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CVRD CVRD
Va le do Rio Doce
DIRETORIA LOGISTICA
GERÊNCIA GERAL DE PLANEJAMENTO DESENVOLVIMENTO E
COORDENAÇÃO DE MANUTENÇÃO MECÂNICA
GERÊNCIA GERAL MANUTENÇAO MECÂNCIA EFVM
GERÊNCIA MANUTENÇÃO DE VAGÕES
OFICINA DE FREIOS
Atualização: 26/06/2001
Companhia Qualidade
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Vale do Rio Doce
Elaboração:
Mauro Antonio Bergantini
Revisão:
Ailme Siqueira Paulo
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ÍNDICE
ÍNDICE...............................................................................................................................3
INTRODUÇÃO...................................................................................................................5
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE FREIO.......................5
FRICÇÃO...................................................................................................................5
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO FREIO AR COMPRIMIDO.................................6
FUNÇÕES DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DO EQUIPAMENTO..............................9
FREIO A AR COMPRIMIDO EM UMA LOCOMOTIVA.......................................................9
FREIO A AR COMPRIMIDO AUTOMÁTICO....................................................................14
POSIÇÃO DE ALÍVIO E CARREGAMENTO............................................................14
Atuação do ar nos reservatórios principais ................................................15
Carregamento do Reservatório equilibrante................................................16
Carregamento do Encanamento Geral.........................................................16
Carregamento na válvula de controle 26-D..................................................17
Recobrimento após carregamento e alívio dos freios na locomotiva........19
Carregamento e alívio dos freios do vagão.................................................19
POSIÇÃO DE APLICAÇÃO DE SERVIÇO ..............................................................19
POSIÇÃO DE RECOBRIMENTO APÓS UMA APLICAÇÃO DE SERVIÇO.............23
POSIÇÃO DE ALÍVIO APÓS UMA APLICAÇÃO DE SERVIÇO..............................25
APLICAÇÃO DE EMERGÊNCIA......................................................................................28
POSIÇÃO DE ALÍVIO APÓS APLICAÇÃO DE EMERGÊNCIA.......................................30
PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUEM NA MANIPULAÇÃO DE UM TREM.................31
VAZAMENTO ..........................................................................................................31
VAZAMENTO DE CILINDRO DE FREIOS...............................................................32
GRADIENTE ..........................................................................................................32
CURSO DO CILINDRO DE FREIO...........................................................................33
VÁLVULAS E COMPONENTES DE FREIO DE VAGÕES...............................................36
VÁLVULAS TRÍPLICE K2.......................................................................................36
VÁLVULAS AB........................................................................................................36
VÁLVULA ABD/ABDF E ABDW..............................................................................37
VÁLVULA DB-60.....................................................................................................37
CILINDRO DE FREIO...............................................................................................38
CILINDROS DE FREIO 8” X 8”.......................................................................38
CILINDRO DE FREIO 10” X12”......................................................................38
CILINDROS E FREIO 7 5/8” X 12” X 9”..........................................................39
SISTEMA VAZIO CARREGADO DE VAGÕES........................................................40
EQUIPAMENTOS “ ABEL” ( AB EMPT/LOAD)..............................................40
DISPOSITIVO VAZIO CARREGADO...............................................................41
VAZIO CARREGADO AUTOMÁTICO..............................................................42
AJUSTADOR AUTOMÁTICO DE FOLGAS.....................................................43
........................................................................................................................43
MANGUEIRAS DE FREIO..............................................................................44
TORNEIRAS....................................................................................................46
COLETOR DE PÓ COM TORNEIRA COMBINADA.................................................47
RETENTOR DE CONTROLE DE ALÍVIO.................................................................47
INSPEÇÃO DE FREIO DE VAGÕES EM PÁTIO.............................................48
ANEXOS..........................................................................................................................53
ANEXO I - TABELA COM RELAÇÃO DE CURSOS DE CILINDRO DE FREIO DE
ACORDO COM O SISTEMA DE FREIO DE VAGÕES....................................53
ANEXO II - REGULAMENTO DE OPERAÇÃO FERROVIÁRIA (ROF) .................55
1 - TOTAL DE VAGÕES DE UM TREM..........................................................56
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2 - APLICAÇÃO MÍNIMA DE SERVIÇO...............................56
3 - PARADA DO TREM...................................................................................56
4 - PRESSÃO DE TRABALHO........................................................................57
5 - POSIÇÃO DO PUNHO DA VÁLVULA DE MUDANÇA VAZIO/CARREGADO
“AB-5”.............................................................................................................57
6 - POSIÇÃO DO PUNHO DO RETENTOR DE CONTROLE DE ALÍVIO........57
7 - TESTE DE VAZAMENTO E GRADIENTE DE TRENS...............................58
8 - NÚMERO DE VAGÕES ISOLADOS NO TREM.........................................58
9 - DESACOPLAMENTO DE MANGUEIRAS..................................................59
10 - COLOCAÇÃO DAS MANGUEIRAS NOS SEUS DEVIDOS SUPORTES. 59
11 - SUBSTITUIÇÃO DAS MANGUEIRAS.....................................................59
12 - EMERGÊNCIA EM TREM........................................................................59
13 - AVARIAS DOS COMPONENTES DO EQUIPAMENTO DE FREIO “ANTES”
E “DURANTE” A VIAGEM.............................................................................60
14 - GENERALIDADES...................................................................................60
REFERÊNCIAS................................................................................................................61
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INTRODUÇÃO
Com a evolução dos tempos a técnica foi sendo aperfeiçoada de tal maneira
que a necessidade de formar homens especializados se tornou imprescindível.
A movimentação desses grandes trens nas ferrovias está ligada a dois fatores
importantes: a “Tração e a Frenagem”. Ao primeiro caberá movimentar o trem e mantê-lo à
velocidade de regime, independente do trecho onde opera; e ao segundo caberá o controle
dessa velocidade, a fim de evitar excessos e fazê-lo parar em tempo e distância adequados.
FRICÇÃO
O freio é um dispositivo para introduzir fricção, a fim de retardar o movimento de um
trem.
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A fricção é o princípio fundamental do freio e pode ser definido
como a resistência entre dois corpos em contato. Toda e qualquer superfície, por mais
altamente polida que seja, possui reentrâncias e saliências, e a teoria da fricção é a de que
esses altos e baixos das superfícies em contato tendem a entravarem-se como duas
engrenagens. A fricção entre essas superfícies depende de dois pontos importantes:
primeiro, a velocidade, entre elas; e segundo, sua natureza, isto é, o tipo de material em
contato, se está lubrificado ou seco, limpo ou sujo, etc...
A medida que aumenta a velocidade dificulta o intertravamento dos altos e baixos das
superfícies, diminuindo a fricção, pois o contato dar-se á somente nos pontos mais altos A
natureza das superfícies também aumenta ou diminui a fricção, pois quanto mais áspera ela
for, maior será a fricção. Um lubrificante como óleo ou graxa tende a preencher os baixos,
tornando as superfície, mais lisas, diminuindo consequentemente a fricção; por outro lado,
se adicionarmos um abrasivo, como areia entre as partes em contato, tornando-as mais
ásperas, aumentando a fricção.
Para se obter a retardação do movimento de um trem, temos que levar em
consideração a fricção entre a sapata e a roda e o atrito entre esta e o trilho. A fricção da
sapata na roda provoca um esforço entre ela e o trilho, isto é, uma força aplicada ao trem de
um ponto externo ao mesmo é que causa sua parada. A fricção entre a sapata e a roda é
obtida através do cilindro de freio. O cilindro de freio, recebendo pressão de ar dos
reservatórios, criará uma força que, através de um sistema de alavancas, provocará a
fricção das sapatas contra as rodas.
Velocidade
FORÇA
PESO
Força de Atrito
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O freio de trem consiste em freios individuais para cada veículo e locomotiva que são
acoplados entre si e operados de um só ponto.
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FREIO LOCOMOTIVAS
EQUIPAMENTOS DESCRIÇÃO (FUNÇÃO)
Compressor de ar Comprimir o ar da atmosfera a uma pressão desejada
Reservatório Armazenar o ar comprimido vindo do compressor, além de resfriar
principal e condensar a unidade, assim como retém as impurezas.
Válvula de Controlar a pressão do ar comprimido que vai alimentar o
alimentação encanamento geral.
Manipulador Controlar o carregamento, a aplicação e o alívio dos freios
Automático
Reservatório Volume que permite ao maquinista efetuar reduções controladas no
equilibrante encanamento geral, e proporciona estabilidade ao sistema,
evitando, assim, alívio dos primeiros vagões
Manômetro Aparelho que se destina a medir a pressão.
Válvula de Controle Controlar as aplicações de freio pelo manipulador automático.
Cilindro de Freio Aplica os freios da locomotiva
FREIO VAGÕES
EQUIPAMENTOS DESCRIÇÃO (FUNÇÃO)
leva o ar comprimido da locomotiva para os reservatórios auxiliares
Encanamento geral e emergência de todos os veículos do trem, através das válvulas de
controle; sua continuidade é garantida pelas ligações das
mangueiras flexíveis entre os veículos
Válvula de controle Controla as aplicações e alívios do freio dos vagões.
Reservatório armazena nos vagões o ar comprimido vindo da locomotiva para
auxiliar e ser usado na aplicação dos freios
emergência
recebe o ar comprimido do reservatório auxiliar através da válvula
Cilindro de freio de controle, e, com a pressão criada, produz força que é
transmitida para as sapatas de freios, através de um sistema de
alavancas
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Manipulador
Controla o carregamento,
aplicação e alívio dos freios 3. Serviço - Posição que permite
automático tanto na locomotiva como no a aplicação dos freios, a partir da
trem. redução mínima até a aplicação
total.
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4. Recobrimento - é a posição
que mantém os freios da locomotiva
aplicados, quando essa aplicação for
feita pelo próprio manipulador
independente. Ocorre
automáticamente.
Controla as aplicações e
Válvula de alívio do freio da locomotiva, É acionada pela aplicação originada
controle bem como carregamento no manipulador automático.
dos reservatórios
É um dispositivo que
transforma a pressão de ar
recebido, em força, fazendo
Cilindro de freio com que as sapatas de freio Sua ação é comandada pela válvula
sejam aplicadas sobre as de controle e rele J.1
rodas, através de um
sistema de ferragens
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denominado timoneria de
freio.
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Estudaremos a seguir cada uma das posições que a válvula de controle assume, em
função das posições do manipulador automático.
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Atuação do ar nos reservatórios principais
CAUSAS EFEITOS
. . . O ar deste reservatório passa através do filtro e
Quando o reservatório principal for torneira de isolamento, para dentro do
considerado carregado . . . encanamento principal atingindo diversas
passagens.
Atua na parte inferior da válvula de . . . Ficará retido na vedação.
segurança. . .
Atua na parte inferior do regulador do . . . Ficará retido na vedação.
compressor. . .
Quando o ar atingir a passagem 6 da . . . Atuará em cima da válvula de retenção de
válvula relé J-1 . . . aplicação.
Atua em cima das válvulas de . . . Ficará em cima da válvula de retenção.
retenções do conjunto de
areeiros. . .
Por um ramal atua no manômetro. . . . . . mostrando a pressão.
. . . O ar do principal fará o seguinte percurso:
1 - Fluirá para a válvula de aplicação e parte
inferior da válvula de alívio do manipulador
independente.
2 - Através de um ramal, fluirá para a válvula de
abastecimento da válvula reguladora.
3 - Através de um ramal, passará pela retenção do
Quando o ar atingir a passagem 30 principal ficando retido no carretel da válvula
do manipulador automático ... interruptora.
4 - Através de um ramal, ficará retido na válvula de
supressão e daí, atingirá a câmara das molas
das válvulas de emergência e supressão.
5 - Saindo da válvula de supressão, o ar passará
por uma passagem interna do manipulador e
através do carretel da válvula interruptora,
atuará na parte interna da válvula de isolamento
do reservatório equilibrante.
6 - Fluirá então o ar, para a válvula de
abastecimento da válvula relé do manipulador
automático.
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CAUSAS EFEITOS
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CAUSA EFEITO
O ar fluirá para frente da válvula Como a câmara “B” desta válvula está ligada
interruptora do encanamento geral. para a atmosfera através da passagem 53 e a
válvula interruptora do manipulador, esta, se
deslocará da sede permitindo a passagem do
ar.
Tabela de Estágios:
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ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
E7 Com isso na válvula relé J-1, A câmara “B” e cilindro de freio ficarão
ligando através do miolo do pistão e passagem 30 para a atmosfera.
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Tabela de Estágios:
ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
E1 Com o equipamento de freio abastecido de ar, haverá equilíbrio da
pressão da câmara K com a pressão de torque da válvula reguladora do
manipulador 26-C. Com isto, o pistão se deslocará até à sua sede,
desligando o ar do reservatório principal da câmara K.
ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
E1 Através do encanamento geral e torneira, por um tê ramal por onde o ar é
conduzido, passando pela torneira de isolamento e pelo coletor de pó
combinados, entrando no suporte de encanamento, por um ramal fica
retido na sede do pistão de descarga, seguindo vai atuar na face externa
do pistão de serviço e emergência.
E2 Na válvula de controle de serviço, com o pistão, a válvula de gaveta e
graduadora na posição de carregamento o ar flui pela ranhura de
alimentação, passa para a face interna do pistão correspondente ao lado
da válvula de gaveta.
E3 Através de uma passagem na válvula de gaveta fará primeiro o
carregamento do reservatório auxiliar e por uma restrição carregará o
reservatório de emergência.
E4 Na válvula de emergência, com o pistão válvula de gaveta e graduadora na
posição de carregamento, o ar flui pela ranhura de alimentação e carrega a
câmara de ação rápida e lado interno do pistão.
E4 O cilindro de freio fica ligado para a atmosfera através da válvula de gaveta
saindo pelo retentor de alívio, não havendo pressão de ar no interior do
cilindro de freio, a sua mola de retorno fará o deslocamento do pistão para
a posição de alívio.
Nestas condições, fica neutralizado a força que aplicava as sapatas de freio, contra as
rodas; e o sistema de freio fica carregado e pronto para ser usado a qualquer momento.
ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
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E7 Com isso a pressão na câmara “A” torna-se maior e com isto movimenta o
pistão, deslocando a válvula de retenção de aplicação de sua sede.
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ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
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ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
A quantidade de ar que passa do reservatório para o cilindro de freio, bem como a grandeza
da aplicação do freio. vão depender da posição do punho do manipulador automático for
mantido na posição de serviço, isto é, da quantidade de ar retirada do encanamento geral,
ou seja: A redução efetuada.
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No Manipulador Automático
ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
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ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
Comentário: Esse pequeno deslocamento do pistão não fez a válvula de gaveta se mover,
devido à folga existente do seu encaixe na haste do pistão, e da pequena
diferença de pressão entre as faces do pistão.
Nota: Havendo necessidade de aumentar a aplicação dos freios, deve-se avançar o punho
do manipulador automático novamente para a posição de “serviço”, a fim de reduzir
mais a pressão do encanamento geral. Então a válvula de controle será
movimentada novamente até assumir a posição de serviço, deixando passar mais ar
do reservatório auxiliar para o cilindro de freio.
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Na Locomotiva:
CAUSAS EFEITOS
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CAUSAS EFEITOS
Quando a pressão for superior à câmara . . . A haste do diafragma será forçada para a
“E” da mesma válvula . . . direita, abrindo a válvula de
abastecimento.
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CAUSAS EFEITOS
No vagão:
ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
Quando a pressão do ... Quando a o ar do encanamento geral ficar maior
encanamento geral que a do reservatório auxiliar (em torno de 1,5 PSI)
começar a crescer na será o suficiente para deslocar o pistão, gaveta e
face do pistão de graduadora.
serviço ...
Quando houver o deslocamento Ligação do ar do cilindro de freio para atmosfera.
do conjunto pistão, Recarregamento do reservatório auxiliar.
gaveta e graduadora
ocorrerá . . .
. . . a pressão da mola de retorno do cilindro de freio
Com a descarga do cilindro de forçará o deslocamento do pistão para a posição de
freio para atmosfera. . . alívio. Como conseqüência, fica neutralizado a força
que atuava na timoneria de freio. Então as sapatas
de freio irão se desencostar das rodas.
Na válvula de emergência a . . .Deslocará o pistão de emergência e graduadora
pressão do encanamento até abrir a ranhura de alimentação e realimentar a
geral for maior que a da câmara de ação rápida.
câmara de ação rápida.
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APLICAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Na Locomotiva:
ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
O maquinista leva o punho do manipulador para a posição de emergência.
E1
E4
A válvula de emergência liga o ar do principal para o conjunto do areeiro e
chave de corte de motor de tração.
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No vagão:
ESTÁGIOS DESCRIÇÃO
E2 Com isso abre uma ampla passagem até o pistão de descarga, abrindo
uma ampla passagem do encanamento geral para a atmosfera, fazendo
acontecer uma queda brusca do encanamento geral tornando vivo o sinal
de emergência em todo o trem.
E4
Com isso o ar do reservatório auxiliar e emergência fluem para o cilindro
de freio, levando-o a uma pressão máxima de 77 psi.
Nota: Do que vimos acima, conclui-se que além do maquinista aplicar a emergência pelo
manipulador , uma quebra de trem (ruptura do encanamento geral) também se dará
uma aplicação de emergência, proveniente da queda brusca de pressão no
encanamento geral.
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Toda vez que ocorrer uma emergência, após um minuto, o punho do manipulador deverá
ser levado para a posição de supressão, predispondo assim o equipamento para o
recarregamento (alívio).
CAUSAS EFEITOS
Quando o puno do manipulador for . . . A válvula de supressão desligará o ar do
levado para a posição de principal da passagem 12 desliga o reservatório
supressão . . . equilibrante da atmosfera, e liga a passagem 12
para a atmosfera.
. . . ocorrerá desligamento da chave PC (chave corte
Ocorrendo a ligação da passagem do motor de tração e freio dinâmico).
12 para atmosfera . . . . . . Corte do areamento.
O punho só poderá ser colocado na posição de alívio, depois de cessado o aviso sonoro
feito através da válvula interruptora do manipulador 26-C. Qualquer tentativa para recarregar
o encanamento geral, antes que o aviso sonoro tenha cessado, será anulada pelo ar da
câmara “B” mantendo a válvula interruptora do encanamento geral fechada.
O equipamento de freio será aliviado da mesma maneira descrita na posição de alívio após
aplicação de serviço.
CAUSAS EFEITOS
Quando a pressão do ar do . . . ligar o ar do cilindro de freio, reservatórios de
encanamento geral movimentar o emergência e auxiliar para dentro do
conjunto (pistão, gaveta e encanamento geral através da válvula de gaveta e
graduadora) irá comprimir a mola de válvula de retenção de alívio acelerado.
retorno da parte de emergência . . .
. . . Aumento da pressão localizada do
Ocorrendo esta ligação . . . encanamento geral fazendo o alívio acelerado em
cada válvula de serviço do vagão.
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PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUEM NA MANIPULAÇÃO DE UM
TREM
VAZAMENTO
É a perda de ar do encanamento geral para atmosfera, medida na unidade de tempo. As
principais fontes de vazamento do encanamento geral são:
• Juntas de bocal das mangueiras,
• Conexões de tubos (ligações, uniões e tês),
• Flanges do coletor de pó,
• Tampas de torneiras,
• Junta câmara do coletor de pó,
• Furos ou rachaduras nos encanamentos, roscas ou elementos de ligação,
• Juntas da válvula de serviço e válvulas AB-5 e VTA para o caso de vagões com
cilindro de freio de simples ação.
• Reduzir e eliminar os vazamentos para que nunca ultrapassem a ZERO PSI, no caso do
vagão visto individualmente.
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Causa sérios transtornos, pois o vagão fica sem freio, tornando as reduções de controle de
velocidade, insuficientes.
EXEMPLO: Trens que correram nas descidas de Mina de Conceição e João Paulo.
É importante que se identifique os vagões que estejam com este problema e sejam enviados
a Oficina.
Para que seja possível identificar o vagão com cilindro de freio aliviado, é necessário
vistoriar o trem com uma redução de 15 psi e caso o vagão não esteja isolado e o cilindro
de freio esteja aliviado indica que ele esteja com vazamento:
• No cilindro de freio;
• No Encanamento do cilindro de freio.
• No encanamento do reservatório Auxiliar
• No reservatório auxiliar.
GRADIENTE
Para mantê-lo dentro da faixa aceitável, a pressão mínima da cauda deverá obedecer aos
seguintes valores:
Pressão mínima de 85 psi - Nos demais pontos onde a viagem não se inicie em descidas
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CURSO DO CILINDRO DE FREIO
É a distância que o êmbolo percorre quando recebe pressão, a fim de imprimir esforço
timoneira do trem.
CAUSAS EFEITOS
Com a finalidade de manter o curso do cilindro do freio dos vagões numa regulagem
estabelecida, foram desenvolvidos os ajustadores automáticos de folgas, de funcionamento
pneumático ou mecânico , que são introduzidos nas timoneiras de freio.
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VÁLVULA K-2
VÁLVULAS TRÍPLICE K2
( Primeiro modelo de válvulas de freio)
COMPOSIÇÃO:
Formato de “T”. É acoplada diretamente ao
reservatório.
USO
São usadas nos vagões tipo PCB, PDB e em
vagões de uso cativo com: FNB, PNB, GNB.
RESERVATÓRIO
CILINDRO FREIO
Válvula AB
VÁLVULAS AB
VÁLVULA
EMERGÊNCIA SUPORTE DE
ENCANAMENTOS
VÁLVULA
SERVIÇO
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FUNÇÕES:
• Alívio acelerado nas aplicações de serviço;
• Atuação mais sensível para pequenos
VÁLVULA
SUPORTE DE VÁLVULA
diferenciais de pressão.
EMERGÊNCIA
ENCANAMENTOS SERVIÇO • Aceleração das aplicações de serviço
Válvula ABDW ( com a introdução da parte W ).
INFORMAÇÕES:
• Válvulas ABDW sem a parte W
denominam-se ABDF.
Recebeu, no lugar da parte “W”, uma tampa.
Válvula DB-60
VÁLVULA DB-60
CONSTITUIÇÃO:
Funciona através de pistão com diafragmas e
anéis de borracha tipo “K”.
É a mais moderna e já possui a função “W”,
no seu corpo.
FUNÇÕES:
VÁLVULA SUPORTE DE VÁLVULA Possui as mesmas funções das válvulas da
EMERGÊNCIA ENCANAMENTOS SERVIÇO família AB.
Utiliza o mesmo suporte de encanamento,
podendo trafegar junto de vagões com
válvulas de família AB.
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CILINDRO DE FREIO
Função Básica:
Transformação de pressão em força, transferindo-a para a timoneria.
USO:
Nos vagões da EFVM são usados 03 tipos de cilindros de projeto WABCO:
• Cilindro freio “8” x “8”
• Cilindro freio 10” x “12”
• Cilindro freio 7 5/8” x 12” x 9”
CILINDROS DE FREIO 8” X 8”
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O vagão é veículo destinado a transporte de cargas. Em função disto, quanto menor for a
sua tara e maior a sua capacidade de carga, melhor será sua performance. Como os vagões
usam geralmente apenas um cilindro de freio, para que sejam mantidas as taxas de
frenagens recomendadas pelas norma, tornou-se necessário o uso de um dispositivo para
mudar o regime de frenagem em função da carga do vagão. Vários são os métodos que são
utilizados para alterar o regime de frenagem em função da carga.
FORMA DE OPERAÇÃO
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NOTA:
Instalação Válvula EL-XB 1 - Localização do visor de posicionamento da
válvula
- Válvula EL-60 (Pino Vermelho)
Visor do lado oposto da alavanca sensora.
- Válvula EL-XB (Pino Branco)
Visor no centro e frente da válvula.
2 – Identificação posição válvula
Somente podemos verificar a posição da válvula
quando os freios estiverem aplicados.
O pino só aparecerá no visor quando o
vagão estiver vazio.
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AJUSTADOR AUTOMÁTICO DE FOLGAS
FINALIDADE:
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MANGUEIRAS DE FREIO
No. 1 - 1 3/8” x 68” - São usadas em vagões de minério (GDE) para ligar entre os vagões
geminados.
No. 2 - 11/8” x 64” - São usadas em vagões de minério (GDE) para ligar encanamento do
cilindro de freio entre os dois vagões
No. 3 - 1 3/8” x 22” - São usadas em vagões de carga geral.
No. 4 - 1 3/8” x 34” - São usadas em vagões de carga geral tipo HAD c/ torneiras reta.
No. 5 - 1 1/8” x 30” niple de ¾” - São usadas em locomotivas - enc. Equalização Cilindro de
freio.
No. 6 - 1 1/8” x 30” niple de 1” - São usadas em locomotivas - enc. Equalização reservatório
principal.
No. 7 - 1 3/8” x 30” niple de 1 3/8” - São usadas em Vagões de minério (GDE) e
Locomotivas - Encanamento Geral.
o
N . 10 – MP101 1 1/8” x 23” - São usadas em Vagões de minério (GDE) - Encanamento
Geral. – Coletor pó.
o
N . 11 – MP102 1 1/8” x 26” - São usadas em Vagões de minério (GDE) - Encanamento
Geral – Coletor pó.
No. 12 – MP103 1 1/8” x 30” - São usadas em Vagões de minério (GDE) - Encanamento
Geral – Coletor pó.
As mangueiras são compostas por niple, elemento de mangueira, bocal com a junta e 02
braçadeiras com parafuso e porca.
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É importante que as mangueiras usadas e suas partes metálicas (niple, bocal e braçadeira)
sejam envidadas para a Oficina de Vagões em TU e nos postos manutenção de IC, CS, OB
e CD e após deverá ser enviada a Oficina de freios. Pois serão reaproveitadas para a
montagem de novas mangueiras.
NIPLE MANGUEIRA
BOCAL FP-5
BRAÇADEIRAS
Mangueira de Freio
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Obs.:
Na manutenção é importante que o mecânico
verifique se não há obstrução do orifício nas
posição de alívio direto ou restrito. Temos
alguns vagões em que o retentor de alívio foi
substituído por uma ligação de 3/8” com bujão
de restrição com orifício de diâmetro médio
entre os orifícios direto e restrito.
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Para que possamos fazer uma inspeção e correção de freio com qualidade devemos ter:
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Mangueira
Furada, rasgada, Trocar a manqueira e enviar
papo externo, - Vazamento do ar do a mangueira usada para a
frouxa e com encanamento geral Oficina de freios de TU.
bocal gasto afetando teste de cauda
(gradiente e vazamento)
do trem.
- Emergência indesejada. Apertar a porca da ligagão
- Freio agarrado. com a chave de conexão,
Conexões caso ainda permita aperto.
(ligações, uniões Caso não retirar o vagão da
e tê de ramal e composição e Informar o
com vazamento. defeito, série e número do
vagão para o controle do
pátio, enviar para oficina.
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- Vazamento do ar do
Carregado
- Vazamento do ar do
Vazamento em encanamento geral
carga afetando teste de cauda
(gradiente e vazamento)
do trem. Isolar os freios do vagão,
Vazamento em - Operação de frenagem drenar todo o ar,
vazio do trem, Informar a torre série e
- Emergência indesejada. número e defeito do vagão.
- Freio agarrado.
Sensor - Vazio carregado
desregulado inoperante causando
Suporte quebrado choque e esticões no
trem.
Válvula EL-
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freios;
Vazamento - Freio Agarrado;
- Não carregar os freios do Isolar os freios do vagão,
vagão; drenar todo o ar,
- Não permite o Informar o defeito, série e
Válvula disparada carregamento do número do vagão para o
encanamento geral. controle do pátio e comunicar
a oficina.
Ajustador
folgas
Quebrado
Inoperante - Vagão sem freio
(travado)
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ANEXOS
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Assunto: Formação, movimentação e
segurança de trens/ Instruções e providências relativa a parte de FREIOS.
Esta circular tem por objetivo atualizar todas as normas existentes na EFVM relativas à
parte de FREIOS de seu material rodante, visando a uma maior SEGURANÇA e melhor
QUALIDADE dos serviços prestados.
a) TRENS CARGUEIROS
Todo trem contendo HAD’s desta série deverá ter prefixo específico e circular com
velocidade máxima de 40 Km/h.
3 - PARADA DO TREM
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A APLICAÇÃO DE FREIOS para a
PARADA DO TREM deverá ser de 15 psi no mínimo, evitando-se, assim, o agarramento
dos freios na partida.
4 - PRESSÃO DE TRABALHO
b) A pressão do encanamento geral de freios deverá ser regulada para 90 psi através da
válvula reguladora do manipulador automático.
c) A pressão do cilindro de freio da locomotiva, numa aplicação total dos freios pelo
manipulador independente, será de :
LOCOMOTIVAS G-12 E G-16 - 40 psi
DEMAIS LOCOMOTIVAS - 60 a 64 psi
O punho deverá voltar à posição de VAZIO (posição vertical) após a descarga do vagão.
Este posicionamento deverá ser posicionado pela equipagem do trem ou pelo manobreiro
de pátio.
b) ALÍVIO RESTRITO - Para os trens que trafegam no sentido MINA para VITÓRIA OU
TUBARÃO e de ENG. BANDEIRA para OURO BRANCO ( A
direção do punho do retentor NÃO acompanha a descarga do
retentor de alívio) .
Este posicionamento deverá ser efetuado pela equipagem do trem ou pelo manobreiro de
pátio.
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7 - TESTE DE VAZAMENTO E
GRADIENTE DE TRENS
VAZAMENTO
b.1 - PRESSÃO MÍNIMA da cauda do trem deverá atingir 88 psi; - Antes da descida da
Serra (ITABIRA, JOÃO PAULO, CONCEIÇÃO, PIÇARRÃO, FAZENDÃO, DRUMOND
CENTRAL, GONGO-SOCO ETC.)
b.2 - PRESSÃO MÍNIMA na cauda do trem deverá ser de 85 psi - Nos demais pontos,
onde a viagem não se inicie em descidas de Serra.
Não será permitido que vagão que esteja com freio isolado viaje como PRIMEIRO ou
ÚLTIMO veículo do trem.
Os vagões com freios isolados não deverão formar BLOCOS , ou seja, esses vagões
deverão trafegar intercalados com os vagões de FREIO NORMAL.
Os vagões usando sistema de freios ABS ou ABSD ( sem válvula de emergência), não
podem trafegar formando BLOCOS de 3 ou MAIS vagões. Pois em caso de ocorrência
de UDE (emergência indesejada) ou emergência intencional fica bloqueado o sinal de
emergência para o resto da composição, e estando o trem em curva teremos :
OBS.: Cada isolamento de GDE germinado deve ser considerado 02 (dois) vagões.
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9 - DESACOPLAMENTO DE MANGUEIRAS
A falta de mangueira ou chave para a substituição das mesmas deverá ser comunicada a
OFICINA DE LOCOMOTIVAS DE TUBARÃO.
12 - EMERGÊNCIA EM TREM
Toda vez que o trem carga geral parar devido a EMERGÊNCIA NÃO INTENCIONAL, e for
composto de plataformas com produtos siderúrgicos, conteiners e blocos, o maquinista
deverá vistoriar toda a composição e sua carga e em seguida comunicar ao CTC e tomar
as devidas ações.
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2 - A pressão do encanamento geral
permanece em 90 psi - Maquinista volta a interruptora para posição CARGA, comunica ao
CTC e segue viagem.
c) A cada início de viagem o maquinista deverá testar a válvula P-2 e P-2A e conjunto
BD-26 do sistema ATC e homem morto. Para que tenhamos certeza do
funcionamento do sistema de controle de segurança.
14 - GENERALIDADES
1 - Ao ligar mangueiras, não se deve fazer uso de pedras ou qualquer outro material a
fim de bater nos bocais. As batidas avariam os bocais e causam vazamentos nos
mesmos.
5 - A torneira do encanamento geral dever ser aberta lentamente quando existir pressão
no mesmo, afim de se evitar aplicação de emergência.
7 - As mangueiras dos últimos vagões devem ser penduradas no seu suporte, afim de se
evitar danos devido a arrastamento, entrada de poeiras, pedras e etc.
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REFERÊNCIAS
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