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Desenvolvimento é toda 

ação ou efeito relacionado com o processo de crescimento,


evolução de um objeto, pessoa ou situação em uma determinada condição. O ato de se
desenvolver resulta na ação de estar apto para o próximo passo, direção, indicação ou etapa
superior a que se encontra na fase atual.

Desenvolvimento é considerado como uma condição de evolução que envolve um sentido


positivo, pois implica em um crescimento ou passo para que se atinja etapas ou fases
superiores. É uma forma de dizer que alguém ou algo está apto para dar o próximo passo,
seguir a indicação a algo mais superior do que está atualmente

Efectua-se também um levantamento de conceitos que ao logo do tempo, desde a


Antiguidade, foram utilizados nomeadamente por filósofos e economistas e, que antecederam
o conceito de desenvolvimento, de entre os quais se destacam os seguintes: Felicidade
(Aristóteles, Antoine de Montchrestien), Prosperidade (François Quesnay), Progresso
(Auguste Comte), Riqueza (Xenofonte, Jeremy Bentham, Jean-Charles-Léonard Simonde de
Sismondi), Evolução, Bem-estar (Arthur Cecil Pigou) e Crescimento (W. W. Rostow, Paul A.
Baran, Robert Solow, Waine Swan).

Características dos países subdesenvolvidos

Os países subdesenvolvidos são caracterizados por possuírem significativos problemas


sociais e expressiva desigualdade social, além de limitada capacidade de autonomia e
desenvolvimento tecnológico e estrutural.

Características dos países subdesenvolvidos

Embora devamos considerar a diversidade de níveis de desenvolvimento dos países e suas


especificidades, a seguir, listamos algumas características comuns à maior parte dos países
considerados subdesenvolvidos.

 Foram explorados durante o período colonial.

 Grande dependência econômica e cultural em relação aos países desenvolvidos;

 A economia baseia-se em atividades primárias, como agricultura e pecuária.

 Têm relações comerciais desfavoráveis: importam produtos tecnológicos e exportam


produtos primários.

 Muitos trabalhadores alocados no mercado informal e em subempregos.


 Centros urbanos com crescimento acelerado e infraestrutura deficiente.

 Desigualdade social significativa. Grande distância entre ricos e pobres.

 Elevadas taxas de natalidade, mortalidade infantil e baixa expectativa de vida.

 Baixos níveis de escolarização, formação profissional e qualificação.

 Baixa renda per capita e má distribuição de renda.

 Baixo nível de industrialização, exceto países, como: os Tigres Asiáticos, Brasil e


México.

 Estrutura de transportes e comunicação deficitária.

 A agricultura com baixa produtividade e pouco mecanizada.

Os países que apresentam os maiores e menores valores do IDH são:

Maior IDH do mundo

O maior IDH do mundo é o da Noruega, na Europa, com 0,953, um dos índices mais altos
já alcançados. Os outros quatro países do ranking IDH 2017 foram:

 Suíça (0,944);

 Austrália (0,939);

 Irlanda (0,938);

 Alemanha (0,936).

Menor IDH do mundo

No outro espectro do Índice de Desenvolvimento Humano está o Níger, que apresentou IDH
de 0,354 no ranking 2017, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas.

Os outros quatro países com os menores Índices de Desenvolvimento Humano foram:

 Burundi (0,417);

 Chade (0,404);

 Sudão do Sul (0,388);


 República Centro-Africana (0,367);

A principal razão para o subdesenvolvimento para muitos países

Atualmente podemos nomear uma série de possíveis causas e conseqüências do


subdesenvolvimento de muitos países, porém os principais são:

Distribuição de renda: esse processo é comum as sociedades capitalistas e favorece o


incremento de formação de bolsões de pobreza. A disparidade na distribuição da renda é
provocada, sobretudo da concentração da riqueza nas mãos de uma parcela restrita da
população. Nesse sentido, existem movimentos que buscam uma melhoria na distribuição dos
rendimentos, mas quase sempre não obtém êxito, pois esses não detêm um poder de
organização de influência. Isso dificulta ainda mais, pois a classe menos favorecidas é
composta por pessoas com pouca instrução e se torna devido essa condição mais fácil de ser
manipulada pelo sistema.

Baixos índices de escolaridade: o índice de escolaridade é um fator que está diretamente


ligado à falta de recursos financeiros que é comum a grande maioria da população. A baixa
escolaridade da população nos países subdesenvolvidos é proveniente, muitas vezes, de
situações em que crianças se encontram em idade escolar são obrigadas a integrar o mercado
de trabalho, quase sempre informal, para contribuir na renda familiar, isso momentaneamente
é positivo para a família, mas posteriormente esses indivíduos serão trabalhadores adultos
com baixa qualificação e encontrarão dificuldades para se colocar no mercado de trabalho.
Resultado disso, esses trabalhadores vão trabalhar em empregos que exigem pouca
qualificação e que oferecem baixos salários.

Problemas de moradia: Boa parte da população dos países subdesenvolvidos habitam em


residências que se encontram em lugares marginalizados desprovidos de infra-estrutura de
serviços básicos (pavimentação, esgoto, água tratada entre outros) e geralmente as casas ou
barracos são extremamente precárias e às vezes sub-humanas. Em diversos países a
marginalização desses bairros e da cidade foi acrescido pelo intenso fluxo de pessoas que
migraram do campo para as cidades, no qual esse processo é denominado de êxodo rural.
Com o intenso fluxo os centros urbanos não conseguiram absorver o contingente de pessoas,
além disso, o mercado de trabalho não ofereceu colocação para todos e às vezes essas pessoas
não tinham qualificação o que agravava ainda mais os problemas.
A fome e a desnutrição: a falta total ou parcial de alimentos atinge uma enorme parcela da
população mundial, em alguns lugares do mundo as pessoas ficam até dias sem alimento em
outros elas ingerem esse de forma desbalanceada, ou seja, não consomem todos nutrientes
indispensáveis a manutenção da saúde. Dessa forma essa população atingida não possui
rendimentos sequer para adquirir o alimento diário.

Saúde: os problemas de saúde são decorrentes da falta de uma boa alimentação, moradias
sem condições sanitárias e falta de comprometimento do poder público na implantação de
medidas necessárias para amenizar os problemas dessa ordem. Os problemas sociais
(alimentação, moradia, distribuição de renda, escolaridade) levam a mortalidade infantil e
compromete a elevação na expectativa ou esperança de vida da população, principalmente
dos excluídos.

O IDH: sua construção, sua análise, os indicadores que fazem parte do seu cálculo.
Mostre as vantagens e desvantagens deste indicador.

O valor do IDH vem de uma média que resume os níveis de educação, longevidade e renda
da população analisada. Se o resultado estiver muito próximo da unidade, as três
componentes estão próximas de seus níveis máximos.

Conforme um ou mais dos indicadores são menores, o valor do IDH é reduzido refletindo os
efeitos dos indicadores baixos.

Antes de calcular o valor do IDH é preciso definir os seus indicadores através de índices
próprios. O IDH é obtido a partir da média geométrica dos três indicadores:

Em que o "Vi" é o valor do indicador para a expectativa de vida ao nascer, "Ei" o indicador
para a educação e "Ri" o indicador para a Renda Nacional Bruta per capita.

Expectativa de vida

O índice de expectativa de vida é medido pelo desvio em relação às medidas adotadas como
máxima e mínima para os anos de vida esperados. Atualmente esse máximo é 85 anos e o
mínimo é de 20 anos.

Quanto mais próximo de 85 anos, mais próximo de 1 fica essa medida para o país analisado.
Esse desvio é calculado como na fórmula abaixo:
Em que "EV" é o valor dado como expectativa de vida da localidade e que aplicado na
fórmula resulta no valor indicado.

Educação

O índice de educação mede a escolaridade da população analisada, sendo que este indicador é
dividido em duas partes: anos de escolaridade esperados (AEe) e anos de escolaridade média
(AEm).

Para a escolaridade esperada, o valor dado é dividido por um denominador igual a 18 e para a
escolaridade média o valor dado é dividido por 15.

Com os dois valores pode ser calculado o índice de educação "Ei" que deverá fazer parte do
cálculo do IDH. A medida vem de uma média simples:

Renda per capita

O índice de renda per capita vem da medida de Renda Nacional Bruta per capita (RNBpc), ou
seja, os rendimentos por cada membro da população. Este valor é convertido em dólares de
um ano base fixado e em Paridade dos Poderes de Compra (PPC).

O cálculo deste indicador utiliza medidas logarítmicas, sendo feito como na fórmula abaixo:
Nível de desenvolvimento e as condições de vida das populações

Um país desenvolvido reúne uma série de condições que resultam em indicadores positivos


para a vida da população.

Características

 Elevado rendimento per capita da população

 Elevado e amplo nível de educação da população

 Taxas de crescimento altas

 Níveis muito baixos de mortalidade

 Oferta de emprego nos setores da indústria

 Produção para abastecimento interno e exportação

 Elevado nível de urbanização

 Equidade dos níveis de saúde

 Baixa diferença de rendimentos entre mais ricos e pobres

 Na saúde, os avanços científicos e tecnológico, aliados a uma rede hospitalar densa e


de qualidade, oferecem boas condições de saúde à população;
 Na educação, a Taxa de Alfabetização situa-se próximo dos 100% e o número de anos
de escolaridade tem aumentado, assim como o acesso ao Ensino Superior;
 Na cultura, a maior parte da população tem acesso a meios de comunicação e a
eventos e infraestruturas culturais (museus, cinemas, bibliotecas, concertos).~

Factores Internos E Externos Que Constituem Obstáculos Ao Desenvolvimento De Um


País

 Dependência Politica
 Dependência Económica
 Divida Externa
 Estrutura do comércio Mundial
 Passado Colonial
 Conflitos Armados
 Ao défice Demográfica
 Catástrofes Naturais

 As Causas Actuais Do Subdesenvolvimento

As diferenças de desenvolvimento entre os países se devem a múltiplas causas, e não apenas


a fatores econômicos. Essas causas podem ter origem interna ou externa.

Existem condicionantes históricos, referentes à evolução política de determinado país; outros


estão relacionados às características físicas e aos recursos naturais etc. Nenhum
condicionante atua separadamente como causa única do subdesenvolvimento: ao contrário,
conjugam-se e interagem entre si.

Os principais fatores que condicionam o subdesenvolvimento são apresentados a seguir.

Colonização

A colonização de territórios por parte das grandes potências é um fenômeno que se repetiu ao
longo da história. Entretanto, esse processo alcançou seu desenvolvimento máximo com a
conquista da América no século XVI e seu auge no século XIX, coincidindo com
a Revolução Industrial.

O domínio político e econômico das potências europeias foi consolidado sobre a maior parte
do mundo: América, Ásia, África e Oceania. As metrópoles importavam de suas colônias as
matérias-primas de que necessitavam para alimentar suas indústrias e, ao mesmo tempo,
exportavam para elas os produtos industrializados. Criou-se assim um sistema econômico
injusto e desigual.

Quando as colônias alcançaram sua independência, muitas permaneceram dependentes em


termos econômicos, financeiros, industriais e tecnológicos de suas antigas metrópoles e de
outros países ricos.

 Formas de colonização: povoamento e exploração

Dívida externa

Para melhorar suas estruturas produtivas, alguns países receberam empréstimos de


instituições financeiras internacionais e de países mais ricos. Os juros desses empréstimos são
muito elevados. Por esse motivo, a dívida externa desses países tomou-se altíssima ao longo
dos anos.

Crescimento demográfico elevado

A natalidade se mantém elevada na maioria dos países mais pobres, enquanto a mortalidade
foi reduzida, o que resultou em um acentuado crescimento demográfico.

A produção de alimentos, por outro lado, não aumentou na mesma proporção. Por esse
motivo, os países pobres não podem satisfazer as necessidades de toda a população,
comprometendo seu desenvolvimento.

Saúde e educação deficientes

A fome e as doenças exigem investimentos importantes nas áreas de saúde, saneamento e


educação a curto prazo, e têm um forte impacto na economia a longo prazo,

Nos países subdesenvolvidos e mesmo nos emergentes, os sistemas públicos de saúde e de


educação mostram-se nitidamente inadequados. A população mais pobre recebe um
atendimento precário, enquanto as famílias de classe média reservam boa parte de sua renda
para pagar escolas e serviços médicos particulares.

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