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Lista de exercícios
1.1. Destilação
[X]
XA ⇌ XB ➔ K d = [ X ]
B
eq.1
A
A extração em fase sólida (SPE) é uma técnica de extração que veio como
complemento ou substituta para a extração líquido-líquido (LLE) e é utilizada para
purificação de amostras, isolamento e a concentração de analitos a um dado fluxo de
amostra de gás, fluido ou líquido, ocorrendo a sua transferência e retenção (sorção)
em uma fase sólida. Esta e outras técnicas de preparo de amostras são essenciais, pois
evitam limpezas constantes no sistema de injeção cromatográfica, removem os
interferentes da matriz e impedem que estes coeluam com os compostos de interesse,
fazendo com que aumenta a longevidade das colunas analíticas ou dos capilares
empregados nas separações cromatográficas seguintes. A fase sólida é então
responsável por isolar os analitos da amostra e estes são recuperados por eluição
usando um líquido ou fluido, ou por dessorção térmica na fase gasosa.
Os primeiros aparatos utilizados como fase sólida, para a técnica de SPE, foram
na década de 80 com os cartuchos preenchidos de sílica com fase quimicamente ligada
(deposição feita, geralmente, utilizando radiação gama, micro-ondas ou tratamento
térmico). Hoje em dia, muitos laboratórios fazem seus próprios cartuchos (Homemade
Cartridges), assim como há uma grande variedade de materiais sorventes que podem
ser utilizados e encontrados comercialmente para serem utilizados como cartuchos,
como é o caso dos polímeros porosos, materiais carbonáceos, MIP’s, criptandos
quimicamente ligados (ligantes multidentados bicíclicos ou policíclicos sintéticos),
entre outros. Uma alternativa aos cartuchos, foram os discos, que forneciam taxas de
processamento amostral mais alto para volumes maiores, bem como a minimização do
entupimento dos materiais sólidos utilizados como sorvente nos cartuchos. Há pelos
menos três tipos de discos até hoje utilizados, entre eles:
Para uma dessorção térmica, é necessário que o analito seja gasoso é que haja
um acoplamento da SPE ao cromatógrafo a gás, de maneira que todo o sistema seja
bem vedado e a amostra seja separada e direcionada diretamente para o injetor do GC
(muito usado para amostras semi-voláteis, não voláteis e até mesmo termicamente
instáveis); este tipo de procedimento é On-Line. Se a amostra for líquida, esta pode ser
acoplada em um cromatógrafo líquida de alta performance (HPLC), sendo outra
maneira de tornar a SPE uma técnica On-line, no qual a dessorção é feita por meio de
solvente apropriados sem que prejudiquem o analito, o cartucho e os componentes do
cromatógrafo (dessorção por solventes). Caso não seja acoplada a nenhuma técnica
cromatográfica e ainda seja líquida, após a etapa de pré-tratamento, a amostra é
introduzida mecanicamente, de modo convencional no sistema cromatográfico.
Quanto a seleção do material sorvente que atuará como fase extratora, este
deve ser escolhido de maneira que se obtenha o máximo de eficiência e seletividade
na extração, para isso leva-se em consideração a estrutura química do analito, as
propriedades físicas e químicas do sorvente e a composição da matriz amostral. Segue
uma tabela que exemplifica qual material sorvente é escolhido para alguns analitos
orgânicos.
Tabela 1 – Mapa geral para escolha da fase sorvente e solvente na análise de componentes de
massa molar abaixo de 2000 daltons em matrizes orgânicas.
As propriedades de sorção das fases sólidas não são tão reproduzíveis quanto
as propriedades de solvatação dos solventes, por isso, em alguns casos, a utilização da
técnica de SFE ou qualquer técnica acelerada com solvente, por possuírem um grande
poder de solvatação de solvatação e um alto coeficiente de difusão em relação aos
gases e liquidos. Outra desvantagem da técnica é a capacidade de sorção da SPE, em
relação as técnicas de extração líquido-líquidos, que é limitada, principalmente quanto
à sobrecarga de volume e ao deslocamento amostral pela fase sorvente. O tempo de
análise é outra variável relevante em SPE, pois é uma técnica com menor de tempo de
extração em relação às extrações líquido-liquido em colunas tubulares, mas um tempo
de extração maior em relação às técnicas miniaturizadas.
Quanto aos modos de operação, podem ser feitos de três maneiras e ilustrados
na Figura 9:
1.10. QuEChERS
O nome QuEChERS vem das iniciais das palavras Quick, Easy, Cheap, Effective,
Rugged e Safe, que significam rápido, fácil, barato, efetivo, robusto e seguro. O
método de extração surgiu como uma necessidade de resolução de problemas
encontrados na análise de resíduos de pesticidas em alimentos, assim como a
substituição dos métodos miniaturizados até então descritos (SPE, SBSE, SPME e suas
variações), por apresentarem um tempo longo de extração, uso de grandes
quantidades de solvente, alto custo, entre outros. Deixa-se explícito que método de
QuEChERS não é uma técnica analítica, pois não tem nada de inovador, e sim um
arranjo ou sequência de técnicas que possuem aplicações específicas. O método
baseia-se, essencialmente, na adição de um solvente seguido da adição de sais, que irá
promover o fenômeno de partição. A figura 14 ilustra as principais etapas para
realização da extração utilizando o método de extração QuEChERS.
Figura 14 – Representação esquemática das etapas do método QuEChERS: a) -
homogeneização da matriz (peneiração ou maceração), b) – Etapa de amostragem, c) – Adição
do solvente extrator com mistura manual, d) – Adição dos sais necessários, e) – Agitação no
vortex, f) – Centrifugação (as vezes, não necessário), g) – Retirada do sobrenadante, h) –
Injeção no Headspace (pode ser injetada diretamento no injetor do cromatógrafo).
SBSE Destilação
Geralmente utilizada para separação de
Em comparação com a ELL, utiliza uma quantidade componentes não polares, necessita de solventes
Atendimentos à conceitos
ínfima de solvente para realizar a dessorção por orgânicos, que, em comparação com as técnicas
ambientais (“Eco Friendly”)
solvente quando utilizada dentro do headspace; miniaturizadas, chega a ser volumes na escala de
litros;
Por ser uma técnica muito antiga, houve anos para
ser aperfeiçoada. Hoje, pode ser utilizada desde
A etapa de introdução do componente magnético
para fazer bebidas alcóolicas em quintais de casa,
Capacidade de automatização dentro do vial é estritamente mecânico e necessita do
quanto craqueamento do petróleo em grandes
operador, assim como a sua retirada.
indústrias com automatização de todas as etapas
do processo;
Facilidade de operação A operação gira em torno do operador, que deve ter a Por ser uma técnica que necessita de um arranjo
precisão e acurácia para introduzir o componente organizado das vidrarias, novamente gira em torno
magnético no headspace, assim como introduzir a da habilidade do operador (quando utilizado em
agulha de sucção no vial e, por conseguinte, no escala laboratorial ou piloto). O operador deve
instrumento de separação/detecção; tomar cuidado com possíveis vapores quentes
saber manusear grandes volumes de solvente
orgânico;
Necessita de a habilidade do operador montar o
A complexidade seria o tempo de agitação que atua
sistema de destilação quando utilizado em escala
como fator limitante. O custo do componente
laboratorial ou piloto. O custo principal seria das
magnético recoberto, geralmente, de PDMS acaba
Complexidade e custo de vidrarias e da fonte de calor utilizada, geralmente
sendo o fator limitante, assim como a licença para a
instrumentação chapas e mantas de aquecimento. Para sistemas
sua utilização. O sistema utilizado para realizar a
extremamente arcaicos pode-se utilizar até mesmo
dessorção térmica do componente magnético
uma fogueira ou um fogão, desde que haja
também possui um preço elevado;
controle do calor.
Tipo de aplicação Utilizada, principalmente, em escala analítica; Escala preparativa, piloto e industrial;
Quando realizada uma dessorção por solvente, pode Geralmente, é uma técnica Off-Line, ou seja, é feito
Facilidade de acoplamento a
ser acoplada ao HPLC e quando realizada uma o recolhimento das alíquotas pós separação para
outras técnicas
dessorção térmica, pode ser acoplada ao CG; depois realizar uma análise específica.
Aplicada, principalmente, em laboratórios de pesquisa Separação e purificação de amostras orgânicas
e ensino para o pré tratamento de amostras voláteis de matrizes complexas, como derivados de
Nicho típico de aplicação
ambientais, alimentícias, fragrâncias e nas áreas de petróleo e óleos essências.
produtos naturais, farmacêutica, biomédica e forense.
Referências
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