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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA E
PROCEDIMENTOS DE ENGENHARIA DE
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TÍTULO – TITLE

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA E PROCEDIMENTOS


DE ENGENHARIA DE USINAS FOTOVOLTAICAS
DE MINIGERAÇÃO

Marcus Marcus Marcus


07 17/02/2020 Revisão geral
Koerich Koerich Koerich
REV. DATA DESCRIÇÃO PREPARADO CONTROLADO APROVADO
REV. DATE DESCRIPTION PREPARED CHECKED APPROVED

Escopo de Utilização / Utilization Scope Nome Nome Nome


--/--/----
Sobrenome Sobrenome Sobrenome
SG
SG DATA SG VERIFICADO SG VALIDADO
CONTRIBUÍDO
SG DATE SG VERIFIED SG VALIDATED
CONTRIBUTED
PROJETO / PLANTA CÓDIGO DA CONTRATADA / CONTRACTOR'S CODE
PROJECT / PLANT

TODAS AS UFVs ATHON CÓDIGO – CODE

ARQUIVO
CLASSIFICAÇÃO PÚBLICO EMPRESA CONFIDENCIAL RESTRITO
ARCHIVE ID 00000000
CLASSIFICATION PUBLIC COMPANY CONFIDENTIAL RESTRICTED
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2. NORMAS E RESOLUÇÕES DE REFERÊNCIA ............................................................................. 3
3. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DA UFV ................................................................................................ 4
4. LAYOUT GERAL DA UFV ................................................................................................................ 5
5. PROJETO BÁSICO ........................................................................................................................... 6
6. SIMULAÇÃO PVSYST ...................................................................................................................... 6
7. PROJETO EXECUTIVO .................................................................................................................... 7
8. MÓDULO FOTOVOLTAICO ............................................................................................................. 8
9. INVERSOR .......................................................................................................................................... 9
10. COMBINER BOX ...........................................................................................................................12
11. TRACKER ......................................................................................................................................13
12. ESTRUTURA FIXA – MESA ........................................................................................................14
13. TRANSFORMADOR ISOLADOR ................................................................................................15
14. QUADRO GERAL DE BAIXA TENSÃO – QGBT ......................................................................17
15. CABINE DE MEDIÇÃO E PROTEÇÃO .......................................................................................18
16. CABOS DE ENERGIA, DIMENSIONAMENTO E INSTALAÇÃO .............................................20
17. CAIXAS DE PASSAGEM .............................................................................................................22
18. ATERRAMENTO ...........................................................................................................................23
19. PROTEÇÃO ...................................................................................................................................24
20. CASA DE CONTROLE .................................................................................................................24
21. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ...........................................................................27
22. ESTAÇÃO METEOROLÓGICA ...................................................................................................31
23. SISTEMA CFTV .............................................................................................................................33
24. SISTEMA DE COMBATE DE INCÊNDIO ...................................................................................34
25. CERCA PERIMETRAL E INTERNA ............................................................................................34
26. CAIXA SEPARADORA ÁGUA E ÓLEO .....................................................................................35
27. ACESSO INTERNO.......................................................................................................................35
28. PROCEDIMENTOS DE COMISSIONAMENTO ..........................................................................35
29. PROCEDIMENTOS DE CONEXÃO .............................................................................................37
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1. INTRODUÇÃO
O presente documento tem por objetivo apresentar as especificações técnicas mínimas necessárias
para o projeto, execução e comissionamento das usinas fotovoltaicas de minigeração da Athon Energia,
bem como esclarecer o procedimento e relação entre a engenharia da contratante e contratada. Este
documento serve como referência para todo e qualquer esclarecimento ao longo da relação contratual entre
as partes, devendo ser seguido e consultado rotineiramente.

2. NORMAS E RESOLUÇÕES DE REFERÊNCIA


Abaixo as principais normas técnicas e regulatórias a serem seguidas no projeto, mas não se limitando
apenas as mesmas:

• Resolução ANEEL 482 e suas respectivas atualizações;

• Resolução ANEEL 414 - Estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica de


forma atualizada e consolidada;

• Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST -


módulo 3;

• Procedimentos de conexão de sistemas de minigeração distribuída definidos pela concessionária +


parecer de acesso;

• ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

• ABNT NBR 14039 - Instalações Elétricas de Média Tensão;

• ABNT NBR 5419 - Proteção contra descargas atmosféricas;

• ABNT NBR 16612 - Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com
cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores ― Requisitos de desempenho;

• ABNT NBR NM 280 - Condutores de cabos isolados;

• ABNT NBR 13248 - Cabos de potência e condutores isolados sem cobertura, não halogenados e
com baixa emissão de fumaça, para tensões até 1 kV - Requisitos de desempenho;

• NBR 16132 - Cabos de potência não halogenados, com baixa emissão de fumaça, isolados, com
cobertura, para tensões de 3 kV a 35 kV – Requisitos de desempenho;

• ABNT NBR 16690 - Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos — Requisitos de projeto;

• ABNT NBR 16149 - Sistemas Fotovoltaicos (FV) - Características de interface de conexão com a
rede elétrica de distribuição;

• ABNT NBR 16274 - Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede (FV) - Requisitos mínimos para
documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho;

• ABNT NBR IEC 62116 - Procedimento de ensaio de anti-ilhamento para inversores de sistemas
fotovoltaicos conectados à rede elétrica;

• ABNT NBR IEC 60332 – 1 Métodos de ensaios em cabos elétricos sob condições de fogo;

• ABNT NBR 7117 - Medição da resistividade e determinação da estratificação do solo;

• ABNT NBR 15751 - Sistemas de aterramento de subestações – Requisitos;

• ABNT NBR IEC 60529 - Graus de proteção providos por invólucros (Códigos IP);

• ABNT NBR IEC 60947-1 - Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 1: Regras
gerais;
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• ABNT NBR IEC 60947-2 - Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 2: Disjuntores;

• ABNT NBR IEC 60947-3 - Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 3:
Interruptores, seccionadores, interruptores-seccionadores e unidades combinadas com fusíveis;

• IEC 62852 - Connectors for DC-application in photovoltaic systems – Safety requirements and tests;

• EN 50521 - Connectors for photovoltaic systems – Safety requirements and tests;

• EN 50539-11 - Low-voltage surge protective devices – Surge protective devices for specific
application including d.c. – Part 11: Requirements and tests for SPDs in photovoltaic applications;

• IEC 61215 - Terrestrial photovoltaic (PV) modules - Design qualification and type approval;

• IEC 61730 - Photovoltaic (PV) module safety qualification;

• ABNT NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento;

• ABNT NBR 12.654 – Controle Tecnológico dos Materiais Componentes do Concreto;

• ABNT NBR 12.655 – Concreto de Cimento Portland – Preparo, Controle e Recebimento –


Procedimento;

• ABNT NBR 6122 - Projeto e execução de fundações;

• NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

• NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;

• NR 26 – Sinalização de Segurança.

A contratada deve tomar conhecimento de todas as normas da concessionária local que impactam no
projeto, construção e operação do parque solar e seguir as recomendações da respectiva distribuidora a
qualquer tempo do projeto, de forma a viabilizar a operação da usina em conformidade com o cronograma
de implantação.

Se em algum ponto deste documento houver qualquer divergência entre alguma norma técnica, citada
ou não, prevalece o atendimento a respectiva norma.

3. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DA UFV


• A Athon disponibilizará para a contratada os seguintes documentos básicos sobre o terreno: 1)
Topografia completa (geo + planialtimétrico); 2) kmz do polígono; 3) Ensaios SPT; 4) Laudo/
Resultado da Compactação do terreno, quando aplicável. Importante ressaltar que a topografia
enviada serve como delimitação e apresentação do terreno. A contratada ficará como responsável
pela topografia a nível de projeto executivo (locação dos equipamentos, layout da usina etc);

• Eventualmente poderá ser disponibilizado os seguintes documentos adicionais: 1) Estudo


Hidrológico do local; 2) Resultado do Pull Out Test do fornecedor do tracker considerado pela Athon
(caso a solução seja tracker); 3) Projeto Executivo de Drenagem, caso haja necessidade de solução
de drenagem na área ou entorno;

• O ensaio e resultado SPT disponibilizado pela Athon tem como objetivo analisar a resistência a
penetração do solo bem como compreender a tipologia do material e o nível de lençol freático local.
É um teste feito por amostragem em alguns pontos do terreno e seu resultado é pontual frente as
condições momentâneas do terreno. Eventualmente, caso o fornecedor das estruturas garanta a
fundação apenas com esse ensaio, poderá servir como base para o projeto de fundação. Tal ensaio
jamais poderá ser considerado como única referência para projetos de drenagem e de fundações
civis, visto que ele é realizado pontualmente em uma certa época do ano;
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• É de responsabilidade da Athon entregar a área nas seguintes condições: acesso externo trafegável
para a fase de implantação, supressão vegetal realizada (árvores e arbustos), compactação e
correções locais de pontos acidentados, erodidos, desnivelados ou com acúmulo de água que
inviabilize o trabalho da contratada;

• A partir da mobilização da contratada, é de sua responsabilidade durante o processo de implantação


da usina a conservação do acesso externo para tráfego de máquinas e veículos;

• Athon fará uma avaliação do terreno considerando a necessidade ou não de um projeto de


terraplanagem. Porém a contratante garante entregar o terreno para a contratada em condições de
implantação da usina, com grau de tolerância de desnivelamento permitido para montagem das
estruturas do fornecedor consideradas em seu pré projeto e confecção das bases;

• A responsabilidade de projeto e execução de drenagem do terreno e seu entorno é da contratante.


O único escopo de drenagem de responsabilidade da contratada é referente ao acesso interno,
visando a mantê-lo ao longo da operação da usina em períodos chuvosos;

• A contratada deverá analisar a documentação enviada pela Athon e repassar o levantamento


planialtimétrico para o fornecedor da estrutura de montagem dos módulos de forma que este analise
as condições do terreno quanto a inclinação (se está dentro do limite aceitável para montagem da
estrutura). Caso o fornecedor da estrutura considerado pela contratada seja diferente do fornecedor
considerado pela Athon em seu pré projeto e este apresente tolerância de montagem/declividade
do terreno mais conservadora para montagem das estacas, caberá a contratada nivelar o terreno
ou buscar alternativas junto ao fornecedor para que a tolerância de montagem das estacas seja
respeitada considerando a declividade do terreno.

• É obrigatória a visita de profissional da contratada ao terreno antes da mobilização desta em campo,


visita essa agendada entre as partes. É necessário que o profissional deslocado tenha competência
técnica para realizar a visita e estar no contexto técnico de relação com a Athon durante a fase de
projeto e/ou implantação. Após a visita, Athon solicita um posicionamento formal da contratada
sobre as condições da área para fins de mobilização e execução da UFV;

• A partir da data limite de mobilização da contratada em campo, esta é responsável pela manutenção
do terreno nas condições que foram entregues, como por exemplo a roçagem, mas não se limitando
apenas. Caso a contratada não mobilize até a data limite indicada pela contratante em
correspondência, ficará como responsável por quaisquer novas adequações no terreno que
porventura forem necessárias para a execução da usina, exceto questões de drenagem já
mencionadas, em função do atraso.

4. LAYOUT GERAL DA UFV


• A contratante apresentará um layout básico da UFV considerando os equipamentos curva A
(módulo, estrutura, inversor) bem como o transformador, os quais foram ou escolhidos tecnicamente
no processo de solicitação de acesso junto a concessionária ou adquiridos pela contratante;

• A contratada poderá considerar solução técnica alternativa de equipamentos desde que seja
possível ser enquadrado nos limites do polígono do terreno apresentado, caso a contratante não
tenha adquirido os equipamentos previamente. Eventualmente a contratante poderá apresentar
layout dos equipamentos considerados pela contratada;

• A solução alternativa será apreciada pela contratante bem como será considerado a possibilidade
de alteração junto a distribuidora;

• A coordenada do poste da cabine de medição apresentado no layout não poderá ser deslocada
quando do layout do projeto executivo;
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• Deve ser previsto pelo projetista uma área exclusiva para descarregamento e armazenamento de
materiais, de preferência próximo ao portão principal da usina. Equipamentos e máquinas para o
descarregamento e alocação também devem ser previstas;

• Nas usinas a partir de 1MW deve ser previsto pelo projetista um local para instalação de contêiner
de responsabilidade da contratante. Este local preferencialmente deverá estar próximo da casa de
controle. A contratada deverá executar uma base de concreto de 7x 3,44m, 10cm de altura e
concreto de 25Mpa, com uma tela Q92;

5. PROJETO BÁSICO
Além dos documentos supracitados dos tópicos 3/4 e desta especificação, serão disponibilizados os
seguintes documentos a nível de projeto básico:

• Parecer de Acesso da distribuidora;

• Dados de curto-circuito disponibilizado pela distribuidora;

• Estudo de Proteção e Seletividade – Coordenograma aprovado pela distribuidora;

• Projeto básico de cabine de medição e proteção aprovado pela distribuidora;

• Projeto de rede (para conhecimento), se disponível;

• Simulação PVSyst para definição do PR – ver seção 6;

• Informações técnicas dos equipamentos que a contratante tenha adquirido de forma prévia.

6. SIMULAÇÃO PVSYST
• A contratante encaminhará uma simulação PVSyst cuja configuração da usina consiste nos
equipamentos curva A (módulo, inversor e estrutura) adquiridos pela Athon ou via contratada;

• O objetivo do envio da simulação é apresentar o “PR (performance ratio) ou Índice de Desempenho


Garantido”, obtido no primeiro ano de operação da planta e que deverá servir de referência
contratual. Em outras palavras a contratada se compromete a alcançar em simulação pelo menos o
mesmo valor de PR da simulação da Athon;

• A contratante entende que ao definir antecipadamente a solução curva A, esta é responsável pela
garantia e performance junto ao fornecedor. Porém outras variáveis de perdas e performance estão
vinculados diretamente ao projeto executivo e procedimento de montagem. Assim, a simulação
apresentada pela Athon em primeira revisão servirá como análise pela contratada de forma que a
simulação final será um alinhamento entre as partes;

• A simulação considera todos os arquivos e eficiências informadas e disponibilizadas pelos


fabricantes módulo, inversor e transformador, especialmente;

• Quanto aos dados meteorológicos a Athon utiliza como referência a fonte PVPlanner da Solargis,
bastante reconhecida no mercado. A contratante encaminhará arquivo .SIT para conhecimento e
utilização;

• A simulação deverá levar em consideração os possíveis obstáculos no entorno da área da usina


que possam eventualmente causar sombreamento;

• Athon admite uma tolerância de 0,5% sobre o valor do PR em sua versão final PVSyst.

• Serão utilizados valores padrão de perdas indicados no software para indicadores não mensuráveis
a nível de projeto executivo/informações dos fabricantes;
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• Será considerado valor de indisponibilidade anual da usina de 2%. Tal indisponibilidade se deve a
interrupção de operação por manutenções preventivas, corretivas ou por queda de energia da
distribuidora.

7. PROJETO EXECUTIVO

• A engenharia da contratante disponibilizará para engenharia da contratada uma lista padrão de


documentos de projeto em forma de planilha para acompanhamento e atualização ao longo de todo
processo;

• A lista de documentos deverá ser atualizada toda sexta feira e enviada para a contratante por e-
mail e disponibilizada em drive compartilhado entre as partes pelo Gestor do Projeto. Esta lista será
avaliada e comentada pela engenharia do proprietário quanto as datas e revisões dos projetos.

• O envio dos projetos executivos pela contratada deverá ser ou por e-mail através de GRDs (Guia
de Remessa de Documentos) em formato .rar, para o responsável direto da engenharia da
contratante, ou via plataforma de projetos a ser disponibilizado pela contratante. A contratante
disponibilizará modelo de GRD. Os projetos devem ser enviados em formato oficial (.pdf) e editável
(.xls, .doc ou .dwg). No caso de utilização da plataforma caberá a contratada realizar o cadastro dos
documentos e envio dos anexos;

• No caso de envio via GRDs, estas devem ser numeradas em ordem crescente por disciplina (civil e
eletromecânica), isto é, em uma mesma GRD não é permitido misturar documentos de disciplina
civil e eletromecânica;

• A contratante avaliará o projeto e responderá em forma de Comment Note ou via plataforma de


projetos a ser disponibilizado pela contratante. Prazo de avaliação 5 dias úteis. Será disponibilizado
documento exemplo para conhecimento caso seja via Comment Note;

• Após recebida a avaliação do projeto, a contratada deverá encaminhar os projetos e documentos


atualizados na nova revisão em até 7 dias corridos (conforme minuta contratual), bem como deverá
informar na lista de documentos semanal do projeto a programação das emissões dos projetos dos
próximos 15 dias. É passível de notificação pela contratante o descumprimento quanto ao prazo de
envio dos projetos;

• A contratante não se comprometerá em garantir o prazo de retorno de 7 dias corridos caso a


contratada descumpra os prazos de envio dos projetos, fazendo com que vários documentos sejam
enviados de forma acumulada fora do programado;

• Os seguintes status serão dados para o documento: Conforme – C - (sem nenhum comentário);
Conforme Com Comentários – CCC - (necessita de adequações pontuais, porém está de acordo
com as normas e nenhum equívoco grave); Não Conforme - NC - (viola as normas ou dispõe de
equívoco grave); Rejeitado – R – (documento enviado fora de sequência, incompleto, etc.); Liberado
para Execução – LE;

• A primeira versão do documento enviado deverá ser em revisão 0A. Se for avaliado como C ou CCC
a próxima revisão será 00. Se a versão 00 for avaliada como LE o projeto é finalizado. Caso seja
avaliado como CCC deverá haver próxima revisão 01, 02 e assim sucessivamente, até a obtenção
de LE;

• Caso o documento em revisão 0A for avaliado como NC novas revisões 0B, 0C e assim
sucessivamente, devem ser enviadas até a obtenção do status C ou CCC;

• Caso o documento for avaliado como R, o projeto deverá ser reenviado na mesma revisão;

• Os projetos passíveis de execução e que devem ser disponibilizados/impressos para o campo


deverão ser aqueles apenas com status LE;
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• A depender da disponibilidade, o trâmite mencionado poderá ocorrer em plataforma personalizada.


Neste caso a contratante disponibilizará login para a engenharia da contratada e será marcado um
call para apresentação e utilização da plataforma;

• Pontualmente, alguns projetos necessitarão sofrer revisão As Built. Tal quantidade deverá ser a
mínima possível e deverá ser controlado em uma planilha específica para documentos a serem
revistos no final do projeto executivo. A contratante encaminhará planilha as built como modelo de
controle dos projetos;

• Ao final do projeto executivo a contratada deverá encaminhar o databook do projeto o qual deverá
constar, além de outros documentos, a lista de documentos final atualizada, os documentos do
projeto executivo em sua última revisão, inclusive as built, em formato oficial e editável bem como
planilha as built final;

• Os projetos que devem ser priorizados no início do projeto executivo são: Layout Geral da UFV,
Projetos civis (canteiro, cerca externa e interna, acesso interno, bases dos skids/transformadores,
casa de controle), diagrama unifilar, memória de cálculos dos cabos CC e CA e aterramento;

• O projeto executivo, incluindo o comissionamento, deverá como princípio seguir as recomendações


e manuais de todos os fornecedores considerados para o projeto;

• Os comentários do projeto executivo e avaliação de conformidade pela contratante não retiram a


responsabilidade técnica exclusiva pelo projeto executivo e implantação pela contratada;

• A contratada deverá providenciar ART de projeto e execução elétrica e ART de projeto e execução
civil junto ao CREA local. As ARTs serão emitidas para cada unidade de medição. As ARTs de
projeto e execução podem ser única ou separada. As mesmas devem ser providenciadas e enviadas
a contratante no início do projeto executivo bem como disponíveis no site para eventual fiscalização
do CREA;

• As ARTs devem ser emitidas pela contratada, isto é, por engenheiro vinculado a contratada. Não
serão aceitas ARTs emitidas por pessoa física como autônomo ou por terceiros.

8. MÓDULO FOTOVOLTAICO

A seguir apresenta-se a especificação do módulo caso este seja ofertado pela contratada:

• Admite-se os seguintes tipos de módulo: silício cristalino (mono) 1500V de tecnologia perc half cell
podendo ser monofacial ou bifacial;

• Módulos de silício cristalino devem estar em conformidade com as IEC 61215-1, IEC 61215-2 e IEC
61215-1-1;

• Mounting hole 400mm;

• A garantia de fabricação mínima deverá ser de 10 anos. A garantia de performance mínima deverá
ser de 25 anos;

• A tolerância de potência do módulo deverá ser apenas positiva;

• A configuração “leap frog” para ligação das strings são permitidas e recomendadas. Deve-se atentar,
quando do pedido de compra dos módulos, para o comprimento do rabicho (recomendado ao menos
1,80m);

• Deve-se ter atenção no tipo de conector quando do pedido de compra do módulo. O conector deve
ser original e estar de acordo com a norma EN 50521;

• Conectores de encaixe, em uma mesma conexão no arranjo fotovoltaico devem ser do mesmo tipo
e do mesmo fabricante;
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• Deve-se ter atenção no tipo de encapsulante do módulo quando da compra deste pois a qualidade
do material influi na degradação do módulo;

• Os módulos devem ser armazenados e manuseados em campo conforme as recomendações do


fabricante;

• A contratada deverá obter toda documentação técnica do módulo junto ao fornecedor (manuais,
datasheet, certificados de performance, arquivo .PAN) bem como certificados de garantia. Tal
documentação deverá constar no databook final a ser enviado para a contratante;

• A contratada deverá disponibilizar no mínimo 2 pallets completos de módulos como sobressalente


para usinas a partir de 1MW. Usinas menores que 1MW deverá disponibilizar 1 pallet;

• Caso o módulo considerado pela contratada e adotado no projeto seja diferente do modelo
considerado pela Athon quando da solicitação de acesso, será necessário cadastramento pela
contratante do novo modelo do módulo junto a distribuidora para atualização do projeto;

• Não serão aceitos mais de um modelo/potência de módulos em uma mesma usina.

9. INVERSOR

A seguir apresenta-se a especificação do inversor caso este seja ofertado pela contratada:

• Admite-se os seguintes tipos de inversores: trifásico com tensão CC 1500V e CA mínima 600V, 1
ou mais MPPTs do tipo string ou virtual central; THD máxima de 3% na potência nominal; ventilação
natural ou forçada; IP mínimo 65; com dispositivo switch de abertura sob carga lado CC; com DPS
tipo 1+2 no lado CC e CA; comunicação via PLC ou RS485;

• Para as usinas inferiores a 1MW nominal, admite-se inversores de 1000V CA;

• A escolha do inversor deve levar em consideração as condições locais para proteção contra
corrosividade, especialmente em regiões salinas ou costeiras;

• inversor considerado deve ser amplamente aceito (homologado) nas concessionárias e que esteja
em conformidade com as normas ABNT NBR 16149, ABNT NBR 16150 ABNT NBR IEC 62116;

• Deverá ser avaliada a configuração do terreno e seus entornos para a melhor solução do inversor;

• Apenas serão aceitos inversores cuja soma das potências nominais do conjunto seja a potência
nominal da usina considerada pela Athon;

• A contratada deverá avaliar e escolher o melhor fator de sobrecarga (razão CC/AC) para o inversor
considerado, levando-se em conta aspectos técnicos (geração em MWh e perda por sobrecarga) e
financeiros (CAPEX da sobrecarga dos módulos e custo da estrutura), considerando em simulação
os dados de irradiação locais (irradiação direta GHI e difusa DIF) e temperatura ambiente. Caso a
contratante estipule o fator de sobrecarga para atendimento ao cliente final, este deverá ser
respeitado;

• A contratada deverá obter toda a documentação técnica do inversor junto ao fornecedor (manuais,
datasheet, certificados, desenhos, arquivo .OND, etc.);

• A contratada deverá checar a possibilidade dos conectores CC do inversor (quando multi string) ser
do mesmo modelo e fabricante dos conectores do módulo definido;

• Os inversores devem ser instalados de acordo com as seguintes opções: 1) na estrutura do tracker
(mediante autorização expressa do fabricante do seguidor); 2) de forma conjunta em estrutura skid
– especialmente aqueles que necessitam de combiner box ou 3) em estrutura dedicada para
montagem de forma isolada. Qualquer que seja a opção deve-se proteger ao máximo de exposição
contra radiação direta de forma a não comprometer sua performance pela temperatura, por meio de
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um telhado. Deve-se atentar para a distância do telhado com a saída de ar do inversor de forma a
não comprometer as trocas de calor. O inversor deve ser instalado na altura mínima recomendada
em seu manual de instalação;

• Deve ser verificado o ponto de tomada de ar do inversor e respeitar a distância de qualquer


obstáculo segundo o manual do fabricante para permitir livre circulação de ar e resfriamento;

• Os inversores devem estar parametrizados para a sua potência nominal como máxima potência de
saída;

• Os inversores devem estar parametrizados inicialmente para fator de potência unitário;

• Deve-se ter atenção no dimensionamento do inversor frente aos efeitos de borda de nuvem que
ocasionam correntes acima da corrente nominal da string, o que pode desligar ou mesmo danificar
o inversor acima da corrente máxima admissível;

• No dimensionamento do inversor deve-se levar em consideração um fator de segurança 15% acima


da corrente de curto-circuito ‘Isc’ da string/módulo presente em seu datasheet. Jamais deve-se
ultrapassar o limite de corrente de curto do inversor sob pena de queima do equipamento;

• Deve-se considerar no dimensionamento do inversor a corrente de clipping (deverá constar no


manual do equipamento), bem como a corrente máxima por MPPT do inversor;

• De forma especial, para o emprego de módulos bifaciais, deve-se levar em consideração a máxima
corrente de entrada admissível do inversor em comparação a soma da máxima corrente das strings
em paralelo bem como a máxima corrente para cada MPPT, levando-se em conta a contribuição da
corrente de bifacialidade do módulo;

• Quando inversor possuir display, não expor o mesmo ao sol;

• A máxima seção do cabo AC aceito pelo inversor e informado no seu manual deve ser considerado
e respeitado;

• A contratada deverá considerar pelo menos 1 inversor como sobressalente. Em casos excepcionais
a contratante sinalizará a necessidade de mais inversores sobressalentes;

• Cada inversor deve ser identificado em campo com o seu respectivo código de projeto; a
identificação deve ser feita de forma que se tenha durabilidade e que não haja descolamento;

• Não é permitido que a contratada afixe qualquer identificação de sua marca no inversor ou em
qualquer componente ou parte da usina;

• Nas instalações e serviços em eletricidade devem ser adotadas sinalizações adequadas de


segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26:
Sinalização de Segurança. Deve haver pictograma em adesivo disposto nos painéis e equipamentos
elétricos da planta como; Inversores, QGBT, combiner box, transformadores principais e auxiliares,
Painéis de MT e BT;

• A garantia do equipamento deverá ser de no mínimo 5 anos;

• Caso o inversor considerado pela contratada e adotado no projeto seja diferente do modelo
considerado pela Athon quando da solicitação de acesso, será necessário que a Athon faça uma
análise interna e avalie junto a distribuidora a possibilidade de alteração e prazos envolvidos de
forma que não haja retrocesso no processo de parecer de acesso e conexão. Caso inviável o
inversor deverá ser o modelo protocolado na solicitação de acesso;

• Os inversores multi string em que não há necessidade de combiner box instalada a parte, devem
ser instalados de forma espalhada na usina próximo ou nas estruturas de montagem dos módulos
(desde que autorizado pelo fornecedor da estrutura), na região do acesso interno. A figura 01
apresenta instalação de um inversor multistring fixado em estacas e cobertos por uma chapa de
alumínio;
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Figura 1. Exemplo da Instalação de um inversor Multi String em campo.

• Para os casos em que o inversor será modelo tipo virtual central com combiner box dedicada, a
instalação dos inversores poderá ser integrada modelo skid plug and play de fábrica ou instalado
em estrutura abrigada a ser construída em campo. As figuras 02 e 03 apresentam as configurações
mencionadas. Caso seja optado pela modelo apresentado na figura 3, os materiais empregados
deverão ser preferencialmente vigas, caibros e ripas metálicas com zarcão, telhas do tipo
termoacústica;

Figura 2. Exemplo de instalação de inversor virtual central integrado ao skid de fábrica.


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Figura 3. Exemplo de instalação de inversor virtual central em estrutura abrigada construída


em campo.

10.COMBINER BOX
Na hipótese da escolha do inversor virtual central 1 MPPT será necessário emprego de combiner box.
Nesse caso deverá ser seguida a seguinte especificação, caso o fornecimento seja da contratada:

• Necessita possuir comunicação e integração com sistema SCADA para monitoramento de tensão
e corrente de cada string, status do DPS interno de classe 1+2, status da chave seccionadora interna
geral e temperatura ambiente interna;

• Necessita possuir ao menos 16 entradas;

• Os fusíveis deverão ser do tipo gPV e obrigatórios em pelo menos um dos polos de cada string;

• Deve ser previsto sobressalente de ao menos 20 fusíveis idênticos aos utilizados na combiner box.
Se o inversor apresentar combiner box integrada, a demanda deve ser mantida;

• A partir de 20 combiner box deve ser adquirida 1 combiner sobressalente;

• Deve ser avaliado junto ao fabricante a seção mínima e máxima permitida de instalação dos cabos
(cobre), especialmente na saída para o inversor;

• Grau de proteção mínimo IP 65;

• Garantia mínima de 2 anos;

• A contratada deve solicitar os ensaios da combiner box, especialmente o ensaio de agrupamento


de fusíveis;

• A taxa máxima de ocupação da combiner box deve ser de 50% do seu volume;

• Sempre que possível, deve haver separação entre os condutores positivos e negativos dentro das
caixas de junção, de maneira a minimizar os riscos de arcos em corrente contínua que possam
ocorrer entre estes condutores;

• Poderá ser avaliado a instalação na estrutura do tracker ou mesa (dependendo do modelo) desde
que seja certificado pelo fabricante da estrutura;
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• Cada combiner box deve ser identificada em campo com o seu respectivo código de projeto. A
identificação deve ser feita de forma que se tenha durabilidade e que não haja descolamento.

11.TRACKER

A seguir apresenta-se a especificação do tracker caso este seja ofertado pela contratada:

• O tracker considerado no projeto deverá ser na configuração 1V ou 2V, galvanizado a fogo,


adaptado para as condições de cargas de vento locais bem como graus de corrosividade ambiente
e do solo;

• Para avaliação do nível de corrosividade deve-se considerar os índices de umidade e temperatura


locais bem como a proximidade com a costa (efeito maresia até 25km) e zonas industriais;

• A quantidade de unidades de controle e unidades anemométricas, bem como sua posição no layout
da usina, deverá ser discutida e ratificada pelo fornecedor do tracker;

• A fonte de alimentação do motor poderá ser do próprio tracker (módulo dedicado com bateria) ou
via cabo por alimentação auxiliar;

• A comunicação poderá ser via wireless ou cabeada. A integração com o Scada da usina deverá ser
realizada, independente do método;

• A quantidade de peças sobressalentes deverá ser avaliada com o fornecedor do tracker, levando
em consideração a capacidade da usina;

• A contratada deverá obter e ter conhecimento de toda a documentação técnica do tracker junto ao
fornecedor (manuais, datasheet, certificados, desenhos, projetos, etc.) para o respectivo projeto. O
projeto executivo e sua consequente montagem em campo devem seguir estritamente as
recomendações do fornecedor, sendo passível de não conformidade pela contratante caso haja
desvios pela contratada;

• No layout preliminar apresentado pela contratante bem como no processo de solicitação de acesso
perante a concessionária, a Athon considera o tracker bilinha do fornecedor STI Norland. É
prerrogativa da contratada considerar ou não tal fornecedor, desde que atenda aos requisitos dessa
especificação. Caso a contratada considere outro fornecedor, deverá se certificar se tal solução se
enquadra nos limites definidos do terreno apresentado pela contratante por meio de um layout
básico alternativo;

• Na hipótese de se trabalhar com outro fornecedor de tracker, a contratada e o fornecedor devem


garantir o tipo de fundação. Essa garantia poderá ser baseada em um novo teste de pull out de sua
responsabilidade ou através de um estudo de correlação com o relatório de pull out eventualmente
realizado e disponibilizado pela contratante com as estacas da STI. Independente do método a
garantia deve ser a mesma e o estudo conclusivo deve ser apresentado em projeto executivo para
avaliação da contratante;

• A contratante, durante o processo de desenvolvimento da área, eventualmente poderá ter


contratado o teste de pull out junto ao fornecedor STI para obtenção do relatório com o comprimento
de suas estacas. No eventual relatório estará considerado as opções em cravação direta ou
cravação direta + micropilote ou ainda apenas micropilote. Caso a contratada opte pelo fornecedor
STI, deverá ser analisada a solução mais viável do ponto de vista financeiro e de execução;

• O pitch deverá ser apresentado pela contratada e discutido com a contratante quando do layout do
projeto executivo;

• A contratada deverá apresentar o levantamento planialtimétrico do terreno para o fornecedor de


forma a discutir os desníveis do terreno perante as tolerâncias de montagem das estacas dentro
dos limites estabelecidos pelo fornecedor;
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• É comum que o comprimento da estaca possua um tamanho um pouco maior (por volta de 100mm)
para que compensações pontuais de pendência do terreno sejam corrigidas com variações na
profundidade de cravação. Tal procedimento deverá ser adotado pela contratada;

• Eventuais necessidades de impossibilidade de cravação nas condições predefinidas em certos


pontos do terreno, seja por qual natureza for, devem ser discutidas diretamente com o fornecedor
de forma a possibilitar a cravação da forma original ou alternativa. Após a solução apresentada pelo
fornecedor a contratada deverá comunicar a contratante o problema original e a solução
apresentada pelo fabricante da estaca;

• Para usinas de potência nominal até 2MW deverá ser considerado cravação em micropilote sem
necessidade de pull out. Para isso o fornecedor deverá apresentar uma solução em sapata de
concreto a partir do SPT apresentado (se possível);

• A contratada deverá estar atenta a não danificar a galvanização das peças do tracker durante todo
o processo de montagem e manuseio, bem como não cortar as estacas predefinidas;

• A contratada não poderá descalçar a estaca após a cravação desta para abertura de valas e
instalação de eletrodutos. Caso isso aconteça, a contratada deverá garantir a estabilidade da estaca
e comprovar a compactação do solo quando do fechamento;

• Caso o tracker possua biela que interligue duas filas (como é o caso do modelo STI) a contratada
deverá garantir que todas as bielas estejam na altura mínima de projeto em relação ao solo;

• Cada tracker deve ser identificado em campo com o seu respectivo código de projeto. A identificação
deve ser feita de forma que se tenha durabilidade e que não haja descolamento. A contratante pode
enviar modelo de projetos anteriores;

• A numeração/identificação dos equipamentos deve iniciar a partir do ponto mais próximo ao acesso
e seguir em ordem crescente em direção aos fundos da propriedade;

• A garantia de todos os componentes mecânicos do tracker deverá ser de no mínimo 5 anos. Para
os componentes elétricos e operacionais a garantia mínima deverá ser de 2 anos;

12.ESTRUTURA FIXA – MESA

Em alguns projetos, a Athon utiliza estruturas fixas (mesas) para instalação dos módulos. Nesses
casos, as seguintes especificações devem ser atendidas caso fornecimento seja da contratada:

• A mesa deverá ser na configuração 2V, em alumínio ou aço galvanizado a fogo, adaptado para as
condições de cargas de vento locais bem como graus de corrosividade ambiente e do solo;

• O módulo deverá ter uma altura mínima de 0,5m do solo;

• Para avaliação do nível de corrosividade deve-se considerar os índices de umidade e temperatura


locais bem como a proximidade com a costa (efeito maresia até 25km) e zonas industriais;

• A quantidade de peças sobressalentes deverá ser avaliada com o fornecedor, levando em


consideração a capacidade da usina;

• A contratada deverá obter e ter conhecimento de toda a documentação técnica da estrutura junto
ao fornecedor (manuais, datasheet, certificados, desenhos, projetos, etc.) para o respectivo projeto.
O projeto executivo e sua consequente montagem em campo devem seguir estritamente as
recomendações do fornecedor, sendo passível de não conformidade pela contratante caso haja
desvios pela contratada;

• As fundações serão em tipo micropilote ou sapata de concreto a partir da análise SPT do terreno;
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• Os módulos devem estar orientados para o norte geográfico e a inclinação da mesa deverá ser
próxima a latitude local, com inclinação mínima de 10°;

• No layout preliminar apresentado pela contratante bem como no processo de solicitação de acesso
perante a concessionária, a Athon considera a mesa do fornecedor STI Norland modelo STI-F3. É
prerrogativa da contratada considerar ou não tal fornecedor, desde que atenda aos requisitos dessa
especificação. Caso a contratada considere outro fornecedor, deverá se certificar se tal solução se
enquadra nos limites definidos do terreno apresentado pela contratante por meio de um layout
básico alternativo.

13.TRANSFORMADOR ISOLADOR
• Admite-se transformador corrugado ou pedestal trifásico isolação a óleo (mineral), com blindagem
eletrostática entre os enrolamentos, frequência 60Hz, impedância máxima de 6%, classe de
isolação das buchas BT 2,5kV em epóxi, rendimento mínimo 98,8% (perda 0,20% a vazio e 1% a
plena carga na temperatura ambiente de 40°C), taps variáveis, fator K=1, classe E do material
isolante, camadas duplas de isolamento, instalação externa; cor cinza claro munsell de pintura base
acrílica;

• Proibido utilização de ascarel como isolante;

• O transformador deverá ser projetado para aplicação específica em geração fotovoltaica e para
trabalhar em sua potência máxima durante pelo menos 12 horas por dia e a 30% de sua potência
nominal nas outras 12 horas, sem interrupção, de forma a garantir seu dimensionamento térmico e
expectativa de vida útil desejada, e suportar as condições severas de trabalho desta aplicação
imposto pela operação dos inversores, rápidas tensões de pico agressivas, grandes variações de
tensão, transitórios e elevado referencial do aterramento em relação ao nível 0;

• Como acessórios mínimos devem ser considerados: caixa de ligação de acessórios, compartimento
de AT e BT, buchas de AT, buchas de BT em epóxi, válvula de alívio de pressão com 2 contatos,
indicador de nível magnético com 2 contatos, 1 termômetro, poço para implantação de
termorresistência PT100 ou Termopar, radiadores fixos, aterramento do tanque, acionamento do
comutador sem tensão, fusíveis baioneta/limitador de corrente e chave seccionadora horizontal 2
posições na AT (Trafo pedestal), manovacuômetro, dispositivo filtro prensa, tampa superior
removível;

• O transformador deve ser capaz de tolerar um certo grau de desequilíbrio de fase, 5% da corrente
na potência nominal;

• O transformador deve ser capaz de suportar certo nível de injeção de corrente contínua: 0,5% da
corrente fundamental na potência nominal;

• A garantia mínima do equipamento deve ser de 24 meses. Para os acessórios garantia mínima de
12 meses;

• A contratada deverá providenciar como sobressalente um conjunto (3 peças) fusível tipo baioneta
do transformador mais representativo da usina – caso a solução seja em transformador tipo
pedestal;

• Para cada 3 isoladores de MT, de mesma especificação e modelo, instalados na planta, deve haver
1 unidade sobressalente, até um máximo de 3 unidades;

• A partir de 2 transformadores instalados, deve-se prever 2 monitores de temperatura como


sobressalente;

• A quantidade de transformadores deverá corresponder ao número de medições para cabines até


2,5 MW. Caso a medição seja acima de 2,5MW deverá ser considerado no mínimo 2
transformadores por medição;
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• A tensão secundária do Trafo depende da tensão CA do inversor considerado. Já a tensão primária


depende da tensão de conexão da usina, informada pela contratante;

• A contratada deverá consultar a norma da concessionária para conhecimento dos TAPs mínimos
exigidos no enrolamento primário;

• O grupo de ligação dos enrolamentos primário e secundário depende da prerrogativa da


concessionária local. A contratada deverá certificar tal informação no procedimento de conexão da
distribuidora;

• Transformadores com volume a óleo superior a 100L devem ser previstas barreiras incombustíveis
e dispositivo para drenar ou conter líquido de eventual vazamento;

• A mufla conectada ao transformador deve ser aterrada;

• A Athon considera inicialmente o transformador pedestal do fabricante Comtrafo para o processo


de solicitação de acesso junto a distribuidora. É prerrogativa da contratada seguir ou não com o
mesmo modelo e fabricante para o projeto, desde que seja respeitado as condicionantes dessa
especificação técnica. Caso a contratada opte por outro modelo/fabricante esta deverá prontamente
apresentar o datasheet do modelo considerado de forma que a contratante possa avaliar
tecnicamente e buscar a alteração junto a distribuidora se possível, considerando os riscos e prazos
inerentes ao processo;

• É de responsabilidade da contratada a obtenção e conhecimento de toda documentação técnica


(manuais, datasheets, desenhos, projetos, etc) que devem ser respeitados durante toda a fase de
projeto, instalação e comissionamento;

• A liberação para fabricação só deverá acontecer após liberação para execução em projeto executivo
pela contratante;

• A contratada deverá acompanhar os testes de inspeção em fábrica e comunicar/convidar a


contratante com antecedência mínima de 15 dias quando da confirmação da data pelo fornecedor.
É obrigatório que o fornecedor apresente o Plano de Inspeção e Testes (PIT) para a contratada.
Esta deverá analisar o documento, propor melhorias se necessário, e apresentar o PIT final para a
contratante. A contratante reserva-se no direito de participar ou não da inspeção bem como de
analisar e propor melhorias sobre o PIT considerado final pela contratada;

• A seguir são listados alguns ensaios obrigatórios durante a inspeção em fábrica:

1. Amostra de óleo de cromatografia do Trafo antes dos ensaios;

2. Resistência elétrica do isolamento;

3. Relação de transformação em todas as derivações, polaridade, deslocamento angular e


sequência de fases;

4. Resistência elétrica dos enrolamentos na derivação principal;

5. Regulação e rendimento;

6. Tensão aplicada;

7. Tensão induzida de curta duração;

8. Medição de harmônicos na corrente de excitação;

9. Perdas a vazio e corrente de excitação;

10. Perdas em carga e impedância na derivação principal;

11. Elevação de temperatura (1 peça por usina a ser escolhido pela contratante ou contratada);

12. Impulso atmosférico (1 peça por usina a ser escolhido pela contratante ou contratada);
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13. Amostra de óleo de cromatografia do Trafo após os ensaios;

14. Amostra de óleo físico-químico do Trafo;

15. Estanqueidade e resistência a pressão;

16. Tensão aplicada nos acessórios;

17. Verificação de funcionamento dos acessórios;

18. Ensaios na pintura (espessura e aderência);

19. Verificação visual e dimensional.

• O equipamento só poderá ser despachado para o site a partir do momento em que a inspeção
estiver completamente aprovada e sem nenhuma pendência a ser realizada. A contratante,
participando ou não da inspeção, deverá receber a documentação da inspeção e relatório de
correção de eventuais pendências para poder liberar para execução (LE) os documentos e
consequente despacho dos equipamentos para o campo;

• A contratada deverá fazer uma avaliação preliminar quando da chegada do equipamento em campo
de forma a se certificar que recebeu o equipamento conforme o projeto e documentos finais de
inspeção.

14.QUADRO GERAL DE BAIXA TENSÃO – QGBT


Esta seção destina-se aos QGBTs os quais podem estar integrados junto a solução do transformador
(pedestal) ou separados (solução transformador corrugado). As seguintes especificações devem ser
atendidas:

• Cada transformador deverá ter seu QGBT dedicado – na solução transformador corrugado o QGBT
deverá ser instalado próximo àquele;

• Índice de proteção mínimo IP 65;

• Cor cinza claro;

• Barramentos em cobre eletrolítico de alto grau de pureza;

• Sistema de ventilação forçada;

• DPS tipo 1+2;

• QGBT necessita ser fechado na parte inferior de forma que impeça a entrada de animais;

• Para cada circuito inversor – QGBT deverá possuir um disjuntor cuja corrente nominal seja pelo
menos 20% superior a corrente máxima do inversor;

• Disjuntor geral cuja corrente nominal seja pelo menos 20% superior a soma da corrente máxima
dos inversores;

• Deve ser verificado o nível de curto-circuito suportado pelos disjuntores os quais devem estar de
acordo com as contribuições de curto-circuito de todos os equipamentos naquele ponto;

• Transformador auxiliar para alimentação de circuitos auxiliares no próprio QGBT. Exemplos de


circuitos auxiliares, mas não se limitando apenas a esses: tomada, ventilação forçada, alimentação
da unidade anemométrica do tracker, alimentação da unidade de controle do tracker, estação
meteorológica, alimentação do smartlogger do inversor, alimentação das câmeras CFTV, circuito
reserva etc. A potência do transformador deve ser corretamente dimensionada bem como a tensão
secundária deve estar de acordo com a tensão de alimentação dos equipamentos dos circuitos
auxiliares;
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• No QGBT mais próximo à casa de controle deverá ser considerado um circuito de alimentação, na
tensão do barramento BT, que se destina a energização do transformador presente na casa de
controle. Este transformador será responsável por alimentar todos os circuitos e equipamentos
presentes na casa;

• Todos os circuitos e disjuntores presentes no QGBT devem estar claramente identificados de acordo
com a nomenclatura do projeto executivo;

• Não é permitido o uso de solda para conectar condutores ao terminal dos dispositivos bem como
não é permitida aplicação de solvente que venha a danificar os contatos, conectores e
equipamentos;

• Todas as terminações de cabos devem possuir conectores. Em cabos de alumínio necessário


conector bimetálico;

• A contratada é responsável pela obtenção de toda documentação técnica do fornecedor do QGBT,


a qual deverá ser disponibilizada no databook final do projeto executivo;

• A liberação para fabricação só deverá acontecer após liberação para execução em projeto executivo
pela contratante;

• Garantia mínima de 12 meses contra defeitos de fabricação;

• Deve ser previsto no total por usina como sobressalente pelo menos: 2 disjuntores do circuito
inversor; 1 disjuntor alimentação da casa de controle, 1 disjuntor geral e 5 disjuntores de circuitos
auxiliares;

• A contratada deverá acompanhar os testes de inspeção em fábrica e comunicar/convidar a


contratante com antecedência mínima de 15 dias quando da confirmação da data pelo fornecedor.
É obrigatório que o fornecedor apresente o Plano de Inspeção e Testes (PIT) para a contratada.
Esta deverá analisar o documento, propor melhorias se necessário, e apresentar o PIT final para a
contratante. A contratante reserva-se no direito de participar ou não da inspeção bem como de
analisar e propor melhorias sobre o PIT considerado final pela contratada;

• O equipamento só poderá ser despachado para o site a partir do momento em que a inspeção
estiver completamente aprovada e sem nenhuma pendência a ser realizada. A contratante,
participando ou não da inspeção, deverá receber a documentação da inspeção e relatório de
correção de eventuais pendências para poder liberar para execução (LE) os documentos e
consequente despacho dos equipamentos para o campo;

• A contratada deverá fazer uma avaliação preliminar quando da chegada do equipamento em campo
de forma a se certificar que não ocorreu nenhuma avaria durante o processo de transporte e recebeu
o equipamento conforme o projeto e documentos finais de inspeção.

15.CABINE DE MEDIÇÃO E PROTEÇÃO


• O projeto executivo e fornecimento da cabine de medição e proteção deve seguir o projeto básico
aprovado pela concessionária e enviado pela contratante. Todavia é obrigação da engenharia da
contratada, ao receber o projeto básico aprovado na distribuidora, analisar o documento e confrontar
com a norma da distribuidora local. Quaisquer divergências entre a norma e o projeto devem ser
comunicadas a contratante antes do avanço do pedido de compra do equipamento;

• Além do projeto básico da cabine, o escopo deverá ser complementado com esta especificação
técnica;

• Em usinas cuja tensão de conexão seja superior a 34,5kV e que necessitam de subestação própria,
tal escopo em princípio não será da contratada. Assim, a contratada deverá interligar a usina com
a subestação (rede de média tensão) e fazer a integração com o Scada presente na casa de controle
das informações e dados da subestação;
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• A garantia mínima admitida do fornecedor da cabine quando blindada deverá ser de 24 meses;

• Cor cinza clara;

• Na hipótese de o projeto básico aprovado expressar de forma clara o fornecedor/fabricante de


determinado componente ou conjunto cabine, a contratada deverá adquirir exatamente tal qual
especificado. Caso não haja nenhuma menção a contratada deverá adquirir equipamentos que
sejam homologados pela distribuidora. A lista de homologados deverá ser consultada no site ou
normas da distribuidora;

• Deverá ser previsto medição redundante sobre cada medição da concessionária.


Preferencialmente, o medidor redundante deve ser instalado no cubículo de proteção da cabine com
os sinais de tensão e corrente advindos do TP e TC de proteção;

• Os disjuntores devem ser modelo a vácuo;

• A chave seccionadora deverá ser do modelo abre e aterra;

• O layout preliminar enviado pela contratante informará a quantidade de cabines para o projeto;

• Para cada usina deve ser previsto como sobressalente: 1 nobreak de igual modelo e autonomia
instalado na cabine, 1 relé de igual modelo instalado na cabine, 2 fontes capacitivas do mesmo
modelo instalado na cabine, 3 para raios do mesmo modelo instalado na cabine;

• As cores dos barramentos devem respeitar a norma da concessionária. Caso não seja explícito na
norma deverá ser utilizado as cores vermelha, azul e branca para cada fase;

• A cabine deverá ser autoalimentada, isto é, seus circuitos auxiliares devem ser alimentados por TP
de serviço auxiliar ou transformador presente na cabine, ambos corretamente dimensionados para
tal;

• A caixa de medição deve ser no padrão da concessionária – consultar norma;

• Os TCs, TPs e medidor do cubículo de medição (se houver esse cubículo no projeto básico) são de
fornecimento da distribuidora;

• A cabine deverá possuir sinalização de segurança, extintores e iluminação interna. As partes


metálicas devem ser protegidas por tela (a espessura da tela deve ser consultada na norma da
concessionária);

• A fonte de alimentação redundante (nobreak) deve ter autonomia mínima de 2 horas;

• O disjuntor da cabine não deve ter religamento automático;

• O circuito de controle do disjuntor deve possuir sistema antipumping;

• Solicita-se um conjunto para raios na entrada e saída de cada cabine;

• O tipo do para raio empregado (com ou sem centelhador) depende da norma de cada
concessionária;

• Deve ser seguido ao menos o padrão mínimo de aterramento das cabines definido pela
concessionária;

• Não é permitido emprego de chave fusível na cabine bem como em nenhuma parte da usina;

• A caixa de passagem da cabine (entrada da concessionária) deve ter pontos para o lacre da tampa;

• O limite de escopo da contratada será até o poste particular da usina próximo a cabine quando
apresentado no projeto básico, com a instalação de todos os componentes presentes bem como a
condução do circuito da cabine ao poste. O ramal de ligação (trecho entre o poste da concessionária
e o poste da usina) é de escopo da empreiteira que fará a construção da rede da distribuidora;
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• É de responsabilidade da contratada a obtenção e conhecimento de toda documentação técnica


(manuais, datasheets, desenhos, projetos etc.) que devem ser respeitados durante toda a fase de
projeto, instalação e comissionamento;

• A liberação para fabricação só deverá acontecer após liberação para execução em projeto executivo
pela contratante;

• A contratada deverá acompanhar os testes de inspeção em fábrica e comunicar/convidar a


contratante com antecedência mínima de 15 dias quando da confirmação da data pelo fornecedor.
É obrigatório que o fornecedor apresente o Plano de Inspeção e Testes (PIT) para a contratada.
Esta deverá analisar o documento, propor melhorias se necessário, e apresentar o PIT final para a
contratante. A contratante reserva-se no direito de participar ou não da inspeção bem como de
analisar e propor melhorias sobre o PIT considerado final pela contratada;

• Conforme layout preliminar apresentado pela contratante, a região da cabine será cercada. Nesta
região deverá haver deposição de brita ao longo de toda superfície;

• A distância entre a cabine e a cerca e entre cabine e rede/poste da concessionária deverá obedecer
ao distanciamento mínimo previsto na norma da distribuidora, se existir;

• O equipamento só poderá ser despachado para o site a partir do momento em que a inspeção
estiver completamente aprovada e sem nenhuma pendência a ser realizada. A contratante,
participando ou não da inspeção, deverá receber a documentação da inspeção e relatório de
correção de eventuais pendências para poder liberar para execução (LE) os documentos e
consequente despacho dos equipamentos para o campo;

• A contratada deverá fazer uma avaliação preliminar quando da chegada do equipamento em campo
de forma a se certificar que não ocorreu nenhuma avaria durante o processo de transporte. que
recebeu o equipamento conforme o projeto e documentos finais de inspeção.

16.CABOS DE ENERGIA, DIMENSIONAMENTO E INSTALAÇÃO


• Cabo Solar: cobre estanhado; encordoamento classe 5; dupla isolação; retardante de chama; livre
de halogênio; resistente a água; seção mínima admissível de 6mm²; tensão de operação até 1800V;
capaz de resistir a temperatura em serviço contínuo de 90°C, temperatura em sobrecarga de 120°C
por 20.000 horas, temperatura em curto-circuito 250°C no máximo 5 segundos; cor vermelha (polo
positivo) e preta (polo negativo); resistente a radiação UV e intempéries. Sua especificação e
requisitos mínimos devem estar de acordo com a norma ABNT NBR 16612, ficando explícito no
datasheet;

• A capacidade de corrente do cabo solar para memória de cálculo deve ser baseada na norma NBR
16612;

• A temperatura de operação de módulos fotovoltaicos e, consequentemente, dos condutores


associados, pode ser significativamente mais elevada do que a temperatura ambiente. Uma
temperatura operacional mínima, igual à temperatura ambiente máxima esperada + 40 °C, deve ser
considerada para os condutores instalados perto ou em contato com os módulos fotovoltaicos;

• Para reduzir a magnitude de sobretensões induzidas por descargas atmosféricas, os condutores do


arranjo fotovoltaico devem ser dispostos de tal maneira (agrupados) que a área de laços de
condutores seja mínima;

• Os condutores devem ser instalados de forma a não sofrer fadiga devido a esforços mecânicos,
como, por exemplo, excesso de curvatura além dos limites estabelecidos pelo fabricante. Eles
também devem ser protegidos contra bordas cortantes ou perfurantes. Os condutores devem ser
instalados de forma que suas propriedades e os requisitos de instalação sejam mantidos ao longo
da vida útil do sistema fotovoltaico;
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• O cabeamento solar deverá ser fixado à estrutura de montagem dos módulos por debaixo dos
painéis, por meio de fitas tipo Hellermann, as quais devem ser resistentes a radiação UV e possuir
a mesma vida útil da usina (ao menos 25 anos). No caso de módulos bifaciais cuidado especial
deve-se ter de forma a minimizar sombreamento na parte traseira do painel;

• No trecho entre estruturas é permitida a condução dos cabos solares por via aérea, porém
acomodados em eletroduto de proteção UV;

• No trecho entre a estrutura e inversor (ou combiner box), os cabos solares devem ser enterrados
em valas e acomodados em eletrodutos com profundidade mínima de 0,70 metros;

• Os cabos CC na saída da combiner devem ser de cobre e respeitar a norma NBR 16612, bem como
estar compreendido nas seções admissíveis da conexão da combiner;

• A corrente mínima os quais os condutores de corrente contínua devem ser dimensionados deverá
respeitar a tabela 5 da NBR 16690;

• A seguinte especificação mínima enquadra-se para os cabos de corrente alternada na saída do


inversor e/ou cabo de corrente alternada na saída do QGBT: tensão de operação máxima 1000VCA
condutor de cobre ou alumínio, encordoamento classe 2, isolação EPR ou XLPE; 90°C de
temperatura de operação contínua, 130°C em sobrecarga e 250°C em curto-circuito, não
halogenado, baixa emissão de fumaça, não propagante de chama, cor preta;

• Os circuitos CC entre combiner - inversor ou circuitos CA entre inversor - QGBT ou QGBT -


transformador serão enterrados em valas e acomodados em eletrodutos com profundidade mínima
de 0,70 metros. Quando em área de travessia de veículos (acesso interno) deve ser enterrado no
mínimo a 1m e a vala ser concretada;

• Circuitos de corrente contínua e alternada não devem estar em um mesmo eletroduto;

• Deve ser considerado a especificação de seção máxima do cabeamento na entrada e saída do


inversor e combiner box, bem como avaliar a compatibilidade para terminais de cobre e alumínio;

• Todos os componentes que fiquem próximos ou em contato direto com módulo, inversor e conector
devem ser capazes de resistir a temperatura máxima de operação do equipamento;

• Cabo de média tensão MT: condutor de cobre ou alumínio, encordoamento classe 2, blindado
(necessita dimensionar), isolação EPR ou XLPE, 90°C de temperatura de operação contínua, 130°C
em sobrecarga e 250°C em curto-circuito, não halogenado, baixa emissão de fumaça, retardante de
chama, cor preta, tensão de isolamento a depender da tensão de conexão;

• As blindagens dos cabos de MT devem ser aterradas em uma das extremidades ao menos,
conforme item 6.2.10.6 da NBR 14039. Se a distância do circuito for maior que 150m deve-se aterrar
nas duas extremidades;

• Os cabos MT devem ser enterrados a pelo menos 0,90 m de profundidade. Quando em área de
travessia de veículos (acesso interno) deve ser enterrado no mínimo a 1,20m e a vala ser concretada
neste trecho;

• A contratada tem a opção de instalar os cabos MT no método em eletroduto ou diretamente


enterrado. Para a segunda opção a contratada deverá prever instalação mecânica adicional
conforme apresentado na norma ABNT NBR 14039. Tal proteção deve ser coerente com a finalidade
em questão. Como sugestão a contratante possui placa de proteção mecânica de cabos
subterrâneos do fornecedor Saeko, empregada em outras usinas da Athon;

• É proibido cruzamento de circuitos de corrente alternada nas valas bem como amarração em trifólio
de diferentes circuitos; para circuitos agrupados em trifólio o espaçamento entre eles deve ser no
mínimo 2,2 vezes o diâmetro do cabo unipolar. Para o caso em que os circuitos estão agrupados
no mesmo plano o espaçamento mínimo é de 3 vezes o diâmetro do cabo unipolar;
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• É permitido que um condutor seja paralelizado desde que todos os seus cabos sejam da mesma
seção, mesmo conduto e método de instalação e que não haja derivações;

• A contratada deverá apresentar no databook os ensaios de todos os cabos supracitados nessa


seção;

• Para o caso em que a contratada não realizar medição da resistividade térmica do solo deve-se
usar o valor mais conservador para o critério de capacidade de condução de corrente conforme
tabelas de fatores de correção da NBR5410 e NBR14039;

• Todos os circuitos devem permitir ser seccionados, inclusive o circuito CC sob carga;

• Todos os circuitos devem ser identificados (TAGs) conforme nomenclatura definida no projeto. Tal
identificação deverá ser prevista para ter a durabilidade de 25 anos;

• Todas as valas elétricas devem possuir fita de sinalização ao longo de toda sua extensão e
enterradas a 10 cm de profundidade;

• As valas elétricas deverão ser compactadas com reaterro sem presença de dejetos. Se houver
presença d'água na cava dever-se-á esgotar a mesma antes do início do lançamento e compactação
do solo melhorado com cimento. Também deverá ser lançada uma camada de material granular ou
mistura de brita e areia, com espessura suficiente para evitar a formação de lama e proteger a
mistura do solo com o cimento, do contato direto com a água;

• Deve-se evitar abertura de valas elétricas em pontos de cruzamento com acesso interno. Caso não
seja possível as valas devem ser concretadas;

• Os eletrodutos da usina devem ser corrugados (tipo Kanaflex), não propagante de chamas, com
durabilidade de 25 anos. Aqueles eletrodutos expostos ao tempo necessitam possuir proteção
contra radiação UV;

• Cabos de um mesmo circuito, tanto CC como CA, devem ser acomodados no mesmo eletroduto;

• Na parte interna da casa de controle e cabine de medição e proteção são admissíveis eletrodutos
galvanizados;

• Não é permitido nenhum tipo de emenda de cabos dentro de eletrodutos;

• Deve ser respeitada a taxa de ocupação máxima dos eletrodutos previsto em norma. Para os
condutores de alumínio a taxa de ocupação máxima do eletroduto deverá ser de 20%;

• Os eletrodutos empregados na usina devem ser apenas aqueles liberados em projeto. Caso a
contratada adquira os eletrodutos antes da conformidade do projeto, é de seu total risco e
responsabilidade caso venha a necessitar recompra dos eletrodutos;

• A contratante recomenda que todas as atividades que necessitem da instalação de eletrodutos


sejam planejadas no cronograma para após a chegada destes;

• Em todos os pontos onde há espaços vazios na passagem de circuitos (extremidades de


eletrodutos, entrada e saída do QGBT, combiner box etc.), deverá ser empregada para
preenchimento o uso de espuma expansiva do tipo inofensiva a camada de ozônio, resistência de
exposição ao fogo, rápido tempo de cura e ótima capacidade de preenchimento. Sua aplicação deve
seguir as recomendações do fabricante. Como recomendação a Athon utiliza em suas usinas a
espuma Soudafoam FR do fabricante Soudal.

17.CAIXAS DE PASSAGEM
• Segundo item 6.2.11.1.6 da NBR 5410, deverá haver instalação de caixas de passagem em trechos
retilíneos a no máximo a cada 30 metros, devendo ser reduzido em 3 metros para cada curva 90°;
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• Segundo item 6.2.11.1.9 da NBR 5410 e 6.2.11.1.4 da NBR 14039, devem ser instaladas caixas de
passagem em todos os pontos aonde houver entrada e saída de condutores da tubulação e em
pontos de emenda dos cabos;

• Deverá ser depositada brita no fundo de todas as caixas de passagem;

• As dimensões deverão ser modulares em projeto de acordo com o dimensionamento da vala e


quantidade de eletrodutos;

• As caixas de passagem deverão ser de material polipropileno com tampa em ferro ou alumínio. Não
são admitidas caixas em concreto exceto quando especificado em projeto básico da cabine de
medição enviado pela contratante. Como sugestão a Athon utiliza em suas plantas as caixas do
fornecedor Fuminas, modelo Fubox;

• É necessária compactação no entorno das caixas. Boas práticas de acabamento devem ser
adotadas.

18.ATERRAMENTO
• Como primeira ação a contratada deverá proceder com o teste de resistividade do solo. Este é
requerido para fins de análise para projeção da malha de aterramento. Para melhores resultados
recomenda-se executar a verificação a partir da área central do terreno, desenvolvendo o teste de
maneira simétrica e organizada ao longo do terreno e sempre em conformidade com as normas
técnicas estabelecidas pelos órgãos competentes. Usar terrômetro e seguir a norma NBR 7117;

• Todas as massas metálicas devem estar devidamente equipotencializadas. Não se admite o uso de
dutos metálicos como condutor de aterramento;

• O projeto de aterramento deve prever como mínimo: malha onde os eletrodos de aterramento serão
em cabo de cobre nu interligado a anéis que atendem os painéis com inversores, transformadores,
casa de controle e cabine de medição e proteção; condutores vivos devem ser conectados à ligação
equipotencial somente através de DPS;

• A extensão da malha de aterramento da usina deverá ser adotada de acordo com o projeto apto
para execução e em atendimento as normas técnicas vigentes;

• A seção do cabo de cobre nu deverá ser adotada de acordo com a conformidade do projeto
executivo e com a seção mínima prevista em norma. Nas usinas em operação da Athon utiliza-se
seção de 50mm², para os eletrodos de aterramento;

• É vedado o uso de cordoalha de aço como condutor de aterramento;

• O aterramento entre trackers ou mesas deverá ser interligando em vala enterrada entre estacas
vizinhas com cabo cobre nu;

• A malha de terra deve ser dimensionada de acordo com a soma da contribuição da corrente de
curto-circuito da rede e a contribuição da planta solar multiplicados por 1,05;

• No estudo de cálculo para dimensionamento das malhas de aterramento da planta deverão ser
indicados: Estudo e cálculo da suposta impedância do solo, constando detalhes relativos à sua
estratificação, como número de camadas, sua espessura e o valor da resistividade de cada uma;
Layout da malha de terra com o gráfico de isolinhas;

• O projeto executivo deverá conter desenhos de conexões típicas para componentes, considerando
utilização de soldas exotérmicas para as malhas do entorno da Cabine de Medição e Proteção, dos
Skids/Eletrocentros e da Casa de Controle. Para as demais conexões da malha principal serão
aceitas a utilização de conectores adequados, instalados conforme instrução dos fabricantes de
modo a assegurar uma conexão equivalente, sem danificar o eletrodo de aterramento;
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• O projeto executivo de aterramento deve contemplar a possibilidade de escoamento de toda e


qualquer corrente de fuga, sem danificar a malha e sem ocasionar sobretensão nos equipamentos
interligados por esta malha;

• A contratada deverá realizar uma análise de risco para necessidade de SPDA, conforme norma
ABNT NBR 5419, e a partir desta deverá indicar em documento o estudo realizado e, caso indicado
a necessidade, implementar projeto para sistema SPDA em cada um dos principais equipamentos
da planta, esta implementação deverá ser indicada no memorial descritivo de aterramento;

• No estudo de análise de risco para necessidade de SPDA a contratada também deverá indicar a
necessidade de instalação de DPS’s em todos os pontos que se mostrem necessários, de maneira
que seja minimizada ao máximo a queima de equipamentos durante a operação da planta. Verificar
a necessidade desta instalação tanto em conexões de cabos elétricos quanto de comunicação, no
memorial descritivo do aterramento deve ser indicado com imagens/desenhos simples os locais
onde o DPS será instalado;

• Deve ser avaliado em projeto a instalação de para raios junto aos skids/transformadores;

• Para cada 6 para-raios de MT, de mesma especificação e modelo, instalados na planta, deve haver
1 unidade sobressalente, até um máximo de 3 unidades;

• Deve ser previsto como sobressalente 1 para-raio de MT para cada modelo diferente existente na
planta e somente caso esteja previsto a instalação de 3 ou mais unidades de um mesmo modelo;

• Deve ser avaliado em projeto pela contratada a ligação do aterramento da cerca perimetral (e
interna) na malha principal da usina ou deixá-la em separado;

• As cercas presentes na usina deverão apresentar seccionamento, seguindo as boas práticas de


engenharia e normas da concessionária quando aplicável. O seccionamento deverá ser observado
especialmente quando a cerca estiver próxima à rede elétrica;

• Se o neutro da concessionária estiver disponível interligar na malha de aterramento da usina.

19.PROTEÇÃO
• A contratante encaminhará a contratada as informações técnicas de dados de curto-circuito do
ponto de conexão bem como o estudo de proteção e seletividade realizado pela Athon ou terceiro
e aprovado pela distribuidora. A partir de tal estudo e informações, a contratada deverá elaborar o
estudo de proteção e cálculo de curto-circuito interno da usina;

• Para o cálculo de curto-circuito interno da usina a contratada deverá considerar o circuito de média
tensão mais distante e utilizar os dados de resistência e reatância de sequência positiva e sequência
zero dos cabos MT;

• Os estudos de curto-circuito, coordenação e seletividade da contratada deverão ser elaborados de


acordo com as normais vigentes, de maneira que todos os dispositivos para a proteção da planta
estejam de acordo com os níveis de curto-circuito transitórios e subtransitórios em MT e BT;

• A contratada deverá, dentro do projeto executivo, considerar os níveis de energia incidente com
indicação de qual ATPV (valor de performance para Arcos térmicos) do EPI deve ser utilizado no
local.

20.CASA DE CONTROLE
• A casa de controle é o local que abrigará toda a inteligência do parque solar, como o rack do sistema
SCADA, rack sistema CFTV, central de alarme de incêndio com alarme sonoro interno e externo,
um gabinete para uma pessoa (70cm² + cadeira de escritório) com monitor do sistema CFTV e que
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terá acesso ao sistema SCADA e outro gabinete para uma segunda pessoa (70cm² + cadeira de
escritório);

• O rack do sistema SCADA deverá ser do tipo industrial e se possível já ser entregue no site montado.
Por opção da contratada, a contratante poderá indicar alguns modelos;

• Em princípio sua construção deverá ser em alvenaria dividida em três cômodos: sala (mínimo 20m²);
banheiro/lavabo (mínimo 2,15m²), com prateleiras e almoxarifado de escritório (mínimo 3m²) com
prateleiras;

• É facultado a contratada apresentar opção de casa de controle solução em contêiner marítimo,


desde que atendendo os demais itens desta especificação relacionada ao tema.

• Deverá ser elaborado documento de projeto elétrico da sala de controle conforme NBR 5410;

• Na sala, a disposição dos equipamentos e móveis deverá ser validada pela contratante antes de se
iniciar o desenvolvimento do projeto elétrico. Recomenda-se que a contratada solicite projeto
modelo como referência antes de iniciar o seu projeto;

• Deverá ser elaborado documento de memória de cálculo para dimensionamento das instalações
elétrica da Sala de Controle conforme NBR 5410;

• Deverá ser instalado na sala um ar-condicionado tipo split de forma a manter a temperatura
ambiente por volta de 20°C e que seja eficiente, com potência máxima de 3.500 W e que siga a
norma NBR 5410. O equipamento deverá ser posicionado na estrutura lateral da caixa d’água,
sendo apoiado pelo suporte acima do telhado, conforme figura 4;

Figura 4. Posicionamento do aparelho de ar-condicionado.

• Os quadros elétricos previstos devem ser montados em fábrica e não podem ficar alocados abaixo
da evaporadora do ar-condicionado. Eles devem possuir barramento de cobre e calhas na lateral,
bem como tampa de acrílico para proteção, conforme exemplo da figura 5;
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Figura 5. Exemplo de quadro elétrico.

• A porta da casa não poderá ser do tipo basculante. Sua largura mínima deverá ser de 90cm de
forma a poder possibilitar a entrada de equipamentos como o rack SCADA;

• O banheiro deverá ter acesso externo e estar suportado por uma caixa d’água com capacidade
mínima de 250 litros e sistema de fossa séptica. Caso não haja encanamento de água no local,
deve ser previsto a alocação de uma caixa d’agua externa de no mínimo 5.000 litros, com
encanamento e sistema de motobomba para alimentação da caixa d’agua do lavabo. Esta caixa
D’agua externa pode estar alocada próxima as cercas perimetrais ou ao acesso principal da planta,
para facilitar sua reposição de água por meio de caminhão pipa;

• Deve ser previsto local de instalação apropriado para a motobomba, com ponto de tomada
dimensionado para a potência da motobomba;

• O almoxarifado deverá ter acesso direto pela sala e ao menos uma tomada de uso geral em
110/220V;

• As esquadrias devem ser de aço galvanizado com venezianas, pintura eletrostática branco e tela
metálica interna de ¾’’. As esquadrias devem permitir circulação de ar entre área externa e interna;

• Prever ponto de torneira externo, próxima à entrada do banheiro;

• O piso de toda casa de controle deverá ser nivelado e polido;

• O banheiro deverá possuir soleira de granito;

• Na parte externa da casa o passeio deverá possuir no mínimo 50cm de largura, com altura de 15cm
acima do nível do solo, a sua execução deverá ser em concreto e acabamento vassourado;

• A cobertura da casa em alvenaria será composta por laje impermeabilizada, platibanda e telhado
com telha trapezoidal com pintura gelo, sobre estrutura metálica, com inclinação mínima de 5% e
alçapão de acesso para a caixa d’água, devidamente impermeabilizada. Deverá ser dimensionado
sistema de escoamento de águas pluviais.

Os tópicos abaixo referem-se as usinas de potência nominal inferior a 1MW:


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• As especificações técnicas acima referentes a sala de controle não são obrigatórias. Sendo
necessário apenas a alocação do rack do sistema CFTV e do mini-rack do sistema internet em local
abrigado. Caso o rack do CFTV não tenha sistema de refrigeração que mantenha a operação do
sistema nas condições de temperatura recomendadas pelo fabricante, o local abrigado deverá
possuir sistema de refrigeração;

• A depender do modelo de rack utilizado, este pode ser abrigado ao tempo, desde que em
atendimento as normas existentes e tenha proteção contra intempéries ambientais extremas
(Chuvas torrenciais e tempestades). Porém, o ideal é que seja utilizado em local abrigado fechado,
conforme descrito anteriormente;

• Admitem-se à contratada as seguintes soluções para alocação abrigada do rack do sistema de


CFTV e do mini-rack do sistema internet em usinas inferiores a 1MW nominal: caso os inversores
sejam agrupados incluir uma estrutura com cobertura (conforme mencionado na seção inversores)
ou então podem ser alocados em uma estrutura tipo container sob medida com a presença de
banheiro e podendo ser banheiro tipo químico, considerando suas instalações hidrossanitárias;

• O banheiro deverá possuir lavatório, ser alimentado por uma caixa d’agua de no mínimo 5.000 litros,
esta pode ser externa. A caixa d’agua também será útil para uso em caso de necessidade de
combate a incêndios ou mesmo como reservatório de água a ser utilizado quando houver
necessidade de limpeza dos painéis solares.

21.SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE


A estrutura de controle e supervisão da usina, consistirá em diferentes sistemas de envio de sinais
digitais em protocolo modbus/TCP com utilização de SCADA em IEC104 fornecido pela contratante. Deste
modo, haverá o monitoramento dos componentes em operação na planta fotovoltaica e a possibilidade de
se enviarem sinais de controle (liga/religa) ao relé principal de proteção de cada cubículo de proteção, ao
sistema de alarme sonoro de incêndio e ao sistema de alarme sonoro das câmeras do CFTV. Dataloggers
de campo de inversores, trackers, estação meteorológica etc., devem ser integrados junto a um
switch/coletor de dados + conversor de campo, com saída em fibra óptica que deverá enviar a informação
e o cabeamento até o switch do SCADA na sala de Controle. Indica-se um sistema deste para cada
Trafo/Skid.

Para as usinas inferiores a 1MW nominal de potência, a estrutura de controle e supervisão da usina
não consistirá de um sistema SCADA agrupando todos os sistemas de comunicação citados anteriormente,
sendo necessário apenas um módulo CLP que envie principais alarmes de falhas (desligamentos de
inversores, alarmes em transformadores, atuação de disjuntores de MT e BT e medições de potência ativa
e energia zeradas dos medidores) para aparelho móvel do supervisor técnico da planta e até outros três
contatos. Também deve haver integração em conexão por cabeamento ethernet e protocolo Modbus/TCP-
IP dos inversores, relé de proteção, medidor de energia e estação meteorológica (caso seja implantada)
com o switch principal do sistema CFTV. De forma que a rede IP destes sistemas possa ser acessada pelo
PC do CFTV remotamente, via softwares como o Anydesk. Deverá ser possível enviar, remotamente, sinais
de (liga/religa) ao relé principal de proteção acoplado ao Disjuntor geral de MT e aos inversores.

A responsabilidade pela implementação do sistema supervisório será dividida entre Contratante e


contratada (EPC), conforme a seguir.

Responsabilidade da contratada:

• Contratar sistema de internet durante período de obra em fibra ótica e, para o período de
comissionamento dos sistemas de comunicação já deve haver provimento de internet contratada pelo
EPC e de acordo com a especificação técnica a ser enviada pela contratante;

• Quando do término da casa de controle, transferir o ponto de recepção de internet do canteiro de obras
para a casa;
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• Adquirir os materiais necessários e construir a infraestrutura para disponibilizar os sinais digitais dos
sistemas de comunicação da planta até o switch principal (SW1) que será ligado as duas CPUs do
sistema supervisório (Somente essas CPUs serão de fornecimento da Contratante). No caso das usinas
inferiores a 1MW nominal, a infra será somente até o switch principal do CFTV e CLP;

• Configurar e Disponibilizar acesso local pelo computador do Sistema CFTV (com IHM local), em
conexão ao switch (SW1), para aquisição de dados e supervisão in loco dos principais equipamentos
de comunicação da planta; Relé de proteção (Obter registro de eventos e oscilografia), medidores de
energia (aquisição de dados de energia), inversores (acesso ao software de supervisão local do
fabricante), tracker (acesso ao software de supervisão local do fabricante), estação meteorológica
(aquisição de dados meteorológicos – automático, se possível), nobreak (acesso a status do
equipamento). No caso das usinas inferiores a 1MW nominal, haverá aquisição somente aos dados
referentes ao CLP, inversores, alarmes dos transformadores, relé de proteção e medidor de energia;

• Elaborar o diagrama de comunicação geral da planta (verificar projetos de exemplo da contratante) e


arquiteturas detalhadas do sistema de supervisão da planta, como documentos do projeto executivo;

• Para projetos de 1MW nominal ou mais, deve-se elaborar o mapa de variáveis dos sistemas de
comunicação em modbus a partir de lista padrão enviada pela contratante e dos manuais dos
fornecedores dos equipamentos em supervisão;

• Desenvolver a lista de IP’s de cada porta de comunicação dos equipamentos de telecomunicação da


planta. Estes deverão constar como documentos do projeto executivo;

• Deve-se elaborar descritivo de instruções técnicas sobre como acessar e operar presencialmente e
remotamente cada um dos sistemas em operação. Sistemas que já possuem manual próprio devem ser
apenas referenciados, porém situações especificas do projeto de proteção e controle implantado devem
ser referenciados neste documento. Exemplo: indicar como aquisitar remotamente a memória de massa
dos medidores, da estação meteorológica, trackers, registro de eventos e oscilografia dos relés, como
operar os sinais de (liga/religa) de relés de proteção e inversores, como verificar atuações do sistema
auxiliar do transformador;

• Instalar, conectar e pré-comissionar (testar) a comunicação entre switch principal (SW1), CPU e sistema
de internet (firewall, roteador e modem);

• Informar que toda a infraestrutura do sistema já está devidamente instalada e pré-comissionada


(testada), para que a Contratante possa seguir com o comissionamento final, 15 dias após este informe.
Para usinas inferiores a 1MW nominal, os sistemas devem ser completamente comissionados através
de documento de instrução de testes de comissionamento enviado pela Contratada e aprovado junto a
contratante. A Contratada fará um informe a contratante quando todos os sistemas estiverem aptos a
serem operados conforme estipulado em projeto, para que seja realizado um treinamento junto a
contratante sobre a operação destes sistemas;

Responsabilidade da Contratante:

• Assumir ou adquirir novo contrato do provedor de internet após o período de obra, sendo o marco para
esta passagem, até 30 dias após a energização e entrada em operação da planta com injeção completa
de carga de modo ininterrupto;

• Fornecimento e transporte do firewall principal da rede interna da Planta e switch (SW2) caso
necessário;

• Configuração remota do firewall e de VPN’s para comunicação da usina, com o escritório Athon e centro
de operação, com acompanhamento de técnico local da contratada, que deverá realizar a instalação do
equipamento;

• Fornecimento e transporte dos servidores do supervisório para a planta (somente para usinas de 1MW
a 5MW nominal);
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• Comissionamento remoto do software do sistema supervisório, com acompanhamento de técnico local


da contratada que deverá instalar o equipamento, e, para caso seja necessário, realizar simulações nos
sistemas de campo e/ou correção de configurações e conexões realizadas (somente para usinas de
1MW a 5MW nominal);

Figura 6. Responsabilidades de fornecimento.

• Principais equipamentos de comunicação na planta e conectados ao switch (SW1) - Somente para


usinas de 1MW a 5MW nominal:

1º Sistema de supervisão e controle dos inversores:

• Sistema necessita enviar os dados de entrada do equipamento, por string, e os dados de saída,
lado AC, do equipamento ao switch/SCADA;

2º. Sistema de supervisão e controle dos seguidores solar (Trackers)

• Sistema necessita enviar os dados de cada fileira de tracker e do datalogger principal ao


switch/SCADA;

3º. Medidores de Energia (Concessionária e local)

• Sistema necessita enviar os dados de cada Medidor da concessionária e do medidor local instalado
na cabine de medição, até o sistema SCADA;
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4º. Relé de Proteção

• Sistema necessita enviar os dados de cada relé de proteção, até o sistema SCADA. Também será
possível enviar sinais de controle do SCADA para comandos do relé de proteção;

5º. Monitoramento de Trafo e QGBT

• Deve haver na planta um módulo de comunicação para monitoramento de trip dos disjuntores do
painel de BT, temperatura dos transformadores da planta e possíveis vazamentos de óleo e/ou
avaliação do nível de óleo;

6º. Nobreak da Sala de Controle e das Cabines de Medição:

• Deverá ser previsto nobreak para instalação na casa de controle e nas cabines de medição e
proteção com autonomia mínima de 6 horas para nobreak da casa de controle e 2 horas para o
nobreak da cabine. Tais equipamentos deverão enviar dados referentes a este monitoramento ao
sistema supervisório;

7º. Estação Meteorológica:

• Sistema necessita enviar os dados de cada equipamento de medição meteorológica da estação


para o sistema SCADA;

8º. Sistema da central de Incêndio:

• Deverá ser previsto monitoramento de alertas e alarmes para a central de incêndio (On/Off), além
de acionamento remoto do alarme sonoro da central de incêndio via envio de sinal digital do sistema
SCADA;

9º. Sistema de Câmeras (CFTV).

• Sistema necessita enviar alarmes de movimentação suspeita no parque até o sistema SCADA.
Entende-se presença humana ou de animais de grande porte, acima de 50kg, por exemplo, como
movimentação suspeita nos perímetros do parque. Deve haver esta distinção;

Observação para todos os sistemas mencionados:

• A quantidade, estrutura e endereçamento dos dados enviados, devem ser mapeados junto ao
fornecedor e alinhados com a Contratante;

• Verificar com o fornecedor o tipo de cabeamento de comunicação necessário entre os sistemas até
a sua conexão com o switch/SCADA;

• Deve-se utilizar protocolo Modbus/TCP IP para interface com o SCADA.


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Figura 7. Arquitetura de comunicação simplificada nas usinas de 1 a 5MW nominal.

22.ESTAÇÃO METEOROLÓGICA
O escopo de fornecimento irá depender das características do projeto e da existência de outras
estações meteorológicas da Athon Energia próximas ao local de implantação do projeto, conforme a tabela
abaixo:

Sendo que a estação meteorológica completa deverá possuir torre para fixação dos equipamentos e,
quadro elétrico, fieldlogger, além dos diversos sistemas de medição incorporados. A estação meteorológica
simplificada deve possuir apenas o piranômetro no plano dos trackers, o sensor PT100 para medição de
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temperatura dos painéis e o quadro elétrico com fieldlogger para coletar dados destes sistemas, estes não
necessitam estar instalados em uma torre de fixação, podendo ser utilizadas estruturas mais simplificadas
como a estrutura de fixação dos inversores, ou a estrutura dos trackers.

Segue escopo de fornecimento:

• Fieldlogger – Coletor de dados: é necessário que o projeto apresente bateria conectada ao fieldlogger
com autonomia para até dois dias; Deve haver um fieldlogger por estação completa com torre e um
fieldlogger por a estação simplificada;

• Os piranômetros devem ser no mínimo second-class / Classe C. Na estação completa deve haver um
para medição da irradiação e irradiância solar horizontal e outro POA (plan of array) para medição da
irradiação e irradiância solar no mesmo plano dos painéis solares. Na estação simplificada deve haver
apenas o piranômetro POA;

• Em projetos com mais de um piranômetro POA, estes devem estar em locais diferentes,
preferencialmente na estrutura dos dois trackers mais distantes entre si. Um dos piranômetros POA
ficará conectado ao fieldlogger da estação simplificada e o outro ao fieldlogger da estação completa
com torre;

• Na estação completa deve haver um sensor de temperatura ambiente e um sensor de temperatura para
módulos fotovoltaicos. Na estação simplificada deve haver apenas o sensor de temperatura para
módulos fotovoltaicos;

• Em projetos com mais de um sensor de temperatura para os módulos fotovoltaicos, cada sensor de
temperatura dos módulos deve estar junto ao painel mais próximo de um dos piranômetros de plano
inclinado;

• Para a estação completa deve haver um pluviômetro medindo intensidade (ml/h) e volume de
precipitação de chuvas (ml/s);

• Para a estação completa deve haver um anemômetro com sensor de direção e velocidade do vento;

• Caso se utilizem módulos bifaciais, deve ser prevista a instalação de um albedômetro no plano dos
módulos para cada piranômetro POA alocado no mesmo plano dos módulos;

• O fieldlogger deve ser capaz de calcular a irradiação acumulada (kwh/m²) e dados pluviométricos (ml)
acumulados e entregar os dados neste formato acumulado para o SCADA. Deve ser indicado o limite
de acumulação deste equipamento;

• O fieldlogger deve ser capaz de calcular o PR (performance ratio) meta e a energia atual meta, a partir
dos dados de irradiação (kwh/m²) e dados das constantes de potência do projeto;

• Deve ser possível adquirir os dados meteorológicos a partir do PC local na sala de controle (PC do
sistema CFTV);

• A estação meteorológica completa deve ser instalada em área onde não haja sombreamento em seus
piranômetros e nem obstrução de vento e chuva nos demais sensores. Preferencialmente próxima a um
dos transformadores (distância mínima 7 metros destes), porém obedecendo as recomendações acima;

• Deve ser prevista a instalação de sistema SPDA na estação completa, com análise de risco indicada
nos estudos de SPDA;

• Deve ser prevista a instalação de aterramento na estação completa e no quadro elétrico da estação
simplificada, preferencialmente interligado ao aterramento da malha principal da planta, a não ser que
os estudos de aterramento indiquem o contrário.
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23.SISTEMA CFTV
• Deve ser previsto o uso de câmera fixa na casa de controle e cabine de medição caso esta esteja
alocada dentro de uma construção fechada;

• Deve haver visualização de entrada e saída de cada uma das entradas das cabines de medição
caso esteja em local aberto;

• As câmeras devem ser acessadas via web ou através de qualquer outro meio similar (software etc.),
pelo escritório da Athon e primário por um centro de operação;

• Para plantas de 1MW a 5MW devem ser integrados sinais de alarmes do CFTV ao sistema
supervisório da contratante. Sendo enviados para este, somente dados de alarmes gerais de
possíveis invasões e de funcionamento das câmeras e softwares do sistema;

• VMS (video management system) deve ser compatível com o sistema da empresa DIGIFORT
(sistema digifort edição enterprise), para se comunicar com o centro de operações remoto da Athon
e/ou suas subcontratadas, através das seguintes licenças:

- Digifort Professional Base de Câmeras.

- Digifort Professional Pack de Câmeras.

- Digifort Professional Pack Analítico de Câmeras.

• Este sistema deve ser capaz de armazenar imagens e/ou filmagens de movimentação no parque
solar assim como ser dotado de sistema de alarme de invasão do perímetro e sistema de IR;

• Deve estar contemplado espaço na guarita de comando para CPU com refrigeração interna (caso
o fabricante indique) para armazenamento e envio dos dados do sistema CFTV;

• O sistema deve permitir acesso web secundário pelo escritório da Athon e primário pelo centro de
operação;

• Sistema deve ser todo conectado por meio de fibras ópticas;

• O rack do CFTV e o sistema de câmeras devem estar alimentados por nobreak com autonomia
mínima de 2 horas. Pode-se utilizar o mesmo nobreak para alimentação do SCADA e sala de
controle.

O Sistema de câmeras (CFTV) de campo pode ser feito em dois formatos a critério da contratada,
havendo necessidade de alinhar e validar o segundo formato com a contratante:

1 - Sistema de Câmeras Fixas e Móveis:

• Este sistema deve conter câmeras perimetrais que enviem alarmes de movimentações suspeitas
em todo perímetro do parque, sem pontos cegos. Estes alarmes devem ser acionados através da
captação da presença de objeto estranho (Por objeto estranho entende-se presença humana ou
animais de grande porte, acima de 50kg, por exemplo.);

• Este sistema deve conter pelo menos duas câmeras móveis 360º nas extremidades do parque para
os projetos de 4MW a 5MW nominais de potência e, ao menos uma câmera móvel 360º, para
projetos de até 3MW nominais de potência. Através destas câmeras deve ser possível uma nítida
visualização dos principais equipamentos em operação na usina, painéis solares, inversores,
trackers e transformadores, e construções civis, como sala de controle e cabine de medição, além
de se ter visualização a todos os pontos do acesso da planta ao Portão de entrada;

2 - Sistema inteligente, somente de câmeras Móvel:

• A contratada pode optar pela utilização somente de câmeras móveis sem câmeras fixas, através
de um projeto de inteligência que cubra alarmes em todos os perímetros do parque, assim como
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as câmeras fixas o fariam. Este projeto deve ser previamente alinhado e aprovado pela
Contratante, caso não o seja, deverá ser realizado o projeto acima de Câmeras Fixas e Móveis.

Outros detalhes:

• Deve ser utilizado poste em concreto para fixação das câmeras;

• Deve haver placa de identificação de cada quadro elétrico das câmeras, estas placas de
identificação do CFTV devem ser rebitadas;

• Os quadros devem ser entregues no site já montados em fábrica;

• Em projetos acima de 1MW de potência nominal, deve ser previsto workstation para acesso local
a imagem das câmeras via PC do sistema CFTV na Sala de Controle;

• O PC do Sistema CFTV será o principal PC de operação local, com acesso web ao SCADA e
acesso aos softwares locais dos inversores e trackers, além de também ser possível realizar
aquisição de dados do relé de proteção, medidores de energia e estação meteorológica;

• Deve ser analisado via projeto de viabilidade de SPDA o risco e necessidade de instalação de
para-raios em cada um dos postes das câmeras;

• Cada uma das câmeras deve ter seu aterramento interligado a malha principal de aterramento da
planta, a não ser que os estudos do projeto de aterramento indiquem o contrário;

• Deve ser elaborado projeto de layout do sistema CFTV com indicação de: encaminhamento de
cabos elétricos, encaminhamento de cabos de comunicação, área de visualização e detecção de
alarme das câmeras, detalhe de instalação das câmeras, detalhe de instalação do servidor, rack
CFTV e workstation, e memória de cálculo do projeto elétrico das câmeras, além de memorial
descritivo das câmeras, explicando os sistemas internos e de detecção de alarmes;

• Deve ser previsto alarmes sonoros em cada um dos postes das câmeras, estes alarmes deverão
poder ser acionados via comando remoto do operador do sistema SCADA, para plantas com
potência nominal abaixo de 1MW, este acionamento deverá poder ser realizado através do PC
do CFTV.

24.SISTEMA DE COMBATE DE INCÊNDIO


• Para projetos com potência nominal superior ou igual a 1MW, deverá ser previsto monitoramento de
alertas e alarmes para a central de incêndio (ligado/desligado), além de acionamento local e remoto dos
alarmes sonoros da central de incêndio;

• Deve ser verificado com o corpo de bombeiros local o necessário para aprovação e emissão do AVCB,
conforme o solicitado pelo estado/município de atuação;

• A contratante exige minimamente que sejam instalados dois extintores na casa de controle, um interno
e outro externo. O externo deve ser móvel. Seja instalado um extintor em cada cabine de medição e
proteção e um extintor para cada conjunto de transformadores de MT.

25.CERCA PERIMETRAL E INTERNA


• A usina será composta de cerca perimetral que envolverá toda a área do terreno para a implantação da
usina bem como de cerca interna que terá a função de separar as sub-usinas dado o número de
medições que possua, conforme layout básico apresentado pela contratante;

• A região de cada cabine de medição também será delimitada por cerca;

• Para o cercamento das cabines serão necessários dois portões, sendo um portão pedestre e um portão
duas folhas;
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• Para o cercamento de cada sub-usina será necessário um portão duas folhas;

• Caso a entrada principal da usina não coincida com a entrada em uma sub-usina deverá ser considerado
um portão duas folhas principal;

• A largura e a posição de instalação dos portões duas folhas devem ser de tal maneira que seja possível
acesso de caminhões durante a fase de execução;

• Tanto a cerca perimetral quanto os portões que fazem limite com o exterior da área devem possuir
arame farpado 3 fios. Nas cercas e portões internos não há necessidade de arame farpado;

• O material da cerca consistirá em: poste metálico com diâmetro de 2’’, ponta reta 2,30m em aço
reforçado galvanizado a fogo, arame galvanizado liso fio 12 BWG, tela de arame galvanizado malha 3”
e arame 12 BWG altura 1,80m, arame liso aço galvanizado a fogo 16 BWG para amarração em tela,
escora em poste metálico;

• É vedado uso de mourão de concreto;

• Apenas como referência, a contratada utiliza em suas plantas cerca metálica da fabricante Lagotela.

26.CAIXA SEPARADORA ÁGUA E ÓLEO


• As caixas devem instaladas acima do solo (aproximadamente 40cm da base dos transformadores,
verificar em projeto relação de vazão e suas determinadas dimensões;

• Apenas como referência, a contratada utiliza em suas plantas Caixas separadoras de água e óleo da
Puro Diesel, são fabricadas de polietileno de alta densidade (PEAD), resistência química e resistência
mecânica e segue as exigências do órgão CONAMA – RESOLUÇÃO 430/2011.

27.ACESSO INTERNO
• O acesso não será pavimentado, deverá ser regularizado e compactado (reforço do subleito);

• A regularização do greide (subleito) deverá utilizar motoniveladora. A regularização destina a conformar


o leito estradal, transversal e longitudinalmente, obedecendo às larguras e cotas constantes das notas
de serviços de regularização;

• A execução do reforço do subleito compreende as operações de escarificarão e umedecimento,


seguidas de compactação. Para realizar o reforço deverá ser utilizado caminhão pipa e rolo compactador
(tipo pé de carneiro);

• Deverá obedecer às normas regulamentadores especificadas pelo DNIT, regularização de subleito;

• O acesso deverá ser realizado durante o período de execução da planta. Quando da entrega da usina
para a contratante deverá estar em boas condições;

• A contratada deverá considerar dispositivos de drenagem no acesso, obedecendo escoamento natural


do terreno e compatibilidade com drenagem existente.

28.PROCEDIMENTOS DE COMISSIONAMENTO
No mínimo os procedimentos de comissionamentos indicados abaixo deverão ser elaborados para
validação da contratante e, posteriormente a esta validação, para sua execução em campo pela contratada.

• Inspeções e testes de comissionamento a frio e comissionamento a quente do sistema de aterramento


e SPDA, conforme NBR 15749 e NBR 15751;
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• Inspeções e testes de comissionamento a frio e comissionamento a quente das cabines de medição,


conforme NBR 14039;

• Inspeções e testes de comissionamento a frio e a quente do QGBT, conforme NBR 5410;

• Inspeções e testes de comissionamento a frio e a quente dos transformadores principais e auxiliares,


conforme NBR 14039, NBR 10576, IEC 60156 e NBR 5410;

• Inspeções e testes de comissionamento a frio e megagem dos cabos de MT, conforme NBR 14039,
NBR 7287 e NBR 6251;

• Inspeções e testes de visualização de imagens e de alarmes do sistema CFTV, verificação de operação


do CFTV pela workstation;

• Inspeções e testes de comissionamento a frio e quente dos inversores, comissionamento do fabricante,


com análise da curva I x V das strings;

• Inspeções e testes de comissionamento a frio e quente da estação meteorológica, conforme IEC 61724;

• Inspeções e testes de a frio de cabos de BT, conforme NBR 5410;

• Inspeções e testes de mecânicos e a frio dos trackers ou estrutura fixa utilizada;

• Inspeções e testes elétricos, de comunicação e a quente dos trackers ou estrutura fixa utilizada;

• Inspeções e testes de geral do circuito de comunicação dos principais equipamentos da planta e teste
de comunicação modbus dos principais equipamentos de comunicação até o SCADA ou até o CLP
utilizado;

• Inspeções e testes de comissionamento da workstation, caso haja;

• Inspeções e testes de comissionamento dos painéis solares e cabos PV, conforme NBR 16274, NBR
5111, NBR 5410 e IEC 60364-6;

• Inspeções e testes de comissionamento do sistema de alarme incêndio;

• Inspeções e testes de comissionamento do nobreak, com verificação da autonomia do equipamento;

• Inspeções e testes de comissionamento dos quadros de BT (sala de controle e cabine de medição),


conforme NBR 5111, NBR 5410, caso haja;

• Instruções de teste e performance da planta para 5 dias, 6 meses e 1 ano de operação, conforme
Weather-Corrected Performance Ratio, NREL, 2013 e IEC 61724;

• Atestado de teste funcional e operação assistida da planta após 7 dias de operação assistida (após
comissionamento a quente de todos os sistemas) e 21 dias de operação e assistência remota;

Observação: Isto não limita a necessidade de elaboração e execução de procedimentos de


comissionamento para outros sistemas em operação na planta e que porventura, não tenham sido
mencionados nesta especificação.

• A engenharia da contratada deverá comunicar a engenharia da contratante através de relatório


fotográfico quando concluir que a usina esteja finalizada e comissionada sem nenhuma pendência no
que se refere ao seu escopo de responsabilidade, devendo informar a data disponível para
acompanhamento da inspeção final pela contratante. Após a visita, a contratante emitirá um relatório
técnico de eventuais pendências ainda encontradas em campo que seja de responsabilidade da
contratada ou confirmará a conclusão do escopo;

• É de responsabilidade da contratada a lavagem dos painéis solares até o final da obra, comissionamento
da planta e aceite provisório do projeto;
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• É responsabilidade da contratada manter o controle da vegetação do terreno e sem que haja


sombreamentos nos painéis solares, até o final da obra, comissionamento da planta e aceite provisório
do projeto.

29.PROCEDIMENTOS DE CONEXÃO
• A contratada deve se comprometer em auxiliar a contratante e a concessionária com o objetivo de obter
a autorização o mais breve possível para compensação e geração permanente da usina;

• A contratante se compromete em comunicar com antecedência a respeito das datas de vistoria


agendadas com a distribuidora bem como quaisquer solicitações que sejam apresentadas pela
concessionária que não estejam previstas inicialmente no processo de conexão;

• É necessário que no momento da vistoria a contratada deixe a disposição na usina pelo menos uma
equipe de eletricistas capacitados que possa dar suporte a contratante e a distribuidora;

• A contratante recomenda que no momento da vistoria da cabine pela concessionária seja previsto
alimentação externa (podendo ser um gerador) para o relé e nobreak de forma que o fiscal possa conferir
as funções e o funcionamento do relé;

• A contratada deverá providenciar a seguinte documentação mínima: ART de execução assinada, ART
de aterramento assinada, relatório fotográfico comprovando a conclusão da usina (incluir fotos da
cabine), laudo de aterramento (consultar a contratante para maiores informações), notas fiscais dos
equipamentos principais (módulos, inversores, trackers, transformadores e cabines) e relatório de
ensaio dos transformadores. Solicita-se que tais documentos sejam preparados e disponibilizados com
antecedência. Quaisquer documentos adicionais solicitados pela distribuidora serão informados pela
contratante.

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