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ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA DO NAMIBE

Departamento de Eletromecânica

Projeto de Fornecimento Elétrico


Empresa MARGRAN, Mármore e Granitos.

Namibe 2015
Índice
Capítulo I- Introdução ................................................................................................................................................. 1
1.1 Localização. ...................................................................................................................................................... 1
1.2 Informação sobre o fornecimento elétrico .................................................................................................... 1
1.2 Planta baixa e disposição das cargas de potência ..................................................................................... 2
1.2.1 Lay-Out das Cargas na Fábrica ................................................................................................................. 2
1.2.2 Lay-Out das Cargas na Oficina .................................................................................................................. 3
1.2.3 Dados das Maquinas ................................................................................................................................... 3
Capítulo II-Dimensionamento da instalação. ........................................................................................................... 4
2.1 Demanda de iluminação ................................................................................................................................. 4
2.2 Demanda privista das Tomadas .................................................................................................................... 5
2.3 Demanda Total das Máquinas ....................................................................................................................... 5
2.4 Potências por dependência ............................................................................................................................ 6
2.5 Divisões dos circuitos da Instalação ............................................................................................................. 6
2.6 Tensões dos circuitos da Instalação. ............................................................................................................ 6
2.7 Tipo de aterramento do projeto...................................................................................................................... 6
2.8 Método de referência da instalação .............................................................................................................. 7
2.9 Critérios para demensionamento da secção dos condutores ................................................................... 7
2.9.1 Escolha da seção dos condutores ........................................................................................................ 8
2.9.2 Critérios da queda de tensão ................................................................................................................. 9
2.10 Dimensionamento dos Eletroduto ............................................................................................................. 11
Capítulo III-Dimensionamento das proteções elétricas ....................................................................................... 13
3.1 Disjuntores ...................................................................................................................................................... 13
3.2 Relé térmico de sobrecarga. ........................................................................................................................ 14
3.3 Fusíveis ........................................................................................................................................................... 14
3.4 Escolha das proteções dos circuitos. .......................................................................................................... 15
Bibliografia .................................................................................................................................................................. 17
Anexos ........................................................................................................................................................................ 18
Tabela 1- Factor de correção de tempreratura ................................................................................................ 18
Tabela 2 – Factor de correção de agrupamento.............................................................................................. 18
Tabela 3 – Seção dos condutores e capacidade de condução de corrente ................................................ 19
Tabela 4 – Dados caraterásticos para condutores isolados em baixa tensão. ........................................... 19
Tabela 5 – Fator de demanda para circuitos independentes ......................................................................... 20
Tabela 6 – Ocupação máxima de eletrodutos PVC para condutores da mesma seção............................ 20
Tabela 7- Disjuntores Normalizados .................................................................................................................. 21
Tabela 8 - Fator de simultaneadade .................................................................................................................. 21
Tabela 9 – Fator de Utilização ............................................................................................................................ 21
Objectivos

• Determinar o esquema de fornecimento da instalação industrial.

• Determinar o prognóstico da demanda da carga elétrica de cada quadro


de distribuição geral (QDG).

• Determinar a capacidade do transformador.

• Apresentar a documentação técnica elementar que se requer para um


projeto.
Capítulo I- Introdução
A MARGRAN, mármore e granitos é uma empresa localizada em Angola na
provincia do Namibe e sua principal atividade é a preparação de rochas
ornamentais para os mais diversos fins.

1.1 Localização.

1.2 Informação sobre o fornecimento elétrico


O fornecimento da energia elétrica é feito apartir de um posto de
transformação (PT), com as seguintes características:

Sn=400 kVA

(Dyn)-15kV/380-220 V

1
1.2 Planta baixa e disposição das cargas de potência

1.2.1 Lay-Out das Cargas na Fábrica

Legenda
ME- Máquina de escrever
MC-Máquina de Corte
MP- Maquina de Polir

2
1.2.2 Lay-Out das Cargas na Oficina

1.2.3 Dados das Maquinas

Tabela 1- Dados das Máquinas

3
Capítulo II-Dimensionamento da instalação.
2.1 Demanda de iluminação

A norma recomenda que deva ser prevista uma demanda de iluminação de 100 VA a cada
6𝑚2 e 60 VA para cada 4𝑚2 .

Tabela 2- Demanda prevista de Iluminação

4
2.2 Demanda privista das Tomadas

✓ Tomadas de uso geral (TUGs)


✓ Tomadas de uso especifico (TUEs)

2.3 Demanda Total das Máquinas

5
2.4 Potências por dependência

2.5 Divisões dos circuitos da Instalação


Uma instalação deve ser dividida em circuitos terminais. Isso facilita a
manuntenção e reduz a interferência entre pontos de luz e tomadas de
diferentes áreas. Conforme recomendações da norma ABTN NBR 5410, a
previsão dos circuitos terminais deve ser feita da seguinte maneira:
Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos dos pontos de
tomadas e dos circuitos independentes.

Todos os pontos previstos para alimentar equipamentos com corrente nominal


superior a 10 A, de modo exclusivo ou ocasional, devem constituir um circuito
independente.

2.6 Tensões dos circuitos da Instalação.


Os circuitos de iluminação e de pontos de tomadas serão ligados na
menor tensão (220 V), entre fase e neutro.

Os circuitos independentes (máquinas), por serem trifásicos, serão


ligados a maior tensão (380 V).

2.7 Tipo de aterramento do projeto

6
2.8 Método de referência da instalação

2.9 Critérios para demensionamento da secção dos condutores

As seções dos condutores devem satisfazer simulataneamente, aos três


critérios seguintes:

✓ Secção mínima.
✓ Capacidade de condução de corrente.
✓ Limite de queda de tensão.

a) Capacidade de condução de corrente.

a) 1. Corrente nominal

Para circuitos trifásicos:

𝑆
𝐼𝑛 =
√3𝑥𝑈
Onde: U é a tensão fase-fase

Para circuitos monofásicos:

𝑆
𝐼𝑛 =
𝑈
Onde: U é a tensão fase-neutro.

S- Potencia Aparente

In- Corrente nominal

7
a) 2. Corrente Admissível

𝐼𝑛
𝐼𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑇𝑥𝐹𝐶𝐴
Onde:
In- Corrente nominal.
Iadm- Corrente admissível.
FCT- Factor de correção de temperatura. (Tabela 1 em Anexo)
FCA- Factor de correção de agrupamento. (Tabela 2 em Anexo)

2.9.1 Escolha da seção dos condutores

8
2.9.2 Critérios da queda de tensão

Circuito monofásico equivalente de corrente alternada para cargas trifásicas


equilibradas.

Para dimensionar as secções dos condutores pela máxima queda de tensão


utilizamos o circuito eléctrico equivalente e temos que levar em consideração
as quedas de tensões nas reatâncias indutivas dos fios e cabos. Os diversos
valores de queda de tensão, para diferentes secções transversais e nos mais
diversos arranjos, encontram-se nas tabelas dos fabricantes.

Quando estes valores não são encontrados, podemos calcular utilizando a


fórmula abaixo. Os valores da resistência e da reatância estão tabelados.

a) Para circuito monofásico:


∆𝑉12 2𝐿𝐼(𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑋𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜃)
∆𝑉% = × 100 = × 100
𝑉 𝑉

b) Para circuito trifásico:

9
∆𝑉12 √3𝐿𝐼(𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑋𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜃)
∆𝑉% = × 100 = × 100
𝑉 𝑉

𝐿 →Comprimento do circuito (km)

𝑟 →Resistência do fio por unidade comprimento (Ω/km)

𝑋𝐿 →Reatância indutiva do fio por unidade de comprimento (Ω/km)

𝜃 →Ângulo do fator de potência da carga

𝐼 →Corrente monofásico equivalente

𝑉 →Tensão entre fase e neutro

2.9.1.1 Cálculo da queda de tensão

∆𝑉 √3𝐿𝐼(𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑋𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜃)
∆𝑉% = 𝑥100 = 𝑥100
𝑉 𝑉

Alimentador da Sala1

1,73𝑥0,044𝑥69 (√(0,870𝑥0,88)2 + (0,097𝑥0,469)2 )


∆𝑉% = 𝑥100
220
∆𝑉% = 1,8%

Alimentador da Sala2

1,73𝑥0,032𝑥49 (√(2,189𝑥0,88)2 + (0,103𝑥0,469)2 )


∆𝑉% = 𝑥100
220
∆𝑉% = 2,2%

Alimentador da Sala de Escrever

1,73𝑥0,02𝑥28 (√(5,516𝑥0,88)2 + (0,114𝑥0,469)2 )


∆𝑉% = 𝑥100
220
∆𝑉% = 2,14%

Alimentador da Fábrica

10
1,73𝑥0,065𝑥139 (√(0,321𝑥0,88)2 + (0,090𝑥0,469)2 )
∆𝑉% = 𝑥100
220
∆𝑉% = 2,15%

Alimentador da Oficina

1,73𝑥0,04𝑥86 (√(0,870𝑥0,88)2 + (0,097𝑥0,469)2 )


∆𝑉% = 𝑥100
220
∆𝑉% = 2,1

Alimentador do Escritório

1,73𝑥0,03𝑥30 (√(3,685𝑥0,88)2 + (0,108𝑥0,469)2 )


∆𝑉% = 𝑥100
220
∆𝑉% = 2,3%

2.10 Dimensionamento dos Eletroduto


A taxa de ocupação máxima dos eletrodutos é em média 40% da sua área útil.
A ocupação máxima do eletroduto pode ser calculada conhecendo-se a área
útil do eletroduto, 𝐴𝐸 , e a área ocupada por cada condutor, 𝐴𝑐𝑗 . No caso (mais
frequente) de eletroduto circular 𝐴𝐸 é dada por:
𝜋(𝑑𝑒 − 2𝑒)2
𝐴𝐸 =
4
𝑑𝑒 → Diâmetro externo do eletroduto

𝑒 → Espessura do eletroduto

A área de cada condutor, 𝐴𝑐𝑗 , é dada por:

𝜋𝑑𝑗 2
𝐴𝑐𝑗 =
4
Onde 𝑑𝑗 é o diâmetro do condutor genérico qualquer. Além disso, devemos ter:

∑ 𝐴𝑐𝑗 ≤ 𝑘𝐴𝐸

Onde k é um fator que se segue a tabela abaixo

11
Quando a seção dos condutores é igual, usa-se a tabela 6 em anexo.

12
Capítulo III-Dimensionamento das proteções elétricas
3.1 Disjuntores
A seleção e ajuste dos disjuntores devem ser feita com base nos requisitos
previstos na norma NBR 5410.

a) Proteção contra sobrecargas

1ª Condição: 𝐼𝑎𝑗 ≥ 𝐼𝑎𝑑𝑚

𝐼𝑎𝑗 → Corrente de ajuste do disjuntor.

𝐼𝑎𝑑𝑚 →Corrente admissível.

2ª Condição: 𝐼𝑎𝑗 ≤ 𝐼𝑛𝑐

𝐼𝑛𝑐 → Corrente nominal do condutor.

3ª Condição: 𝐼𝑎𝑑𝑐 ≤ 1,45𝑥𝐼𝑛𝑐

𝐼𝑎𝑑𝑐 = 𝐾𝑥𝐼𝑎𝑑𝑗 →Corrente convencional de atuação do disjuntor.

𝐾 → Factor de multiplicação (tabelado e depende do fabricante do


disjuntor).

4ª Condição: 𝑇𝑎𝑑 > 𝑇𝑝𝑚

𝑇𝑎𝑑 → Tempo de atuação do disjuntor.

𝑇𝑚𝑝 → Tempo de partida do motor.

b) Proteção contra curto – circuito

5ª Condição: 𝐼𝑐𝑐 ≤ 𝐼𝑟𝑑

𝐼𝑐𝑐 → Corrente de curto-circuito no ponto considerado da instalação.

𝐼𝑟𝑑 → Capacidade de interrupção do disjuntor.

6ª Categoria: 𝑇𝑎𝑑 ≤ 𝑇𝑐𝑐

𝑇𝑎𝑑 → Tempo de atuação do disjuntor.

𝑇𝑐𝑐 → Tempo de suportabilidade da isolação do condutor.

13
3.2 Relé térmico de sobrecarga.
Os relés térmicos de sobrecarga seguem os mesmos critérios de
dimensionamento dos disjuntores descritos no item anterior.

3.3 Fusíveis
a) Circuitos terminais de motores em regime S1

𝐼𝑛𝑓 ≤ 𝐼𝑝𝑚 𝑥 𝐾

𝐼𝑝𝑚 = 𝐼𝑛𝑚 𝑥 𝑅𝑐𝑝𝑚 → Corrente de partida do motor.

𝐼𝑛𝑓 → Corrente nominal do fusivel.

𝐼𝑛𝑚 → Corrente nominal do motor.

𝑅𝑐𝑝𝑚 → Relação entre a corrente de partida e a corrente nominal do motor.

𝐾 → Factor de multiplicação

b) Circuito de distribuição de motores

𝐼𝑛𝑓 ≤ 𝐼𝑝𝑛𝑚 × 𝐾 + ∑ 𝐼𝑛𝑚

𝐼𝑝𝑛𝑚 → Corrente de partida do maior motor.

∑ 𝐼𝑛𝑚 →Soma das correntes dos demais motores.


c) Circuito de distribuição de aparelhos

𝐼𝑛𝑓 ≥ 𝛼 × ∑ 𝐼𝑛𝑎

𝛼 = 1 𝑎 1,15

∑ 𝐼𝑛𝑎 →Soma das correntes nominais dos aparelhos.

d) Circuitos de distribuição de cargas mistas (aparelhos e motores)

𝐼𝑛𝑓 ≤ 𝐼𝑝𝑛𝑚 × 𝐾 + ∑ 𝐼𝑛𝑚 + ∑ 𝐼𝑛𝑎

14
3.4 Escolha das proteções dos circuitos.

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16
Bibliografia
ABNT. (2008). NBR 5410-Instalação elétrica de baixa tensão. Rio Janeiro: ABNT.

Eletric, S. (2010). Guia de instalações eletricas-IEC 60364. Barcelona: Schneider.

Freitas, J. A. (2012). Projetos Elétricos. Santa Maria-RS: Colégio Tecnico Industrial.

Junior, J. M. (2010). Projeto Elétrico Industrial. Florianópolis/SC: SENAI/SC.

17
Anexos

Tabela 1- Factor de correção de tempreratura

Tabela 2 – Factor de correção de agrupamento.

18
Tabela 3 – Seção dos condutores e capacidade de condução de corrente

Tabela 4 – Dados caraterásticos para condutores isolados em baixa


tensão.

19
Tabela 5 – Fator de demanda para circuitos independentes

Tabela 6 – Ocupação máxima de eletrodutos PVC para condutores da


mesma seção.

20
Tabela 7- Disjuntores Normalizados

Tabela 8 - Fator de simultaneadade

Tabela 9 – Fator de Utilização

21

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