Você está na página 1de 26

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ALÃN CARLOS VAZ

PONTES: TIPOLOGIAS, CARACTERÍSTICAS,


MATERIAIS E PROCEDIMENTOS PARA
DIMENSIONAMENTO

Itajaí
2011
ALÃN CARLOS VAZ

PONTES: TIPOLOGIAS, CARACTERÍSTICAS,


MATERIAIS E PROCEDIMENTOS PARA
DIMENSIONAMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado


como requisito parcial para obtenção do título de
Engenheiro Civil pela Universidade do Vale do Itajaí,
Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar.

Orientador: Prof. Andriei José Beber, Dr.

Itajaí
2011
“A bondade é o único
investimento que nunca
vai a falência.”
Henry Ford

À Letícia, que em
domingos de sol, apenas
escutava palavras minhas
sobre “pontes”. Aos meus
pais,amigos,e ao mestre e
amigo Andriei,que
realmente me apoiaram e
me ajudaram muito.
RESUMO

O estudo da viabilidade econômico-financeira de um investimento imobiliário muitas vezes é


deixado de lado na hora de se tomar a decisão de construir

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1:ESQUEMA ESTRUTURAL DE UMA PONTE..............................................12

FIGURA 2: PONTE DE PEDRA EM WYCOLLAR, LANCASTER...............................13

FIGURA 3: PONTE SOBRE O RIO RENO EM SCHAFFHAUSEN...............................14

FIGURA 47:SEÇÃO DA PONTE MODELO E SEÇÃO ATUALIZADA........................16

FIGURA 48:SEÇÃO DA PONTE MODELO E SEÇÃO ATUALIZADA........................18

FIGURA 49:SEÇÕES INDIVIDUALIZADAS....................................................................19

FIGURA 50:DETALHE DAS ABAS DE CABECEIRA.....................................................20


FIGURA 51:SOLICITAÇÕES PERMANENTESE SEÇÕES DE ESTUDO NA VIGA
PRINCIPAL DA PONTE.......................................................................................................21

LISTA DE QUADROS

QUADRO 14 –LEVANTAMENTO DE CARGAS DEVIDO AO PESO PRÓPRIO.......19

QUADRO 15 –LEVANTAMENTO DE CARGAS CONCENTRADAS DEVIDO AO


PESO PRÓPRIO.....................................................................................................................20

LISTA DE TABELAS

TABELA 11 – ÁREA DE AÇO NAS SEÇÕES DE ESTUDO DA LONGARINA...........22


APRESENTAÇÃO

Atendendo ao disposto no Regulamento do Curso de Engenharia Civil, submetemos à


consideração superior o presente TICC realizado no período de 28/02/2008 a 18/06/2006;
bem como as considerações a respeito do mesmo.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................10

1.1. TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA...........................................................................................10


1.2. OBJETIVOS.........................................................................................................................10
1.2.1. Objetivo geral.........................................................................................................10
1.2.2. Objetivos específicos..............................................................................................10
1.3. JUSTIFICATIVA....................................................................................................................11

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................12

1.4. PONTES.............................................................................................................................12
1.4.1. Definição.................................................................................................................12
1.4.2. Histórico.................................................................................................................13

METODOLOGIA...................................................................................................................15

1.5. PERSPECTIVA DA PESQUISA...................................................................................................15


1.6. INSTRUMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DE INFORMAÇÕES............................................................15
1.7. PROCEDIMENTOS REALIZADOS...............................................................................................16
1.7.1. Dimensionamento da viga principal (Longarina)..................................................19
3.3.1.1 Solicitações devido ao peso próprio..................................................................19

APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................22

CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO.................................................................................23

REFERÊNCIAS......................................................................................................................24
INTRODUÇÃO

1.1. Tema e problema de pesquisa

Muitos investidores, construtores e incorporadores usam métodos empíricos na análise


do investimento imobiliário antes da decisão de se iniciar um projeto. Não sabendo por
tanto se o investimento terá o retorno esperado.

A verificação da viabilidade é de grande importância, porque as decisões estratégicas de


investimento, em geral, envolvem grandes volumes de recursos, são de longa duração,
inflexíveis e, consequentemente, exercem um impacto profundo na empresa. Além disto,
o risco envolvido na decisão pode ser muito grande para a empresa, sendo necessário
ter-se uma medida do mesmo e do seu impacto.(WOILER, SAMSAO )

Com todos esses fatores faz com que a necessidade de um estudo de viabilidade
econômica- financeira se torne essencial, para que o investidor saiba o quanto um
empreendimento A passa a ser mais rentável que um empreendimento B ou um
determinado lugar é mais viável que outro.

1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo geral

Analisar e discutir a viabilidade econômico-financeira de empreendimentos imobiliários


residenciais.

1.2.2. Objetivos específicos

a) Estudar os métodos de avaliação da viabilidade econômico-financeira de


projetos e investimentos;
b) Determinar o custo médio ponderado do capital para empreendimentos
imobiliários;
c) Elaborar projeções e cenários de mercado – vendas, alternativas de
financiamento;
d) Identificar o capital e o tempo mínimo necessário para iniciar o
empreendimento com base em projeções e cenários de mercado;
e) Analisar o risco do empreendimento utilizando as projeções e cenário de
mercado;
f) Verificar qual a ordem de relevância dos métodos de avaliação da
viabilidade econômico-financeira de empreendimentos imobiliários residenciais;

1.3. Justificativa

Com o crescimento da economia e o surgimento de programas habitacionais do Governo


Federal, famílias que antes não tinham condições de comprar um imóvel, passam a ter
recursos para sua aquisição.

Segundo dados do governo federal o déficit habitacional brasileiro em 2009, ficou em


5.808.547 unidades habitacionais. Em Santa Catarina o déficit é de 75.223 moradias.

Com a concentração da população nos centros urbanos, a falta de espaço faz com que
investidores, construtoras e incorporadoras na hora de investir sejam cautelosos na
escolha do empreendimento.

O estudo de viabilidade econômico-financeira vem direcionar o investidor na hora da


alocação dos recursos financeiro, avalia a necessidade de financiamento e o retorno do
capital investido mais o lucro desejado.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.4. Pontes

1.4.1. Definição

É denominada ponte toda obra elevada destinada a vencer obstáculos que impeçam a
continuidade de uma via. Estes obstáculos podem ser rios, braços de mar, vales e até
outras vias. Quando o obstáculo a ser vencido não é constituído por água, esta obra é
normalmente classificada como um viaduto. Tecnicamente, as pontes e os viadutos são
classificados como Obras de Arte Especiais (MATTOS,2001).

Segundo a norma DNER 698/1996, ponte pode ser definida como:

“... estrutura, inclusive apoios, construída sobre uma


depressão ou uma obstrução, tais como água, rodovia ou
ferrovia, que sustenta uma pista para passagem de
veículos e outras cargas móveis, e que tem um vão livre,
medido ao longo do eixo da rodovia, de mais de seis
metros. Ficam incluídos nesta definição viadutos,
passagens superiores e passagens inferiores.”.

Estruturalmente as pontes podem ser divididas em três partes principais: a


superestrutura, a mesoestrutura e a infra-estrutura. (figura 1)

SUPRAESTRUTURA

MESOESTRUTURA

INFRAESTRUTURA

Figura 1:Esquema estrutural de uma ponte


A infra-estrutura tem a função específica de transmitir todos os esforços para o solo
provenientes da mesoestrutura por meio das fundações, geralmente tubulões ou
estacas.A superestrutura é constituída pelo tabuleiro da ponte, sendo esta a parte útil da
obra. Existe um elemento denominado encontro, utilizado em algumas estruturas de
ponte com a finalidade de absorver os empuxos dos aterros de acesso, evitando sua
transmissão aos demais elementos da ponte, servindo também como apoio extremo.
Normalmente os encontros são considerados como elementos pertencentes à infra-
estrutura.

A mesoestrutura das pontes é constituída pelos pilares, que têm a função detransmitir os
esforços da superestrutura para a infra-estrutura (fundações). A cada linhatransversal de
apoio do tabuleiro correspondem um ou mais pilares. (ARAÚJO, 1999)

A grande maioria das pontes de concreto armado é composta por lajes, vigas principais e
secundárias, pilares e as fundações. A laje recebe as cargas dos veículos e pedestres e as
transfere para as vigas, que as transmitem para os pilares. Os pilares recebem as cargas
verticais e horizontais da superestrutura transferindo-as para as fundações, que as
transmitem para o solo.

1.4.2. Histórico

As primeiras pontes eram de estruturas simples e não possuíam grandes vãos.Eram feitas
de cordas ou de madeira, na forma de vigas, vigas escoradas e vigas armadas simples.
(LEONHARDT, 1983).

Figura 2: Ponte de pedra em Wycollar, Lancaster


Fonte: www.argonet.co.uk
Os povos civilizados desde cedo construíram pontes com arte. Assim, os chineses
venciam grandes vãos de até 18 metros com vigas de granito; os carpinteiros alemães e
suíços no século XVIII atingiram um elevado grau de perfeição na construção de pontes
de madeira. A ponte de madeira sobre o Reno em Schaffhausen(figura 3), construída em
1758 pelo mestre carpinteiro J. U. Grubenmann, tinha o considerável vão de 118m.

Figura 3: Ponte sobre o rio Reno em Schaffhausen


Fonte: http://www.gutenberg.org/
METODOLOGIA

1.5. Perspectiva da pesquisa

Esta pesquisa é de natureza predominante qualitativa, com delineamento exploratório,


descritivo e analítico.

1.6. Instrumentos de coleta e análise de informações

Para o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso, utilizou-se uma metodologia


estruturada em função dos objetivos específicos traçados.

Objetivos (a)e (b): Realizou-se um estudo das tipologias, características, materiais e


processos construtivos de pontes, por meio de pesquisas
bibliográficas primárias e secundárias, publicações nacionais e
internacionais, às quais se compilou neste trabalho de conclusão
de curso informações necessárias para odimensionamento da
estrutura de uma ponte de concreto. Essas informações foram
devidamente compiladas e organizadas para garantir o
entendimento pleno do que são pontes.

Objetivo (c): Analisaram-se os critérios de projeto de dimensionamento de


pontes, conforme as normas NBR 7187/2003 e DNER 698/96 e
suas normas complementares. O projetoteve seu enfoque na etapa
de dimensionamento da estrutura da ponte e valores de cálculo
para dimensionamento da armadura, e não em todo o estudo de
planejamento de sua implantação e detalhamento de armadura
necessária.

Objetivo (d): Após o conhecimento das premissas de projeto e suas tipologias,


foram dimensionado os esforços e a quantidade de armadura
principal da superestrutura a partir de adaptações da ponte no
trecho Benedito Novo – Dr. Pedrinho, situada à rodovia SC-477.
Essas adaptações são referentes às normas vigentes e critérios
adotados para um novo dimensionamento.
Objetivo (e): Após a determinação das armaduras principais, os resultados
foram comparados com o memorial de cálculo da ponte existente.

1.7. Procedimentos realizados

Após análise da ponte modelo, foram realizadas as modificações necessárias para seu
dimensionamento conforme a NBR 7187/2003 e DNER 698/1996, como segue:

i. Alargamento do tabuleiro para a classe de rodovia III, ajustando-o para 12,80m;


ii. Inclusão de guarda-rodas do tipo new jersey;
iii. Aumento do passeio para pedestre de 0,7 m para 1,5 m;

Como critério de projeto adotou-se também novas seções da estrutura da ponte em


estudo, tornando-a simétrica e levando em consideração a proporção da estrutura. A
figura 47 mostra as estruturas da ponte modelo e da ponte em estudo com a seção
atualizada.

REVESTIMENTO esp. = 5cm

1.5% 1.5%

Medidas em cm

1280
958
870

REVESTIMENTO
1.5% 1.5% esp. = 5cm
40

150 44 90 80 450 80
291
150

Medidas em cm
40

Figura 47:Seção da ponte modelo e seção atualizada.


A ponte tem um vão total de 60m, com dois balanços de 4m, dois vãos intermediários de
16m e um vão central de 20m. A seção transversal é em viga com duas longarinas e a
sua altura foi pré-dimensionada em 1,90m.

Segundo Araújo (1999), é prática comum nos projetos de pontes com duas longarinas,
executadas com concreto moldado no local, o engrossamento da alma na região de apoio
para diminuir as tensões de compressão na seção do apoio devido aos elevados valores
do esforço cortante, não sendo considerado para o cálculo dos momentos fletores da
viga. Além disso, o engrossamento também aumenta a área do contato das longarinas
com os aparelhos de apoio.Diante desta prática, foram previstas mísulas verticais
distintas para as longarinas e transversinas conforme seção apresentada na figura 47.

O espaçamento entre transversinas foi determinado em 4,00m, a fim de prever uma


simetria das lajes do tabuleiro da ponte. As transversinas de apoio têm uma seção de
30 x 165cm, devido ao aumento de rigidez necessário no local de apoio da
superestrutura nos pilares. As transversinas intermediárias têm seção de 20 x 120 cm e
localizadas entre os apoios seguindo o critério de simetria do projeto.

Nos encontros foi previsto o uso de abas fechadas1, pois segundo Araújo (1999), têm a
vantagem de diminuir o comprimento da saia do aterro na direção do eixo da ponte,
porém possuem a desvantagem de necessitarem ser dimensionadas também ao empuxo
de terra provocado pela carga móvel sobre o aterro de acesso.

Na figura 48 é apresentadoas dimensões principais da ponte, como vãos principais,


distância entre transversinas intermediárias e de apoio e um corte longitudinal.

1
Alas de extremidade orientadas na seção longitudinal da ponte, têm como função conter o aterro junto às
extremidades da superestrutura.
Figura 48:Seção da ponte modelo e seção atualizada.
1.7.1. Dimensionamento da viga principal (Longarina)

3.3.1.1 Solicitações devido ao peso próprio

Para o cálculo das cargas devido ao peso próprio do concreto, tomou-se como peso
específico (γ) de 25kN/m³2 e para o pavimento asfáltico um peso específico de 24
kN/m³, segundo a própria seção mostrada na figura 48. Para o cálculo do peso próprio da
seção, estudou-se o carregamento em três seções diferentes e os elementos sob a pista de
rolamento e a via de pedestres conforme quadro 14.

Quadro 14 –Levantamento de cargas devido ao peso próprio

Elemento Área Peso / m


Laje central 0,82 m² 20,56 kN/m
Laje em balanço 0,89 m² 22,25 kN/m
Longarina 0,76 m² 19,00 kN/m
Barreira new jersey 0,24 m² 6,12 kN/m
Revestimento 0,29 m² 6,97 kN/m
Guarda corpo pré-moldado3 - 0,10 kN/m
Total 75,00 kN/m

As áreas foram obtidas conforme a individualização dos trechos 01 (laje em


balanço), 02 (longarina), 03 (laje principal) e conforme guarda-corpo padrão pré-
moldado e barreira new jerseypadrão DNER 698/96, apresentado na figura 49.

479
435
100

REVESTIMENTO
150

1 3
2
15

296
80

Medidas em cm

Figura 49:Seções individualizadas

2
Conforme NBR 6120/1980
3
Peso próprio adotado conforme Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais (DNER 698/96)
Solicitações devido às transversinas e cabeceira da ponte

As solicitações devido a esses elementos são cargas concentradas na longarina conforme


sua disposição transversal sobre a viga principal. O peso próprio da transversina é
definido pela área de seção transversal somado à mísula.A carga concentrada nas
cabeceiras da OAE4 é definida pela soma de três elementos:Aba de concreto, cortina de
concreto e empuxo do solo.

A figura 50 traz as dimensões e características das abas fechadas de cabeceira, bem


como sua cortina de concreto e a camada de solo a se considerar.

Medidas em cm
Figura 50:Detalhe das abas de cabeceira

Após a determinação dos volumes de cada segmento da aba, conclui-se o levantamento


de cargas concentradas nas longarinas, como mostra o quadro 15.

Quadro 15 –Levantamento de cargas concentradas devido ao peso próprio


Elemento Volume Peso
P1 Cabeceira - 142,62 kN

4
OAE - Obra de Arte Especial, definição atribuída pela NBR 7187/2003
P1a (Abas de concreto) 0,61 m³ 15,3 kN
P1b (Cortina) 2,82 m³ 70,4 kN
P1c (Solo) 3,16 m³ 56,9 kN
P2 Transversina de apoio 0,50 m³ 12,38 kN
P3 Transversina 0,24 m³ 6,00 kN

Para determinação do empuxo devido ao peso próprio do solo foi considerado um valor
de peso específico (γ) de 18 kN/m³ para efeito de cálculo da estrutura. Observa-se no
quadro 15, que “P1” é a soma dos três elementos de cabeceira, abas e cortina de concreto
e peso do solo.

Com a determinação do peso próprio linearmente distribuído e das cargas verticais


concentradas, podem-se esquematizar os esforços externos ativos da viga principal
conforme figura 51.

142,6 kN 142,6 kN
12,4 kN 6 kN 6 kN 6 kN 12,4 kN 6 kN 6 kN 6 kN 6 kN 12,4 kN 6 kN 6 kN 6 kN 12,4 kN
400 400 400 400 400 400 400 400 400 400 400 400 400 400 400

75,00 kN / m

400 1600 2000 1600 400

1 2 3 4

0 4 5 6 7 8 9 10
400 1600 2000 1600 400

Medidas em cm

Figura 51:Solicitações permanentese seções de estudo na viga principal da ponte


APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados obtidos pela empresa executora do projeto da ponte no trecho Bendito


Novo – Dr. Pedrinho, situada à rodovia SC – 477, foram extraídos do memorial de
Cálculo fornecido ao DER / SC pela empresa Esteio Engenharia e Aerolevantamentos
S.A. através do contrato PG – 085/79, no mês de setembro de 1980.

Realizando os cálculos de Md+ e Md- da mesma maneira, têm-se na tabela 8 as áreas de


armadura para todas as seções de cálculo em estudo da longarina.

Tabela 11 – Área de aço nas seções de estudo da longarina


n n
Md+ φ Md- φ As,ef Apele
S As,cal (barras As, ef Apele As,cal (barras
(kN.m) (mm) (kN,m) (mm) (cm²) (cm²)
) )
0 esq 3.621,1
- - - - - - 50,16 10,00 25,00 50,00 8,00
0 dir 0
2.889,1
1 194,64 11,40 6,00 16,00 12,00 8,00 39,09 13,00 20,00 40,95 8,00
0
1.304,6 2.254,7
2 16,76 9,00 16,00 18,00 8,00 29,93 10,00 20,00 31,50 8,00
8 3
2.231,1 1.960,2
3 29,41 15,00 16,00 30,00 8,00 25,80 13,00 16,00 26,00 8,00
1 8
3.000,3 2.154,2
4 41,27 9,00 25,00 45,00 8,00 28,51 6,00 25,00 30,00 8,00
2 4
3.982,1 2.155,4
5 56,63 12,00 25,00 60,00 8,00 28,53 6,00 25,00 30,00 8,00
5 0
1.612,1 1.928,5
6 21,01 7,00 20,00 22,00 8,00 25,36 13,00 16,00 26,00 8,00
6 9
7 esq 6.103,4
- - - - - 8,00 95,66 19,00 25,00 95,00 8,00
7 dir 4
1.715,3 1.383,0
8 22,42 5,00 25,00 25,00 8,00 17,91 9,00 16,00 18,00 8,00
4 2
4.864,3
9 72,66 15,00 25,00 75,00 8,00 - - - - - -
2
5.265,9 115,0
10 113,29 23,00 25,00 75,5 - - - - - -
6 0
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO

Espera-se que este projeto de conclusão de curso colabore para o conhecimento relativo
a pontes, trazendo aos engenheiros civis e acadêmicos de engenharia civil em um único
trabalho as informações sobre tipologias, materiais, e procedimentos necessários para
um projeto de estrutura de pontes. Essas informações compiladas podem servir como
orientação para esclarecimento sobre o dimensionamento, não como uma referência
única para determinação da tipologia e critérios específicos, mas como uma visão do
assunto abordando os principais dados e requisitos com relação a pontes.

Apesar do enfoque deste trabalho de conclusão de curso ser no dimensionamento de


todos os esforços externos atuantes sob a estrutura da ponte, viu-se a necessidade de um
pré-dimensionamento da armadura para uma perspectiva da quantidade de armadura
necessária, porém, sem descrever detalhes e processos de cálculo de como se chegaram à
determinados valores.

O projeto de pontes é complexo e extenso, são diversas verificações, processos de


cálculo, em alguns casos distintos de estruturas convencionais, mas não deve ser visto
como um trabalho somente para profissionais especializados, mas um estudo
aprofundado e dedicação plena ao projeto são fundamentais para a sua execução. A
liberdade do projetista é de extrema importância para o pré-dimensionamento, porém, a
escolha mais coerente depende da prática em projeto e execução de obras de arte
especiais, somado ao conhecimento teórico.

A escolha por projeto de pontes não pode ser visto com um desafio inalcançável, mas o
empenho foi indispensável para o desenvolvimento, e o tempo disponível para
desenvolver o trabalho foi uma das principais limitações enfrentadas, logo, a
disponibilidade deve ser um dos fatores de escolha, pode-se dizer determinante, para
próximos trabalhos na área de “pontes”.

Como sugestão para trabalhos posteriores, poderia se destacar a continuidade do projeto,


com a determinação das solicitações e a armadura necessária para a meso e infra-
estrutura, e ainda, o detalhamento da armadura calculada, bem como, todas as
verificações necessárias. A fadiga do aço e concreto, levando como base a NBR 6118
torna-se necessário, mesmo o trabalho de conclusão de curso tendo abordado a fadiga de
maneira simplificada, viu-se que os altos coeficientes majoram demasiadamente a
armadura da estrutura e uma verificação mais precisa tornaria o projeto menos
conservador sem prejudicar a segurança. Destaca-se também o cálculo para a mesma
seção estrutural em concreto protendido,visto a quantidade de armadura necessária para
concreto armado.

Pretende-se que este trabalho além de servir como orientação para profissionais e
acadêmicos, também sirva como impulso inicial a um estudo posterior objetivando o
aprofundamento ainda maior sobre projeto de pontes.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR7187. Projeto e


execução de pontes de concreto armado e protendido. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR7187. Projeto e


execução de pontes de concreto armado e protendido. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 7188. Carga móvel
em ponte rodoviária e passarela de pedestre. Rio de Janeiro: ABNT, 1982.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 6118. Projeto


deestruturas concreto. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 221 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 8681. Ações e


Segurança nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 15 p.

ARAÚJO, Daniel de Lima. Projeto de Ponte em concreto armado com duas


longarinas. Apostila Universitária. Universidade Federal de Goiás.Goiânia, 1999.

BARBOZA, Aline da Silva Ramos, Estruturas de concreto II. Apostila Universitária.


Universidade federal de Alagoas – Departamento de Engenharia Estrutural, 2002.

BRASIL, Governo Federal, Cartilha do Programa de Aceleração do Crescimento –


PAC. Material para imprensa. Brasília, 2007. 55p.

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E


RODAGEM – DNER 698. Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais. erial para
imprensa. Brasília, 2007. 55p.

BRASIL, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, Diretoria de


Desenvolvimento Tecnológico, Divisão de Capacitação Tecnológica. Manual de
projeto de obras-de-arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.225p.

ENCICLOPÉDIA da Construção: Cálculos e Ensaios. Estudos de Projeto. São Paulo:


Hemus, 1979. 01v. Encyclopédie Du Batiment: Calculs Et Essais – Étude des Projets,
France.

HOLTZ, Gisele Cristina da Cunha; MARTHA, Luiz Fernando Campos Ramos; VAZ,
Luiz Eloy. Envoltória de esforços internos devido à ação de trens-tipo em pontes
usando estratégia evolutiva. Congresso de pontes e estruturas. Associação Brasileira de
Pontes e Estruturas – ABPE, 2005. 13p.

LEONHARDT, F Construções de concreto: Princípios básicos da construção de


pontes de concreto. Rio de Janeiro: Interciência,v6. 1983. 235 p.

MARTHA, Luiz Fernando. Métodos básicos para análises de estruturas. 2004. 320p.
Apostila Universitária. Departamento de engenharia Civil da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro, 2004.
MATTOS, Tales Simões. Programa para análise de superestruturas de pontes de
concreto armado e protendido. 2001. 156p. Tese (Mestrado em Engenharia).
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, 2001.

ODEBRECHT, Perci. Pontes – Superestrutura. Apostila Universitária. Departamento


de estruturas e fundações do Centro Tecnológico da Universidade Regional de
Blumenau – FURB,2002.

TAKEYA Toshiaki e DEBS MounirKhalil El. Introdução às pontes de concreto. 2007.


Apostila Universitária. Escola de Engenharia de São Carlos – Departamento de
Estruturas. Universidade de São Paulo, 2007.

ARRABIDA, Ponte em arco com tabuleiro superior, Disponível


em:<http://www.skyscrapercity.com>. Acesso em 18/09/07.

Você também pode gostar