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Eletricidade e Instalações Elétricas: Objetivo

— Estabelecer Conhecimentos, Qualidades e Habilidades que possibilitem a


Elaboração e Execução de Projetos de Instalações Elétricas Prediais –
Residenciais e Comerciais, em Baixa e Média Tensão
Eletricidade e Instalações Elétricas: Programa
— Introdução: Histórico da Eletricidade e da Engenharia Elétrica; Grandezas
Elétricas e Eletromagnéticas; Resolução da ANEEL n°. 414/2010; Normas
Técnicas NBR’s ABNT 5.410, 5.413 e 5.419, Notas Técnicas NTC’s 04 e 05
CELG-D; Infraestrutura para Circuitos Elétricos; Quadro de Cargas –
Levantamento e Projeto; Previsão de Carga, Potência, Energia Elétrica,
Demanda e Consumo; Diagramas Unifilares e Trifilares; Tensões Primárias e
Secundárias; Circuitos Monofásicos, Bifásicos e Trifásicos; Equipamentos de
Circuitos Exclusivos; Dimensionamento de Circuitos Elétricos; Simbologia
para projetos de Instalações Elétricas; Cálculo de Queda de Tensão;
Memorial Descritivo de Projeto de Instalações Elétricas; Projeto de
Instalação Elétrica Predial;
Avaliações
— Avaliações
— 50% = média dos exercício resolvidos durante a aula
— 50% = Questionário com 10 questões múltipla escolha
“A eletricidade é 10% de Técnica e 90% de bruxaria”
diário de Minas em 1889

— 1911 - Escola Politécnica do Rio de Janeiro criada em 1874 estabeleceu o


primeiro curso superior de “Engenheiros Mecânicos – Eletricistas” das
Américas;
— 1913 - é fundado o “Instituto Eletrotécnico e Mecânico” de Itajubá – MG e é
estabelecida a “Escola Superior de Eletricidade” na Rua Líbero Badaró, São
Paulo – SP;
— 1920 - foi estabelecido o Instituto de Eletrotécnica da Universidade do Rio
de Janeiro - primeira Escola de Engenharia Elétrica da América do Sul,
sediado na Praça da República;
Instituto de Eletrotécnica da Universidade do Rio de Janeiro
— 1925 pela primeira vez tivemos o título profissional de “Engenheiro
Eletricista” egresso da Universidade do Rio de Janeiro;
— Em 1937, a Universidade do Rio de Janeiro foi reorganizada como
Universidade do Brasil, quando surgiu a Escola de Engenharia da
Universidade do Brasil e o instituto se tornou parte da Escola Nacional de
Engenharia da Universidade do Brasil, sendo denominado Instituto de
Eletrotécnica da Universidade do Brasil;
— 1965 obteve sua atual denominação – Instituto de Eletrotécnica da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas
— Corrente Elétrica:
— Inicialmente trataremos identificamos a grandeza elétrica corrente Elétrica, que é
definida como sendo de 01 Ampére (A) a passagem durante 01 segundo da carga
equivalente a 01 Coulomb (C), ou seja, 1,0 Ampére equivale a passagem durante 01
segundo de 6,25 x 1018 elétrons (℮).
1,0 A = 6,25 x 1018 ℮ / segundo

— Diferença de Potencial – Tensão:


— A diferença de potencial que permite a passagem da carga de 01 Coulomb durante 1
segundo é denominada de 1,0 Volt.
Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas: Resistência
— Definimos com Resistência Elétrica, a característica físico-química do
material, que ao conduzir corrente elétrica produz uma diferença de
potencial. À resistência que ao conduzir 1,0A produz uma ddp ou tensão de
1,0V, denominamos 1,0 Ohms (Ω).
— 1,0 Ω = 1,0V / 1,0A
—R = V / I
— V = R.I
Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas
— Sendo uma característica físico-química, a resistência de determinado
material pode ser estabelecida a partir do modelo matemático.
R = ρ. L / a
— Onde “L” é o comprimento do condutor, “a” sua área e “ρ” é a resistividade do
material.
— Para determinado material a uma temperatura constante, a vinte graus
célsius, por exemplo, cuja grandeza possui os parâmetros (Ω.mm²/m)
temos que a resistividade ρ pode ser conhecida como:
— Alumínio: 32 x 10-3 (Ω.mm²/m);
— Cobre: 17 x 10-3 (Ω.mm²/m);
— Níquel: 100 x 10-3 (Ω.mm²/m);
Grandezas Elétricas e Eletromagnéticas
— Para temperaturas distintas de zero grau célsius temos que:
ρ = ρ0 (1 + α .T)

— Onde α pode ser definido com o seguinte valor:


— Alumínio: 0,0036;
— Cobre: 0,0040;
— Níquel: 0,0050;
— ...
Exercício
— Ex.1 - Qual é a resistência elétrica de uma barra de cobre com dimensões
de 2,5mm x 5,0mm com comprimento de 12 metros a uma temperatura de
20o C?

— Área da barra de cobre: A = 2,5.0,5 = 1,25mm²;


— Resistividade do Cobre a 0o C ρ= 17x10-3 Ω.mm²/m
Exercícios
— Ex.2 - Qual seria a resistência elétrica da mesma barra de cobre o exercício
anterior desde que submetida à temperatura de 35o C?

— Ex.3 - Dimensione um condutor de cobre (área em mm²) que alimente uma


lâmpada elétrica com potência de 100W distante 18 metros do ponto de
entrega de energia, alimentada em 220V monofásico.
Grandezas Elétricas: Impedância
— Impedância elétrica ou simplesmente Impedância em circuitos elétricos, é a
relação entre o valor eficaz da diferença de potencial entre dois pontos de
circuito em consideração, e o valor eficaz da corrente resultante no circuito.

— É expresso por um fasor, que da forma de número complexo possui uma


parte real, equivalente a resistência R, e uma parte imaginária, dada pela
reatância X. A impedância também é expressa em ohms, e designada pelo
símbolo Z. Indica a oposição total que um circuito oferece ao fluxo de uma
corrente elétrica variável no tempo. Matematicamente, exprime-se:
Z = R + j X (Ω)
Grandezas Elétricas: Reatância
— Em função dos circuitos, estes podem ser capacitivos e ou indutivos,
possuindo, portanto uma Reatância capacitiva e ou indutiva;
— A Reatância indutiva e ou capacitiva existe apenas em circuitos de corrente
alternada e podem ser expressas como sendo:
— Reatância Capacitiva XC = -j (1/W.C) e
— Reatância Indutiva XL = + j W.L
— Onde:
— W é frequência angular, em rad/s, e vale ω = 2.π.f (f = freqüência simples, em hertz);
L: Indutância elétrica, em Henry; C: Capacitância elétrica, em Faraday;
Grandezas Elétricas
— Circuitos em Série alimentam equipamentos e ou componentes que
necessitam de estar submetidos sempre à mesma corrente.

— Circuitos em paralelo alimentam equipamentos e ou componentes que


necessitam de estar submetidos sempre à mesma tensão.

— Circuitos RLC (resistivos + Indutivos +capacitivos) formados por


equipamentos e ou componentes resistivos, capacitivos e ou indutivos.
Exercício
— Ex.4 - Desenhe um circuito que alimente três equipamentos, sendo um
resistivo de 8Ω, um capacitivo de 20Ω e outro indutivo 10Ω. Estes
equipamentos devem ser alimentados por uma tensão de 220V. Calcule a
corrente Geral e a corrente utilizada por cada equipamento.
Grandezas Elétricas: Potência:
— Definimos como potência, o produto tensão e corrente, ou seja,
P = VI
— Definimos como potência de 1,0 Watts o produto de 1,0 Volts por 1,0
Ampére. Da Lei de Ohm obtemos as seguintes expressões:
— P= V2 / R ou
— P=R.I2.
— Esta última expressão indica matematicamente que a potência em determinado
circuito é proporcional à resistência e ao quadrado da corrente.
Exercício
— Ex.5 - Estabeleça um sistema de distribuição de energia elétrica, abastecido por
uma tensão de 220V que alimente de energia elétrica a cozinha e a área de
serviço de uma residência que contenha uma forno elétrico (4.000W), uma
geladeira, um freezer, uma máquina de lavar roupas, um forno de micro-ondas,
um liquidificador, uma batedeira de bolo, uma torradeira (600W cada), duas
lâmpadas de 100W e uma secadora de roupa (3.000W). Para nosso cálculo
considere que todos os equipamentos podem ser utilizados simultaneamente.
Neste sistema calcule a corrente total requerida pelo sistema e dimensione o
condutor necessário para alimentá-lo com uma queda de tensão máxima de 4%
considerando uma distância de 35m do quadro Geral ao último equipamento e
submetidos a temperatura padrão de 35°C. (ver tabela a seguir – 35ºC)
Queda de Tensão
Energia:
— Finalmente definimos como energia (Joule) o produto tempo e potência, ou
seja, a potência é a taxa de transferência da energia em função do tempo:
— A energia de determinado circuito é definida como integral da tensão e
corrente em função do tempo. Quanto maior for o tempo em que a potência
estiver sendo aplicada, maior será a energia transferida.
— A energia transferida por uma potência de 1,0 Watts durante 1,0 segundo é definida
como sendo de 1,0 Jaule (J).
— A energia pode ser medida em Watts.Horas (Wh) que representa a quantidade de
Watts transferida por hora.
Exercício: Energia
— Ex.6 - Considere uma instalação elétrica projetada para abastecer de
energia elétrica um chuveiro elétrico com potência de 6.800W. Considerando
que a rede disponível é monofásica de 220V com frequência de 60Hz e que
o custo do KW.h da XYZ é de R$ 0,74 (setenta e quatro centavos), calcule o
valor da fatura sobre o consumo de energia elétrica mensal para uma família
de 04 membros que diariamente tome dois banhos com 12 (doze) minutos
de duração.
— Ex.7 - Para os equipamentos previstos no exercício 05 estabeleça o
consumo de energia elétrica, custo em uma hora – valores em real, de cada
equipamento.
Sistemas e Circuitos Elétricos
— A maior parte da geração, transmissão e utilização em alta potência da
energia elétrica envolve sistemas polifásicos, ou seja, sistemas nos quais
são disponíveis diversas fontes de mesma amplitude com uma diferença de
fase entre elas. Por possuir vantagens econômicas e operacionais, o
sistema trifásico é o mais difundido.
— Uma Fonte Trifásica é constituída de três fontes de tensões iguais defasadas
120° uma da outra.
— A potência “P” medida em Watts é a potencia ativa dissipada em calor;
Circuitos Trifásicos
— A Potência Reativa, medida em Volts.Ampères Reativos (VAr), que pode ser
indutiva ou capacitiva – dependendo do circuito é a potência trocada entre o
gerador e a carga sem ser consumida;
— A soma vetorial destas duas potências (ativa + reativa) é chamada de Potência
Aparente e é medida em Volts.Ampéres (VA).
— Chama-se fator de potência o ângulo resultante da soma vetorial entre as
potências ativas e reativas de determinado circuito e ou equipamento.
— Para circuitos monofásicos temos que a potência pode ser calculada como:
P = VI
— Para circuitos trifásicos temos que a potência pode ser calculada como:
P=VI√3
Exercício (Pré-Projeto) - Protocolo
— Ex.9 - Considere uma edificação residencial unifamiliar com área construída
de 550m², instalada em um Condomínio Horizontal devidamente aprovado e
de acordo com a legislação vigente. Na concepção do projeto das
instalações elétricas de baixa tensão, o proprietário do empreendimento
devidamente orientado pelo arquiteto autor do projeto arquitetônico
relacionou os equipamentos elétricos e eletrônicos que possivelmente serão
instalados na residência;
Exercício (Pré-Projeto) - Carga ou Potência Instalada
— Ar condicionado 5x 10.000 BTU’s/h
— Motor (filtro piscina) 1x 1 ½ Cv
— Motor ( poço artesiano) 2x 2 CV
— Elevador (cápsula) 4 Cv
— Boiller (Caldeira) 8.000W
— Iluminação 8.300W
— Eletrodomésticos 6.600W
— Vigilância e Monitor. 4.200W
— Automação 3.600W
Exercício (Pré-Projeto) - Questões
— Qual o fator de potência total da Instalação?
— Qual é a Carga Instalada (KW)?
— Qual é a Demanda (KVA)?
— Qual a Potência Reativa (KVAr)?
— Será necessário Corrigir o fator de potência?
— Qual é o melhor modelo de tarifa a ser contratado?
— Qual o sistema de abastecimento possível – monofásico ou trifásico?
— Qual a tensão permitida para alimentar esta unidade consumidora?
— Qual a corrente elétrica necessária para abastecer de energia elétrica esta
instalação?
— Quais seriam os condutores (Fase + Neutro + Proteção)?
Exemplo:
— Um motor elétrico, trifásico de 100 cv ( 75 kW ), IV pólos, operando com
100% da potencia nominal, com fator de potencia original de 0,87 e
rendimento de 93,5%.
— Deseja-se calcular a potencia reativa necessária para elevar o fator de
potencia para 0,92.
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A Potencia Ativa (W) representa a porção líquida do copo, ou seja, a parte que realmente será utilizada
para matar a sede.
Como na vida nem tudo é perfeito, junto vem uma parte de espuma, representada pela Potência
Reativa (VAr). Essa espuma está ocupando lugar no copo, porém não é utilizada para matar a sede.
O conteúdo total do copo representa a Potência Aparente (VA).
A analogia da cerveja pode ser utilizada para tirarmos algumas conclusões iniciais:
- Quanto menos espuma tiver no copo, haverá mais cerveja. Da mesma maneira, quanto menos Potência
Reativa for consumida, maior será o Fator de Potência.
- Se um sistema não consome Potência Reativa, possui um Fator de Potência unitário, ou seja, toda a
potência drenada da fonte (rede elétrica) é convertida em trabalho.
Em resumo:
A AMBEV é uma UHE;
A rede primária é o Barril da Chopeira;
O ramal de entrada é choperia (serpentinas)
O buteco é uma Subestação Rebaixadora;
O garçom é uma Linha de Distribuição;
O copo é o Ponto de Entrega;
Você é a Unidade Consumidora;
A conta é a Tarifa;
O cônjuge é a ANEEL! O poder Regulador.
Resolução 414/2010 Definições
— carga instalada: soma das potências nominais dos equipamentos elétricos
instalados na unidade consumidora, em condições de entrar
emfuncionamento, expressa em quilowatts (kW);
— consumidor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
legalmente representada, que solicite o fornecimento de energia ou o uso do
sistema elétrico à distribuidora, assumindo as obrigações decorrentes deste
atendimento à(s) sua(s) unidade(s) consumidora(s);

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Resolução 414/2010 Definições
— consumidor especial: que adquire energia elétrica da concessionária,
agrupamento de unidades consumidoras cuja carga total seja maior ou igual
a 500 kW;
— consumidor livre: que adquire energia elétrica no ambiente de contratação
livre para unidades consumidoras que satisfaçam,
— consumidor potencialmente livre: pessoa jurídica cujas unidades
consumidoras que satisfazem, individualmente, os requisitos ... porém não
adquirem energia elétrica no ambiente de contratação livre.

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Resolução 414/2010 Definições
— Demanda: média das potências elétricas ativas ou reativas, durante um
intervalo de tempo especificado, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-
ampère-reativo (kvar);
— Demanda contratada: demanda de potência ativa a ser obrigatória e
continuamente disponibilizada pela distribuidora, e que deve ser
integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento,
expressa em quilowatts (kW);
— Demanda faturável: valor da demanda de potência ativa, considerada para
fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa, expressa em
quilowatts (kW);

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Resolução 414/2010 Definições
— Energia elétrica ativa: aquela que pode ser convertida em outra forma de
energia, expressa em quilowatts-hora (kWh);
— Energia elétrica reativa: aquela que circula entre os diversos campos
elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir
trabalho, expressa em quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh);
— Fator de potência: razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da
soma dos quadrados das energias elétricas ativa e reativa, consumidas num
mesmo período especificado;

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Resolução 414/2010 Definições
— Consumidor grupo A: unidades consumidoras com fornecimento em tensão
igual ou superior a 2,3 kV,
— Consumidor grupo B: grupamento composto de unidades consumidoras
com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV,
— B1 – residencial;
— B2 – rural;
— B3 – demais classes;
— B4 – Iluminação Pública.

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Resolução 414/2010 Definições
— Potência Disponibilizada: potência que o sistema elétrico da distribuidora
deve dispor para atender aos equipamentos elétricos da unidade
consumidora;
— Unidade consumidora do grupo A: a demanda contratada, expressa em quilowatts
(kW);
— Unidade consumidora do grupo B: a resultante da multiplicação da capacidade
nominal de condução de corrente elétrica do dispositivo de proteção geral da unidade
consumidora pela tensão nominal, observado o fator específico referente ao número
de fases, expressa em quilovolt-ampère (kVA).
— O faturamento de unidade consumidora do grupo B deve ser realizado com base no
consumo de energia elétrica ativa.

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Resolução 414/2010 Definições
— Modalidade Tarifária: conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de
consumode energia elétrica e demanda de potência ativas:
— Tarifa Convencional: modalidade caracterizada pela aplicação de tarifas de
consumo de energia elétrica e demanda de potência, independentemente
das horas de utilização do dia e dos períodos do ano;
— Tarifa Horossazonal: modalidade caracterizada pela aplicação de tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de
acordo com os postos horários, horas de utilização do dia, e os períodos do
ano,

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Do Ponto de Entrega
— Art. 14. O ponto de entrega é a conexão do sistema elétrico da distribuidora
com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pública com a
propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, vedada a
passagem aérea ou subterrânea por vias públicas e propriedades de
terceiros, exceto quando:
— ...

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Distribuidora x Consumidor
— Art. 15. A distribuidora deve adotar todas as providências com vistas a
viabilizar o fornecimento, operar e manter o seu sistema elétrico até o ponto
de entrega, caracterizado como o limite de sua responsabilidade,
observadas as condições estabelecidas na legislação e regulamentos
aplicáveis.
— Parágrafo único. O consumidor titular de unidade consumidora do grupo A é
responsável pelas instalações necessárias ao abaixamento da tensão,
transporte de energia e proteção dos sistemas, além do ponto de entrega.

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Resolução 414/2010 Definições
— Ramal de Entrada: conjunto de condutores e acessórios instalados pelo
consumidor entre o ponto de entrega e a medição ou a proteção de suas
instalações;
— Ramal de Ligação: conjunto de condutores e acessórios instalados entre o
ponto de derivação da rede da distribuidora e o ponto de entrega;
— Tensão Primária de Distribuição: tensão disponibilizada no sistema elétrico
da distribuidora, com valores padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV;
— Tensão Secundária de Distribuição: tensão disponibilizada no sistema
elétrico da distribuidora, com valores padronizados inferiores a 2,3 kV;
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Da Tensão de Fornecimento
— Art. 12. Compete à distribuidora informar ao interessado a tensão de fornecimento
para a unidade consumidora, com observância dos seguintes critérios:
— I – tensão secundária em rede aérea: quando a carga instalada na unidade
consumidora for igual ou inferior a 75 kW;
— II – tensão secundária em sistema subterrâneo: até o limite de carga instalada
conforme padrão de atendimento da distribuidora;
— III – tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga instalada na
unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda a ser contratada pelo
interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW;
— IV – tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: quando a demanda
a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 kW.
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Das Edificações com Múltiplas Unidades Consumidoras
— Art. 17. Em edificação com múltiplas unidades, cuja utilização da energia
elétrica ocorra de forma independente, cada fração caracterizada por uso
individualizado constitui uma unidade consumidora.
— Parágrafo único. As instalações para atendimento das áreas de uso comum
constituem uma unidade consumidora de responsabilidade do condomínio,
da administração ou do proprietário do empreendimento.

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Fator de Potência e Faturamento
— O fator de potência da unidade consumidora, para efeito de faturamento,
deve ser verificado pela distribuidora por meio de medição permanente, de
forma obrigatória para o grupo A e facultativa para o grupo B;
— Ocorrendo impedimento de acesso para fins de leitura, os valores faturáveis
de energia elétrica e de demanda de potência excedentes, ativas e reativas,
devem ser as respectivas médias aritméticas dos 12 (doze) últimos
faturamentos anteriores à constatação do impedimento,e xceto para a
demanda de potência ativa cujo montante faturável deve ser o valor
contratado, quando cabível

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Compensação de perda
— 1% (um por cento) nos fornecimentos em tensão superior a 44 kV; ou
— 2,5% (dois e meio por cento) nos fornecimentos em tensão igual ou inferior a
44 kV.

— O fator de potência de referência “fR”, indutivo ou capacitivo, tem como limite


mínimo permitido, para as unidades consumidoras, o valor de 0,92.

— Aos montantes de energia elétrica e demanda de potência reativos que


excederem o limite permitido, aplicam-se as cobranças estabelecidas.
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MUSD - Mercado Usuário do Sistema de Distribuição
— Art. 61. O Contrato de Conexão às Instalações de Distribuição – CCD e o
Contrato de Uso do Sistema de Distribuição – CUSD devem ser celebrados
com consumidores especiais, livres e potencialmente livres;
— Para contratação do MUSD, deve ser observada, ao menos em um dos postos....
— 3 MW, para consumidores livres;
— 500 kW, para consumidores especiais, responsáveis por unidade consumidora ou
conjunto de unidades consumidoras reunidas por comunhão de interesses de fato ou
de direito; e
— 30 kW, para demais consumidores, inclusive cada unidade consumidora que integre
comunhão de interesses de fato ou de direito descrita no inciso II.

48
A fatura de energia elétrica deve conter
— Nome do consumidor; número de inscrição no CNPJ ou CPF; código de
identificação da unidade consumidora; classificação da unidade
consumidora; endereço da unidade consumidora; números de identificação
dos medidores de energia elétrica ativa e reativa.....
— limites mensais, trimestrais e anuais definidos para os indicadores de
continuidade individuais – DIC, FIC e DMIC);
— Valor mensal do encargo de uso do sistema de distribuição - USD;

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— O DEC e o FEC são indicadores coletivos, e são acompanhados pela
ANEEL através de subdivisões das distribuidoras, denominadas Conjuntos
Elétricos.
— O DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora)
indica o número de horas em média que um consumidor fica sem energia
elétrica durante um período, geralmente o mês ou o ano.
— Já o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade
Consumidora) indica quantas vezes, em média, houve interrupção na
unidade consumidora (residência, comércio, indústria etc).

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— Os indicadores DIC (Duração de Interrupção por Unidade Consumidora) e
FIC (Frequência de Interrupção por Unidade Consumidora) indicam por
quanto tempo e o número de vezes respectivamente que uma unidade
consumidora ficou sem energia elétrica durante um período considerado.
— O DMIC (Duração Máxima de Interrupção por Unidade Consumidora) é um
indicador que limita o tempo máximo de cada interrupção, impedindo que a
concessionária deixe o consumidor sem energia elétrica durante um período
muito longo.

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Índices de Continuidade
CEB-DIS - ANUAL
2009 2010 2011
DEC APURADO 16,26 14,81 15,68
DEC LIMITE 14,52 13,63 12,92
FEC APURADO 15,21 14,79 13,00
FEC LIMITE 17,39 15,50 13,79
Nº CONSUMIDORES 823.085 865.165 869.702

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53
A fatura de energia elétrica deve conter
— Valor da tensão de fornecimento do sistema no ponto de entrega e os
respectivos limites adequados, expressos em volts (V), para unidades
consumidoras atendidas em tensão igual ou inferior a 2,3 kV

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Dos Distúrbios no Sistema Elétrico
— Quando o consumidor utilizar em sua unidade consumidora, à revelia da
distribuidora, carga susceptível de provocar distúrbios ou danos ao sistema
elétrico de distribuição, ou ainda a instalações e equipamentos elétricos de
outros consumidores, a distribuidora deve exigir o cumprimento das
seguintes medidas:
— Instalação de equipamentos corretivos na unidade consumidora, destinadas
à correção dos efeitos desses distúrbios; e
— Ressarcimento à distribuidora de indenizações por danos a equipamentos
elétricos acarretados a outros consumidores, que, comprovadamente,
tenham decorrido do uso da carga provocadora dos distúrbios.

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Do Aumento de Carga
— O consumidor deve submeter previamente o aumento da carga instalada
que exigir a elevação da potência disponibilizada à apreciação da
distribuidora, com vistas à verificação da necessidade de adequação do
sistema elétrico, observados os procedimentos dispostos nesta Resolução.

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É de responsabilidade do consumidor
— Manter a adequação técnica e a segurança das instalações internas da
unidade consumidora;
— As instalações internas que ficarem em desacordo com as normas e padrões
a que se referem as alíneas “a” e “b” do inciso I do art. 27, vigentes à época
da primeira ligação da unidade consumidora, devem ser reformadas ou
substituídas pelo consumidor.

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Solicitação de Ressarcimento
— O consumidor tem até 90 (noventa) dias, a contar da data provável da
ocorrência do dano elétrico no equipamento, para solicitar o ressarcimento à
distribuidora, devendo fornecer, no mínimo, os seguintes elementos:
— data e horário prováveis da ocorrência do dano;
— informações que demonstrem que o solicitante é o titular da unidade
consumidora, ou seu representante legal;
— relato do problema apresentado pelo equipamento elétrico;
— descrição e características gerais do equipamento danificado, tais como
marca e modelo.
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Preleção: Dr. Eng. Eletr. Leonardo Guedes
Autoria: Eng. Eletr. Nélio Fleury

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