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SUMÁRIO
1. Introdução
4. Conclusões
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Artigo produzido por solicitação do Prof. Dr. Adalberto Simão Filho, do Curso de Mestrado
em Direito da Sociedade da Informação das Faculdades Metropolitanas Unidas – São Paulo
– Novembro de 2.010
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Advogado, especialista em Direito Tributário pelo Centro de Extensão Universitária – SP.
Mestrando em Direito da Sociedade da Informação pelas FMU – SP. Professor, palestrante,
autor do livro “Direitos do Contribuinte e da Fiscalização”, Atlas, 2008, SP. Titular do
escritório M. Toledo Consulting Assessoria Ltda.
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Resumo
Abstract
This article addresses is the creation of computerized controls of the content of business
information, generated through the SPED, Public System Digital Books, mandatory to part of
the brazilian enterprises, and that aims to standardize tax procedures and accounting practice
of firms, seeking greater credibility and visibility by public agencies, besides facilitating the
exchange of information between the various oversight agencies of the Brazilians State.
1. Introdução
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Passando pelos selos reais, estampados através de cera vermelha e com o timbre da
dignidade que o assinava, transitando posteriormente pela verificação da originalidade da
assinatura através de métodos cartoriais de reconhecimento, mais hodiernamente pela
“assinatura por máquina”, onde um exemplar da assinatura do signatário era consignado em
um aparelho que reproduzia, com a mesma qualidade do autentico, a firma daquele, e
atualmente dada a incontestável existência dos meios eletrônicos, a assinatura eletrônica.
Esta ponderação dá-se, em nosso ponto de vista, pela característica ínsita de tal
circulação documental, que resumimos em dois aspectos: portabilidade e velocidade, aos
quais se acresce um terceiro, adiante discutido, qual seja, a credibilidade.
Velocidade pelo simples fato de em poucos segundos acordos serem firmados via
eletrônica, não mais se exigindo estafetas, portadores, Correios, Couriers, moto-boys e
quejandos. A simples troca de inputs através das máquinas automáticas de tratamento de
informações formaliza e dá essência aos procedimentos usuais na vida empresarial,
contratando empréstimos, adquirindo e vendendo bens, mercadorias e serviços, pactuando
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parcerias. Aliás, em se utilizando os meios de certificação ora comentados, sequer os
procedimentos cartoriais de “reconhecimento de firma” serão necessários, já que as assinaturas
digitais, firmadas na conformidade adiante comentada, possuem tal grau de certeza quanto ao
signatário que desnecessária será sua formação cartorial em grande número de casos, restando
esta via apenas para a utilização em decorrência de exigência legal.
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TUCCI, José Rogério Cruz e. Eficácia Probatória dos Contratos Celebrados pela Internet, “in” Direito e
Internet, aspectos jurídicos relevantes. DE LUCCA, Newton e SIMÃO FILHO, Adalberto, Ed. Edipro, SP, 2000.
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Referenda-se a alusão aos diferenciais de portabilidade e velocidade como elementos
distintivos dos documentos eletrônicos. O reconhecimento doutrinário da nova figura jurídica
de “contratação entre ausentes em tempo real” dá corpo às ilações por nós acima efetuadas.
Neste processo será gerada uma assinatura digital, que será adicionada à mensagem
enviada para Maria. Ao receber a mensagem, Maria utilizará a chave pública de José para
decodificar a mensagem.
Neste processo será gerada uma segunda assinatura digital, que será comparada à
primeira. Se as assinaturas forem idênticas, Maria terá certeza que o remetente da mensagem
foi o José e que a mensagem não foi modificada.
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Também é importante ressaltar que o fato de assinar uma mensagem não significa
gerar uma mensagem sigilosa. Para o exemplo anterior, se José quisesse assinar a mensagem e
ter certeza de que apenas Maria teria acesso a seu conteúdo, seria preciso codificá-la com a
chave pública de Maria, depois de assiná-la. 5
Este sistema se utiliza de duas chaves, uma chave pública e outra privada. Assinado
um documento eletrônico - o que é feito com o uso da chave privada -, é possível conferir a
assinatura mediante o uso da chave pública.
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Cartilha de Segurança para a Internet – CGI-BR- Ed. 3.01 – 2006 (acessado em 14/03/2010 em
http://cartilha.cert.br/download/cartilha-seguranca-internet.pdf)
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E, além disso, ao efetuar a assinatura, o programa, utilizando fórmulas matemáticas
sofisticadas, vincula a assinatura digital ao documento assinado, de tal sorte que a assinatura
digital só seja válida para aquele documento.
Qualquer alteração, por menor que seja, na sequencia de bits que forma o documento
eletrônico, invalida a assinatura. A simples inserção de mais um espaço entre duas palavras,
não obstante o sentido do texto não ter sido modificado, já é bastante para que seja perdido o
vínculo com a assinatura digital.
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BRASIL, MP 2200-2 de 24/08/2001, art. 1º.
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Lei no 3.071, de 1o. de janeiro de 1916 - Código Civil.(art. 219 novo CC)
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Reconhecida assim a validade do documento eletrônico, bem como sua validade para
fins tributários pela expressa remissão ao artigo 100 do CTN, temos que o relacionamento
fisco-contribuinte iniludivelmente está respaldado pela norma em apreço, sendo
inquestionável a utilização dos meios eletrônicos no relacionamento fiscal ora analisado.
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BRASIL, Código Civil, Lei 10406/2002, artigo 219: “As declarações constantes de documentos assinados
presumem-se verdadeiras em relação aos signatários”.
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BRASIL, Código Tributário Nacional, Lei 5172/66, artigo 100: “São normas complementares das leis, dos
tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades
administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os
convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Parágrafo único. A
observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a
atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.”
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• Promover a atuação integrada dos fiscos, mediante a padronização e
racionalização das informações e o acesso compartilhado à escrituração digital
de contribuintes por pessoas legalmente autorizadas;
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• Aumento da competitividade entre as empresas e combate mais efetivo à
concorrência desleal entre as empresas;
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• Necessidade de promover à escrituração dos livros Diário e Razão, Balancetes
Diários e Balanços, Diário com Escrituração Resumida, Diário Auxiliar e
Razão Auxiliar de forma eletrônica e disponibilizada às Juntas Comerciais e
ao Fisco Federal;
A utilização da Nota Fiscal Eletrônica, por outro lado, como elemento certificador do
emitente e destinatário das mercadorias e produtos somente também tem eficácia e validade
jurídicas entre os contribuintes (inclusive para certificação de créditos fiscais e comerciais,
reconhecimento de despesas, imputação de custos, etc.) pelo fato de a assinatura digital
permitir total conhecimento – antecipado, diga-se – pelo Fisco dos dados relativos à operação.
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3.1 E-CPF e E-CNPJ – Utilização perante a Receita Federal do Brasil9
A Receita Federal do Brasil, a partir do exercício de 2.011 (ano base de 2.010) exigirá
dos contribuintes brasileiros a entrega de suas Declarações de Imposto de Renda Pessoa Física
exclusivamente por meio digital (via internet), finalizando assim um procedimento de
fiscalização eletrônico extremamente eficaz, onde são exíguos os limites de sonegação fiscal
por parte destes contribuintes.
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Extraído de <
http://www.receita.fazenda.gov.br/atendvirtual/orientacoes/ConceitoBasico.htm>
acessado em 24.11.2010
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Assinatura Digital
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É a entidade operacionalmente vinculada à AC-RFB, responsável pela confirmação
da identidade dos solicitantes de credenciamento e habilitação como Autoridades
Certificadoras integrantes da ICP-Brasil, em nível imediatamente subseqüente ao da AC-RFB.
Autoridades de Registro
Não poderão ser titulares de certificados e-CPF ou e-CNPJ, as pessoas físicas cuja
situação cadastral perante o CPF esteja enquadrada na condição de cancelado e as pessoas
jurídicas cuja situação cadastral perante o CNPJ esteja enquadrada na condição de inapta,
suspensa ou cancelada.
Documento Eletrônico
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É aquele cujas informações são armazenadas, exclusivamente, em meio eletrônico.
ICP–Brasil
Usuário
4. Conclusões
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como fundamentalmente necessários para a perfeita consecução e utilização da informática no
meio empresarial.
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