2
⎢ ⎥
→ ⎣ 0 2 −2 | −1 ⎦. Obtemos o sistema
L3 ← L3 + L2 0 0 0 | 2


⎨ x − y + 3z = 2
equivalente 2y − 2z = −1 , que é incompatı́vel. Logo, o


0=2
conjunto-solução do sistema dado é vazio.

⎡ ⎤ ⎡ ⎤
2 3 a | 3 1 1 −1 | 1
⎢ ⎥ L1 ↔ L2 ⎢ ⎥
R8. ⎣ 1 1 −1 | 1 ⎦ →⎣ 2 3 a | 3 ⎦ L2 ← L2 − 2L1 →
1 a 3 | 2 1 a 3 | 2 L3 ← L3 − L1
⎡ ⎤
1 1 −1 | 1
⎢ ⎥
→⎣ 0 1 a+2 | 1 ⎦ →
0 a−1 4 | 1 L3 ← L3 − (a − 1)L2
⎡ ⎤
1 1 −1 | 1
⎢ ⎥
→⎣ 0 1 a+2 | 1 ⎦.
0 0 4 − (a − 1)(a + 2) | 1 − (a − 1)

A terceira equação pode ser escrita −(a − 2)(a + 3)z = −(a − 2). Note
que a expressão do primeiro membro se anula para a = 2 ou a = −3.
Então,

Se a = 2, a terceira equação fica 0 = 0 e o sistema é, nesse caso,


compatı́vel e indeterminado.
Se a = −3, a terceira equação fica 0z = 5, o que torna o sistema
incompatı́vel.
Finalmente, se a = 2 e a = −3, a terceira equação nem é eliminada
nem é impossı́vel. Nesse caso, o sistema é compatı́vel e determinado.

⎡ ⎤ ⎡ ⎤
1 −2 7 | a 1 −2 7 | a
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
R9. ⎣ 1 2 −3 | b ⎦ L2 ← L2 − L1 → ⎣ 0 4 −10 | b − a ⎦
2 6 −11 | c L3 ← L3 − 2L1 0 10 −25 | c − 2a
⎡ ⎤
1 −2 7 | a
⎢ ⎥
→⎣ 0 1 −5/2 | (b − a)/4 ⎦ →
L2 ← 1/4L2
0 10 −25 | c − 2a L3 ← L3 − 10L2

189 CEDERJ
Exercı́cios resolvidos

⎡ ⎤
1 −2 7 | a
⎢ ⎥
→ ⎣ 0 1 −5/2 | (b − a)/4 ⎦. Para que o sistema seja
0 0 0 | c − 2a − 10( b−a
4
)
compatı́vel é necessário ter c−2a−10( b−a
4
) = 0, ou seja, a−5b+2c = 0.

R10. Vimos que um subconjunto W de um espaço vetorial V é subespaço ve-


torial de V se (i) W = ∅; (ii) av ∈ W, ∀v ∈ W, ∀a ∈ R e
(iii) u + v ∈ W, ∀u, v ∈ W .
(⇒) Vamos supor que W é subespaço. Então W é não-vazio. Além
disso, dados a, b ∈ R, u, v ∈ W , por (ii), temos que au ∈ W e bv ∈ W .
Por (iii), au + bv ∈ W .
(⇐) Vamos supor, agora, que W é não-vazio e au + bv ∈ V, ∀u, v ∈
V, ∀a, b ∈ R. Fazendo b = 0, temos a validade da propriedade (ii) da
definição de subespaço. Fazendo a = b = 1, temos a validade de (iii).

R11. ⎧ 1, −1) + a2 (2, 1, 0) + a3⎡


a) a1 (1, (−1, 1, 2) = oR3⎤= (0, 0, 0) ⇒

⎨ a1 + 2a2 − a3 = 0 1 2 −1
⎢ ⎥
⇒ a1 + a2 + a3 = 0 ⇒ ⎣ 1 1 1 ⎦ L2 ← L2 − L1 →


−a1 + 2a3 = 0 −1 0 2 L3 ← L3 + L1
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
1 2 −1 1 2 −1
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
→ ⎣ 0 −1 2 ⎦ → ⎣ 0 −1 2 ⎦.
0 2 1 L3 ← L3 + 2L2 0 0 5
Obtemos,
⎧ assim, o sistema equivalente:
⎪ a1 + 2a2 − a3 = 0

−a2 + 2a3 = 0 , cuja solução é dada por a1 = a2 = a3 = 0.


5a3 = 0
Logo, os vetores v1 , v2 , e v3 são LI.

⎧ 2, 0) + a2 (3, −1, 2) + a3 (2,


b) a1 (1, ⎡ −1, 2) = oR⎤3 = (0, 0, 0) ⇒

⎨ a1 + 3a2 + 2a3 = 0 1 3 2
⎢ ⎥
⇒ 2a1 + a2 − a3 = 0 ⇒ ⎣ 2 1 −1 ⎦ L2 ← L2 − 2L1 →


2a2 + 2a3 = 0 0 2 2
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
1 3 2 1 3 2
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
→ ⎣ 0 −5 −5 ⎦ L2 ← −1/5L2 → ⎣ 0 1 1 ⎦ →
0 2 2 0 2 2
⎡ ⎤
1 3 2
⎢ ⎥
→ ⎣ 0 1 1 ⎦ . Obtemos, assim, o sistema
L3 ← L3 − 2L2 0 0 0

a1 + 3a2 + 2a3 = 0
equivalente , que é indeterminado. Logo,
a2 + a3 = 0
os vetores v1 , v2 e v3 são LD.
CEDERJ 190
Exercı́cios resolvidos
MÓDULO 2 - AULA 17

R12. a) v ∈ U ⇒ v = (3y, y) = y(3, 1); y ∈ R. Um conjunto gerador de U


é {(3, 1)}.

b) v ∈ U ⇒ v = (3y, y, z) = y(3, 1, 0) + z(0, 0, 1); y, z ∈ R. Um


conjunto gerador de U é {(3, 1, 0), (0, 0, 1)}.

c) v ∈ U ⇒ v = (3y, y, t, t) = y(3, 1, 0, 0) + t(0, 0, 1, 1); y, t ∈ R. Um


conjunto gerador de U é {(3, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 1)}.

R13. Um vetor v = (x, y, z) de R3 pertence ao subespaço gerado pelos ve-


tores v1 , v2 e v3 se v pode ser escrito como uma combinação linear
desses vetores. Isto é, queremos que existam a, b, c reais tais que
(x, y, z) = a(1, −1, 1) + b(2, −3,⎧1) + c(0, 1, 1). Em outras palavras,

⎨ a + 2b = x
queremos que o sistema linear −a − 3b + c = y seja compatı́vel.


a+b+c =z
⎡ ⎤
Vamos escalonar o sistema: ⎡ ⎤
1 2 0 | x 1 2 0 | x
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ −1 −3 1 | y ⎦ L2 ← L2 + L1 → ⎣ 0 −1 1 | y + x ⎦ →
1 1 1 | z L3 ← L3 − L1 0 −1 1 | z − x
⎡ ⎤
1 2 0 | x
⎢ ⎥
→ ⎣ 0 −1 1 | y+x ⎦ . Para que o sis-
L3 ← L3 − L2 0 0 0 | z − x − (y + x)
tema admita solução devemos ter z −x−(y +x) = 0, isto é, o subespaço
de R3 gerado pelos vetores v1 , v2 e v3 é {(x, y, z) ∈ R3 ; 2x + y − z = 0}.

R14. Queremos caracterizar as matrizes de M2 (R) que podem ser escritas


como combinação
 linear de u, v e w: 
x y a + 3b + 3c −2a + 2b + 10c
= au + bv + cw = . Em
z t 3a − b − 11c a + 5b + 7c
outras
⎧ palavras, queremos que seja compatı́vel o sistema:

⎪ a + 3b + 3c = x

⎨ −2a + 2b + 10c = y
. Escalonando esse sistema temos:

⎪ 3a − b − 11c = z


a + 5b + 7c = t
⎡ ⎤
1 3 3 | x
⎢ −2 10 | y ⎥
⎢ 2 ⎥ L2 ← L2 + 2L1
⎢ ⎥ →
⎣ 3 −1 −11 | z ⎦ L3 ← L3 − 3L1
1 5 7 | t L4 ← L4 − L1

191 CEDERJ
Exercı́cios resolvidos

⎡ ⎤
1 3 3 | x
⎢ 16 | y + 2x ⎥ L ↔L
⎢ 0 8 ⎥ 2 4
→⎢ ⎥ →
⎣ 0 −10 −20 | z − 3x ⎦
0 2 4 | t−x
⎡ ⎤
1 3 3 | x
⎢ 4 | t−x ⎥
⎢ 0 2 ⎥
→⎢ ⎥ →
⎣ 0 −10 −20 | z − 3x ⎦ L3 ← L3 + 5L2
0 8 16 | y + 2x L4 ← L4 − 4L2
⎡ ⎤
1 3 3 | x
⎢ 0 2 | t−x ⎥
⎢ 4 ⎥
→⎢ ⎥.
⎣ 0 0 0 | z − 3x + 5(t − x) ⎦
0 0 0 | y + 2x − 4(t − x)
Temos que ter, então:
z − 3x + 5(t − x) = 0 e y + 2x − 4(t − x) = 0. Escrevendo y e z em
função das variáveis livres x e t, temos:
y = −6x + 4t e z = 8x − 5t. Logo, uma matriz do subespaço procurado
é da forma   
x −6x + 4t 1 −6 0 4
=x +t ; x, t ∈ R.
8x − 5t t 8 0 −5 1
  (
1 −6 0 4
Concluimos, então, que , é uma base do
8 0 −5 1
subespaço e sua dimensão é 2.


⎨ a=b
R15. Seja v = (a, b, c) ∈ U ∩ W . Então a = c Logo, a = b = c = 0, o que


b=0
implica U ∩W = {(0, 0, 0)}. Então dim (U ∩W ) = 0. Como dim U = 2,
pois {(1, 1, 0), (0, 0, 1)} é uma base de U e dim W = 1, pois {(1, 0, 1)}
é uma base de W , temos dim U + dim W = 3 = dimR3 . Logo, R3
é a soma direta dos subespaços U e W . Como base de R3 podemos
considerar a canônica ou a união das bases mencionadas acima, de U
e W.
√ √ √ √
R16. ||v|| = < v, v > = 30 ⇒ 1 + 4 + a2 + 16 = 30 ⇒ 21 + a2 =
30 ⇒ a2 = 9 ⇒ a = ±9.

R17. a) 2u − v = (2, −4, 2) − (0, −3, 4) = (2, −1, −2).


√ √
b) ||u|| = 1 + 4 + 1 = 6.
 
v
c) versor de v = ||v|| = (0,−3,4)

9+16
= 0, − 35 , 45 .

CEDERJ 192
Exercı́cios resolvidos
MÓDULO 2 - AULA 17

d) < u, v >= 0 + 6 + 4 = 10.


√ √
e) d(u, v) = ||u − v|| = ||(1, 1, −3)|| = 1+1+9= 11.

R18. < u, v >= 0 ⇒ a(a + 1) + (a + 2) + a = 0 ⇒ a2 + 3a + 2 = 0 ⇒


a = −1 ou a = −2.

1 3

√ √ √

R19. a) ||u + v|| =

= 1 + 9 + 16 + 49 = 75 = 5 3.

4 7


−2+2+3+12
b) cos θ = <u,v>
||u||.||v||
= √ √
1+4+1+9 4+1+9+16
= √ 15

15 30
= 2
2
⇒ θ = 45o.

R20. < p(t), q(t) >= 2 − 15 − 2 = −15.


" #
(1,2,−1)
R21. a) u
= √ = √1 , √2 , − √1 .
||u|| 6 6 6 6
√ " √ √ √ #
b) v
||v||
= √
(1/2,2/3,1/2)
= 3
√ 2(1, 2, 1) = 3√ 2 2
, √ 2 , 3√ 2 .
17/18 17 2 3 2 2 17 17 2 17

01 01
R22. a) (t − 1)(3t3 + 2t + 1)dt = 0 (3t4 − 3t3 + 2t2 − t − 1)dt =
0 1
3t5 3t4 2t3 t2
5
− 4
+ 3
− 2
− t = 35 − 34 + 23 − 12 − 1 = − 59 60
.
0
+ ,0 ,0
1 1 2
b) ||p(t)|| = < p(t), p(t) > = (p(t)) 2 dt = (t − t)2 dt =
,0 ,  t5 2t4 t3 11 , 1
0 0
1 4
0
(t − 2t3 + t2 )dt =
5
− 4 + 3 0 = 30 .
01 01
c) < f (t), g(t) >= 0 ⇒ 0 (f (t).g(t))dt = 0 ⇒ 0 (at3 − 2at2 + t −
" 4 3 2
# 1
2)dt = 0 ⇒ at4 − 2at3 + t2 − 2t = 0 ⇒ a4 − 2a 3
+ 12 − 2 = 0 ⇒
0
a = − 18
5
.

R23. Se u é ortogonal a v então < u, v >= 0. Seja α ∈ R. Então


< αu, v >= α < u, v >= α.0 = 0. Logo, αu também é ortogonal
a v, para qualquer escalar α.

 um vetor v = (a, b, c) tal que < v, v1 >= 0 =< v, v2 >. Isto


R24. Queremos
2a + b + c = 0
leva a . A solução desse sistema é qualquer vetor de
a + 3b = 0
R3 da forma (−3b, b, 5b), para b ∈ R.
2 3 2 3
R25. u − <u,v>
||v|| 2 v, v =< u, v > − <u,v>
||v|| 2 v, v =< u, v > − <u,v>
||v||2
||v||2 =
=< u, v > − < u, v >= 0.

R26. a(a + 1) + (a + 2) + a = 0 ⇒ a2 + 3a + 2 = 0 ⇒ a = −1 ou a = −2.

193 CEDERJ
Exercı́cios resolvidos

R27. Seja {u1 , u2, u3 } a base ortonormal procurada. Então:


u1 = ||vv11 || = (1,1,−1)

3
.
w2 = v2 − proju1 v2 =< v2 , u1 > u1 = 0.u1 , o que indica que os vetores
u1 e v2 são ortogonais. Basta normalizar o vetor v2 :
u2 = ||vv22 || = (1,−1,0)

2
.
w3 = v3 − proj " u1 v#3 " − proju2 v3 = #v3 −"< v3 ,#u"1 > u1 − < #v3 , u 2 > u 2 =
 
(−1, 1, 1) − − √3 1 √ , √ , −√
1 1 1
− − √22 √ , −√ , 0 = 1, 1, 2 .
1 1

1 1 2 " 1 1 2 #
3 3 3 2 2 3 3 3
w3 √3
u3 = ||w 3 ||
= , , = √6 , √6 , √6 .
6 3 3 3
Resposta:
4" # " # " #5
√1 , √1 , − √1 , 2, − 2, 0 , 6, 6, 6 .
√1 √1 √1 √1 √2
3 3 3

R28. Sendo S o subespaço de R3 gerado pelos vetores v1 e v2 , sabemos que


projS u = proju1 u + proju2 u, onde {u1 , u2 } é uma base ortonormal de
S. Verificamos que os vetores v1 e v2 são LI (um não é múltiplo do
outro) e, portanto, formam uma base de S. Além disso, o produto
interno deles é zero, logo, formam uma base ortogonal. Precisamos
apenas normalizá-la. Logo, u1 = ||vv11 || = (1,0,2)

5
e u2 = v2 , pois vetor v2
é unitário.
Então: " #
−5 √1 √2
projS u =< u, u1 > u1 + < u, u2 > u2 = √ 5 5
, 0, 5
+ 2(0, 1, 0) =
(−1, 0, −2) + (0, 2, 0) = (−1, 2, −2).

R29. a) Um vetor de U é da forma (y + z, y, z) = y(1, 1, 0) + z(1, 0, 1).


Assim, {v1 , v2 } com v1 = (1, 1, 0) e v2 = (1, 0, 1) é uma base de U.
Vamos aplicar o método de Gram-Schmidt para ortonormalizar
essa base. Seja {u1 , u2 } a base ortonormal procurada. Então
" #
u1 = ||vv11 || = √12 , √12 , 0 .
" #
w2 = v2 − < v2 , u1 > u1 = (1, 0, 1) − √12 √12 , √12 , 0 = ( 12 , 12 , 0) =
( 12 , − 12 , 1).
 "1
1 #
u2 = w2
||w2 || 2
=, −√2
1
26
, 1 = √ , − √1 , √2 .
6 6 6
" # " #
Logo, { √2 , √2 , 0 , √6 , − √6 , √6 } é uma base ortonormal de U.
1 1 1 1 2

b) Um vetor v = (x, y, z) de
pertence
 a U ⊥ se
R3
x+y =0
< v, v1 >=< v, v2 >= 0. Isto leva a . Logo,
x+z =0
v = (x, −x, −x) = x(1, −1, −1), para x ∈ R. "Vamos normali- #
zar o vetor (1, −1, −1), obtendo o vetor u3 = √13 , − √13 , − √13 .
" #
Então, { √13 , − √13 , − √13 } é uma base ortonormal de U ⊥ .

CEDERJ 194
Exercı́cios resolvidos
MÓDULO 2 - AULA 17

c) Queremos escrever (a, b, c) = u + w, com u ∈ U e w ∈ U ⊥ . Para


isso, temos que determinar o vetor u, projeção ortogonal de v =
(a, b, c) sobre o subespaço U:
u = projU"v = proj#u1 v + proj" u2 v =< v, u1# > u1 + < v, u2 >
 a+b a+b 
a+b 1 1
u 2 = √2 √2 , √2 , 0 + √6 a−b+2c √1 , − √1 , √2 = , 2 ,0 +
 a−b+2c −a+b−2c 2a−2b+4c   2a+b+c6 a+2b−c 6 6
a−b+2c
 2
6
, 6
, 6
= 3
, 3 , 3 .
 2a+b+c a+2b−c a−b+2c 
Calculando v − projv U = (a, b, c) − , 3 , 3 =
 a−b−c −a+b+c −a+b+c  3

3
, 3 , 3 .
Logo, a decomposição do vetor (a, b, c) numa soma de um vetor
de U com um de U ⊥ é dada por 
2a + b + c a + 2b − c a − b + 2c
(a, b, c) = , , +
3 3 3
$ %& '
  ∈U
a − b − c −a + b + c −a + b + c
, , .
3 3 3
$ %& '
∈U ⊥

195 CEDERJ

Você também pode gostar