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Direito empresarial II

Franquia empresarial ou franchising


Franquia empresarial ou
franchising
• I – Noções gerais e conceito:
• O contrato de franquia empresarial surgiu
como uma técnica estratégica de
comercialização de certos produtos, para
incentivar e facilitar a sua venda.
• Surgido nos Estados Unidos, após a segunda
guerra mundial, teve esse novo método de
atuação no mercado um grande sucesso, com
a formação de um número elevado de
pequenas e médias empresas que passaram a
Franquia empresarial ou
franchising
Ocorre a franquia quando um franqueador autoriza por
meio de contrato um franqueado a usar marcas e
outros objetos de propriedade intelectual, sempre
associados ao direito de produção ou distribuição
exclusiva ou não exclusiva de produtos ou serviços e
também ao direito de uso de métodos e sistemas de
implantação e administração de negócio ou sistema
operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador,
mediante remuneração direta ou indireta, sem
caracterizar relação de consumo ou vínculo
empregatício em relação ao franqueado ou a seus
empregados, ainda que durante o período de
Franquia empresarial ou
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• Para obter a franquia, em regra, o franqueado
paga ao franqueador uma taxa inicial,
obrigando-se ainda a pagar-lhe uma
remuneração periódica, consistente em uma
percentagem das vendas realizadas,
denominada de royalties. Por outro lado, o
franqueador assegura ao franqueado a sua
atuação em certo território geográfico, sendo
esse considerado o lugar ou a região (cidade,
grupo de cidades, Estado, grupo de Estados
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• II – Sistema legal e características:
• É o contrato de franquia regulado pela Lei nº
13.966/19, a qual revogou a Lei nº 8.955/94,
que foi promulgada tendo por principal
finalidade dar proteção aos franqueados, os
quais, anteriormente, estavam à mercê dos
franqueadores, geralmente empreendedores
de grande ou médio porte, e alguns deles
destituídos da solidez necessária para a
manutenção da franquia.
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• que vai ser explorada pelo franqueado, e que
é geralmente o elemento motriz que conduz
alguém à determinada franquia e que justifica
o investimento realizado e a previsão de
receitas.
• Há de se ressaltar a autonomia do franqueado
em relação ao franqueador, embora seja ela
relativa. Ela aparece como absoluta no
sentido de terem personalidades jurídicas
distintas, cada um respondendo pelos atos
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• No entanto, as relações que ligam as partes
são tão profundas que muitas regras são
impostas ao franqueado pelo franqueador,
restringindo o seu campo de ação. Assim,
existem contratos que fazem com que o
franqueado só pratique determinados atos
com autorização expressa do franqueador,
como, por exemplo, publicidade local ou
regional, modo de apresentação dos produtos,
disposição dos mesmos nos
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• fornecimento de informes sobre o movimento
financeiro do franqueado, e até mesmo o uso
de uniformes padronizados pelos vendedores
ou atendentes do franqueado.
• Uma outra característica da franquia consiste
em se constituir, em relação ao franqueador,
em um modo mais econômico e prático de
exercer a sua atividade empresária, visto que
ele, para distribuir normalmente os seus
produtos ou prestar os seus serviços, deveria
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• de determinados serviços já de consideradas
qualidades, sendo-lhe mais fácil, assim,
colocá-los no mercado, no que é ajudado pela
assistência, e em muitos casos, pela
publicidade do franqueador.
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• III – Operação da franquia:
• Deve preceder à celebração do contrato de
franquia uma proposta feita pelo franqueador
ao franqueado, que é denominada pela Lei de
“circular de oferta de franquia”, a qual deve
conter obrigatoriamente as informações
previstas no já citado diploma legal.
• Cautelas devem ser tomadas por ambas as
partes, antes da conclusão do contrato. O
franqueado deve examinar a situação do
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• ou não. Por sua vez, o franqueador deve
investigar as aptidões do franqueado, sua
capacidade de comercializar os produtos, sua
situação financeira, pedindo referências
bancárias etc. Só depois de examinadas essas
condições preliminares entram as duas partes
em entendimento direto, discutindo algumas
cláusulas do contrato que regulará as suas
relações.
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• O contrato deve ser escrito. Em regra, faz-se
um contrato de adesão, com cláusulas fixas,
pré-estabelecidas, sendo muito pouco aquilo
o que o franqueado pode aduzir ao
previamente imposto pelo franqueador.
• Algumas vezes, além da taxa inicial, o
franqueador exige uma caução para garantir o
futuro fornecimento das mercadorias.
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• É admissível ainda o que se chama de
subfranquia, que ocorre quando o
franqueador, mediante contrato, autoriza um
franqueado seu a subfranquear a sua marca
ou patente e os serviços inerentes a esta
espécie contratual para terceiros, agindo o
subfranqueador no interesse precípuo do
franqueador e segundo as imposições deste
último. Isso geralmente ocorre com as
franquias de empreendimentos multinacionais
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• expansão da franquia mais viável e passível de
uma melhor administração. Evidentemente
que, por esse encargo, o subfranqueador faz
jus a uma contraprestação, a qual, em regra,
cinge-se à percepção de parte da
remuneração paga pelo subfranqueado.

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