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NEUROLÉPTICOS OU ANTIPSICÓTICOS
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PSICOSES E ESQUIZOFRENIA
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FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS
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ACÇÕES GERAIS DOS NEUROLÉPTICOS
Acção antipsicótica;
Acção de bloqueio dopaminérgico (nos sistemas
mesolímbico e mesofrontal);
Acção neurovegetativa (bloqueio dos receptores
α1, muscarínicos, histamínicos H1 e 5-HT2);
Efeitos neuro-psicofarmacológicos;
Efeitos neuro-endócrinos.
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SISTEMAS OU VIAS DOPAMINÉRGICAS
9
ACTIVAÇÃO DOS RECEPTORES DA
DOPAMINA
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DIFERENÇAS ENTRE OS FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS
Potências relativas na ligação aos receptores
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HIPÓTESE DA DOPAMINA PARA A ESQUIZOFRENIA ?
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ACÇÃO NEUROLÉPTICA
Sindroma neuroléptico:
- redução da actividade motora
- manutenção das funções intelectuais
- quietude emocional, redução das manifestações de afecto
- indiferença afectiva, ausência de iniciativa
- aparência de sono (responde a um estímulo forte)
- bloqueio neurovegetativo
Em doses elevadas:
IMOBILIZAÇÃO CATALÉPTICA, não paralítica, com fixação das
extremidades nas posições mais estranhas.
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EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DOS
NEUROLÉPTICOS
Produzem desvios nos padrões de frequência EEG;
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OUTRAS ACÇÕES NEUROPSICOFARMACOLÓGICAS
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EFEITOS NEUROVEGETATIVOS DOS NEUROLÉPTICOS
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Efeitos Neurovegetativos dos NEUROLÉPTICOS
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EFEITOS ENDÓCRINOS DOS ANTIPSICÓTICOS
(a maioria por bloqueio D2)
Amenorreia – galactorreia
Aumento da líbido na mulher
Redução da líbido e ginecomastia no homem:
- secundários ao bloqueio da inibição da dopamina
sobre a secreção de prolactina; ou, por
- aumento da conversão periférica de androgéneos
em estrogéneos.
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EFEITOS CARDIOVASCULARES
Em doses elevadas:
- hipotensão ortostática
- aumento da frequência do pulso em repouso
Em doses terapêuticas:
- pressão arterial média, resistência periférica e
volume sistólico diminuídos
-frequência cardíaca aumentada
Com a tioridazina:
- prolongamento de QT
- configuração anormal do segmento ST
- configuração anormal das ondas T (arredondada,
achatada ou invertida).
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EFEITOS NO TRONCO CEREBRAL
• Actividade anti-emética;
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Common Side Effects of First-
Generation and Second-Generation
Antipsychotic Drugs
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Adjusted Incidence-Rate Ratios for Sudden Cardiac Death among Current Users of
Antipsychotic Drugs, According to Type of Drug and Dose
Esquizofrenia
Psicoses tóxicas
Demências com estados de agitação
Estados de mania
Algumas formas de depressão (resistente)
Afecções não psiquiátricas (náuseas, vómitos,
veretigens, neurolepto-anestesia, tosse, dores
crónicas) – 2ª ou 3ª linha.
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Exemplos de
antipsicóticos e doses
Atípicos ou de segunda
geração menor
afinidade para os D2
que os típicos
FENOTIAZINAS
Nome comercial
a) DERIVADOS ALIFÁTICOS
Clorpromazina Largactil ®, Largatex ®
Levomepromazina Nozinam®
Ciamemazina Tercian®
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FARMACOCINÉTICA DAS FENOTIAZINAS
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TIOXANTENOS
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BUTIROFENONAS
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DIFENILBUTILPIPERIDINAS
Pimozida • Orap R
Penfluridol • SemapR
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DIBENZODIAZEPINAS
CLOZAPINA
SULPIRIDA, AMPEROZIDE
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Outros atípicos
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ASPECTOS TERAPÊUTICOS
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VELOCIDADE DE RECUPERAÇÃO
Ordem de melhoria:
Hiperexcitabilidade ou retraímento;
Hostilidade, irritabilidade;
Suspicácia;
Participação em actividades comuns;
Aumento da sociabilidade;
Anomalias da ideação.
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REGRAS DE POSOLOGIA
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NEUROLÉPTICOS DE ACÇÃO PROLONGADA
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FORMULAÇÃO E DOSAGEM RECOMENDADA DE ANTIPSICÓTICOS
DE LONGA DURAÇÃO INJECTÁVEIS
A Comparison of Risperidone and Haloperidol for the Prevention of Relapse in Patients with
Schizophrenia
John G. Csernansky, Ramy Mahmoud, Ronald Brenner and the Risperidone-USA-79 Study Group
N Engl J Med 2002; 346;1:16-22
Mean ({+/-}SE) Changes from Base Line to the End of the Study in Total and Factor Scores on
the Positive and Negative Syndrome Scale for Schizophrenia in Patients Assigned to
Risperidone or Haloperidol
DE CARÁCTER FARMACODINÂMICO
POTENCIAM:
Todos os depressores centrais ANTAGONIZAM
Os antagonistas dos receptores • Os agonistas dos receptores
adrenérgicos e colinérgicos
adrenérgicos e colinérgicos
DE CARÁCTER FARMACOCINÉTICO
Atrasam o esvaziamento gástrico e a absorção de outros fármacos
A sua absorção é alterada pelos antiácidos
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Antidepressivos
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A DEPRESSÃO É UM DISTÚRBIO AFECTIVO
(primariamente é um distúrbio do humor)
1 .DEPRESSÂO UNIPOLAR
- está frequentemente associada a ansiedade
- não há episódios de mania
- não há evidência de uma causa genética
2 .DEPRESSÃO BIPOLAR
- o humor e o comportamento oscilam entre a depressão e a mania
- há forte evidência de uma associação hereditária
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Depressão
Tipos de depressão - endógena ou
major; exógena, secundária ou reactiva;
atípica ou neurótica.
Igual tratamento destes tipos de
depressão?
– Não. Têm etio e fisiopatogenias diferentes!
– Depressão major = depressão bioquímica
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DEPRESSÃO REACTIVA
Consecutiva a:
- Doença física (enfarte do miócárdio, cancro)
- Fármacos (antihipertensores, álcool, hormonas)
- Outras afecções psiquiátricas (senilidade)
- Circunstâncias adversas (privação ou pobreza)
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SINTOMAS DE DEPRESSÃO
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56
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DEPRESSÃO MAJOR OU ENDÓGENA
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ANTIDEPRESSORES
1. Antidepressores tricíclicos (1ª geração):
Imipramina e Amitriptilina
2. Antidepressores heterocíclicos ( fármacos de 2ª e 3ª geração )
- 2ª Geração – Amoxapina, Maprotilina, Trazodona, Bupropion
- 3ª Geração – Venlafaxina, Mirtazapina, Nefazodona
3. Inibidores selectivos da recaptação da 5-HT (SSRIs ou ISRSs) (3ª
geração):
Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Fluvoxamina, Citalopram,
Escitalopram
4. Inibidores da Monoamina oxidase (MAO)
Não selectivos :
- Hidrazidas: Fenelzina, Isocarboxazida (irreversíveis)
- Não hidrazidas : Tranilcipromina (reversível)
Selectivos: -MAO A: Moclobemida 59
ANTIDEPRESSORES
5. Adjuvantes
- L-Triptofano,
- L-5-Hidroxitriptofano
- Estabilizadores do humor que não o Lítio
(sem interesse terapêutico)
- Lítio
- Antipsicóticos
- Anticonvulsivantes
- Hormonas da tiróide
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PATOGENIA DA DEPRESSÃO MAJOR
61
Boyer E and Shannon M.
N Engl J Med 2005;352:1112-1120
Targets of Antidepressant Action on Noradrenergic and Serotonergic Neurons
Belmaker R,
Agam G.
N Engl J Med
2008;358:55-68
Monoamine-Related
Gene Knockouts
That Affect
Depression-Related
Behavior in Mice
Belmaker R, Agam G.
N Engl J Med 2008;358:55-68
Additional
Biologic
Theories of the
Pathophysiology
of Depression
Belmaker R,Agam G.
N Engl J Med
2008;358:55-68
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS, HETEROCÍCLICOS
E OUTROS
1ª GERAÇÃO 2ª GERAÇÃO 3º GERAÇÃO E OUTROS
Imipramina Amoxapina Fluvoxamina
Clomipramina Maprotilina Fluoxetina
Trimipramina Trazodona Citalopram
Desipramina Viloxazina Zimelidina
Opipramol Iprindol Norzimelidina
Amitriptilina Bupropion Paroxetina
Nortriptilina Mianserina Escitalopram
Protriptilina Mirtazapina Sertralina
Butriptilina Venlafaxina
Doxepina
Dibenzepina
Mann J.
N Engl J Med
2005;353:1819-
1834
COMPARAÇÃO DE AMINAS TERCIÁRIAS E
SECUNDÁRIAS( compostos triciclícos )
AMINAS TERCIÁRIAS
Amitriptilina 0 ++++ +++ +++++
Imipramina ++ +++ ++ +++
Doxepina 0 +++ +++ +++
AMINAS SECUNDÁRIAS
Nortriptilina ++ ++ + +++
Desipramina ++++ 0 0 ++
Protriptilina ++ 0 0 ++
Amoxepina ++ 0 0 +++
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CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS DOS
ANTIDEPRESSIVOS
Absorção incompleta; elevada ligação às proteínas plasmáticas
VD elevados
Características genéticas
Idade
Função renal
Sexo
Raça
Consumo de tabaco
Álcool
Interacções medicamentosas
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IMPORTÂNCIA DO METABOLISMO DE 1ª
PASSAGEM (exemplo)
ANTIDEPRESSIVO QUANTIFICAÇÃO %
Nortriptilina 30 a 50
Amitriptilina 30 a 69
Imipramina 23 a 71
Doxepina 55 a 87
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INDICAÇÕES CLÍNICAS DOS
ANTIDEPRESSIVOS
Depressão
Pânico (neurose de pânico)
Neurose obsessiva – compulsiva
Ansiedade generalizada
Dor crónica; dor neuropática
Enurese
Outras indicações (bulimia, défice de atenção
(antidepressores estimulantes), fobia social)
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Publication Status and FDA Regulatory Decision by Study and by Drug
EFICÁCIA?
Turner E et al.
N Engl J Med
2008;358:252-260
REACÇÕES ADVERSAS DOS
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
EFEITOS NEUROVEGETATIVOS
Bloqueio muscarínico:
Taquicardia. Perturbações da acomodação. Hipossiália.
Obstipação. Alterações disúricas .
Suores nocturnos abundantes.
EFEITOS CARDIOVASCULARES
Hipotensão ostostática ------------ Tendências lipotímicas
Modificações do ritmo -------------- Anomalias da condução
e repolarização
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REACÇÕES ADVERSAS DOS ANTIDEPRESSORES
TRICÍCLICOS
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CONTRAINDICAÇÕES DOS
ANTIDEPRESSORES TRICÍCLICOS
Disúria
Hipertrofia prostática
Glaucoma do ângulo fechado
Actividade teratogénica
Perturbações da condução cardíaca
Enfarte do miocárdio
Acidente vascular cerebral
Insuf. cardíaca, hepática e renal
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INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS COM OS
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
79
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (1ª
GERAÇÃO) E AGENTES DE 2ª E 3ª GERAÇÃO
Diferem praticamente:
no grau de sedação (antidepressores muito sedantes: amitriptilina
e doxepina (1ª geração), trazodona e mirtazapina (2ª geração))
nos efeitos antimuscarínicos (geralmente maior com os
antidepressivos de 1ª geração; 3ª geração: quase não o são)
os ISRSs (SSRI) não têm, em regra, efeitos sedativos, são seguros
em hiperdosagem e necessitam apenas de uma toma diária
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HIPERDOSAGEM DE ANTIDEPRESSIVOS
Tricíclicos:
Extremamente perigosos em doses elevadas
Os doentes deprimidos tentam suicídio com
frequência: limitar a prescrição em tempo
Se o suicídio for uma possibilidade dever-se-á
encarregar um membro da família de guardar os
comprimidos
Manter os fármacos fora do alcance das crianças
Fármacos de 2ª e 3ª geração
Neurotoxicidade e convulsões difíceis de controlar
Maprotilina – neurotoxicidade e cardiotoxicidade
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FARMACOCINÉTICA DOS INIBIDORES
SELECTIVOS DA RECAPTAÇÃO DA
SEROTONINA
82
83
INIBIDORES DA MAO
84
INIBIDORES DA MAO
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REACÇÕES ADVERSAS DOS IMAO
Sistema autónomo:
-Hipotensão ortostática (octopamina), visão turva,
arrepios...
Outros
-Aumento de peso, edemas, cefaleias, parestesias...
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INTERACÇÕES DOS IMAO
DESCONGESTIONANTES NASAIS
Efedrina, fenilpropanolamina, pseudoefedrina
SIMPATICOMIMÉTICOS INDIRECTOS
TRICÍCLICOS
REGRAS: introduzi-los simultaneamente em
doses baixas
ou
começar primeiro com o tricíclico e depois o IMAO
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INIBIDORES REVERSÍVEIS DA MAO-A (RIMA)
MOCLOBEMIDA
88
ESCOLHA DO ANTIDEPRESSIVO
89
Algorithm for the
Acute Treatment
Phase of a Major
Depressive
Episode in Major
Depressive
Disorder
Mann J.
N Engl J Med
2005;353:1819-1834
Selection of a
First-Line
Antidepressant
Medication
Mann J.
N Engl J Med
2005;353:1819-1834
ESQUEMA TERAPÊUTICO
92
DOENTES QUE NÃO RESPONDEM AOS
ANTIDEPRESSIVOS
1/3 ou mais não respondem ao tratamento;
Mais de metade não mantêm uma remissão completa a qualquer
tratamento;
Na resistência ao tratamento considerar os 5 Ds: diagnóstico,
droga, dose, duração do tratamento, e diferente
tratamento;
Estratégia geral:
- iniciar com um ISRS (…);
- depois tentar a associação com um fármaco de grupo
diferente (outras estratégias são possíveis)
- avisar o doente que a melhoria é lenta e pode demorar
3 semanas ou mais a estabelecer-se.
93
NOS DOENTES SEM RESPOSTA ADEQUADA A
UM AGENTE ISOLADO
94
Fármacos
potenciadores
ou adjuvantes
Mann J. N Engl J
Med 2005;353:1819-
1834
SÍNDROMA SEROTONINÉRGICA
99
Xantinas
Cafeina - no café e no chá
Teofilina - no chá
Teobromina - no chocolate
– Estimulação cortical:
cafeína > teofilina > teobromina
– Efeito diurético e relaxamento do mº liso:
teofilina > cafeína > teobromina
– Dependência?
100
FÁRMACOS ANTIMANÍACOS
101
Doença bipolar
Belmaker R.
N Engl J Med 2004;351:476-486
DESORDEM BIPOLAR ou
DOENÇA MANÍACO-DEPRESSIVA
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SINTOMAS DE MANIA
Exuberância excessiva
Entusiasmo
Auto-confiança
104
105
Neurochemical and Imaging Findings in Bipolar Disorder
Belmaker R.
N Engl J Med
2004;351:476-
486
LÍTIO E OUTROS ESTABILIZADORES DO HUMOR
(ou Antimaníacos)
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FARMACOCINÉTICA DO LÍTIO
109
1. MECANISMO DE ACÇÃO DO LÍTIO
1. Desconhecido
110
2. EFEITOS DO LÍTIO NOS ELECTRÓLITOS E TRANSPORTE IÓNICO
3. EFEITOS DO LÍTIO NOS NEUROTRANSMISSORES
111
4. EFEITOS DO LÍTIO SOBRE OS SEGUNDOS MENSAGEIROS
112
CARBONATO DE LÍTIO- Acções Farmacológicas
113
USO DO LÍTIO
114
REACÇÕES ADVERSAS DO CARBONATO DE LÍTIO
Valproato de sódio
Carbamazepina
Lamotrigina
Fenitoína
116
Questões para estudo