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AULA 3

FORÇAS DE SEGURANÇA –
ESTRATÉGIAS E TÁTICAS
EM SEGURANÇA PÚBLICA

Profª Dheneb Martins


CONVERSA INICIAL

Superadas, nas aulas anteriores, questões relativas à conceituação da


Segurança Pública e seus agentes, bem como do Poder de Polícia e suas funções
e limitações, passa-se, agora, à análise das possíveis estratégias e táticas em
Segurança Pública.
De início, estudaremos as políticas públicas criadas em nosso país e, na
sequência, passaremos a analisar outras medidas alternativas que já foram
criadas e que ainda poderão ser criadas para a melhoria da eficiência da
Segurança Pública.

TEMA 1 – POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA

1.1 Conceito e agentes

Conforme disposto pelo Ministério da Justiça que, veremos a seguir, é o


órgão responsável, em âmbito federal, pela Segurança Pública no país, as
políticas de Segurança Pública são um conjunto de princípios, diretrizes e
objetivos que proporcionam a manutenção, a fiscalização e a implementação
justamente desse direito social. Veja-se:

Art. 1º. A Política Nacional de Segurança Pública (PNaSP) é o conjunto


de princípios, diretrizes, objetivos que condicionará a estratégia de
segurança pública a ser implementada pelos três níveis de governo de
forma integrada e coordenada, visando à preservação da vida, à
manutenção da ordem pública, ao meio ambiente conservado a garantia
da incolumidade das pessoas e do patrimônio, o enfrentamento e
prevenção à criminalidade e à violência em todas as suas formas, assim
como o engajamento da sociedade, a transparência e publicidade das
boas práticas.
Parágrafo único - A PNaSP deve integrar-se às demais políticas em
curso especialmente àquelas cujo desenvolvimento impactarão nas
ações de segurança, como as de ordenamento territorial, de
desenvolvimento urbano, de atendimento às pessoas com mobilidade
reduzida, de atenção às pessoas com deficiências, de saúde, de meio
ambiente, de infraestrutura, de educação, de ciência e tecnologia, assim
como as demais políticas setoriais ligadas ao desenvolvimento
sustentável, tolerância racial, de gênero e religiosa, tendo em vista a
promoção de um ambiente sem discriminação e seguro para todos.
(Ministério da Justiça e Segurança Pública, 2018)

Especificamente em relação aos responsáveis pela implementação das


políticas de Segurança Pública, em âmbito federal incumbe ao Presidente da
República, e em âmbito Estadual, aos Governadores.
Além deles, também possuem um papel importante na implementação das

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políticas de Segurança Pública o Ministério da Justiça e as Secretarias de
Segurança Pública dos Estados.
O Ministério da Justiça, inclusive, criou um órgão específico para tratar
dessas questões: o Conselho Nacional de Segurança Pública, o qual possui como
principal objetivo o combate à criminalidade.
Sobre o Conselho Nacional de Segurança Pública, Valter Foleto Santin
(2013, p. 66) ressalta que: “[...] também é encarregado de estabelecer diretrizes,
elaborar normas e articular a coordenação da política nacional de segurança
pública e desenvolver estudos e ações visando aumentar a eficiência dos serviços
policiais, além de outras finalidades”.

1.2 Breve Histórico

As políticas de Segurança Pública nunca tiveram um papel protagonista


nos planos de governo brasileiro, especialmente até a década de 1990. Sobre o
tema, o doutrinador Valter Foleto Santin (2013, p. 65) dispõe que:

A política de Segurança Pública sempre teve um papel secundário em


ações, planos e programas do Estado, tanto que somente a partir da
metade de 1990 os governos federal e estaduais começaram a produzir
e divulgar documentos formais sobre o assunto, como item de
programas de direitos humanos, mas agora há uma tendência da
colocação da segurança pública como objetivo principal em muitos
documentos políticos”.

Em que pese em segundo plano no Brasil, o direito à Segurança Pública


começou a aparecer, ao longo da história, em alguns documentos relevantes,
dentre eles a Declaração de Direitos da Virgínia, no ano de 1776 (DHnet, S.d.), e
a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, em 1798 (Procuradoria
Federal dos Direitos do Cidadão, S.d.).
Especificamente em relação à Declaração de Direitos da Virgínia (DHnet,
S.d.), extrai-se de seu art. 3º o dever do governo de zelar pela proteção e pela
segurança do povo, da nação ou da comunidade. Veja-se:

O governo é ou deve ser instituído para o bem comum, para a proteção


e segurança do povo, da nação ou da comunidade. Dos métodos ou
formas, o melhor será que se possa garantir, no mais alto grau, a
felicidade e a segurança e o que mais realmente resguarde contra o
perigo de má administração.

A Declaração dos Direitos do Homem de do Cidadão (Procuradoria Federal


dos Direitos do Cidadão, S.d.), por sua vez, definiu que a garantia dos direitos do
homem e do cidadão necessita de força pública, ressaltando, ainda, que tal força

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deve ser instituída para vantagem da sociedade como um todo e não apenas para
a utilidade do particular daqueles aos quais foi confiada. Veja-se o que dispõe seu
art. 12: “A garantia dos direitos do Homem e do Cidadão carece de uma força
pública; esta força é, pois, instituída para vantagem de todos, e não para utilidade
particular daqueles a quem é confiada”.
Depois disso, a Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição Russa de
1919 também abordaram as políticas de Segurança Pública ao citarem e
valorarem os direitos sociais, a educação, os direitos trabalhistas, e os direitos
econômicos e culturais.
Em âmbito internacional, posteriormente, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos de 1948 (BRASA, 2013) destacou a necessidade de
salvaguardar os direitos dos povos e da sociedade, bem como os direitos coletivos
e difusos. Essa declaração, em seu art. 3º, preceitua que “todo ser humano tem
direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal” (BRASA, 2013).
Internacionalmente, portanto, já se via a preocupação dos governos com a
Segurança Pública.
No Brasil, no entanto, somente no ano 2000 é que o Governo Federal
divulgou o Plano Nacional de Segurança Pública. Naquela oportunidade, os
holofotes se voltaram para a Segurança Pública, que passou a ser vista como um
dos setores mais importantes da sociedade.
Conforme se extrai da introdução daquele plano,

Seu objetivo é aperfeiçoar o sistema de segurança pública brasileiro, por


meio de propostas que integrem políticas de segurança, políticas sociais
e ações comunitárias, de forma a reprimir e prevenir o crime e reduzir a
impunidade, aumentando a segurança e a tranquilidade do cidadão
brasileiro. (Observatório de Segurança Pública, 2000)

Desde então, o Governo vem lançando diversas atualizações em seu Plano


de Segurança Pública, inserindo diversas questões relevantes, dentre elas a dos
Direitos Humanos.
Valter Foleto Santin (2013, p. 65) acrescenta, nesse ponto, o seguinte:

Em 2002, o governo federal, por meio da Secretaria Especial de Direitos


Humanos, divulgou a atualização do seu programa sobre direitos
humanos, o Programa Nacional de Direitos Humanos II. Neste
documento, o combate à violência e o tema de segurança pública são
tratados principalmente nos itens da garantia do direito à vida, da
garantia do direito à justiça e da garantia do direito à liberdade. No item
12, que trata do direito à vida, existe referência ao intuito de “Apoiar a
execução do Plano Nacional de Segurança Pública – PNSP” [...]
Em 2009 foi lançado o Programa Nacional de Direitos Humanos 3,
PNHD-3, através do Decreto 7.037, cuidando de segurança pública no

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eixo orientador IV, diretrizes 11 a 16. Em especial trata da
democratização e modernização do sistema de segurança pública
(diretriz 11), transparência e participação popular no sistema de
segurança pública e justiça criminal (diretriz 12), prevenção de violência
e criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos
(13), combate a violência institucional, com ênfase na erradicação da
tortura e na redução da letalidade policial e carcerária (14), garantia dos
direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas
(15) modernização da política de execução penal, priorizando a
aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade e
melhoria do sistema penitenciário (16).

Percebe-se, portanto, que nacionalmente o Governo lida com a questão


das políticas de Segurança Pública criando programas, sistemas e mecanismos
para garantir e manter a ordem pública, o controle da criminalidade e a proteção
do patrimônio público.

1.3 Características das políticas de Segurança Pública

As políticas de Segurança Pública podem ser flexíveis ou rígidas; restritas


ou amplas; deficientes ou eficientes.
São consideradas rígidas quando limitam mudanças e alterações em seu
desenvolvimento e em sua execução. São, no entanto, flexíveis, quando seus
conteúdos têm mobilidade, ou seja, são adaptáveis às circunstâncias
supervenientes.
Podem ser consideradas restritas nos casos em que abordam somente
questões relativas à Segurança Pública. Porém, serão amplas nas hipóteses em
que estipularem metas, medidas e estratégias em diversas áreas, principalmente
sociais e de direitos humanos.
Por fim, as políticas de Segurança Pública podem ser eficientes ou
deficientes. Segundo Santin (2013, p. 69), “A eficiência ou deficiência pode ser
aferida pelos mecanismos constantes do processo de planejamento, atuação e
execução e pelos resultados obtidos, satisfatórios ou insatisfatórios”.

TEMA 2 – MEDIDAS ADMINISTRATIVAS EM PROL DA SEGURANÇA PÚBLICA

As políticas públicas voltadas à Segurança Pública servem, então,


justamente para resguardar o cidadão e seus direitos. É uma medida preventiva
e, portanto, tomada em sede administrativa.
A respeito das medidas administrativas para a melhoria da eficiência da
Segurança Pública, Valter Foleto Santin (2013, p. 110) assevera que:

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A melhoria da eficiência dos serviços de segurança pública passa por
uma série de providências administrativas, que vão desde a modificação
social e educacional do povo até o melhor aparelhamento estrutural,
material e tecnológico dos órgãos policiais. Também contribuem para a
eficiência o maior desenvolvimento da polícia comunitária, a ampliação
da polícia municipal e o necessário intercâmbio entre órgãos policiais,
de todas as esferas de poder.

O autor leciona, portanto, a necessidade de serem tomadas algumas


medidas administrativas para resguardar a Segurança Pública. Veremos algumas
delas a seguir.

2.1 Policiamento comunitário

No Brasil, os investimentos em Segurança Pública podem ser variados. No


entanto, não há dúvidas de que o policiamento ostensivo adequado – como
abordagens de pessoas ou veículos, bem como a presença de viaturas nas ruas
– revela uns dos maiores inibidores de condutas delituosas.
Não se pode olvidar que tais ações trazem tranquilidade e bem-estar social,
assim como estimulam a confiança da população em relação às autoridades
policiais.
Sobre o tema, Leonir Batisti (2014, p. 132) leciona que: “[...] o policiamento
ostensivo não significa necessariamente que se entupam as vias com presença
policial, mas que estes possam estar observando, mesmo à distância, as
situações de risco para a segurança, de modo a que esse fato produza
desestímulo psicológico geral”.
Rubem César Fernandes (1994, p. 10) bem conceitua a ideia de
policiamento comunitário:

Um serviço policial que se aproxime das pessoas, com nome e cara bem
definidos, com um comportamento regulado pela frequência pública
cotidiana, submetido, portanto, às regras de convivência cidadã, pode
parecer um ovo de Colombo (algo difícil, mas não é). A proposta de
Polícia Comunitária oferece uma resposta tão simples que parece irreal:
personalize a polícia, faça dela uma presença também comum.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, segundo Wadman (1994, prefácio),


“o policiamento comunitário é uma maneira inovadora e mais poderosa de
concentrar as energias e os talentos do departamento policial na direção das
condições que frequentemente dão origem ao crime e a repetidas chamadas por
auxílio local”.
Pode-se concluir, portanto, que a ideia de um contato mais próximo entre a
polícia e a coletividade, como a instalação de unidades de polícia pacificadora nas

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regiões das favelas e a criação de canais de comunicação, sem sombra de
dúvidas, auxilia no combate à criminalidade, bem como faz surgir uma situação
de confiança mútua, com interesse recíproco no combate aos crimes.

2.2 Intercâmbio entre as polícias

Para a melhoria da eficiência dos serviços de Segurança Pública, a


interligação entre as polícias revela-se indispensável e necessária. No entanto,
essa unificação é polêmica e encontra-se cercada de sentimentos de
corporativismo e conservadorismo.
Isso se deve ao fato de os órgãos policiais serem um pouco arredios ao
aumento de intercâmbio com outros órgãos da mesma natureza.
Em verdade, as polícias têm estruturas administrativas e hierárquicas
próprias, bancos de dados e de informações diversos, além de sistemas de
comunicação apartados, o que as incita a agir de forma isolada.
Apesar de o intercâmbio entre as polícias ser ideal para a Segurança
Pública, a tática de guardar distância talvez seja um sintoma da vontade de
manterem autonomia e independência entre si (Santin, 2013, p. 113).

TEMA 3 – CUMPRIMENTO DE MANDADOS DE PRISÃO E FISCALIZAÇÃO DE


CONDENADOS

Outra medida essencial para a melhoria da eficiência do serviço de


Segurança Pública é o efetivo cumprimento de mandados de prisão, bem como a
fiscalização de condenados.
Isso porque o excesso de mandados de prisão não cumpridos gera uma
sensação de insegurança e instabilidade aos cidadãos, visto que há muitos
condenados por crimes violentos em liberdade. A possibilidade de reiteração
delituosa é, portanto, iminente.
Pelas mesmas razões, revela-se necessária uma fiscalização rigorosa das
condições dos réus já condenados definitivamente ou beneficiados com a prisão
domiciliar, suspensão condicional da pena, livramento condicional etc.
Todavia, infelizmente, “O Estado é ineficiente na prevenção, repressão e
investigação de crimes, o que alcança também o setor de execução de prisões de
réus condenados, tendo em vista o número elevado de mandados de condenação
judicial em cumprimento (cerca de 500 mil em 2011, no país)” (Santin, 2013, p.

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114).
A questão da necessidade de controle efetivo aos condenados no Brasil,
todavia, já está no radar do governo. Tanto é que em setembro de 2018 foi
aprovada pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma resolução
que institui e regulamenta o Cadastro Nacional de Presos (Banco Nacional de
Monitoramento de Prisão – BNMP 2.0), com o objetivo fazer o mapeamento da
população carcerária brasileira de acordo com as informações prestadas pelo
Judiciário.
Acerca do tema, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ, 2018) bem
ponderou o seguinte: “[...] Com base nas ações criminais a que presos provisórios
respondem e nos processos de execução penal dos presos definitivos, inseridos
pelos juízes criminais em tempo real, o BNMP fornecerá um quadro dinâmico da
realidade prisional do país”.
O CNJ enfatiza ainda que com o Banco Nacional de Mandados de Prisão
(BNMP), a sociedade ganha na Segurança Pública, uma vez que há integração
de dados dos detentos em nível nacional, e o Poder Judiciário ganha na eficiência
da jurisdição criminal e da execução de penas.

TEMA 4 – COMBATE À CORRUPÇÃO

Outro ponto de grande relevância para o aumento da criminalidade e de


insegurança no país é a corrupção policial, visto que “[...] proporciona ao criminoso
maior sensação de impunidade, com a certeza de que se flagrado, detido ou preso
poderá livrar-se com o pagamento de propina” (Santin, 2013, p. 115).
Não há dúvidas, portanto, de que o combate à corrupção policial é uma
estratégia para resguardar a Segurança Pública. Para isso, o controle interno deve
ser aprimorado, com a exigência de atuação mais rápida e eficaz da Corregedoria
Geral das Polícias.
Para isso, deve haver uma intensificação das punições aos policiais que
cometem infrações penais ligadas à corrupção, inclusive com a priorização do
julgamento dos processos.

TEMA 5 – IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS

Como já dito anteriormente, a interatividade da polícia com a população é


essencial e, certamente, vista como uma solução para a Segurança Pública no

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mundo contemporâneo.
Para garantir essa iteratividade e dar efetividade à Segurança Pública, o
governo já atua na implantação de alguns projetos.
Um exemplo real desses projetos que visam a Segurança Pública – assim
como muitos outros semelhantes – é o Projeto Bom Vizinho, que foi idealizado
pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná e vigora desde 2010,
quando se implementou a ideia de a população resguardar a sua casa e a casa
de seus vizinhos.
Segundo Rogério Antonio Lopes (2009, p. 122),

[...] o Projeto Bom Vizinho é um sistema preventivo de execução da


Segurança Pública, onde cada cidadão será uma peça materialmente
integrante, sem se expor ou correr qualquer tipo de risco. Contribuirá
para a otimização dos resultados práticos e diretos do nível efetivo da
segurança na sua comunidade.

Esse projeto, portanto, visa resgatar a solidariedade e a união daqueles


que moram próximos. Assim, toda a comunidade ganha, a cidade fica mais
tranquila e a Segurança Pública, ao menos em nível municipal, resta garantida.
Rogério Antônio Lopes (2009, p. 125) explica como funciona, como e onde
tal projeto deve ser implementado:

COMO FUNCIONA
O bom vizinho é sistematizado a partir de células compostas de quatro
elementos, ou seja, quatro vizinhos, os quais terão a responsabilidade
solidária de se “monitorar”. Funciona assim (1) vizinho “a” incumbirá
cuidar das casas de outros três vizinhos “b”, “c” e “d”: seus dois vizinhos
de lado e do vizinho da frente”.
COMO e ONDE DEVE SER IMPLEMENTADO
Seria interessante um local (ou vários locais) determinado para a
implantação do “projeto piloto”, o qual será avaliado periodicamente.
Posteriormente, o projeto será estendido gradativamente para outros
locais e outros bairros, aproveitando as experiências obtidas e evitando
os erros eventualmente cometidos. [Especificamente, os vizinhos
deverão se conhecer, trocar telefones (fixos e móveis) acertando o
seguinte: “SEMPRE” que um sair, deve avisar os demais e o período que
deverá permanecer fora. Ao retornar, deve avisar que retornou. Muitos
vizinhos já conhecem relativamente a rotina do outro. Estamos falando
de gente que já mora perto um do outro e, que, bem ou mal, já se
conhecem.

A coordenação do projeto, por sua vez, será realizada por um setor do


executivo municipal, mais especificadamente pelas associações de bairro ou
pelos conselhos comunitários de segurança (Conseg) devidamente administrados
Para garantir a efetividade do projeto, que conta com a colaboração das
polícias Civil e Militar, devem ser realizadas reuniões periódicas para que haja
discussão a respeito das peculiaridades e dos objetivos imediatos de cada

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comunidade.
Portanto, denota-se que o Projeto Bom Vizinho tem como principal objetivo
regular, normatizar e despertar a solidariedade entre pessoas que moram
próximas umas às outras com o intuito de evitar a prática de diversos crimes
naquela região em que moram.

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REFERÊNCIAS

BATISTI, L. Segurança pública: os reflexos da falta de eficiência do sistema


criminal. Curitiba: Juruá, 2014.

CNJ regulamenta Cadastro Nacional de Presos e a política de apoio e acolhimento


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<http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/direitos-
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Disponível em: <https://brasa.org.br/declaracao-universal-dos-direitos-
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judiciária ante os paradigmas da liderança da legalidade e da eficácia. Mediograf,
2009.

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2000. Disponível em:
<http://www.observatoriodeseguranca.org/files/PNSP%202000.pdf>. Acesso em:
10 fev. 2020.

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Janeiro: Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, 1994.

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