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ANEXO À RESOLUÇÃO Nº 470, DE 4 DE JULHO DE 2007

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO


DE CABOS COAXIAIS FLEXÍVEIS DE 50 OHMS OU 75 OHMS

1. Objetivo

Esta norma estabelece os requisitos mínimos a serem demonstrados na avaliação da


conformidade de cabos coaxiais flexíveis com impedância de 50 ohms ou 75 ohms, para
efeito de certificação e homologação junto à Agência Nacional de Telecomunicações.

2. Abrangência

Esta norma aplica-se aos cabos coaxiais flexíveis de 50 ohms ou 75 ohms para aplicação
interna predial ou em áreas externas, quando utilizados para interligação de antenas ou
equipamentos para transmissão de sinais de telecomunicações. Os cabos coaxiais
resultantes desta norma não se aplicam em sistemas de CATV.

Os cabos abrangidos por esta norma são indicados ao uso em sistemas radiantes de altas-
freqüências, nas faixas de HF, VHF e UHF.

Tabela 1 – Faixas de RF
Faixa de RF Freqüência (MHz)
HF 1 a 30
VHF 30 a 300
UHF 300 a 3000

OBS.: Faixas de freqüência diferentes podem ser especificadas pelo fabricante.

3. Referências

Para fins desta norma são adotadas as seguintes referências:

I. NBR 6810:1981 – Fios e cabos elétricos – Tração à ruptura em componentes metálicos


– Método de ensaio;

II. NBR 6814:1985 – Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência elétrica – Método de
ensaio;

III. NBR 8094: 1983 – Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por
exposição à névoa salina;

IV. NBR 9141:1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de tração e
alongamento à ruptura – Método de ensaio;

1
V. NBR 9143:1999 – Fios e cabos telefônicos – Ensaio de contração – Método de ensaio;

VI. NBR 9146:1994 – Fios e cabos telefônicos – Ensaio de tensão elétrica aplicada –
Método de ensaio;

VII. NBR 9148:1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de envelhecimento
acelerado – Método de ensaio;

VIII. NBR 9149: 1998 – Cabos telefônicos – Ensaio de escoamento de composto de


enchimento – Método de ensaio;

IX. NBR 14705:2006 – Classificação de cabos internos para telecomunicações quanto ao


comportamento frente à chama – Especificação;

X. NBR NM-IEC-60811-1-1 – Métodos de ensaio comuns para os materiais de isolação e


de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 1:
Medição de espessuras e dimensões externas – Ensaios para a determinação das
propriedades mecânicas;;

XI. ANSI/SCTE 48-3 2004 – Test procedure for measuring shielding effectiveness of
braided coaxial drop cable using the GTEM cell;

XII. ANSI/SCTE 66 2003 – Test method for coaxial cable impedance

XIII. ANSI/SCTE 69 2002 – Test Method for Moisture Inhibitor Corrosion Resistance;

XIV. ANSI/SCTE 70 2002 – Insulation Resistance Megohmmeter Method;

XV. IEC 61196-1:1995 Radio-frequency cables – Part 1 : Generic specification – General


definitions, requirements and test methods;

XVI. ASTM A 641:1998 - Specification For Zinc-Coated (Galvanized) Carbon Steel Wire;

XVII. ASTM D 3349:1999 – Standard test method for absorption coefficient of ethylene
polymer material pigmented with carbon black;

XVIII. ASTM D 4565:1999 – Standard test methods for physical and environmental
performance properties of insulations and jackets for telecommunications wire and
cable.

4. Definições

Para fins desta norma são adotadas as seguintes definições:

2
4.1 Cabos coaxiais: são constituídos de dois condutores separados por material polimérico,
tendo um eixo comum;

4.2 Condutor central: é constituído por um fio sólido, multifilar ou um tubo liso;

4.3 Dielétrico: camada de material polimérico aplicada sobre o condutor central;

4.4 Núcleo do cabo: conjunto formado pelo condutor central e o dielétrico;


4.5 Fita laminada de blindagem: fita polimérica com folha(s) de material(is) metálico(s)
laminado aderida(s) a pelo menos uma de suas faces;

4.6 Trança ou malha: blindagem constituída de feixes entrelaçados;

4.7 Primeira fita: fita laminada de blindagem sobreposta ao dielétrico. Esta fita pode ser
aderida ou não ao dielétrico;

4.8 Primeira trança: trança sobreposta à primeira fita, quando houver, ou ao dielétrico;

4.9 Segunda fita: fita laminada de blindagem sobreposta à primeira trança;

4.10Segunda trança: trança sobreposta à segunda fita, quando houver, ou sobre à primeira
trança;

Figura 1 – Representação dos elementos da trança

4.11Feixe ou espula: conjunto de fios elementares;

4.12Fio elementar: fio sólido que compõe o feixe;

3
4.13Condutor externo (Blindagem): conjunto formado pela combinação de fita(s)
polimérica(s) laminada(s) aluminizada(s), quando houver, e trança(s) de fios de cobre
nu ou revestido;

4.14Capa externa: camada de material polimérico aplicada sobre o condutor externo,


atuando como revestimento externo do cabo coaxial singelo ou como encapamento da
via no cabo multicoaxial;

4.15Núcleo multicoaxial: conjunto formado pela reunião de cabos coaxiais (vias);

4.16Terceira fita: fita laminada de blindagem sobreposta ao núcleo multicoaxial;

4.17Terceira trança: trança sobreposta à terceira fita, quando houver, ou sobre o núcleo
multicoaxial;

4.18Blindagem global: conjunto formado pela combinação de fita(s) polimérica(s)


laminada(s) metalizada(s), quando houver, e trança(s) de fios de cobre nu ou revestido;

4.19Cobertura: camada de material polimérico aplicada sobre a blindagem global, quando


houver, ou sobre o núcleo multicoaxial;

4.20Lance: comprimento contínuo sem emendas;

4.21Família de cabos: serão considerados como componentes de uma mesma família os


cabos que apresentarem as mesmas características dimensionais e de materiais em
relação ao núcleo do cabo. Os cabos com condutor nu ou revestido podem fazem fazer
parte de uma mesma família, assim como os cabos múltiplos. Os cabos com condutor
central tubular constituem uma família específica.

5. Designação

5.1 A designação dos cabos coaxiais deve ser conforme definido a seguir:

nn = número de vias (somente em cabos multicoaxiais).


RF = cabo para radiofreqüência (padrão).
II = impedância do cabo.
<espaço>
C,CC = diâmetro do condutor central em mm (pode ser adotada
apenas a unidade e o décimo quando o centésimo for igual a
zero).
F ou T = quando utilizado o “F” indica que o condutor central é
multifilar e o “T” indica que o condutor central é tubular.

4
D,DD = diâmetro sobre o dielétrico em mm (poderá ser
adotado apenas a unidade e o décimo quando o centésimo for
igual a zero).
<espaço>
X/Y/Z = material do condutor central, do revestimento quando
houver e do dielétrico respectivamente. Onde X, Y e Z
representam os símbolos químicos ou sigla dos materiais.
<espaço>
M = quando utilizado indica a aplicação de fita laminada de
blindagem sobre o dielétrico.
DT = quando utilizado indica dupla trança.
X = quando utilizado indica que o condutor externo é revestido,
onde X é o símbolo químico do material do revestimento.
<espaço>
BC = indica a existência de blindagem global constituída de fita
laminada de blindagem, em cabos multicoaxiais.
T = indica a existência de blindagem global constituída de
trança de fios metálicos.
X = quando utilizado indica que o condutor da blindagem global
é revestido, onde X é o símbolo químico do material do
revestimento.
<espaço>
XX = aplicável apenas para os cabos indicados ao uso em
ambiente interno. Define a classificação do cabo quanto ao
comportamento frente à chama conforme NBR 14705.
FFF ou FFFF = faixa de RF ou freqüência de operação em MHz.

Exemplo:

21RF75 0,50F/2,45 Cu/Sn/FEP MDTSn BCTSn CM HF

Cabo multicoaxial constituído por 21 vias com impedância de 75 ohms. O condutor central
é multifilar estanhado com diâmetro de 0,50 mm e o dielétrico de FEP tem 2,45 mm de
diâmetro. Cada via é blindada por uma fita laminada de blindagem e dupla trança de fios
de cobre estanhado. O núcleo multicoaxial é blindado por fita(s) laminada(s) de
blindagem aplicada(s) e por trança de fios de cobre estanhado e revestido externamente
por um composto termoplástico retardante à chama, classe CM, e opera na faixa de
freqüência de 1 a 30 MHz.

6. Projeto

5
Tabela 2 – Símbolos, descrições e unidades de medida
Símbolo Descrição Unidade de Medida
α Atenuação Total dB / 100m
αx Atenuação em função de cada elemento significativo dB / 100m
βx Ângulo de aplicação do feixe º (graus)
χx Condutividade do condutor central m / Ω mm2
δ2 Ângulo de perda do material dielétrico rad
ε2 Permissividade do material dielétrico -
%x Percentual de cobertura da trança %
dx Diâmetro do fio elementar de uma componente mm
D1t Diâmetro interno do tubo de uma componente mm
Dxe Diâmetro eficaz de uma componente mm
Dxm Diâmetro médio de uma componente mm
E2 Gradiente de voltagem do dielétrico kV / mm
F Freqüência MHz
G Velocidade de propagação %
kx , kxy Fatores de correção para os cálculos -
fcx Fator de cobertura linear da trança -
nx Número de fios do feixe -
Px Passo da trança mm
Rx Resistência elétrica CC Ω/m
sx Espessura de uma componente mm
sxmin Espessura mínima de uma componente mm
tx Número de feixes da trança -
V2 Rigidez dielétrica CA KV
wx Largura da fita laminada de blindagem mm
z0 Impedância Característica Ω
hx Espessura do revestimento do condutor mm

Tabela 3 – Índices
Índice Componente
1 Condutor central
2 Dielétrico
3 Primeira fita
4 Primeira trança
5 Segunda fita
6 Segunda trança
7 Capa externa
8 Núcleo multicoaxial
9 Terceira fita
10 Terceira trança
11 Cobertura

6.1 Parâmetros definidos pelo fabricante:

6
Para fins desta norma o interessado deve fornecer, ao OCD e ao laboratório, a planilha de
cálculo devidamente preenchida contendo as informações solicitadas.

A planilha de cálculo encontra-se anexa ao final desta norma e é composta por sete páginas.

Tabela 4 – Constantes dos materiais dielétricos


Gradiente de
Ângulo de
Permissividade Voltagem do
Perda do
Material do Dielétrico Dielétrico
Dielétrico
(ε2) (kV/mm)
(tg δ2)
(E2)
PE Sólido 2,28 2,5 x 10-4 11
-4
PE Celular 1,3 1,4 x 10 2
PE Celular 1,5 1,6 x 10-4 2
-4
PE Celular 1,7 1,6 x 10 2
PTFE 2,1 4.A 11
FEP 2,1 4.B
FEP Celular 1,5 1,2 x 10-3 2
ETFE 2,6
PFA 2,1
PVC = Policloreto de vinila
PE = Polietileno
PTFE = Politetrafluoretileno
FEP = Etileno-polipropileno fluoretizado
ETFE = Etileno-tetrafluoretileno
PFA = Perfluoralcoxi

Tabela 4.A
Freqüência
tg δ2
(MHz)
1 1 x 10-4
10 1,5 x 10-4
100 2,5 x 10-4
1.000 4,3 x 10-4
10.000 2 x 10-4

Tabela 4.B
Freqüência
tg δ2
(MHz)
1 4 x 10-4
10 4 x 10-4
100 8 x 10-4
1.000 10 x 10-4
2.000 10 x 10-4
10.000 7 x 10-4

7
6.2 Condutor externo

6.2.1 Primeira fita

Diâmetro eficaz (D3e)

D3e = D2 + 2s3

onde:
D2 é o diâmetro externo do dielétrico;
s3 é a espessura da primeira fita.

6.2.2 Primeira trança

Tabela 5 – Diâmetros recomendados para as tranças


Diâmetro sob a Diâmetro nominal recomendado para o fio da trança
Trança (mm)
(mm) Trança Simples Trança Dupla
De 1,5 a 2,5 0,10 0,10
> 2,5 a 3,5 0,12 0,12
> 3,5 a 7,0 0,14 0,14
> 7,0 a 8,0 0,16 0,16
> 8,0 a 10,5 0,18 0,16
> 10,5 a 12,5 0,20 0,18
> 12,5 a 14,5 0,22 0,20
> 14,5 a 17,0 0,24 0,22
> 17,0 a 25,0 0,26 0,24
Observação: Outros diâmetros podem ser utilizados, desde que atendam ao
percentual de cobertura.

Diâmetro eficaz (D4e)


- quando houver a aplicação conjunta da primeira fita laminada de blindagem,
sobreposta ao dielétrico, e da primeira trança:

D4 e = D3e

- quando houver a aplicação somente da primeira trança sobreposta ao


dielétrico:

D 4e = D3e + 1,5d 4

onde:
d4 é o diâmetro do fio elementar da primeira trança.

Diâmetro médio (D4m)

8
D 4 m = D3e + 2,25d 4

Percentual de cobertura (%4)

π D4m
tg β 4 =
P4

1
cos β 4 =
tg β 4 + 1
2

t 4 n4 d 4
fc 4 =
2π D4 m cos β 4

(
% 4 = 2 fc4 − fc42 100 )
onde:
P é o passo do feixe;
Β é o ângulo formado entre o eixo do cabo e a trança;
t é o número de feixes da trança;
n é o número de fios por feixe;
d é o diâmetro do fio elementar da trança;
fc é o fator de cobertura linear da trança.

6.2.3 Segunda fita

Diâmetro eficaz (D5e)

D5e = D4 m + 2s5
onde:
s5 é a espessura da segunda fita.

6.2.4 Segunda trança

Diâmetro eficaz (D6e)

D6e = D5e + 1,5d 6


onde:
d6 é o diâmetro do fio elementar da segunda trança.

Diâmetro médio (D6m)

9
D6 m = D5e + 2,25d 6

Percentual de cobertura (%6)

π D6 m
tg β 6 =
P6

1
cos β 6 =
tg β 6 + 1
2

t 6 n6 d 6
fc6 =
2π D6 m cos β 6

(
% 6 = 2 fc6 − fc62 100 )
6.3 Condutor central

Diâmetro eficaz (D1e)

 ε2 
−z 
 0 60 
D1e = D 4e e  

onde:
e é a constante de Neper, com valor aproximado de 2,71828182;
ε2 é a constante dielétrica.
Tabela 6 – Constantes para condutor central
Valor pelo número de elementos (N1)
Símbolo Designação
1 7 12 19
Fator de trança para resistência cc e
k1r 1,00 1,03 1,03 1,03
peso
k1a Fator trança para atenuação 1,00 1,25 1,25 1,25
k1z Fator de diâmetro eficaz 1,00 0,94 0,96 0,98
Taxa entre diâmetro externo e o
k1d 1,00 3,02 4,16 5,00
diâmetro do fio elementar
k2 Fator de gradiente de voltagem 1,00 0,90 0,90 0,90

Diâmetro do condutor sólido ou monofilar (D1s)

D1s = D1e

Diâmetro do condutor flexível ou multifilar (D1f)

10
D1e
D1 f =
k1z

Diâmetro do fio elementar do condutor flexível ou multifilar (d1)

D1s
d1 =
k1d

6.4 Capa externa

Diâmetro médio (D7m)

D7 m = D 6 e + 2 s 7

onde:
s7 é a espessura da capa externa.

6.5 Núcleo multicoaxial

Diâmetro médio (D8m)

D8 m = D 7 m k 8

Tabela 7 – Fator de cálculo para o núcleo multicoaxial


Número Número Número Número
k8 k8 k8 k8
de vias de vias de vias de vias
2 2,00 12 4,16 24 6,00 38 7,33
1
3 2,16 12 5,00 25 6,00 39 7,33
4 2,41 13 4,41 26 6,00 40 7,33
5 2,70 14 4,41 27 6,15 41 7,67
6 3,00 15 4,70 28 6,41 42 7,67
7 3,00 16 4,70 29 6,41 43 7,67
1
7 3,35 17 5,00 30 6,41 44 8,00
8 3,45 18 5,00 31 6,70 45 8,00
1 1
8 3,66 18 7,00 32 6,70 46 8,00
9 3,80 19 5,00 33 6,70 47 8,00
91 4,00 20 5,33 34 7,00 48 8,15
10 4,00 21 5,33 35 7,00 52 8,41
101 4,40 22 5,67 36 7,00 61 9,00
11 4,00 23 5,67 37 7,00 64 9,18
Observação: 1 Vias reunidas em uma única coroa.
6.6 Blindagem Global

11
6.6.1 Terceira fita

Diâmetro Médio (D9m)

D9 m = D8 m + 2s 9

onde:
s9 é a espessura da terceira fita.

6.6.2 Terceira trança

Diâmetro médio (D10m)

D10 m = D9 m + 2,25d 10

onde:
d10 é o diâmetro do fio elementar da terceira trança.

Percentual de cobertura (%10)

π D10 m
tg β 10 =
P10

1
cos β 10 =
tg β 10 + 1
2

t10 n10 d10


fc10 =
2π D10 m cos β 10

(
%10 = 2 fc10 − fc102 100 )
onde:
P é o passo do feixe;
Β é o ângulo formado entre o eixo do cabo e a trança;
t é o número de feixes da trança;
n é o número de fios por feixe;
d é o diâmetro do fio elementar da trança;
fc é o fator de cobertura linear da trança.

6.7 Cobertura

12
Espessura nominal (s11)

s11 = 0,035 D10 m + 0,8

Espessura mínima (s11min)

s11 min = 0,8 + 0,02 s11

6.8 Resistência Elétrica

Tabela 8 – Condutividade dos materiais condutores


Condutor Símbolos Unidade Valor
Cobre 58
Alumínio 35
Estanho 8,3
Prata χx m/Ωmm2 61
Aço Cobreado 21% 12,2
Aço Cobreado 30% 17,4
Aço Cobreado 40% 23,2
Observações:
1) No caso de materiais compostos (exemplo: cobre sobre
alumínio), o cálculo deverá ser feito respeitando a
proporcionalidade da área da seção de cada material.
2) Para o cálculo da resistência elétrica máxima deve ser
considerado o diâmetro mínimo do condutor. Entende-se
como diâmetro mínimo o valor nominal menos a variação
tolerada, conforme definido no item 8.9.1.

Resistência elétrica do condutor central sólido ou monofilar (R1s)

4
R1s =
π D12S χ 1

Resistência elétrica do condutor central flexível ou multifilar (R1f)

4 k1r
R1 f =
π n1 d12 χ 1

Resistência elétrica do condutor central tubular (R1t)

4
R1t =
(
π D − D12t χ 1
2
1S )
6.9 Atenuação

13
Atenuação (α)
α = α1+α 2+α 3

Atenuação inerente ao condutor central (α1)

4,58 k1c k1a ε f


α1= 2

D1e ln ( D 4 e / D1e ) χ1

Atenuação inerente ao dielétrico (α2)

α 2 = 9,1 tgδ 2 f ε 2

Atenuação inerente ao condutor externo (α3)

4,58 k 4 c k 4 a ε f
α = 2

D 4e ln ( D 4 e / D1e )
3
χ 4

Tabela 9 – Constantes construtivas para o cálculo da atenuação


Símbolo Designação Característica Valor
Condutor monofilar 1,0
k1a
Atenuação característica Condutor multifilar 1,25
do condutor central Cobre estanhado Ver Tabela 10.A
k1c
Aço/Alumínio cobreado Ver Tabela 10.B
k4a 2,0
Condutor Trançado

Atenuação característica fita polimérica com


k4c do condutor externo face(s) metálica(s)
laminada(s) aplicada 1,0
diretamente sobre o
dielétrico
Cobre estanhado Ver Tabela 10.A

Tabela 10 – Constantes de material para o cálculo da atenuação

14
Condutor Símbolo Valor
Cobre 1
Cobre prateado 1
k1c e k4c
Cobre estanhado Ver Tabela 10.A
Aço/Alumínio cobreado Ver Tabela 10.B

Tabela 10.A – Cobre estanhado


hx f k1c ou k4c
0,01 1,01
0,02 1,03
0,03 1,06
0,04 1,11
0,06 1,25
0,08 1,44
0,10 1,67
0,12 1,91
0,15 2,24
0,18 2,46
0,20 2,60
≥ 0,25 2,70

Tabela 10.B – Aço/Alumínio cobreado


hx f k1c ou k4c
0,005 11,04
0,010 6,06
0,015 4,16
0,020 3,17
0,025 2,57
0,030 2,16
0,035 1,87
0,040 1,65
0,050 1,35
0,060 1,16
0,070 1,04
≥ 0,080 1,00

6.10Impedância

Impedância (z0)

60
z0 = ln ( D 4 e / D1e )
ε 2

6.11Rigidez dielétrica

15
Rigidez dielétrica (V2)

E 2 D1e k 2
V2 = ln( D4 e / D1e )
2 2

6.12 Velocidade de propagação

Velocidade de propagação (G)

100
G=
ε 2

7. Requisitos Gerais

7.1 O condutor externo ou blindagem dos cabos coaxiais deve ser constituído de trança(s)
de fios em combinação ou não com fita(s) laminada(s) de blindagem;

7.2 O condutor externo deve ser protegido por uma capa externa que apresente o
desempenho previsto nesta norma;

7.3 Os cabos multicoaxiais devem ser constituídos pela reunião de mais de um cabo
coaxial, neste caso denominado vias, reunidos entre si, opcionalmente envoltos por uma
ou mais camadas de material não higroscópico;

7.4 O cabo multicoaxial paralelo é constituído pela reunião de duas ou mais vias, em
paralelo, sem cordão de rasgamento e sem cobertura;

7.5 Cada via do cabo multicoaxial deve ser identificada por uma marcação indelével, em
intervalos adequados, de tal forma que com a abertura de 50 cm de cobertura seja
possível a identificação de todas as vias. Em cabos de 2 (duas) vias é suficiente a
marcação de apenas uma delas;

7.6 Quando houver blindagem global, esta poderá ser constituída de trança(s) de fios
metálicos em combinação ou não com fita(s) laminada(s) de blindagem;

7.7 O cabo multicoaxial deve ser protegido por uma cobertura que apresente o desempenho
previsto nesta norma;

7.8 Os cabos multicoaxiais devem possuir sob a cobertura um cordão de rasgamento. Este,
deve ser dielétrico, não higroscópico e contínuo em todo o comprimento do cabo,
devendo permitir, sem o seu rompimento, uma abertura de pelo menos 1 (um) metro da
cobertura;

7.9 O condutor central deve ser constituído por um fio sólido, multifilar ou um tubo liso de
cobre, alumínio, estanho, prata ou aço cobreado

16
7.10A superfície do condutor central não deve apresentar fissuras, escamas, estrias,
rebarbas, asperezas ou inclusões;

7.11O dielétrico deve ser constituído por uma camada de material polimérico que satisfaça
os requisitos desta norma.

8. Requisitos Específicos e Métodos de Ensaio

8.1 Resistência elétrica

8.1.1 A resistência elétrica do condutor central não deve ser superior ao valor calculado,
expresso em Ω/100m, e deve ser medida em corrente contínua a 20 ºC ou corrigida
para esta temperatura, devendo ser verificada conforme o método estabelecido na
NBR 6814.

8.1.2 Para os cabos multicoaxiais o valor de resistência máxima pode ser acrescido em 2
% em relação ao calculado para o cabo singelo, sendo esse fator multiplicado pelo
número de coroas constituintes do cabo. Este percentual não se aplica aos cabos
multicoaxiais paralelos.

8.2 Resistência de isolamento

8.2.1 A resistência de isolamento deve ser de, no mínimo, 5.000 MΩ.km, devendo ser
verificada através do método estabelecido na ANSI/SCTE 70 2002.

8.3 Rigidez dielétrica

8.3.1 Quando o valor calculado de rigidez dielétrica for inferior a 5 kV, este deverá ser
arredondado para um valor superior múltiplo de 0,2 kV. Por exemplo, se o valor
calculado for de 2,15 kV, este deverá ser arredondado para 2,2 kV.

8.3.2 Quando o valor calculado de rigidez dielétrica for igual ou superior a 5 kV, , este
deverá ser arredondado para um valor superior múltiplo de 0,5 kV. Por exemplo, se
o valor calculado for de 5,35 kV, este deverá ser arredondado para 5,5 kV.

8.3.3 O ensaio deve ser realizado por 2 (dois) minutos em tensão alternada (CA) ou com
o valor corrigido para tensão contínua (CC), sendo esta correção feita
multiplicando-se o valor eficaz CA por 1,41.

8.3.4 O valor máximo da tensão aplicada no cabo deve ser limitado a 7kVca ou 10kVcc.

8.3.5 A rigidez dielétrica entre os condutores de um cabo deve ser verificada conforme o
método estabelecido na NBR 9146.
8.4 Atenuação

17
8.4.1 Para os cabos singelos a tolerância máxima de atenuação é de 15 % em relação ao
nominal calculado.

8.4.2 Para os cabos multicoaxiais a atenuação máxima pode ser acrescida em 2 % em


relação à atenuação máxima permitida ao cabo singelo, sendo esse fator
multiplicado pelo número de coroas constituintes do cabo. Este percentual não se
aplica aos cabos multicoaxiais paralelos.

8.4.3 A atenuação deve ser verificada conforme o método estabelecido na IEC 61196-
1:1995. Outro método que apresente a mesma exatidão pode ser utilizado.

8.4.4 Para a verificação da curva de atenuação devem ser calculados e apresentados pelo
interessado, no mínimo, 91 (noventa e um) pontos por década distribuídos
linearmente. Por exemplo, de 1 a 10 MHz são 91 pontos, de 10 a 100 MHz são
mais 91 pontos, e assim, sucessivamente.

8.4.5 O cabo deve ser classificado quanto à sua atenuação de acordo com a atenuação
máxima calculada na freqüência de 200 MHz à temperatura de 20 ºC, sendo a
atenuação expressa em dB/100 m. Caso o valor fique fora do especificado na tabela
11, este poderá ser calculado em outras freqüências, tendo como preferência 30
MHz para os cabos que operam em HF e 800 MHz para os cabos que operam em
UHF.
Tabela 11 – Classe de atenuação
Atenuação Classe de
(dB/100m) atenuação
α ≤ 2,0 2
2,0 < α ≤ 2,5 2,5
2,5 < α ≤ 3,0 3
3,0 < α ≤ 4,0 4
4,0 < α ≤ 5,0 5
5,0 < α ≤ 6,0 6
6,0 < α ≤ 8,0 8
8,0 < α ≤ 10,0 10
10,0 < α ≤ 13,0 13
13,0 < α ≤ 16,0 16
16,0 < α ≤ 20,0 20

8.5 Impedância

8.5.1 A impedância média deve atender ao valor calculado pelo fabricante e deve ser
verificada conforme o método estabelecido na ANSI SCTE 66 2003 na faixa de
freqüência de operação do cabo, limitando-se a 210 MHz. Outro método que
apresente a mesma exatidão pode ser utilizado.

18
8.5.2 A tolerância de impedância é dada em função da classe de atenuação que o cabo se
enquadra. Na tabela 12 é apresentada a correspondência entre classe de atenuação e
tolerância de impedância.

Tabela 12 – Tolerância de impedância


Classe de Tolerância de
atenuação impedância (Ω)
2a4 ± 2,0
5a8 ± 2,5
10 a 13 ± 3,0
16 a 20 ± 5,0

8.6 Velocidade de propagação

8.6.1 A velocidade de propagação relativa do cabo coaxial não deve ser inferior a 95 %
do valor calculado, devendo ser verificada conforme o método de ensaio
estabelecido na IEC 61196-1:1995, na faixa de freqüência de operação do cabo,
limitada a 210 MHz. Outro método que apresente a mesma exatidão pode ser
utilizado.

8.7 Perda por retorno (SRL)

8.7.1 A perda de retorno não deve ser inferior aos valores estabelecidos na tabela 13 para
as faixas de freqüência especificadas.

Tabela 13 – SRL
Faixa de freqüência SRL
(MHz) (dB)
30 MHz ≤ f ≤ 300 MHz
300 MHz < f ≤ 460 MHz
15
460 MHz < f ≤ 585 MHz
585 MHz < f ≤ 960 MHz

8.7.2 Em cada uma das faixas de freqüência são permitidos até 3 picos de SRL, desde que
não ultrapassem 4 dB abaixo do valor mínimo admitido.

8.7.3 A perda por retorno estrutural deve ser verificada conforme o método estabelecido
na norma IEC 61196-1:1995, seção 11.12. Outro método que apresente a mesma
exatidão pode ser utilizado.

8.8 Eficiência de blindagem

8.8.1 A eficiência da blindagem para os cabos coaxiais flexíveis não deve ser inferior aos
valores estabelecidos na tabela 14 e deve ser verificada através do método
estabelecido na ANSI/SCTE-48-3 2004 na faixa de freqüência de 5 MHz a

19
1.000 MHz respeitando a freqüência máxima de operação do cabo, informada na
planilha de cálculo.

Tabela 14 – Eficiência da blindagem (dB)


Tipo de blindagem dB
Blindagem dupla + fita(s) 95
Blindagem simples + fita(s) 65
Blindagem dupla (2 tranças) 59
Blindagem simples (1 trança) 35

8.8.2 Para fins de avaliação da eficiência de blindagem em uma mesma família o


interessado deve informar todas as construções de blindagem e percentuais de
cobertura de trança pertencentes a esta família e devem ser apresentadas duas
amostras: uma da blindagem com construção mais complexa e a segunda da
construção mais simples, conforme a tabela 19 (Grau de Complexidade). As
amostras devem possuir o menor percentual da trança na família apresentada.

8.8.3 As amostras devem ser montadas conforme o especificado em 9.11.

8.8.4 O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método de ensaio


especificado em 8.8.1, podendo ser utilizado um equipamento com precisão
equivalente.

8.9 Condutor central

8.9.1 Para o condutor central com diâmetro calculado inferior a 0,25 mm é aceita uma
variação de 0,003 mm. Nos demais casos a variação pode ser de até 1 % em relação
ao calculado.

8.9.2 Para a verificação do diâmetro deve ser utilizado um instrumento com resolução
metrologicamente adequada. O ensaio deve ser realizado efetuando-se duas leituras
perpendiculares de uma mesma seção transversal, anotando-se a média aritmética
dos valores obtidos.

8.9.3 O alongamento à ruptura do condutor de cobre nu ou revestido após a aplicação do


dielétrico de ser de, no mínimo, 10 % e deve ser verificado conforme o método de
ensaio estabelecido na NBR 6810.

8.9.4 O alongamento à ruptura do condutor de aço cobreado após a aplicação do


dielétrico deve ser de, no mínimo, 1 % e deve ser verificado conforme o método de
ensaio estabelecido na NBR 6810.

20
8.9.5 O alongamento à ruptura do condutor de alumínio nu ou revestido após a aplicação
do dielétrico deve ser de, no mínimo, 3 % e deve ser verificado conforme o método
de ensaio estabelecido na NBR 6810.

8.10Dielétrico

8.10.1 A tolerância do diâmetro externo do dielétrico é dada na tabela 15:

Tabela 15 – Variação do diâmetro do dielétrico


Diâmetro nominal Variação
(mm) (mm)
D2 ≤ 0,9 ± 0,08
0,9 < D2 ≤ 2,4 ± 0,10
2,4 < D2 ≤ 3,4 ± 0,13
3,4 < D2 ≤ 4,4 ± 0,15
4,4 < D2 ≤ 6,4 ± 0,20
6,4 < D2 ≤ 7,4 ± 0,25
7,4 < D2 ≤ 9,9 ± 0,30
9,9 < D2 ≤ 14,9 ± 0,40
14,9 < D2 ≤ 20,0 ± 0,50

8.10.2 Deve-se medir o diâmetro em quatro pontos de uma mesma seção transversal,
defasados em aproximadamente 45º e, anotada a média aritmética dos valores.

8.10.3 A contração do dielétrico constituído de material polimérico sólido deve ser inferior
a 9,5 mm e deve ser verificada conforme o método de ensaio estabelecido na NBR
9143.

8.11Condutor externo

8.11.1 Para o(s) fio(s) elementar(es) da trança(s) com diâmetro calculado inferior a 0,25
mm é aceita uma variação de 0,003 mm. Nos demais casos a variação pode ser de
até 1 % em relação ao calculado.

8.11.2 Na verificação do diâmetro do fio elementar deve-se utilizar um instrumento com


resolução metrologicamente adequada. Para a execução do ensaio deve-se obter
duas leituras perpendiculares de uma mesma seção transversal e ser anotada a média
aritmética.

8.11.3 O percentual de cobertura da(s) trança(s) do condutor externo deve ser de, no
mínimo, 60 % quando aplicada sobre fita laminada de blindagem ou de 85 % onde
não houver fita.

21
8.11.4 O percentual de cobertura da trança deve ser verificado utilizando-se as fórmulas de
projeto da trança.

8.12Capa externa e Cobertura

8.12.1 Os cabos destinados a instalações em áreas externas não podem utilizar os materiais
EVA, ETFE, PTFE e FEP.
8.12.2 A espessura mínima absoluta em qualquer ponto da capa externa deve atender aos
valores estabelecidos na tabela 16 e deve ser verificada conforme o método
estabelecido na NBR NM-IEC-60811-1-1.

Tabela 16 – Espessura da capa externa


Diâmetro sob a Espessura Espessura
Material capa externa nominal mínima
(mm) (mm) (mm)
FEP < 2,5 0,25 0,15
ETFE 2,5 a 5,9 0,25
0,38
PTFE > 5,9 0,30
PE < 2,5 0,07 D + 0,3
PVC 0,9 s – 0,1
EVA ≥ 2,5 0,07 D + 0,5
Observações:
1. “D” é o diâmetro sob a capa externa.
2. “s” é a espessura nominal.
3. As designações PE e PVC abrangem as suas variantes.

8.12.3 A espessura mínima absoluta em qualquer ponto da cobertura deve atender ao valor
calculado e deve ser verificada conforme o método estabelecido na NBR NM-IEC-
60811-1-1.

8.12.4 Os materiais empregados na capa externa e na cobertura devem atender aos valores
de alongamento e resistência à tração estabelecidos nas tabelas 17 e 18 e devem ser
verificados conforme os métodos estabelecidos nas normas NBR 9141 e na NBR
9148.

Tabela 17 – Alongamento e resistência à tração-original


Alongamento Resistência à Tração
Material Mínimo Mínima
(%) ( Mpa )
FEP 200 17,2
FRPE 100 8,3
PEAD 300 16,5
PEBD 350 9,7
ETFE 100 34,5
PVC 125 12,0

22
SRPVC 100 20,7
PTFE 175 27,6
EVA 100 8,3
FEP = Etileno-polipropileno fluoretizado
FRPE = PE retardante à chama
PEAD = PE de alta densidade
PEBD = PE de baixa densidade
ETFE = Etileno-tetrafluoretileno
PVC = Policloreto de vinila
SRPVC = PVC semi-rígido
PTFE = Politetrafluoretileno
EVA = Etileno vinil acetato
PE = Polietileno

Tabela 18 – Alongamento e resistência à tração-envelhecido


Retenção do Original (%)
Classe Material Tempo Temperatura
Alongamento Resistência à
(°C) (h) (ºC)
tração
FRPE
PEAD
75 48 100 75 75
PEBD
EVA
PVC 168 100 60 80
75
SRPVC 168 113 70 70
PVC 168 121 50 85
90
SRPVC 168 121 70 70
90 EVA 168 100 75 80
PVC 168 136 50 85
105
SRPVC 168 136 70 70
150 ETFE 168 180 75 85
200 FEP 168 232 75 75
250 PTFE 1440 260 85 85

8.13Blindagem global

8.13.1 Para o fio elementar da trança com diâmetro calculado inferior a 0,25 mm é aceita
uma variação de 0,003 mm. Nos demais casos a variação pode ser de até 1 % em
relação ao calculado.

8.13.2 Na verificação do diâmetro do fio elementar deve-se utilizar um instrumento com


resolução metrologicamente adequada. Para a execução do ensaio deve-se obter
duas leituras perpendiculares de uma mesma seção transversal e ser anotada a média
aritmética.

23
8.13.3 O percentual de cobertura da trança da blindagem global deve ser de, no mínimo, 60
% quando aplicada sobre fita laminada de blindagem ou de 85 % onde não houver
fita.

8.13.4 O percentual de cobertura da trança deve ser verificado utilizando-se as fórmulas de


projeto da trança.

8.14Dobramento

8.14.1 O cabo completo deve ser submetido ao ensaio de dobramento à temperatura


ambiente conforme estabelecido na ASTM D 4565, seção 34. Após o ensaio o cabo
não deve apresentar danos visíveis a olho nu e deve atender ao requisito de
impedância presente nesta norma.

8.15Coeficiente de absorção

8.15.1 Os cabos destinados à instalações em área externa devem apresentar um coeficiente


de absorção, quando expostos à radiação ultravioleta, acima de 4000 ABS/cm para a
capa de PE ou de 2800 ABS/cm para capa de PVC, conforme o método estabelecido
na ASTM D 3349.

8.15.2 Para cabos com capa de EVA, ETFE, PTFE e FEP este ensaio não é aplicável.

8.16Comportamento Frente à Chama

8.16.1 O cabo coaxial para aplicação em redes internas, mesmo que parcial, deve possuir a
capa externa e a cobertura de material retardante à chama, sendo que sua
classificação deverá ser comprovada através do método de ensaio correspondente,
conforme estabelecido na NBR 14705.

8.17Mensageiro Integrado

8.17.1 Quando o cabo coaxial rígido possuir mensageiro integrado, este deverá ser
constituído por um fio ou cordoalha de aço galvanizado.
8.17.2 A verificação dos requisitos deve ser feita no fio singelo ou fio elementar da
cordoalha e atender aos requisitos da ASTM A 641/98, Class 1, Hard Temper:
 Carga de Ruptura Mínima;
 Camada de Zinco;
 Aderência da Camada de Zinco;
 Diâmetro do Mensageiro

8.17.3 Para a medição do diâmetro do mensageiro deverá ser utilizado instrumento com
resolução metrologicamente adequada e serem tomadas duas medidas

24
perpendiculares de uma mesma seção transversal, sendo anotada a média aritmética
dos valores obtidos.

8.18Requisito e método de ensaio para resistência à corrosão

8.18.1 O cabo coaxial flexível que possui composto vedante não deve apresentar sinais de
corrosão após ser submetido ao ensaio de resistência à corrosão conforme o método
estabelecido na NBR 8094 e ANSI/SCTE-69-2002.

8.19Requisito e método de ensaio para escoamento do composto

8.19.1 O cabo coaxial flexível que possui composto vedante deve ser submetido ao ensaio
de escoamento do composto, conforme o método estabelecido na NBR 9149 e não
deve apresentar sinais de escoamento ou gotejamento.

9. Amostragem do Cabo Coaxial

9.1 Para se definir as amostras a serem apresentadas, os cabos de uma mesma família
devem ser classificados segundo o grau de complexidade conforme a tabela abaixo:

Tabela 19 – Grau de complexidade


Construção
Construção do Material do Material do
Construção do
condutor condutor condutor
do cabo condutor
externo externo central
central

5 - - - -

4 4 - - -

3 3 - - -

2 2 2 2 2

1 1 1 1 1

25
Construção do cabo Construção do condutor central
5 – multicoaxial com blindagem 2 – multifilar
global composta por trança(s) + fita(s) 1 – monofilar
4 – multicoaxial com blindagem 0 – tubular
global composta por trança(s)
3 – multicoaxial sem blindagem Material do condutor externo ou
global da blindagem global
2 – multicoaxial paralelo 2 – revestido
1 – singelo 1 – nu

Construção do condutor externo Material do condutor central


4 – blindagem dupla + fita(s) 2 – revestido
3 – blindagem simples + fita(s) 1 – nu
2 – blindagem dupla (2 tranças)
1 – blindagem simples (1 trança)

9.2 Deve ser apresentado para ensaio pelo menos uma amostra de cada família dos cabos a
serem certificados, sendo que os ensaios efetuados em uma amostra de cabo de maior
grau de complexidade de uma família serão válidos para os demais cabos de
complexidade inferior dentro da mesma família.

9.3 Caso uma família de cabos possua cabos para aplicação em áreas internas e externas,
com revestimentos distintos, deverá ser apresentada uma amostra para cada tipo de
aplicação e seus respectivos materiais de revestimento devem ser submetidos aos
seguintes ensaios:

o Item 8.12.2 - Espessura mínima da capa externa;

o Item 8.12.3 – Espessura mínima da cobertura;

o Item 8.12.4 - Ensaios de alongamento e resistência à tração, original e


envelhecido;

o Item 8.14 – Dobramento (aplicar somente o ensaio de Dobramento, não


sendo exigido verificar o requisito de Impedância);

o Item 8.15 - Coeficiente de absorção (para cabos destinados ao uso externo);

o Item 8.16 - Comportamento frente à chama (para cabos destinados ao uso


interno);

o Item 8.18 - Resistência à corrosão (quando aplicável);

o Item 8.19 - Escoamento do composto (quando aplicável).

26
9.4 Caso alguma família de cabos para certificação inclua cabos multicoaxiais, uma
amostra com o maior número de vias e blindagem global, quando houver, deve ser
apresentada. Esta amostra pode representar todos os cabos da família se, e somente se,
suas vias apresentarem o maior grau de complexidade.

9.5 Caso um determinado cabo possua capa externa e cobertura de cores distintas, para
aplicação em área interna, o interessado deve declarar formalmente que o material base,
sem corante, utilizado na fabricação da amostra submetida a ensaio será mantido assim
como suas características frente à chama

9.6 Devem ser submetidas a todos os ensaios elétricos pelo menos 25 % das vias dos cabos
multicoaxiais com um mínimo de duas vias. Os demais ensaios devem ser realizados
em apenas uma via e na cobertura.

9.7 Nos cabos multicoaxiais paralelos devem ser realizados os ensaios completos em uma
das vias.

9.8 Os ensaios do Mensageiro Integrado devem ser realizados em todos os diâmetros


utilizados. Caso um determinado diâmetro seja utilizado em uma ou mais famílias de
cabos não é necessário repetir os ensaios do mensageiro para cada família.

9.9 As amostras de cabo devem ter lance de, no mínimo, 100 (cem) metros e estar com suas
extremidades preparadas com conectores.

9.10Para os ensaios específicos das capas externas as amostras de cabos a serem


apresentadas para ensaios deverão ter o lance especificado de comum acordo entre o
laboratório e o interessado.

9.11Para o ensaio específico de Eficiência de Blindagem as amostras devem ter os corpos-


de-prova preparados conforme as instruções abaixo:
• Três amostras do cabo completo (núcleo do cabo, condutor externo e capa externa),
com as suas extremidades preparadas com conectores, montadas conforme a figura
2;
• Uma amostra do núcleo do cabo (condutor central e dielétrico), com as suas
extremidades preparadas com conectores, montada conforme a figura 3.

27
Figura 2

Figura 3

10. Identificação da Homologação

10.1A marcação do selo ANATEL e a identificação do código de homologação e do código


de barras devem ser apresentados na embalagem externa do produto, em conformidade
com o disposto no Artigo 39 e Anexo III do Regulamento para Certificação e
Homologação de Produtos para Telecomunicações, aprovado pela Resolução 242, de
30/11/2000. Também podem ser utilizados, opcionalmente, meios de impressão gráfica
nos catálogos dos produtos ou na documentação técnica pertinente.

28
10.2Adicionalmente, deve ser impresso de forma legível na capa externa dos cabos singelos
ou na cobertura dos cabos multicoaxiais, ao longo do seu comprimento, a identificação
alfanumérica da homologação do produto, da seguinte forma:

ANATEL HHHH-AA-FFFF

Onde:

HHHH – identifica a homologação do produto por meio de numeração seqüencial


com 4 (quatro) caracteres;

AA – identifica o ano de emissão da Homologação com 2 (dois) caracteres


numéricos;

FFFF identifica o fabricante do produto com 4 (quatro) caracteres alfanuméricos.

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32
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