Você está na página 1de 12

INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DE GAZA

DIVISAO DE ECONOMIA E GESTAO


Curso de administração publica
Cadeira : Fundamento da Administração Pública

2 Semestre

1ª Ano

Tema: Abordagem comportamental da Administração (Behaviorismo)

Nome: Eugenia Rafael …………………..20200901

Firminio Campira ……………..20200908

Meliata Mazivila ………………20200931

Michael Chambal ……………..20200926

Ruben Sechen…………………...20200917

Timóteo Zandamela ………....20200914

Docente dr Hélio Sindique

Lionde, Maio 2021


Índice

1- Abordagem comportamental- Behaviorismo


2- O behaviorismo metodológico de Watson
3- Condicionamento Clássico Pavloviano
4- A experiencia de Pavlov
5- O behaviorismo radical de Skinner
6- Condicionamento operante- Caixa de Skinner
7- Tipos de Behaviorismo
8- Argumentos e críticas ao behaviorismo
Introdução

Neste presente trabalho iremos abordar acerca do comportamento na Administração


Behaviorismo, segundo John B. Watson, BF Skinner e Ivan Pavlov, esses pensadores
acreditavam que o comportamento é observável. Iremos abordar também acerca dos
experimentos, como a caixa de Skinner, o condicionamento pavloviano ou clássico, tipos de
Behaviorismo e por fim argumentos e criticas ao behaviorismo.
Abordagem comportamental- Behaviorismo

O behaviorismo, também designado de comportamentalismo (ou ainda comportamentismo) é um


ramo do estudo do comportamento que se baseia em experimentações de laboratório com
animais. Trata-se de um conjunto de teorias psicológicas que procuram postular o
comportamento como o objeto mais adequado da psicologia, uma vez que é visível e, portanto,
passível de observação por uma ciência positivista. A palavra "behaviorismo" em si origina-se de
"behavior", que em inglês significa conduta. De forma resumida, é uma ciência que possui como
principal finalidade a previsão e o controle do comportamento.

O behaviorismo nasceu de uma reação ao mentalismo, ao introspeccionismo e à psicanálise que


lidavam com o lado interior e não observável da mente, sendo inicialmente utilizada em 1913,
em um artigo escrito por John B. Watson. A abordagem behaviorista é definida por meio das
unidades analíticas S que corresponde ao estímulo produzido pelo meio e R de resposta ou
comportamentos. O behaviorismo é uma área controversa da teoria comportamental, dada sua
associação com o adestramento de animais, porém, ela aborda diversos conceitos relacionados ao
mundo corporativo que o administrador moderno deve conhecer.

O behaviorismo metodológico de Watson

Reconhecido como o pai do behaviorismo clássico, J.B.Watson foi o principal porta-voz desse
movimento, bem como seu precursor ao escrever em 1913, o artigo "Psychology as the
Behaviorist views it", que representava uma contraposição à tendência mentalista da psicologia
do século XX. O behaviorismo watsoniano defendia a psicologia como um ramo objetivo e
experimental, que deveria largar os estudos dos processos mentais e a análise psicológica da
mente ao menos provisoriamente. Para ele, a psicologia deveria focar em prever e controlar o
comportamento de todo e qualquer indivíduo.
O behaviorismo clássico, partia do princípio de que o comportamento era modelado pelo
paradigma pavloviano de estímulo e resposta. Conceito desenvolvido por Ivan Pavlov, que
propôs o modelo de reflexo condicionado e que inspirou Watson em seus estudos sobre o
comportamento. O condicionamento clássico se referia à troca de energia entre o ambiente e o
indivíduo, já que um comportamento é uma resposta à um estímulo específico. Ele explicava que
aprendizagens, quando associadas à um estímulo, gerava reflexos condicionados, que por sua vez
não são controlados pelos sujeitos, nem dependem de sua consciência.

Watson defendia a concepção funcionalista do comportamento, afirmando que este deveria ser
estudado como função de certas variáveis do meio. Para ele o "meio" era um fator de extrema
importância para a construção e desenvolvimento do indivíduo, pois acreditava fielmente que
todo comportamento era consequência do meio que o organismo participava. Dessa forma, o
comportamento é entendido como a interação entre o indivíduo e o ambiente, ou seja, é a
unidade básica de descrição e o ponto de partida para a abordagem comportamental, que percebe
o organismo como produto e produtor dessas interações.

O condicionamento clássico (ou condicionamento pavloviano respondente) é um processo


que descreve a gênese e a modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos do
binômio estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos. O termo
condicionamento clássico encontra-se historicamente vinculado a Ivan Pavlov (1849-1936), a
"psicologia da aprendizagem" de John B. Watson (1878-1958), e Burrhus Frederic
Skinner (1904-1990), também conhecido como sistema de punição e recompensa ou ao
"comportamentalismo" (Behaviorismo).

Em termos de suas bases neurais, o condicionamento clássico corresponde a um tipo de memória


implícita chamada "associativa" (em oposição à memória implícita do tipo "não associativa", na
qual se encaixam os aprendizados de habituação e sensibilização). Lesões no vermis cerebelar e
no núcleo interpósito cerebelar foram associadas a perda da reação ao estímulo não-condicionado
em resposta ao estímulo condicionado (mesmo que ainda seja possível a reação exclusiva ao
estímulo não-
condicionado, que não é e nunca foi dependente do condicionamento clássico). Esses achados
levam a crer que tais estruturas cerebelares profundas estão relacionadas a tal aprendizado.

História do experimento ou a experiência de Pavlov

O experimento que elucidou a existência do condicionamento clássico envolveu a salivação


condicionada dos cães (Canis lupus familiaris) do fisiólogo russo Ivan Pavlov. Estudando a ação
de enzimas no estômago dos animais (que lhe dera um Prêmio Nobel), interessou-se
pela salivação que surgia nos cães sem a presença da comida. Pavlov queria elucidar como os
reflexos condicionados eram adquiridos. Cachorros naturalmente salivam por comida; assim,
Pavlov chamou a correlação entre o estímulo não-condicionado (comida) e a resposta não-
condicionada (salivação) de reflexo não-condicionado.

Todavia, ele previu que se um estímulo particular sonoro estivesse presente para os cães quando
estes fossem apresentados à comida, então esse estímulo pode se tornar associado com a comida,
causando a salivação; anteriormente o estímulo sonoro era um estímulo neutro, visto que não
estava associado com a apresentação da comida. A partir do momento em que há o pareamento
de estimulações (entre som e comida), o estímulo deixa de ser neutro e passa a ser condicionado.
Pavlov se referiu a essa relação de aprendizagem como reflexo condicionado do sistema de
punição-recompensa (ou Behaviorismo de Pavlov) e que levou ao desenvolvimento e aplicação
em diversas áreas, como comportamento, educação, psicologia, psiquiatria, direito, relações
humanas, gestão empresarial, treinamento, policiamento, urbanismo e várias outras.

Os animais do experimento estavam imobilizados a única resposta possível e observável era a


salivação. No decorrer de uma experiência sobre os reflexos digestivos, Pavlov descobriu que
para além dos reflexos inatos, se podem desenvolver nos animais e nos seres humanos reflexos
aprendidos: verifica que o cão salivava não só quando via o alimento (reflexo inato), mas
também perante outros sinais a ele associados, como os passos do tratador ou o som de uma
campainha (reflexos aprendidos ou Condicionados, como no exemplo do cão, toda vez que
tocasse a campainha, o cão receberia um pedaço de carne, daí a associação). Posteriormente os
Estudos de Gantt sobre os "efeitos pessoa" revelaram outras respostas (adquiridas ou inatas), tipo
frequência cardíaca aumentada ou diminuída, durante os experimentos de condicionamento.

Em linhas gerais o experimento consistia:

 Carne: estímulo não condicionado (ENC)

 Salivação: resposta não condicionada (RNC) = reflexo simples, absoluto, inato

 Campainha: estímulo condicionado (EC)

ENC + EC = RNC

Repetição: associação de dois estímulos diferentes → o cão aprende a associar os dois estímulos:

EC (campainha) → RC (salivação)

RC só dura enquanto durar o condicionamento, ou seja a repetição do experimento é diretamente


proporcional a intensidade da respostas constituindo-se o que foi denominado como força do
hábito

Para Pavlov, a Psicologia, que deveria tomar a designação de Reflexologia, circunscrever-se-ia


ao estudo dos reflexos. Os reflexos – inatos ou condicionados – seriam o fundamento das
respostas dos indivíduos a estímulos provenientes do meio. Seus trabalhos representaram um
grande passo na constituição da psicologia experimental objectiva. É também com Pavlov que a
Psicologia se direciona decisivamente para o estudo do comportamento humano e animal. Todo
o nosso comportamento dependia destes reflexos:

 o comportamento humano resume-se às respostas a uma série progressiva de estímulos ou


situações que se vão substituindo e complexificando, funcionando como sinais uns dos
outros;

 não há distinção significativa entre comportamento animal e humano 


O behaviorismo radical de Skinner

Outro grande nome do movimento behaviorista foi B. F. Skinner, criador do behaviorismo


radical que atuou fortemente contra as causas internas, ou seja, mentais da conduta humana. Vale
ressaltar que, esse movimento mais radical do behaviorismo teve grande aceitação nos Estados
Unidos e nas faculdades daqui do Brasil também. Para Skinner, o comportamento de todo e
qualquer indivíduo poderia ser moldado ao se controlar os estímulos do ambiente. Ele
desenvolveu sua teoria não como um campo de pesquisa experimental, mas como uma proposta
filosófica sobre o comportamento em sua forma mais natural.

As pesquisas constituíam a análise experimental, enquanto as aplicações práticas eram parte da


análise aplicada do comportamento. Skinner foi fortemente anti-mentalista, considerando não
pragmáticas as noções internalistas que permeiam as teorias psicológicas existentes. Uma de suas
experiências mais famosa ficou conhecida como a Caixa de Skinner, o qual se resumia em
experimentos com animais e que tornou possível a descrição dos tipos de estímulos. Os
estímulos, em sua totalidade, foram identificados e classificados em três: o reforço positivo, o
reforço negativo e a punição.

> Reforço (positivo e negativo): Os reforços positivos são estímulos ou resultados que na maioria
das vezes trazem satisfação para o indivíduo. Eles são aplicados pelo pesquisador logo depois do
indivíduo ter realizado um comportamento desejado, criando assim uma maior probabilidade de
que o mesmo se repita. Os comportamentos que evitam situações indesejáveis, também tendem a
ser repetidos pelo organismo, só que numa proporção menor. Estes são chamados de reforços
negativos, ou sejam, retirando o estímulo aversivo, aumentando assim a probabilidade de
repetição do comportamento desejado.
> Punição (consequências): podemos dizer que a punição (ou castigo), é a consequência
desagradável que ocorre após um indivíduo realizar um comportamento indesejado, ou de certa
forma proibido para o ambiente que esteja interagindo. Pode parecer que a punição é o oposto da
recompensa, e que somente por ser passível de punição, o comportamento não irá se repetir.
Entretanto, diversos estudos comprovam que não funciona sempre dessa forma, visto que apesar
da recompensa aumentar a probabilidade de repetição, o castigo sozinho não aumenta as chances
de evitar um determinado comportamento.

Condicionamento operante

Behaviorismo - Caixa de Skinner

Para muitos autores é considerado o principal conceito do behaviorismo. Desenvolvido por


Skinner, o condicionamento operante procura explicar os comportamentos aprendidos durante a
ontogenia do organismo (seu desenvolvimento). A principal diferença entre o condicionamento
respondente (clássico) e o operante, é que o segundo pressupõe um ser ativo em relação ao
ambiente do qual participa. De maneira mais simples, no comportamento operante, o mesmo é
condicionado não por reflexo entre o estímulo e a resposta, mas sim pela probabilidade de um
estímulo se seguir à resposta condicionada.

Para Skinner, o comportamento é reforçado por suas próprias consequências, ou seja, a medida
que o organismo apresenta a necessidade de sobreviver, realizar algo, ou se proteger, o
comportamento procurará atingir esse resultado. Caso o comportamento praticado, alcance o
resultado que fora desejado, irá ocorrer a tendência dele se repetir. É justamente esse mecanismo
de repetição que é chamado de operante, já que quando o comportamento é seguido da
apresentação de um reforço (positivo ou negativo) existe maior probabilidade dele se repetir. Se
for seguido de uma punição essa probabilidade diminui.
Uma caixa de Skinner, também conhecida como câmara de condicionamento operante, é um
aparelho fechado que contém uma barra ou chave que um animal pode pressionar ou manipular
de modo a obter alimentos ou água como um tipo de reforço.

Desenvolvida por BF Skinner, esta caixa também é um dispositivo que grava cada resposta
fornecida pelo animal, assim como o único esquema de reforço que ao animal foi atribuído.

Skinner se inspirou para criar a sua câmara de condicionamento operante como uma extensão das
caixas de quebra-cabeça que Edward Thorndike usou em sua pesquisa sobre a lei do efeito.

O próprio Skinner não se referia ao seu dispositivo como uma caixa de Skinner, preferindo o
termo “lever box” (algo como ‘caixa alavanca’).

Tipos de Behaviorismo

A Psicologia comportamental não possui um único conjunto de teorias, seus estudos são
debatidos por diversos autores. Os principais tipos de Behaviorismo são
o Behaviorismo metodológico, influenciado pelo trabalho de John B. Watson, e
o Behaviorismo radical, que foi iniciado pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner
Argumentos e críticas ao behaviorismo

Atualmente o behaviorismo não ocupa mais um espaço tão importante dentre as principais
abordagens da psicologia moderna. Embora ainda seja muito influente, o behaviorismo perdeu
seu espaço principalmente devido ao surgimento das neurociências. Os behavioristas
acreditavam que todo comportamento é consequência de condicionamento, rejeitando assim, a
ideia de habilidades inatas ao organismo. Muitos críticos consideravam o conceito do
behaviorismo demasiadamente simplista, observando o ser humano como um autômato, e não
como um indivíduo com vontades e metas.

Com o desenvolvimento da neurociência novas luzes apareceram sobre o funcionamento interno


do cérebro, abrindo margens para a quebra de antigos paradigmas da psicologia. Vários críticos
apontam que um comportamento não precisa ser necessariamente consequência de um estímulo.
Por outro lado, os behavioristas defendem que as descobertas neurológicas apenas definem os
aspectos físicos e químicos que fazem parte do comportamento, mas que não são práticos, já que
a modificação das contingências ambientais seria mais eficaz do que uma modificação no
sistema nervoso em si.

Noam Chomsky, um grande crítico do movimento, afirmava que o behaviorismo não consegue
explicar bem os fenômenos linguísticos (comunicação), que para ele eram resultados das
habilidades inatas do indivíduo. Habilidade que o behaviorismo negava. Independente do que os
críticos afirmam, a abordagem behaviorista exerceu e ainda exerce uma grande influência na
psicologia aplicada, uma vez que trouxe a possibilidade de realização de diversos estudos sobre
problemas reais relativos ao comportamento humano. Estudos que foram de grande valia para o
ramo da ciência humana, tais como administração, economia e negócios.
Conclusão

Neste presente trabalho com o tema Behaviorismo ou abordagem comportamental da


administração concluímos que, segundo as teorias e exper imentos de pensadores como John B.
Watson, Ivan Pavlov e BF Skinner, o comportamento é observável.

Você também pode gostar