Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resolução 470 - Norma para Certificação e Homologação de Cabos Coaxiais Flexíveis de 50 Ou 75
Resolução 470 - Norma para Certificação e Homologação de Cabos Coaxiais Flexíveis de 50 Ou 75
1. Objetivo
2. Abrangência
Esta norma aplica-se aos cabos coaxiais flexíveis de 50 ohms ou 75 ohms para aplicação
interna predial ou em áreas externas, quando utilizados para interligação de antenas ou
equipamentos para transmissão de sinais de telecomunicações. Os cabos coaxiais
resultantes desta norma não se aplicam em sistemas de CATV.
Os cabos abrangidos por esta norma são indicados ao uso em sistemas radiantes de altas-
freqüências, nas faixas de HF, VHF e UHF.
Tabela 1 – Faixas de RF
Faixa de RF Freqüência (MHz)
HF 1 a 30
VHF 30 a 300
UHF 300 a 3000
3. Referências
II. NBR 6814:1985 – Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência elétrica – Método de
ensaio;
III. NBR 8094: 1983 – Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por
exposição à névoa salina;
IV. NBR 9141:1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de tração e
alongamento à ruptura – Método de ensaio;
1
V. NBR 9143:1999 – Fios e cabos telefônicos – Ensaio de contração – Método de ensaio;
VI. NBR 9146:1994 – Fios e cabos telefônicos – Ensaio de tensão elétrica aplicada –
Método de ensaio;
VII. NBR 9148:1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de envelhecimento
acelerado – Método de ensaio;
XI. ANSI/SCTE 48-3 2004 – Test procedure for measuring shielding effectiveness of
braided coaxial drop cable using the GTEM cell;
XIII. ANSI/SCTE 69 2002 – Test Method for Moisture Inhibitor Corrosion Resistance;
XVI. ASTM A 641:1998 - Specification For Zinc-Coated (Galvanized) Carbon Steel Wire;
XVII. ASTM D 3349:1999 – Standard test method for absorption coefficient of ethylene
polymer material pigmented with carbon black;
XVIII. ASTM D 4565:1999 – Standard test methods for physical and environmental
performance properties of insulations and jackets for telecommunications wire and
cable.
4. Definições
2
4.1 Cabos coaxiais: são constituídos de dois condutores separados por material polimérico,
tendo um eixo comum;
4.2 Condutor central: é constituído por um fio sólido, multifilar ou um tubo liso;
4.7 Primeira fita: fita laminada de blindagem sobreposta ao dielétrico. Esta fita pode ser
aderida ou não ao dielétrico;
4.8 Primeira trança: trança sobreposta à primeira fita, quando houver, ou ao dielétrico;
4.10Segunda trança: trança sobreposta à segunda fita, quando houver, ou sobre à primeira
trança;
3
4.13Condutor externo (Blindagem): conjunto formado pela combinação de fita(s)
polimérica(s) laminada(s) aluminizada(s), quando houver, e trança(s) de fios de cobre
nu ou revestido;
4.17Terceira trança: trança sobreposta à terceira fita, quando houver, ou sobre o núcleo
multicoaxial;
5. Designação
5.1 A designação dos cabos coaxiais deve ser conforme definido a seguir:
4
D,DD = diâmetro sobre o dielétrico em mm (poderá ser
adotado apenas a unidade e o décimo quando o centésimo for
igual a zero).
<espaço>
X/Y/Z = material do condutor central, do revestimento quando
houver e do dielétrico respectivamente. Onde X, Y e Z
representam os símbolos químicos ou sigla dos materiais.
<espaço>
M = quando utilizado indica a aplicação de fita laminada de
blindagem sobre o dielétrico.
DT = quando utilizado indica dupla trança.
X = quando utilizado indica que o condutor externo é revestido,
onde X é o símbolo químico do material do revestimento.
<espaço>
BC = indica a existência de blindagem global constituída de fita
laminada de blindagem, em cabos multicoaxiais.
T = indica a existência de blindagem global constituída de
trança de fios metálicos.
X = quando utilizado indica que o condutor da blindagem global
é revestido, onde X é o símbolo químico do material do
revestimento.
<espaço>
XX = aplicável apenas para os cabos indicados ao uso em
ambiente interno. Define a classificação do cabo quanto ao
comportamento frente à chama conforme NBR 14705.
FFF ou FFFF = faixa de RF ou freqüência de operação em MHz.
Exemplo:
Cabo multicoaxial constituído por 21 vias com impedância de 75 ohms. O condutor central
é multifilar estanhado com diâmetro de 0,50 mm e o dielétrico de FEP tem 2,45 mm de
diâmetro. Cada via é blindada por uma fita laminada de blindagem e dupla trança de fios
de cobre estanhado. O núcleo multicoaxial é blindado por fita(s) laminada(s) de
blindagem aplicada(s) e por trança de fios de cobre estanhado e revestido externamente
por um composto termoplástico retardante à chama, classe CM, e opera na faixa de
freqüência de 1 a 30 MHz.
6. Projeto
5
Tabela 2 – Símbolos, descrições e unidades de medida
Símbolo Descrição Unidade de Medida
α Atenuação Total dB / 100m
αx Atenuação em função de cada elemento significativo dB / 100m
βx Ângulo de aplicação do feixe º (graus)
χx Condutividade do condutor central m / Ω mm2
δ2 Ângulo de perda do material dielétrico rad
ε2 Permissividade do material dielétrico -
%x Percentual de cobertura da trança %
dx Diâmetro do fio elementar de uma componente mm
D1t Diâmetro interno do tubo de uma componente mm
Dxe Diâmetro eficaz de uma componente mm
Dxm Diâmetro médio de uma componente mm
E2 Gradiente de voltagem do dielétrico kV / mm
F Freqüência MHz
G Velocidade de propagação %
kx , kxy Fatores de correção para os cálculos -
fcx Fator de cobertura linear da trança -
nx Número de fios do feixe -
Px Passo da trança mm
Rx Resistência elétrica CC Ω/m
sx Espessura de uma componente mm
sxmin Espessura mínima de uma componente mm
tx Número de feixes da trança -
V2 Rigidez dielétrica CA KV
wx Largura da fita laminada de blindagem mm
z0 Impedância Característica Ω
hx Espessura do revestimento do condutor mm
Tabela 3 – Índices
Índice Componente
1 Condutor central
2 Dielétrico
3 Primeira fita
4 Primeira trança
5 Segunda fita
6 Segunda trança
7 Capa externa
8 Núcleo multicoaxial
9 Terceira fita
10 Terceira trança
11 Cobertura
6
Para fins desta norma o interessado deve fornecer, ao OCD e ao laboratório, a planilha de
cálculo devidamente preenchida contendo as informações solicitadas.
A planilha de cálculo encontra-se anexa ao final desta norma e é composta por sete páginas.
Tabela 4.A
Freqüência
tg δ2
(MHz)
1 1 x 10-4
10 1,5 x 10-4
100 2,5 x 10-4
1.000 4,3 x 10-4
10.000 2 x 10-4
Tabela 4.B
Freqüência
tg δ2
(MHz)
1 4 x 10-4
10 4 x 10-4
100 8 x 10-4
1.000 10 x 10-4
2.000 10 x 10-4
10.000 7 x 10-4
7
6.2 Condutor externo
D3e = D2 + 2s3
onde:
D2 é o diâmetro externo do dielétrico;
s3 é a espessura da primeira fita.
D4 e = D3e
D 4e = D3e + 1,5d 4
onde:
d4 é o diâmetro do fio elementar da primeira trança.
8
D 4 m = D3e + 2,25d 4
π D4m
tg β 4 =
P4
1
cos β 4 =
tg β 4 + 1
2
t 4 n4 d 4
fc 4 =
2π D4 m cos β 4
(
% 4 = 2 fc4 − fc42 100 )
onde:
P é o passo do feixe;
Β é o ângulo formado entre o eixo do cabo e a trança;
t é o número de feixes da trança;
n é o número de fios por feixe;
d é o diâmetro do fio elementar da trança;
fc é o fator de cobertura linear da trança.
D5e = D4 m + 2s5
onde:
s5 é a espessura da segunda fita.
9
D6 m = D5e + 2,25d 6
π D6 m
tg β 6 =
P6
1
cos β 6 =
tg β 6 + 1
2
t 6 n6 d 6
fc6 =
2π D6 m cos β 6
(
% 6 = 2 fc6 − fc62 100 )
6.3 Condutor central
ε2
−z
0 60
D1e = D 4e e
onde:
e é a constante de Neper, com valor aproximado de 2,71828182;
ε2 é a constante dielétrica.
Tabela 6 – Constantes para condutor central
Valor pelo número de elementos (N1)
Símbolo Designação
1 7 12 19
Fator de trança para resistência cc e
k1r 1,00 1,03 1,03 1,03
peso
k1a Fator trança para atenuação 1,00 1,25 1,25 1,25
k1z Fator de diâmetro eficaz 1,00 0,94 0,96 0,98
Taxa entre diâmetro externo e o
k1d 1,00 3,02 4,16 5,00
diâmetro do fio elementar
k2 Fator de gradiente de voltagem 1,00 0,90 0,90 0,90
D1s = D1e
10
D1e
D1 f =
k1z
D1s
d1 =
k1d
D7 m = D 6 e + 2 s 7
onde:
s7 é a espessura da capa externa.
D8 m = D 7 m k 8
11
6.6.1 Terceira fita
D9 m = D8 m + 2s 9
onde:
s9 é a espessura da terceira fita.
D10 m = D9 m + 2,25d 10
onde:
d10 é o diâmetro do fio elementar da terceira trança.
π D10 m
tg β 10 =
P10
1
cos β 10 =
tg β 10 + 1
2
(
%10 = 2 fc10 − fc102 100 )
onde:
P é o passo do feixe;
Β é o ângulo formado entre o eixo do cabo e a trança;
t é o número de feixes da trança;
n é o número de fios por feixe;
d é o diâmetro do fio elementar da trança;
fc é o fator de cobertura linear da trança.
6.7 Cobertura
12
Espessura nominal (s11)
4
R1s =
π D12S χ 1
4 k1r
R1 f =
π n1 d12 χ 1
4
R1t =
(
π D − D12t χ 1
2
1S )
6.9 Atenuação
13
Atenuação (α)
α = α1+α 2+α 3
D1e ln ( D 4 e / D1e ) χ1
α 2 = 9,1 tgδ 2 f ε 2
4,58 k 4 c k 4 a ε f
α = 2
D 4e ln ( D 4 e / D1e )
3
χ 4
14
Condutor Símbolo Valor
Cobre 1
Cobre prateado 1
k1c e k4c
Cobre estanhado Ver Tabela 10.A
Aço/Alumínio cobreado Ver Tabela 10.B
6.10Impedância
Impedância (z0)
60
z0 = ln ( D 4 e / D1e )
ε 2
6.11Rigidez dielétrica
15
Rigidez dielétrica (V2)
E 2 D1e k 2
V2 = ln( D4 e / D1e )
2 2
100
G=
ε 2
7. Requisitos Gerais
7.1 O condutor externo ou blindagem dos cabos coaxiais deve ser constituído de trança(s)
de fios em combinação ou não com fita(s) laminada(s) de blindagem;
7.2 O condutor externo deve ser protegido por uma capa externa que apresente o
desempenho previsto nesta norma;
7.3 Os cabos multicoaxiais devem ser constituídos pela reunião de mais de um cabo
coaxial, neste caso denominado vias, reunidos entre si, opcionalmente envoltos por uma
ou mais camadas de material não higroscópico;
7.4 O cabo multicoaxial paralelo é constituído pela reunião de duas ou mais vias, em
paralelo, sem cordão de rasgamento e sem cobertura;
7.5 Cada via do cabo multicoaxial deve ser identificada por uma marcação indelével, em
intervalos adequados, de tal forma que com a abertura de 50 cm de cobertura seja
possível a identificação de todas as vias. Em cabos de 2 (duas) vias é suficiente a
marcação de apenas uma delas;
7.6 Quando houver blindagem global, esta poderá ser constituída de trança(s) de fios
metálicos em combinação ou não com fita(s) laminada(s) de blindagem;
7.7 O cabo multicoaxial deve ser protegido por uma cobertura que apresente o desempenho
previsto nesta norma;
7.8 Os cabos multicoaxiais devem possuir sob a cobertura um cordão de rasgamento. Este,
deve ser dielétrico, não higroscópico e contínuo em todo o comprimento do cabo,
devendo permitir, sem o seu rompimento, uma abertura de pelo menos 1 (um) metro da
cobertura;
7.9 O condutor central deve ser constituído por um fio sólido, multifilar ou um tubo liso de
cobre, alumínio, estanho, prata ou aço cobreado
16
7.10A superfície do condutor central não deve apresentar fissuras, escamas, estrias,
rebarbas, asperezas ou inclusões;
7.11O dielétrico deve ser constituído por uma camada de material polimérico que satisfaça
os requisitos desta norma.
8.1.1 A resistência elétrica do condutor central não deve ser superior ao valor calculado,
expresso em Ω/100m, e deve ser medida em corrente contínua a 20 ºC ou corrigida
para esta temperatura, devendo ser verificada conforme o método estabelecido na
NBR 6814.
8.1.2 Para os cabos multicoaxiais o valor de resistência máxima pode ser acrescido em 2
% em relação ao calculado para o cabo singelo, sendo esse fator multiplicado pelo
número de coroas constituintes do cabo. Este percentual não se aplica aos cabos
multicoaxiais paralelos.
8.2.1 A resistência de isolamento deve ser de, no mínimo, 5.000 MΩ.km, devendo ser
verificada através do método estabelecido na ANSI/SCTE 70 2002.
8.3.1 Quando o valor calculado de rigidez dielétrica for inferior a 5 kV, este deverá ser
arredondado para um valor superior múltiplo de 0,2 kV. Por exemplo, se o valor
calculado for de 2,15 kV, este deverá ser arredondado para 2,2 kV.
8.3.2 Quando o valor calculado de rigidez dielétrica for igual ou superior a 5 kV, , este
deverá ser arredondado para um valor superior múltiplo de 0,5 kV. Por exemplo, se
o valor calculado for de 5,35 kV, este deverá ser arredondado para 5,5 kV.
8.3.3 O ensaio deve ser realizado por 2 (dois) minutos em tensão alternada (CA) ou com
o valor corrigido para tensão contínua (CC), sendo esta correção feita
multiplicando-se o valor eficaz CA por 1,41.
8.3.4 O valor máximo da tensão aplicada no cabo deve ser limitado a 7kVca ou 10kVcc.
8.3.5 A rigidez dielétrica entre os condutores de um cabo deve ser verificada conforme o
método estabelecido na NBR 9146.
8.4 Atenuação
17
8.4.1 Para os cabos singelos a tolerância máxima de atenuação é de 15 % em relação ao
nominal calculado.
8.4.3 A atenuação deve ser verificada conforme o método estabelecido na IEC 61196-
1:1995. Outro método que apresente a mesma exatidão pode ser utilizado.
8.4.4 Para a verificação da curva de atenuação devem ser calculados e apresentados pelo
interessado, no mínimo, 91 (noventa e um) pontos por década distribuídos
linearmente. Por exemplo, de 1 a 10 MHz são 91 pontos, de 10 a 100 MHz são
mais 91 pontos, e assim, sucessivamente.
8.4.5 O cabo deve ser classificado quanto à sua atenuação de acordo com a atenuação
máxima calculada na freqüência de 200 MHz à temperatura de 20 ºC, sendo a
atenuação expressa em dB/100 m. Caso o valor fique fora do especificado na tabela
11, este poderá ser calculado em outras freqüências, tendo como preferência 30
MHz para os cabos que operam em HF e 800 MHz para os cabos que operam em
UHF.
Tabela 11 – Classe de atenuação
Atenuação Classe de
(dB/100m) atenuação
α ≤ 2,0 2
2,0 < α ≤ 2,5 2,5
2,5 < α ≤ 3,0 3
3,0 < α ≤ 4,0 4
4,0 < α ≤ 5,0 5
5,0 < α ≤ 6,0 6
6,0 < α ≤ 8,0 8
8,0 < α ≤ 10,0 10
10,0 < α ≤ 13,0 13
13,0 < α ≤ 16,0 16
16,0 < α ≤ 20,0 20
8.5 Impedância
8.5.1 A impedância média deve atender ao valor calculado pelo fabricante e deve ser
verificada conforme o método estabelecido na ANSI SCTE 66 2003 na faixa de
freqüência de operação do cabo, limitando-se a 210 MHz. Outro método que
apresente a mesma exatidão pode ser utilizado.
18
8.5.2 A tolerância de impedância é dada em função da classe de atenuação que o cabo se
enquadra. Na tabela 12 é apresentada a correspondência entre classe de atenuação e
tolerância de impedância.
8.6.1 A velocidade de propagação relativa do cabo coaxial não deve ser inferior a 95 %
do valor calculado, devendo ser verificada conforme o método de ensaio
estabelecido na IEC 61196-1:1995, na faixa de freqüência de operação do cabo,
limitada a 210 MHz. Outro método que apresente a mesma exatidão pode ser
utilizado.
8.7.1 A perda de retorno não deve ser inferior aos valores estabelecidos na tabela 13 para
as faixas de freqüência especificadas.
Tabela 13 – SRL
Faixa de freqüência SRL
(MHz) (dB)
30 MHz ≤ f ≤ 300 MHz
300 MHz < f ≤ 460 MHz
15
460 MHz < f ≤ 585 MHz
585 MHz < f ≤ 960 MHz
8.7.2 Em cada uma das faixas de freqüência são permitidos até 3 picos de SRL, desde que
não ultrapassem 4 dB abaixo do valor mínimo admitido.
8.7.3 A perda por retorno estrutural deve ser verificada conforme o método estabelecido
na norma IEC 61196-1:1995, seção 11.12. Outro método que apresente a mesma
exatidão pode ser utilizado.
8.8.1 A eficiência da blindagem para os cabos coaxiais flexíveis não deve ser inferior aos
valores estabelecidos na tabela 14 e deve ser verificada através do método
estabelecido na ANSI/SCTE-48-3 2004 na faixa de freqüência de 5 MHz a
19
1.000 MHz respeitando a freqüência máxima de operação do cabo, informada na
planilha de cálculo.
8.9.1 Para o condutor central com diâmetro calculado inferior a 0,25 mm é aceita uma
variação de 0,003 mm. Nos demais casos a variação pode ser de até 1 % em relação
ao calculado.
8.9.2 Para a verificação do diâmetro deve ser utilizado um instrumento com resolução
metrologicamente adequada. O ensaio deve ser realizado efetuando-se duas leituras
perpendiculares de uma mesma seção transversal, anotando-se a média aritmética
dos valores obtidos.
20
8.9.5 O alongamento à ruptura do condutor de alumínio nu ou revestido após a aplicação
do dielétrico deve ser de, no mínimo, 3 % e deve ser verificado conforme o método
de ensaio estabelecido na NBR 6810.
8.10Dielétrico
8.10.2 Deve-se medir o diâmetro em quatro pontos de uma mesma seção transversal,
defasados em aproximadamente 45º e, anotada a média aritmética dos valores.
8.10.3 A contração do dielétrico constituído de material polimérico sólido deve ser inferior
a 9,5 mm e deve ser verificada conforme o método de ensaio estabelecido na NBR
9143.
8.11Condutor externo
8.11.1 Para o(s) fio(s) elementar(es) da trança(s) com diâmetro calculado inferior a 0,25
mm é aceita uma variação de 0,003 mm. Nos demais casos a variação pode ser de
até 1 % em relação ao calculado.
8.11.3 O percentual de cobertura da(s) trança(s) do condutor externo deve ser de, no
mínimo, 60 % quando aplicada sobre fita laminada de blindagem ou de 85 % onde
não houver fita.
21
8.11.4 O percentual de cobertura da trança deve ser verificado utilizando-se as fórmulas de
projeto da trança.
8.12.1 Os cabos destinados a instalações em áreas externas não podem utilizar os materiais
EVA, ETFE, PTFE e FEP.
8.12.2 A espessura mínima absoluta em qualquer ponto da capa externa deve atender aos
valores estabelecidos na tabela 16 e deve ser verificada conforme o método
estabelecido na NBR NM-IEC-60811-1-1.
8.12.3 A espessura mínima absoluta em qualquer ponto da cobertura deve atender ao valor
calculado e deve ser verificada conforme o método estabelecido na NBR NM-IEC-
60811-1-1.
8.12.4 Os materiais empregados na capa externa e na cobertura devem atender aos valores
de alongamento e resistência à tração estabelecidos nas tabelas 17 e 18 e devem ser
verificados conforme os métodos estabelecidos nas normas NBR 9141 e na NBR
9148.
22
SRPVC 100 20,7
PTFE 175 27,6
EVA 100 8,3
FEP = Etileno-polipropileno fluoretizado
FRPE = PE retardante à chama
PEAD = PE de alta densidade
PEBD = PE de baixa densidade
ETFE = Etileno-tetrafluoretileno
PVC = Policloreto de vinila
SRPVC = PVC semi-rígido
PTFE = Politetrafluoretileno
EVA = Etileno vinil acetato
PE = Polietileno
8.13Blindagem global
8.13.1 Para o fio elementar da trança com diâmetro calculado inferior a 0,25 mm é aceita
uma variação de 0,003 mm. Nos demais casos a variação pode ser de até 1 % em
relação ao calculado.
23
8.13.3 O percentual de cobertura da trança da blindagem global deve ser de, no mínimo, 60
% quando aplicada sobre fita laminada de blindagem ou de 85 % onde não houver
fita.
8.14Dobramento
8.15Coeficiente de absorção
8.15.2 Para cabos com capa de EVA, ETFE, PTFE e FEP este ensaio não é aplicável.
8.16.1 O cabo coaxial para aplicação em redes internas, mesmo que parcial, deve possuir a
capa externa e a cobertura de material retardante à chama, sendo que sua
classificação deverá ser comprovada através do método de ensaio correspondente,
conforme estabelecido na NBR 14705.
8.17Mensageiro Integrado
8.17.1 Quando o cabo coaxial rígido possuir mensageiro integrado, este deverá ser
constituído por um fio ou cordoalha de aço galvanizado.
8.17.2 A verificação dos requisitos deve ser feita no fio singelo ou fio elementar da
cordoalha e atender aos requisitos da ASTM A 641/98, Class 1, Hard Temper:
Carga de Ruptura Mínima;
Camada de Zinco;
Aderência da Camada de Zinco;
Diâmetro do Mensageiro
8.17.3 Para a medição do diâmetro do mensageiro deverá ser utilizado instrumento com
resolução metrologicamente adequada e serem tomadas duas medidas
24
perpendiculares de uma mesma seção transversal, sendo anotada a média aritmética
dos valores obtidos.
8.18.1 O cabo coaxial flexível que possui composto vedante não deve apresentar sinais de
corrosão após ser submetido ao ensaio de resistência à corrosão conforme o método
estabelecido na NBR 8094 e ANSI/SCTE-69-2002.
8.19.1 O cabo coaxial flexível que possui composto vedante deve ser submetido ao ensaio
de escoamento do composto, conforme o método estabelecido na NBR 9149 e não
deve apresentar sinais de escoamento ou gotejamento.
9.1 Para se definir as amostras a serem apresentadas, os cabos de uma mesma família
devem ser classificados segundo o grau de complexidade conforme a tabela abaixo:
5 - - - -
4 4 - - -
3 3 - - -
2 2 2 2 2
1 1 1 1 1
25
Construção do cabo Construção do condutor central
5 – multicoaxial com blindagem 2 – multifilar
global composta por trança(s) + fita(s) 1 – monofilar
4 – multicoaxial com blindagem 0 – tubular
global composta por trança(s)
3 – multicoaxial sem blindagem Material do condutor externo ou
global da blindagem global
2 – multicoaxial paralelo 2 – revestido
1 – singelo 1 – nu
9.2 Deve ser apresentado para ensaio pelo menos uma amostra de cada família dos cabos a
serem certificados, sendo que os ensaios efetuados em uma amostra de cabo de maior
grau de complexidade de uma família serão válidos para os demais cabos de
complexidade inferior dentro da mesma família.
9.3 Caso uma família de cabos possua cabos para aplicação em áreas internas e externas,
com revestimentos distintos, deverá ser apresentada uma amostra para cada tipo de
aplicação e seus respectivos materiais de revestimento devem ser submetidos aos
seguintes ensaios:
26
9.4 Caso alguma família de cabos para certificação inclua cabos multicoaxiais, uma
amostra com o maior número de vias e blindagem global, quando houver, deve ser
apresentada. Esta amostra pode representar todos os cabos da família se, e somente se,
suas vias apresentarem o maior grau de complexidade.
9.5 Caso um determinado cabo possua capa externa e cobertura de cores distintas, para
aplicação em área interna, o interessado deve declarar formalmente que o material base,
sem corante, utilizado na fabricação da amostra submetida a ensaio será mantido assim
como suas características frente à chama
9.6 Devem ser submetidas a todos os ensaios elétricos pelo menos 25 % das vias dos cabos
multicoaxiais com um mínimo de duas vias. Os demais ensaios devem ser realizados
em apenas uma via e na cobertura.
9.7 Nos cabos multicoaxiais paralelos devem ser realizados os ensaios completos em uma
das vias.
9.9 As amostras de cabo devem ter lance de, no mínimo, 100 (cem) metros e estar com suas
extremidades preparadas com conectores.
27
Figura 2
Figura 3
28
10.2Adicionalmente, deve ser impresso de forma legível na capa externa dos cabos singelos
ou na cobertura dos cabos multicoaxiais, ao longo do seu comprimento, a identificação
alfanumérica da homologação do produto, da seguinte forma:
ANATEL HHHH-AA-FFFF
Onde:
29
30
31
32
33
34
35
36