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Administrativo
Autor: Prof. José Benedito Regina
Colaboradores: Prof. Flávio Celso Müller Martin
Prof. Fábio Gomes da Silva
Prof. Livaldo dos Santos
Professor conteudista: José Benedito Regina
É bacharel em Ciências Econômicas pela FEA/USP, especialista em Administração pela UNIP e mestre também em
Administração pela FEA/USP.
Possui experiência profissional técnica, administrativa e gerencial em várias áreas organizacionais. Atua fortemente
com processos de mudança organizacional e de facilitação e formação técnica e gerencial em empresas de grande
porte. É especialista em Qualidade Total, palestrante e consultor de organizações com destaque para as áreas de gestão
e desenvolvimento de RH.
Além disso, é assessor para editoras na tradução/revisão de textos para a área de administração, professor, líder
de disciplina e coordenador de cursos no Ensino Superior, em graduação e pós-graduação, em várias universidades
paulistanas, desde 1977.
Na UNIP, é professor conteudista, autor e ministrante de disciplinas relacionadas com Administração Geral e
Administração de Recursos Humanos, graduação e pós-graduação, no programa de EAD – Educação a Distância.
É também participante em bancas de avaliação, Coordenador e Orientador para trabalhos acadêmicos diversificados,
tanto para cursos de graduação como de pós-graduação.
200 p. il.
CDU 658.1
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© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Sueli Brianezi Carvalho
Sumário
Evolução do Pensamento Administrativo
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................7
Unidade I
1 CONCEITOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO..............................................................................................11
1.1 O que é administrar: as várias visões.............................................................................................11
1.2 As influências sobre a administração............................................................................................ 18
1.3 As variáveis básicas da administração.......................................................................................... 20
1.4 A organização......................................................................................................................................... 22
2 O PROFISSIONAL ADMINISTRADOR E PARADIGMAS........................................................................ 25
2.1 O administrador: competências e papéis.................................................................................... 25
2.2 Paradigmas............................................................................................................................................... 31
2.3 Os vários paradigmas da TGA........................................................................................................... 36
Unidade II
3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA: ABORDAGENS ADMINISTRATIVASPRESCRITIVAS E
NORMATIVAS......................................................................................................................................................... 42
3.1 Abordagem Clássica da Administração........................................................................................ 42
3.2 A administração científica................................................................................................................. 43
3.3 A teoria clássica da administração................................................................................................. 46
4 OUTRAS ABORDAGENS PRESCRITIVAS E NORMATIVAS................................................................... 50
4.1 A abordagem humanística da administração: teoria das relações humanas............... 50
4.2 A abordagem neoclássica da administração.............................................................................. 55
4.3 A abordagem estruturalista da administração: o modelo burocrático........................... 63
Unidade III
5 EVOLUÇÃO HISTÓRICA: ABORDAGENS ADMINISTRATIVAS EXPLICATIVAS E
DESCRITIVAS.......................................................................................................................................................... 72
5.1 Abordagens explicativas e descritivas........................................................................................... 72
5.1.1 A abordagem estruturalista da administração: a teoria estruturalista............................. 72
5.2 A abordagem comportamental da administração................................................................... 76
5.2.1 Teoria comportamental......................................................................................................................... 76
5.2.2 Teria do Desenvolvimento Organizacional (DO).......................................................................... 81
6 OUTRAS ABORDAGENS EXPLICATIVAS E DESCRITIVAS..................................................................... 85
6.1 A abordagem sistêmica da administração.................................................................................. 85
6.1.1 Tecnologia da informação e administração.................................................................................. 86
6.1.2 Teoria matemática da administração.............................................................................................. 88
6.1.3 Teoria de sistemas................................................................................................................................... 90
6.2 Abordagem contingencial da administração............................................................................. 93
6.3 Novas abordagens para a administração.................................................................................... 96
Unidade IV
7 CONCEITOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO...........................................................................................121
7.1 O planejamento e a organização..................................................................................................123
7.1.1 Planejamento......................................................................................................................................... 123
7.1.2 Definição dos objetivos...................................................................................................................... 123
7.1.3 Elaboração dos planos........................................................................................................................ 127
7.2 Organização...........................................................................................................................................136
7.2.1 Criação da estrutura organizacional (ou departamentalização)....................................... 138
7.2.2 Estruturação dos cargos..................................................................................................................... 155
7.2.3 Provimento dos mecanismos de coordenação......................................................................... 160
8 A DIREÇÃO E O CONTROLE.........................................................................................................................164
8.1 Direção.....................................................................................................................................................164
8.1.1 Comunicação.......................................................................................................................................... 165
8.1.2 Liderança...................................................................................................................................................171
8.1.3 Motivação................................................................................................................................................ 177
8.2 Controle...................................................................................................................................................181
APRESENTAÇÃO
Após terminar sua participação nesta disciplina, espera-se que você tenha clareza dos conceitos gerais
da administração, entendendo: as diferentes percepções do que significa administrar; as influências
recebidas pela administração ao longo do tempo; as suas variáveis básicas (ou ênfases); o conceito
de organização; a importância da atuação do profissional administrador por meio de competências e
papéis dele esperados; o conceito de paradigmas e de sua relação com a evolução das várias teorias da
administração.
Ainda, que você possa identificar a existência das várias teorias (ou abordagens, ou escolas, ou
correntes de pensamento) que permitiram a evolução do pensamento administrativo e ajudaram a construir
esse magnífico edifício conceitual que hoje constitui a administração.
Também, que você consiga apontar as variáveis enfocadas pelas diversas teorias apresentadas, suas
visões e propostas, seus principais estudiosos e autores, e que tenha informação sobre o estágio atual
dessa ciência e sobre suas possibilidades futuras.
INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
queremos iniciar nosso contato propondo a você que tente responder a algumas questões
fundamentais, como as seguintes:
Pois bem, é sobre temas como esses que versa a nossa disciplina.
Conforme você terá oportunidade de ver, saber administrar é fundamental para qualquer profissional
de qualquer área de atividade.
7
Toda e qualquer ação resultante do esforço do profisional administrador é a aplicação, direta ou
indireta, de algum conceito ou da combinação de mais de um deles. Tais conceitos foram intuídos,
observados, pesquisados, estabelecidos, desenvolvidos e testados ao longo da existência dessa ciência
magnífica, complexa, encantadora e ao mesmo tempo indispensável que é a administração, pois
nenhuma organização pode existir sem ela.
Uma das coisas interessantes desse arcabouço de conhecimentos é que todos eles, mesmo sofrendo
críticas e restrições deste ou daquele estudioso, podem ser colocados em ação, pois não existe uma receita
única para se conseguir uma boa gestão. Como dizia Henri Fayol, o pai dos teóricos clássicos (HAMPTON,
1992, p. 3) “Não existe nada rígido ou absoluto quando se trata de problemas de administração: tudo é
uma questão de proporção”.
Embora essa afirmação tenha sido feita no início do século passado, ela nunca esteve tão atual.
Isso acabou sendo ratificado pela própria teoria da administração, na abordagem contingencial, última
corrente teórica registrada. Esta teoria defende que tudo em administração depende de circunstâncias
que, na maioria das vezes, estão fora do controle do profissional administrativo. O que só demonstra a
genialidade de Fayol.
Do mesmo modo, outros teóricos, incluídos neste livro-texto, propuseram seus conceitos com
repercussão e utilidade similares. Tais autores também podem ser considerados geniais em suas colocações.
Logo, pretendemos apresentar a você o que é a administração e como ela evoluiu, desde os seus
primórdios até os dias atuais. É uma tarefa e tanto!
Muitos pesquisadores e estudiosos investiram suas vidas para conhecer e realizar descobertas para
a administração, propondo diferentes abordagens para ela. Montar um material que seja uma amostra
significativa de tudo o que já se escreveu nesta ciência é um grande exercício de escolha, uma vez que
sua literatura é vastíssima.
Assim, o nosso objetivo ao preparar este livro-texto não foi o de criar nenhuma teoria, mas sim o de
fazer um retrospecto interessante para você, sobre o que de mais importante existe no assunto.
De algum tempo para cá, qualquer estudante de administração tem à sua disposição inúmeras obras
de autores internacionais (principalmente norte-americanos) e também de brasileiros, as quais trazem não
apenas esse acervo conceitual de que falamos anteriormente, mas também incluem casos recentes que
explicam e validam a utilização desses conhecimentos. Todo esse material não existia e, portanto, os primeiros
pesquisadores dessa nossa ciência não tiveram a sorte de tê-los à mão. Por isso, tiveram que criar!
Então, nosso propósito, aqui, foi o de montar um pequeno painel, citando alguns desses autores (os
principais), de forma que você possa ter uma visão de parte do que já se publicou sobre o assunto.
8
Não pretendemos mostrar tudo o que já foi escrito na área, pelo simples fato de que isso seria um
trabalho hercúleo, senão impossível: você terá toda a sua vida profissional pela frente para ir descobrindo,
conhecendo, aplicando e reaplicando essas informações (não só o que já foi produzido, mas também
aquilo que o futuro nos reserva como realizações nessa área).
Por enquanto, você poderá perceber nas referências bibliográficas um volume interessante de títulos
que podem ser explorados.
Para facilitar o estudo dos alunos, a linha-mestra deste livro-texto considerou uma bibliografia
básica. Com a ajuda dessa bibliografia, a estrutura deste material foi assim concebido:
2. a seguir, falaremos dos tópicos descritivos das abordagens administrativas chamadas de prescritivas
e normativas, que ocorreram historicamente;
3. depois, trataremos das abordagens explicativas e descritivas, complementadas por outras
contribuições emergentes, aqui denominadas como novas abordagens para a administração que,
embora não sendo consideradas teorias propriamente ditas, constituem em novas aplicações de
conceitos já anteriormente formulados; e
4. por fim, enfocaremos o processo administrativo, entendido como a essência do que faz o administrador.
Para que você possa aproveitar melhor os conteúdos apresentados, irá encontrar, ao longo do texto,
alguns destaques, tais como:
• Lembrete: trata-se de alguma informação que vai chamar sua atenção para entender melhor o
que estiver sendo apresentado no momento em que esse lembrete aparecer.
• Observação: trata de algum aspecto explicativo para auxiliar seu entendimento do que estiver
sendo apresentado nesta ocasião.
• Saiba mais: deve trazer para você alguma informação que vai informá-lo de outras fontes de
consulta complementares, relacionadas com o assunto em questão, com o objetivo de alargar e
enriquecer seus conhecimentos e sua visão.
• Resumo: vai aparecer no final de cada unidade, fazendo uma síntese para ajudar sua compreensão
e entendimento geral.
Por fim, alertamos que este material não dispensa sua consulta aos títulos citados nas referências.
Ao contrário, ele deve ser um estímulo à sua pesquisa.
Bons estudos!
9
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Unidade I
1 CONCEITOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO
Os objetivos desta Unidade são esclarecer o que significa administrar, sabendo que existem várias
possíveis definições para essa tarefa. Mostrar que a administração, mesmo tendo existido sempre, foi
se transformando ao longo do tempo, e que o conceito de ciência que ela tem hoje não apareceu por
acaso, mas foi fruto da influência de diferentes atividades humanas. Apresentar e definir as ênfases
que as várias correntes teóricas estudaram e em torno das quais se estruturou a administração e o
que é organização, uma vez que nosso curso tem como função estudar a administração para uso nas
organizações. E, dentro desse contexto, mostrar alguns aspectos que caracterizam o administrador, bem
como os papéis que pode representar no cenário organizacional.
Conceitos e contexto
Como resultado dos vários paradigmas que nortearam os estudos da administração, várias são as
maneiras como ela foi e é percebida.
Apenas como um estímulo a possíveis discussões vale a questão: a administração poderia ser definida
como uma ciência, como uma técnica ou como uma arte?
Com o propósito de enriquecer nossa visão, apresentamos, a seguir, algumas dessas definições.
Sim, essa é uma das definições mais diretas do que seja administrar: é resolver problemas!
11
Unidade I
Uma vez exercendo sua profissão, o administrador sempre estará às voltas com problemas e buscando
as suas soluções. Isso é sinônimo de tomar decisões.
Em outras palavras, ele precisa desenvolver ao extremo a sua capacidade de tomar decisões, pois
esta é a habilidade mais exigida de um administrador.
E para que você tenha sucesso, isto é, para que suas decisões sejam adequadas ao momento em que
estiver atuando, você precisa estar bastante atento e com a mente aberta.
Ao longo de toda a história humana, todos aqueles que tiveram responsabilidades em suas
organizações precisaram decidir sobre o que e sobre como fazer as coisas.
Esse esforço, que corresponde ao processo decisório, será apresentado no capítulo correspondente
ao processo de planejamento. Mas, na verdade, é a aplicação de todo o processo administrativo.
O administrador, na verdade, não executa as tarefas para conseguir o que a organização espera dele:
quem faz isso é a sua equipe. Se agir assim, será um executor e não um gerente!
Dessa forma, cabe ao administrador conduzir sua equipe, da melhor maneira possível, para que esta
consiga os resultados que precisam ser atingidos.
Em outras palavras, este é o “problema” básico do administrador: definir bem os objetivos (o quê?),
a maneira de realizá-los (como?) e energizar a sua equipe para isso.
O verdadeiro administrador não faz, mas potencializa sua equipe para fazer (esta é a tradução do
conceito de empowerment, ou energização, vital para o gerenciamento de pessoas).
Essa é a principal tarefa do processo de direção, mas que, também, na verdade, é a aplicação de
todo o processo administrativo.
Pode-se entender que toda organização, por meio de processos executados por suas pessoas, sempre
produz alguma coisa: ou algum bem, ou serviço ou uma combinação dos dois.
Para tanto, seus objetivos (o que ou aquilo que decidiu fazer) devem estar bem claramente definidos.
Estes objetivos, bem como alcançá-los, têm a ver com a eficácia organizacional.
Outro grande problema administrativo é estabelecer a maneira a ser utilizada para conseguir essa
eficácia, o como. Esta questão trata da eficiência.
Portanto, não basta apenas ser eficaz, mas também ter a maior eficiência possível.
Assim, para estes autores, o “desempenho do administrador é a medida de quão eficiente e eficaz é
o administrador, e da competência com que ele determina e alcança os objetivos apropriados” (STONER
e FREEMAN, 1985, p. 5).
13
Unidade I
Eficiente
Sem alcançar metas Alcançando metas
(a maioria dos
e sem desperdiçar sem desperdiçar
recursos contribui
Uso dos recursos
recursos. recursos.
para a produção)
Ineficiente
(poucos recursos Sem alcançar metas Alcançando metas
e desperdiçando e desperdiçando
contribuem para a recursos. recursos.
produção)
Ineficaz Eficaz
(pouco avanço em (avanço substancial
direção às metas da em direção às metas
empresa) da empresa)
Realizar o Processo Administrativo e administrar são sinônimos, pois é isso que o administrador deve
fazer, em essência.
14
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Existem diferentes verbos, utilizados por autores diversos, que representam esses componentes do
Processo Administrativo.
Por exemplo, Chiavenato (2003), Griffin (2007) e Hampton (1992), entre outros, consideram o
Processo Administrativo como sendo composto pelas seguintes funções: planejar, organizar, dirigir
e controlar.
Outra forma de definir o Processo Administrativo é por meio dos substantivos (e não dos verbos): “É
a interação das funções planejamento, organização, direção e controle”.
Para Stoner e Freeman (1985), administrar é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o
trabalho dos membros da organização, e de usar todos os seus recursos disponíveis para conquistar os
objetivos estabelecidos.
Dessa maneira, substituem o verbo dirigir por liderar, conforme se poderá ver no gráfico a seguir.
Todas as funções mantêm relações mútuas com todas as outras, de forma que qualquer ação de uma
delas afeta as demais:
Ambiente externo
Organizar
Planejar Os administradores
Os administrativos usam organizam e distribuem
lógica e métodos para trabalho, autoridade e
pensar em objetivos e recursos para alcançar
ações. com eficiência os
objetivos de organização.
Controlar Liderar
Os administradores Os administradores
certificam-se de que dirigem, influenciam
a organização está e motivam os
seguindo no rumo de empregados a
seus objetivos. realizarem tarefas
essenciais.
Figura 2
15
Unidade I
Griffin (2007) também considera a liderança no lugar da direção e descreve no que consiste cada
uma das quatro funções do Processo Administrativo:
O processo da administração
Planejamento
e tomada Organização
de decisão Determinação da
Estabelecimento dos melhor maneira de
objetivos da empresa e agrupar atividades e
da melhor maneira recursos.
de atingí-los.
Controle
Monitoração e Liderança
correção de atividades Motivar membros
em andamento para da organização para
facilitar a consecução trabalhar de acordo com
dos objetivos. os melhores interesses
da empresa.
Certo (2003), substitui o verbo dirigir da maioria dos autores (ou o liderar, de Stoner e Freeman)
por influenciar.
16
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Finalizando, apresentamos o que diz Certo (2003), quando discute sua definição de
administração:
Embora com possíveis variações entre as visões dos autores sobre a administração, Certo (2003)
pode ser citado para encerrar este primeiro capítulo, quando fala da universalidade da administração:
17
Unidade I
O ato de administrar, como qualquer outra ação humana, é produto das influências que recebe do
meio em que acontece.
Ao longo da evolução histórica, a administração não teve comportamento diferente: mesmo antes
de ser estudada como uma ciência, a sua prática sempre foi resultado de como a humanidade percebeu
o mundo ao seu redor e de como aplicou essa percepção.
Chiavenato (2003) cita que a administração recebeu influências dos filósofos, da organização
eclesiástica, da organização militar, da Revolução Industrial, dos economistas liberais e dos pioneiros e
empreendedores.
A primeira Revolução Industrial ocorreu de 1780 a 1860, com base na revolução do ferro e do
carvão. Caracterizou-se por meio de quatro fases: 1) mecanização da indústria e da agricultura; 2)
18
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Em seguida, de 1860 a 1914, ocorre a segunda Revolução Industrial, baseada no aço e na eletricidade.
Para Chiavenato (2003),
Os estudos econômicos, que desde o século XVII já vinham desenvolvendo teorias para explicar
os fenômenos empresariais, evoluíram, passando pelo liberalismo, pelo socialismo científico e pelo
materialismo histórico, que obrigaram a construção de vários conceitos dentro das organizações para
tratar do aperfeiçoamento dos métodos de produção (racionalização do trabalho) e da adequada
remuneração.
19
Unidade I
Em resumo: a administração não é uma atividade isolada, mas sim mais uma das inúmeras atividades
humanas. Fica claro que ela tanto sofre influências como também influencia o ambiente em que é
praticada.
Saiba mais
A Teoria Geral da Administração (TGA) foi construída, ao longo do tempo, por várias correntes
teóricas (ou correntes de pensamento, ou escolas, ou abordagens). Cada uma dessas teorias propôs a
sua visão baseada em estudos com foco (ou ênfase) em algum assunto ou tema.
Essas escolhas constituem as variáveis básicas das escolas administrativas e são as seguintes: tarefas,
estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia.
20
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Tais variáveis estão inter-relacionadas numa organização como se pode ver na figura a seguir,
retirada desse autor:
Competitividade
Tecnologia Pessoas
Organização
Estrutura Ambiente
Tarefas
Figura 4
Hoje, sabemos que não é possível imaginar uma organização na qual, por exemplo, as tarefas sejam
o mais importante e as demais variáveis sejam encaradas como inexistentes ou menos relevantes.
É praticamente intuitivo para qualquer estudante atual de administração que as tarefas são
importantes (sem elas não há produto nas empresas), mas só fazem sentido se pessoas as estiverem
desempenhando, num agrupamento (estrutura), utilizando alguma técnica, ferramenta ou conhecimento
(ou seja, tecnologia) e operando dentro de um ambiente que influencia o trabalho e é, reciprocamente,
influenciado por ele. Tudo isso buscando a competitividade da organização, pois nenhuma empresa
sobrevive se não for competitiva no mercado de hoje.
Porém, quando os vários teóricos foram construindo a ciência administrativa, não dispunham ainda
dessa visão sistêmica. Então, de acordo com os problemas que mais os incomodaram ou estimularam,
foram propondo teorias com base nesta ou naquela variável, relacionando-as (ou combinando-as),
tentando explicar como a administração funcionava.
Assim, propuseram vários paradigmas diferentes, que hoje você pode dominar de maneira completa.
21
Unidade I
1.4 A organização
Organização é conceito fundamental para a administração, uma vez que toda a aplicação
administrativa vai ocorrer numa organização e nas consequentes inter-relações dela com outras
organizações.
Em primeiro lugar, uma diferenciação entre duas interpretações para essa palavra:
Então, sempre que falarmos em organização neste texto, estaremos nos referindo a uma dessas
conotações, que você vai perceber no contexto em que ela estiver aplicada.
A seguir, algumas definições de organização estabelecidas por pesquisas e por estudiosos, todas
encontradas no PPQG/IPEG, 2007, p. 66.
22
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Organizações são entidades sociais que são dirigidas por metas, são
desenhadas como sistemas de atividades deliberadamente estruturados e
coordenados e são ligadas ao ambiente externo (DAFT, 2002).
acreditar), ele jamais poderia fazê-lo tão bem ou tão rapidamente. Com isso,
torna-se claro que as organizações e as pessoas que as administram realizam
esta função essencial: coordenando os esforços de diferentes indivíduos,
as organizações nos permitem alcançar metas que, de outra forma, seriam
muito mais difíceis ou até mesmo impossíveis de serem atingidas.
A aceitação de uma definição para organização é uma declaração de qual paradigma nos dirige,
assim como todas as nossas ações relacionadas com a administração revelam o nível de pobreza ou
de competência paradigmática que conseguimos construir para nós mesmos, como pessoas ou como
profissionais, ao longo de nossas vidas.
Saiba mais
24
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Assim, uma organização típica poderia ser representada por vários departamentos, em que cada um
representa uma das várias especializações da administração e, todos estes departamentos constituem‑se
por diferentes níveis administrativos (hierárquicos ou de autoridade), conforme ilustra a figura seguir:
Níveis de administração
Tipos de gerente por nível e área
Gerentes de
Em geral, as organizações têm três níveis de alto escalão
administração, representados pelos gerentes
de alto e médio escalão e pelos gerentes
Gerentes de
de linha de frente. Independentemente do médio escalão
nível que ocupam, os executivos costumam
ainda ser associados a uma área específica
da organização, como marketing, finanças, Gerentes de
operações, recursos humanos, administrativa linha de frente
ou qualquer outra.
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cu
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Áreas de administração
Figura 5
Assim, os administradores (ou gerentes ou gestores) se localizam dentro das organizações, de acordo
com sua especialização e seu nível de autoridade.
25
Unidade I
Stoner e Freeman (1985), considerando as várias especializações ou âmbito das atividades que esses
profissionais administram, definem:
Os administradores, de modo geral, precisam desenvolver competências que lhes permitam exercitar
sua profissão.
C = conhecimentos (saber)
26
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Um administrador precisa operacionalizar sua competência por meio de suas habilidades (o saber
fazer), de forma que possa ser bem-sucedido profissionalmente. Podemos chamá-las de habilidades
administrativas básicas.
Assim como os autores Chiavenato (2003) e Stoner e Freeman (1985), o pesquisador Certo (2003)
apresenta da seguinte forma esse conjunto de habilidades administrativas:
Katz aponta três tipos de habilidades como importantes para um desempenho administrativo de
sucesso: habilidades técnicas, humanas e conceituais:
À medida que um funcionário caminha de um nível mais inferior de gerência em direção à alta
gerência, as habilidades conceituais se tornam mais importantes e as habilidades técnicas menos
importantes (veja a figura a seguir). A explicação lógica é que, à medida que os gerentes avançam
na empresa, eles se tornam menos envolvidos com a atividade de produção propriamente dita
ou com áreas técnica e mais envolvidos com a direção da empresa como um todo. Entretanto, as
habilidades humanas são extremamente importantes para gerentes de todos os níveis (alto e médio
e também dos níveis de supervisão). As pessoas são, afinal, o denominador comum de todos os
níveis de gerência.
27
Unidade I
A figura, a seguir, retirada de Certo (2003), relaciona essas habilidades com os níveis gerenciais:
Níveis de gerência Habilidades necessárias
Habilidades
Alta Necessita conceituais
gerência
Figura 6
À medida que um gerente caminha do nível de supervisão até o ponto mais alto da gerência,
habilidades conceituais se tornam mais importantes que habilidades técnicas, mas as habilidades
humanas permanecem com a mesma importância.
Stoner e Freeman (1985, p. 10) mostram, de outra maneira, as gradações dessas habilidades de
acordo com os níveis de administração organizacionais:
Figura 7
Esse autor também relaciona as funções do Processo Administrativo (PA) com algumas competências
que o administrador deve possuir para executá-las:
Relacionadas ao planejamento:
28
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Quanto à direção:
• missão e valores;
• comunicação;
• liderança.
• eficiência e eficácia;
• desempenho;
• foco em resultados.
Chiavenato (2003) e Stoner e Freeman (1985) apresentam o modelo dos dez papéis administrativos,
desenvolvido por Mintzberg, no qual esse autor mostra como a atuação gerencial acontece nas organizações.
29
Unidade I
Neste outro quadro, um detalhamento dessas três categorias, por meio dos dez papéis do
administrador e das atividades, representam-nos:
Finalizando, é preciso dizer algumas palavras sobre os desafios que se apresentam ao administrador
no desempenho de seus papéis.
Stoner e Freeman (1985, p. 11-14) acrescentam que, atualmente, além da exigência da eficácia,
os administradores enfrentam mais alguns desafios especiais, entre os quais se destaca o desafio da
competição internacional. Isso tem levado as organizações a tentarem novas formas de abordagem para
30
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
os seus talentos, desenvolvendo novos meios para poderem aproveitar os recursos de cada empregado.
Para poder enfrentar esse desafio, os administradores precisam atender às seguintes necessidades:
Dessa forma, para o bom exercício de sua profissão, o administrador precisa dedicar-se ao máximo
para saber colocar-se bem onde for necessário e desempenhar os papéis que forem esperados dele
ou lhe forem designados da melhor maneira possível. Melhor ainda se souber e puder atuar bem em
situações imprevistas!
2.2 Paradigmas
Este tópico foi desenvolvido com base em Caravantes, Panno e Kloeckner (2006).
Abrir a mente talvez seja a grande tarefa de qualquer ser humano durante a sua existência. Mas,
para o administrador, mente aberta é um requisito indispensável para o exercício de sua profissão.
31
Unidade I
Porém, como você verá, o estabelecimento de um conceito não é tarefa fácil, pois nem sempre o
meio “está preparado” para recebê-lo bem (isso não significa somente aceitar o conceito, mas poder
criticá-lo honestamente e usá-lo adequadamente). Por quê?
Três importantes pensamentos de homens célebres, citados por Caravantes, Panno e Kloeckner (2005,
p. 8) nos inspiram a refletir com cuidado sobre este assunto:
“Formular novas questões, novas possibilidades, examinar velhos problemas a partir de um novo
ângulo exigem imaginação criadora e assinalam real avanço na ciência” (Walter B. Wriston).
Thomas S. Khun, pioneiro do conceito de paradigma, citado por Caravantes, Panno e Kloeckner
(2005), diz-nos:
32
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
A riqueza de repertório paradigmático talvez seja a única diferença claramente definida para
avaliarmos a habilidade de um administrador, principalmente quando tratarmos de analisar e solucionar
grande quantidade de problemas e problemas variados.
Um paradigma ou uma estrutura conceptual pode ser comparado a um software, usado para
programar computadores. O software de programação não traz “em si” todos os programas existentes
no mundo, mas traz a potencialidade de podermos criar, com ele, os programas que quisermos!
Paradigma é um modelo, um padrão aceito que explica e justifica tudo o que alguém faz ou quer
fazer.
De acordo com T. S. Kuhn, os paradigmas não têm apenas uma função explicativa, mas também
uma função normativa, pois eles tendem a definir o que é e o que não é possível, juntamente com as
explicações aceitas e não aceitas sobre como o mundo é constituído e como ele funciona. Na verdade,
em um período de “ciência normal”, a comunidade científica tende a rejeitar e a suprimir, algumas vezes
a um custo considerável, todas as “novas” explicações, porque elas são vistas como subversivas a suas
crenças e a seus compromissos básicos.
Kuhn argumenta que o surgimento de um novo paradigma científico se qualifica como um evento
com implicações verdadeiramente revolucionárias, dizendo que
novas teorias não podem surgir sem mudanças destrutivas nas velhas crenças
sobre a natureza. Uma teoria realmente nova e radical nunca é somente uma
adição ou incremento ao conhecimento existente. Ela muda regras básicas,
requer revisão drástica e reformulação das hipóteses fundamentais da
teoria anterior e envolve uma reavaliação dos fatos e observações existentes
(KHUN In: CARAVANTES, PANNO e KLOECKNER, 2005, p. 9).
33
Unidade I
Assim, a leitura e discussão dos estudiosos da “verdade”, especialmente os filósofos, será para nós
muito útil, na medida em que nos vão descortinando um universo imensamente rico de possibilidades,
tanto no que diz respeito à percepção dos fatos de nosso universo quanto à fixação de conceitos
científicos e/ou na sua aplicação prática.
Percebe-se, então, que a abordagem racional para a solução de problemas não é o único caminho
que poderemos usar na busca de solução para nossos problemas pessoais ou organizacionais.
Por exemplo, quando nos deparamos com a ambiguidade (situação dúbia, complexa, com várias
possibilidades de interpretações, sendo algumas delas contraditórias) e com os paradoxos (contradições
aos conceitos estabelecidos ou sentidos aparentemente lógicos, mas que não fazem sentido dentro do
nosso universo conceitual), estaremos em situações complicadas. Nesse caso, as faculdades da intuição
e do insight (iluminação, estalo, luz) são indispensáveis, pois a lógica e a racionalidade não resolverão
facilmente nem a ambiguidade, nem os paradoxos.
Isso inclui trabalharmos com outros conceitos de educação, ou seja, com outros paradigmas que,
na maioria das vezes, desconhecemos ou sobre os quais sabemos apenas alguma referência passageira.
No caso da administração, a “invasão” das técnicas orientais sensibilizou e mudou muito os padrões
de gestão até então praticados no ocidente.
Mas a grande diferença percebida nessas duas formas de gerir não se encontra simplesmente nas
definições das técnicas, mas na maneira de “ver o mundo” pelo gerente ocidental ou oriental.
Uma possível resposta emerge de situações cotidianas que esse gerente ocidental frequentemente
encontra, e que envolvem dados insuficientes, resultados não previsíveis, fatores humanos imponderáveis,
mudanças políticas e mudanças de mercado desconhecidas ou não previsíveis no ambiente externo à
organização. Essa lista de desconhecimentos torna qualquer solução racional virtualmente impossível,
porém, apesar disso, as decisões precisam ser tomadas!
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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Nesse momento é que entra em cena a experiência do gerente oriental, que sabe usar sua mente de
maneira “não racional”.
A abordagem oriental para esse tipo de problema ensina a tentar abarcar toda a realidade da
situação, aquietando a mente e tentando experienciar uma compreensão unificante de todas as
suas capacidades conscientes e inconscientes. Algumas das informações conscientemente disponíveis
podem ser processadas pela mente racional; mas, nas margens da consciência, a mente também
terá insights adicionais não conscientes sobre o problema. O administrador treinado para acessar
esses níveis adicionais não racionais da mente pode favorecer-se de uma compreensão criteriosa da
realidade ambígua com a qual ele está se deparando e de como os problemas podem ser criativamente
resolvidos.
As faculdades intuitivas da mente ajudam a fazer uso dos dados que “estão à margem da consciência”
e auxiliam a ter uma visão mais ampla de um problema, e podem ser aumentadas se nos permitirmos
uma visão de mundo mística, oriental. A meditação silenciosa é a técnica básica praticada no Oriente
para esse fim.
Os filósofos ocidentais muito discutiram a contemplação do que seja a “verdade” sobre as coisas, ora
afirmando que a verdade independe do observador, ora garantindo que a verdade pessoal de alguém
sempre está baseada na realidade.
No fundo, sobra para os gerentes a diferença de visão de mundo que nós, os ocidentais, temos e que
os orientais defendem.
Isso parece fazer sentido, pois a maioria dos eventos que afetam a vida das pessoas parece não
obedecer a regras simples de causa e efeito. Ao contrário, eles estão além de nós, frustrando qualquer
compreensão ampla e controle individual.
Assim, o administrador moderno não pode simplesmente “não concordar” com situações que
desconheça ou não perceba. Precisa ter uma postura aberta diante do universo, para que lhe seja
facilitada a compreensão quanto à sua atuação. Deve esforçar-se para “abrir a mente”, permitindo-se
entrar em contato com outras realidades que não apenas as suas.
O que deve ficar claro é que o importante não é apenas o volume de conhecimentos que podemos
adquirir, mas a forma como os entendemos e como poderemos aplicá-los.
Finalizemos esta primeira parte da apostila retornando ao pensamento formulado por Fayol e
citado em nossa introdução: “Não existe nada rígido ou absoluto quando se trata de problemas de
administração: tudo é uma questão de proporção”.
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Unidade I
Apesar de todas as críticas dirigidas à sua teoria, Fayol revolucionou a maneira como as empresas
deveriam ser gerenciadas, pois seus princípios ainda estão de pé. Ao mesmo tempo em que propunha
formas para se trabalhar, mostrava que elas deveriam ser flexíveis. Fayol já antecipava que não era
possível administrar com pobreza paradigmática, muito antes de esse conceito ter sido apresentado à
ciência por T. S. Kuhn!
Saiba mais
E também:
A Teoria Geral da Administração (TGA), que é o nome mais comum pelo qual nossa disciplina Evolução
do Pensamento Administrativo também é designada, é composta por diferentes propostas, sendo cada
uma delas baseada em um paradigma próprio, ora divergente, ora convergente, ora dissociado, ora
integrado com relação aos paradigmas das demais propostas.
Cada uma delas, que podemos chamar de teoria de abordagem, de corrente de pensamento, de
escola, entre outros nomes, foi construída por um ou mais estudiosos levando em conta o paradigma
imperante em sua época, como base a ser respeitada, ou outro a ser modificado.
O que não se nega é que, nessa jornada, o modo de pensar a administração evoluiu, chegando aos
nossos dias como um rico painel, do qual o administrador tenta tirar o melhor proveito.
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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
- A administração científica
- Teoria clássica da administração
- Teoria comportamental
- Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO)
Além dessas oito abordagens, novos paradigmas estão surgindo, por meio das novas abordagens
para a administração.
As teorias prescritivas e normativas apresentam duas características: suas propostas podem ser
entendidas, nesta classificação, como “leis” a serem seguidas sem discussão, ou seja, determinam “como
a administração deve ser”.
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Unidade I
Noutra direção, as escolas explicativas e descritivas não são preocupadas em fazer você aceitar
as suas definições, deixando assim margem para novas interpretações, ou seja, tentam mostrar a
administração “como ela é”.
Porém, a explicação mais consistente para essa classificação está mesmo na ênfase em cada uma
das teorias: enquanto as escolas normativas e prescritivas, ao escolheram variáveis básicas (tarefas,
estrutura e pessoas) voltaram-se totalmente “para dentro” das organizações, as explicativas e descritivas
escolheram as suas variáveis (estrutura, pessoas e tecnologia), só que todas elas consideraram também
o ambiente, ou seja, além de enxergarem a organização “por dentro”, preocuparam-se em relacioná-la
com o que ocorria fora dela. Portanto, paradigmas notoriamente diferentes.
• caracterizar para você cada uma dessas abordagens, mostrando a essência de suas propostas, os
principais nomes de autores e conceitos nelas envolvidos;
• permitir que você tenha, por meio dessa sequência de apresentações, uma visão do desenvolvimento
do pensamento administrativo, que ocorreu historicamente.
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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Resumo
Exercícios
porque...
Os gestores de primeira linha, denominados pelo termo inglês CEO (Chief Executive Officer),
também podendo ser chamados Presidente, Vice-Presidente, ao ocupar o cargo mais alto na pirâmide
organizacional, são responsáveis pelo direcionamento estratégico global da organização e por seus
recursos disponibilizados.
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Unidade I
Quanto à afirmativa “Os gestores de primeira linha, aqueles denominados pelo termo inglês CEO
(Chief Executive Officer), também podendo ser chamados Presidente, Vice-Presidente, ao ocupar o
cargo mais alto na pirâmide organizacional, são responsáveis pelo direcionamento estratégico global da
organização e por seus recursos disponibilizados”, é falsa.
Os gestores de primeira linha, segundo os estudos, até aqui desenvolvidos, situam-se no plano-
base da pirâmide organizacional, o nível mais baixo de gerência. Geralmente são identificados como
supervisores e gerenciam apenas trabalhadores operacionais, sendo os CEO, denominação das aos altos
executivos, que se apresentam como os altos gestores da organização. Assim, esta afirmativa é falsa.
Questão 2 (Adaptada de Enade 2006 – Economia). “... a certa altura da década de 1780, [...], foram
retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades humanas.”
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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
A partir desta data, eclodiu uma série de etapas da revolução, cada uma com características
específicas, entre as quais podem ser apontadas:
I. Mudanças tecnológicas de base científica, fazendo com que antigas estruturas fabris convivessem
com modernas técnicas produtivas.
II. Grande atuação da Administração Pública, na primeira revolução industrial, para equilibrar o
descompasso existente entre o capital e o trabalho.
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
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