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CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE AULA PARA EAD


(MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO)

CURSO: Engenharia de Produção


DISCIPLINA: Humanidades e Ciências Sociais
CONTEUDISTA: Clarissa Brandão.
Designer Instrucional: Felipe M. Castello-Branco

Aula 5 – DIREITO CIVIL

Meta
Olá!!
Nessa aula iremos aprender sobre um dos grandes ramos: o Direito Civil. Talvez
seja o Direito que mais se aproxima de nós, em nosso dia-a-dia. Iremos Estudar
as noções básicas do Direito Civil, suas principais subdivisões até chegarmos no o
direito das obrigações, que tem na figura do contrato a sua principal forma de
expressão. Vamos lá?

Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

1. Reconhecer os tipos de relações que são reguladas pelo direito civil.


2. Distinguir as sub-divisões do Direito Civil
3. Reconhecer os elementos que integram os direitos das obrigações.

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1.0 Introdução

O Direito Civil remonta à época do Direito Romano. Foram os romanos que


criaram os principais institutos do Direito Civil que perduram até hoje. Foram eles
que visualizaram a maioria dos conflitos envolvendo particulares, e conseguiram
com grande habilidade desenvolver mecanismos para resolver e controlar a
sociedade da época.
Inclusive, mesmo após as invasões bárbaras e a chegada de estrangeiros no
território romano, em grande número, esses povos acabaram aderindo ao sistema
jurídico romano, demonstrando, em certa medida, o reconhecimento de justiça que
emanava do mesmo.
Vamos conhecer um pouco do que os Romanos nos deixaram como legado?

2.0 Compreendendo as relações privadas

O Direito Civil pode ser definido como o conjunto de normas que regulamentam as
relações jurídicas das pessoas entre si, ou seja, relações estritamente privadas,
em que não temos a participação de um ente público, como ocorre, por exemplo,
no Direito Administrativo. Trata-se, portanto, da regulamentação feita sobre as
relações particulares. Essas relações podem ser notadas com frequência em
nosso dia-a-dia.
Quando tomamos um ônibus para ir ao trabalho, por exemplo, nós estamos
realizando uma relação com a empresa que irá nos transportar e dessa relação
decorrem direitos e deveres: o pagamento do valor da passagem e a realização
efetiva e segura do nosso transporte, propriamente dito.
Igualmente, quando nós realizamos ligações e acessamos a internet por nosso
telefone, estamos dentro de uma relação jurídica firmada por nós com a operadora
de telefonia móvel que contratamos.
Para fins didáticos, o Direito Civil é subdividido em alguns ramos, agrupados de
acordo com um objeto em comum. Assim, no Direito de Família, estudam-se todos

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os aspectos jurídicos que envolvem as relações familiares. No Direito Empresarial,
estudam-se todos os aspetos relacionados ao exercício da atividade empresarial.

Figura 5.1: a charge ilustra de forma bem humorada as relações privadas que
integram o casamento, bem como seus direitos e deveres.

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Figura 5.2: Na área de Direito Civil podemos encontrar temas altamente
polêmicos que vêm sendo bastante discutidos com a sociedade civil, como o
casamento entre pessoas do mesmo sexo, a definição de família e até mesmo a
questão do marco civil da internet.

Essa divisão também é acompanhada pelo nosso Código Civil (Lei nº 10.406/02)
que possui uma parte geral e uma parte específica que trata das pessoas, dos
bens e dos fatos e dos atos jurídicos. Há também uma parte especial, que trata do
Direito de Família, o Direito das Coisas, o Direito das Obrigações e o Direito das
Sucessões.
Para o estudo dessa disciplina, iremos nos focar principalmente na parte geral, na
parte do Direito das Obrigações (cuja grande figura é o contrato) e no direito
empresarial (que você estudará na Aula 6).

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Apenas a título de esclarecimento, vou comentar brevemente com você sobre o
Direito de Família, Direito das Sucessões e o Direito das Coisas (também
chamado de Direitos Reais).

A) Direito de Família

É um dos ramos do Direito Civil que mais tem se modificado para acompanhar as
mudanças da sociedade.
A família é o menor grupamento social do qual participamos e dentro dele
encontramos uma enorme gama de relações que são regidas pelo Direito Civil. É
no núcleo familiar que temos a constituição das relações de parentesco que
possuem direitos e deveres que às vezes não são muito “visíveis”, mas que se
revelam em determinadas situações.
Por exemplo: os pais têm em relação aos filhos o dever de alimentá-los, de
protegê-los, mas como cumprir com esse dever quando um dos pais não reside
com os filhos? Aquele que não vive a rotina de despesas da casa e dos filhos tem
a obrigação de contribuir financeiramente para o seu sustento. Surge assim o
dever de pagamento de alimentos, ou seja, de uma prestação alimentícia que
cumpra com o dever de alimentar a prole. Assim como existe também o direito à
convivência entre pais e filhos: quando ambos vivem sob o mesmo teto, tal direito
é exercido em sua plenitude, mas quando um dos pais não reside com os filhos,
regulamenta-se o direito a visitas para garantir, tanto aos filhos, quanto aos pais, a
realização do direito à convivência.
Atualmente, tem-se falado inclusive em Direito das Famílias para abranger
também as múltiplas formas familiares que são encontradas em nossa sociedade.

B) Direito das Sucessões

O Direito da Sucessão é aquele responsável por uma importante finalidade no


contexto de nosso sistema de produção que protege a propriedade privada. É o

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direito que regula o modo como as propriedades são transferidas após a morte de
uma pessoa, e garantindo a permanência dos bens conquistados em vida aos
seus herdeiros. Nesse sentido, ele também regulamenta as dívidas, se houver,
que deverão ser quitadas pelos herdeiros.

Figura 5.3 - O Direito das Sucessões estabelece quem são os herdeiros, a ordem
de sucessão, além de regulamentar o testamento, aceitação e renúncia da
herança, deserção, dentre outros direitos relacionados.
Fonte: https://flic.kr/p/kYigKE
Autor: Agencia Senado.

C) Direito das Coisas (ou Direitos Reais)

O Direito das Coisas regulamenta direitos e deveres sobre os objetos – bens


materiais e imateriais – tais como propriedade industrial e propriedade intelectual.
Destacam-se nesse grupo a propriedade e a posse dos bens, incluindo relações
de aluguel de coisas: tanto móveis, quanto imóveis.

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O contrato de locação de um apartamento é um bom exemplo de regulamentação
da posse e da propriedade de um bem. A posse é daquele que está usando o
apartamento (locatário) e a propriedade é do dono (locador).
Junto com o direito de exercer a propriedade, vêm os deveres decorrentes do
mesmo, como por exemplo, o pagamento de impostos sobre o imóvel particular.

Atividade 1 (atende ao objetivo 01)


Conforme estudamos até aqui quais são os contratos que você já celebrou em sua
vida? Elenque pelo menos três situações jurídicas de seu cotidiano que
demonstrem a sua compreensão sobre as relações privadas que são abrangidas
pelo Direito Civil

Resposta: 05 linhas
Resposta Comentada:
O aluno poderá elencar diversas situações que revelem a regulação do direito civil
em sua vida, como por exemplo, o casamento, o divórcio, a percepção de
alimentos pelo pai ou pela mãe, se este não convive com o filho(a), o contrato de

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aluguel, o contrato de telefonia celular, a compra de um computador, a compra de
um game, a assinatura da TV a cabo ou de algum outro serviço de entretenimento,
a ida ao cinema, a um show ou a um teatro, enfim, tudo que permita demonstrar
que o mesmo conseguiu identificar quais são as relações privadas que são
abrangidas pelo Direito Civil.

3.0 Conceitos básicos – Parte Geral do Código Civil


3.1 Das pessoas naturais

Pessoa natural ou física é o próprio ser humano, ou seja, aquele que foi gerado e
concebido por uma mulher, sendo que sua personalidade civil começa com seu
nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do
nascituro (art. 2º CC).
A existência da pessoa natural termina com a morte (real), comprovada pelo
atestado de óbito ou pela justificação no caso de catástrofe e não encontro do
corpo da pessoa desaparecida; presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos
casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva (art. 6º CC).

3.1.1 Morte presumida

Em algumas situações mesmo que não se tenha a comprovação de que a pessoa


faleceu, presume-se sua morte:

Art. 7º CC: Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

I- se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;


II- se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for
encontrado até dois anos após o termino da guerra.

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Parágrafo único: A declaração da morte presumida, nesses casos, somente
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a
sentença fixar a data provável do falecimento.

No caso do inciso I acima citado, incluem-se os acidentados, sem que os corpos


sejam encontrados.

3.1.2 Capacidade civil

Capacidade civil é a aptidão da pessoa física para exercer direitos e assumir


obrigações. Capacidade é a medida da personalidade. Nem todos têm
capacidade plena, pois há fatos que reduzem ou anulam essa capacidade.
Ressaltamos que a capacidade de direito – artigo 1º do Código Civil – todos
possuem; porém, a capacidade de fato para o exercício do direito, nem todos
possuem. Por isso, diz-se que quem tem capacidade de fato e de direito tem
capacidade plena.
Quem só tem a capacidade de direito necessita da ajuda de seus responsáveis
legais para poder exercer esses direitos por serem considerados incapazes.
Incapacidade é a restrição legal ao exercício de atos da vida civil, podendo ser
absoluta ou relativa.
Assim, toda pessoa, desde o nascimento até a sua morte, tem capacidade para
ser titular de direitos e obrigações na ordem civil, não significando, contudo, que
possa exercer pessoalmente tais direitos, ou seja, uma coisa é a titularidade de
direitos, e outra, é a capacidade para, pessoalmente, exercê-los.
Em determinados casos a lei entende por bem limitar o exercício pessoal de
direitos, dependendo da idade, saúde ou estado mental de certas pessoas,
sempre no intuito de protegê-las. São assim classificados de absolutamente e
relativamente incapazes.

3.1.2.1 Incapacidade absoluta

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De acordo com o artigo 3º do Código Civil são absolutamente incapazes de
exercer pessoalmente os atos da vida civil, ou seja, não podem praticar nenhum
ato:

I) os menores de 16 anos;
II) os que, por enfermidade ou deficiência mental (permanente), não tiverem o
necessário discernimento para a prática desses atos;
III) os que, mesmo por causa transitória (arteriosclerose, uso de substâncias
entorpecentes ou alucinógenas), não puderem exprimir sua vontade.

A incapacidade absoluta acarreta a proibição total, por si só, do direito. O ato


somente poderá ser praticado pelo responsável legal do absolutamente incapaz,
sob pena de nulidade.

3.1.2.2 Incapacidade relativa

De acordo com o artigo 4º do Código Civil algumas pessoas são relativamente


incapazes, ou seja, podem em determinadassituação praticarem os atos da vida
civil sozinhas, mas para a práticos de outros atos, precisaram ser assistidas por
outra pessoa:

I) os maiores de 16 anos e menores de 18 anos;


II) os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental,
tenham o discernimento reduzido;
III) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV) os pródigos.

Parágrafo único: A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

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INÍCIO DO BOX CURIOSIDADE/ SAIBA MAIS
A Lei nº 6.001/73 (Estatuto do Índio) preceitua que são nulos os negócios
realizados entre um índio e pessoa estranha à comunidade indígena, sem a
participação da FUNAI.
FIM DO BOX CURIOSIDADE/ SAIBA MAIS

Reforçando o entendimento, para que os atos praticados pelos incapazes tenham


validade, devem ser revestidos de determinados requisitos. Os absolutamente
incapazes deverão ser representados por seus representantes legais, sob pena de
nulidade absoluta dos atos por eles praticados diretamente, enquanto que os
relativamente incapazes necessitam ser assistidos na prática dos atos da vida
civil, sob pena de anulabilidade dos atos cometidos.
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada
à prática de todos os atos da vida civil.
Cessará, entretanto, para os menores, a incapacidade, pelo instituto da
emancipação, quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses, de acordo com o
artigo 5º CC:

• Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante


instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
• Pelo casamento;
• Pelo exercício de emprego público efetivo;
• Pela colação de grau em curso de ensino superior;
• Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.

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É certo também que a emancipação voluntária, mesmo sendo irrevogável, não
isenta os pais da obrigação de indenizar as vítimas dos atos ilícitos praticados
pelo menor emancipado para evitar emancipações maliciosas.

3.1.3 Inscrição em registro público

Com a finalidade de assegurar direitos de terceiros, o legislador, a fim de obter


publicidade do estado das pessoas, exige inscrição em registro público de
determinados atos, e a certidão extraída dos livros cartorários fará prova plena e
segura do estado das pessoas físicas.

Art. 9ºCC: Serão registrados em registro público:

I- os nascimentos, casamentos e óbitos;


II- a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III- a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV- a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Art. 10 CC: Far-se-á averbação em registro público:

I – das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o


divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II – dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação.

Fica evidente que a falta de registro ou averbação desses documentos e/ou atos,
poderá ensejar sua nulidade ou mesmo a impossibilidade da prática dos atos da
vida civil.

3.2 Das pessoas jurídicas

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3.2.1 Conceito

A pessoa jurídica pode ser criada e constituída por pessoas naturais e/ou também
por outras pessoas jurídicas e poderá ter direitos, obrigações e patrimônio.

3.2.2 Existência legal das pessoas jurídicas de direito privado

O ato constitutivo deve ser levado a registro para que comece, então, a existência
legal da pessoa jurídica de direito privado.
O registro do contrato social de sociedade empresária faz-se na Junta Comercial.
Os estatutos e os atos constitutivos das demais pessoas jurídicas de Direito
Privado são registrados no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
De maneira geral as pessoas jurídicas não precisam de autorização ou aprovação
do Estado para poderem iniciar suas atividades, bastando o registro de seu ato
constitutivo no órgão competente, mas a legislação exige em determinadas
situações uma análise mais profunda feita pelo Poder Executivo para que possam

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funcionar, como é o caso das seguradoras, instituições financeiras, administradora
de consórcios.

Art. 45 CC: Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

No mais, os requisitos da vontade em criá-las, aliada à licitude de seus objetivos e


à observância dos ditames legais, são as condições mínimas para que possam
iniciar suas atividades.

3.2.3 Classificação das pessoas jurídicas


A lei nº 10.406/02, em seu artigo 40, classifica as pessoas jurídicas como sendo
de direito público interno ou externo e de direito privado.

a) Pessoas jurídicas de direito público externo: países estrangeiros,


organismos internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a
OEA (Organização dos Estados Americanos), art. 42 CC;
b) Pessoas jurídicas de direito público interno: a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Territórios, os Municípios, as Autarquias, inclusive as associações
públicas e demais entidades de caráter público criadas por lei, de acordo com o
artigo 41 CC;
c) Pessoas jurídicas de direito privado: sociedades civis ou comerciais (ou
empresariais), as associações, as fundações privadas, os partidos políticos, as
organizações religiosas e a empresa individual de responsabilidade limitada
(Eireli), assim determinadas pelo art. 44 CC.

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1) Associações são organizações sem fim lucrativo, em regra, exercendo
atividades culturais, religiosas, recreativas, etc.

2) Sociedades são organizações com fins lucrativos, em regra, podendo ser


personificadas ou não personificadas.

2.1 As sociedades não personificadas (sem personalidade jurídica) são a


sociedade em comum e a sociedade em conta de participação, elas não existem
no plano jurídico, mas possuem deveres, como por exemplo, o respeito aos
direitos trabalhistas de seus empregados.
a) Sociedade comum é a que não tem registro, também conhecida
como sociedade irregular ou de fato (art. 986 CC). Alguém que tenha uma
barraca de pipoca, por exemplo, em sociedade com o seu irmão, ou
cunhado.
b) Sociedade em conta de participação é a que tem um sócio oculto,
que não aparece perante terceiros, e um sócio ostensivo, em nome do qual
gira a sociedade. É mais utilizada em operações de importação e
exportação e tem como característica uma associação momentânea que
não necessita registro.

2.2 Sociedades personificadas (com personalidade jurídica) são as que têm


registro, constituindo-se, portanto, como pessoas jurídicas. Podem ser simples ou
empresariais.
a) A sociedade simples (antiga sociedade civil) é a que exerce
atividades profissionais ou técnicas, como a sociedade de engenharia,
médica ou contábil.
b) A sociedade empresarial é a que exerce atividade econômica
organizada, para a produção ou a circulação de bens ou serviços. São
empresariais, por exemplo, a sociedade limitada e a sociedade anônima.

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3) Fundação é uma pessoa jurídica criada com fim especifico, com patrimônio
próprio instituído por seu criador que será administrado por curador, pois não
possui sócios ou proprietários. Pode ser criada por escritura pública ou
testamento, devendo o instituidor doar os meios necessários e especificar o fim a
que se destina, declarando também, se quiser, a maneira de administrá-la (art. 62
cc).

As fundações privadas só podem constituir-se para fins religiosos, morais,


culturais ou de assistência (art. 62, parágrafo único, CC). As fundações públicas
são as criadas pelo Poder Público, por lei, ou por escritura autorizada em lei. Têm
natureza pública, embora lhes seja atribuída personalidade jurídica de direito
privado.

4) As organizações religiosas são livres para se organizarem e se


estruturarem, para que possam funcionar da maneira que mais lhes aprouver, não
necessitando de autorização especial do poder público, que é obrigado a
reconhecê-las e registrá-las se seus atos constitutivos estiverem dentro dos
parâmetros legais.

5) Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto


em lei específica.

6) A empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli), última das


pessoas jurídicas a fazer parte do rol trazido pelo Código Civil, é aquela em que o
empresário não responderá pessoalmente pelos débitos contraídos pela pessoa
jurídica, pois o seu patrimônio é distinto do patrimônio da pessoa jurídica.
Diferentemente do empresário individual, cujo patrimônio se confunde, caso em
que o empresário responderá ilimitadamente com o seu patrimônio pessoal.

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3.2.4 Extinção da pessoa jurídica

Termina a existência da pessoa jurídica pelas seguintes causas:

a) Convencional: por deliberação dos próprios sócios;


b) Legal: em razão de motivo determinado na lei que a impeça de continuar;
c) Administrativa: nos casos em que as pessoas jurídicas necessita da
aprovação e/ou autorização do Poder Público para poderem funcionar e praticam
atos nocivos ou contrários aos seus fins;
d) Natural: acontece quando da morte de seus membros, sem estipulação em
contrato social ou estatuto que a mesma pudesse continuar com a administração
dos sucessores dos sócios;
e) Judicial: quando previsto em seu contrato social ou estatuto determinada
cláusula de encerramento e a mesma continuar a existir, será decidido por
sentença a sua extinção.

3.3 Domicílio

Entende-se genericamente por domicílio o local onde a pessoa pratica os seus


atos e/ou negócios jurídicos com habitualidade. É pois, a sede jurídica da pessoa,
onde esta responde por suas obrigações.

3.3.1 Domicílio da pessoa natural

Domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com
ânimo definitivo (Art. 70, CC). A noção de domicílio é importante para completar a
qualificação de uma pessoa, e para estabelecer o lugar onde deva responder por
suas obrigações. Em regra, o devedor – por exemplo - deve ser demandado no
lugar do seu domicílio.

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Pode, porém a pessoa natural ter mais de um domicílio, o que ocorre quando tem
duas ou mais residências, onde, alternadamente, viva. Nesse caso, considerar-se-
á domicílio qualquer uma delas.
Também será considerado domicílio da pessoa natural, o local onde a mesma
exerce sua profissão, sendo que, se o exercício de sua profissão se der em vários
lugares, cada um deles poderá ser considerado como domicilio.

3.3.2 Domicílio das pessoas jurídicas

De acordo com o art. 75 CC, o domicílio das pessoas jurídicas, é o local onde
funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem
domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos, e se tiverem vários
estabelecimentos localizados em lugares distintos, cada um deles será
considerado domicílio para os atos nele praticados.
Se a administração, ou diretoria tiver a sede no estrangeiro, seu domicílio será o
lugar do estabelecimento situado no Brasil.
Estabelece ainda o mesmo artigo 75 CC, como sendo o Distrito Federal o
domicílio da União, as capitais dos Estados, como domicílio de cada um deles e
para os Municípios, onde funcione a Administração Municipal.

3.3.3 Demais domicílios

a) Domicílio necessário: Tem domicílio necessário o incapaz, o servidor


público, o militar, o marítimo e o preso, sendo que o domicílio do incapaz é o
mesmo que de seu representante ou assistente; o do servidor público, onde
exerce permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da
Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente
subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o
lugar em que cumprir a sentença. (art.76 CC);

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b) Domicílio do agente diplomático: O agente diplomático do Brasil, que, citado
no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu
domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do
território brasileiro onde teve. (art.77 CC);

Também regulamento pelo Código Civil, o Direito das Obrigações é um conjunto


de normas que determinam dentro das relações jurídicas de conteúdo patrimonial,
direitos e deveres a serem cumpridos pelos sujeitos que compõem esta relação,
dando especialmente ao credor, subsídios para que possa exigir do devedor o
cumprimento da obrigação.
Nas palavras de Gonçalves (2011, p.21) “O direito das obrigações tem por objeto
determinadas relações jurídicas que alguns denominam direitos de crédito e
outros chamam direitos pessoais ou obrigacionais”.
Dentre as modalidades trazidas pelo CC, encontram-se as obrigações de dar, de
fazer e de não fazer, entre outras, cada qual com suas características.
Mas o que é uma obrigação?
Buscamos novamente o ensinamento de Gonçalves (2011, p.37):

“Obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito


ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o
cumprimento de determinada prestação. Corresponde a uma
relação de natureza pessoal, de crédito e débito, de caráter
transitório (extingue-se pelo cumprimento), cujo objeto
consiste numa prestação economicamente aferível.”

Sabendo o significado de obrigação é importante saber também como ela pode


ser transmitida e como pode ser extinta.

4.1 Transmissão das obrigações

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 Cessão de Crédito
Aquele que for detentor de algum crédito poderá cedê-lo, se não houver nenhum
impedimento legal, ou qualquer outro óbice.
Na cessão de crédito, o credor transfere a terceiro o direito que possui em relação
ao devedor (art.286 CC). Não é necessária a concordância do devedor, devendo
ele, porém, ser notificado do fato.

 Assunção da dívida
Pela assunção da dívida, um terceiro assume a obrigação do devedor, com o
consentimento do credor, conforme dispõe o artigo 299 do Código Civil. O devedor
exonera-se da dívida e das garantias por ele dadas. Salvo se o terceiro já era
insolvente, ignorando o credor esse fato, ou se a assunção vier a ser anulada.

4.2 Extinção das obrigações

a) Adimplemento é o ato de cumprir a obrigação. Pode a obrigação


extinguir-se pelo pagamento, ou por outros fatores a seguir descritos.
b) Pagamento: é o cumprimento dado a uma obrigação, em dinheiro ou
coisa. Será indevido se não houver vínculo obrigacional que o justifique.
c) Ação de consignação em pagamento: é o depósito feito em juízo ou
estabelecimento bancário da coisa devida. Podendo ocorrer quando:

 O credor não puder ou se recusar a receber o pagamento ou dar


quitação;
 O credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e
condição devidos;
 O credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado
ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;

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 Ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento;
 Pender litígio sobre o objeto do pagamento;

d) Pagamento com sub-rogação: sub-rogar significa trocar, substituir. A sub-


rogação pode ser pessoal, ou real.

 Sub-rogação pessoal: a dívida é paga por um co-devedor ou terceiro


interessado.
 Sub-rogação real: substitui-se a coisa devida. A sub-rogação
transfere a quem pagou todos os direitos do título ou do contrato
contra o devedor principal e os fiadores.

e) Imputação do pagamento: Imputar o pagamento é indicar o que se está


pagando, no caso de dois ou mais débitos da mesma natureza, líquidos e
vencidos, em favor de um só credor. Havendo capital e juros a pagar, entende-se
que o pagamento refere-se primeiro aos juros vencidos, e depois ao capital, salvo
estipulação em contrário.
f) Novação: é a substituição de uma obrigação por outra. Opera-se pela
substituição do sujeito ativo ou do sujeito passivo ou do objeto da obrigação. Em
qualquer desses casos, surge uma nova relação jurídica, que extingue e substitui
a anterior.
g) Compensação: é a extinção de uma obrigação pela recíproca
equivalência de débitos entre os contratantes. A compensação é matéria de
defesa, e só pode ser alegada quando se confrontam débitos líquidos e vencidos.
h) Transação: ocorre quando as partes fazem concessões recíprocas,
para evitar ou terminar um litígio.
i) Confusão: ocorre quando o devedor e o credor passam a ser uma só
pessoa, extinguindo-se a obrigação.

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j) Remissão: é o ato pelo qual o credor dispensa graciosamente o devedor
de pagar a dívida. É um ato bilateral, pois depende da concordância do devedor. A
remissão não pode prejudicar terceiros.

4.3 Do inadimplemento das obrigações e da mora

Inadimplir é não cumprir a obrigação. O inadimplemento pode ser absoluto


(impossibilidade total) ou relativo (impossibilidade parcial) de cumprir a obrigação.
Pode caracterizar-se também pela mora.
O sujeito da obrigação estará em mora quanto atrasar culposamente com o seu
cumprimento ou mesmo tendo cumprido sua obrigação a fez de modo deficiente.
A mora que poderá ser tanto do devedor, quanto do credor poderá ser constituída
dentre de várias possibilidades, como a partir do vencimento da obrigação, ou da
interpelação, nos casos em que não haja vencimento estipulado.
Além dos acréscimos legais que da obrigação principal possam ser gerados, o
descumpridor da obrigação pode também ser condenado a indenizar por perdas e
danos, os prejuízos que tenha causado pelo seu ato culposo.

4.4 Cláusula penal ou multa convencional

É uma convenção na qual as partes se obrigam a pagar uma determinada multa


no caso de violação do contrato.
Trata-se de uma obrigação acessória, que visa garantir o cumprimento completo
da obrigação principal ou de alguma cláusula especial ou simplesmente em
relação à mora, bem como fixar previamente o valor das perdas e danos em caso
de descumprimento.
Ainda determina o CC que incide de pleno direito na cláusula penal, aquele que
deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora, desde que tenha agido
com culpa.

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4.5 Dos contratos em geral

Contrato é fonte de obrigação, e deve conter alguns requisitos obrigatórios e


legais, comuns a todos, sendo eles as partes, o objeto e a manifestação de
vontade.
“Contrato é uma espécie de negócio jurídico que depende, para a sua formação,
da participação de pelo menos duas partes. É portanto, negócio jurídico bilateral
ou plurilateral” (Gonçalves, 2011, p.22)
Entendemos, então, que é necessária uma análise, mesmo que rápida, sobre a
teoria geral dos contratos para que você possa compreender todos os contratos
de maneira genérica.
Contrato é um negócio jurídico, e como tal, necessita que algumas condições
estejam presentes para que o mesmo possa ser considerado válido. Por isso,
colhemos o que diz a Lei nº 10.406/2002, nosso Código Civil:

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:


I – agente capaz;
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III – forma prescrita ou não defesa em lei.

Exigindo que o agente seja capaz, a legislação obriga que os contratantes não
estejam presentes em nenhuma das hipóteses de incapacidade relativa ou
absoluta, também previstas nos artigos 3º e 4º do CC.
O objeto a ser contratado deve estar dentro da lei, é claro. Porém, mesmo que não
esteja especificado em lei, não deve atentar à moral e aos bons costumes, como
também à ordem pública. Também deve ser possível determiná-lo, quer seja pelo
seu gênero, pela sua quantidade ou pela sua qualidade. Não é passível de
negociação, por exemplo, a “entrada no céu”, como fazia a Igreja Católica no
século XVI, uma vez que o referido objeto não é possível.

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Quanto à forma do contrato, deve estar dentro de uma previsão legal. Se não
existir tal previsão, que não seja proibida legalmente.
Essas convenções efetuadas entre as partes, chamadas de contratos, pelo menos
em nosso ordenamento jurídico, devem ser, portanto, feitas com base nas
determinações legais e na vontade dos sujeitos. Elas têm a prerrogativa de criar,
regular, modificar ou extinguir relações jurídicas de cunho patrimonial.

A definição de contrato feita no século passado por Clóvis Bevilaqua (1934, p.


245) ainda é bem atual e nos ajuda a entender do que se trata, como sendo:
“acordo de vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir
direitos”. Parece, por assim dizer, que os contratos podem tudo, desde que
pactuados entre sujeitos capazes, com o consenso das partes e sem impedimento
legal.

Vale mencionar ainda que os contratos podem ser:


a) Escritos: Quando utilizam uma forma gráfica de expressão, como, por
exemplo, o contrato de locação;
b) Verbais: Quando prescindem de um registro físico, como, por exemplo, o
contrato de transporte público, seja por meio de ônibus, trem ou metrô. A
relação contratual existe a partir do momento em que o passageiro ingressa
nas dependências do prestador do serviço de transporte e termina com a
chagada ao local de destino.
c) Público: Quando é feito em um cartório, como, por exemplo, uma escritura
pública de compra e venda de um bem imóvel.
d) Particular: Quando é feito entre particulares, como, por exemplo, um
contrato de prestação de serviços de fotografia para casamento.

De acordo com o CC em seu art. 421 e seguintes, os contratos desde seu inicio,
em sua vigência e até a sua extinção devem ser orientados por alguns princípios,
entre eles o da liberdade de contratar; da probidade e boa-fé; da interpretação

24
mais favorável ao aderente, quando o contrato de adesão contiver cláusulas
ambíguas; da impossibilidade de renúncia antecipada do contratante aderente
quanto a direitos resultantes do negócio.

Apesar de já ser um tema bastante debatido, os contratos continuam sendo um


grande ramo de trabalho para os juristas, em face das novas relações que vão
surgindo na sociedade e que demandam do Direito instrumentos contratuais
hábeis para regulá-las. Assim, por exemplo, podemos citar como uma grande
evolução na doutrina contratual com a revolução digital que presenciamos e seus
reflexos nos contratos eletrônicos.
Os contratos eletrônicos ou digitais são compreendidos hoje em dia muito além do
que um acordo realizado por meio de um instrumento de comunicação à distância
(seja o computador, de um smartphone ou a internet). Eles representam
atualmente um novo caminho, mais do que uma simples versão eletrônica do que
já existia antes. Isso porque além de se tornar uma versão atualizada, os contratos
digitais são facilitadores das relações obrigacionais de nossos tempos porque
ampliam as possibilidades e se tornaram no novo produto de nosso tempo porque
potencializam os acordos de vontades, como por exemplo, com a publicidade
direcionada ao perfil de sites utilizados e dos padrões de buscas realizados por
cada usuário.

4.5.1 Formação dos contratos

Os contratos são formados a partir de propostas elaboradas pelo principal


interessado. Assim, aquele que deseja comprar um imóvel, deve procurar o que
está oferecendo ou ofertando o mesmo. Uma ida ao supermercado também é uma
forma de celebração de contrato: o vendedor expõe os produtos que possui e o
interessado escolhe aqueles que deseja. Depois desta escolha, o interessado irá
ao caixa e efetuará o pagamento por aqueles bens que irá consumir. Trata-se de

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uma relação contratual não-escrita, mas que está legalmente amparada dentro de
nosso ordenamento.
As relações de consumo, de prestação de serviços e até mesmo as relações
trabalhistas, conforme veremos adiante, são estruturadas com base num contrato.
Os contratos e os princípios que regem esse tema do Direito Civil são a
personificação do Direito em nossa vida cotidiana: contrato de aluguel, contrato de
prestação de serviços de telefonia móvel, de internet banda larga, contrato de
prestação de serviços de ensino, como creche ou cursos de idiomas, enfim, os
contratos estão por todos os lados jurídicos que integram o nosso dia-a-dia.

4.5.4 Como o contrato acaba?

Os contratos iniciam-se por mutuo consentimento, baseados em princípios


próprios que asseguram sua execução e se extinguem de uma ou outra forma.
Quando se inicia um contrato, os sujeitos como regra e cumprindo com suas
obrigações contratuais esperam que sua extinção aconteça justamente pela sua
execução, mas às vezes mesmo ser ter alcançado a finalidade que se esperava, o
contrato chega ao seu fim. Algumas formas pelas quais o contrato pode chegar
ao seu término são:

 Distrato

O distrato é uma das formas de extinção do contrato que por mútuo consentimento
as partes põem fim ao acordo anteriormente firmado, existindo a possibilidade,
dependendo dos casos previstos em lei. Ou mesmo já estipulado no contrato, de
ser realizado unilateralmente por uma das partes.

 Cláusula resolutiva

26
É a extinção do contrato pelo não cumprimento do mesmo ou de alguma de suas
cláusulas por uma das partes.
Existindo no contrato cláusula resolutiva expressa, esta se opera de pleno direito,
caso contrário, dependerá de interpelação judicial.
A parte que se sentir lesada pelo descumprimento das obrigações da outra parte,
pode optar por pedir a extinção do contrato, como também por seu cumprimento,
sendo que em ambas as situações cabe indenização por perdas e danos.

Atividade Final

Você realizou uma compra pelo site Aliexpress e verificou que passado o tempo
prometido para a entrega do bem, o mesmo não chegou a sua residência. Apesar
disto, o valor foi regularmente debitado de seu cartão de crédito.

Em vista disto, responda:

a) Qual o problema jurídico proveniente desta obrigação.

b) Podemos dizer que se trata de um contrato, mesmo que tenha sido feito por
meio de um sítio estrangeiro?

Resposta Comentada:

a) O problema que se apresenta é que uma das partes não cumpriu com o
que se obrigou no momento do contrato. A não entrega do produto
adquirido pelo site Aliexpress é uma falta cometida pelo fornecedor em
detrimento do consumidor.

b) Trata-se de um contrato, mesmo que tenha sido feito por meio da internet,
porque a essência do contrato também se encontra nos contratos digitais,
qual seja, a da manifestação da livre vontade entre os contratantes.

5.0 Conclusão

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O Direito Civil é a parte do Direito que mais se aproxima de nossas vidas
cotidianas e a sua existência ajuda a prevenir diversos conflitos dentro da
sociedade.

Em decorrência dessa aproximação é também o ramo do Direito que é mais


suscetível de mudanças para acompanhar as transformações vividas pela
sociedade.

6.0 Resumo

Neste capítulo estudamos o Direito Civil, a partir da análise de alguns institutos


trazidos pela Lei 10.406/02 – Código Civil.
Abordamos inicialmente o conceito de Direito Civil, partindo para o estudo das
pessoas naturais, estudando a capacidade civil e as situações de incapacidade
absoluta e relativa.
Na sequência estudamos as pessoas jurídicas trazendo a classificação constante
no Código Civil, explicando cada uma delas.
Tratamos do domicílio das pessoas físicas e jurídicas, bem como de que forma
adquirem personalidade jurídica.
Ao final estudamos o Direito das Obrigações procurando evidenciar direitos e
deveres das partes, especialmente com o estudo dos contratos.

7.0 Referências Bibliográficas

BEVILAQUA, Clovis. Código Civil dos Estados Unidos do Brasil commentado. 4.


ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1934.

BORGES, Adriana da Cunha. Lições preliminares de direito civil - parte geral -


obrigações - contratos - atos unilaterais. Ab Editora: Goiânia, 2011.

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DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro - teoria das obrigações
contratuais e extracontratuais. Vol.3. 27 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

PEREIRA, Caio Mário da Silva. Obrigações e contratos. Rio de Janeiro:


Forense, 2012.

6.1 Consultando a legislação

Se você quiser se aprofundar um pouco mais nos assuntos abordados neste


capítulo, consulte:

BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988.


Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em:
25 nov. 2013.

_____. Lei n. 6.001, de 19 de dezembro de 1973. Diário Oficial da União,


Poder Legislativo, Brasília, 21 dez. 1973. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6001.htm>. Acesso em: 25 set. 2013.

_____. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial da União,


Poder Legislativo, Brasília, 11 jan. 2002. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 25 set.
2013.

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