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Livro Eletrônico

Aula 03

Promoção - Discursivas p/ MPU (Analista - Direito) - 3 correções por


aluno - Pós-Edital
Bárbara Bianco, Carlos Roberto, Daniel Miranda, Equipe Carlos Roberto, Equipe Rafaela

Freitas, Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Luciana da Silva Barbosa

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Aula 03 .............................................................................................................................. 2
1 Primeira rodada de Temas ............................................................................................. 7
Tema 1 Legislação aplicada ao MPU e ao CNMP ........................................................................... 7
Abordagem teórica............................................................................................................................ 8
Tema 2 Legislação aplicada ao MPU e ao CNMP ......................................................................... 12
Abordagem teórica.......................................................................................................................... 13
Tema 3 Legislação aplicada ao MPU e ao CNMP ......................................................................... 16
Abordagem teórica.......................................................................................................................... 17
2 Prática ......................................................................................................................... 19

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AULA 03
Olá, meus nobres alunos. Bem-vindos à nossa primeira rodada de temas.
Inicia-se um momento muito aguardado do curso: a elaboração das suas dissertações. Este é o
momento de colocar em prática o conhecimento absorvido nas aulas anteriores. Estejam muito
atentos aos aspectos estruturais e gramaticais, pois apenações dessa natureza poderão afastá-los
do tão almejado cargo, e isso é tudo que nós não queremos, não é verdade?
Esta aula é composta de três questões discursivas sobre Legislação aplicada ao MPU e ao CNMP. Ao
domínio do conteúdo, serão atribuídos até 40,00 pontos, dos quais até 2,00 pontos serão
reservados ao quesito apresentação e estrutura textual (legibilidade, respeito às margens e
indicação de parágrafos). Cada questão deve ser respondida em até 30 linhas. Qualquer fragmento
de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. Esse
padrão será mantido para as próximas aulas, tendo em vista que é o adotado pela banca Cespe,
organizadora do seu concurso.
Vocês poderão escolher para envio qualquer dos temas desta aula. Contudo, não é obrigatório
escolher um tema agora, caso prefiram aguardar os temas das próximas rodadas. Aconselho,
entretanto, que não concentrem a escolha de vocês nas últimas aulas, pois o estudo dessa
importante matéria pode acabar sendo negligenciado, o que poderá comprometer seu desempenho
no dia da prova.
Uma observação: independentemente da escolha de um tema para envio, não deixem de produzir
textos manuscritos para todos os que serão apresentados. Entre outras funções, é para isso que eles
constam nas aulas!
Antes de começarmos, gostaria de passar para vocês algumas dicas sempre solicitadas pelos nossos
alunos em cursos anteriores.

1. Simule as mesmas condições da sua prova


Simular o ambiente de prova significa reproduzir, ao máximo, as condições da sua realização. Quanto
mais isso for levado a sério, mais natural será a realização da prova, contribuindo para que você
esteja mais calmo nesse momento.
Um primeiro aspecto a ser observado é o tempo de realização da prova. Você terá
4 horas e 30 minutos para fazer a prova objetiva (120 itens) e a prova discursiva. Então, o ideal é que
você separe entre uma hora e uma hora e meia para a prova escrita, incluindo o rascunho e sua
transcrição na folha de respostas.

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Quando você estiver fazendo o simulado, o mais desejável é que faça as provas objetiva e discursiva
juntas, de modo que você tenha uma ideia de quanto tempo demora para responder às questões
objetivas. Faça sempre o simulado mensurando seu tempo!
Também é importante reproduzir as condições ambientais do dia da prova. Conheço aluno que
chegou a comprar uma cadeira no estilo comumente encontrada nas salas de prova, aquelas bem
desconfortáveis. Fazer a prova numa biblioteca agitada pode simular o ambiente da sala da sua
prova, por vezes, bastante barulhenta.
Utilize a folha de respostas padrão da banca, incluída na parte final desta aula. Isso também é muito
importante.
Seguir esses passos é essencial para que você se conheça melhor, diagnosticando seus pontos fracos,
caso haja. Ainda há tempo para você trabalhar os possíveis pontos de melhoria, então recomendo
que invista nisso. Le -

2. Estratégia de prova
Muitos alunos nos perguntam sobre estratégia de prova, abordando questões sobre como separar
o tempo entre as partes objetiva e a discursiva. A primeira coisa que eu respondo é que isso é muito
particular, ou seja, cabe a cada um verificar, na prática (para isso servem os simulados), qual o
método com melhor resultado.

O que eu posso dividir com vocês é a minha experiência como concurseiro. Incialmente, antes de
começar a prova objetiva, eu lia a questão discursiva e anotava as primeiras ideias de resposta num
rascunho, sem perder muito tempo. Isso feito, ia para a parte objetiva. Depois de resolver as
questões, voltava para a discursiva, dessa vez para fazê-la definitivamente.

Acho essa estratégia interessante por vários motivos. Primeiro porque com a discursiva
encaminhada, você seguirá para a prova objetiva mais tranquilo. Além disso, novas ideias podem
alguma questão objetiva que
trate sobre assunto correlato a sua dissertação.

Sobre esse último ponto, um parêntesis: em hipótese alguma transcrevam, exatamente, algum
trecho da prova objetiva na prova dissertativa, combinado? Já houve prova em que o examinador
identificou e anulou o trecho copiado.

O M
B fique
calmo O mpulso natural é passar um filme na sua cabeça, imaginando que todos aqueles finais de
semana dedicados, que todos os seus esforços, naquele momento, foram infrutíferos. Mas eu vou
te dar bons motivos para que você não tema ou não se desestabilize perante a essa possibilidade.

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Pense comigo. Você estudou bastante para essa prova, utilizou bons materiais. Então, creio que a
A
isso também deve ter acontecido com muita gente. Logo, está todo mundo no mesmo barco. Nesse
caso, logrará êxito aquele que melhor souber lidar com a situação, não se abatendo com a situação
nem deixando isso comprometer o seu desempenho. Uma coisa que o Professor Carlos Roberto
sempre diz, e

3. Vou começar a escrever, e agora?


Primeiro passo: aplique o PLE.
Mas professor, não identifiquei esse assunto no edital!
Pois é, nem irá. Esse é um princípio implícito no seu edital, que vale para a prova objetiva e discursiva.
É o Princípio da Leitura do Enunciado. Leia com muita atenção o comando da questão,
especialmente nos estudos de caso, pois o bom examinador não coloca palavras a esmo. Esteja

Sublinhe e grife as palavras-chave do enunciado, para que nenhuma delas passe despercebida.
Uma vez superado esse passo inicial, planeje a sua resposta. Não se esqueçam de definir as
estruturas trabalhadas nas aulas anteriores (formal e conceitual), bem como de definir os pontos
semânticos que irão compor seu texto. Esse planejamento, em grande medida, passa pela produção
de um rascunho. E antes que você pergunte, sim, o rascunho é muito importante. Se você adotou a
técnica sugerida no item anterior, você já terá uma minuta ou algumas ideias encaminhadas. É a
hora, então, de fazer o seu texto tomar corpo.
Contudo, digamos que as coisas tenham fugido do controle e que você tenha gastado boa parte do
tempo na prova objetiva. Se isso ocorrer e você tiver que optar entre ter o rascunho ou a folha de
respostas devidamente preenchida, não hesite! Vá direto para a folha de resposta, afinal, antes uma
discursiva com uma ou outra rasura a não ter uma discursiva entregue, não é verdade?
Quando acabar de montar seu rascunho, leia novamente o enunciado e se certifique que respondeu
a tudo que lhe foi perguntado. Isso é fundamental.
Passe o seu rascunho a limpo e, jamais, esqueça de revisá-lo, ok?
D
O
entre os concurseiros. O ideal é evitar que isso ocorra, adotando uma rotina mais leve de estudos e
prezando por boas noites de sono nos dias que antecedem a prova, principalmente, na sua véspera.

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Contudo, caso isso ocorra no momento da sua prova, mais uma vez, fique calmo. Tranquilize-se.
A siste em colocar no papel todas as
ideias que vierem à sua cabeça sobre um determinado assunto. Releia novamente a questão e, se
não vier nenhuma ideia, desista momentaneamente, dirigindo seu esforço para outra tarefa
pendente (outra discursiva ou questão objetiva). Utilizei isso várias vezes e comigo funcionou.
Se você não tiver mais nada a fazer e não veio nenhuma ideia mesmo, é para deixar em branco?
N E T
façam sentido e, de preferência (rs), estejam ligadas ao assunto perguntado. Já houve concursos em

E -se jamai

5. Top five dúvidas discursivas


O professor Carlos Roberto já tratou destes assuntos nas aulas anteriores. Entretanto, como
recebemos muitos questionamentos, vale a pena repisarmos.

1. Letra de fôrma x cursiva: pode as duas, contanto que você não misture. Se usar a letra de fôrma,
quando empregar letras maiúsculas, você deverá destacá-las, deixando-as maiores que as
demais, de modo que o examinador saiba, exatamente, quando elas foram usadas.

2. Título: em regra, não. Somente se o examinar deixar explícito que em seu texto deve constar.

3. Rasurou? Um traço no centro do trecho ou palavra inadequada. Só isso.

4. Citar número de artigos, incisos, etc. Só se você tiver certeza absoluta. Se tiver em dúvida, não
use, a menos que lhe seja perguntado diretamente.

5. Minha letra é um garrancho atômico, e agora? Fato é que a escrita por hieróglifos pode contar
negativamente no quesito apresentação. Se é seu caso, invista no rascunho para amenizar o
problema. Fora isso, não sendo ininteligível, ninguém será desclassificado por conta disso. Segue
o jogo!

B E A
a apresentação de uma abordagem teórica, cujo objetivo é relembrar os principais pontos
necessários à resolução da questão.
Espero que vocês gostem dos temas selecionados e, sobretudo, realmente façam as redações
propostas. O treino é seu maior aliado: somente por meio dele você conhecerá seus pontos de
melhoria, que, devidamente trabalhados, permitirão sua evolução.

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Então, quero ver todos com a sua caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material
transparente, a postos. Façam um excelente trabalho!
Prof. Marcio.

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1 PRIMEIRA RODADA DE TEMAS

TEMA 1 LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP

Cespe/Cebraspe Analista MPU Especialidade Direito

Redija um texto dissertativo acerca da relação entre os princípios institucionais do Ministério Público
e a competência para promover atividades investigatórias para fins de preparação e eventual
instauração de ação penal. Em seu texto, responda de forma fundamentada, necessariamente, aos
seguintes questionamentos:
 A competência em apreço está expressamente prevista pela Constituição Federal de 1988 entre
as funções institucionais do Ministério Público? [valor: 8 pontos]
 Qual o posicionamento atualmente predominante acerca dessa matéria, na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal? [valor: 15 pontos]
 C “ T F
[valor: 15 pontos]

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ABORDAGEM TEÓRICA

1. Introdução - aplicável a todas as aulas do curso

A Constituição Federal atual (CF/1988) situa o Ministério Público (MP) em capítulo especial, fora da
estrutura dos demais poderes da República, o que consagra sua total autonomia e independência,
conforme posicionamento doutrinário majoritário. Suas funções incluem a defesa do ordenamento
jurídico, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (vida,
incolumidade física, saúde, etc.).
A CF/1988 define o MP nos seguintes termos:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.
O MP é considerado uma função essencial à Justiça. Perceba: é função especial à Justiça e não da
Justiça, uma vez que, apesar de atuar junto ao Poder Judiciário, a ele não pertence. Outrossim,
também é uma instituição permanente: não pode ser abolida ou deformada pelo Poder Constituinte
derivado, ou seja, não pode emenda constitucional vir a aboli-lo. Trata-se de uma Cláusula Pétrea
implícita consagrada na nossa constituição.
MENDES e BRANCO1 (2017, p. 639), ressaltam que o Ministério Público na Constituição de 1988
recebeu uma conformação inédita e poderes alargados. Ganhou o desenho de instituição voltada à
defesa dos interesses mais elevados da convivência social e política, não apenas perante o Judiciário,
mas também na ordem administrativa. Buscou-se, portanto, assegurar à instituição e aos seus
membros autonomia e independência na busca da realização dos interesses da sociedade,
fortalecendo a instituição para oportunizar a efetivação dos elevados fins que caracterizam a sua
destinação constitucional, expressa no caput do art. 127 da CF/1988.
Constitucionalmente, o Ministério Público abrange duas grandes Instituições, sem que haja qualquer
relação de hierarquia e subordinação entre elas: o Ministério Público da União (MPU) e o Ministério
Público dos Estados. Neste curso, limitar-nos-emos ao estudo do MPU.
Antes de prosseguirmos para resposta aos tópicos específicos, é importante ressaltar que em razão
da amplitude das funções constitucionalmente outorgadas ao Ministério Público e das modificações
apresentadas pela CF/1988 ainda há debate doutrinário sobre a sua natureza jurídica, havendo que
ainda o vincule ao Poder Executivo, nos moldes do que prevalecia na constituição anterior. A posição

1
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 12. ed. rev. e atual. São Paulo:
Saraiva, 2017.

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majoritária, e que você deve levar para a sua prova, é que o MP é órgão autônomo e independente,
não subordinado a nenhum dos Poderes da República, sujeito apenas à Constituição e às leis.
Essa introdução já dá um tema de discursiva, não é verdade? Portanto, bastante atenção aos pontos
tratados.

1. Competências do MPU Poder Investigatório Teoria dos Poderes Implícitos

A CF/1988, no seu art. 129, juntamente com a Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do MPU ou
LOMPU), prevê algumas das funções institucionais do MP. Acompanhe:
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados,
nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e
documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo
anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos
jurídicos de suas manifestações processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe
vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

O rol de atribuições acima mencionado tem caráter meramente exemplificativo, conforme se


depreende da leitura do seu inciso IX, que estabelece ao MP o

Trabalhemos, para a resolução do tema 01, basicamente, sobre as atribuições previstas nos incisos
I e VIII do referido artigo.
Conforme visto (art. 129, I), a CF 88 concedeu ao MP a titularidade exclusiva da ação penal pública,
iniciando o processo de responsabilização penal pela prática de suposto crime por meio do
oferecimento de denúncia. Contudo, essa denúncia não pode ser oferecida sem que haja um suporte
probatório mínimo. A simples propositura da ação penal já é capaz de provocar sérios impactos na

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vida do acusado, motivo pelo qual a denúncia deve possuir fortes indícios de autoria e materialidade
para que seja oferecida.
Assim, é necessária a realização de diligências investigatórias com o intuito de se obter um conjunto
probatório mínimo de forma a nortear a opinião delitiva do MP, o que ocorre, na maioria das vezes,
por meio de informações fornecidas pelo inquérito policial (IP), instaurado privativamente de ofício
pela autoridade policial, mas também em atendimento à requisição do MP (art. 129, VIII), cujo
cumprimento é obrigatório. Ressalte-se que o MP não possui atribuição de presidir o IP, conforme
já pacificado na jurisprudência2, cuja condução é de responsabilidade da autoridade policial.
Contudo, o IP não é o único meio de investigação criminal. Aliás, não há exclusividade, por parte
da polícia, na apuração de infrações penais, significando a possibilidade de que outros órgãos
também possam empreendê-la. Um deles é o MP, dotado de poder de investigação criminal. Essa
atividade será realizada por meio do famoso PIC: Procedimento Investigatório Criminal.
Na esfera civil, tendo em vista a expressa previsão constitucional e legal (CF/1988, art. 129, III e Lei
da ação Civil Pública, art. 7°), o poder investigatório do MP não se questiona. Contudo, na esfera
penal não há essa previsão.
Apesar disso e de ainda haver certa divergência doutrinária a respeito, o STF já se pronunciou por
diversas vezes3 reconhecendo a legitimidade do MP para promover, por autoridade própria e por
prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados certos requisitos, tais como:
 Os direitos e garantias fundamentais dos investigados;

 Os atos investigatórios necessariamente documentados e praticados por membros do MP


devem observar as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição, ou seja, determinadas
diligências só podem ocorrer se autorizadas pelo Poder Judiciário, nos casos em que a CF/1988
assim exige, a exemplo da decretação de prisão e da interceptação telefônica;

 As prerrogativas profissionais garantidas aos advogados, como o acesso aos elementos de prova
que digam respeito ao direito de defesa4;

 Os atos estarão sujeitos à possibilidade do permanente controle jurisdicional, sempre presente


no Estado Democrático de Direito.

2
RE n° 233.072-4 RJ e RE n° 205.473-9/AL.
3
RE 593.727 (decisão do Plenário do STF, com repercussão geral) e HCs 87.610, 90.099 e 94.173.
4
Súmula Vinculante 14: é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.

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Além de respaldar-se na força dos princípios instituidores do MP (unidade, indivisibilidade e a


independência funcional), um dos argumentos utilizados pelo STF para justificar seu posicionamento
quanto à possibilidade de o MP atuar na investigação criminal é a Teoria dos Poderes Implícitos.
Segundo essa teoria, quando a constituição atribui funções a seus órgãos, são igualmente atribuídos
os meios necessários para que seja possível cumprir essa missão constitucionalmente imposta.
Assim, se a CF/1988 confere ao MP as funções de promover a ação penal pública, ela atribui ao
P
possibilidade de reunir provas que fundamentem a acusação.
Imagine a situação em que haja suspeitas que determina equipe policial está envolvida em algum
crime. É razoável que o MP, instituição independente, titular da ação penal, possa realizar a
investigação, sem ficar dependendo da autoridade policial para investigar o caso.
Encerrando esse tema, o Superior Tribunal de Justiça entende que a possibilidade de investigar não
compromete a imparcialidade do MP, posição consagrada na Súmula 234:
A Participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o
seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
Entendo que essa breve revisão é suficiente para resolver à questão. Mãos à obra.

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TEMA 2 LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP

Inédita
O M P -se em bases estruturais de suas
atribuições, destinados à realização de sua atividade fim. De outro modo, sugerem que sua
supressão significaria a impossibilidade de existência do próprio parquet, como órgão que se destina
à promoção do Estado democrático de direitos.
Desse modo, pode-se dizer que os princípios institucionais desempenham funções. A primeira é a
função de constituição, onde os princípios institucionais identificam-se com a existência e
conceituação do Órgão, manifestando-se como expressão de sua estrutura. A segunda função é a de
diretrizes de atuação. Por essa, suas atividades são regulamentadas e dirigidas de modo a satisfazer
o interesse público, garantindo-o, portanto.
O fundamento jurídico desses princípios, como se vê, é o interesse público. O Ministério Público não
I democrática, adquiriu relevo
fundamental para garantir o respeito à ordem jurídica. Logo, os princípios que norteiam sua atuação
justificam-
Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo.aspectos-gerais-
dos-principios-institucionais-do-ministerio-publico-unicidade-indivisibilidade-
e-independencia.35905.html

Considerando o texto acima como de caráter apenas motivador, escreva um texto dissertativo
acerca dos Princípios Institucionais do Ministério Público, mencionando necessariamente os
seguintes pontos:
 Cite e explique cada um dos Princípios explicitamente previstos na Constituição Federal de 1988.
[Valor: 18,00 pontos]
 Explique do que se trata o Princípio do Promotor Natural, mencionando sua aceitação pela
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. [Valor: 12,00 pontos]
 Aborde a aplicabilidade do princípio da hierarquia ao Ministério Público. [Valor: 8,00 pontos]

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ABORDAGEM TEÓRICA

1. Princípios do Ministério Público


Meus amigos, esse é um assunto muito importante. Recomendo especial atenção. Vamos lá.
Podemos dividir os princípios institucionais do MP em expressos e implícitos. Em relação aos
primeiros, encontram-se positivados na CF/1998, art. 127, § 1º e, de forma idêntica, na LC nº
75/1993, art. 4º. Confira:
CF/1998, art. 127, § 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional.
LC nº 75/1993, art. 4º São princípios institucionais do Ministério Público da União a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional.

Pelo princípio da unidade, entende-se que o MP se trata de uma única instituição, sob a direção e
o comando de um só chefe, o Procurador Geral. Em outras palavras, todos os membros do
Ministério Público representam um só entendimento da instituição, uma só deliberação, de modo
que a manifestação de qualquer deles valerá sempre como manifestação de todo o órgão. Assim,
quando o Doutor Fritz de Souza se manifesta, na verdade quem se manifesta é o MP, não o membro.
Para exemplificar, com base no princípio da Unidade do Ministério Público, o “TF
ato processual de oferecimento da denúncia, praticado, em foro incompetente, por um
representante, prescinde, para ser válido e eficaz, de ratificação por outro do mesmo grau funcional
e do mesmo Ministério Público, apenas lotado em foro diverso e competente, porque o foi em nome
da instituição, que é una e indivisível 5.
Essa unidade, contudo, é válida dentro de cada órgão da instituição. Dessa forma, não há unidade
entre o MPU, cujo chefe é o PGR, e os MPs dos Estados, chefiados pelos Procuradores Gerais de
Justiça (PGJs). No mesmo sentido, tal princípio também não se aplica entre o MPU e seus diversos
ramos, já que cada um deles possui seu próprio Procurador-Geral (Trabalho, Militar e do DFT)6.
O princípio da indivisibilidade, decorre do princípio da unidade. Indica que os Membros do MP não
se vinculam pessoalmente aos processos nos quais atuam, podendo ser substituídos
reciprocamente, de acordo com as normas legais, sem que isso acarrete qualquer prejuízo aos atos
já praticados.
Um exemplo: não é necessário que o membro do MP que ofereceu denúncia numa ação penal seja
o mesmo que irá participar da audiência de instrução e julgamento; é perfeitamente possível a

5
STF Pleno HC 85.137/MT, Rel. Min. Cezar Peluso Informativo STF nº 402, p. 4 e Informativo STF nº 401, p. 2.
6
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 33ª Edição: Editora. Atlas, São Paulo.

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substituição, sem haver qualquer prejuízo ao processo. É diferente do que ocorre no Poder
Judiciário: se o juiz X realizou a audiência de instrução, em regra, deverá ser o juiz X, por
exemplo, o responsável pelo julgamento do processo (princípio da identidade física do juiz), exceto
se absolutamente impedido.
O princípio da independência (autonomia funcional), como o próprio nome sugere, determina que
os seus membros são independentes no exercício da sua função, não devendo subordinação
intelectual ou ideológica a quem quer que seja. Devem, portanto, atuar segundo os ditames da lei
(em sentido amplo), do seu entendimento pessoal e da sua própria consciência.
Em virtude do princípio institucional da independência funcional, o novo membro designado para o
processo não estará vinculado à acusação feita pelo antecessor, podendo, inclusive, pedir a
absolvição do réu, nas alegações finais. Não poderá, contudo, tentar desfazer um ato já praticado
==fda16==

em nome da instituição, devido ao princípio da unidade.


A independência funcional diz respeito apenas à atividade jurídica do membro do MP. No que tange
à organização administrativa, constata-se a aplicação do princípio da hierarquia. Assim, pode-se
afirmar que a independência funcional se refere apenas à atividade-fim, não se aplicando às suas
atividades-meio, de cunho meramente administrativo. Imaginem se cada membro pudesse marcar
as férias na data que melhor lhe aprouvesse... já imaginou a bagunça? Pois é, por isso, em matéria
administrativa, é indispensável haver a hierarquia, fundamental para a organização da instituição.
Por último, falemos do princípio do promotor natural ou promotor legal. Ao contrário dos demais
princípios, expressamente enunciados no texto constitucional, esse princípio, de acordo com o que
defende parte da doutrina, estaria implícito no ordenamento jurídico pátrio.
Devido à garantia constitucional de que ninguém será processado, nem sentenciado senão pela
autoridade competente (art. 5°, LIII, CF/1988), o princípio afirma que o representante do MP que
deve ser designado para o caso é o que foi previamente determinado conforme regras abstratas e
genéricas, de estruturação e organização da instituição. Isso visa a evitar a figura do promotor de
encomenda ou acusador de exceção, designado de modo específico para determinada causa. Dessa
forma, não pode a chefia do MP realizar designações arbitrárias, decididas caso a caso, tampouco
determinar a substituição de um promotor por outro fora das hipóteses previstas em lei, como
impedimentos, suspeições, férias, etc.
Como forma de reforçar a explicação acima, importante verificarmos a forma como tal princípio foi
definido no voto vencido no HC 67.759 7:
O postulado do promotor natural, que se revela imanente ao sistema constitucional brasileiro,
repele, a partir da vedação de designações casuísticas efetuadas pela chefia da instituição, a

7
Posição dos ministros Celso de Mello (relator), Sepúlveda Pertence, Marco Aurélio e Carlos Velloso.

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figura do acusador de exceção. Esse princípio consagra uma garantia de ordem jurídica,
destinada tanto a proteger o membro do Ministério Público, na medida em que lhe assegura o
exercício pleno e independente do seu ofício, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem
se reconhece o direito de ver atuando, em quaisquer causas, apenas o promotor cuja
intervenção se justifique a partir de critérios abstratos e predeterminados, estabelecidos em
lei. A matriz constitucional desse princípio assenta-se nas cláusulas da independência funcional
e da inamovibilidade dos membros da instituição. O postulado do promotor natural limita, por
isso mesmo, o poder do procurador-geral que, embora expressão visível da unidade
institucional, não deve exercer a chefia do Ministério Público de modo hegemônico e
incontrastável.
Apesar da sua importância doutrinária, não se pode afirmar sua adoção pacífica pelo STF, havendo,
ao longo do tempo, posicionamentos favoráveis8 e desfavoráveis9 à sua existência10.
Uma vez recordados os pontos mencionados nesta revisão, acredito ser possível resolver à questão.
Mãos à obra.

8
HC 102.147-GO e HC 103.038.
9
HC 90.227.
10
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional, 6 ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Juspodivm, 2018. p. 1184.

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TEMA 3 LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP

INÉDITA
Temer desautoriza ministro e diz que mantém escolha do procurador-geral através de lista tríplice
BRASÍLIA - O presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), desautorizou na manhã
desta segunda-feira, 16, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que defendeu, em entrevista
ao jornal Folha de S. Paulo, que o governo não nomeie o procurador-geral da República a partir da
tradição de escolher o mais votado de uma lista tríplice encaminhada pelo Ministério Público
Federal.
Q P -Geral da República, a partir de lista tríplice enviada pelo Ministério
Público Federal, é o presidente da República. O presidente manterá tradição de escolha de 1º de
PGR T .
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Moraes, além de defender que a escolha não seja por meio de
uma lista tríplice, prática adotada nos governos anteriores do PT, disse ainda que o poder do
Ministério Público não pode ser absoluto e que a Constituição não prevê eleição interna na
Procuradoria.
Com adaptações. Disponível em:
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,temer-desautoriza-
ministro-e-diz-que-mantem-escolha-do-procurador-geral-atraves-de-
lista-triplice,10000051505. Acesso em: 28/08/2018, 14:57.

Levando em consideração dispositivos constitucionais e a jurisprudência relacionada ao assunto, e


a reportagem acima, no que couber, escreva um texto dissertativo que trate sobre a estrutura e
organização do Ministério Público da União (MPU), mencionando necessariamente os seguintes
pontos:
a) A composição do Ministério Público da União (MPU).
[Valor: 4,00 pontos]
b) O processo de nomeação do Procurador-Geral da República, mencionando os requisitos
necessários para a sua investidura, bem como a possibilidade de recondução e o procedimento
de destituição. [Valor: 20,00 pontos]
c) Critique a declaração do segundo parágrafo, apontando erros e/ou acertos. [Valor: 8,00 pontos]
d) Explique a titularidade da iniciativa de Lei Complementar para a organização e funcionamento
do MPU. [Valor: 6,00 pontos]

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ABORDAGEM TEÓRICA

1. Composição do MPU
De acordo com o art. 128 da CF/1988, o MP abrange os seguintes ramos:
1. O Ministério Público da União (MPU) compreende os seguintes ramos:

a. O Ministério Público Federal (MPF);

b. O Ministério Público do Trabalho (MPT);

c. O Ministério Público Militar (MPM);

d. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

2. Os Ministérios Públicos dos Estados (MPE).

A organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União divergem do Ministério


Público dos Estados. Enquanto o MPU é regido pela Lei Complementar nº 75/1993 (LC 75/1993), o
MPE rege-se pela Lei nº 8.625/1993, com a aplicação subsidiária da referida Lei Complementar.
As carreiras dos membros dos diferentes ramos do MPU são independentes entre si. Dessa forma,
para ser membro do MPF, deve-se prestar concurso público para o MPF. Para ser membro do MPM,
deve-se prestar concurso para o MPM, e assim por diante. Contudo, a carreira técnico-
administrativa, é única para todo o MPU: uma vez aprovado no concurso do MPU, você poderá ser
lotado em qualquer um dos seus ramos. Isso é uma consequência do princípio da Unidade, visto
anteriormente.

2. O MPU

O chefe do MPU é o Procurador-Geral da República (PGR), nomeado pelo Presidente da República,


após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por voto secreto e arguição pública
(sabatina).
São requisitos para ocupar o cargo de PGR:
 Ser membro da carreira;
 Brasileiros (não precisa ser nato);
 Ter idade superior a 35 anos.

I CF
qual o ramo. Contudo, interpretando a LC 75/1993, como o PGR é chefe do MPF (art. 45), e as
carreiras são independentes entre si (art. 32), só podendo ser exercidas por membros que as
compõem (art. 33), pode-se dizer que, hoje, o PGR deve pertencer, necessariamente, ao MPF.

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Sobre esse ponto, é necessário fazer outra observação. E


PGR ao Presidente da República. Essa lista é feita com base no resultado de
uma eleição realizada pelos membros da carreira do MPF associados à ANPR (Associação Nacional
dos Procuradores da República). Essa lista constitui-se em mera sugestão ao Presidente da
República. Ela não existe previsão constitucional nem legal, não possuindo, portanto, qualquer valor
jurídico.

A duração do mandato de PGR é de dois anos, permitida a recondução ilimitada, desde que se
observe idêntico procedimento ao da sua nomeação, qual seja: escolha de um dos membros da
carreira pelo Presidente da República, votação no Senado Federal e se aprovado, nomeação pelo
Presidente.
Sua exoneração antes do término do mandato é possível, e ocorrerá por iniciativa do Presidente da
República, sendo antecedida de autorização por maioria absoluta do Senado Federal. Dessa forma,
o processo de destituição segue a sequência inversa do processo de nomeação.

3. Iniciativa Legislativa de Organização do MPU

A iniciativa para deflagrar o processo legislativo, por meio da apresentação do projeto de lei
complementar que trate sobre a organização (estruturação) e funcionamento (atribuições) do MPU
é concorrente do PGR com o Presidente da República. É o que se extrai da análise combinada dos
seguintes dispositivos:
Art. 61, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - disponham sobre:
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios;
Art. 128, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
Agora é com você! Mãos à obra.

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2 PRÁTICA
Caro aluno, agora é com você! Treine bastante com os temas expostos, lembrando-se sempre de
aplicar o conhecimento acumulado nas aulas anteriores, tanto sob o ponto de visto da estrutura,
quanto dos aspectos gramaticais.
Lembrem-se de nos encaminhar seu texto, se assim desejarem, por meio da área do aluno, de forma
manuscrita digitalizada, conforme explicado na aula 00 do curso.
Para a sua redação, utilize a área abaixo, lembrando de especificar o número do texto escolhido no
campo apropriado. Você pode nos encaminhar um arquivo único (em pdf) ou colar as imagens
digitalizadas dentro de um documento em Word.
As questões discursivas serão devolvidas exclusivamente ao aluno, por meio da área destinada ao
curso no site do Estratégia Concursos.
Desejamos um excelente trabalho a todos vocês!

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Linha Aula 3 / Tema: ___

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