UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BACABAL - CESB

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL BACHARELADO
DISCIPLINA: FERROVIAS
PROFESSOR: AMANDA EVELYN BARBOSA DE AQUINO

DAVID HARRISON SILVA ABREU

LASTRO FERROVIÁRIO: COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS EM AULA

BACABAL-MA
2021
 O lastro é um elemento da superestrutura ferroviária, junto ao dormente
e às plataformas de linhas ferroviárias, estando entre os dois. Dentre as
principais funções elencadas em aulas, pode-se destacar:
1. Uniformizar a distribuição das cargas e esforços, oriundos dos veículos,
diminuindo os impactos na plataforma.
2. Impedir os deslocamentos dos dormentes em qualquer direção.
3. Formar um suporte a fim de minimizar as trepidações oriundas dos
veículos nas estruturas.
4. Regularizar a plataforma, formando uma superfície contínua para os
dormentes e trilhos;
5. Facilitar a drenagem através do material escolhido.
Por falar em material, a escolha do tipo deste depende de critérios
normativos e também de critérios de funcionalidade que influenciarão
diretamente no dimensionamento do lastro. A seguir, vê-se quais critérios são
esses:
• Fluxo de carga, tipo de carga (passageiro, mercadoria), velocidade e
custo de aquisição.
• Além de critérios técnicos como: resistências, durabilidade, estabilidade,
drenagem, limpeza, trabalhabilidade, disponibilidade e custo.
Sobre os tipos de materiais mais usados para o lastro, pode-se
classificá-los segundo o seu desempenho:
1. Terra: pior material, alto índice de saturação provocando vários
desníveis na via.
2. Areia: facilmente levada pela água, pouco compressível e permeável.
3. Cascalho: bom para se utilizar quando britado, pois forma arestas vivas.
4. Escória de autoforno: utilizada perto de usinas metalúrgicas, quando tem
dureza adequado ao uso como lastro.
5. Pedra britada n°3 – malha 38mm: melhor material a ser usado, com
especificações estabelecidas na norma VALEC: N° 80-EM - 033A-58-
8006.

Para o cálculo da altura do lastro sob os dormentes têm-se a aplicação

da distribuição das pressões admitidas pelos dormentes pelo sublastro. O
cálculo é feito através da expressão de Talbot abaixo:

Ph = (53,87/h^1,25) / P0

• h é altura do lastro, em cm.

• Ph: Pressão na profundidade h (kgf/cm²);
• P0: Pressão na face inferior do dormente (kgf/cm²).

O lastro pode ser caracterizado como um material geotécnico. Para o

seu dimensionamento necessita-se de conceitos da mecânica dos solos e é,
por fim, definido com uma camada de pedra britada assentada sob os
dormentes, onde serão assentados os trilhos ferroviários e sua altura não deve
ser executada menor que a projetada para evitar degradação no sublastro.