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Antipsicóticos
P R O F E S S O R : PA B L L O E S T E VA M
D I S C I P L I N A : P S I C O FA R M A C O L O G I A
Mas afinal, o que é a Psicose?
A Psicose é uma doença mental caracterizada pela distorção do senso da
realidade. É um estado mental patológico ocasionado pela perda de contato
do indivíduo com a realidade, que passa a apresentar comportamento
antissocial.
◦ Agitação, Insônia
◦ Alucinações (olfativas, visuais, auditivas)
◦ Delírios (perseguição, conspiração)
◦ Transtornos do pensamento (bloqueio, fragmentação, associação frouxa)
◦ Desorganização do discurso (conclusões ilógicos)
◦ Desorganização do comportamento (comportamento social inapropriado,
isolamento, antipatia, agressividade, ambivalência)
SINTOMAS NEGATIVOS
Sintomas Negativos parecem refletir uma diminuição ou perda de funções
normais, são sintomas menos “ativos” mas que afetam suas relações sociais,
acompanhadas a evolução da doença, tais como:
• Afastamento do contato social;
• Embotamento afetivo: emoção reduzida, voz, monótona e mímica facial
empobrecida;
• Falta de iniciativa
• Pobreza de linguagem.
Tipos de Esquizofrenia
Catatônica: rigidez, excitação, posturas bizarras, maneirismo.
Hebefrênica: Incoerência, desagregação dos pensamentos, afeto incongruente,
discurso desorganizado, afeto embotado.
Paranóide: Delírios de perseguição, alucinações auditivas, violência, ansiedade,
alteração nas relações pessoais.
Residual: Afastamento social, inadequação afetiva, comportamento excêntrico.
Indiferenciada: Quando preenche mais de um critério.
Fármacos Antipsicóticos
GRUPOS FÁRMACOLÓGICOS DOS ANTIPSICÓTICOS
Fluflenazina
Proclorperazina
Prometazina
Tioridazina
Antipsicóticos
Os antipsicóticos da primeira geração são medicamentos que bloqueiam
preferencialmente os receptores D2 da dopamina nos sistemas dopaminaérgicos
mesolimbico e moscortical, nogroestrital e tuberoinfundibular.
• Tr atame nto de p ac ie ntes com esq u izo fren i a e vár i as ou tras ps icoses
b e m c o m o n o tr a ta men to a n ti d e p ressi vo d e p a c i e n te s p s i c ó ti cos
Reações
Adversas
• Visão borrada
• Sonolência
DIFICULDADE DE URINAR,
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL,
XEROSTOMIA,
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA,
SEP,
HIPERPROLACTINEMIA,
IMPOTÊNCIA SEXUAL E
INCAPACIDADE DE EJACULAR.
3 Butirofenonas
Delírios e Alucinações
Indicação
Tiques
Vômitos
Náuseas
Esquizofrenia
Episódios maníacos
agudos
Contraindicação
• Constipação
• Taquicardia
• Boca seca
• Agitação nas penas
• Distúrbios
oftalmológicos,
endócrinos, cardíacos
• Disfunção erétil, motora.
• Perda de peso
Esquecimento da Dose
Triperidol, Orap,
Semap, Navane,
Serpasol,
Equilid, Dogmatil,
Modulan,
Tiapridal...
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS OU DE
SEGUNDA GERAÇÃO
DIBENZODIAZEPÍNICOS Atipicos
Os neurolépticos atípicos, ou de 2a. geração, não podem ser classificados de
sedativos, como se faz com os neurolépticos típicos, tendo em vista a diversidade
de ação, ora cumprindo um objetivo, ora outro.
Indicações
Psicoses severas: esquizofrenia especialmente em formas refratárias a outros
tratamentos (esquizofrênicos resistentes). Desequilíbrios bipolares incluindo
síndromes maníaco-depressivas.
CLOZAPINA
A clozapina (Leponex®), considerada o primeiro antipsicótico de segunda geração
(ou atípico) foi descoberta em 1970.
Em indivíduos esquizofrênicos a Clozapina melhora tanto os sintomas positivos
como negativos em 30%-35% dos casos e, em 60% dos casos se o tratamento se
prolonga por 12 ou mais meses.
Ao contrário dos neurolépticos clássicos, a Clozapina produz pequena ou
nenhuma elevação de prolactina, evitando, portanto, efeitos colaterais como
ginecomastia, amenorréia, galactorréia e impotência sexual.
Dose
O tratamento é iniciado de forma gradual de 12,5 a 25 mg/noite que pode ser
aumentada a cada dois ou três dias até alcançar 100m/dia.
A seguir, o aumento pode ser de 50mg/dia a cada dois ou três dias até que doses
de 300-400 mg/dia sejam alcançadas, geralmente em duas a três semanas, em
duas tomadas (meia-vida de 12 a 16horas).
Entretanto, a dose máxima recomendada é de 900 mg/dia.
Os pacientes idosos costumam responder a doses mais baixas de até 300
mg/dia. A faixa terapêutica habitual se encontra entre 200-500 mg/dia.
Superdose
A superdose produz alteração dos estados de consciência, como:
►adormecimento;
►delírio e coma;
► hipotensão arterial;
►taquicardia;
► depressão;
►parada respiratória;
►em poucos casos tremores.
Efeitos secundários
Outros fenômenos indesejáveis indicados são:
visão turva, secura da boca ,náuseas, vômitos, constipação, retenção urinária.
Tratamento: manter a ventilação e a oxigenação, monitoramento cardíaco e
cuidados sintomáticos.
Evitar a adrenalina e seus derivados para tratar a hipotensão e quinidina para as
arritmias cardíacas.
A hemodiálise e a diálise peritoneal são pouco eficazes.
Interações
Não deve ser utilizada simultaneamente com fármacos com conhecido potencial
indutor de mielossupressão;
A clozapina pode potencializar os efeitos centrais do álcool, de inibidores da
MAO e depressores do SNC como hipnóticos, anti-histamínicos e
benzodiazepínicos;
Recomenda-se cuidado especial ao se iniciar o tratamento em pacientes que
estejam tomando (ou tenham tomado recentemente) benzodiazepínico ou
qualquer outro fármaco psicosedativo, pois esses pacientes podem ter maior
risco de colapso circulatório que, em raros casos, pode ser grave e
acompanhado de parada cardíaca ou respiratória;
Contraindicações
1. Doença grave renal, hepática ou cardíaca;
2. Psicose alcoólica ou tóxica atual;
3. Dependência/abuso atual de drogas psicoativas;
4. Situação potencial de gravidez e/ou lactação;
5. Paciente com história de agranulocitose ou uso atual de drogas
mielossupressoras;
6. Impossibilidade de adesão ou acompanhamento continuado.
RISPERIDONA
Indicações
É indicada no tratamento das psicoses esquizofrênicas agudas e crônicas e de
outros distúrbios psicóticos, nos quais os sintomas positivos (tais como
alucinações, delírios, distúrbios do pensamento, hostilidade, desconfiança) e/ou
negativos (tais como embotamento afetivo, isolamento emocional e social,
pobreza de discurso) sejam proeminentes.
Também alivia outros sintomas afetivos associados à esquizofrenia (tais como
depressão, sentimentos de culpa, ansiedade).
Dose
O tratamento é iniciado em forma gradual com doses moderadas que são
progressivamente aumentadas. No primeiro dia recomenda-se 1mg, duas
vezes por dia; 2mg, duas vezes por dia, no segundo dia; e 3mg, duas vezes
por dia, no terceiro dia.
A atividade antipsicótica máxima foi observada em uma faixa entre 4mg e
6mg/dia. Com doses superiores a 6mg não há benefícios clínicos
adicionais, mas aumenta-se o risco de reações adversas. Para pacientes
com doença hepática ou renal, indivíduos debilitados ou idosos
recomenda-se uma dose inicial de 0,5mg, duas vezes ao dia, com
incrementos de 0,5mg, duas vezes ao dia nos dias seguintes, até atingir a
dose ótima.
Superdose
Procurar auxílio médico imediato.
Os sintomas de superdose por risperidona, em geral, são: sonolência e sedação,
aceleração dos batimentos cardíacos, queda da pressão e distúrbios nervosos.
Tratamento: lavagem gástrica, assistência respiratória, administração de líquidos
por via parenteral e vasopressores.
Não existe antídoto específico contra a risperidona.
O paciente deve ser controlado até sua recuperação.
Reações adversas
Durante o tratamento: insônia (26%);
agitação (22%);
ansiedade (12%);
sonolência e dor de cabeça (14%);
tonturas, constipação, náuseas, vômitos, dor abdominal, dor dental, rinite
(10%);
tosse, sinusite, dor nas costas ou no peito, visão anormal, taquicardia.
diminuição do desejo sexual.
Interações
A risperidona pode intensificar o efeito do álcool e de drogas que reduzem a
habilidade para reagir (tranquilizantes, analgésicos narcóticos, certos anti-
alérgicos, certos antidepressivos).
Informe seu médico se você estiver tomando remédios para tratar doença de
Parkinson, pois alguns deles (agonistas dopaminérgicos, como a levodopa) agem
contrariamente à risperidona.
Você também deve informar ao seu médico se estiver tomando carbamazepina,
pois este medicamento pode afetar os efeitos da risperidona.
Contraindicações
Não tome risperidona se você for alérgico a este medicamento ou a qualquer
componente de sua fórmula.
Durante um tratamento prolongado, a risperidona pode causar contraturas
involuntárias no rosto.
A risperidona também pode provocar febre alta, com respiração rápida, suores,
redução da consciência, sensação de contratura muscular e um estado de
confusão mental.
Obrigado!