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UNIVERSIDADE DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS


CURSO DE GEOGRAFIA – LICENCIATURA(A DISTÂNCIA)

Cartografia I A
Dalcinei Sacheti
Projeções Cartográficas
A representação da superfície terrestre em meios planos não é possível sem
alguma deformação, uma vez que a forma esférica não pode ser desdobrada em um
plano. É preciso que se utilizem técnicas especiais que conservam algumas
características e deformam outras para representar o globo terrestre. A essas técnicas dá-
se o nome de projeções cartográficas. Abaixo colocam-se três exemplos de projeções e
suas características.

Projeção azimutal equivalente de Lambert


Consiste na representação da superfície terrestre diretamente sobre um disco
plano. Com este tipo de representação se busca conservar as formas e as áreas do mapa,
porém, ocorre distorção dos ângulos. O ponto central fica tangente à superfície desta
forma é o de maior fidelidade, quanto mais afastado do ponto central, a escala principal
vai sofrendo maior distorção. Pode ser usada tomando qualquer ponto da superfície
como centro. Quando usada de forma normal toma um polo como centro da projeção.
Desta maneira “O espaçamento dos paralelos diminui conforme aumenta a distância do
polo. Normalmente, a projeção não é mostrada abaixo de um hemisfério (ou do
Equador).”(Material didático da disciplina, Unidade 3 - 3.3 Classificação das projeções,
p.1), ou seja, é mais adequada para a representação de um único hemisfério

Projeção Transversa de Mercator (UTM)


É uma projeção em que se usam formas cilíndricas colocadas de modo
transverso, ou seja, o eixo do cilindro se estende no sentido da linha do Equador. São
usados 60 fusos, projetando cada fuso em uma forma cilíndrica secante nos polos e no
meridiano central, permitindo criar partes com pouca distorção. “A extensão latitudinal
está compreendida entre 80º Sul e 84º Norte. O eixo central do fuso, denominado como
meridiano central, estabelece, junto com a linha do Equador, a origem do sistema de
coordenadas de cada fuso.” (Material didático do curso – Leitura Complementar) 1. No
sentido leste-oeste se estende em 6º graus ou aproximadamente 670 quilômetros na
linha do Equador. Cada fuso tem seu sistema próprio de cálculo de distorção e
coordenadas. “Assim, para localizar um ponto definido pelo sistema UTM, é necessário
conhecer, além dos valores das coordenadas, o fuso ao qual as coordenadas pertençam,
já que elas são idênticas de em todos os fusos.”(idem).
Devido à secância do meridiano central de cada fuso, existe uma zona de
redução e uma zona de ampliação da superfície em cada fuso. A zona de redução, na
linha do Equador se estende em 180 quilômetros a leste e 180 quilômetros a oeste do
centro do fuso, a zona restante mais afastada do centro vai ser ampliada, pois é a zona
que fica acima projetada acima da superfície.
Conforme o material didático, o Brasil usa esse tipo do projeção desde 1955 para
mapeamento sistemático e posteriormente para levantamento topográfico do país.

Projeções policônicas
São usados vários cones, muitas vezes sobrepostos e tangentes à superfície
terrestre. Não apresenta características de conformidade (formas e ângulos preservados)
nem de equivalência (mantém as áreas em proporções correspondentes). As distâncias
são preservadas ao longo dos paralelos e os ângulos apenas no meridiano central. São
recomendadas para projeções que se estendem no sentido norte-sul.
Quando cada cone representa um paralelo, estes são representados por círculos
não concêntricos. Os meridianos, representados como raios do cone tornam-se curvos,
ao combinar os cones.
Este tipo de projeção tem uso no mapeamento em que se cobre áreas extensas
com escalas pequenas.

1
Disponível em:< http://www.professores.uff.br/cristiane/Estudodirigido/Cartografia.htm> - Acessado
em 24/04/2017.
Referências
MATERIAL didático da disciplina, Unidade 3 – 3.3 Classificação das projeções.
MATERIAL complementar da disciplina, Unidade 3 – Estudo dirigido em SIG.
Disponível em: <http://www.professores.uff.br/cristiane/Estudodirigido/Cartografia.htm>
Acessado em: 24/04/17
UFRGS. Projeções cartográficas. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/igeo/m.topografia/exposicoes/Projecoes_Cartograficas.pdf>.
Acessado em: 24/04/17

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