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Sistemas Prediais 1

Exercícios

 Capítulo 1

1) Quais são as principais funções exercidas pelos dispositivos elétricos?

Manobra: mudança na configuração elétrica de um circuito.


Comando: uma ação destinada a efetuar a manobra, que pode ser desligamento, ligação ou
variação da alimentação de energia elétrica.
Proteção: ação automática provocada por dispositivos sensíveis a determinadas condições
anormais de operação que ocorrem em um circuito.
Controle: ação de estabelecer o funcionamento de equipamentos elétricos sob determinadas
condições de operação.

2) Qual é a definição da potência instalada de uma instalação elétrica?

É a soma das potências nominais dos equipamentos de utilização da instalação.

3) Quais tipo de sobrecorrente podem acontecer em uma instalação elétrica?

 Corrente de falta: corrente que flui de um condutor para outro ou de um condutor para a
terra, no caso de uma falta ou no local desta;
 Corrente de sobrecarga: sobrecorrente em um circuito ou equipamento elétrico sem que
haja falta elétrica.
4) Como se define a baixa tensão?

É a tensão igual ou inferior a 1000V em CA ou a 1500V em CC.

5) O que é um choque elétrico?

Perturbação, de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal


quando é percorrido por uma corrente elétrica.

6) Defina ramal de ligação.

É o conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede da


concessionária e o ponto de entrega.

7) Quais são os três tipos de instalação temporária considerados pela NBR 5410?

Instalação de reparos: substitui uma instalação defeituosa e é necessária sempre que ocorre um
acidente que impede o funcionamento de uma instalação existente ou de um de seus setores.
Instalação de trabalho: permite reparos ou modificações em uma instalação existente, sem
interromper seu funcionamento.
Instalação semipermanente: destinada a atividades não habituais ou que se repetem
periodicamente, como é o caso das “instalações em canteiros de obras”, assim consideradas as
que se destinam à construção de edificações novas, aos trabalhos de reforma, modificação,
ampliação ou demolição de edificações existentes, bem como à construção de obras públicas
(como redes de água, gás, telefonia, energia elétrica e obras viárias).

8) Calcule a corrente nominal de um motor de indução trifásico tipo gaiola de 30 CV, 440 V, com
rendimento de 0,9 e fator de potência de 0,8.

9) Determine a corrente elétrica de um forno elétrico de potência de 3kW, monofásico, com


rendimento de 70% em 220V.

10) Quais são as categorias dos parâmetros de influências externas consideradas na norma NBR
5410?

- Condições ambientais (A):

AA – temperatura ambiente;
AB – condições climáticas do ambiente;
AC – altitude;
AD – presença de água;
AE – presença de corpos sólidos;
AF – presença de substâncias corrosivas ou poluentes;
AG/AH – solicitações mecânicas (impactos/vibrações);
AK – presença de flora e mofo;
AL – presença de fauna;
AM – fenômenos eletromagnéticos de baixa frequência;
AN – radiação solar.
AQ – descargas atmosféricas;
AR - movimentação do ar;
AS – vento.

- Condições de utilização (B):

BA – Competência das pessoas;


BB – resistência elétrica do corpo humano;
BC – contato das pessoas com o potencial da terra;
BD – condições de fuga das pessoas em emergências;
BE – natureza dos materiais processados;

- Condições relacionadas à construção das edificações (C):

CA – materiais de construção;
CB – estruturas das edificações.

 Capítulo 3

1) Quais são os principais efeitos que uma corrente elétrica externa pode produzir no corpo
humano?

Tetanização, limite de largar, parada respiratória, queimadura e fibrilação ventricular.


2) Defina o que é o conceito de “limite de largar” em corrente elétrica.

É a corrente máxima que uma pessoa pode suportar ao segurar um condutor energizado,
podendo ainda largá-lo.

3) Quais são os valores médios de “limite de largar” em uma corrente alternada para 50 e 60 Hz
para homens e mulheres?

Entre 6 e 14 mA em mulheres (média de 10 mA) e entre 9 e 23 mA em homens (média de 16mA).

4) O que é o fenômeno de fibrilação ventricular?

É o fenômeno fisiológico mais grave que pode ocorrer quando a corrente elétrica passa pelo
corpo humano. As fibras musculares do ventrículo se contraem desordenadamente, de modo
que o coração não exerce mais a sua função e o sangue fica estagnado dentro dele.

5) Quais são as principais variáveis que influem no valor da resistência elétrica do corpo humano?

Estado da pele, local de contato, área de contato, pressão de contato, duração do contato,
natureza da corrente, taxa de álcool no sangue e a tensão elétrica do choque.

6) Como se definem proteção básica e proteção supletiva?

Proteção básica é aquela contra contatos diretos e que é garantida pela qualidade dos
componentes da instalação e por determinadas disposições físicas dos componentes, que
podem ser utilizados para isolação de partes vivas, barreiras ou invólucros de proteção,
obstáculos, colocação fora do alcance de pessoas, dispositivos de proteção à corrente diferencial
residual e limitação de tensão.
Proteção supletiva é aquela contra contatos indiretos e é prevista por meio de medidas que
incluem a adoção de equipotencialização e seccionamento automático de alimentação, o
emprego de isolação suplementar e o uso de separação elétrica.

7) O que são proteção passiva e proteção ativa contra choques elétricos?

A proteção passiva consiste em limitar a corrente elétrica que pode atravessar o corpo humano
ou impedir o acesso de pessoas a partes vivas. São medidas que não levam em consideração a
interrupção de circuitos com falta.
A proteção ativa consiste na utilização de métodos e dispositivos que proporcionam o
seccionamento automático de um circuito, sempre que houver faltas que podem colocar em
risco o operador ou o usuário.

8) Quais as condições de influências externas devem ser observadas na seleção das medidas de
proteção contra choques elétricos (por contato direto e indireto)?

BA – competência das pessoas, BB – resistência elétrica do corpo humano e BC – contato das


pessoas com o potencial da terra.

9) Qual a diferença entra aterramento e equipotencialização?

O aterramento é a ligação elétrica intencional e de baixa impedância com a terra (solo).


A equipotencialização é a ligação elétrica que coloca massas e elementos condutores
praticamente no mesmo potencial.
10) Que valores podem ter as duas letras utilizadas na simbologia dos esquemas básicos de
aterramento, para representar a função do aterramento da fonte de alimentação da instalação
(transformador, nos casos mais comuns, ou gerador) e das massas?

A primeira letra indica a situação da alimentação em relação à terra, onde T corresponde a um


ponto totalmente aterrado e I a um ponto diretamente aterrado.
A segunda letra indica as características do aterramento de massa, onde T corresponde a
massas diretamente aterradas, independentemente do eventual aterramento da alimentação,
N corresponde a massas sem um aterramento próprio no local, mas que utilizam o
aterramento da fonte de alimentação por meio de condutor separado (PE) ou condutor neutro
(PEN) e I corresponde a massas isoladas, ou seja, não aterradas.

 Capítulo 4

1) Defina os fatores de demanda, de utilização e de carga.

O fator de utilização (u) é definido para um equipamento de utilização, com a razão da potência
(máxima) efetivamente absorvida 𝑃𝑀 - também chamada de potência de trabalho -, para sua
potência nominal 𝑃𝑁 , ou seja,

𝑃𝑀
𝑢=
𝑃𝑁
Onde, logicamente, u ≤ 1.
O fator de demanda de um conjunto de equipamentos é definido como a razão entre as somas
das potências nominais dos equipamentos – de um conjunto de equipamentos suscetíveis a
funcionar simultaneamente em determinado instante - e a potência instalada do conjunto.
O fator de carga c é definido para uma instalação com a razão da demanda média 𝐷𝑚 para a
demanda máxima 𝐷𝑀 da instalação em dado período T, ou seja,

𝐷𝑚
𝑐=
𝐷𝑀
onde c ≤ 1.

2) Qual é a definição do valor de diversidade para um ponto de distribuição de energia?

É a razão da soma das demandas máximas dos diversos conjuntos de cargas ligadas ao ponto
𝐷𝑀𝑖 para a demanda máxima do ponto de distribuição 𝐷𝑀 , ou seja,

∑𝑛𝑖=1 𝐷𝑀𝑖
𝑑=
𝐷𝑀

onde o fator de diversidade é, logicamente, maior ou a 1.

3) Para uma indústria que consome 2000kW diários, trabalhando 24 horas por dia, calcule a
demanda média e o fator de carga para uma demanda máxima de 200kW.

Dm é a área abaixo da curva demanda x período.


4) Defina corrente de projeto para circuitos monofásicos e trifásicos.

A corrente de projeto 𝐼𝐵 do circuito de distribuição que alimenta o ponto de carga é igual a

𝑃𝐴 𝑆𝐴
𝐼𝐵 = =
𝑡. 𝑈𝑁 . 𝑐𝑜𝑠𝜑 𝑡. 𝑈𝑁

onde 𝑈𝑁 é a tensão nominal do circuito e t é um fator que vale √3 para circuitos trifásicos e 1
para circuitos monofásicos.

5) Qual é o critério para obter a potência de iluminação mínima em função da áreas dos
cômodos?

Para uma área menor ou igual a 6 m² adota-se 100 VA. E para uma área maior que 6 m² adota-se
100 VA para os primeiros 6 m² e soma-se 60 VA para cada 4 m² inteiros.

6) Qual é o número mínimo de pontos de tomada de 600VA para banheiros, cozinhas, copas,
copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos?

Um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, e acima da bancada da pia
devem ser previstas, no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos
distintos.

7) Quais são os passos da etapa preliminar da análise inicial de um projeto de instalações


elétricas de qualquer prédio?

Análise inicial, fornecimento de energia normal, quantificação da instalação, seleção e


dimensionamento dos componentes e especificações e contagem dos componentes.

8) Qual é a definição de centro de carga?

É o ponto teórico em que, para efeito de distribuição elétrica, pode-se considerar concentrada
toda a potência (carga) de determinada área. É o ponto onde deveria se localizar o quadro de
distribuição ou a subestação da área considerada, de modo a reduzir ao mínimo os custos de
instalação e funcionamento.

9) De quais fatores dependem a escolha dos valores das tensões, nos diferentes níveis de uma
instalação elétrica?

Tensões de fornecimento da concessionária; Tensões nominais dos equipamentos de utilização


previstos; Existência, na instalação, de equipamentos especiais, por exemplo, grandes motores,
fornos a arco, máquinas de solda, e equipamentos com ciclos especiais de funcionamento;
Distâncias entre o ponto de entrega da concessionária e os centros de carga principais, e entre
eles os centros de cargas secundários.

10) Quais são os símbolos dos condutores fase, neutro, de proteção e retorno?
 Capítulo 5

1) Qual a diferença entre condutor elétrico e fio elétrico?

O condutor elétrico é o produto metálico, geralmente de forma cilíndrica e de comprimento


muito maior que sua dimensão transversal, utilizado para transportar energia elétrica ou para
transmitir sinais elétricos.
Fio elétrico é um produto metálico, maciço e flexível, de seção transversal invariável e de
comprimento muito maior que a sua seção transversal que podem ser utilizados diretamente
como condutores elétricos ou para a fabricação de condutores encordoados.

2) Quais as seis classes de encordoamento dos condutores de cobre?

Classe 1: condutores sólidos (fios);


Classe 2: condutores encordoados, compactados ou não;
Classe 3: condutores encordoados não compactados;
Classes 4,5 e 6: condutores flexíveis com graus de flexibilidade crescente.

3) O que são cabos de potência?

Cabos utilizados para transporte de energia elétrica em instalações de geração, transmissão,


distribuição e utilização. Podem ser condutores nus, condutores cobertos, condutores isolados,
cabos uni ou multipolares, cabos multiplexados ou cordões.

4) O que é isolação de um cabo elétrico?

É o conjunto de materiais isolantes utilizados para isolar eletricamente.

5) Quais as três temperaturas que caracterizam um cabo de potência?

- Temperatura em regime permanente: que é a temperatura alcançada em qualquer ponto do


condutor em condições estáveis de funcionamento.
- Temperatura em regime de sobrecarga: que é a temperatura alcançada em qualquer ponto do
condutor em regime de sobrecarga.
- Temperatura em regime de curto circuito: que é a temperatura alcançada em qualquer ponto
do condutor durante o período de curto circuito.

6) Qual expressão permite calcular a variação da resistividade em função da mudança de


temperatura?

𝝆𝟐 = 𝝆𝟏 [𝟏 + 𝜶𝟏 (𝜽𝟐 − 𝜽𝟏 )

Onde 𝝆𝟏 é a resistividade à temperatura 𝜽𝟏 , 𝝆𝟐 é a resistividade à temperatura 𝜽𝟐 e 𝜶𝟏 é o


coeficiente de temperatura relativo a 𝜽𝟏 .

7) Quais efeitos devem ser considerados para corrigir a resistência em uma corrente alternada?

- Efeito peculiar: fenômeno pelo qual o valor da densidade de uma corrente alternada é maior
perto da superfície externa de um condutor do que no seu interior.
- Efeito de proximidade: fenômeno caracterizado por uma distribuição não uniforme da
densidade de corrente em um condutor, causada pela influência da corrente em condutores
próximos.
8) Qual expressão permite calcular a reatância indutiva 𝑿𝑳 de um condutor em função das
características do condutor e das distâncias dos diversos condutores do circuito?

2𝑆𝑀 𝑚𝐻
𝐿 = 𝑘 + 0,46𝑙𝑜𝑔 ( )
𝑑𝑐 𝑘𝑚
E
𝛺
𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿 × 10−3 ( )
𝑘𝑚

Onde k é o fator que depende do número de fios do condutor;


𝑑𝑐 é o diâmetro do condutor (mm);
𝑆𝑀 é a distância média geométrica dos condutores (mm);
𝑓 é a frequência (Hz)

9) Qual a principal finalidade da blindagem de um cabo?

Quando um condutor está apenas recoberto por uma camada isolante, o campo elétrico assume
uma forma distorcida, acompanhando as irregularidades da superfície do condutor, o que
provoca a concentração de esforços elétricos em determinados pontos. Nessas condições, as
solicitações elétricas concentradas podem exceder os limites permissíveis da isolação,
ocasionando uma depreciação da vida útil do cabo. Com a interposição de uma camada
semicondutora (blindagem), o campo elétrico torna-se uniforme e os problemas são
minimizados ou mesmo totalmente eliminados.

10) Quais os principais tipos de condutores elétricos utilizados?

Fios (fios sólidos): este é o tipo de cabo mais comum, sendo fabricado com materiais maciços
para que se forme somente um condutor elétrico. Neste caso, a indústria utiliza o cobre. O fio
sólido não pode ser dobrado, pois é pouco flexível, e seu manuseio deve ser feito com cuidado.
Normalmente, os fios deste tipo são empregados em sistemas de iluminação, chuveiros,
tomadas e outras instalações mais simples;
Cabos: formado pela união de vários fios de cobre torcidos, o cabo é mais fácil de manusear
devido à sua resistência e flexibilidade. É possível dobrar os cabos sem qualquer problema de
ruptura na estrutura dos mesmos;
Cabos flexíveis: modelos compostos por fios de cobre mais finos do que os utilizados nos cabos
comuns, tornando sua flexibilidade ainda maior. É ideal para instalações elétricas com muitas
curvas entre diferentes pontos.

 Capítulo 6

1) Quais os três tipos de circuitos internos dos dispositivos de manobras e de proteção?

O circuito principal: que é o circuito constituído pelo conjunto de todos os circuitos associados,
cujo dispositivo de manobra ou de proteção tem a função de fechar ou abrir.
O circuito de comando: que é um circuito diferente do principal e comanda a operação de
fechamento, de abertura ou de ambas.
O circuito auxiliar: que é um circuito diferente do principal e do de comando, usado também
para outras finalidades, tais como sinalização, intertravamento, etc.

2) Qual a diferença dos conceitos ciclo de operação e sequência de operações?

Ciclo de operação de um circuito de manobra é a sucessão de operações de uma posição à


outra e a volta à posição inicial, passando por todas as outras posições, se existentes.
Sequência de operações é a sucessão de operações especificadas em determinados intervalos
de tempo.

3) O que é um disjuntor?

É um dispositivo de manobra (mecânico) e de proteção, capaz de estabelecer, conduzir e


interromper correntes em condições normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por
tempo especificado e interromper correntes em condições anormais especificadas do circuito,
tais como as de curto-circuito.

4) O que é um dispositivo fusível?

É um dispositivo de proteção que, pela fusão de uma parte especialmente projetada, abre o
circuito no qual se acha inserido e interrompe a corrente, quando esta excede um valor de
referência durante um tempo especificado.

5) Como é feita a indicação visível da atuação de uma chave de fusível de distribuição de energia
elétrica?

Por meio do indicador.

6) A quais elementos são em geral associados os relés provocando a abertura destes em


condições anormais?

Os relés são associados eletricamente aos disjuntores ou contatores.

7) Quais são as quatro funções básicas exercidas pelos dispositivos de manobra e de proteção?

Proteção contra choques elétricos (contatos indiretos) que destina-se a proteger as pessoas e os
animais domésticos contra os perigos que possam resultar de um contato com massas
energizadas. Consiste na detecção de tensões de contato perigosas e no seccionamento
automático do circuito em que ocorreu o problema.
Proteção contra sobrecorrentes que tem como objetivo limitar as consequências destrutivas das
sobrecorrentes e separar o restante da instalação da parte em que ocorreu o problema.
O comando principal que permite ao usuário intervir, voluntariamente, em qualquer setor da
instalação, seccionando ou ligando circuitos sob carga, bem como ligando ou desligando
equipamentos de utilização.
O seccionamento não automático (manual) que é destinado a garantir a separação de uma
parte da instalação de sua fonte de tensão, a fim de permitir a execução de trabalhos, consertos,
localização de defeitos, substituição de componentes ou medição do isolamento da parte da
instalação correspondente.

8) Quais são as características básicas dos fusíveis?


São de operação simples; geralmente de baixo custo; não possuem capacidade de efetuar
manobras e, portanto, são normalmente associados a chaves; são unipolares e,
consequentemente, suscetíveis de causar danos a motores pela possibilidade de operação
desequilibrada. Podem, por sua vez, não isolar completamente o circuito sob o curto-circuito;
possuem característica tempo-corrente não ajustável. Esta somente pode ser alterada pela
mudança do “tamanho” do fusível (mudança de corrente nominal) ou do tipo de fusível; Não são
de operação repetitiva. Devem ser trocados após operação, havendo a possibilidade de ser
substituído por um fusível inadequado; constituem essencialmente por uma proteção contra
correntes de curto-circuito; Podem tornar-se defeituosos soba a ação de correntes elevadas que
sejam interrompidas (por outros dispositivos) antes de provocar a sua fusão; Não tem um curva
tempo x corrente bem definida, mas uma faixa de provável atuação; difíceis de coordenar com
relés a montante.

9) Quais são as características básicas dos disjuntores?

- Operam por meio de disparadores ou, principalmente no caso dos de média e alta tensão, de
relés separados.
- Apresentam (os multipolares), ao contrário dos dispositivos fusíveis, atuação multipolar,
evitando a operação desequilibrada em equipamentos trifásicos, tal como a que pode ocorrer
com a queima de um único fusível de uma proteção a fusível.
- Oferecem larga margem e escolha de correntes nominais, podendo, em muitos casos, admitir
ajustes nos disparadores, o que, além de ampliar a margem de escolha, simplifica a coordenação
com outros dispositivos de proteção.
- Sua operação é repetitiva, isto é, podem ser religados após terem atuado, sem necessidade de
substituição.
- Sua característica tempo-corrente, além de ajustável em muitos casos, não é afetada por
correntes que provocaram outros disparos.
- Muito embora nãos sejam tão rápidos quanto os fusíveis (principalmente os limitadores) para
sobrecorrentes elevadas, eles o são para sobrecorrentes de pequena e média intensidades, as
mais comuns no dia-a-dia das instalações.
- Permitem, em alguns casos, o comando a distância.

10) Qual a diferença entre interruptores e disjuntores DR?

Os interruptores DR são destinados unicamente à proteção contra choques elétricos por


contato direto (os de alta sensibilidade) e por contato indireto (os de alta e de baixa
sensibilidade). Possuem geralmente baixa capacidade de interrupção e podem ser acoplados a
um disjuntor.
Os disjuntores DR são dispositivos mais completos, com capacidade de interrupção mais
elevada, que garantem, além da proteção contra choques elétricos, a proteção contra
sobrecorrentes, isto é, contra correntes de sobrecarga e de curto-circuito.

 Capítulo 7

1) O que compreende o princípio fundamental relativo à proteção contra choques elétricos?

Compreende que as partes vivas perigosas não devem ser acessíveis (para evitar contato direto)
e que as massas ou partes condutoras acessíveis não devem oferecer perigo, seja em condições
normais, seja em caso de alguma falha que as torne acidentalmente vivas (para evitar contato
indireto).

2) Explique o que são as proteções básica e supletiva.


3) Defina o que é um sistema SELV.

O sistema de extra baixa tensão de segurança (SELV) é considerado pela norma NBR 5410 como
uma medida de proteção contra contatos diretos e indiretos, a qual envolve prescrições relativas
à alimentação e à instalação dos circuitos. Trata-se de um sistema eletricamente separado da
terra e de outros sistemas, de tal forma que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco
de choque elétrico. Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas aterradas.

4) Defina o que é um sistema PELV.

Um sistema de extra baixa tensão de segurança que não é eletricamente separado da terra, mas
que atende a todos os requisitos de uma SELV, de modo equivalente. Pode-se dizer,
simplificadamente, que o PELV é a versão aterrada do SELV, ou seja, os circuitos PELV podem ser
aterrados e ter massas aterradas.

5) Quais são as possíveis fontes que proporcionam uma completa separação galvânica entre os
sistemas SELV e PELV e os circuitos a tensão mais elevada ou por fontes autônomas?

- Um transformado de separação de segurança (TSS), que é um transformador cujos


enrolamentos são separados por isolação pelo menos equivalente a isolação dupla ou reforçada
e cujo enrolamento secundário, sem espiras comuns com o enrolamento primário, é projetado
para fornecer extra baixa tensão de segurança.
- Uma fonte de corrente que garanta um grau de separação equivalente ao te um TSS, por
exemplo, um grupo motor-gerador com enrolamentos possuindo separação elétrica adequada.
- Uma fonte eletroquímica (pilhas ou acumuladores) ou outra que não depende de circuito de
tensão mais elevada, por exemplo, um grupo motor-gerador.
- Uma fonte eletrônica na qual, mesmo ocorrendo um defeito interno, a tensão de saída seja
mantida igual ou inferior a 𝑈𝐿 .

6) O que é o termo extra baixa tensão funcional, denominada FELV?

Quando um sistema em extra baixa tensão for alimentado de um sistema de tensão mais
elevada, por um equipamento que assegure pelo menos separação básica entre os dois sistemas,
mas não preencha os requisitos de SELV e PELV. É o caso de, por exemplo: circuitos alimentados
por fontes que não sejam de segurança; circuitos com um ponto aterrado; circuitos com
equipamentos (relés, contatores, interruptores, etc.) que não apresentem propriedades de
isolamento suficiente em relação aos circuitos de tensão mais elevada.

7) Quais são as prescrições quanto à construção e às disposições a tomar para a instalação de


componentes de uma instalação elétrica, de tal modo que a segurança apresentada pelo
conjunto seja equivalente à de classe II?

- O invólucro isolante deve ser adequado às influências externas a que possa ser exposto em seu
uso normal, e suas propriedades devem manter-se ao longo do tempo.
- Não é permitida qualquer ligação a eletrodo de aterramento ou a condutor de proteção. A
isolação suplementar deve ser fixada ao componente de maneira segura e durável. Não são
permitidos elementos ou disposições que possam vir a comprometer a segurança equivalente à
classe II (por exemplo, introdução de elementos no invólucro, tais como alavancas de comando;
quando isso for necessário, devem ser tomadas providências para evitar o comprometimento da
segurança).

8) Quais as características dos locais considerados não condutores?

São aqueles que as paredes e pisos apresentam resistência mínima, em qualquer ponto, de
50kΩ, se a tensão nominal de instalação não for superior a 500 V, ou se 100kΩ, se a tensão
nominal da instalação for superior a 500 V. É o caso de locais com piso de madeira ou com
revestimento não removível de material isolante e paredes de alvenaria.

9) No que consiste a proteção por separação elétrica?

Consiste na alimentação de um circuito por meio de uma fonte de separação, que pode ser um
transformador de separação (caso mais comum), ou uma fonte de corrente que assegure um
grau de segurança equivalente ao do transformador de separação, por exemplo, um grupo
motor-gerador com enrolamentos que forneçam uma separação equivalente.

10) O que a NBR 5410 recomenda para evitar riscos de faltas para a terra, principalmente no que
concerne aos cabos flexíveis?

Os cabos devem ser visíveis em toda a sua extensão e capazes de suportar solicitações
mecânicas – podem ser usados cabos uni ou multipolares flexíveis, nesse caso, contidos em
eletrodutos isolantes ou metálicos.
Os condutores de um circuito devem estar fisicamente separados dos condutores de outros
circuitos, não havendo, no caso de cabos flexíveis, quaisquer restrições quanto ao tipo de linha.
Quando um circuito separado alimentar um único equipamento, suas massas não devem ser
ligadas intencionalmente a condutores de proteção, a massas de outros circuitos ou a
elementos condutores estranhos à instalação.
Quando forem alimentados dois ou mais equipamentos, as massas existentes devem ser
ligadas entre si por condutores de equipotencialidade não aterrados; esses condutores não
devem ser ligados a condutores de proteção, às massas de outros circuitos nem a elementos
estranhos à instalação.
As tomadas de corrente eventualmente existentes devem possuir um contato exclusivo para a
ligação aos condutores de equipotencialidade. No caso de serem cabos flexíveis, estes devem
possuir um condutor de proteção, que será utilizado como condutor de equipotencialidade.

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