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Nome: Pedro Ramos Barreto Valeiko Resumo de História Aula em 12/04/2018

Aluno: 1009 Valeiko Turma: 13

Nesta aula, se deu continuidade ao estudo da formação da civilização grega clássica. Como visto anteriormente, a
civilização micênica sofreu invasões de diversos povos, entre eles os jônios, eólios e dórios. Este último levaria os
micênicos ao colapso, o que mudaria profundamente a forma de organização da sociedade existente na Grécia deste
período. O principal objetivo nesta aula foi o estudo da organização social imposta pelos Dórios em um primeiro
momento após a invasão e como isto evoluiria para formar a civilização grega clássica.

Logo após o colapso da civilização micênica, ocorre um intenso êxodo urbano ou ruralização, devido ao saque
praticado pelos Dórios nas cidades e à organização social imposta pelos mesmos, caracterizada pela vida fora de
cidades. Grandes centros urbanos, como Micenas, desaparecem. Passa-se a viver nas chamadas comunidades
gentílicas, caracterizadas pela vida rural, escassez de comércio e estrutura política baseada em clãs. No topo da
pirâmide social desta sociedade tribal está o pater, indivíduo responsável e dono das terras, o chefe. Logo abaixo
vinham os eupátridas, membros da “família” do pater, que também controlavam terras (embora essas terras
pertencessem ao pater, poderiam ser controladas pelos eupátridas) e delas tiravam o seu sustento, por meio das
classes inferiores. A significação de eupátrida é “bem nascido”. Mais abaixo nessa pirâmide social estavam os georgoi,
em geral pequenos agricultores, comerciantes e manufatureiros. Poderiam possuir terras previamente ou recebê-las
do pater. Mais além, estavam os thetas, membros do clã sem nenhum poder que não eram considerados parte da
“família” do pater. Geralmente eram trabalhadores livres e muitas vezes estavam à margem da sociedade. Por fim, na
base da pirâmide, se encontravam os escravos. Esta sociedade tribal e ruralizada foi a primeira fase da chamada
civilização dórica, que resultaria na civilização grega clássica. Vale salientar também que esta época é o início do
período Homérico, no qual Homero, considerado o pai da história, registraria através da escrita a história de diversos
povos.

Com o passar do tempo, a sociedade tribal imposta pelos dórios degenerar-se-ia devido a fatores como a escassez
de amplas terras agricultáveis na Grécia e o crescimento demográfico. Dessa forma, a chamada civilização Dórica
entraria em sua segunda fase, que posteriormente originaria civilização grega clássica. As cidades foram habitadas
novamente, e com isto o comércio e a produção manufatureira são revitalizados. Surge a Pólis, que se difere de uma
cidade normal da época principalmente por duas características estruturais: a presença da acrópole e da ágora. A
primeira geralmente abrigava o principal templo da pólis ou o palácio onde residia o soberano, além de constituir a
fortificação principal da cidade, enquanto a ágora era um local menos reservado, a principal praça da pólis, o ponto de
encontro social onde ocorriam as principais trocas comerciais e as reuniões para assembleias.

A pirâmide social da civilização também é alterada: no topo está o Basileu, rei da pólis. Logo abaixo vêm os
eupátridas, que mantêm sua posição social como donos de terras em relação à pirâmide social da primeira fase da
civilização dórica. Eles se reuniriam em conselhos chamados “Aristhói”, dando origem à palavra aristocracia, a qual se
refere a indivíduos que possuíam mais dinheiro, mais terras e intelecto. Mais abaixo se encontram os kakoi, classe de
cidadãos comuns que resulta da adição entre as camadas dos georgoi e thetas da pirâmide social anterior. Os kakoi
eram compostos por comerciantes, trabalhadores livres, artesãos e manufatureiros, em geral. Por fim, os escravos
mais uma vez sustentavam a pirâmide social, sendo a base da mesma.

Vale ressaltar também que, neste período, houve a caracterização das diversas pólis gregas, como Atenas, Tebas,
Corinto e Esparta. Embora todas possuíssem a acrópole e a ágora, cada uma delas se organizou da forma mais
conveniente, de acordo com seus objetivos militares, políticos, sociais e econômicos. A cidade de Esparta, por
exemplo, era mais compacta e organizada, adequada à defesa. Possuiu crescimento demográfico tardio se comparada
a outras cidades-estado também, pelo fato de ser altamente influenciada pelos dórios, um povo ruralizado e guerreiro.

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