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Norma Internacional ISO-14224:2006 Versão em Português

Norma Internacional

ISO-14224:2006

Indústrias de petróleo e gás natural —


Coleta e intercâmbio de dados de confiabilidade
e manutenção para equipamentos

Petroleum, petrochemical and natural gas industries —


Collection and exchange of reliability and maintenance data for equipment

ICS 75.180.01; 75.200 ISBN 978-85-07-03042-3

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Índice de assuntos

Prefácio …................................................. .............. .............................................................. 6


Introdução ............................................................................................................................... 8
1 Escopo ......................................................................................... ..................................... 9
2 Referências normativas .................................................................................................... 10
3 Termos e definições .......................................................................................................... 10
4 Abreviaturas ....................................................................................................................... 16
5 Aplicação ............................................................................................................................ 19
5.1 Equipamentos abrangidos ................................................................................................ 19
5.2 Períodos de tempo …........................................................................................................ 19
5.3 Usuários desta Norma ...................................................................................................... 19
5.4 Limitações ......................................................................................................................... 20
5.5 Intercâmbio de dados de RM ............................................................................................. 21
6 Benefícios da coleta e intercâmbio de dados de RM ....................................................... 22
7 Qualidade dos dados ........................................................................................................... 23
7.1 Obtenção de dados com qualidade .................................................................................... 23
7.1.1 Definição da qualidade dos dados ................................................................................... 23
7.1.2 Medidas de planejamento ............................................................................................... 24
7.1.3 Verificação da qualidade ................................................................................................ 25
7.1.4 Limitações e problemas.................................................................................................. 26
7.2 Processo de coleta de dados ........................................................................................... 27
7.2.1 Fontes de dados ............................................................................................................ 27
7.2.2 Métodos de coleta de dados .......................................................................................... 27
7.2.3 Organização e treinamento ............................................................................................ 27
8 Definições de fronteira, taxonomia e tempo para equipamentos .................................. 28
8.1 Descrição de fronteira ........................................................................................................ 28
8.2 Taxonomia ......................................................................................................................... 29
8.3 Questões sobre tempos (timeline issues) ......................................................................... 32
8.3.1 Período de observação e operação ................................................................................ 32
8.3.2 Períodos de coleta de dados ........................................................................................... 33
8.3.3 Tempos de manutenção .................................................................................................. 34
9 Dados recomendados para equipamentos, falhas e manutenção ......................................... 35
9.1 Categorias de dados ........................................................................................................... 35
9.2 Formato de dados ............................................................................................................... 36
9.3 Estrutura de base de dados ................................................................................................ 36
9.3.1 Descrição ......................................................................................................................... 36
9.3.2 Estrutura lógica ................................................................................................................ 36
9.3.3 Arquitetura da base de dados .......................................................................................... 37
9.4 Dados de equipamentos ..................................................................................................... 38
9.5 Dados de falhas ............................................................................................................... 39
9.6 Dados de manutenção ....................................................................................................... 40
9.6.1 Geral ............................................................................................................................... 40
9.6.2 Categorias de manutenção ............................................................................................. 41
9.6.3 Registro de dados de manutenção ................................................................................. 41
Anexo A (informativo) Atributos de classes de equipamentos .............................................. 45
A.1 Notas informativas ................................... ........................ ........................................... 45
A.1.1 Geral ....................................................... ........ ................... ......................................... 45
A.1.2 definições de fronteira .................................................................................................... 45
A.1.3 Dados comuns de equipamentos ................................................................................... 46
A.1.4 Classificação e aplicação de equipamentos ................................................................... 46
A.2 Dados específicos de equipamentos ............................................................................. 51
A.2.1 Geral .................................................. ......................................... ................................. 51
A.2.2 Dados de equipamentos rotativos .................................................................................. 52
A.2.3 Equipamentos mecânicos .............................................................................................. 70
A.2.4 Equipamentos elétricos ....................................................... .......................................... 86
A.2.5 Segurança e Controle........................................................... .......................................... 91

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A.2.6 Instalações submarinas de produção .................................. ........................................... 103


A.2.7 Equipamento de completação de poços ............................. ........................................... 112
A.2.8 Perfuração ...................................................................................................................... 121
A.2.9 Utilidades ....................................................................................................................... 126
Anexo B (normativo) Interpretação e notação de parâmetros de falha e manutenção ... 127
B.1 Interpretação de falhas .............................................. ................................................... 127
B.2 Notações de dados de falha e manutenção ............... ..................................................... 128
B.2.1 Geral ................................................................... ............................................................ 128
B.2.2 Mecanismo de falha ............................................ ........................................................... 129
B.2.3 Causa da falha .......................................................................................... ..................... 132
B.2.4 Método de detecção ................................................................................... ................... 133
B.2.5 Atividade de manutenção ............................................................................ .................. 134
B.2.6 Modos de falha ........................................................................................... .................. 136
Anexo C (informativo) Guia para interpretação e cálculo dos parâmetros de
confiabilidade e manutenção .... ........................ ......................................... ................... .. 149
C.1 Regras de interpretação para parâmetros de falha e manutenção .................................. 149
C.1.1 Introdução .................................................. .......... ..................................................... .… 149
C.1.2 definições de redundância ............................. … ..... ................................................…. . 149
C.1.3 Dados sob demanda ...................................... … ..... ................................................…. .. 150
C.1.4 Falhas independentes ................................... … ..... .................................................…... 150
C.1.5 Falhas dependentes ..................................... … ..... .................................................…. .. 151
C.1.6 Falha de causa comum ................................... … ..... ..............................................…. .. 151
C.1.7 Falha de modo comum .................................. … ..... ................................................…. .. 152
C.1.8 definições de trip .............................................. … ..... .............................................…. .. 152
C.1.9 Classificação de consequência de falha .......... … ..... .............................................…. .. 152
C.1.10 Análise de Falhas ....................................... … ..... ................................................…. .. 153
C.1.11 Equipamentos críticos à segurança ........... … ..... ................................................…. .. 155
C.2 Disponibilidade .............................................. … ..... ................................................…. .. 155
C.2.1 Definição normalizada ................................. … ..... ................................................…. .. 155
C.2.2 Cálculo da disponibilidade ........................... … ..... .................................................…. .. 155
C.2.3 Medidas e estimativas dos registros de dados de disponibilidade média ...............….. .. 156
C.3 Estimativa da taxa de falha ..................................... … ..... ......................................….. .. 159
C.3.1 Geral ............................................................ … ..... ...............................................….. .. 159
C.3.2 Estimador de máxima verossimilhança de uma taxa de falha constante .. ..... ............ .. 161
C.3.3 Estimativa da taxa de falhas com zero falhas – Abordagem Bayesiana .. ......... ........ .. 163
C.4 Mantenabilidade ........................................................................................................... .. 164
C.4.1 definições normalizadas ............................................................................................... .. 164
C.4.2 Significado matemático ............................................................................................... .. 164
C.4.3 Mantenabilidade – Fatores intrínsecos e extrínsecos .................................................. .. 166
C.4.4 Procedimento para compilação de registros de dados de mantenabilidade ................ .. 167
C.5 definições de “tempo médio” ........................................................................................... .. 167
C.5.1 Princípio ........................................................................................................................ .. 167
C.5.2 Tempo médio não operacional (MDT) .......................................................................... .. 167
C.5.3 Tempo médio entre falhas (MTBF) ............................................................................... .. 168
C.5.4 Tempo médio para a falha (MTTF) .................................................................................. 169
C.5.5 Tempo médio de reparo (MTTR)...................................................................................... 169
C.5.6 Tempo médio operacional (MUT) .................................................................................... 170
C.5.7 Procedimento para a compilação de registros de dados para o tempo médio ........ ....... 171
C.6 Testes nos sistemas de segurança para falhas ocultas ............................................. ....... 171
C.6.1 Princípios gerais ........................................ ......... ....... ............. ............................. ....... 171
C.6.2 Disponibilidade requerida ................................ ......... ....... ............. ....................... ....... 171
C.6.3 A matemática do custo-benefício da disponibilidade ................................................. ..... 172
Anexo D (informativo) Requisitos típicos para dados ...................................................... .. 174
D.1 Generalidades .................................................................................................................. .. 174
D.2 Valor de negócio da coleta de dados ............................................................................ .. .. 175
D.3 Dados requeridos ............................................................................................................. .. 175
D.4 Descrição das análises .................................................................................................... .. 175

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Anexo E (informativo) Indicadores de desempenho (KPI) e benchmarking ................... .. 180


E.1 Generalidades ................................................................................................................ .. 180
E.2 Alinhamento aos objetivos do negócio....................................................................... .... .. 182
E.3 Usando benchmarking ..................................................................................................... 183
E.3.1 Princípios de benchmarking ...................... ......... ....... ............. ..................................... 183
E.3.2 Geral ................................................................... ......... ....... ............. ............................ 183
E.3.3 Nível de taxonomia ...................................................... ......... ....... ............ ..................... 184
E.3.4 Escolha de benchmarks ................................ ......... ....... ............. .................................. 184
E.3.5 Alinhamento de parâmetros de benchmark e de KPI pelos vários grupos de pares ........ 184
E.3.6 Benefícios do benchmarking ......................................................................................... ... 185
E.3.7 Seleção dos grupos de pares ..................................... ......... ....... ............. .................. ... 185
E.4 Exemplos de benchmarks e de KPI usando dados de RM ....... ......... ....... ............. ........ 186
Anexo F (informativo) Classificação e Definição de falhas críticas à segurança . ....... .. . 192
F.1 Generalidades ........................... ......... ....... ............. ........................................................ . 192
F.2 Classificação de falhas de sistemas instrumentados de segurança ........................ .…...... 192
F.2.1 definições gerais ......................................................................................................…...... 192
F.2.2 definições da IEC 61508 (todas as partes) e da IEC 61511 (todas as partes) ........…...... 193
F.3 Definição de falhas críticas/perigosas para sistemas de segurança .......................…...... 194
Anexo G (informativo) Índice alfabético (ver Seção 3) .......... ..... ............. .......................... 197
Bibliografia .............................. ......... ....... ........... ................................................................... 204

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos
Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos
setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades,
laboratórios e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve
ser considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR ISO 14224 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas
Offshore para Indústria do Petróleo e Gás Natural (ABNT/CB-50), pela Comissão de Estudo de
Equipamentos de Perfuração e Produção (CE-50:000.04). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 06, de 09.06.2011 a 08.07.2011, com o número de Projeto 50:000.04-003.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 14224:2006,
que foi elaborada pelo Technical Committee Materials, equipment and offshore structures for
petroleum, petrochemical and natural gas industries (ISO/TC 67), conforme ISO/IEC Guide 21-
1:2005.
Foi inserido um índice alfabético, Anexo G, de caráter informativo, referente à Seção 3.
O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope

This Standard provides a comprehensive basis for the collection of reliability and maintenance (RM)
data in a standard format for equipment in all facilities and operations within the petroleum, natural
gas and petrochemical industries during the operational life cycle of equipment. It describes
datacollection principles and associated terms and definirtions that constitute a “reliability
language” that can be useful for communicating operational experience. The failure modes defi ned
in the normative part of this Standard can be used as a “reliability thesaurus” for various
quantitative as well as qualitative applications. This Standard also describes data quality control
and assurance practices to provide guidance for the user.
Standardization of data-collection practices facilitates the exchange of information between parties,
e.g. plants, owners, manufacturers and contractors. This Standard establishes requirements that
any inhouse or commercially available RM data system is required to meet when designed for RM
data exchange. Examples, guidelines and principles for the exchange and merging of such RM data
are addressed.
Annex A contains a summary of equipment that this Standard covers.
• This Standard recommends a minimum amount of data that is required to be collected and it
focuses on two main issues;
— data requirements for the type of data to be collected for use in various analysis
methodologies;
— standardized data format to facilitate the exchange of reliability and maintenance data
between plants, owners, manufacturers and contractors.
• The following main categories of data are to be collected:
— equipment data, e.g. equipment taxonomy, equipment attributes;
— failure data, e.g. failure cause, failure consequence;
— maintenance data, e.g. maintenance action, resources used, maintenance consequence, down
time.

NOTE Clause 9 gives further details on data content and data format.
• The main areas where such data are used are the following:
— reliability, e.g. failure events and failure mechanisms;

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— availability/effi ciency, e.g. equipment availability, system availability, plant production


availability;
— maintenance, e.g. corrective and preventive maintenance, maintenance supportability
— safety and environment, e.g. equipment failures with adverse consequences for safety and/or
environment.

• This Standard does not apply to the following:


— data on (direct) cost issues;
— data from laboratory testing and manufacturing (e.g. accelerated lifetime testing);
— complete equipment data sheets (only data seen relevant for assessing the reliability
performance are included);
— additional on-service data that an operator, on an individual basis, can consider useful for
operation and maintenance;
— methods for analysing and applying RM data (however, principles for how to calculate some
basic reliability and maintenance parameters are included in the annexes).

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Introdução

Esta Norma foi preparada com base na ISO 14224:1999, na experiência adquirida através do seu uso e
no conhecimento técnico e melhores práticas compartilhados através do processo de desenvolvimento
nacional.

Nas indústrias de petróleo, gás natural e petroquímica, tem-se dado muita atenção à segurança,
confiabilidade e mantenabilidade de equipamentos. O custo anual da indústria para a falta de
confiabilidade de equipamentos é muito alto, embora muitos proprietários de plantas tenham melhorado
a confiabilidade de suas instalações operacionais através dessa atenção. Recentemente, uma parcela
maior da indústria tem dado uma maior ênfase ao projeto e manutenção eficazes em termos de custos
para plantas novas e instalações existentes. Sob esse aspecto, os dados de falhas, de mecanismos de
falha e de manutenção relacionados a essas instalações industriais e suas operações tornaram-se mais
importantes. É necessário que essas informações sejam usadas pelas várias partes interessadas e suas
disciplinas, e entre elas comunicadas, dentro da mesma empresa ou entre empresas. São utilizadas
várias metodologias de análise para estimar o risco de perigos para as pessoas e o meio ambiente, ou
para analisar o desempenho de instalações ou sistemas. Para que tais análises sejam eficazes e
decisivas, os dados de confiabilidade e manutenção (RM) são de vital importância.

Tais análises exigem um bom entendimento das características técnicas dos equipamentos, de suas
condições operacionais e ambientais, de suas falhas potenciais e de suas atividades de manutenção.
Pode ser necessário dispor de dados abrangendo vários anos de operação antes que dados suficientes
tenham sido acumulados para gerar resultados de análise confi áveis e servir de apoio a decisões.
Dessa forma, é necessário considerar a coleta de dados como uma atividade de longo prazo, planejada
e executada tendo em mente metas apropriadas. Ao mesmo tempo, a clareza quanto às causas das
falhas é fundamental para se priorizarem e implementarem ações corretivas que resultem em melhorias
sustentáveis na confiabilidade, proporcionando, assim, maior lucratividade e segurança.

A coleta de dados é um investimento. A padronização de dados, quando aliada a sistemas de


gerenciamento de dados mais eficientes que permitem a coleta e transferência eletrônica de dados,
pode gerar dados de confiabilidade e manutenção de maior qualidade. Uma forma eficaz em termos de
custo para se otimizarem os requisitos de dados é através da cooperação na indústria. Para possibilitar
a coleta, intercâmbio e análise de dados com base em pontos de vista comuns, é necessária uma
norma. A padronização de práticas de coleta de dados facilita o intercâmbio de informações entre as
partes interessadas como, por exemplo, plantas, proprietários, fabricantes e empreiteiras em todo o
mundo.

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Indústrias de petróleo e gás natural — Coleta e intercâmbio de dados de


confiabilidade e manutenção para equipamentos

1 Escopo

Esta Norma fornece uma ampla base para a coleta de dados de confiabilidade e manutenção (RM)
num formato-padrão para equipamentos em todas as instalações e operações nas indústrias de
petróleo, gás natural e petroquímica durante o ciclo de vida operacional dos equipamentos.
Ela descreve os princípios da coleta de dados e os termos e definições associados que constituem
uma “linguagem de confiabilidade” que pode ser útil para a comunicação da experiência operacional.
Os modos de falha definirdos na parte normativa desta Norma podem ser usados como um “tesauro
de confiabilidade” para várias aplicações tanto de ordem quantitativa como qualitativa. Esta Norma
também descreve práticas de controle e garantia da qualidade de dados para orientar o usuário.
A padronização de práticas de coleta de dados facilita o intercâmbio de informações entre as partes,
tais como, por exemplo, plantas, proprietários, fabricantes e empreiteiras. Esta Norma estabelece
requisitos que devem ser atendidos por qualquer sistema de dados de RM interno dentro da empresa
ou disponível no mercado quando projetado para o intercâmbio de dados de RM. São apresentados
exemplos, diretrizes e princípios para o intercâmbio e consolidação de tais dados de RM.
O Anexo A contém um resumo dos equipamentos abrangidos por esta Norma.

• Esta Norma recomenda uma quantidade mínima de dados que deve ser coletada e aborda duas
questões principais:
— requisitos de dados para os tipos de dados a serem coletados para uso em várias metodologias de
análise;
— formato padronizado de dados para facilitar o intercâmbio de dados de confiabilidade e
manutenção entre as plantas, proprietários, fabricantes e empreiteiras.

• Devem ser coletados dados das principais categorias a seguir:


— dados de equipamentos, como, por exemplo, taxonomia e atributos de equipamentos;
— dados de falhas, como, por exemplo, causa e consequência de falhas;
— dados de manutenção, como, por exemplo, ações de manutenção, recursos usados,
consequência da manutenção, tempo não operacional.

NOTA A Seção 9 apresenta mais detalhes sobre o conteúdo e formato dos dados.

• As principais áreas onde tais dados são usados são as seguintes:


— confiabilidade, como, por exemplo, eventos de falha e mecanismos de falha;
— disponibilidade/eficiência, como, por exemplo, disponibilidade do equipamento, disponibilidade
do sistema, disponibilidade de produção da planta;
— manutenção, como, por exemplo, a manutenção corretiva e preventiva, capacidade de suporte
à manutenção;
— segurança e meio ambiente, como, por exemplo, falhas de equipamentos com consequências
adversas para a segurança e/ou meio ambiente.

• Esta Norma não se aplica ao seguinte:


— dados referentes a questões de custos (diretos);
— dados de ensaios de laboratório e fabricação (por exemplo, ensaios acelerados de vida);
— folhas de dados de equipamentos completas (são incluídos apenas os dados considerados de
interesse para a avaliação do desempenho de confiabilidade);
— dados em serviço adicionais que um operador pode, individualmente, considerar úteis para a
operação e manutenção;
— métodos de análise e aplicação de dados de RM (contudo, são incluídos nos anexos alguns
princípios sobre como calcular alguns parâmetros básicos de confiabilidade e manutenção).

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2 Referências normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-
se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
IEC 60034-1:2010, Rotating electrical machines – Part 1: Rating and performance
IEC 60076-1:2011, Power transformers – Part 1: General
IEC 60076-2:2011, Power transformers – Part 2: Temperature rise for liquid-immersed
transformers
IEC 60076-3, Power transformers – Part 3: Insulation levels, dielectric tests and external clearances
in air
ABNT NBR IEC 60529:2005, Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código
IP)
IEC 62114, Electrical insulation – Thermal evaluation and designation

NOTA BRASILEIRA A IEC62114 foi cancelada e susbtituída pela IEC 60085.

3 - Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

NOTA Alguns parâmetros de RM derivados, que podem ser calculados a partir dos dados de RM coletados
abrangidos por esta Norma, estão contidos no Anexo C. São feitas referências ao Anexo C, conforme apropriado.

3.1 - Disponibilidade

Capacidade de um item de estar em estado de desempenhar uma função requerida, sob


determinadas condições, num dado instante ou durante um determinado intervalo de
tempo, considerando que os recursos externos necessários sejam fornecidos.

NOTA Para uma descrição e interpretação mais detalhada de disponibilidade, ver o Anexo C.

3.2 - Tempo de manutenção efetiva

A parte do tempo de manutenção na qual é realizada uma ação de manutenção em um


item, seja automática ou manualmente, excluindo atrasos logísticos.
NOTA 1 Uma ação de manutenção pode ser realizada enquanto um item está desempenhando uma
função requerida.
NOTA 2 Para uma descrição e interpretação mais detalhada dos tempos de manutenção, ver a
Figura 4 e o Anexo C.

3.3 - Fronteira

Interface entre um item e seus arredores.

3.4 - Falha de causa comum

Falhas de diferentes itens decorrentes da mesma causa direta, que ocorrem num período
de tempo relativamente curto, não sendo tais falhas consequências de outra.

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NOTA Os componentes que falham devido a uma mesma causa normalmente falham no mesmo
modo funcional. O termo “modo comum” é, portanto, usado algumas vezes. No entanto, ele não é
considerado um termo preciso para a comunicação de características que descrevem uma falha de
causa comum.

3.5 - Manutenção corretiva

Manutenção realizada após o reconhecimento de um estado de falha, destinada a recolocar


um item em condições de executar uma função requerida.
NOTA Para informações mais específicas, ver a Figura 191-10 da IEC 60050-191:1990.

3.6 - Falha crítica

Falha de um equipamento que causa o fim imediato da capacidade de desempenhar uma


função requerida.
NOTA Inclui falhas que requerem ação imediata no sentido de interromper a execução da função,
embora a operação propriamente dita possa continuar durante um curto período de tempo. Uma
falha crítica resulta em um reparo não programado.

3.7 - Falha degradada.

Falha que não interrompe a(s) função(ões) fundamental(ais), mas compromete uma ou
mais funções.
NOTA A falha pode ser gradual, parcial ou ambas. A função pode ser comprometida por qualquer
combinação de respostas reduzidas, aumentadas ou erráticas. Um reparo imediato pode
normalmente sofrer um atraso, mas, ao longo do tempo, tais falhas podem evoluir para uma falha
crítica, caso não sejam tomadas ações corretivas.

3.8 - Demanda

Ativação da função (inclui ativação funcional, operacional e de teste).


NOTA Para uma descrição mais detalhada, ver C.2.2.

3.9 - Estado não operacional (down state)

Estado de incapacidade interno de um item caracterizado por um estado de falha ou por


uma eventual incapacidade de desempenhar uma função requerida durante a manutenção
preventiva.
NOTA Esse estado está relacionado com a disponibilidade (ver 3.1).

3.10 - Tempo não operacional (down time)

Intervalo de tempo durante o qual um item se encontra no estado não operacional (down
state).
NOTA O tempo não operacional inclui todos os atrasos entre a falha do item e o restabelecimento de
seu serviço. O tempo não operacional pode ser planejado ou não planejado (ver Tabela 4).

3.11 - Classe de equipamento

Classe de um tipo similar de unidades de equipamento (por exemplo, todas as bombas).


NOTA O Anexo A descreve uma variedade de classes de equipamentos.

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3.12 - Dados do equipamento

Parâmetros técnicos, operacionais e ambientais que caracterizam o projeto e o uso de uma


unidade de equipamento.

3.13 - Unidade de equipamento

Unidade de equipamento específica dentro de uma classe de equipamentos definirda por


sua fronteira (por exemplo, uma bomba).

3.14 - Erro

Discrepância entre uma condição ou valor calculado, observado ou medido e a condição ou


valor verdadeiro especificado ou teoricamente correto.
NOTA 1 Um erro pode ser causado por um item com falha, como, por exemplo, um erro de cálculo
feito por um computador com falha.
NOTA 2 O termo em francês “erreur” pode também designar um engano.

3.15 - Falha

Término da capacidade de um item de desempenhar uma função requerida.


NOTA 1 Depois da falha, o item tem um estado de falha.
NOTA 2 “Falha” é um evento, diferentemente de “estado de falha”.
NOTA 3 Esse conceito, conforme definirdo, não se aplica a itens constituídos apenas de software.
NOTA 4 Ver também a Tabela B.1 e as Seções F.2 e F.3.

3.16 - Causa de falha - causa-raiz

Circunstâncias associadas ao projeto, fabricação, instalação, uso e manutenção que


conduzem a uma falha.
NOTA Ver também B.2.3.

3.17 - Dados de falha

Dados que caracterizam a ocorrência de um evento de falha.

3.18 - Impacto da falha

Impacto de uma falha sobre uma ou mais funções de um equipamento ou sobre a planta.
NOTA No nível do equipamento, o impacto da falha pode ser classificado em três classes (crítica,
degradada, incipiente); ver 3.6, 3.7 e 3.26. A Tabela 3 mostra a classificação do impacto da falha
sobre os níveis de taxonomia 3 a 5 (ver a Figura 3).

3.19 - Mecanismo de falha

Processo físico, químico ou outro que conduz a uma falha.


NOTA Ver também B.2.2.

3.20 - Modo de falha

O efeito pelo qual uma falha é observada no item que falhou.


NOTA Ver também B.2.6.

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3.21 - Falha na demanda

Falha que ocorre imediatamente quando um item é solicitado a atuar (por exemplo,
equipamentos de emergência em estado de prontidão (stand-by)).
NOTA Ver também a Seção C.6.

3.22 - Estado de falha (fault)

Estado de um item caracterizado pela incapacidade de desempenhar uma função requerida,


excluindo tal incapacidade durante a manutenção preventiva ou outras ações planejadas,
ou pela falta de recursos externos.

3.23 - Dados de confiabilidade genéricos

Dados de confiabilidade que abrangem famílias de equipamentos similares.

3.24 - Falha oculta

Falha que não é imediatamente evidente para o pessoal de operação e manutenção.


NOTA Equipamentos que não conseguem desempenhar uma função “sob demanda” se enquadram
nessa categoria. É necessário que tais falhas sejam detectadas para serem reveladas.

3.25 - Tempo ocioso (idle)

Parte do tempo em operação (up time) durante o qual um item não está operando em
carga.

3.26 - Falha incipiente

Imperfeição no estado ou condição de um item que pode resultar em uma falha degradada
ou crítica se não for tomada nenhuma ação corretiva.

3.27 - Nível de subdivisão (indenture level)

Nível de subdivisão de um item do ponto de vista das ações de manutenção.

3.28 - Item

Qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional, equipamento ou


sistema que possa ser considerado individualmente.
NOTA Nesta Norma, o termo comum “item” é usado em todos os níveis de taxonomia 6 a 9 na
Figura 3.
Ver também 3.30, que defi ne um nível especifico de item.

3.29 - Atraso logístico

Tempo acumulado durante o qual uma ação de manutenção não pode ser realizada devido
à necessidade de se obterem recursos de manutenção, excluindo-se qualquer atraso
administrativo.
NOTA Os atrasos logísticos podem ser devidos, por exemplo, a viagens até instalações sem a
presença de um operador, à espera por peças de reposição, especialistas, equipamentos de ensaio e
informações, e atrasos devidos a condições ambientais inadequadas (por exemplo, a espera por
melhores condições climáticas).

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3.30 - Item manutenível

Item que constitui uma parte ou um conjunto de peças que normalmente corresponde ao
nível mais baixo na hierarquia de equipamentos durante a manutenção.

3.31 - Manutenção

Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão,


destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma
função requerida.

3.32 - Dados de manutenção

Dados que caracterizam a ação de manutenção planejada ou executada.

3.33 - Impacto da manutenção

Impacto da manutenção na planta ou na(s) função(ões) do(s) equipamento(s).


NOTA No nível do equipamento são definirdas duas classes de severidade: crítica e não crítica. No
nível da planta são definirdas três classes: impacto total, parcial ou nulo.

3.34 - Registro de manutenção

Parte da documentação de manutenção que contém todas as falhas, estados de falha e


informações de manutenção relativas a um item.
NOTA Esse registro também pode incluir custos de manutenção, disponibilidade de itens ou tempo
operacional (up time) e quaisquer outros dados, onde pertinente.

3.35 - Mantenabilidade

(Geral) Capacidade de um item, sob determinadas condições de uso, de ser mantido ou


restaurado para um estado em que possa desempenhar uma função requerida, quando a
manutenção é realizada sob condições especificadas e usando os procedimentos e recursos
estabelecidos.para um estado em que possa desempenhar uma função requerida, quando a
manutenção é realizada sob condições especificadas e usando os procedimentos e recursos
estabelecidos.

3.36 - Homens-hora (HH) de manutenção

Duração acumulada dos tempos individuais de manutenção utilizados por toda a equipe de
manutenção para um determinado tipo de ação de manutenção ou durante um dado
intervalo de tempo.
NOTA 1 Homens-hora (HH) de manutenção são expressos em unidades de horas.
NOTA 2 Como várias pessoas podem trabalhar ao mesmo tempo, o tempo em homens-hora não
está diretamente relacionado a outros parâmetros como o MTTR ou MDT (ver definições no Anexo
C.5).

3.37 - Modificação

Combinação de todas as ações técnicas e administrativas destinadas a alterar um item.


NOTA Uma modificação normalmente não faz parte da manutenção, mas é frequentemente
efetuada pelo pessoal de manutenção.

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3.38 - Falha não crítica

Falha de uma unidade de equipamento que não causa o término imediato da capacidade de
desempenhar sua função requerida.
NOTA Falhas não críticas podem ser categorizadas como “degradadas” (3.7) ou “incipientes” (3.26).

3.39 - Estado em operação

Estado quando um item está desempenhando uma função requerida.

3.40 - Tempo em operação

Intervalo de tempo durante o qual um item está no estado em operação.


NOTA O tempo em operação inclui a operação propriamente dita do equipamento ou a
disponibilidade do equipamento para a execução de sua função requerida sob demanda. Ver também
Tabela 4.

3.41 - Manutenção de oportunidade

Manutenção de um item que é adiada ou antecipada quando uma oportunidade não


planejada torna-se disponível.

3.42 - Manutenção preventiva

Manutenção realizada a intervalos predeterminados ou de acordo com critérios prescritos, e


destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um
item.

3.43 - Redundância

Existência de mais de um meio para desempenhar uma função requerida em um item.


NOTA Para definições e interpretações mais detalhadas, ver C.1.2.

3.44 - Confiabilidade

Capacidade de um item de desempenhar uma função requerida sob condições especificadas


durante um determinado intervalo de tempo.
NOTA 1 O termo “confiabilidade” também é usado como uma medida do desempenho de
confiabilidade e também pode ser definirdo como uma probabilidade.
NOTA 2 Para definições e interpretações mais detalhadas, ver o Anexo C.

3.45 - Função requerida

Função ou combinação de funções consideradas necessárias em um item para prover um


dado serviço.

3.46 - Subunidade

Conjunto de itens para prover uma função específica, que é requerida para a unidade de
equipamento, dentro da fronteira principal para atingir seu desempenho previsto.

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3.47 - Período de observação

Intervalo de tempo (tempo de calendário) entre a data de início e a data de término da


coleta de dados de RM (confiabilidade e manutenção).
NOTA Para definições e interpretações mais detalhadas, ver o Anexo C.

3.48 - Número de tag (tag number)

Número que identifi ca a localização física do equipamento.


NOTA Para definições e interpretações mais detalhadas, ver o Anexo C.

3.49 - Taxonomia

Classificação sistemática de itens dentro de grupos genéricos com base em fatores


possivelmente comuns a vários itens.

3.50 - Estado operacional (up state)

Estado de um item caracterizado pelo fato de ele poder desempenhar uma função
requerida, assumindo que os recursos externos, se necessários, são fornecidos.
NOTA Esse estado está relacionado com a disponibilidade.

3.51 - Tempo operacional (up time)

Intervalo de tempo durante o qual um item encontra-se em estado operacional.

4 Abreviaturas

NOTA A lista abaixo não inclui abreviaturas específicas usadas para tipos de equipamentos (por exemplo, BOP) e
unidades (por exemplo, kW), as quais são indicadas em cada capítulo em que são usadas.

CAPEX capital expenditure (custo de investimento)

CDF cumulative distribution function (função de distribuição acumulada)

CM condition monitoring (monitoração de condição)

CMMIS computerized maintenance-management information system (sistema de informação


computadorizado para gestão de manutenção)

DHSV downhole safety valve (válvula de segurança de subsuperfície)

ESD emergency shutdown (parada de emergência)

FTA fault-tree analysis (análise por árvore de falhas)

FMECA failure mode, effect and criticality analysis (análise de modos, efeitos e criticidade de
falha)

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HIPPS high-integrity process-protection system (sistema de proteção de processo de alta


integridade)

KPI key performance indicators (indicadores de desempenho)

LCC life cycle cost (custo do ciclo de vida)

LEL lower explosion limit (limite inferior de explosividade ou de infl amabilidade – LII)

MEG monoethylene glycol (monoetileno glicol)

MI maintainable item (item manutenível)

MTBF mean time between failures (tempo médio entre falhas)

MTTF mean time to failure (tempo médio para a falha)

MTTR mean time to repair (tempo médio de reparo)

MTTM mean time to maintain (tempo médio de manutenção)

MUT mean up time (tempo médio operacional)

MDT mean down time (tempo médio não operacional)

NDT nondestructive testing (ensaio não destrutivo – END)

OPEX operational expenditure (custo operacional)

PM preventive maintenance (manutenção preventiva)

P&ID process and instrument diagram (diagrama de processo e instrumentação)

PSD process shutdown (parada de processo)

PSV process safety valve (válvula de segurança de processo)

QRA quantitative risk assessment (avaliação quantitativa de risco – AQR)

RA reliability and availability (confiabilidade e disponibilidade)

RAM(S) reliability, availability, maintainability (and safety) [confiabilidade, disponibilidade,


mantenabilidade (e segurança)]

RBI risk-based inspection (inspeção baseada em risco – IBR)

RCM reliability-centred maintenance (manutenção centrada em confiabilidade – MCC)

RM reliability and maintenance (confiabilidade e manutenção)

SIL safety integrity level (nível de integridade de segurança)

SSIV subsea isolation valve (válvula de isolamento submarina)

TEG triethylene glycol (trietileno glicol)

TTF time to failure (tempo para a falha)


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TTR time to repair (tempo de reparo)

WO work order (ordem de serviço – OS)

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5 Aplicação

5.1 Equipamentos abrangidos

Esta Norma se aplica a tipos de equipamentos usados na indústria de petróleo, gás natural e
petroquímica, incluindo, porém sem a isso se limitar, categorias de equipamentos tais como
equipamentos e tubulações de processo, equipamentos de segurança, equipamentos submarinos,
sistemas de dutos, equipamentos de carga/descarga, equipamentos de poço e equipamentos de
perfuração. Os equipamentos podem ser permanentemente instalados nas instalações ou usados
durante as fases de instalação, manutenção ou modifi cação.
O Anexo A contém exemplos sobre como esta Norma deve ser usada para tipos especificos de
equipamentos. Espera-se que os usuários defi nam as taxonomias para classes de equipamentos
adicionais, conforme necessário, com base nos princípios estabelecidos nesta Norma.
Alguns princípios para a coleta de dados do RM no nível do equipamento podem ser aplicados para
a monitoração e análise do desempenho nos níveis de planta e de sistemas constituídos de vários
tipos de equipamentos. Contudo, a monitoração do desempenho da instalação e da planta também
requer outros tipos de dados não abrangidos por esta Norma.

5.2 Períodos de tempo

Esta Norma se aplica a dados coletados durante o ciclo de vida operacional do equipamento,
incluindo as fases de instalação, partida, operação, manutenção e modifi cação. As fases de ensaios
em laboratório e fabricação não fazem parte do escopo desta Norma. Contudo, é importante
salientar que a análise dos dados históricos de RM deve ser usada no dimensionamento de tais
ensaios antes da operação.
Para a qualificação e desenvolvimento da tecnologia, um conhecimento prévio de confiabilidade é
não somente necessário, como também vantajoso, para revelar áreas com potencial de melhoria
(ver 8.3).

5.3 Usuários desta Norma

Esta Norma se destina a usuários tais como:

a) Instalação/planta: Instalação operacional, como, por exemplo, pessoal de manutenção e


engenharia que registra falhas de equipamentos ou eventos de manutenção nos sistemas de
gerenciamento de informações.

b) Proprietário/operador/empresa: Profissionais de confiabilidade ou outros empregados que


criam bases de dados (genéricas) de confiabilidade de equipamentos localizados nas instalações da
empresa; engenheiros de confiabilidade que necessitam de dados ou engenheiros de manutenção
que elaboram planos de manutenção. Esta Norma apresenta um formato para a análise de qualquer
elemento de dados de RM, conforme apropriado, associado a uma análise (conforme descrito no
Anexo D); por exemplo, análise de causa-raiz, análise de dados históricos de desempenho, previsão
de desempenho futuro, uso em um desenvolvimento de projeto etc.

c) Indústria: Grupos ou empresas que trocam dados de RM de equipamentos ou projetos


conjuntos de cooperação em bases de dados de confiabilidade na indústria. A melhoria da
comunicação do desempenho de confiabilidade de equipamentos exige que sejam atendidos os
princípios estabelecidos nesta Norma (como uma “linguagem de confiabilidade”).

d) Fabricantes/projetistas: Uso de dados de RM para melhorar projetos de equipamentos e


aprender com experiências passadas.

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e) Autoridades/organismos reguladores: Um formato para a comunicação de quaisquer dados


de RM com base em eventos individuais, ou de outra forma exigida, da empresa de operação. Esta
Norma é, por exemplo, de vital importância para as autoridades que tratam de questões de
confiabilidade de equipamentos de segurança.

f) Consultorias/contratadas: Um padrão de formato e qualidade para projetos de coleta de


dados e análises de aspectos de segurança, confiabilidade ou manutenção normalmente realizadas
por contratadas/consultorias para os proprietários de ativos (por exemplo, empresas de petróleo).

Embora outros possíveis usuários, tais como empresas de desenvolvimento de aplicativos


computadorizados para gerenciamento de manutenção, possam considerar esta Norma útil, espera-
se que os principais usuários sejam os proprietários e/ou operadores, que encontrariam os dados a
serem coletados imediatamente disponíveis nas instalações operacionais.

5.4 Limitações

Através da análise de dados, os parâmetros de RM podem ser determinados para uso no projeto,
operação e manutenção. Esta Norma não apresenta descrições detalhadas de métodos de análise
de dados. Contudo, fornece recomendações para a definição e cálculo de alguns dos principais
parâmetros de RM (Anexo C) e analisa os objetivos e benefícios de algumas metodologias analíticas
para as quais os dados podem ser usados. Tais metodologias analíticas e áreas de aplicação podem
ser encontradas em outras Normas Internacionais, sendo que Normas relevantes têm sido
exploradas com o objetivo de identifi car e organizar os requisitos de dados de RM (ver o Anexo D).
Embora os dados de custo sejam importantes para a definição de prioridades para oportunidades de
melhoria e sejam frequentemente incluídos na análise do desempenho de confiabilidade, os dados
de custos (parâmetros) não estão especificamente incluídos nesta Norma. A maioria das instalações
acompanha os custos da manutenção (homens-hora), de substituições de equipamentos, de
melhorias de capital, de interrupção de negócios e de eventos ambientais. Tais dados podem ser
mantidos no sistema de informação computadorizado para gestão de manutenção (CMMIS). Quando
os custos são necessários para definir a análise da confiabilidade do ponto de vista econômico ou
para executar cálculos de custos de ciclo de vida, convém que o usuário obtenha essas informações
de fontes apropriadas na instalação operacional ou na empresa.
Devido à variedade de usos de dados de RM, convém que os requisitos de dados em um programa
de coleta de dados sejam adaptados a uma ou mais aplicações previstas. Resultados confi áveis de
análise estão diretamente relacionados à qualidade dos dados coletados. Embora esta Norma não
especifi que medidas de qualidade detalhadas, práticas de controle e garantia de qualidade de
dados são delineadas para prover orientação ao usuário.
As informações técnicas reunidas para descrever os equipamentos e sua localização em uma planta,
instalação ou sistema, nesta Norma, não pretendem ser exaustivas e completas como o sistema de
informação técnica da planta como um todo, mas que sejam usadas com o propósito de identifi car
e explicar as variáveis para as funções analíticas. Entretanto, o uso de termos técnicos comuns é
recomendado e está relacionado ao sistema de informação de ciclo de vida e normas técnicas de
equipamentos. Embora esta Norma descreva como registrar as atividades de manutenção para a
otimização da confiabilidade e disponibilidade de equipamentos, ela não pretende ser uma norma
para especificar em detalhes como os programas de manutenção são documentados.
O status técnico dos equipamentos e a degradação do seu desempenho podem ser registrados
através de sistemas de monitoração de condição, o que requer detalhes além dos dados de
equipamentos abrangidos por esta Norma. Contudo, esta Norma contém elementos de dados de RM
que podem ser usados em tais sistemas de monitoração de condição.
Não se pretende que esta Norma seja uma especificação de software para sistemas, como bases de
dados, mas ela pode, em geral, ser atendida para facilitar e melhorar o intercâmbio de dados de RM
na indústria.

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5.5 Intercâmbio de dados de RM

Um objetivo principal desta Norma é possibilitar o intercâmbio de dados de RM em um formato


comum dentro de uma empresa, entre empresas, dentro de um setor industrial ou no domínio
público.
As medidas para assegurar a qualidade dos dados são discutidas na Seção 7. Alguns aspectos
adicionais a serem considerados em relação ao intercâmbio de dados de RM são os seguintes:
a) Dados detalhados versus dados processados: Os dados podem ser intercambiados em
vários níveis, desde os registros reais de falha e manutenção até dados em um nível mais
agregado.
Por exemplo, caso apenas o número de falhas de uma certa categoria seja requerido, é necessário
intercambiar apenas a taxa de falha para essas falhas. Esse tipo de informação é comumente
fornecido em fontes de dados públicas (por exemplo, livros de dados sobre confiabilidade).
Para o intercâmbio de dados sobre o desempenho geral de uma unidade ou de uma planta
(benchmarking), os chamados parâmetros de indicadores de desempenho (key performance
indicators – KPI) podem ser usados. O Anexo E apresenta exemplos de tais parâmetros de KPI.
b) Sensibilidade de dados: Alguns campos de dados podem ser de uma natureza um tanto
quanto sensível e/ou podem ser possivelmente usados para finalidades para as quais não se
destinaram
(por exemplo, para obter vantagens comerciais e para a comunicação não qualifi cada da
experiência da planta/equipamento). Para evitar isso, podem ser utilizadas duas opções:
— deixar em “branco” tais dados; — tornar tais dados anônimos.
Essa última opção pode ser alcançada definirndo-se alguns códigos anônimos para representar o
dado onde apenas algumas pessoas autorizadas conhecem a conversão entre os códigos e os dados
reais. Recomenda-se isso se tais campos de dados forem essenciais para a taxonomia de dados.
É importante reconhecer a potencial influência comercial do intercâmbio de dados de confiabilidade
e de outros dados de desempenho. A lei da concorrência proíbe acordos de “boicote coletivo” ou
acordos entre concorrentes nos quais eles concordam em não lidar com certos fornecedores/
contratadas. Um estudo de benchmarking, em que os concorrentes intercambiam informações de
modo que os fornecedores/contratadas possam ser ranqueados, acarreta um risco real dessas
partes do estudo concluírem que não utilizam certos fornecedores/contratadas e convém que isto
seja evitado. Os acordos de “boicote coletivo” são violações da lei da concorrência e podem deixar
indivíduos e empresas expostos a ações criminais.
Dessa forma, é necessário que qualquer intercâmbio de dados atenda às leis brasileiras e
internacionais que regem práticas anticompetitivas. Assim, recomenda-se que, antes de se envolver
em tal atividade, sejam buscados esclarecimentos sobre as diretrizes locais para evitar possíveis
infrações.
c) Segurança de dados: A sistematização do desempenho de equipamentos operacionais
(isto é, dados de RM com qualidade que têm um custo para serem obtidos) é geralmente um ativo
de grande valor, e dados não abertos ao domínio público devem ser tratados com medidas de
segurança adequadas para evitar o uso indevido e não afetar a reputação das partes associadas.
Isso está relacionado com o armazenamento de dados (por exemplo, local seguro), transmissão de
dados (por exemplo, Internet), acesso a dados por usuários autorizados (por exemplo, senha) etc.
d) Valor dos dados: Em alguns casos, é útil definir uma “medida de valor” para uma quantidade
de dados de confiabilidade. Esse pode ser o caso em projetos conjuntos da indústria onde se espera
que vários participantes contribuam com um “valor” igual de dados. Duas abordagens podem ser
usadas:
— cálculo do custo real da coleta de dados; — valoração dos dados combinando-se a população
com o tempo de observação agregado.

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6 Benefícios da coleta e intercâmbio de dados de RM

Embora muitos proprietários de plantas tenham melhorado a confiabilidade de suas instalações


operacionais, a perda na produção e a baixa confiabilidade de equipamentos ainda representam um
custo anual elevado na indústria. Apesar da maioria dos eventos de falhas não ser catastrófi ca,
um maior esclarecimento quanto às causas dos eventos de falha é fundamental para priorizar e
implementar ações corretivas de manutenção. Isso acarreta melhorias sustentáveis na
confiabilidade, gerando melhor lucratividade e segurança.
Os benefícios da análise de dados de confiabilidade são de longo alcance, incluindo a oportunidade
para otimizar o momento adequado das revisões gerais e inspeções de equipamentos, o conteúdo
dos procedimentos de manutenção, bem como os programas de custos de ciclo de vida de
sobressalentes e de melhorias em instalações operacionais em todo o mundo. Outros benefícios
resultantes da coleta e análise de dados de RM incluem melhorias na tomada de decisões, reduções
de falhas catastróficas, reduções de impactos ambientais, maior eficiência em benchmarking e
análise de tendências de desempenho e aumento da disponibilidade de unidades de processo.
A melhoria da confiabilidade de equipamentos depende das experiências de uso real. A coleta,
análise e retroalimentação de dados para projetistas e fabricantes de equipamentos são, portanto,
primordiais.
Também, na compra de novos equipamentos, os dados de RM são parâmetros-chave a serem
levados em conta.
A fim de consolidar os dados provenientes de várias unidades de equipamentos, plantas ou através
de um setor da indústria, é necessário que as partes concordem quanto aos dados que são úteis
para a coleta e intercâmbio e que eles estejam em um formato compatível.
Recentemente, vários países com indústrias de petróleo e gás emitiram regulamentos exigindo que
as empresas possuam um sistema para a coleta, análise e implementação de ações corretivas e
preventivas, incluindo a melhoria de sistemas e equipamentos. Alguns desses regulamentos se
referem a Normas Internacionais, incluindo esta.
Coletar dados de RM é oneroso, sendo, portanto, necessário que esses esforços sejam balanceados
em relação ao uso e benefícios previstos. Em geral, seriam selecionados equipamentos para a
coleta de dados de RM em que as consequências das falhas tivessem um impacto na segurança,
produção, meio ambiente ou nos altos custos de reparo/reposição, conforme indicado abaixo

A Figura 1 apresenta um ciclo de retroalimentação típica para possíveis usos de dados.

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Os elementos de valores da indústria e de negócios relacionados ao uso desta Norma estão


resumidos abaixo:

a) aspectos econômicos:
— projeto custo-eficiente para otimizar CAPEX,
— operação custo-eficiente para otimizar OPEX,
— melhor lucratividade (menor perda de receita),
— gerenciamento do LCC/vida inteira,
— custo reduzido de seguro;

b) aspectos gerais:
— “ser capaz de operar” (licença de operação),
— aumento da vida útil de equipamentos importantes,
— melhoria da qualidade do produto,
— melhoria da compra de equipamentos (com base em dados),
— melhoria no planejamento de recursos;

c) aspectos de segurança e meio ambiente:


— melhoria da segurança de pessoal,
— redução de falhas catastróficas,
— redução de impactos ambientais,
— melhoria dos procedimentos e regulamentos de segurança (por exemplo, aumento do intervalo
de teste com base no desempenho de RM),
— conformidade com as exigências de autoridades;

d) aspectos analíticos:
— dados com melhor qualidade,
— maior população de dados,
— melhoria da tomada de decisões,
— redução de incertezas na tomada de decisões,
— benchmarking qualificado,
— facilitação de cooperação industrial,
— criação de uma linguagem de “confiabilidade” comum (compreensão, várias disciplinas)
— Verificação de técnicas de análise,
— melhor previsibilidade,
— base para uma inspeção baseada em risco e estudos de confiabilidade, disponibilidade e
mantenabilidade.

7 Qualidade dos dados

7.1 Obtenção de dados com qualidade

7.1.1 Definição da qualidade dos dados

A confiança nos dados de RM coletados e, por conseguinte, em qualquer análise, depende


fortemente da qualidade dos dados coletados. Os dados de alta qualidade são caracterizados pelo
seguinte:
a) dados completos em relação à especificação;
b) conformidade com definições de parâmetros de confiabilidade, tipos de dados e formatos;

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c) entrada, transferência, manuseio e armazenamento de dados de forma precisa (manualmente ou


eletrônica);
d) população suficiente e período de observação adequado para proporcionar confiança estatística;
e) relevância com relação às necessidades do usuário dos dados.

7.1.2 Medidas de planejamento

Antes de se iniciar o processo de coleta de dados, as seguintes medidas devem ser enfatizadas.
a) Definir o objetivo da coleta de dados a fim de reunir dados relevantes para o uso a que se
destinam.
Entre os exemplos de análises em que tais dados podem ser usados pode-se citar a análise
quantitativa de risco (quantitative risk analysis – QRA); a análise de confiabilidade,
disponibilidade e mantenabilidade (reliability, availability, and maintainability – RAM);
manutenção centrada em confiabilidade (reliability-centred maintenance – RCM); custo do ciclo
de vida (life cycle cost – LCC); análise do nível de integridade de segurança (safety integrity
level – SIL). (Ver também o Anexo D);

b) Investigar a(s) fonte(s) dos dados para assegurar que dados relevantes de qualidade suficiente
estejam disponíveis. As fontes abrangem informações técnicas e de inventário de
equipamentos, dados de eventos de RM e impactos associados à planta;

c) Definir as informações de taxonomia a serem incluídas na base de dados para cada unidade de
equipamentos (ver a Seção 8).

d) Identificar a data de instalação, a população e o(s) período(s) de operação dos equipamentos


a partir do(s) qual(is) os dados podem ser coletados.

e) Definir as fronteiras para cada classe de equipamentos, indicando quais dados de RM devem ser
coletados (ver a Seção 8).

f) Aplicar uma Definição uniforme de falha e um método de classificação de falhas (ver a Seção 9).

g) Aplicar uma Definição uniforme de manutenção de falha e um método de classificação de


manutenção de falhas (ver a Seção 9).

h) Definir os itens usados na verificação da qualidade dos dados (ver 7.1.3 e 7.1.9). No mínimo,
deve-se verificar o seguinte.
1) Se a origem dos dados está documentada e é rastreável.
2) Se os dados se originam de tipos de equipamentos, tecnologia e condições operacionais
semelhantes.
3) Se o equipamento é relevante para a finalidade a que se destina (por exemplo, se não são
modelos obsoletos).
4) Se os dados atendem às definições e regras de interpretação (por exemplo, Definição de
falha).
5) Se as falhas registradas situam-se dentro da fronteira dos equipamentos e do período de
observação.
6) Se as informações são consistentes (por exemplo, consistência entre modos de falha e
impacto da falha).
7) Se os dados são registrados no formato correto.

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8) Se são coletados dados suficientes para proporcionar confiança estatística aceitável, por
exemplo, se não são infl uenciados por valores atípicos. (Ver as recomendações para
cálculo de limites de confiança em C.3.2.).
9) Se o pessoal de operação e manutenção é consultado para validar os dados.
i) Definir um nível de prioridade para que os dados estejam completos através de um método
adequado. Um método para se ponderar a importância dos diferentes dados a serem coletados
consiste em usar três classes de importância conforme a classificação a seguir:
— ALTA dados compulsórios (cobertura ≈100 %);
— MÉDIA dados altamente desejáveis (cobertura > 75 %);
— BAIXA dados desejáveis (cobertura > 50 %).

j) Definir o nível de detalhe dos dados de RM registrados e coletados e associá-lo diretamente à


importância da segurança e produção do equipamento. Basear a Definição de prioridades nas
medidas de segurança, regularidade e/ou outras medidas de severidade.

k) Preparar um plano para o processo de coleta de dados (ver 7.2), por exemplo, cronogramas,
marcos, sequência de coleta de dados para instalações e unidades de equipamentos, períodos
de observação a serem abrangidos (ver 8.3.1) etc.

l) Planejar como os dados serão reunidos e registrados e elaborar um método para a


transferência de dados da fonte de dados para o banco de dados de confiabilidade por meio de
um método adequado (ver 7.2).

m) Treinar, motivar e organizar o pessoal de coleta de dados, como, por exemplo, interpretação
de fontes, conhecimento técnico de equipamentos, ferramentas de software, envolvimento do
pessoal de operação e especialistas de equipamentos, entendimento/experiência na aplicação
de análise de dados de RM etc. Deve-se garantir que o pessoal conheça profundamente o
equipamento, suas condições operacionais, esta Norma e os requisitos estabelecidos para a
qualidade dos dados.

n) Elaborar um planejamento para a garantia da qualidade do processo de coleta de dados e seus


documentos. Isso deve incluir, no mínimo, os procedimentos de controle de qualidade dos
dados e o registro e correção de desvios. Essa verificação da qualidade dos dados deve ser
documentada e pode variar, dependendo da coleta de dados ser para uma única planta ou
envolver várias instalações de empresas ou da indústria. No agrupamento de bases de dados
individuais, cada registro de dados deve possuir, obrigatoriamente, uma única identifi cação.

o) Recomenda-se que seja realizada uma análise de custo-benefício da coleta de dados, efetuando-
se um exercício-piloto antes da principal fase de coleta de dados ser iniciada, e que o plano
seja revisado, se necessário.

p) Rever as medidas de planejamento após usar o sistema por um certo período de tempo (ver
7.2.3).

7.1.3 Verificação da qualidade

Durante e após o exercício de coleta de dados, analisar os dados para verificar a consistência,
distribuições adequadas, códigos apropriados e interpretações corretas de acordo com as medidas
de planejamento (ver 7.1.2). Esse processo de Verificação da qualidade deve ser documentado e
pode variar, dependendo da coleta de dados ser para uma única planta ou envolver várias

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instalações de empresas ou da indústria. No agrupamento de bases de dados individuais, cada


registro de dados deve possuir, obrigatoriamente, uma única identificação.
Avaliar a qualidade dos dados sendo coletados o mais cedo possível no processo de coleta de dados,
de acordo com as medidas planejadas (ver 7.1.2). Um procedimento adequado é uma avaliação
pelo executante da coleta de dados, que deve dispor das diretrizes para as medidas de qualidade
nas quais ele deve se concentrar de acordo com as medidas de planejamento. O principal objetivo
dessa avaliação realizada o mais cedo possível é procurar por quaisquer problemas que possam
exigir que as medidas de planejamento sejam imediatamente revisadas para evitar a coleta de
dados inaceitáveis.
Os empregados, com a exceção daqueles que coletaram os dados, devem verificar a qualidade de
cada registro individual de dados e o padrão de confiabilidade geral refl etido pela soma de eventos
individuais conforme as medidas de planejamento (ver 7.1.2).

7.1.4 Limitações e problemas


Alguns dos problemas e limitações dos quais se deve estar ciente na obtenção de dados de
qualidade estão resumidos na Tabela 1.

Tabela 1 – Problemas e limitações e armazenamento

Questão Definição
Fonte Na fonte de dados pode haver falta de dados requeridos e as informações da fonte podem
estar espalhadas por vários sistemas diferentes (computadores, arquivos, livros,
desenhos). Recomenda-se que se avalie com cuidado esse aspecto nas medidas de
planejamento (ver 7.1.2) a fim de avaliar a qualidade dos dados, o método de coleta e o
custo.
Interpretação Em geral, os dados são compilados da fonte para um formato padronizado
(base de dados). Nesse processo, os dados da fonte podem ser interpretados
diferentemente por vários indivíduos. Definições, treinamentos e verificações de qualidade
adequadas podem reduzir esse problema (ver 7.1.2).
Formato de A fim de se limitar o tamanho da base de dados e facilitar a análise destes, informações
dados codifi cadas são preferíveis a um formato de texto livre; contudo, deve-se tomar cuidado
para assegurar que os códigos selecionados sejam apropriados para as informações
requeridas e deve-se estar ciente de que, embora os códigos reduzam o tamanho da base
de dados, algumas informações não são coletadas. Contudo, convém que se inclua o texto
livre, além dos códigos para descrever situações imprevistas ou pouco claras.
Método de A maioria dos dados necessários para essa categoria é, atualmente, armazenada em
coleta de sistemas computadorizados (por exemplo, CMMIS). Usando-se softwares e algoritmos de
dados conversão de última geração é possível transferir os dados entre diferentes bases de dados
de computadores de forma (semi) automatizada, proporcionando, desta forma, redução de
custos.
Competência A coleta de dados da forma manual “normal” pode tornar-se um exercício repetitivo e
e motivação tedioso. Dessa forma, deve-se tomar o cuidado de empregar pessoas com conhecimento
técnico suficiente para realizar esses serviços, evitando-se o uso de pessoal pouco
competente/experiente, pois a qualidade dos dados pode ser prejudicada. Devem-se
também encontrar medidas para estimular a equipe de coleta de dados de RM, como, por
exemplo, através do treinamento, realização de visitas à planta e envolvimento do pessoal
nas análises de dados e na aplicação de resultados. Outros exemplos são a
retroalimentação dos resultados da coleta de dados, o envolvimento em processos de
garantia de qualidade, campos de informações relevantes no CMMIS da instalação para
encorajar a qualidade do registro etc.

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7.2 Processo de coleta de dados

7.2.1 Fontes de dados

O sistema CMMIS da instalação constitui a principal fonte de dados de RM. A qualidade dos
dados que podem ser obtidos dessa fonte depende, em primeiro lugar, da forma como os dados
de RM são registrados. O registro de dados de RM conforme esta Norma deve ser possível no
sistema CMMIS da instalação, proporcionando assim uma base mais consistente e sólida para a
transferência de dados de RM para as bases de dados de RM de equipamentos. Outras
informações da fonte podem ser espalhadas através de diferentes sistemas (computadores,
arquivos, livros, desenhos), como, por exemplo, a retroalimentação de resultados da coleta de
dados, o envolvimento em processos de garantia de qualidade, o uso adequado ou inadequado
de campos de informações no sistema CMMIS da instalação para estimular a qualidade do
registro etc.

7.2.2 Métodos de coleta de dados

O processo típico de coleta de dados consiste na compilação de dados advindos de diferentes


fontes em uma base de dados em que o tipo e o formato dos dados são predefinidos. O método
mais comum é o seguinte:
a) Considerar todas as fontes de dados disponíveis e extrair os dados “brutos” de interesse para
um armazenamento intermediário. Se as informações estiverem contidas em uma base de
dados computadorizada, usar quaisquer métodos adequados para extrair as informações
relevantes, como, por exemplo, métodos de software especificos ou impressão de relatórios
com as informações desejadas.
b) Interpretar essas informações e traduzi-las para o tipo e formato desejados para a base de
dados final. Na maioria dos casos, isso é feito pela interpretação pessoal.
c) Transferir os dados da(s) fonte(s) para o banco de dados de confiabilidade usando qualquer
método adequado. Pode-se usar um software não comercial para transferir os dados de uma
base para outra com a conversão de “linguagem” desejada feita por algoritmos de software.
Isso, contudo, é viável apenas quando for possível definir um algoritmo de conversão
suficientemente robusto para efetuar uma conversão confiável. Tais métodos exigem um
esforço adicional de antemão e, dessa forma, são eficazes em termos de custo apenas para
grandes quantidades de dados ou para a coleta de dados repetitivos da mesma categoria.
Podem ser usados também pela manutenção na transferência dos dados de um sistema CMMIS
para outro.
d) Os métodos de coleta de dados causam um impacto significativo na análise de custo-
benefício e devem, portanto, ser cuidadosamente planejados e simulados antes do início do
principal processo de coleta de dados.

7.2.3 Organização e treinamento

A coleta de dados pode ser feita dentro da empresa usando-se fontes internas ou por meio de
empresas ou pessoas mais especializadas. Como os dados são, por natureza, “históricos”,
evidentemente leva algum tempo antes que se acumulem dados suficientes para se tirarem
conclusões válidas com base apenas nas estatísticas. A análise de custo-benefício para a coleta
de dados pode levar um certo tempo para tornar-se evidente, mas o rastreamento anual do
desempenho de equipamentos pode fornecer um histórico útil.
A coleta de dados pode exigir habilidades de várias categorias, tais como tecnologia da
informação, confiabilidade/estatística, manutenção, operação e coleta de dados. O profissional
designado deve estar familiarizado, em particular, com o conceito de coleta de dados e

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qualquer software especifico para a atividade de coleta de dados e, até um certo ponto, deve
conhecer os aspectos técnicos, operacionais e de manutenção do equipamento para o qual os
dados são coletados. É necessário um treinamento adequado do profissional designado nessas
questões para se obterem dados com qualidade. O pessoal que verifica a qualidade dos dados
deve ser diferente daquele que executa a coleta de dados. Os coletores de dados devem, como
pré-requisito, conhecer esta Norma e dar retorno conforme apropriado.
Antes do início da coleta de dados, é útil realizar um exercício-piloto para verificar a população
disponível, a qualidade das informações da fonte e a viabilidade dos métodos de coleta de
dados. Isso serve de modelo para o que se pode atingir dentro de um determinado prazo e
orçamento.
Um sistema para lidar com os desvios encontrados no processo de coleta de dados, tais como
definições ambíguas, falta de regras de interpretação, códigos inadequados etc., deve ser
estabelecido, e os problemas solucionados assim que possível. Corrigir dados distorcidos pode
ser uma tarefa complexa após a coleta de muitos dados.
Um exercício de coleta de dados também deve dar retorno (feedback) através do resumo e
avaliação de todas as lições de qualidade aprendidas durante o planejamento e execução dos
esforços de coleta de dados. As recomendações devem, em seguida, ser repassadas para o
pessoal relevante para uma melhoria nas definições, nos sistemas de manutenção (por
exemplo, sistemas CMMIS) e no processo e pessoal de coleta de dados.

8 Definições de fronteira, taxonomia e tempo para equipamentos

8.1 Descrição de fronteira

Uma descrição clara de fronteira é essencial para a coleta, consolidação e análise de dados de
RM provenientes de diferentes indústrias, plantas ou fontes. Ela também facilita a comunicação
entre os operadores e fabricantes de equipamentos. Caso contrário, a consolidação e análise
serão baseadas em dados incompatíveis.
Para cada classe de equipamentos, uma fronteira deve ser definirda indicando os dados de RM
a serem coletados. Para isso pode-se usar uma fi gura, uma definição de texto ou uma
combinação de ambas as coisas.
Um exemplo de um diagrama de fronteira é mostrado na Figura 2 e um exemplo de uma
definição para acompanhar o diagrama é apresentado a seguir:

EXEMPLO A fronteira se aplica tanto a bombas de serviços gerais como às de incêndio. As válvulas de entrada e
saída e o fi ltro de sucção não estão dentro da fronteira. Além disso, os acionadores da bomba, juntamente com
seus sistemas auxiliares, não estão incluídos. As unidades de acionamento são registradas como inventários
separados (motor elétrico, turbina a gás ou motor de combustão) e é importante que falhas no acionador, se
registradas, sejam registradas como parte das unidades de acionamento. Um número no inventário de uma bomba
faz referência ao inventário do acionador apropriado.

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Deve-se dar a devida atenção à localização dos elementos de instrumentação. No exemplo acima, os itens
de controle e monitoração centrais são tipicamente incluídos dentro da subunidade de “controle e
monitoração”, enquanto que a instrumentação individual (desarme/trip, alarme, controle) é tipicamente
incluída na subunidade apropriada, como, por exemplo, o sistema de lubrificação.

O diagrama de fronteira deve mostrar os principais itens de nível inferior e as interfaces com os
arredores. Uma descrição em texto adicional deve mencionar, em mais detalhes, quando
necessário para efeitos de clareza, o que deve ser considerado como estando dentro e fora das
fronteiras (ver o Exemplo associado à Figura 2). Ao se referenciar esta Norma, é essencial que
seja especificado qualquer desvio em relação às fronteiras aqui estabelecidas ou novas
fronteiras não estabelecidas por esta Norma.
Deve-se evitar a sobreposição das fronteiras entre as diferentes classes de equipamentos. Por
exemplo, na coleta de dados de instrumentos como unidades de equipamentos separadas,
deve-se evitar incluir os instrumentos já contidos também dentro das fronteiras de outras
unidades de equipamentos em que os dados estejam sendo coletados. Talvez seja difícil evitar a
sobreposição em alguns casos; contudo, tal(is) caso(s) deve(m) ser identifi cado(s) e tratado(s)
de maneira apropriada durante as análises de dados.
O Anexo A apresenta diagramas de fronteira recomendados para algumas unidades de
equipamentos selecionadas.

8.2 Taxonomia

A taxonomia é uma classificação sistemática de itens em grupos genéricos com base em fatores
possivelmente comuns a vários desses itens (localização, uso, subdivisão do equipamento etc.)
Uma classificação de dados relevantes a serem coletados conforme esta Norma é representada
por uma hierarquia, conforme mostrado na Figura 3. São fornecidas abaixo definições de cada
segmento, além de exemplos de diferentes setores da indústria e tipos de equipamentos,
conforme ilustrado na Tabela 2.

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Tabela 2 – Exemplos taxonômicos

Principal Nível Hierarquia Definição Exemplos


Categoria Taxonômico Taxonômica
Dados sobre 1 Indústria Tipo de Indústria Petróleo, gás natural, petroquímica
Uso / principal
Localização
2 Categoria de Tipo de negócio ou Upstream (exploração e produção),
Negócios segmento da cadeia midstream, downstream (refi no),
produtiva petroquímica
3 Categoria de Tipo de Instalação Produção de óleo/gás, transporte,
Instalação perfuração, GNL, refinaria, petroquímica
(ver Tabela A.1)
4 Categoria de Tipo de Planta / Unidade Plataforma, semissubmersível, unidade
Planta / de hidrocraqueamento, unidade de
Unidade craqueamento de etileno, unidade de
polietileno, planta de ácido acético,
planta de metanol (ver Tabela A.2)
5 Secção / Principal seção/sistema da Compressão, gás natural, liquefação,
Sistema planta gasóleo de vácuo, regeneração de

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Principal Nível Hierarquia Definição Exemplos


Categoria Taxonômico Taxonômica
metanol, seção de oxidação, sistema de
reação, seção de destilação, sistema de
carregamento de navio-tanque (ver
Tabela A.3)
Subdivisão do 6 Classe/unidade Classe de unidades de Trocador de calor, compressor,
Equipamento de equipamento equipamentos similares. tubulação, bomba, caldeira, turbina a
Cada classe de gás, agitador, forno, árvore de natal,
equipamento contém preventor de blow-out – BOP (ver Tabela
unidades de equipamentos A.4)
comparáveis (por exemplo:
compressores)
7 Subunidade Um subsistema necessário Subunidade de lubrificação,
ao funcionamento da subunidade de resfriamento,
unidade de equipamento controle e monitoração,
subunidade de aquecimento,
subunidade de peletização,
subunidade de resfriamento,
subunidade de têmpera,
subunidade de refrigeração,
subunidade de refl uxo,
subunidade de controle distribuído
8 Componente/ O grupo de partes da Resfriador, acoplamento, caixa de
Item manutenível unidade de equipamento engrenagem, bomba de óleo lubrifi cante,
(MI) a que são comumente malha de instrumentação, motor, válvula,
submetidas à manutenção fi ltro, sensor de pressão, sensor de
(reparadas/ restauradas) temperatura, circuito elétrico
como um todo
9 Parte b Uma única parte do Selo, tubo, casco, impelidor, junta, placa
equipamento de fi ltro, parafuso, porca, etc.
a - Para alguns tipos de equipamentos, pode não haver um MI; por exemplo, se a classe de equipamento for tubulação, pode não haver
MI, mas a parte poderia ser um “joelho”.

b - Embora esse nível possa ser útil em alguns casos, ele é considerado opcional nesta Norma.

Os níveis 1 a 5 representam uma categorização de alto nível que está relacionada às indústrias e
à aplicação na planta, quaisquer que sejam as unidades de equipamentos (ver nível 6)
envolvidas. Isso se deve ao fato de que uma unidade de equipamento (por exemplo, uma
bomba) pode ser usada em muitas indústrias e confi gurações de plantas diferentes e, para a
análise da confiabilidade de equipamentos similares, é necessário ter o contexto operacional. As
informações taxonômicas sobre esses níveis (1 a 5) devem ser incluídas na base de dados para
cada unidade de equipamento como “dados de uso/localização” (ver Tabela 2).

Os níveis 6 a 9 estão relacionados à unidade de equipamento (inventário) com a subdivisão em


níveis inferiores (indenture level) correspondentes a uma relação pai-filho. Esta Norma está
focada no nível da unidade de equipamento (nível 6) para a coleta de dados de RM e também,
indiretamente, nos itens das subdivisões inferiores, tais como subunidades e componentes. O
número de níveis de subdivisões para a coleta de dados de RM depende da complexidade da
unidade de equipamento e do uso dos dados. Um único instrumento pode não precisar de uma
subdivisão adicional, ao passo que para um compressor de grande porte, vários níveis podem
ser requeridos. Para dados usados nas análises de disponibilidade, a confiabilidade no nível da
unidade de equipamento pode ser o único dado necessário, enquanto que a análise de RCM e a
análise de causa-raiz podem requerer dados sobre o mecanismo de falha no nível do
componente/item manutenível ou partes. Esta Norma não aborda especificamente o nível 9.

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É necessário que os dados de RM sejam associados a um certo nível dentro da hierarquia


taxonômica a fim de serem significativos e comparáveis. Por exemplo, um modo de falha deve
estar associado à unidade de equipamento, enquanto que um mecanismo de falha deve estar
relacionado ao nível mais baixo atingível na hierarquia de itens. A Tabela 3 fornece orientação
sobre essa questão.

Tabela 3 – Parâmetros de confiabilidade e manutenção em relação a níveis de taxonomia

Nível Hierárquico (a)


Dados de RM registrados
4 5 6 7 8
Planta/Unidade Seção/Sistema Unidade de Subunidade Componente/
equipamento Item
manutenível
Impacto da falha na segurança Xb
Impacto da manutenção na segurança X
Impacto da falha nas operações X (X) c
Impacto da manutenção nas operações X (X)
Impacto da falha no equipamento X (X) (X)
Modo de falha (X) X (X) (X)
Mecanismo de falha (X) (X) X
Causa da falha (X) X
Método de detecção (X) X (X) (X)
Subunidade com falha X
Falha no componente/ item X
manutenível
Tempo fora de operação (down (X) X
time)
Tempo efetivo de manutenção X (X) (X)
a Ver Figura 3.
b X = default.
c (X) = possíveis alternativas.

8.3 Questões sobre tempos (timeline issues)

8.3.1 Período de observação e operação

O período de observação de um equipamento é tipicamente usado como o período de tempo


para a determinação de parâmetros de confiabilidade relacionados ao tempo, como, por
exemplo, MTBF, a vida do componente etc. Para muitas unidades de equipamentos, o período
de operação ou em serviço é inferior ao período de observação devido à manutenção,
equipamentos em reserva ou à operação intermitente (por exemplo, bombas de transferência
de tanques).
Quando o equipamento se encontra em um estado ocioso (idle) ou de redundância em carga
(hot standby), isto é, pronto para operação imediata quando ligado, considera-se que está
operando (ou em serviço) pelas definições nesta Norma. Os equipamentos em reserva, que
requeiram a realização de algumas atividades antes de estarem prontos para operação
(redundância passiva – cold standby), não são considerados em estado operacional. As várias
definições de períodos de tempo estão ilustradas na Tabela 4.
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Os dados também podem ser coletados para manutenção preventiva efetiva, quando se deseja
ter uma idéia geral do tempo fora de operação (down time) causado por todas as ações de
manutenção (ver a Tabela 4). Não são considerados relevantes para a coleta de dados os
períodos em que o equipamento é deliberadamente retirado de serviço durante um período de
tempo prolongado.
O período de observação também pode abranger vários estados na vida do item. Por exemplo,
no ambiente submarino, um equipamento pode estar instalado e funcional, como no caso de
uma barreira contra o vazamento de hidrocarbonetos do poço, porém o poço pode levar vários
meses até começar a produzir. As falhas podem ocorrer no equipamento durante essa fase,
requerendo-se que seja reparado com um possível atraso na partida. Da mesma forma, um
equipamento pode falhar durante uma parada programada da refi naria, que não é uma fase
de “produção”, novamente requerendo reparos e um possível atraso na partida.

Tabela 4 – Definições de tempos

Tempo total
Tempo não operacional planejado Tempo não operacional não
planejado
Manutenção Outras paradas planejadas Manutenção corretiva Outras paradas Tempo em operação Tempo
preventiva não planejadas Ocioso
Preparaç Manutenção Reserva Redundân Modifica Preparação Manutenção Parada, d Tempo Tempo de Em Redundân Ocioso
ão e/ou preventiva a cia passiva ção b e/ou atraso corretiva problemas/ de partida operação cia em (Idle)
atraso efetiva (item (Cold efetiva restrições parada (Rampup) carga (hot
sendo standby (item sendo operacionais (Rundo standby)
trabalhado) trabalhado) c etc. wn

Tempo Não Operacional (Down Time) Tempo Operacional (Up-Time)


a Significa que o item está disponível para operação, mas não é requerido por algum tempo. Não inclui itens considerados sobressalentes ou
itens retirados de serviço de um modo mais permanente.
b As modifi cações podem alterar as características de confiabilidade de um item e podem, portanto, requerer que a coleta de dados de
confiabilidade para o período de observação seja concluída antes da modifi cação e reiniciada com um novo período de observação após a
modifi cação.
c Inclui o diagnóstico de estado de falha, ação de reparo e teste (conforme necessário).
d A parada de maquinário (desarme e parada manual) está definirda em C.1.8.

8.3.2 Períodos de coleta de dados

Dependendo do uso e viabilidade, os dados podem ser registrados para toda a vida do
equipamento ou por intervalos de tempo mais curtos. Esse último caso é mais comum devido
ao custo e à obtenção de dados num prazo razoável. Conforme mostrado no Anexo C,
considera-se que a vida de muitos itens siga a chamada curva da “banheira”. Se forem
necessários apenas os dados de RM para a parte de operação estável (steady-state) de um
item, a coleta de dados deve iniciar-se após se considerar o término do período de mortalidade
infantil. A duração desse período pode variar entre diferentes categorias de equipamentos
desde nenhuma mortalidade infantil até vários meses. Os dados registrados durante o período
de operação estável (steady-state) frequentemente seguem, ou assume-se que seguem, uma
distribuição de vida exponencial (taxa de falha constante). Para alguns equipamentos, é
também útil e essencial coletar dados “desde o primeiro dia”, a fim de acumular experiência
em falhas de mortalidade infantil. Nesse caso, os dados coletados do que pode ser considerado
o período inicial, de mortalidade infantil, devem ser diferenciados dos dados coletados do
período subsequente, de operação estável (steady-state).
A extensão do período de coleta de dados deve ser balanceada em relação à taxa de falha
prevista, ao tamanho da população e ao acesso aos dados. Para equipamentos de alta
importância (equipamentos de segurança) e equipamentos que normalmente sofrem poucas
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falhas (equipamentos submarinos), é desejável um período de observação mais longo (por


exemplo, todo o histórico de vida). É até mesmo útil coletar dados para equipamentos sem
falhas durante o período de observação, porque, observando-se que não ocorreram falhas em
um determinado período, é possível estimar a taxa de falha “censurando-se” os dados. Devem
ser utilizados métodos de estatística para estimar a confiança dos dados (limites de confi ança
superiores/inferiores), conforme mostrado no Anexo C.
Embora o período de observação seja apenas um intervalo no tempo de calendário entre dois
tempos especificos e possa, portanto, ser definirdo com precisão, o tempo de operação nem
sempre é tão simples de se determinar. Para alguns equipamentos rotativos, o tempo de
operação é registrado em um contador e a sua leitura pode ser feita com precisão. Para outros
equipamentos, isso pode não ser verdadeiro. Dessa forma, muitas vezes é necessário estimar
o tempo de operação com base no conhecimento da equipe de operação e/ou manutenção.
Como a “verdadeira” taxa de falha de um item deve ser calculada com base na operação
propriamente dita, convém que se dê prioridade à coleta ou estimativa desse parâmetro.

8.3.3 Tempos de manutenção

Recomenda-se a coleta de dois principais tempos de calendário durante a manutenção, a


saber: tempo não operacional e tempo efetivo de manutenção. A diferença entre ambos está
ilustrada na Figura 4.

O tempo não operacional inclui o tempo de calendário desde o momento em que o


equipamento é parado para reparo até que seja religado para o serviço a que se destina após
ser testado.
O tempo efetivo de manutenção é o tempo de calendário durante o qual o serviço de
manutenção é de fato executado no item. Por essa definição, o tempo efetivo de manutenção
normalmente não pode ser superior ao tempo não operacional.
NOTA Excepcionalmente, o tempo efetivo de manutenção pode ser superior ao tempo não
operacional se a manutenção puder ser realizada com o equipamento em operação.

O tempo operacional necessário para a parada (run down) do equipamento antes do reparo e
para a partida (ramp up) após o reparo não é considerado parte do tempo não operacional
(down time).
NOTA Ver também as definições em 3.2 e 3.10.

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9 Dados recomendados para equipamentos, falhas e manutenção

9.1 Categorias de dados

Os dados de RM devem ser coletados de forma organizada e estruturada. As principais


categorias de dados para equipamentos, falhas e manutenção são as seguintes.

a) Dados de unidades de equipamentos (dados de inventário).

A descrição de uma unidade de equipamento (nível 6 na Figura 3) é caracterizada pelo


seguinte:
1) dados de classificação, como, por exemplo, indústria, planta, localização, sistema;
2) atributos de equipamentos, como, por exemplo, dados de fabricantes, características
de projeto;
3) dados de operação, como, por exemplo, modo operacional, potência de operação,
ambiente.

Tais categorias de dados devem ser gerais para todas as classes de equipamentos. Além disso,
são necessários alguns dados especificos para cada classe de equipamento (por exemplo, o
número de estágios de um compressor). Os dados recomendados para algumas classes de
equipamentos estão definirdos no Anexo A.

b) Dados de falha

Tais dados são caracterizados pelo seguinte:


1) dados de identificação, como, por exemplo, número do registro da falha e
equipamentos relacionados que falharam;
2) dados para caracterizar uma falha, como, por exemplo, data da falha, itens que
falharam, impacto da falha, modo de falha, causa da falha, método de detecção da
falha.

c) Dados de manutenção

Tais dados são caracterizados pelo seguinte:


1) dados de identifi cação, como, por exemplo, número do registro de manutenção,
registro da falha e/ou equipamento relacionado;
2) dados de manutenção, parâmetros que caracterizam uma ação de manutenção, como,
por exemplo, data da manutenção, categoria de manutenção, atividade de
manutenção, impacto da manutenção, itens manutenidos;
3) recursos de manutenção, homens-hora de manutenção por disciplina e total,
equipamentos/ recursos de utilidade aplicados;
4) tempos de manutenção, tempo efetivo de manutenção, tempo não operacional.

O tipo de falha e e os dados de manutenção devem normalmente ser comuns a todas as


classes de equipamentos, exceto quando é necessário coletar tipos especificos de dados, como,
por exemplo, para equipamentos submarinos.

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Eventos de manutenção corretiva devem ser registrados a fim de descrever a ação corretiva
após uma falha. Os registros de manutenção preventiva são necessários para reter o histórico
completo da vida de uma unidade de equipamento.

9.2 Formato de dados

Cada registro como, por exemplo, um evento de falha, deve ser identifi cado na base de dados
por uma série de atributos. Cada atributo descreve uma informação, como, por exemplo, o
modo de falha.
Recomenda-se que cada informação seja codifi cada sempre que possível. As vantagens desta
abordagem em relação ao texto livre são:
— facilitação de pesquisas e análise de dados,
— facilidade de entrada de dados,
— verificação de consistência efetuada na entrada, dispondo-se de listas de códigos
predefinidos,
— minimização do tamanho da base de dados e do tempo de resposta das pesquisas.

A variedade de códigos predefinidos deve ser otimizada. Uma pequena variedade de códigos é
muito genérica para ser útil. Uma grande variedade de códigos, por sua vez, proporciona uma
descrição mais precisa, mas diminui a rapidez do processo de entrada de dados e pode não ser
usada integralmente pelo coletor de dados. Os códigos selecionados devem, se possível, ser
mutuamente exclusivos.
A desvantagem de uma lista predefinida de códigos em relação ao texto livre é que algumas
informações detalhadas podem ser perdidas. Para todas as categorias mencionadas em 9.1 a),
b) e c), convém que se inclua texto livre adicional dando mais informações explicativas,
conforme a disponibilidade e a relevância, como, por exemplo, incluir a narrativa da ocorrência
que conduz a um evento de falha.
Isso ajudaria na Verificação da Qualidade das informações e no exame de registros simples
para extrair informações mais detalhadas.
São apresentados exemplos de códigos nos Anexos A e B para diferentes tipos de
equipamentos e dados de confiabilidade.

9.3 Estrutura de base de dados

9.3.1 Descrição

Os dados coletados devem ser organizados e associados em uma base de dados para
proporcionar acesso fácil para atualizações, pesquisas e análises. Há várias bases de dados
comerciais disponíveis que podem ser usadas como fundamentos básicos para o projeto de
uma base de dados de confiabilidade.
Dois aspectos da organização da estrutura de dados devem ser tratados conforme descrito em
9.3.2 e 9.3.3.

9.3.2 Estrutura lógica

A estrutura lógica define as ligações lógicas entre as principais categorias de dados na base de
dados.
Esse modelo representa uma visão orientada à aplicação da base de dados. O exemplo na
Figura 5 mostra uma estrutura hierárquica com registros de falha e manutenção associados ao
equipamento (inventário). Os registros que descrevem a manutenção preventiva (PM) estão
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associados à descrição do inventário em uma relação de “muitos para um”. A mesma situação
se aplica às falhas, que também têm registros de manutenção corretiva associados a cada
registro de falha. Cada registro (por exemplo, registro de falha) pode consistir em vários
atributos (por exemplo, data da falha, modo de falha etc.).

9.3.3 Arquitetura da base de dados

A arquitetura defi ne o projeto da base de dados quanto à maneira como os elementos de


dados individuais são interligados e tratados. As quatro categorias de modelos a seguir
geralmente estão disponíveis, classifi cadas em ordem de complexidade e versatilidade.
a) Modelo hierárquico: Campos de dados nos registros estão associados por uma relação
de “árvore de família”. Cada nível representa um atributo particular de dados.
b) Modelo de rede: É semelhante ao modelo hierárquico; contudo, cada atributo pode ter
mais de um “pai”.
c) Modelo relacional: O modelo é construído a partir de tabelas de elementos de dados,
que são chamados relações. Não é definirdo um trajeto de acesso de antemão; todos os
tipos de manipu lação dos dados em forma de tabela são possíveis. A maioria dos
projetos de bases de dados utiliza esse conceito.
d) Modelo de objeto: O software é considerado um conjunto de objetos, tendo cada um
deles (1) uma estrutura e (2) uma interface. A estrutura é fixada dentro de cada objeto,
enquanto que a interface é a parte visível que fornece o endereço de associação entre os
objetos. A modelagem de objeto possibilita que o projeto de base de dados seja muito
flexível, extensível, reutilizável e fácil de manter. Esse modelo tem sido aplicado em
novos conceitos de bases de dados.

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9.4 Dados de equipamentos

A classificação de equipamentos em parâmetros técnicos, operacionais e ambientais é a base


para a coleta de dados de RM. Essas informações também são necessárias para determinar se
os dados são adequados ou são válidos para várias aplicações. Alguns dados são comuns a
todas as classes de equipamentos e outros são especificos para uma determinada classe de
equipamentos.
Para garantir que os objetivos desta Norma sejam atendidos, deve-se coletar uma quantidade
mínima de dados. Tais dados são identifi cados por um asterisco (*) nas Tabelas 5, 6 e 8.
Contudo, o acréscimo de outras categorias de dados pode signifi cativamente melhorar a
usabilidade potencial dos dados de RM (ver o Anexo D).
A Tabela 5 contém os dados comuns a todas as classes de equipamentos. Além disso, devem
ser registrados alguns dados que são especificos para cada classe de equipamentos. O Anexo A
dá exemplos de tais dados para algumas classes de equipamentos. Nos exemplos no Anexo A,
as prioridades dos dados são sugeridas, mas podem variar conforme cada caso ou aplicação.

Tabela 5 – Dados de equipamentos comuns a todas as classes de equipamentos

Categori Nível Categoria de Negócio (exemplos)


a de Dados Taxonômic
o Upstream Midstream Downstream Petroquímica
Dados
(E&P) (Refino)
Indústria 1 Petróleo Gás natural Petróleo Petroquímica
Categoria de negócio (*) 2 E&P Midstream Refino Petroquímica
Categoria de instalação 3 Produção de Duto Refinaria Petroquímica
petróleo / gás
Código ou nome de instalação 3 Delta Gasoduto Beta Refinaria Charlie Química Delta
Atributos (*)
de uso/ Código ou nome do proprietário 4 Smith Ltd. Johnsen Inc. JPL Corp. ABC ASA
localização
3 Plataforma
Localização geográfica Continental do Europa Meio Oeste dos Reino Unido
Reino Unido EUA
Categoria da planta/unidade (*) 4 Plataforma de Estação de Unidade de Unidade de
petróleo/gás compressão hidrocraqueamento craqueamento de
etileno
Código ou nome da planta / 4 Alpha 1 CS3 HH2 EC1
unidade (*)
Seção/Sistema (ver o Anexo A) 5 Processamento de Compressão Reação Sistema de
(*) petróleo Reação
Categoria de operação 5 Controle remoto Controle remoto Com a presença Com a presença
do Operador do Operador
Classe de equipamento (ver o 6 Bomba Compressor Trocador de Aquecedor
Anexo A) (*)
Calor
Tipo de equipamento (ver o Anexo 6 Centrífuga Centrífugo Casco e Tubo Combustão
A) (*)
Atributos Identificação/Localização do
do equipamento (por exemplo, TAG) P101-A C1001 C-21
Equipamen 6 H-1
(*) b
to Descrição do equipamento Transferência Compressor Efluente do reator Aquecedor de
6
(nomenclatura) principal carga
Número exclusivo de 6 12345XL 10101 Cxy123 909090
identificação de equipamento b
Nome do fabricante (*) 6 Johnson Wiley Smith Anderson

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Categori Nível Categoria de Negócio (exemplos)


a de Dados Taxonômic
o Upstream Midstream Downstream Petroquímica
Dados
(E&P) (Refino)
Designação do modelo do 6 Mark I CO2 GTI SuperHeat A
fabricante
Dados de projeto relevantes para
cada classe de equipamento e
subunidade/ componente conforme Dados específicos Dados específicos Dados específicos Dados
aplicável, como, por exemplo. 6 do equipamento do equipamento do equipamento específicos do
capacidade, potência, velocidade, equipamento
pressão, redundância, norma(s)
relevante(s) (ver também o Anexo
A).
Estado/modo de operação 6 Em Operação Redundância em Intermitente Em Operação
normal (*) Carga
Data inicial de comissionamento 6  01.01.2003  01.01.2003  01.01.2003  01.01.2003
do equipamento

Data de início do serviço atual (*) 6  01.02.2003  01.02.2003  01.02.2003  01.02.2003


Operação Tempo de observação, h 6 8 950 8 000 5 400 26 900
(uso (calculado) (*)
normal)
Tempo operacional, h 6 3 460 100 5 200 4 950
Número de demandas durante o
período de observação conforme
6 340 2 N.A. N.A.
aplicável (inclui a ativação
operacional e de teste) (*)
Parâmetros operacionais Dados
relevantes para cada classe de Dados específicos Dados específicos Dados específicos específicos do
6
equipamento; por exemplo: do equipamento do equipamento do equipamento equipamento
condições ambientais, potência
operacional (ver o Anexo A)
Informações Informações adicionais em 6 especificar especificar especificar especificar
Adicionais texto livre conforme aplicável conforme conforme conforme conforme
necessário necessário necessário necessário
Fonte de dados, como, por especificar especificar especificar especificar
exemplo, P & ID, folha de 6 conforme conforme conforme conforme
dados, sistema de manutenção necessário necessário necessário necessário
a Ver as definições na Figura 3.
b O número de série é requerido para uma potencial mudança no nível do equipamento. O TAG identifi ca apenas a localização física do
equipamento na planta. Se o equipamento for substituído, por exemplo, por uma unidade revisada, o TAG permanece o mesmo, mas o
número de série é modifi cado.
(*) indica os dados mínimos que são requeridos para serem coletados.

9.5 Dados de falhas

Uma definição uniforme de falha e um método de classificação de falhas são essenciais quando
é necessário combinar os dados de diferentes fontes (plantas e operadores) em uma base de
dados comum de RM.

Um relatório comum para todas as classes de equipamentos deve ser usado para o registro de
dados de falha, conforme indicado na Tabela 6 (ver também Tabela 3). Para algumas classes
de equipamentos, tais como, por exemplo, equipamentos submarinos, podem ser necessárias
pequenas adaptações.

Os dados mínimos necessários para que sejam atendidos os objetivos desta Norma são identifi
cados por (*). Contudo, o acréscimo de outras categorias de dados pode signifi cativamente
melhorar o potencial de uso dos dados de RM; ver Anexo D.

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Tabela 6 – Dados de falhas

Categoria Dados a serem registrados Descrição


Registro de falha (*) Identificação única do registro de falha
Identificação Identifi cação/Localização da falha (*) Por exemplo: TAG (ver Tabela 5)
Data da falha (*) Data de detecção da falha (dia/mês/ano)
Modo de falha (*) Geralmente no nível da unidade de equipamento (nível 6)
(ver B.2.6) a
Impacto da falha na segurança da Geralmente nulo, parcial ou total
planta (por exemplo, pessoas, meio
ambiente, ativos) b

Dados de Impacto da falha nas operações da Geralmente nulo, parcial ou total


falha planta (por exemplo, produção,
perfuração, intervenção) b
Impacto da falha no funcionamento do Efeito sobre o funcionamento da unidade de equipamento
equipamento (*) (nível 6): falha crítica, degradada ou incipiente c
Mecanismo de falha Processos físicos, químicos ou outros que conduziram a
uma falha (ver Tabela B.2)
Causa da falha d As circunstâncias durante o projeto, fabricação ou uso que
conduziram a uma falha (ver Tabela B.3)
Subunidade que falhou Nome da subunidade que falhou (ver exemplos no Anexo A)
Componente/Item(ns) manutenível(is) Nome do(s) item(ns) manutenível(is) que falhou(falharam)
que falhou(falharam) (ver Anexo A)
Método de detecção Como a falha foi detectada (ver Tabela B.4)
Condição operacional na falha Em operação, partida, teste, ocioso (idle), reserva
Comentários Informações adicionais Dar mais detalhes, se disponíveis, sobre as circunstâncias
que conduziram à falha: falha de unidade redundantes,
causa(s) da falha etc.
a Para algumas categorias de equipamentos, tais como equipamentos submarinos, recomenda-se também registrar os modos de falha
nos níveis taxonômicos inferiores ao nível da unidade de equipamento.
b Ver o exemplo de Classificação de consequência de falha na Tabela B.2.
c Para algumas categorias e aplicações de equipamentos pode ser suficiente registrar apenas falhas críticas e não críticas
(degradadas e incipientes).
d A causa da falha e, às vezes, o mecanismo de falha, não são conhecidos quando os dados são coletados, pois normalmente eles
requerem que uma análise de causa-raiz seja realizada. Tal análise deve ser efetuada para falhas de alta consequência, alto custo
de reparo/tempo não operacional (downtime) ou falhas que ocorrem mais frequentemente do que se considera “normal” para essa
classe de unidade de equipamento (piores atores).
(*) indica os dados mínimos que devem ser coletados.

9.6 Dados de manutenção

9.6.1 Geral

A manutenção é executada pelas seguintes razões:


a) para corrigir uma falha (manutenção corretiva); a falha deve ser registrada conforme
descrito em 9.5;
b) como uma ação planejada, e normalmente periódica, para prevenir a ocorrência da falha
(manutenção preventiva).

Deve-se usar um relatório comum para todas as classes de equipamentos para o registro de
dados de manutenção. Os dados requeridos são mencionados na Tabela 8. Para algumas classes

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de equipamentos, pequenas adaptações podem ser necessárias (por exemplo, equipamentos


submarinos).
Os dados mínimos necessários para se atingirem os objetivos desta Norma são identificados por
(*).
Contudo, o acréscimo de outras categorias de dados pode signifi cativamente melhorar o potencial
de uso dos dados de RM; ver o Anexo D.

9.6.2 Categorias de manutenção

Existem duas categorias básicas de manutenção:


a) aquela realizada para corrigir um item após a falha (manutenção corretiva);
b) aquela realizada para impedir a falha de um item (manutenção preventiva); parte disso
pode ser simplesmente as verificações (inspeções, testes) para avaliar as condições do
equipamento e decidir se a manutenção preventiva é necessária ou não;

NOTA O termo “modificação” não é definirdo como uma categoria de manutenção, mas é uma tarefa muitas
vezes realizada pela organização de manutenção. Uma modifi cação pode infl uenciar a confiabilidade e
desempenho de um item.

A Figura 6 mostra as principais categorias de manutenção em maiores detalhes. A Tabela B.5


apresenta os principais tipos de atividades de manutenção normalmente executados.

9.6.3 Registro de dados de manutenção

9.6.3.1 Manutenção corretiva

Como condição mínima para o registro da confiabilidade de um item, é necessário que a


manutenção corretiva para corrigir uma falha seja registrada.

9.6.3.2 Manutenção preventiva

Recomenda-se que o registro da manutenção preventiva (PM) propriamente dita seja feito
essencialmente da mesma forma que para ações corretivas. Esse registro pode fornecer as
seguintes informações adicionais:
a) histórico completo da vida de um item (todas as falhas e manutenção);

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b) todos os recursos usados na manutenção (homens-hora, sobressalentes);


c) tempo total não operacional (downtime) e, assim, disponibilidade total do equipamento,
tanto de ordem técnica como operacional; ver o Anexo C;
d) balanço entre manutenção preventiva e corretiva.

O registro de ações de PM é útil principalmente para o engenheiro de manutenção, mas


também para o engenheiro de confiabilidade que deseja registrar ou estimar a disponibilidade
do equipamento.
Uma análise do tempo de vida leva em conta não apenas as falhas, como também as ações de
manutenção destinadas a colocar o item em uma condição de “tão bom quanto novo”. As PM
muitas vezes são realizadas em um nível de subdivisão (indenture level) mais alto (por
exemplo, “nível de pacote”); assim, pode não haver dados disponíveis que possam estar
relacionados com os itens no nível de subdivisão (indenture level) mais baixo (subunidade,
item manutenível). É necessário considerar essa restrição na definição, registro e análise dos
dados de PM.
Durante a execução de ações de PM, falhas iminentes podem ser descobertas e corrigidas como
parte das atividades de PM. Nesse caso, a(s) falha(s) deve(m) ser registrada(s) como qualquer
outra falha com a ação corretiva subsequente realizada, embora tenha sido inicialmente
considerada uma atividade do tipo PM. O método de detecção de falha deve, nesse caso, ser
considerado o tipo de PM sendo feita. Contudo, constata-se que algumas falhas, geralmente
menores, podem ser corrigidas como parte da PM, e não registradas individualmente. A prática
sob esse aspecto pode variar entre companhias e convém que seja tratada pelo(s) coletor(es)
de dados a fim de revelar o tipo possível e a quantidade de falhas sendo incluídas no programa
de PM.

9.6.3.3 Programa de manutenção preventiva

Uma opção final consiste em registrar o programa de PM planejada também. Nesse caso, é
possível registrar também as diferenças entre a PM planejada e a PM efetivamente executada
(backlog).
Um crescimento do backlog indica que o controle das condições da planta está sendo
comprometido e pode, em circunstâncias adversas, gerar danos ao equipamento, poluição ou
lesões pessoais.
A Tabela 7 mostra um resumo de dados a serem coletados e o possível valor agregado para
diferentes categorias de dados. O Anexo D contém uma análise mais detalhada dos requisitos
de dados para várias aplicações.

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Tabela 7 – Utilidade de dados de manutenção

Dados a serem Prioridade com Exemplos


coletados relação à coleta
de dados
• Tempo de reparo (MTTR)
Manutenção corretiva Requerida (ver
NOTA BRASILEIRA sigla correta é TTR.
Tabela 8)
• Quantidade de manutenção corretiva
• Estratégia de reposição/reparo
• Histórico de toda a vida do equipamento
Manutenção Recomendada • Todos os recursos usados na manutenção
preventiva efetiva • Tempo total não operacional
• Efeito da PM na taxa de falha
• Balanço entre manutenção corretiva e preventiva
Manutenção preventiva Opcional • Diferença entre a PM realizada e planejada
planejada (programa de (backlog)
manutenção) • Atualização de programa com base em
experiências (métodos, recursos, intervalos)

Tabela 8 – Dados de manutenção

Categoria Dados a serem registrados Descrição a


Registro de manutenção (*) Identifi cação única de manutenção
Identifi cação/localização do equipamento (*) Por exemplo: número de TAG (ver Tabela 5)
Identificação
Registro da falha (*) Registro de identifi cação de falha correspondente (não
relevante para manutenção preventiva)
Data de manutenção (*) Data em que a ação de manutenção foi realizada ou
planejada (data de início)
Categoria de manutenção (*) Categoria principal (corretiva, preventiva)
Prioridade de manutenção Prioridade alta, média ou baixa
Dados de Intervalo (planejado) Intervalo em tempo de calendário ou operacional (não
Manutenção relevante para manutenção corretiva)
Atividade de manutenção Descrição da atividade de manutenção,
ver a Tabela B.5
Impacto da manutenção sobre as operações Nulo, parcial ou total
da planta
Nome da subunidade submetida à manutenção (ver o
Subunidade submetida à manutenção Anexo A) b
(Pode ser omitido na manutenção preventiva)
Componente(s)/item(ns) manutenível(is) Especificar o componente/item(ns) manutenível(is) que
submetidos à manutencão foi(foram) submetido(s) à manutenção (ver Anexo A)
(Pode ser omitido na manutenção preventiva)
Localização de sobressalentes Disponibilidade de sobressalentes
(Por exemplo: local/distância, fabricante)
Homens-hora de manutenção, por disciplina c Homens-hora de manutenção por disciplina
(mecânica, elétrica, instrumentacão, outros)

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Categoria Dados a serem registrados Descrição a


Recursos de Total de homens-hora de manutenção Homens-hora de manutenção
manutenção
Recursos de equipamentos de manutenção c Por exemplo: embarcação de intervenção, guindaste
Duração do serviço de manutenção efetiva sendo
Tempos de Tempo de manutenção efetiva d (*) realizado no equipamento (ver também as definições na
manutenção Tabela 4)
Período de tempo durante o qual um item se encontra
Tempo não operacional (downtime) d (*) em um estado não operacional (down state) (ver
também a Tabela 4 e a Figura 4)
Causas de tempo não operacional prolongado, por
Atrasos/problemas de manutenção exemplo, logística, condições climáticas, andaime, falta
de sobressalentes, atraso da equipe de reparo
Comentários Informações adicionais Dar mais detalhes, se disponíveis, sobre a ação de
manutenção e recursos usados

a Registros a serem inseridos tanto para a manutenção preventiva quanto para a corretiva, exceto onde indicado.
b Para a manutenção corretiva, a subunidade submetida ao serviço de manutenção é normalmente idêntica àquela especificada no
relatório de evento de falha (ver a Tabela 6).
c Para equipamentos submarinos, aplica-se o seguinte:
— tipo de recursos principais e número de dias usados, por exemplo, sonda de perfuração, embarcação de mergulho, embarcação
de serviço;
— tipo de recurso(s) suplementar(es) e número de horas usadas, por exemplo, mergulhadores, ROV/ROT, pessoal de plataforma.
d Essas informações são desejáveis para análises de RAM e RCM. Atualmente são registradas com pouca frequência nos sistemas
de gereciamento de manutenção. É necessário melhorar o registro dessas informações para se obterem as razões de longos
períodos não operacionais.
(*) indica os dados mínimos que devem ser coletados.

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Anexo A
(informativo)

Atributos de classes de equipamentos

A.1 Notas informativas

A.1.1 Geral

O Anexo A apresenta exemplos de como os equipamentos típicos usados nas indústrias de


petróleo, petroquímica e gás natural podem ser categorizados quanto a seus dados de
taxonomia, de definição de fronteira e de inventário. Tais dados são informativos para cada
unidade de equipamento. Os dados normativos, como, por exemplo, modos de falhas, para os
exemplos de equipamentos são mostrados no Anexo B.
Aplicou-se uma abordagem padronizada para algumas das subunidades que são usadas na
maioria das classes de equipamentos (por exemplo, controle e monitoração, sistema de
lubrificação, sistema de resfriamento). O resultado que é o número total de tabelas requeridas
para descrever as diferentes categorias de dados e definições é reduzido e, ao mesmo tempo,
existe um número menor de definições e códigos customizados para cada unidade de
equipamento individual. Dessa forma, recomenda-se ao usuário aplicar essas categorias e
códigos aplicáveis aos equipamentos para os quais os dados estão sendo coletados. Os
equipamentos com um projeto exclusivo podem exigir uma categorização mais customizada,
em vez daquela mostrada nesses exemplos.
Nas tabelas que descrevem a “subdivisão da unidade de equipamento” para o equipamento,
recomendase também incluir o seguinte:
a) “Itens/Partes manuteníveis”, conforme necessário, como, por exemplo, para incluir a
instrumentação;
b) “Outros”, se “Itens/Partes manuteníveis” definirdos estiverem faltando;
c) Categoria “desconhecida”, caso não haja informações suficientes disponíveis.
As classes de prioridade estabelecidas neste Anexo são as seguintes: alta, média e baixa. Ao
interpretar ou avaliar o valor dessas classes, elas podem ser equacionadas para compulsória
(alta), altamente desejável (média) e desejável (baixa).

A.1.2 Definições de fronteira

O objetivo da definição de fronteira é garantir o entendimento de “subunidade/componente” e


“item/ parte manutenível/” incluídos dentro da fronteira de uma determinada unidade de
equipamento e, assim, os eventos de falha e manutenção a serem registrados. Para uma
definição de fronteiras, recomendam-se as seguintes regras.
a) Não incluir itens de projeto exclusivo ou dependentes de configuração. Incluir apenas os
itens considerados genéricos para a classe de equipamentos sendo considerada, a fim de
comparar “elementos comparáveis.”.
b) Excluir itens conectados da fronteira da classe de equipamentos, a menos que
especificamente incluídos pela especificação da fronteira. Convém que falhas que ocorrem
em uma conexão (por exemplo, vazamento), e que não podem estar exclusivamente
relacionadas ao item conectado, sejam incluídas na definição de fronteira.

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c) Se um acionador e a unidade acionada utilizarem uma subunidade em comum (por exemplo,


sistema de lubrificação), relacionar os eventos de falha e manutenção nessa subunidade, de
maneira geral, à unidade acionada.
d) Incluir instrumentação apenas quando esta exercer uma função de controle e/ou
monitoração específica para a unidade de equipamento em questão e/ou estiver localmente
montada na unidade de equipamento. Como regra, recomenda-se que a instrumentação de
controle e supervisão de uso mais geral (por exemplo, sistemas SCADA) não seja incluída.
São apresentados em A.2.2 a A.2.9 exemplos de diagramas de fronteira para diferentes classes
de equipamentos. Essa lista não é exaustiva para as categorias de equipamentos abrangidas
por esta Norma, mas inclui exemplos de como as taxonomias podem ser definirdas para
equipamentos típicos encontrados nas indústrias de petróleo, gás natural e petroquímica.

A.1.3 Dados comuns de equipamentos

Esta Norma recomenda alguns dados comuns de equipamentos que devem ser coletados para todas
as classes de equipamentos como mostrado na Tabela 5.
Além disso, alguns dados especificos de equipamentos para classes de equipamentos estão
apresentados nesse Anexo. Têm sido observado que esses dados são úteis ao se comparar o
desempenho, ou o benchmarking, do equipamento.
Convém que tais características de projeto específicas para cada classe de equipamento sejam
consideradas, dependendo do nível de detalhamento de categorização de equipamentos que o coletor
de dados deseja ou que é requerido. Para a atividade de coleta de dados é recomendada uma
avaliação comparativa (trade-off) entre o custo de obtenção dos dados, que muitas vezes pode ser alto,
e o valor destes em relação aos requisitos especificos de cada classe de equipamentos para as
análises desejadas. A acessibilidade dos dados na(s) fonte(s) também estabelece um limite quanto aos
dados que podem ser coletados. É indicada a importância de cada tipo de dado. O grau de importância
pode divergir entre diferentes usuários e aplicações.

A.1.4 Classificação e aplicação de equipamentos

As Tabelas A.1 a A.4 apresentam uma metodologia para o agrupamento de diferentes


exemplos de equipamentos e sua aplicação, conforme abrangidos por esta Norma. Tais listas
não pretendem ser exaustivas, e sim mostrar os principais tipos de classes e sistemas de
equipamentos e como eles podem ser agrupados em categorias. Convém que qualquer
categorização aplicada seja adequada para o uso e fi nalidade a que se destinam os dados que
estão sendo coletados (ver 7.1.2). As Tabelas A.1 a A.4 apresentam uma categorização relativa
aos níveis taxonômicos mostrados na Figura 3.
— A Tabela A.1 mostra uma recomendação para o agrupamento de equipamentos no nível de
instalação (nível 3 na hierarquia taxonômica).
— A Tabela A.2 apresenta uma recomendação de como os equipamentos podem ser
classificados no nível da planta/unidade (nível 4), conforme mostrado na Tabela 5.
— A Tabela A.3 mostra uma lista de seções/sistemas relevantes (nível 5) dentro das
indústrias de petróleo, gás natural e petroquímica onde os equipamentos abrangidos por
esta Norma podem ser utilizados. Recomenda-se que os sistemas onde os equipamentos
são aplicados sejam registrados nos dados gerais de equipamentos mostrados na Tabela 5
(categoria “Uso/Localização”).
— A Tabela A.4 relaciona exemplos típicos de unidades de equipamentos usadas na indústria
de petróleo, gás natural e petroquímica abrangidas por esta Norma (nível 6). A Tabela A.4
também indica as taxonomias de equipamentos que são ilustradas por exemplos, conforme
descrito em A.2.1. Os modos de falha associados para os mesmos exemplos de
equipamentos estão contidos em B.2.6.

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Na Classificação mostrada nas Tabelas A.1 a A.3, são usados os termos upstream, midstream,
downstream e petroquímica. A interpretação desses termos nesta Norma é a seguinte:
a) upstream: categoria de negócios da indústria do petróleo que envolve a exploração e
produção (por exemplo, instalação de produção de petróleo e gás no mar, sonda de
perfuração, embarcação de intervenção).
b) midstream: categoria de negócios que envolve os setores de processamento,
armazenamento e transporte (por exemplo, GNL, GLP e GTL; ver a Tabela A.1);
c) downstream: processo da cadeia de produção mais comumente usado na indústria do
petróleo para descrever processos após a produção (por exemplo, refi no, transporte e
comercialização de derivados de petróleo).
d) petroquímica: categoria de negócios que produz produtos petroquímicos, isto é, produtos
químicos derivados do petróleo e usados como carga para a fabricação de uma variedade
de plásticos e outros produtos afi ns (por exemplo, metanol, polipropileno).

Tabela A.1 – Categoria de instalação – Nível 3

Categoria de negócios
Upstream (E & P) Midstream Downstream (refino) Petroquímica
Instalação de produção de Unidade de gás natural Refinaria Complexo
petróleo/gás (marítima/ liquefeito (GNL) Processamento de petroquímico
terrestre) Unidade de gás liquefeito de gás Transporte
Processamento de gás petróleo (GLP) Duto Terminal
Sonda de perfuração Unidade de gás para líquidos
Transporte
Embarcação de (GTL)
intervenção Sistema combinado de geração Terminal
Terminal de calor e energia elétrica
Duto Terminal Armazenamento
Transporte (GNL, Óleo)
Duto

Tabela A.2 – Classificação do nível da planta/unidade – Nível 4

Categoria de negócios
Upstream (E & P) Midstream Downstream Petroquímica
(refino)
Plataforma marítima Estação de Processo Unidade de metanol
Unidade de produção terrestre compressão para dutos
Unidade flutuante de produção, Utilidade Unidade de etileno
armazenamento e transferência Estação de bombas
Unidade flutuante de perfuração, Unidade de ácido acético
para dutos Instalações offsite
produção, armazenamento e
transferência e de apoio Unidade de polietileno
Unidade de armazenamento flutuante
Torre complacente Unidade de polipropileno
Semissubmersível
Produção submarina Unidade de polivinilcloreto
Plataforma de pernas atirantadas
Plataforma autoelevatória (Jack-up)
Embarcação de intervenção e suporte
submarino (Subsea intervention and
support vessel – SISV)

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Tabela A.3 – Classificação da Seção/Sistemas – Nível 5

Categoria de negócios
Upstream (E & P) Midstream Downstream Petroquímica
(refino)
Processo – Geral Processo de GNL Processo – Geral Processo – Geral
Processo/tratamento de petróleo Remoção de CO2/H2S Craqueamento Hidrodessulfurização
Processo/tratamento de gás Desidratação/Odorização Destilação de petróleo cru Reforma a vapor de
Processo/tratamento de água Liquefação Desparafinação catalítica hidrogênio
Sistemas de exportação de Remoção de mercúrio Reforma catalítica Hidrotratamento
petróleo/condensado Fracionamento Desparafinação de
Isomerização
Sistemas de exportação de gás Refrigeração lubrificantes
Utilidades a Hidroacabamento de Unidade de hidrotramento
Armazenamento de GNL
Injeção de produtos químicos Carga/Descarga de GNL lubrificantes de querosene
Sistema de resfriamento Recuperação de gás de Tratamento Merox Unidade de
Sistema de queima de gases evaporação (Boil-off Hidrotratamento seletivo hidrotratamento de
Sistema de aquecimento gas – BOG) Retificação de águas nafta
Tratamento de água oleosa Vaporizadores ácidas Extração de fenol
Vapor Recondensamento Unidade de recuperação de Unidade de polimerização
Injeção de água enxofre Desasfaltização de
Metanol Utilidades de GNL Tratamento de gás residual solvente
Ar comprimido Gás combustível Destilação a vácuo
Desparafinação de
Energia elétrica principal b Sistema de resfriamento Viscorredução
solvente
Energia elétrica de emergência b Sistema de aquecimento
Energia elétrica essencial b Energia elétrica principal Utilidades Extração de solvente
Gás combustível Sistema de purga e alívio Vapor Vapor
Movimentação de materiais Armazenamento de Energia elétrica Craqueamento a vapor
HVAC refrigerante Ar de instrumento Reforma de metano a
Sistemas de água doce Medição fiscal Ar de utilidade vapor
Sistemas de segurança e Água de resfriamento Recuperação de enxofre
controle Nitrogênio Adoçamento
Parada de emergência/processo Parada de emergência Destilação a vácuo
Detecção de incêndio e gás Detecção de incêndio e Viscorredução
Sistemas de água de incêndio gás
Sistemas de combate a incêndio
Analisadores Utilidades
Controle de processo
Sistema de alto-falantes/alarme Vapor
Sistemas de prontidão de Energia elétrica
emergência Ar de instrumento
Instalações marítimas Ar de utilidade
Água de lastro Água de resfriamento
Elevação de água do mar Nitrogênio
Sistema de posicionamento Detecção de incêndio e
Meios de evacuação gás
Sistemas submarinos e de
Analisadores
poços
Fluido de completação Parada de emergência
Controle de manifold
Controle de manifold de múltiplos
poços
Controle de poços satélites
Serviços de limpeza em poços
Função combinada
a Estas seções/sistemas também podem ser aplicáveis a downstream e petroquímica, a menos que definido
especificamente para essas categorias.
b Inclui a geração e a distribuição de energia elétrica.

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Tabela A.4 – Classe de equipamentos – Nível 6

Categoria de Exemplo incluído


equipamentos Classe de equipamento – Nível 6 no Anexo A
Motores de combustão Sim
Compressores Sim
Geradores elétricos Sim
Motores elétricos Sim
Rotativos Turbinas a gás Sim
Bombas Sim
Turbinas a vapor Sim
Turboexpansores Sim
Sopradores e ventiladores Não
Expansores de líquido Não
Misturadores Não
Guindastes Sim
Trocadores de calor Sim
Fornos e caldeiras Sim
Vasos Sim
Tubulações Sim
Guinchos Sim

Mecânicos Cabeças de injeção Sim


Turrets Sim
Dutos Não
Tanques de armazenamento Não
Braços de carregamento Não
Filtros Não
Ejetores de vapor Não
Árvores de Natal convencionais – ANC (instalação de superfície Não
(topside/terrestre)
Sistema ininterrupto de energia (UPS) Sim
Transformadores de potência Sim
Elétricos Painéis e quadros de distribuição Não
Conversores de frequência Não
Cabos de força e terminações Não
Detectores de incêndio e gás Sim
Dispositivos de entrada Sim
Unidades de controle Sim
Segurança e Válvulas Sim
Controle
Bocais Sim

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Categoria de Exemplo incluído


equipamentos Classe de equipamento – Nível 6 no Anexo A
Equipamento de evacuação Não
Equipamentos de combate a incêndio Não
Equipamentos de gás inerte Não
Controle de produção submarina Sim
Árvores de Natal Sim
Risers Sim
Bombas submarinas Sim
Equipamento de processamento submarino Não
Produção Templates Não
Submarina
Manifolds Não
Dutos Não
Linhas de fluxo Não
Equipamento de isolamento submarino Não
Ferramentas de intervenção Não
Distribuição de energia elétrica Não
Preventor de blowout (BOP) a Sim
Top drive Sim
Torre de perfuração b Não
Guincho de perfuração Não
Bombas de lama Não
Perfuração Equipamento de tratamento de lama Não
Diverter Não
Choke manifold Não
Compensador de movimento da coluna Não
Compensador de riser Não
Equipamento de cimentação Não
Risers de perfuração e completação Não
Blocos de coroamento e catarina Não
Válvulas de segurança de poço Sim
Revestimento Sim
Completação Coluna de produção (tubing) Sim
de Poço Suspensores Não
(fundo de Obturadores (packers) Não
Poço)
Bombas elétricas submersíveis Não
Sensores de poço Não
Cabeças de poço Não
Tubo flexível, equipamento de superfície Não
Tubo flexível, BOP e sistemas de controle Não

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Categoria de Exemplo incluído


equipamentos Classe de equipamento – Nível 6 no Anexo A
Tubo flexível, outros equipamentos e sistemas de controle de pressão Não
Tubo flexível, coluna e composição de fundo mecânica Não
Tubo flexível, coluna e composição de fundo elétrica Não
Intervenção de Equipamento de superfície para wireline Não
Poço
BOP e sistemas de controle para wireline Não
Outros equipamentos e sistemas de controle de pressão para wireline Não
Cabo liso (slickline)/trançado e composição de fundo de poço (BHA) Não
para wireline
Cabo elétrico e composição de fundo de poço (BHA) para wireline Não
Equipamento de superfície para snubbing Não
BOP e sistemas de controle para snubbing Não
Outros equipamentos e sistemas de controle de pressão para Não
snubbing
Coluna de produção (tubing) e composições de fundo de poço (BHA) Não
para snubbing
Guinchos de âncora e equipamentos de ancoragem Não
Propulsores Não
Equipamento de posicionamento dinâmico Não
Marítimo Equipamento de reboque Não
Equipamento de elevação Não
Equipamento de descongelamento Não
Heliponto com equipamentos Não
Unidades de potência hidráulica (HPU) Não
Equipamento de suprimento de ar Não
Dessuperaquecedores Não
Utilidades c Equipamento de suprimento de nitrogênio Não
Fluidos de aquecimento/resfriamento Não
HVAC Não
a Preventor de blowout (BOP) submarino.
b Incluindo compensação de movimento vertical (heave).
c As utilidades podem estar associadas a um número de classes de equipamentos nesta Norma (por
exemplo, bombas, válvulas, instrumentação).

A.2 Dados específicos de equipamentos

A.2.1 Geral

Os exemplos de equipamentos, indicados por um “sim” na última coluna da Tabela A.4, são
apresentados em A.2.2 a A.2.8 e incluem uma descrição detalhada do seguinte:
— classificação do tipo de equipamento;
— definições de fronteira;

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— subdivisão em níveis inferiores de subdivisão;


— dados específicos de equipamentos.

Recomenda-se que essas informações sejam utilizadas para identifi car os dados necessários a
serem coletados para cada exemplo de equipamento apresentado e definir a estrutura para
uma base de dados para os elementos taxonômicos relevantes. Muitos dos parâmetros
recomendados podem ser comuns em muitas classes de equipamentos (por exemplo,
capacidade, velocidade rotacional).
Convém que os exemplos não sejam considerados exaustivos.
Exemplos de codifi cação de falha, tais como modos de falha, mecanismos de falha etc., são
apresentados no Anexo B. Para equipamentos de segurança, algumas definições específicas de
falhas encontram-se definidas no Anexo F.

A.2.2 Dados de equipamentos rotativos

A.2.2.1 Motores de combustão

Tabela A.5 – Classificação de tipo – Motores de combustão

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código
Motores de combustão — pistão (motores a diesel/gás) CE Motor a diesel DE
Motor Otto (gás) GE

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Tabela A.6 – Subdivisão de classes de equipamentos – Motores de combustão

Classe de
equipamento Motores de combustão
Nível 6
Subunidade/ Sistema de Unidade de Controle e Sistema de Sistema de Miscelânea
Componente partida motor de monitoração lubrificação resfriamento a
combustão
Item/Parte Energia de Entrada de ar Dispositivo de Reservatório Trocador de Casulo
manutenível partida Sistema de atuação calor
(bateria, ar) ignição Bomba Juntas do
Turboalimentad Unidade de Ventilador fl ange
Unidade de or controle Motor
partida Bombas de Motor
combustível Alimentação Filtro
Controle de Injetores elétrica interna Filtro
partida Filtros de Resfriador
combustível Monitoração Válvulas
Exaustor Válvulas
Cilindros Sensores b Tubulações
Pistões Tubulações
Eixo Válvulas Bomba
Mancal de Óleo
escora Fiação Sensor de
Mancal radial Sensor de controle de
Selos Tubulações controle de temperatura
Tubulações temperatura
Válvulas Selos
a Pode incluir sistemas resfriados a água ou a ar.
b especificar o tipo de sensor, como, por exemplo, de pressão, temperatura, nível etc.

Tabela A.7 – Dados específicos de equipamentos – Motores de combustão

Nome Descrição Lista de unidades ou Priorida


códigos de
Unidade acionada Unidade acionada (classe de equipamento, Especificar Alta
tipo e código de identificação)
Potência – projeto Potência nominal máxima (projeto) Quilowatt Alta
Potência – operação Especificar a potência aproximada na qual Quilowatt Alta
a unidade foi operada durante a maior
parte do período de observação
Velocidade Velocidade de projeto Revoluções por minuto Alta
Número de cilindros Especificar o número de cilindros Número inteiro Baixa
Configuração de Tipo Em linha, em V, horizontal Baixa
cilindro
Sistema de partida Tipo Elétrico, hidráulico, pneumático Média
Sistema de ignição Otto, diesel Ignição de compressão (diesel), Média
velas de ignição
Combustível Tipo Gás, óleo leve, óleo médio, óleo Baixa
pesado, dual
Tipo de filtragem de Tipo Texto livre Baixa
entrada de ar
Tipo de aspiração do Tipo de aspiração do motor Turbo, natural Baixa
motor

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A.2.2.2 Compressores

Classe de equipamento – Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código
Centrífugo CE
Alternativo RE
Compressor CO
Parafuso SC
Sopradores / Ventiladores BL
Axial AX

Figura A.2 – Definição de fronteira – Compressores

A Figura A.2 mostra a definição de fronteira para compressores. As válvulas de entrada e


saída, assim como o acionador do compressor com elementos auxiliares conectados, não estão
incluídos dentro da fronteira. As unidades de acionamento são registradas como inventários
separados (motor elétrico, turbina a gás ou motor de combustão) e recomenda-se que as falhas
no acionador, se registradas, sejam incluídas separadamente para o acionador. Um número no
inventário do compressor deve fazer referência ao inventário do acionador apropriado.

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A compressão é normalmente efetuada em estágios onde várias subunidades são conectadas


formando um trem.
Um trem de compressão é considerado um inventário. Cada trem de compressão pode ser
composto de até quatro estágios de compressão. Os trens de recompressão em uma plataforma
de petróleo off-shore normalmente realizam a compressão em quatro estágios. Cada estágio de
compressão é geralmente executado por uma unidade compressora (carcaça), mas em alguns
casos uma unidade compressora pode executar os dois estágios. Cada compressor (estágio)
normalmente contém vários impelidores que constituem o conjunto físico das lâminas rotativas
que aumentam a pressão em uma etapa na unidade compressora.
Se houver subunidades comuns ao acionador (por exemplo, uma turbina a gás) e à unidade
acionada (isto é, o compressor), elas serão consideradas parte da unidade acionada. Para
compressores com sistemas de óleo lubrifi cante e óleo de selagem em comum, recomenda-se
que as falhas sejam, de um modo geral, atribuídas à subunidade considerada a mais afetada.
Caso contrário, convém que a falha seja atribuída ao sistema de óleo lubrificante.

Tabela A.9 – Subdivisão de equipamentos – Compressores

Classe de Compressores
equipamento
Subunidade Transmissão Compressor Controle e Sistema de Sistema de Miscelânea
de força monitoração lubrificação selagem do eixo
Item/parte Caixa de Carcaça Dispositivo de Tanque de óleo Tanque de óleo Base
engrenagem Rotor com atuação com sistema com
passível de
/ variador de impelidores de aquecimento Tubulações,
manutenção Unidade de suporte de
velocidade Pistão de aquecimento
controle tubulação e
balanceamento Reservatório foles
Mancais Selos entre Cabos e caixas Bomba
estágios de junção Bomba Válvulas de
Acoplamento Motor controle
do lado do Mancal radial Alimentação Motor
acionador elétrica Válvulas de Válvulas de
Mancal de escora interna retenção Engrenagem isolamento
Acoplamento
Monitoração Válvulas de
do lado da Selagens do eixo Resfriadores Filtros retenção
unidade Sensores a
acionada Tubulações Filtros Válvulas Resfriadores
internas Válvulas
Lubrificação Tubulações Óleo de selagem Silenciadores
Válvulas Fiação
Selos Válvulas Selo de gás seco Ar de purga
Tubulações
Sistema antissurge
Sistema de
b Selos Óleo lubrificante Selo mecânico controle de
mancal
Pistão Scrubber magnético
Camisa do cilindro
Juntas do flange
Engaxetamento
a Tipo especifi co de sensor, por exemplo, pressão, temperatura, nível, etc.
b Incluindo reciclagem de válvula e controladores.

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Tabela A.10 – Dados específicos de equipamentos – Compressores

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Tipo de acionador Unidade de acionamento (classe de Especificar Alta
equipamento, tipo e código de
identificação)
Gás manuseado Massa molar média (densidade × 28,96) Gramas por mol Média
Pressão de sucção Projeto – primeiro estágio Pascal (bar) Média
Pressão de sucção Operacional – primeiro estágio Pascal (bar) Baixa
Pressão de descarga Projeto – último estágio Pascal (bar) Alta
Pressão de descarga Operacional – último estágio Pascal (bar) Média
Vazão Projeto Metros cúbicos por hora Alta
Vazão De operação Metros cúbicos por hora Baixa
Temperatura de descarga Projeto Graus Celsius Média
Temperatura de descarga De operação Graus Celsius Baixa
Potência Potência de projeto Quilowatt Alta
Utilização Percentual de utilização em Percentual Média
comparação com projeto
Altura politrópica - Quilojoules por quilograma Baixa
Número de carcaças Número de carcaças no trem Número inteiro Alta
Número de estágios Número de estágios de compressores Número inteiro Média
(não impelidores) nesse trem
Tipo de corpo Tipo Carcaça bipartida vertical (tipo barril), Baixa
carcaça bipartida axial
Selagem do eixo Tipo Mecânica, a óleo, dry gaspacked, Baixa
dry gland, labirinto, combinada
Resfriamento intermediário Especificar se há resfriamento Sim/não Média
(intercooler) instalado instalado
Sistema de selagem Separado, combinado, seco Separado, combinado, seco Alta
do eixo etc.
Mancal radial Tipo Antifricção, de deslizamento Baixa
magnético
Mancal de escora especificar como relevante no campo de Antifricção, de deslizamento, Baixa
comentários se qualquer regulador de magnético
pressão estiver instalado
Velocidade Velocidade de projeto Revoluções por minuto Baixa
Acoplamento Tipo Rígido, flexível, hidráulico, Baixa
desconectável

Apenas compressores alternativos


Confi guração do cilindro - Em linha , oposto, V, W Baixa
Orientação do cilindro - Horizontal, vertical, inclinada Baixa
Princípio de funcionamento - Ação simples, ação dupla Baixa
Tipo de engaxetamento - Lubrificado, seco Baixa

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A.2.2.3 Geradores elétricos

Tabela A.11 – Classificação de tipo – Geradores elétricos

Classe de equipamento – Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código
Acionado por turbina a gás TD
Acionado por turbina a vapor SD
Gerador Elétrico EG
Turboexpansor TE
Acionado por motor, como, por MD
exemplo, motor a diesel, motor a gás

Tabela A.12 – Subdivisão de equipamentos – Geradores elétricos

Unidade de Geradores elétricos


equipamento
Subunidade Transmissão Gerador elétrico Controle e Sistema de Sistema de Miscelânea
de força monitoração a lubrificação resfriamento
Itens Caixa de Estator Dispositivo de Reservatório Trocador de Casulo
manuteníveis engrenagem atuação calor
Rotor Unidade de Bomba Ar de purga
Mancal radial controle (por Ventilador
Mancal radial exemplo: Motor
Mancal de regulador de Motor
escora Mancal de tensão Filtro
escora automático) Filtro
Selos Alimentação Resfriador
Excitatriz elétrica Válvulas
Lubrificação interna Válvulas
Cabeamento e Monitoração Tubulações
Acoplamento ao caixas de Sensores b Tubulações
acionador junção Válvulas Bomba
Acoplamento à Fiação Óleo
unidade Tubulações
acionada Selos
a O regulador de tensão automático (automatic voltage regulator – AVR) é um elemento incluído em “Controle”. A supervisão de
temperatura e vibração é um elementos inserido em “Monitoração”.

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b Especificar o tipo de sensor como, por exemplo, pressão, temperatura, nível etc.

Tabela A.13 – Dados específicos de equipamentos –Geradores elétricos

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Tipo de acionador Classe, tipo e código de identificação Especificar Alta
do equipamento
Acoplamento Especificar (rígido, flexível, etc.) Rigido, flexível, hidráulico, Baixa
desconexo
Velocidade Síncrona Revoluções por minuto Média
Frequência Frequência de projeto Hertz Baixa
Tensão Tensão de projeto Quilovolts Alta
Potência - projeto Potência de projeto Quilovolts Alta
Fator de potência cos ϕ Número Baixa
Controle de excitação Tipo Automático, manual Média
Tipo de excitação Sem escovas/anéis coletores Sem escovas/anéis coletores Média
Grau de proteção Classe de proteção conforme a IP Baixa
ABNT NBR IEC 60529
Classe de isolamento – Classe de isolamento conforme a Y, A, E, B, F, H Média
estator IEC 60034-1
Elevação da temperatura – Elevação da temperatura Y, A, E, B, F, H Baixa
estator conforme a IEC 60034-1
Classe de isolamento – rotor Classe de isolamento Y, A, E, B, F, H Média
conforme a IEC 60034-1
Elevação da temperatura – Elevação da temperatura Y, A, E, B, F, H Média
rotor conforme a IEC 60034-1
Mancal radial Tipo Antifricção, de deslizamento, Baixa
magnético
Mancal de escora Tipo Antifricção, de deslizamento, Baixa
magnético
lubrificação de mancais Tipo de lubrificação do mancal Graxa, banho de óleo, óleo Baixa
pressurizado, anel de óleo
Resfriamento do Tipo Ar/ar, ar/água, aberto ventilado Baixa
gerador

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A.2.2.4 Motores elétricos

Tabela A.14 – Classificação de tipo – Motores elétricos

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código
Motor Elétrico EM Corrente Alternada CA
Corrente Contínua CC

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Tabela A.15 – Subdivisão do equipamento – Motores elétricos

Unidade de Motores elétricos


equipamento
Subunidade Motor elétrico Controle e Sistema de Sistema de Miscelânea
monitoração a lubrificação resfriamento
Itens Estator Dispositivo de Reservatório Trocador de calor Casulo
manuteníveis atuação
Rotor Unidade de Bomba Filtro
controle
Excitatriz Alimentação Motor Válvulas
elétrica interna
Mancal radial Monitoração Filtro Tubulações
Sensores b
Mancal de escora Válvulas Resfriador Bomba
Fiação Válvulas
Tubulações Tubulações Motor
Selos Óleo Ventilador
a Normalmente, não existe um sistema de controle adicional para motores. Para motores de classe Ex(p) (pressurizados),
a pressão interna é monitorada. A temperatura pode ser monitorada em motores de grande porte.
b especificar o tipo de sensor como, por exemplo. pressão, temperatura, nível etc.

Tabela A.16 – Dados específicos de equipamentos – Motores elétricos

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Tipo de unidade acionada Classe, tipo e código de identificação Especificar Alta
do equipamento
Potência – projeto Potência máxima (projeto) Quilowatt Média
Potência – operação Especificar a potência aproximada Quilowatt Baixa
em que a unidade foi operada
durante a maior parte do período de
observação
Variador de velocidade Especificar se instalado ou não Sim / Não Baixa
Rotação Rotação de projeto Revoluções por minuto Média
Tensão Tensão de projeto Volts Média
Tipo de motor Tipo Indução, comutador (c.c.), síncrono Média
Classe de isolamento – Classe de isolamento conforme a Y, A, E, B, F, H Média
estator IEC 60034-1
Elevação de Elevação de temperatura conforme a Y, A, E, B, F, H Baixa
temperatura – estator IEC 60034-1
Classe de isolamento Classe de isolamento conforme a Y, A, E, B, F, H Média
– rotor a IEC 60034-1
Elevação de Elevação de temperatura conforme a Y, A, E, B, F, H Média
temperatura – rotor a IEC 60034-1
Grau de proteção Classe de proteção conforme a Especificar Média
ABNT NBR IEC 60529

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Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Tipo de proteção Ex Categoria de classificação de por exemplo, Ex(d), Ex(e) Alta
explosão como, por exemplo, Ex(d),
Ex(e) b
a Não relevante para motores de indução.
b Ver a IEC 60079 (todas as partes).

A.2.2.5 Turbinas a gás

Tabela A.17 – Classificação de tipo – Turbinas a gás

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código
Turbina a Gás GT Industrial IN
Aeroderivada AD

NOTA - Este desenho de fronteira mostra um arranjo típico frequentemente usado para acionamento mecânico
ou geração de energia elétrica. Contudo, as turbinas a gás podem ser confi guradas de diferentes formas com
relação ao arranjo físico de alguns subsistemas. O compressor e a turbina podem ser mecanicamente acoplados,
do tipo turbina a gás com um eixo. Outras alternativas são quando uma ou mais partes da turbina são
desconectadas mecanicamente (turbina a gás do tipo multiestágio).

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Tabela A.18 – Subdivisão de equipamentos – Turbinas a gás

Unidade de Turbinas a Gás


equipamento
Subunidade Sistema de Tomada de Ar Sistema de Compressor Turbina de Controle e
Partida Combustão Potência Monitoração
(turbina de alta)
HP
Itens Motor de Resfriamento do Ar Combustor Rotor Rotor Unidade de
Partida Estator Controle
Manuteníveis
Anticongelante Bicos de Sistema de Estator
Combustível Sensores a
Controle de Resfriamento
Partida Filtros Selos Sistema VGV Carcaça Fios
Válvula anti-
Tubulações Dutos de Entrada surge Mancal Radial Dispositivos de
Sistema de atuação
Filtros Palhetas de Purga Mancal de
Entrada auxiliaresVálvu Escora Monitoração
Válvulas la anti-
Válvvulas
congelante Selos
Bombas Carcaça Alimentação
Mancal Radial Válvulas Elétrica
Fonte de Mancal de Interna
Energia de Escora Tubulações
Partida (por Selos Selos
exemplo Tubulações
bateria, ar)

Unidade de Turbinas a Gás (continua)


equipamento
Subunidade Sistema de Sistema de Injeção de Proteção Acionamento Exaustão Miscelânea
Lubrificação Comuustível Água / Vapor contra de Acessórios
b incêndio /
gás
Itens Aquecedor Controle de Bombas Unidade de Caixa de Difusor Invólucro
Manutenívei Reservatórios Combustív Controle Engrenagem Coletro de
s Bombas el Tubulações Exaustão Casulo
Motor Tubulações Tubos Mancal Compensador
Filtro Válvulas Válvulas / Fole Ar de Purga
Controles de Selos Válvulas Selos Dutos
Temperatur Bombas Filtros Monitoração Juntas de
a Compressor Sensores Carcaça de Emissão Flange
Válvulas es de Gás Selos Silenciadores
Tubulações Filtros Fios Mancal de Ventilador
Resfriador de Separadores Fios Escora
Óleo Fios Tanques / Válvulas Sistema de
Óleo Medição das Armazena Unidade de lavagem
Sensores propriedad mento recuperação com água
Fios es do de calor
Combustív residual
el

A Especificar o tipo de sensor, como, por exemplo, pressão, temperatura, nível, etc.
B Relevante apenas para turbinas a gás com controle de redução de NOx com vapor ou água.

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Tabela A.19 – Dados específicos de equipamentos – Turbinas a gás

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Tipo de unidade acionada Características do subsistema Acionador do gerador, Alta
acionado acionador mecânico,
auxiliares, outros
Potência – projeto Potência ISO Quilowatt Alta
Potência – operação Especifi car a potência Quilowatt Média
aproximada em que a unidade
foi operada durante a maior
parte do período de observação
Perfil operacional Perfil de utilização Carga-base, carga de pico, backup de Alta
divisão de carga, emergência/ reserva
De-rating Especificar se a condição de Sim / Não Média
de-rating é permanente ou não
Rotação Rotação de projeto (eixo de Revoluções por minuto Média
potência)
Número de eixos Especificar o número 1, 2, 3 Média
Sistema de partida Especificar o principal sistema Elétrico, hidráulico, pneumático Alta
de partida
Sistema de Especificar se relevante Elétrico, hidráulico, pneumático Baixa
partida de backup
Combustível Tipo de combustível Gás, óleo leve, óleo médio, óleo pesado, Média
dual
Redução de NOx Tipo de controle de redução Vapor, água, seco (por exemplo, Alta
emissão baixa seca), nenhum (por
exemplo, combustor anular único)
Tipo de filtragem Tipo Texto livre Baixa
de entrada de ar

A.2.2.6 Bombas

Tabela A.20 – Classificação de tipos – Bombas

Classe de equipamento – Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código
Centrífuga CE
Bombas PU Alternativa RE
otativa RO

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Tabela A.21 – Subdivisão de equipamentos – Bombas

Unidade de Bombas
equipamento
Subunidade Transmissão de Unidades de Controle e Sistema de Miscelânea
força bomba monitoração lubrificação
Itens Caixa de Suporte Dispositivo de Reservatório Ar de purga
manuteníveis engrenagens/ Carcaça atuação
variador de Impelidor Unidade de Bomba Sistema de
frequência Eixo controle resfriamento/aque-
Mancal radial Motor cimento
Mancal Mancal de escora Alimentação
Selos elétrica Filtro Separador de
Selos Válvulas interna ciclone
Tubulações Resfriador
Acoplamento ao Monitoração Amortecedor de
acionador Revestimento do Sensores a Válvulas pulsação
cilindro Válvulas
Acoplamento à Fiação Tubulações Juntas do flange
unidade Pistão Tubulações Óleo
acionada Diafragma Selos Selos
a Especifi car o tipo de sensor como, por exemplo, pressão, temperatura, nível etc.

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Tabela A.22 – Dados específicos do equipamento – Bombas

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Tipo de acionador Classe, tipo e código de Especificar Alta
identificação do equipamento
Fluido manuseado Tipo Óleo, gás, condensado, água doce, vapor, água do Alta
mar, petróleo cru, água oleosa, gás do queimador, gás
combustível, água/glicol, metanol, nitrogênio, produtos
químicos, combinado com hidrocarbonetos, gás/óleo,
gás/condensado, óleo/ água, gás/óleo/água, GNL
Fluido corrosivo/erosivo Classificar conforme mostrado Benigno, moderado, severo Média
na nota de rodapé a
Aplicação – bomba Onde aplicada Booster, suprimento, injeção, transferência, Média
elevação, dosagem, dispersão
Bomba – projeto Característica de projeto Axial, radial, composta, diafragma, êmbolo, Média
pistão, parafuso, palheta, engrenagem, lóbulo
Potência – projeto Potência de projeto/nominal da Quilowatt Alta
bomba
Utilização da Capacidade operacional/de Percentual Média
capacidade projeto normal
Pressão de sucção – Pressão de projeto Pascal (bar) Média
projeto
Pressão de descarga – Pressão de projeto Pascal (bar) Alta
projeto
Velocidade Velocidade de projeto Revoluções por minuto ou pulsações (strokes) Média
por minuto
Número de estágios Centrífuga: número de Número Baixa
impelidores (em todos os
estágios)
Alternativa: número de cilindros
Rotativa: número de rotores
Tipo de corpo Barril, carcaça bipartida etc. Barril, carcaça bipartida, carcaça axial, cartucho Baixa
Orientação do eixo - Horizontal, vertical Baixa
Selagem do eixo Tipo Mecânica, selagem a óleo, gás seco, packed, Baixa
gland, selo seco, labirinto, combinada
Tipo de transmissão Tipo Direta, engrenagem, integral Baixa
Acoplamento Acoplamento Fixo, flexível, hidráulico, magnético, Baixa
desconectável
Meio ambiente Instalação submersa ou seca - Média
Resfriamento da bomba Especificar se um sistema de Sim / Não Baixa
resfriamento separado estiver
instalado
Mancal radial Tipo Antifricção, deslizamento, magnético Baixa
Mancal de escora Tipo Antifricção, deslizamento, magnético Baixa
Suporte do mancal Tipo Em balanço, entre mancais, carcaça da bomba, Baixa
luva bipartida
a Benigno (fl uidos limpos, como, por exemplo, ar, água, nitrogênio).
Moderadamente corrosivo/erosivo (petróleo/gás não definirdos como severos, água do mar, ocasionalmente partículas)
Severamente corrosivo/erosivo [gás ácido/petróleo (alto teor de H2S), alto teor de CO2, alto teor de areia].

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A.2.2.7 Turbinas a vapor

Tabela A.23 – Classificação de tipo – Turbinas a vapor

Classe de equipamento – Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código
Múltiplos estágios MS
Turbina a Vapor ST Estágio simples SS

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Tabela A.24 – Subdivisão de equipamentos – Turbinas a vapor

Unidade de Turbinas a Vapor


equipamento
Subunidade Turbina Condensador Sistema de Sistema de Controle e Miscelânea
regulagem lubrificação monitoração
Itens Tubulações Condensador Filtro Resfriador Dispositivo de Sistema de
Manuteníveis Mancal radial Filtro atuação manivela
Rotor Bomba de Bomba Óleo Unidade de
Selos regulagem Bomba com controle Casulo
Estator/carcaça selagem de Alimentação
Bomba a óleo elétrica interna
Válvulas de vácuo Monitoração
regulagem de Tubulações Sensores a
vapor Bomba Válvulas
Motor Fiação
Mancais de Reservatório Tubulação
escora Válvulas Selos
a Especificar o tipo de sensor como, por exemplo, pressão, temperatura, nível etc.

Tabela A.25 — Dados específicos do equipamento — Turbinas a vapor

Nome Descrição Lista de unidade ou código Prioridade

Unidade acionada Classe, tipo e código de identificação do Compressor, guindaste, gerador, Alta
equipamento bomba, guindaste, etc.
Potência – projeto potência ISO Quilowatt Alta
Potência – operação Especificar a potência aproximada em que aQuilowatt Média
unidade foi operada durante a maior parte
do tempo de observação.
Velocidade Velocidade de projeto (eixo de potência) Revoluções por minuto Média
Número de eixos Especificar número Número Média
Sistema de regulagem Especificar tipo Eletrônico, hidráulico Média
Sistema reserva de partida Especificar se relevante Elétrico, hidráulico, pneumático Baixa

Combustível Tipo de combustível Gás, óleo leve, óleo médio, óleo Média
pesado, duplo
Tipo de filtragem de entrada Tipo Texto livre Baixa
de ar

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A.2.2.8 Turboexpansores

Tabela A.26 — Classificação de tipo — Turboexpansores

Classe de equipamentos Tipo de equipamento


Nível 6
Descrição Código Descrição Código

Turboexpansor TE Centrífugo CE

Axial AX

Figura A.8 – Definição de fronteira – Turboexpansores

NOTA As unidades acionadas, excluindo-se os recompressores (por exemplo, bombas e geradores), também
estão fora da fronteira.

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Tabela A.27 — Subdivisão de equipamentos — Turboexpansores

Equipamento Turboexpansores
Subunida Turbina expansora Controle e Sistema de Sistema de Miscelânea
de monitoração lubrificação vedação do eixo

Itens Rotor Dispositivo de Reservatório Equipamento de Outros


passíveis c/impelidores atuação gás de vedação
de Unidade de Bomba
Palhetas de Gás de vedação
manutenç entrada controle Motor
ão Carcaça Alimentação
elétrica interna Filtro
Mancal radial
Mancal de Monitoração Resfriador
escora Sensores a
Válvulas
Selos Válvulas Fiação
Filtro de entrada Tubulação
Válvulas Tubulação
Tubulações Óleo
Selos
a Especificar o tipo de sensor, e.g. pressão, temperatura, nível, etc.

Tabela A.28 — Dados específicos de equipamentos — Turboexpansores

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Tipo de unidade Classe, tipo e código de identificação do Especificar Alta


acionada equipamento
Potência – projeto Potência de saída de projeto máxima Quilowatt Alta
Potência – operação Especificar a potência aproximada em que a Quilowatt Baixa
unidade foi operada durante a maior parte
do tempo de observação.
Velocidade Velocidade de projeto Revoluções por minuto Média
Fluxo de entrada Fluxo de entrada de projeto, turbina Quilogramas por hora Média
Temperatura de Temperatura de entrada de projeto, turbina Graus Celsius Média
entrada
Pressão de entrada Pressão de entrada de projeto, turbina Pascal (bar) Média
Gás manuseado Massa molar média Gramas por mole Baixa
(densidade  28,96)
Corrosividade/ Especificar conforme mostrado na nota de Benigna, moderada, severa Média
erosividade do gás rodapé a
Tipo de projeto Tipo Centrífuga, axial Média
Número de estágios Número de estágios (em série) Número Baixa
Tipo carcaça bipartida Tipo Horizontal/vertical Baixa
Selagem do eixo Tipo Mecânica, óleo, selo, gás seco, packed, Baixa
gland, selo seco, labirinto, combinada
Turbina de controle de Tipo Bocais variáveis, válvulas de grupo de Baixa
fluxo bocais, válvula de regulagem, entrada fixa

Mancal radial Tipo Anti-fricção, journal, magnético Baixa


Mancal de escora Tipo Anti-fricção, journal, magnético Baixa

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a Benigno (gás limpo e seco).


Moderadamente corrosivo/erosivo (algumas partículas ou gotículas, uma certa corrosividade).
Corrosividade/erosividade severa (gás ácido, alto teor de CO2, alto teor de partículas).

A.2.3 Equipamentos Mecânicos

A.2.3.1 Guindastes

Tabela A.29 — Classificação de tipo — Guindastes


Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código


Guindastes CR Operação eletro-hidráulica HO

Operação diesel hidráulica DO

Legenda
1 fronteira
2 base do guindaste (pista de giro)
a Alimentação elétrica.
Sinal de comunicação entrada/saída.

NOTA Este desenho de fronteira ilustra um tipo de guindaste comumente usado offshore. Existem várias outras
categorias, viz. traversing cranes, gantry cranes etc. É necessário adaptar a taxonomia para estas categorias a cada
categoria.

Figura A.9 – Definição de fronteira – Guindastes

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Tabela A.30 — Subdivisão de equipamentos — Guindastes

Equipamento Guindastes
Subunidade Estrutura do Sistema de Sistema de Sistema de Sistema de Controle e Diversos
guindaste lança içamento balanço alimentação elétrica
monitoração

Itens Cavalete Lança Guincho de Rolamento/ Bombas PC/PLS Outros


passíveis Cabine do içamento hidráulicas Válvulas de
Apoio de lança mancal de
de operador Roldanas de Motor elétrico controle
manutenç Cilindro giro
hidráulico içamento Motor a diesel Sistema
ão Casa das
Guincho de Gancho Slew ring ininterrupto
máquinas Válvulas
amatilho Slew motor de energia
Cabo de proporcionais
Cabo de Slew pinion (UPS)
Pedestal içamento Tanque hidráulico
movimenta-ção Amplificadores
de lança Amortecedor Filtros hidráulicos
Estrutura do Joysticks
Roldanas de Óleo hidráulico
guindaste movimentação Indicador de
de lança carga
Cilindro de
parada da
lança

Tabela A.31 — Dados específicos do equipamento — Guindastes


Nome Descrição Lista da Unidade ou Código Prioridade
Tipo de acionador Unidade de acionamento (classe, tipo e Especificar Alta
código de identificação do equipamento)

Altura máxima geral Especificar Metros Baixa


Comprimento da lança principal Especificar Metros Média
Altura do A frame Especificar Metros Baixa
Lança, ângulo mínimo Especificar Graus Baixa
Lança, ângulo máximo Especificar Graus Baixa
Tipo de mancal de giro Especificar cônico, rolamento Alta
Fluido de operação hidráulica Tipo de fluido hidráulico A base de óleo, a base de Baixa
produto sintético, a base de água
Pressão de operação hidráulica Especificar Pascal (bar) Baixa
Peso unitário total Especificar Toneladas métricas Média
Peso total da lança Especificar Toneladas métricas Baixa
Carga de trabalho segura (SWL) Carga de trabalho segura do guindaste Toneladas métricas Alta
Balanço de operação máximo Faixa de giro (total) Graus Média
Momento máximo Momento máx. do guindaste Tonelada·metro Alta
Velocidade de içamento 1 Na carga máx. Metros por segundo Média
Velocidade de içamento 2 Sem carga Metros por segundo Baixa
Velocidade de giro 1 Na carga máxima Graus por segundo Média
Velocidade de giro 2 Sem carga Graus por segundo Baixa
Guindaste tipo WHIP Instalado ou não Sim/Não Baixa
Sistema de compensação de Instalado ou não Sim/Não Baixa
arfagem
Sistema de proteção de Instalado ou não Sim / Não Alta
sobrecarga automático
(Automatic overload protection
system - AOPS)
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Nome Descrição Lista da Unidade ou Código Prioridade


Sistema de proteção contra Instalado ou não Sim / Não Alta
sobrecarga manual (Manual
overload protection system
MOPS)
Tensão constante Instalado ou não Sim / Não Baixa

A.2.3.2 Trocadores de calor

NOTA Os trocadores de calor incluem resfriadores, condensadores e revaporizadores etc.

Tabela A.32 – Classificação de tipo – Trocadores de calor

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de Equipamento

Descrição Código Descrição Código

Trocador de calor HE Casco e tubo ST


Placa P
Placa aletada (Plate fin) PF
Tubo duplo DP
Baioneta BY
Circuito impresso PC
Resfriado a ar AC
Espiral S
Espiralado SW

Tabela A.33 — Subdivisão do equipamento — Trocadores de calor

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Unidade de Trocadores de calor


Equipamento
Subunidade Externo Interno Controle e monitoração Diversos

a
Itens passíveis de Suporte Corpo/casco Corpo/ Dispositivo de atuação Ventilador
manutenção
Válvulas casco Unidade de controle Motor

Tubulações Tubos Alimentação interna elétrica

Placas Monitoração Sensores b

Selos (juntas) Válvulas


Fiação
Tubulações
Selos

a Aplicável apenas a trocadores de calor resfriados a ar.


b Especificar o tipo de sensor como, por exemplo, pressão, temperatura, nível, etc.

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Tabela A.34 — Dados específicos do equipamento — Trocadores de calor


Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Fluido, lado quente Tipo de fluido Óleo, gás, condensado, água doce, vapor, água do Alta
mar, petróleo cru, água oleosa, gás do queimador,
água/glicol, metanol, nitrogênio, produtos
químicos, hidrocarbonetos, ar
Fluido, lado frio Tipo de fluido Óleo, gás, condensado, água doce, vapor, água do Alta
mar, petróleo cru, água oleosa, gás do queimador,
água/glicol, metanol, nitrogênio, produtos
químicos, hidrocarbonetos, ar
Transferência de calor Valor de projeto Quilowatt Médio
nominal
Área de transferência — Metros quadrados Médio
de calor

Utilização Transferência de calor Percentual Médio


usado/ nominal

Pressão, lado quente Pressão de projeto Pascal (bar) Média


Pressão, lado frio Pressão de projeto Pascal (bar) Média
Queda de temperatura, Operacional Graus Celsius Baixa
lado quente
Aumento da Operacional Graus Celsius Baixa
temperatura, lado frio
Tamanho – diâmetro Externo Milímetros Média
Tamanho – Externo Metros Média
comprimento
Número de tubos/placas — Número Baixa
Material do tubo/placa Especificar tipo de Texto livre Média
material nos tubos/
placas

A.2.3.3 Fornos e caldeiras

A.2.3.3.1 Definições de fronteiras para fornos e caldeiras

A definição de fronteiras se aplica a fornos e caldeiras de combustão de hidrocarbonetos. O


arranjo físico de fornos e caldeiras pode variar consideravelmente; contudo, todos aplicam o
mesmo princípio, fornecendo energia para aquecer ou ferver um fluido. A energia pode ser
fornecida através da combustão de hidrocarbonetos, através do fornecimento de um fluido
de alta temperatura (por exemplo, vapor) ou por eletricidade.

Os componentes de fornos e caldeiras podem variar significativamente em termos de


projeto, mas tipicamente incluem um vaso/casco no qual é realizado o processo de
aquecimento. Para fornos e caldeiras de combustão de hidrocarbonetos, é incluído um
dispositivo de queima e um sistema de exaustão. Ao contrário da maioria das caldeiras, os
fornos contém um tube coil através do qual o fluido sendo aquecido escoa.

Para fornos e caldeiras de combustão de hidrocarbonetos, a válvula de controle de


combustível situa-se dentro do limite do equipamento, enquanto que o equipamento de
condicionamento de combustível (e.g. lavadores) e válvulas ESD/PSD situam-se fora da
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fronteira.

As válvulas de entrada, saída, alívio de pressão e drenagem são especificamente excluídas.


As válvulas e instrumentos incluídos são aqueles montados no local e/ou que formam uma
fronteira de pressão (por exemplo: válvulas de bloqueio, válvulas de calibração,
indicadores/medidores locais).

Tabela A.35 — Classificação de tipo — Fornos e caldeiras

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Fornos de combustão direta DF


Forno elétrico EH

Forno de combustão de HC indireto IF


Fornos e caldeiras HB HT
Tratador de forno

Caldeira não de combustão de HC NF


Caldeira elétrica EB
Caldeira de combustão de HC FB

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Tabela A.36 — Subdivisão de equipamentos — Fornos e caldeiras

Unidade de Aquecedores e
Equipamento caldeiras (refervedores)

Subunidade Coluna Externos Internos Controle e monitoração Diversos

Itens passíveis Corpo/casco Corpo/casco Corpo/casco Dispositivo de atuação Ventilador


de manutenção Queimador
Engaxetamento Tubulações Unidade de controle Outros
Tubo
Bobina de refluxo/ Suporte radiante Alimentação elétrica interna
condensador
Monitoração Sensores a
Válvulas Chaminé de
Válvulas
exaustão
Fiação
Tube coil Tubulações
Selos
Suporte
a Especificar o tipo de sensor como, por exemplo, pressão, temperatura, nível, etc.

Tabela A.37 — Dados específicos do equipamento — Fornos e caldeiras

Nome Descrição Lista de unidades e códigos Prioridade

Fonte de energia Tipo de energia de Eletricidade, gás de exaustão, gás Alta


aquecimento combustível, óleo quente, combustível
líquido, vapor
Meio aquecido/fervido Tipo de fluido sendo MEG, TEG, fluido de aquecimento a base Alta
aquecido/fervido de HC, água, água/TEG

Transferência de calor nominal Valor de projeto Quilowatt Alta


Temperatura de entrada Valor de projeto Graus Celsius Média
Temperatura de saída Valor de projeto Graus Celsius Média
Tamanho – diâmetro Especificar Milímetros Média
Tamanho – comprimento Especificar Metros Média
Número de tubos Especificar Número Média
Material do tubo Especificar Especificar Baixa
Configuração do tube coil Especificar Helicoidal, horizontal, passo simples, Baixa
espiral, passe bipartido, vertical
Tipo de engaxetamento — Especificar Alta
Tipo de forno Combustão direta apenas Caixa, cabine, cilíndrico Baixa
Número de queimadores — Número Baixa

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A.2.3.4 Vasos
NOTA Os vasos incluem separadores, lavadores, ciclones, etc.

Tabela A.38 — Classificação do tipo— Vasos

Classe de equipamentos — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código


Retificador - Stripper SP
Separador SE
Vaso VE Coalescedor CA
Tambor de evaporação FD
Lavador SB
Contactor CO
Tambor de carga SD
Hidrociclone HY
Slug catcher SC

Adsorvedor AD
Secador DR
Lançador/ Recebedor de pig - Pig trap PT
Coluna de destilação DC
Saturador SA
Reator RE
Desaerador DA

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Tabela A.39 — Subdivisão de equipamentos — Vasos

Equipamento Vasos
Subunidade Itens externos Itens internos Controle e Diversos
monitoração
Itens passíveis de Suporte Corpo/casco Dispositivo de atuação Outros
manutenção
Corpo/Casco Pratos, bandejas, Unidade de controle
palhetas, reforços (pads)
Válvulas Alimentação elétrica
Bocal interna
Tubulações
Sistema de retenção de Monitoração
areia
Sensores a
Forno
Válvulas
Proteção contra corrosão
Fiação
Distribuidor
Tubulação
Serpentina
Selos

a Especificar o tipo de sensor, como, por exemplo, pressão, temperatura, nível, etc.

Tabela A.40 — Dados específicos do equipamento — Vasos

Nome Descrição Lista de unidade ou códigos Prioridade


Fluido(s) Fluido principal Óleo, gás, condensado, água doce, vapor, Alta
água do mar, petróleo, água oleosa, gás do
queimador, gás combustível, água/glicol,
metanol, nitrogênio, produtos químicos,
produtos combinados com hidrocarbonetos,
gás/óleo, gás/condensado, óleo/água,
gás/óleo/água
Pressão – de projeto Pressão de projeto Pascal (bar) Alta
Temperatura – de projeto Temperatura de projeto Graus Celsius Baixa
Pressão – de operação Pressão de operação Pascal (bar) Média
Temperatura – de operação Temperatura de operação Graus Celsius Baixa
Tamanho – diâmetro Externo Milímetros Média
Tamanho – comprimento Externo Metros Média
Material do corpo Especificar tipo ou código Texto livre Baixa
Orientação — Horizontal/vertical Baixa
Número de ramais Apenas conexões Número Baixa
pressurizadas
Internos Princípio de projeto Defletores, bandejas, grade, demister, Baixa
serpentina, difusor (diverter), desarenador,
combinado

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A.2.3.5 Tubulações

Tabela A.41 — Classificação de tipo — Tubulações

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Tubulações PI Aços carbonos CA

Aços inoxidáveis ST
Aços de baixa liga de alta resistência LO

Titânio TI
Polímeros incluindo os reforçados com fibra PO

Tabela A.42 — Subdivisão de equipamentos — Tubulações


Unidade de Tubulações
equipamento
Subunidade Tubulações Válvula a Controle e Diversos
monitoração

Itens passíveis Elemento de fixação/ Corpo da válvula Dispositivo de atuação Suporte do tubo
de manutenção parafusos Unidade de controle
Conexão Selos da válvula Alimentação elétrica Outros

Atuador interna
Flange Monitoração Sensores
Header Revestimento Castelo Acessórios Válvulas
Fiação
Elemento do tubo Tubulações
Bujão Selos

a Deve-se indicar se a(s) válvula(s) é (são) registradas como (a) unidade(s) de equipamento(s) separada(s) na base de dados (ver
também A.2.5.4).
b Especificar o tipo de sensor como, por exemplo, pressão, temperatura, nível, etc.

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Tabela A.43 — Dados específicos do equipamento — Tubulações

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Diâmetro Diâmetro externo Milímetros Alta


Espessura da parede Especificar Milímetros Média
Comprimento Comprimento total Metros Alta
Pressão de projeto Pressão máxima admissível Pascal (bar) Alta
Fluido manuseado Tipo óleo, gás, condensado, água doce, vapor água Alta
do mar, petróleo cru, água oleosa, gás do
queimador, gás combustível, água/glicol,
metanol, nitrogênio,
produtos químicos, hidrocarbonetos combinados,
petróleo/óleo, ás/condensado, óleo/água,
gás/óleo/água
Fluido corrosivo/erosivo Classificar conforme Benigno, moderado, severo Média
mostrado na nota de rodapé a

Material da tubulação Especificar Aço carbono, aço inox, tipo de liga, material Média
composto, titânio etc.
Isolada Especificar Sim / Não Baixa
Número de válvulas Número de válvulas Número Média
instaladas na seção de
tubulação considerada
Tipo de válvulas Especificar a categoria da PSV, ESD, HIPPS, manual, etc. Baixa
válvula

Número de flanges Especificar Número Baixa


a Benigna (fluidos limpos, e.g. ar, água, nitrogênio).

Moderadamente corrosivo/erosivo (óleo/gás não definido como severo, água do mar, e, ocasionalmente, partículas).

Severamente corrosivo/erosivo [gás/petróleo (alto teor de H2S), alto teor de CO2, alto teor de areia].

A.2.3.6 Guinchos

Tabela A.44 — Classificação de tipo — Guinchos

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Guinchos WI Guincho elétrico EW

Guincho hidráulico HW

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Tabela A.45 — Subdivisão de equipamentos — Guinchos


Equipamento Guinchos
Subunidade Guincho Transmissão de Controle e monitoração Diversos
força

Itens passíveis de Mancal Mancal Dispositivo de atuação Casulo (Hood)


manutenção
Corrente Acoplamento Unidade de controle Outros

Tambor Engrenagem Alimentação elétrica interna


Monitoração Sensores a
Lubrificação Eixo
Válvulas
Carretel
Fiação
Pastilha para freio
Tubulação
Bobina
Selos
Estrutura
Compensação de
tensionamento e
movimento
Cabo de aço
a Especificar o tipo de sensor como, por exemplo, pressão, temperatura, nível, etc.

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Tabela A.46 — Dados específicos do equipamento — Guinchos

Nome Descrição Lista da unidade ou código Prioridade

Tipo de acionador Classe, tipo e código do Especificar Alta


equipamento
Tipo de cabo/corrente Tipo de cabo de içamento Cabo, corrente, corda, umbilical, Alta
arame
Potência máxima Potência de entrada máxima – Quilowatt Alta
projeto
Capacidade máxima Capacidade de carga máx. Toneladas métricas Média
Capacidade do tambor Capacidade máxima do tambor Metros Baixa
Diâmetro do tambor — Metros Baixa
Diâmetro do cabo Espessura do cabo/linha Milímetros Baixa
Velocidade – de projeto Velocidade máxima de Revoluções por minuto Alta
operação
Tipo de transmissão Tipo Direta, engrenagem, integral Baixa
Acoplamento Tipo Desconexão, fixo, flexível, wBaixa
Baixa
hidráulico
Lubrificação dos mancais Tipo Especificar Baixa
Mancal radial Tipo Antifricção, deslizamento, Baixa
magnético
Número de tambores Número Número Baixa
Dispositivo de enrolamento Conforme aplicável Sim/Não Baixa
Sistema de tensionamento Conforme aplicável Sim/Não Baixa
constante
Sistema de compensação de Conforme aplicável Sim/Não Baixa
arfagem
Regeneração de energia Conforme aplicável Sim/Não Baixa
Controle remoto Conforme aplicável Sim/Não Baixa

A.2.3.7 Turrets (torretes)

Tabela A.47 — Classificação de taxonomia — Turrets

Classe de equipamento— Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Turrets TU Turrets desconectáveis DT


Turrets permanentes PT

A.2.3.7.1 Definições de limites para turrets


A.2.3.7.1.1 O limite do turret desconectável é definido conforme segue:

a) interfaces entre o casco do navio e o turret ou bóia;


b) as linhas de ancoragem e âncoras até o leito do mar estão dentro da fronteira;
c) interface entre o turret e compartimento do turret (a fronteira inclui a terminação do
riser);
d) tubulações e válvulas do manifold entre a terminação do riser e a cabeça de injeção ou
corrente arrastada fora da fronteira;

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e) equipamentos de controle e monitoração excluídos da fronteira.

A definição da fronteira para turrets permanentes se concentra nas estruturas marítimas e


sistemas de turrets dedicados.

A.2.3.7.1.2 A fronteira do turret permanente é definida conforme segue.

a) A interface entre o casco do navio e o diâmetro externo do turret define a fronteira entre
a estrutura do navio e a torre.
b) As linhas de ancoragem e âncoras até o leito do mar estão incluídos dentro da fronteira.
c) A interface entre o turret e o compartimento do turret define a fronteira superior da torre.
d) A terminação do riser e do umbilical encontra-se dentro da fronteira do equipamento.
e) Os risers se encontram fora da fronteira (abrangidos como uma classe separada de
equipamentos).

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Tabela A.48 — Subdivisão de equipamentos — Turrets


Equipamento Torres
Subunidade Torre Amarração Terminação do Sistemas de utilidade
riser e umbilical
Itens passíveis de Mancal de rolamento Âncora Trava do restritor de Sistema de lastro
manutenção Mancal de deslizamento curvatura
Bóia a Sistema de porão
Mancal de roda Boça de corrente
Estrutura Corrente (hang-off) Sistema de travamento
de bóia/navio a
Cabo sintético
Sistema de rotação e Sistema de energia
travamento Conexão à estrutura elétrica
Guincho
Pull-in a
Arame
Ventilação
a Relevante apenas para torres desconectáveis.

Tabela A.49 — Dados específicos de equipamentos — Turrets


Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Aplicação Principal uso Carregamento externo, produção/injeção Alta


externa, carregamento interno,
produção/injeção interna
Localização do turret Onde instalada na Proa, popa, atrás do alojamento Alta
(torrete) embarcação

Transmissão de fluido Método de transferência de Arrasta-corrente (dragged chain), jumper, Alta


fluido swivel

Sistema de rotação — Ativo, passivo Alta


Terminação do riser Tipo Flangeado, conexão rápida, desconexão Alta
rápida, soldado
Número de risers — Número Alta
Número de umbilicais — Número Alta
Número de linhas de — Número Alta
ancoragem
Altura de onda Peso significativo – valor de Metros Média
projeto
Deslocamento da — Toneladas métricas Média
embarcação

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A.2.3.8 Cabeças de injeção (swivel)

Tabela A.50 — Classificação do tipo — Cabeças de Injeção (swivel)

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Cabeças de injeção (swivel) SW Axial AX

Toroidal TO
Elétrico / sinal ES

Tabela A.51 — Subdivisão de equipamentos — Cabeças de Injeção


Unidade de Cabeças de injeção
Equipamento
Subunidade Cabeça de injeção Diversos
Itens passíveis de Selos dinâmicos Tensionadores
manutenção Mancal Itens comuns
Sistema de barreira líquida
Dispositivos de fixação (incluindo conexões estruturais
e de pressão)

Carcaça
Escovas a
a Apenas para torneis elétricos.

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Tabela A.52 — Dados específicos de equipamentos — Cabeças de injeção (swivel)


Nome Descrição Lista de unidade ou código Prioridade

Número de trajetos Para swivel elétrico e de sinais Número Alta


o número de caminhos (paths)
é definido como o número de
serviços
Pressão de projeto — Pascal (bar) Média
Temperatura de projeto — Graus Celsius Baixa

Invólucro Tipo de invólucro Compartimento fechado, Média


naturalmente ventilado
Corrosividade do fluidoTipo de serviço Serviço doce, serviço ácido Média
produzido

Produção de areia Produção de areia medida ou estimada Gramas por metro cúbico Baixa
Energia elétrica Apenas swivel elétrico a Quilowatt Média
Tensão – potência Apenas swivel elétrico a Volt Média
Sinal de tensão Apenas swivel elétrico a Volt Média
a Caso existam vários níveis, registre o mais dominante e acrescente outras explicações como “Comentários”.

A.2.4 Equipamentos elétricos

O item A.2.4 apresenta exemplos de aplicações típicas no nível da planta/unidade


para equipamentos elétricos.

A.2.4.1 Sistemas ininterruptos de energia (Uninterruptible power supplies -


UPS)
Tabela A.53 — Classificação de tipo — UPS

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código

UPS UP UPS – tipo duplo com bypass em estado de prontidão UB


(standby)
Retificador alimentado a partir do sistema de alimentação de
emergência
Bypass a partir do sistema de alimentação principal

UPS – tipo duplo sem bypass UD


Retificador alimentado a partir do sistema de alimentação de
emergência

UPS - tipo simples com bypass US


Retificador alimentado a partir do sistema de alimentação de
emergência
Bypass a partir do sistema de alimentação principal

UPS – tipo simples sem bypass UT


Retificador alimentado a partir do sistema de alimentação de
emergência

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Tabela A.54 — Subdivisão do equipamento — UPS

Unidade de UPS
equipamento
Subunidade Unidade de Unidade de Unidade Retificador/ Controle e Diversos
bateria bypass inversora Alimentação monitoração
em CC
Itens Disjuntor de Chave de Chave de Cabeamento Dispositivo de Gabinete
passíveis de bateria bypass bypass Alimentador do atuação
manutenção Transformador contator a Unidade de Isolamento
Banco de Cabeamento
bateria de bypass Fusível (is) controle
Alimentador do Conexão/ Chave com Alimentação Ventiladores
Cabeamento
contator a fusível elétrica interna de
socket
Instrumento Monitoração resfriamento
Disjuntor Fusível(is)
Fusível(is)
Instrumento Sensores b
Conexão/ Retificador Outros
Inversor Válvulas
socket Instrumento
Chave estática Fiação
Transformador Transformador Tubulações
Instrumento Chave estática do retificador
do inversor Selos
a Normalmente localizado no painel de alimentação.
b Especificar o tipo de sensor, como, por exemplo, de pressão, temperatura, nível, etc..

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Tabela A.55 — Dados específicos do equipamento — UPS

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridad


e

Aplicação Equipamento para o qual o UPS é Disjuntor, sistemas de controle, Alta


aplicado sistemas de segurança,
telecomunicações
Tensão de entrada do Tensão de entrada Volt Alta
sistema
Freqüência de entrada Entrada nominal 50 Hz ou 60 Hz Alta
Número de fases – tensão Uma ou três fases Número Alta
de entrada
Variação de tensão Tensão de entrada Percentual Baixa
Variação de freqüência Freqüência de entrada Percentual Baixa
Tensão de saída do Tensão de saída Volt Alta
sistema
Freqüência de saída Saída nominal 50 Hz, 60 Hz ou CC Alta
Número de fases – tensão Monofásico ou trifásico Número Alta
de saída
Carga de saída nominal e Potência aparente e fator de Quilovolt-amperes/cos Alta
fator de potência potência em operações nominais
Grau de proteção Classe de proteção conforme Código IP Média
ABNT NBR IEC 60529
Temperatura ambiente Faixa de temperatura de operação Temperatura mínima e máxima Baixa
em graus Celsius
Método de resfriamento Especificar Água, ar, outros Média
Sistema de UPS O número de sistemas UPS Duplo, simples, triplo Média
operando em paralelo
Sistema de bypass do O tipo de chave de bypass Manual, estático Média
retificador/inversor
Tempo de reserva de Tempo durante o qual a bateria Minutos Média
bateria pode fornecer potência de saída
nominal para o inversor
Tempo de recarga Tempo de recarga da bateria até Horas Média
90 % da capacidade
Tecnologia da bateria Tipo NiCd, Pb-ácido, outros Média

Monitoração de falta à Especificar Comum, individual, N.A. Baixa


terra da bateria
Método de ventilação Especificar Forçada, natural Baixa

Número de bancos de Especificar Número Média


bateria

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A.2.4.2 Transformadores de potência

Tabela A.56 — Classificação de tipo — Transformadores de potência


Classe de equipamento - nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código


Transformador de Potência PT A óleo OT

Seco DT

Tabela A.57 — Subdivisão de equipamentos — Transformadores de potência

Unidade de Equipamento Transformadores de potência

Subunidade Transformador Sistema de monitoração Diversos


Itens passíveis de Óleo Relé Bucholz Isoladores de bucha
manutenção Tanque Indicador de nível Blocos de terminais
Enrolamentos Termômetro Conectores
Ventilador Válvula de alívio Fiação
Núcleo Relé de pressão Aterramento
Tanque de expansão Transformadores de corrente Caixa de junção
Radiador Sílica gel
Comutador de derivações Amortecedores
Impedância neutra Penetrador a
Tanque externo a
a Aplicação submarina.

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Tabela A.58 — Dados específicos do equipamento — Transformadores de potência

Nome Descrição Lista de Unidades ou Códigos Prioridade

Freqüência Freqüência nominal Hertz Baixa

Tensão primária Tensão nominal Quilovolts Alta

Tensão secundária Tensão nominal Quilovolts Alta

Enrolamentos de Tensão nominal de enrolamentos Quilovolts Alta


tensão adicionais terciários ou outros
Potência – projeto Potência nominal Quilovolts·ampères Alta

Fator de potência Cos φ Número Baixa

Eficiência Fator de eficiência () Número  1 Média

Grau de proteção Classe de proteção conforme IEC Código conforme ABNT NBR Baixa
60529 IEC 60529:2009, Seção 4

Designação de classe Classe térmica conforme IEC 62114 Y, A, E, B, F, H, 200, 220, 250 Média
térmica

Elevação de Conforme IEC 60076-2 Graus Celsius Baixa


temperatura
Resfriamento do Tipo conforme IEC 60076-2 Código conforme IEC 60076- Alta
transformador 2:2011, Seção 3

Número de fases Uma ou três fases Número Alta

Nível de isolamento Isolamento conforme IEC 60076-3 Quilovolts Alta

Conexão de Tipo e combinação de conexões Código conforme recomendado na Alta


transformador (grupos vetoriais) como estrela, IEC 60076-2:2011, Secção 3
trifásica triângulo, etc. conforme IEC 60076-1
Profundidade d’água a Profundidade d’água para a localização Metros Alta
do transformador submarino
Tipo de enrolamento Especificar se os enrolamentos estão Encapsulado/ não encapsulado Média
do transformador encapsulados em isolamento sólido.
seco Resina fundida é um exemplo de
isolamento sólido
a Relevante apenas para instalações submarinas.

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A.2.5 Segurança e Controle

A.2.5.1 Detectores de incêndio e gás

Tabela A.59 — Classificação de tipo — Detectores de incêndio e gás

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Detecção de incêndio

Fumaça/Combustão BS
Detectores de incêndio e gás FG
Calor BH
Chama BF
BM
Botoeira manual
BA
Outros

Detecção de gás
Hidrocarbonetos AB
Gases tóxicos AS
Outros AO

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A.2.5.1.1 Definições de fronteiras para detectores de incêndio e gás

Os dispositivos de entrada de campo, tais como detectores de incêndio e gás, geralmente


são conectados a uma unidade lógica de controle (control logic unit – CLU) de incêndio e
gás, que não está incluída na fronteira de detectores de incêndio e gás (ver Figura A.19).
As unidades de monitoração/interface podem ser usadas entre o detector e a CLU,
constituindo uma parte dos detectores de incêndio e gás. O objetivo dessas unidades é,
entre outros, monitorar os detectores, suas conexões de interface e cabos, analisando os
dados de entrada através de diferentes algoritmos e iniciando sinais de falha ou alarme. O
princípio básico da comunicação de dados entre o equipamento de campo e tais sistemas de
interface pode se basear na multiplexação e polling seqüencial de dados.

Tabela A.60 — Subdivisão do equipamento — Detectores de incêndio e gás

Unidade de equipamento Detectores de incêndio e gás

Subunidade Sensor Unidade de interface a Diversos

Itens passíveis de Cabeamento Gabinete Outros


manutenção Cobertura
Cartão de controle
Detector (incluindo cabeçote e
itens eletrônicos associados)
Mostrador
Socket de montagem

a Não aplicável a todos os sensores de incêndio e gás.

Tabela A.61 — Dados específicos do equipamento — Detectores de incêndio e gás


Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Características funcionais
Local na instalação Onde instalado Piso da sonda, cabeça de poço, Alta
processo, sistema auxiliar,
processamento de lama, geração de
energia, utilidades, sala de controle,
espaço auxiliar, alojamento
a
Ambiente Exposição Severa, moderada, baixa, desconhecida Alta
Características do item
Principio de atuação Tipo Incêndio: Alta
do sensor Ionização, ótico, Infra-vermelho, Ultra-
violeta, IR/UV, elevação da velocidade,
compensação da velocidade, temperatura
fixa., plugue fusível, câmara, multisensor
(ótico/térmico)
Gás:
Catalítico, eletroquímico,
fotoeletroquímico, feixe fotoelétrico, infra-
vermelho, ultra-violeta, acústico, câmara,
aspirante, feixe ótico, estado sólido

Comunicação Tipo Convencional, endereçável (uma via), Média


do detector inteligente (duas vias)

Tolerância a falhas b Resposta na falha Sim/Não Média


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Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Característica de Grau de auto-ensaio Sem auto-ensaio, ensaio de malha do Média


auto-ensaio tipo automático, ensaio incorporado,
combinado
Tipo de proteção Ex Categoria de classificação de Ex(d), Ex(e), Ex(i), nenhum Baixa
explosão, como, por ex. Ex(d),
Ex(e) c

a Classificação do ambiente:
severa ambiente não fechado e/ou externo; altamente exposto (vibração, calor, poeira, sal);
moderada ambiente parcialmente fechado e/ou moderadamente exposto (vibração, calor, poeira, sal); naturalmente ventilado;
baixa ambiente fechado e/ou interno; baixa exposição (vibração, calor, poeira, sal); ventilado mecanicamente.
b O projeto baseado no princípio da desenergização é compatível com a filosofia de proteção contra falhas (fail safe). Um sistema
instrumentado de segurança operando no modo “normalmente energizado” pode ser projetado para ser protegido contra falha( fail
safe) na perda de energia ou sinal.
c Ver IEC 60079 (todas as partes).

A.2.5.2 Dispositivos de entrada

Os dispositivos de entrada são, em geral, sensores que convertem os parâmetros de processo num sinal
elétrico que pode ser monitorado. As principais categorias típicas de dispositivos de entrada são as
seguintes:
a) transmissor: - converte parâmetros de processo, como, por exemplo, pressão, em sinais elétricos
proporcionais, geralmente de 4 mA a 20 mA ou 0 V a 10 V (ver IEC 60381-2);
b) transdutor: - converte parâmetros de processo, como, por exemplo, pressão, em sinais elétricos
proporcionais, geralmente saídas não amplificadas;
c) chave: - converte parâmetros de processo, como, por exemplo, pressão, geralmente em sinais elétricos
do tipo ligado/desligado.
Tabela A.62 — Classificação de tipo — Dispositivos de entrada

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Dispositivos de entrada IP Pressão PS

Nível LS
Temperatura TS
Vazão FS
Velocidade SP
Vibração VI
Deslocamento DI
Analisador AN
Peso WE
Corrosão CO
Chave de fim de curso LP
Botoeira Liga/Desliga PB
Outros OT

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Tabela A.63 — Subdivisão dos equipamentos — Dispositivos de entrada

Unidade de Dispositivos de entrada


equipamento
Subunidade Sensor e circuitos eletrônicos Miscelânea
Itens passíveis de Elemento sensor Cabeamento
manutenção
Condicionador de sinal (circuitos Tubulação
eletrônicos) Outros

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Tabela A.64 — Dados específicos dos equipamento — Dispositivos de entrada


Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade
Características funcionais

Local na instalação Onde instalado Piso da sonda, cabeça de poço, processo, Alta
sistema auxiliar, processamento de lama,
geração de energia, utilidades, sala de
controle, espaço auxiliar, alojamento
Aplicação Onde aplicado Controle de processo, parada de Alta
emergência, parada de processo, redução
de pressão, bypass, purga, monitoração,
combinado
Corrosividade/ Classificar conforme explicado Benigna, moderada, severa Média
erosividade do na nota de rodapé a
fluido / gás
Características do item
Categoria Categoria principal Transmissor, transdutor, chave, botoeira Alta

Princípio de Aplicável apenas a sensores Deformação mecânica (bonded strain), Alta


atuação do sensor de pressão semicondutor, deformação, piezoelétrico,
eletromecânico, capacitância, relutância,
elemento oscilante
Aplicável apenas a sensores Célula de pressão diferencial, capacitância, Alta
de nível condutivo, deslocamento, diafragma, sônico,
ótico, microondas, radiofreqüência, nuclear
Aplicável apenas a sensores Detector de temperatura de resistência (PT), Alta
de temperatura termopar, capilar
Aplicável apenas a sensores Deslocamento, pressão diferencial Alta
de vazão (conduto/tubo fechado, canal aberto),
velocidade, massa
Inserir tipos adicionais A ser definido pelo usuário conforme Alta
conforme aplicável (por necessário
exemplo: velocidade ,
vibração)
Votação do sensor, Pelo menos k do número total, Y, k  “xx” (número inteiro) Baixa
k de Y (apenas se de sensores deve emitir um sinal
para iniciar a ação de Y  “yy” (número inteiro)
aplicável)
controle/segurança. k e Y devem
ser introduzidos; se não houver
votação, deixar em branco.
Tolerância a falhas Resposta na falha Sim/Não Alta
Comunicação do Tipo Convencional, endereçável (uma via), Média
detector inteligente (duas vias)
Característica de Grau de auto-ensaio Sem auto-ensaio, ensaio de malha do Alta
auto-ensaio tipo automático, ensaio incorporado,
tipo combinado
Tipo de proteção Categoria de classificação de Ex(d), Ex(e), Ex(i), Nenhum Baixa
explosão, como, por exemplo,
Ex(d), Ex(e) b
a Benigno (fluidos limpos, como, por exemplo, ar, água, nitrogênio).
Moderadamente corrosivo/erosivo (óleo/gás não definido como severo, água do mar, ocasionalmente partículas).

Severamente corrosivo/erosivo [gás/petróleo ácido (alto teor de H2S, alto teor de areia].
b Ver IEC 60079 (todas as partes).

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A.2.5.3 Unidades lógicas de controle (CLU)

Tabela A.65 — Classificação de tipo — Unidades lógicas de controle

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código

Unidades lógicas de CL Controlador lógico programável LC


(PLC)
controle
Computador PC
Unidade de controle distribuído DC
Relé RL
Estado sólido SS
Controlador de malha simples SL
Controlador de automação PA
programável (Programmable
automation controller - PAC)

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Tabela A.66 — Subdivisão do equipamento — Unidades lógicas de controle

Unidade de Unidade lógica de controle


equipament
o
Subunidade Cartões de Cartões de Cartões de Cartões de Executor de lógica Barrament Alimenta Miscelân
entrada entrada saída saída o do ção ea
analógica digital analógica digital sistema elétrica

Itens Cartão de Cartão de Cartão de Cartão de Unidade central de Sem Sem Barreiras
passíveis de entrada entrada saída saída processa-mento subdivis subdivi galvâni
manutenção (CPU) ão são cas
Unidade de Unidade de Unidade de Unidade de
conexão conexão conexão conexão Memória de Outros
(fiação X) (fiação X) (fiação X) acesso aleatório
(Random access
Relé Relé memory - RAM)
Diagnóstico
Watchdog
Software

Tabela A.67 — Dados específicos do equipamento — Unidades lógicas de controle

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Aplicação – lógica de Onde usada Centralizado, distribuído, interface homem- Média


controle máquina
Configuração de Especificar se há CLUs Sim/Não Baixa
redundância de CLU instaladas
Característica de auto- Grau de auto-ensaio Sem auto-ensaio, ensaio de malha Alta
ensaio automática, ensaio incorporado, tipo
combinado
Tolerância a falhas Resposta na falha Sim/Não Alta

A.2.5.4 Válvulas

NOTA: As válvulas descritas na classificação de taxonomia apresentada na Tabela A.68 não se aplicam a
válvulas usadas para finalidades específicas no setor upstream, tais como válvulas submarinas e válvulas
usadas na completação de poços. Tais válvulas são abrangidas nos capítulos específicos no Anexo A sobre
esse tipo de equipamento (ver A.2.6 e A.2.7). Entretanto, as árvores de natal secas e cabeças de poço são
consideradas válvulas do topside.

Tabela A.68 — Classificação de tipo — Válvulas

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo

Descrição Código Descrição Código


Válvulas VA Esfera BA

Gaveta GA
Globo GL
Borboleta BP
Macho PG
Agulha NE

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Classe de equipamento — Nível 6 Tipo

Descrição Código Descrição Código


Retenção CH
Diafragma DI
Portinhola FL
Múltiplos orifícios MO
Três vias WA
PSV convencional SC
PSV convencional com fole SB
PSV operada por piloto SP
PSV de alívio de vácuo SV
Macho e gaiola PC
Camisa externa ES
Disco DI
Fluxo axial AF
Pinch PI
Outros OH
NOTA 1 As válvulas piloto normalmente são componentes sem TAG usados para a auto-regulagem. As válvulas
solenóides tipo PSV são normalmente um sub-TAG de um TAG de válvula usado para todas as válvulas do tipo ESD/PSD.
As válvulas de sobrepressão de exaustão rápida são válvulas específicas usadas se for requerida a resposta rápida (por
exemplo: função HIPPS). As válvulas de alívio normalmente são válvulas PSV.
NOTA 2 Recomenda-se que as válvulas de um tipo específico não definido na Tabela A.68 sejam codificadas como
“Outras” com um comentário especificando a descrição do tipo. Exemplo: Válvulas de Dilúvio tipo Clack ou Elastômero).

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Tabela A.69 — Subdivisão de equipamentos — Válvulas

Unidade de Válvulas
equipamento
Subunidade Válvulas Atuador a Controle e monitoração a Diversos
Itens passíveis de Corpo da válvula Diafragma Fiação Acumulador
manutenção
Tampa Mola Indicador Outros

Juntas de flange Carcaça Instrumento geral


Instrumento de posição
Assentos Pistão
Monitoração
Gaxeta/vedação da Haste
haste Válvula solenóide
Selos/vedações
Selos Válvula piloto c
Motor elétrico b
Obturador Válvula de sobrepressão de
Engrenagem exaustão rápida
Haste
Batente Alimentação elétrica interna
Chave de fim de curso

a Não aplicável a todas as categorias de válvulas.


b Apenas atuador de motor elétrico.
c Aplicável a válvulas operadas hidráulica e pneumaticamente.

Tabela A.70 — Dados específicos de equipamentos — Válvulas

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Função Principal categoria funcional Controle de fluxo, liga/desliga, sem retorno, válvulas de Alta
principal segurança de pressão, controle de instrumento ou
hidráulico
Aplicação Especificar a função no processo Anular (árvore de natal), purga, bypass, injeção, ligação, Alta
Dilúvio, ESD, ESD/PSD, PSD, HIPPS, pistoneio, lateral,
alívio, controle, estrangulamento
Onde Equipamento no qual a Cabeça de poço, árvore de natal, linha de fluxo de Alta
montada válvula é instalada cabeça de poço, linha de injeção de cabeça de poço,
bomba, turbina, gerador, separador, trocador de calor,
vaso, header, motor elétrico, motor a diesel,
turboexpansor, perfuração, duto, processamento de
lama, utilidade, alojamento, entrada de ar, riser

Tamanho Diâmetro interno Milímetro (polegadas) Média


Fluido Fluido principal apenas Óleo, gás, condensado, água doce, vapor, água do mar, Alta
manuseado petróleo cru, água oleosa, gás do queimador, gás
combustível, água/glicol, metanol, nitrogênio, produtos
químicos, combinado com hidrocarbonetos, gás/óleo,
gás/condensado, óleo/água, gás/óleo/água, LGN, GLP,
GNL, pasta de cimento, etc.
Temperatura Temperatura de operação do Graus Celsius Média
do fluido fluido principal
Corrosividade/ Classificar conforme mostrado na Benigno, moderado, severo Média
erosividade do nota de rodapé a
fluido
Pressão de Pressão de operação normal Pascal (bar) Média
escoamento (entrada)

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Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Pressão de Pressão diferencial máxima Pascal (bar) Baixa
fechamento quando a válvula é fechada
(projeto)
Para PSVs: pressão de abertura
de ponto de ajuste
Material da Tipo Aço carbono (AC), aço inoxidável (AI), duplex, tipo liga, Alta
válvula compósito, titânio
Vedação da Tipo Caixa de vedação, duplex, anel de vedação, anel O-ring Alta
haste
Projeto da sede Tipo de projeto da sede Sede resiliente, sede metal-metal Média
Princípio Princípio de atuação do atuador Ação simples, ação dupla, atuação pela pressão da Média
de linha/processo, atuação por gravidade
atuação b
Atuação – Tipo de força de atuação Elétrica, hidráulica, pneumática, mecânica Alta
abertura (mola), manual, combinações, nenhuma
Atuação – Tipo de força de atuação Elétrica, hidráulica, pneumática, mecânica Média
fechamento (mola), manual, combinações, nenhuma
Fabricante – Nome do fabricante do atuador Especificar Baixa
atuador
Fabricante – Nome do fabricante da válvula Especificar Baixa
válvula piloto piloto
Fabricante – Nome do fabricante da válvula Especificar Baixa
válvula solenóide
solenóide
Configuração Número e configuração Especificar, por exemplo: 1  3/2 ( válvula 3/2 vias de Baixa
da válvula (aplicável apenas a válvulas simples piloto,
piloto operados por piloto) 2  4/3 ( válvula de 4/3 vias de duplo piloto)
Princípio de Princípio de falha segura Energizada, desenergizada Baixa
falha segura
da válvula
piloto
Configuração Número e configuração Especificar, por ex.: 1  3/2 ( válvula de 3/2 vias de Baixa
da válvula (aplicável apenas a válvulas simples piloto), 2  4/3 ( válvula de 4/3 vias de duplo
solenóide operadas por solenóide) piloto)
Princípio de Princípio de falha segura (fail Energizado, desenergizado Baixa
falha segura safe)
da válvula
solenóide
Tipo de internos Tipo (aplicável apenas a válvulas Redução de ruído, anti-cavitação, múltiplos estágios, Alta
de controle) estágio simples
Classes de Especificar conforme a norma ISO 5208:1993, Anexos A, B, C e D Alta
vazamento da de referência aplicável (por
válvula exemplo: válvulas que atendem
a API 6D, ver ISO 5208)
a Benigno (fluidos limpos, como, por exemplo, ar, água, nitrogênio).
Moderadamente corrosivo/erosivo (óleo/gás não definido como severo, água do mar, ocasionalmente partículas).

Severamente corrosivo/erosivo [gás/óleo ácido (alto teor de H2S), alto teor de CO2, alto teor de areia].
b Principal princípio de atuação:
a) atuação simples  força de atuação por gás (ar) ou fluido hidráulico para a abertura ou fechamento da válvula;
b) atuação dupla  força de atuação por gás (ar) ou fluido hidráulico para a abertura e fechamento da válvula;
c) atuação pela pressão da linha/processo ou atuação por gravidade  sem atuação separada da possível atuação de backup .

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A.2.5.5 Bocais

Tabela A.71 — Classificação de tipos — bocals

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento


Descrição Código Descrição Código

Bocais (Nozzles) NO Dilúvio DN


Aspersor SR
Neblina d’água WM
Gasoso GA

Tabela A.72 — Subdivisão de equipamentos — Bocais

Unidade de bocals
equipamento

Subunidade bocal Montagem Diversos


Itens passíveis de Bulbo fusível Conector de Outros
manutenção montagem
Corpo do Bocal com internos
Selos
Cabeça do bocal

Revestimento de proteção

Tela

Solda

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Tabela A.73 — Dados específicos do equipamento — Bocais

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Aplicação Onde é aplicado no processo Dilúvio, sprinkler Alta


Proteção Tipo de proteção Elétrica, Ex, óleo combustível, glicol, gás Alta
contra perigos hidrocarboneto, gás hidrogênio, lubrificantes,
metanol, produtos combustíveis, radioatividade, gás
tóxico, líquido tóxico
Local na planta Onde localizado na planta Entrada de ar, compressor, motor diesel, perfuração, Alta
motor elétrico, entrada de água de alimentação, medição
de gás, gerador, header, trocador de calor, alojamento,
processamento de lama, estação de passagem de pig,
duto, bomba, separador, turbina, utilidade, vaso, cabeça
de poço, linha de fluxo de cabeça de poço, linha de
injeção de cabeça de poço, árvore de natal

Material do bocal Especificar Bronze, cromado, revestido de níquel sem eletrodo, Alta
revestido de chumbo, aço inoxidável

Comprimento do Especificar Milímetros Alta


bocal
Largura do bocal Especificar Milímetros Alta

Categoria de Como instalado Oculto, lateral horizontal, pendente, rebaixado, para Baixa
instalação cima, lateral vertical

Fluido manuseado – Fluido principal apenas Água potável, água do mar, Inergen, CO2 Média
bocals

corrosividade/ Classificar conforme mostrado Benigno, moderado, severo Média


erosividade do na nota de rodapé a
fluido
Temperatura de Na condição de operação Graus Celsius Baixa
descarga

Pressão de Especificar Pascal (bar) Média


escoamento

Vazão Especificar Litros por minuto Média


Pressão de Pressão diferencial máxima Pascal (barg) Baixa
fechamento (shut- quando a válvula é fechada
off) (projeto)
Para válvulas de alívio de
pressão de segurança:
pressão de abertura de ponto
de ajuste
Temperatura do Especificar Graus Celsius Baixa
fluido
Tamanho da Especificar Milímetros (polegadas) Alta
conexão
Tipo de Especificar Flange aparafusado, flange com braçadeira, Média
extremidade do aparafusado, soldado
bocal

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Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Ângulo de Especificar Graus Média


pulverização

Tipo de Especificar Gotículas, névoa Média


pulverização

Atuação Especificar plugue fusível, solda, externa Média

Tela do bocal Se instalada ou não Sim/Não Baixa

a Benigno (fluidos limpos, como, por exemplo, ar, água, nitrogênio).


Moderadamente corrosivo/erosivo (óleo/gás não definirdo como severo, água do mar, ocasionalmente
partículas).
Corrosividade/erosividade severa [gás/óleo ácido/agressivo (alto teor de H2S), alto teor de CO2, alto
teor de areia].

A.2.6 Instalações submarinas de produção

NOTA Válvulas usadas em equipamentos submarinos são consideradas válvulas específicas dentro
dos exemplos de taxonomia mostrados no capítulo A.2.6 para essa classe de equipamentos. As válvulas
usadas em árvores de natal secas e cabeças de poço são consideradas válvulas do topside (ver capítulo
A.2.5.4)

A.2.6.1 Controle de produção submarina

Tabela A.74 — Classificação de tipo — Controle de produção submarina


Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento
Descrição Código Descrição Código

Sistema de controle de CS hidráulico direto DH


produção submarina eletro-hidráulico direto EH
eletro-hidráulico multiplexado MX
hidráulico discreto tipo piloto PH
hidráulico seqüencial tipo piloto SH
hidráulico telemétrico TH

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Tabela A.75 — Subdivisão de equipamentos — Controle de produção submarina

Unidade de Controle de produção submarina


Equipamento
Subunidade Injeção Umbilical Umbilical Unidade Unidade de Controle Módulo de Módulo de distr. Sensores
química dinâmico estático de energia central controle submarino
(topside) energia hidráulica (topside) submarino
elétrica (topside)
(topside)
Itens passíveis Divisão Restritor de Linha Sem Sem Sem Acumulador Acumulador Vazão
de manutenção de curvatura hidráulica/i divisão divisão divisão submarino submarino
númer njeção Base residente Painel de bypass Vazamento
o Dispositivo de química do módulo submarino
flutuação Conector de Acoplamento de Nível
Cabo de linha de injeção
Linha Posição
potência/si injeção química
hidráulica /
nal química Conector de fibra
química Pressão e
Conector de ótica temperatura
Vedação de Capa/ fibra ótica Jumper de fibra combinadas
tubo J/I armadura Filtro ótica
Conector de Mangote Pressão
Linha de força/ Caixa de linha Jumper
sinal emenda hidráulico/ Temperatura
hidráulica
Unidade de injeção
Capa/ Teor de Areia
Sistema de potência química
armadura suspensão Conector de
elétrica
Conector de linha hidráulica
Estabilizador
potência / Tubulação
Compensador sinal Conector de
de Módulo potência/sinal
movimentos eletrônico Jumper de
submarino potência / sinal
Cabo elétrico
Válvula
solenóide

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Tabela A.76 — Dados específicos do equipamento — Controle de produção submarina

Nome Descrição Lista de códigos ou unidades Prioridade

Número de Descrição do operador Número ou nome Alta


identificação do poço
Aplicação Onde usado HIPPS, manifold, SSIV, bomba, cabeça de Média
poço, árvore de natal molhada (ANM) ,
múltiplas finalidades
Tipo de fluido de — A base de óleo, a base de água Média
controle

Tipo de sistema de — Fechado, aberto Média


controle
Redundância — Sim/não Média
Fabricante Especificar Texto livre Alta
Tipo de modelo Especificar Texto livre Baixa
Poços multilaterais — Sim/não Baixa

A.2.6.2 Árvores de natal

NOTA Aplicável principalmente a árvores de natal submarinas (molhadas) .

Tabela A.77 — Classificação de tipo — Árvores de natal molhada

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de Equipamento


Descrição Código Descrição Código

Cabeça de poço e árvores de WC Vertical VE


natal molhadas (ANM) Horizontal HO

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Tabela A.78 — Subdivisão de equipamentos — Árvores de natal molhadas (ANM)


Unidade de Cabeça de poço e árvores de natal a
Equipamento
Subunidade Cabeça de poço Árvore de natal Suspensor da Base de fluxo Módulo de Módulo de
submarina submarina tubulação de controle de conexão vertica
produção fluxob VCM)

Itens passíveis Base guia Conector da linha Conector da Estrutura Conector da Conector de VCM
de permanente de injeção linha de linha de
manutenção (Permanent química injeção injeção Válvula e atuador
Espaçador Hub/mandrild
guide base - química química Compensação do
PGB) Tubulação
sistema de
Mangote Conexão Válvula de Conector controle
Base guia Capa de detritos hidráulica retenção
temporária Guia Cabeça de
Flow loop
(Temporary Conector injeção
Conector de Válvula de
guide base - Capa de isolamento
interno
potência/ isolamento Estrutura Funil guia
TGB) sinal
Válvula de de processo
Alojador de baixa isolamento de Mangotes Sistema de
Corpo do Válvula de override do
utilidade
Alojador da Válvula de workover suspensor isolamento Conector painel para
cabeça de Válvula interna da de coluna de utilidade hidráulico ROV
poço (alojador capa da AMN - Tubulações
de alta S1/S2 Plugue de Painel para ROV
pressão) Plugue interno da isolamento Válvula de
capa da ANM do retenção
Suspensores de Capa da ANM c
suspensor
revestimento Válvula de retenção de coluna Válvula de
Conjuntos de Válvula de choke choke
vedação do Válvula de controle Válvula de
anular Outras válvulas controle
Válvula de
(packoffs)
isolamento de
processo
Válvula de
isolamento de
utilidade
Válvula de workover

a O SCM (subsea control module ou módulo de controle submarino) assim como outras partes do sistema de controle também podem
ser considerados subunidades ou itens passíveis de manutenção da árvore de natal e dados de falha coletados dentro dessa classe de
equipamentos.
b Também pode ser designado como módulo do choke.
c A capa da árvore de natal (tree cap), que é capaz de ser substituída independentemente, também pode ser considerada uma
subunidade da árvore de natal.
d Também pode ser designado como mandril de linha de fluxo e ser considerado uma subunidade da árvore de natal.

Tabela A.79 — Dados específicos do equipamento — Árvores de natal

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Número de identificação Descrição do operador Número ou nome Alta


do poço

Guia de Instalação tipo lay-away assistida por Com cabo-guia, sem cabo-guia Alta
instalação/recuperação mergulhador (diver-assisted) e sem
mergulhador (diverless) com o auxílio
de cabo guia (guideline) e sem cabo
guia (guidelineless)
Tipo de poço Produção, injeção Produção, injeção Alta
Tipo de proteção Over-trawlable, Captura com rede de Captura com rede de arrasto (trawl Alta
arrasto (trawl-catching), etc. catching) trawl-deflecting, nenhum

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Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Lâmina D’água — Metros Alta
Fabricante Especificar — Alta
Tipo de modelo Especificar — Baixa
Número de conexões Número de linhas conectadas ao bloco Número Baixa
de árvore
Princípio de controle Define o princípio de controle das — Baixa
funções da árvore de natal e atuadores
Pigável Especificar se pigável ou não Sim/não Baixa

Tamanho da árvore Dimensões e massa Metros, quilogramas Baixa


Sistema de suspensão da Definir se existe um sistema de Sim/não Baixa
linha de condução suspensão de linha de condução de
daelama lama
Poço multilateral Definir Sim/não Baixa
Fluido produzido/injetado Apenas o fluido principal: óleo, gás, Óleo, gás, condensado, água de injeção,Alta
condensado, água de injeção óleo e gás, gás e condensado, óleo/gás/
água, CO2, gás e água, água produzida

Corrosividade do fluido Classificar conforme mostrado na nota de Neutro, doce, sulfuroso Alta
rodapé a
Asfaltenos Especificar Sim/não Baixa
Formação de incrustação Especificar Sim/não Baixa
Formação de parafina Especificar Sim/não Baixa
Formação de hidratos Especificar Sim/não Baixa
Produção de areia Especificar Sim/não Baixa
a Neutro (fluidos limpos sem efeitos corrosivos).
Doce [moderadamente corrosivo/erosivo (óleo/gás não definido como severo, água do mar não tratada, partículas ocasionais)].

Sulfuroso {severamente corrosivo/erosivo [gás/óleo ácido (alto teor de H 2S), alto teor de CO2, alto teor de areia]}.

A.2.6.3 Risers

Tabela A.80 — Classificação de tipo — Risers

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Risers PR Rígido RI
Flexível FL

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Tabela A.81 — Subdivisão de equipamentos — Risers

Unidade de Risers
Equipamento

Subunidade Riser Base do riser Sistema de Proteção Acessórios


aquecimento
Itens passíveis Conector Elevação a gás Parte do Anodo Restritor de
de topside curvatura
manutenção Isolamento Estrutura Revestimento –
Parte externo Dispositivo de
Tubo Válvula de submarina flutuação
isolamento de Selo de tubo J/I
processo Equipamento de
Válvula de estabilização e
isolamento de direcionamento
utilidade Equipamento de
compensação de
tensão e
movimento

Tabela A.82 — Dados específicos do equipamento - Risers

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Número de identificação Descrição do operador Número ou nome Alta


do poço
Aplicação Que tipo de plataforma Fixa, flutuante, bóia Média
Comprimento do riser — Metros Alta

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Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade


Pressão de trabalho — Pascal (bar) Média
Revestimento Externo e interno Especificar Baixa
Inibidor de corrosão — Sim/não Baixa
Temperatura Valor de projeto Graus Celsius Baixa
Fabricante Especificar — Alta
Elevação a gás Se instalada ou não Sim/não Baixa
Diâmetro do tubo — Milímetros Média
Material do tubo Especificar Aço, compósito, titânio, Média
cladeado/revestido
Proteção contra corrosão Especificar Ativa, passiva Média
Proteção mecânica Especificar Tubo I, tubo J, penetração do eixo do Média
riser
Layout do riser Especificar Catenária livre, Lazy S, lazy wave, Média
pliant wave, steep S, steep wave
Espessura de parede Especificar Milímetros Baixa
Fluido conduzido Fluido principal apenas: óleo, gás, óleo, gás, condensado, água de injeção,Alta
condensado, água de injeção óleo e gás, gás e condensado, óleo/gás/
água, CO2, gás e água, água produzida

Corrosividade do fluido Classificar conforme mostrado na nota Neutro, doce, sulfuroso Alta
de rodapé a
Asfaltenos Especificar Sim/não Baixa
Formação de incrustações Especificar Sim/não Baixa
Formação de parafina Especificar Sim/não Baixa
Formação de hidratos Especificar Sim/não Baixa
Produção de areia Especificar Sim/não Baixa
a Neutro (fluidos limpos sem efeitos corrosivos).
Doce [moderadamente corrosivo/erosivo (óleo/gás não definido como severo, água do mar não tratada, partículas ocasionais)].
Sulfuroso {severamente corrosivo/erosivo [gás/óleo ácido (alto teor de H2S), alto teor de CO2, alto teor de areia]}.

A.2.6.4 Bombas submarinas


Tabela A.83 — Classificação de tipo — Bombas submarinas
Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento
Descrição Código Descrição Código

Bombas submarinas tipo ESP SP Centrífuga CE


Alternativa RE
Rotativa RO

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Tabela A.84 — Subdivisão de equipamentos — Bombas submarinas


Unidade de Bombas submarinas
Equipamento
Subunidade Bomba Unidade de Transmissão Lubrificação Controle e Diversos
acionamento de força monitoração
Itens passíveis de Mancal radial Mancal radial Mancal radial Acumulador s.s. Cabo Conector
manutenção Mancal de escora Mancal de escora Mancal de escora Conector Caixa de junção Resfriamento/a-
Invólucro Invólucro Acoplamento Sensor de quecimento
Resfriamento/a- vazamento
Conector Conector Caixa de
quecimento Lubrificação
Camisa de Unidade de engrenagem Sensor de nível
cilindro controle Selo Resfriador Alimentação Tubulação
Impelidor Impelidor Filtro elétrica Amortecedor de
Tubulação Rotor Óleo lubrificante Sensor de pulsação
Pistão Selo Tubulações pressão
Selo Bomba de óleo Sistema de purga
Estator Acoplador de
Eixo Suporte lubrificante incl.
acionador força/sinal
Estrutura de
proteção Reservatório Sensor de
velocidade
Estrutura de Válvula de
suporte retenção Sensor de
temperatura
Válvula de
controle Sensor de
vibração
Válvula de
isolamento de Outras válvulas
processo
Outras válvulas

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Tabela A.85 —Dados específicos do equipamento — Bombas submarinas


Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Número de identificação Descrição do operador Número ou nome Alta


do poço
Pressão de descarga – — Pascal (barg.) Alta
projeto
Pressão de sucção – — Pascal (barg.) Média
projeto
Acionador da bomba Tipo de acionador Motor elétrico, turbina, motor hidráulico Alta
Potência – de projeto Potência de acionamento Quilowatt Alta
Velocidade Valor de projeto Revoluções por minuto Baixa
Número de estágios — Número Baixa
Acoplamento da bomba — Desconectável, fixo, flexível, hidráulico Baixa
Fabricante Especificar Texto livre Alta
Tipo de modelo Especificar Texto livre Baixa
Fluido manuseado Fluido principal apenas: óleo, gás, Óleo, gás, condensado, água de injeção, Alta
condensado, água de injeção óleo e gás, gás e condensado,
óleo/gás/água, CO2, gás e água, água
produzida

Corrosividade do fluido Classificar conforme mostrado na Neutro, doce, sulfuroso Alta


nota de rodapé a
Tipo de mancal radial Especificar Magnético, rolamento, deslizamento Baixa
Tipo de mancal de escora Especificar Magnético, rolamento, deslizamento Baixa
Orientação do eixo Especificar Horizontal, vertical Baixa
Tipo de vedação do eixo Especificar Seca, sobreposta do engaxetamento, Baixa
labirinto, mecânica, óleo, vedação
combinada

Tipo de transmissão Especificar Direta, engrenagem, integral Baixa


a Neutro (fluidos limpos sem efeitos corrosivos).
Doce [moderadamente corrosivo/erosivo (óleo/gás não definido como severo, água do mar não tratada, partículas ocasionais)].
Sulfuroso {severamente corrosivo/erosivo [gás/óleo sulfuroso (alto teor de H2S), alto teor de CO2, alto teor de areia]}.

A.2.7 Equipamento de completação de poços

NOTA As válvulas usadas em equipamentos de completação de poços são


consideradas válvulas específicas dentro dos exemplos de taxonomia mostrados nessa
classe de equipamentos. As válvulas usadas em árvores de natal secas e cabeças de poços
são consideradas válvulas do topside (ver A.2.5.4).

A.2.7.1 Categorias de itens

Os equipamentos de completação de poços nesse contexto se referem a equipamentos


abaixo do nível da cabeça de poço. Todos os principais itens de equipamentos de
completação estão incluídos, desde o suspensor da tubulação de produção na extremidade
superior até o equipamento no fundo do poço.

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As seguintes categorias de itens são definidas para equipamentos de completação de poços.


a) Itens da coluna
Os itens da coluna são definidos como itens que fazem parte integrante da composição
de tubos (“coluna”) usada para a produção ou injeção de efluentes do poço. A coluna é
construída aparafusando-se uma variedades de equipamentos.
b) Acessórios
Os acessórios são itens que devem ser ligados a um item da coluna tipo “host” para
definir um sistema. Isso é feito para possibilitar uma representação lógica dos itens da
coluna, que são demasiadamente complexos para serem considerados apenas um
item independente da coluna. Apenas dois itens da coluna tipo “host, ou itens da
coluna com acessórios, foram definidos até o momento: a bomba elétrica submersível
(electrical submersible pump - ESP) e os sistemas de fundo de poço usados para
receber e transmitir sinais de pressão e temperatura (downhole permanent gauge -
DHPG).
c) Itens inseridos
Os itens inseridos são definidos como itens que podem ser conectados (instalados)
dentro dos itens da coluna. Um exemplo típico é a combinação de um elemento de
travamento e de uma válvula de segurança de subsuperfície recuperável por cabo de
aço instalada num niple de válvula de segurança.

d) Linha/cabo de controle
A categoria de linha/cabo de controle permite que as informações sejam armazenadas
para linhas e cabos de controle e uma variedade de peças normalmente a eles
associadas. Dentre os exemplos de tais peças pode-se mencionar os penetradores de
obturadores (packer penetrators), conectores elétricos para unidades de medição,
conectores elétricos de cabeça de poço, etc. Essa categoria oferece a oportunidade de
se construirem sistemas de linha/cabo de controle constituídos da linha de controle
hidráulico ou do próprio cabo propriamente dito e todas as peças associadas. A análise
de confiabilidade é, então, subsequentemente possível para o sistema de linha de
controle uma vez que o sistema esteja ligado a um item específico da coluna numa
completação.

Cada linha/cabo de controle deve ser sempre conectado a um ou mais itens da coluna.
e) Revestimento
A categoria de revestimento é incluída para armazenar informações sobre seções de
colunas de revestimentos individuais e falhas de revestimento associadas. A categoria
de revestimento representa seções completas de trechos individuais de revestimento e
não representa itens individuais rosqueados na coluna de revestimento, em
comparação com a coluna de produção/injeção.

Não estão incluídos os elementos de vedação que são projetados para vedar qualquer
vazamento de hidrocarbonetos entre as várias seções da coluna de revestimento (vedações
do revestimento).

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A.2.7.2 Especificações de equipamentos padronizados

Tabela A.86 — Formato da base de dados e especificação do nome dos itens

Categoria dos itens Formato de coleta de dados Nome de item pré-definido

Item da coluna Válvula de segurança do anular Válvula de segurança de subsuperfície de anular


controlada da superfície e recuperável por tubo de
produção (TR-SCASSV)

Default União ajustável


Niple de assentamento
Millout extension
Luva de orientação
Niple para SCSSV de cabo de aço (wireline)
Tela com enchimento com cascalho
Tubo curto perfurado
Tubo curto
Camisa deslizante
Âncora de tubo de produção
Guia para reentrada de cabo de aço
Sistema de bomba Unidade de bomba submersível elétrica (reta)
submersível elétrica com
acessórios Unidade de bomba submersível elétrica (ferramenta
em estrela)
Junta de expansão Junta de expansão
Acoplamento de fluxo Acoplamento de fluxo
Gauge mandrel com acessórios Permanent gauge mandrel
Tipo de obturador Obturador de produção
Obturador/suspensor de poço
Conjunto de vedação Conjunto de vedação (convencional)
Conjunto de vedação (pescador externo)
Mandril de acesso lateral Mandril de acesso lateral (para válvula)
Tipo de espaçador Espaçador
Tipo de tubo de produção Tubo de produção
Válvula de segurança do tubo de Válvula de segurança de subsuperfície controlada da
produção superfície recuperável por tubo de produção (Tubing-
retrievable, surface-controlled subsurface safety valve
- TR-SCSSV) (esfera)
Válvula de segurança de subsuperfície controlada da
superfície e recuperável por tubo de produção
(Tubing-retrievable, surface-controlled subsurface
safety valve (TR-SCSSV) (portinhola)

Ligação Ligação
Bloco Y Bloco Y
Acessório Default Nenhum definido
Equipamento de fundo de poço Equipamento permanente que recebe e transmite
que recebe e transmite sinais de sinais de pressão e temperatura (permanent gauge)
pressão e temperatura (Downhole
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Categoria dos itens Formato de coleta de dados Nome de item pré-definido

gauge)
Seção de admissão Seção de admissão
Motor Motor de bomba elétrica submersível
Motor lead extension Motor lead extension
Sistema de vedação do motor Sistema de vedação do motor
Bomba Bomba com acionamento elétrico
Item inserido Válvula de segurança do anular Válvula de segurança de subsuperfície controlada da
superfície por cabo de aço (Wireline surface-
controlled subsurface safety valve - SCSSV)

Default Brain (sideguard)


Trava da válvula de segurança de subsuperfície do
anular controlada da superfície por cabo de aço
(Wireline surface-controlled annular subsurface safety
valve (SCASSV)
Válvula de elevação a gás Válvula de elevação a gás
Válvula de injeção química
Válvula de segurança SCSSV de cabo de aço
Linha/cabo de controle Default Nenhum definido
Gauge do conector elétrico Equipamento de fundo de poço que recebe sinais de
pressão e temperatura do conector elétrico

Suspensor do conector elétrico Suspensor do tubo de produção do conector elétrico


Linha hidráulica Linha de controle hidráulico
Penetrador Penetrador de cabeça de poço
Penetrador de suspensor
Penetrador do obturador
Cabo de força Cabo de força
Cabo de sinal Cabo de sinal/instrumentação
Controlador de superfície Controlador de superfície
Revestimento Revestimento

Um exemplo de formato de coleta de dados com definições de campos de dados


associados e alternativas de registro é mostrado para as válvulas de segurança de
subsuperfície abaixo.

A.2.7.3 Válvulas de segurança de sub-superfície (DHSV)

Há dois tipos principais de válvulas disponíveis:


a) recuperáveis junto com a coluna de produção - instalada como parte integrante da coluna
de produção/completação (tubing).
b) recuperáveis por wireline - manobrada com wireline para instalação dentro da coluna de
tubo de produção/ completação, instalada em um perfil / niple de assentamento.

Tabela A.87 — Válvula de segurança de subsuperfície controlada da superfície recuperável por tubo de produção
(Tubing-retrievable, surface-controlled subsurface safety valve – TR-SCSSV)

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Item:Válvula de segurança de tubo de produção (TR) Categoria: Item de coluna Priorida


Nome Descrição Lista de unidades ou códigos de
Modelo Dar uma única designação Caracteres (25) Alta
de modelo de item
Número da peça (operador) — — Média
Número da peça (fab.) — — Alta
Fabricante — Todos os principais fabricantes de equipamento no Alta
campo de petróleo
Comprimento efetivo Comprimento ocupado Metros Alta
pelo item na coluna, não
incluindo o pino/caixa
Tipo de válvula — Recuperável na coluna de produção Média
Recuperável na coluna de produção
(tubing), com miolo recuperável por wireline
Outros
Desconhecido
Princípio do obturador — Esfera Média
Portinhola (convencional)
Portinhola (curva)
Válvula do motor
Outras
Desconhecida
Configuração de válvulas — Válvula individual (s.v.) Baixa
Válvula individual com capacidade de inserção
dentro da válvula
Válvula individual com niple separado e linha de
controle para a válvula insertável
Válvula superior em linha com hot backup
Válvula inferior em linha com hot backup
Válvula superior em linha com cold backup
Válvula inferior em linha com cold backup
Válvula superior em linha com backup híbrido

Característica de equalização — Com característica de equalização Baixa


Sem característica de equalização
Desconhecido
Tamanho nominal — — Alta
Diâmetro externo máximo — — Média
Diâmetro interno mínimo — — Média
Pressão — — Baixa
Tipo de pistão — Haste Alta
Concêntrico
Haste e concêntrico
Outros
Desconhecido
Número de pistões Número total de pistões Numérico Baixa
na válvula
Número de linhas de controle Número total de linhas de Numérico Baixa
controle conectadas à
válvula

Função da linha de controle — Não instalado Baixa


secundária Linha de balanço

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Item:Válvula de segurança de tubo de produção (TR) Categoria: Item de coluna Priorida


Nome Descrição Lista de unidades ou códigos de
Isolamento permanente
Isolamento temporário
Operação normal
Outros
Desconhecido
Configuração e tipo de selo Descrever a Campo de caracteres Baixa
configuração e os
materiais usados em
selos dinâmicos e
estáticos
Especificação de material para Material usado para as Lista de códigos de materiais metálicos Alta
— obturador partes de válvulas mais
— sede importantes. “Sede” aqui
— camisa/pistão significa sede do
obturador
Princípio de controle — Hidráulico Média
Hidráulico com carga de
nitrogênio como fonte de
alimentação adicional
Hidráulico com linha de balanço
para instalação no fundo
Eletromagnético com fonte de
alimentação de fundo de poço
Operado por solenoide com
cabo elétrico
Outros
Desconhecido

Comentários — Campo de caracteres Baixa

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Tabela A.88 —DHSV/WR-SCSSV do tipo recuperável por cabo de aço (Wireline-retrievable (WR)

Item: Válvula de segurança de subsuperfície Categoria: Item inserido Prioridade


(WR)

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos


Modelo Dar uma única designação de Caracteres (25) Alta
modelo de item

Número da peça — — Média


(operador)
Número da peça (fabric.) — — Alta
Fabricante — Todos os principais fabricantes de equipamentos Média
para campos de petróleo

Comprimento — Metros Alta


Princípio do obturador — Esfera Média
Portinhola (fl apper) (convencional)
Portinhola (fl apper) (curvada)
Poppet
Outros
Desconhecido
Configuração da válvula — Válvula individual (s.v.) Baixa
Válvula individual com capacidade de receber
elemento insertável dentro da válvula
Válvula individual com niple separado e linha de
controle para a válvula insertável
Válvula superior em linha (tandem) com hot
backup
Válvula inferior em linha (tandem) com hot
backup
Válvula superior em linha (tandem) com cold
backup
Válvula inferior em linha (tandem) com cold
backup
Válvula superior em linha (tandem) com backup
híbrido

Característica de — Com característica de equalização Baixa


equalização
Sem característica de equalização
Desconhecido
Tamanho Nominal — — Alta
Diâmetro externo — — Média
máximo
ID mínimo — — Média
Pressão — — Baixa
Tipo de pistão — Haste Alta
Concêntrico
Haste e concêntrico
Outro
Desconhecido
Número de pistões Número total de pistões na Número Baixa
válvula
Número de linhas de Número total de linhas de Número Baixa
controle controle conectadas à
válvula

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Item: Válvula de segurança de subsuperfície Categoria: Item inserido Prioridade


(WR)

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos


Função da linha de — Não instalada Baixa
controle secundária
Linha de balanço
Isolamento permanente
Isolamento temporário
Operação normal
Outras

Desconhecida
Configuração e tipo de Descrever a configuração e os Campo de caracteres Baixa
selagem materiais usados em selos
dinâmicos e estáticos

Espec. de materiais para — Lista de códigos de materiais metálicos Alta


 obturador
 sede
 flowtube/pistão
Princípio de controle — Hidráulico Média
Hidráulico com carga de nitrogênio como fonte
de alimentação adicional
Hidráulico com linha de equalização para
instalação profunda
Eletromagnético com fonte de alimentação do
poço
Operada por solenoide com cabo elétrico
Outro
Desconhecido

Comentários — Campo de caracteres Baixa

A.2.7.4 Dados de produção/injeção

Os dados operacionais que devem ser coletados para equipamentos de completação de poços
estão relacionados na Tabela A.89. Os dados são específicos para o poço e proporcionam uma
referência genérica para o ambiente de trabalho para todos os equipamentos no poço.
Recomenda-se que os dados de produção/injeção sejam coletados mensalmente.

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Tabela A.89 — Dados operacionais de produção/injeção

Dados Descrição Lista de unidades ou códigos

Ano — —
Mês — —
Pressão na cabeça de poço Pressão na cabeça do poço surgente Pascal (bar)
Temperatura da cabeça do poço Temperatura na cabeça do poço em condições de Graus Celsius
escoamento
Escoamento diário de gás Escoamento diário representativo de gás Metros cúbicos padrão por dia
Escoamento diário de óleo Escoamento diário representativo de óleo Metros cúbicos padrão por dia
Escoamento diário de condensado Escoamento diário representativo de condensado Metros cúbicos padrão por dia
Escoamento diário de água Escoamento diário representativo de água Metros cúbicos padrão por dia
Concentração de H2S Concentração diária representativa de H2S % mol ou gramas por
tonelada métrica a
Concentração de CO2 Concentração diária representativa de CO2 % mol ou gramas por
tonelada métrica a
Comentários Outras informações consideradas relevantes —

a Gramas por tonelada métrica é o equivalente de partes por milhão (ppm), uma unidade que não é aprovada pela ISO.

A.2.7.5 Dados de falha e manutenção

O equipamento de completação de poço instalado permanentemente é normalmente operado até


ocorrer uma falha. A substituição preventiva pode ser realizada para alguns itens da coluna, como
válvulas de segurança de subsuperfície controladas da superfície (SCSSV), recuperáveis por
wireline.
Em casos raros, os itens podem ser reparados no poço. Pode ser esse o caso, normalmente, com
válvulas de segurança de subsuperfície controladas da superfície (SCSSV) recuperáveis no
revestimento ou na coluna de produção (casing or tubing retrievable).
Se uma ação de reparo no poço for bem-sucedida no restabelecimento da função de um item, pode-
se registrá-la, identificando-se o registro da falha para o item que inicialmente falhou. Dependendo
da categoria do item, o registro de falha do item pode ser avaliado conforme descrito na Tabela 8. A
ação de reparo no poço é registrada mudando-se o código de ação remediadora e informando-se a
data da ação remediadora. Caso uma falha ocorra no mesmo item em uma fase posterior, deve-se
inserir um novo registro de falha conforme descrito anteriormente.
Recomenda-se que sejam coletadas informações sobre testes de válvulas no poço, pois estas
fornecem informações valiosas referentes à interpretação das tendências de falha no poço.

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A.2.8 Perfuração

A.2.8.1 Top drives

Tabela A.90 — Classificação de tipo — Top drives

Classe de equipamento — Nível 6 Tipo de equipamento

Descrição Código Descrição Código

Equipamento de perfuração DE Acionamento hidráulico HD


Acionamento elétrico ED

Um top drive (chamado também, frequentemente, power swivel) é um equipamento que executa as
seguintes funções:
— rotação da coluna de perfuração (anteriormente realizada pela mesa rotativa);
— fornecimento de um meio para injeção do fl uido de perfuração (anteriormente realizado pela
cabeça de injeção rotativa – swivel);
— desconexão/conexão de tubo (anteriormente realizada pelo estaleirador automático de tubo de
perfuração – iron rougneck);
— fechamento do tubo de perfuração por uma válvula integrada do kelly (anteriormente realizado
pela válvula do kelly em conexão com a mesa rotativa);
— subida e descida da coluna de perfuração mediante o uso de um elevador-padrão
(anteriormente realizado pelo guincho, usando-se o mesmo tipo de elevador).
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Os top drives podem ser acionados eletricamente ou hidraulicamente. Caso sejam acionados
hidraulicamente, normalmente são utilizados vários motores hidráulicos.
Braços de elevadores e elevadores não são considerados partes do top drive (equipamento-padrão
de perfuração).

Tabela A.91 — Subdivisão de equipamentos — Top drives

Unidade de Top drive/cabeça de injeção motorizada


equipamento
Subunidade Acionadores Engrenagem Cabeça de Conjunto de Lubrificação Controle e Diversos
injeção manuseio de monitoração
rotativa tubos
Itens passíveis Acionador Mancais Pescoço de Braço de Tanque de Painel de Frame do
de elétrico ganso suspensão óleo controle carrinho de
manutenção Vedação / alinhamento
incluindo
Acionador selos Vedação/ Controle
atuadores Trocador de
hidráulico selos Inside BOP
Acoplamento de Calor Gabinete de
Mancal radial, ao Mancal inclinação solenóide (válvulas do
de escora e acionador axial, Motor de elétrica e/ou kelly)
Bomba com
axial radial e de posicionam motor hidráulica
Acoplamento ento do Compensador de
ao swivel empuxo Malhas de
equipament Válvulas contrabalanço/
o de serviço read-saver
Pinhões Alojador do
swivel manuseio Filtros Manifolds system
Rodas de tubos
dentadas Haste do Acoplador do Óleo Caixa de
swivel swivel lubrificante junção
Chave de
torque

Tabela A.92 — Dados específicos do equipamento — Top drives


Nome Descrição Lista de unidades ou Priorida
códigos de
Tipo de acionador Especificar o tipo Elétrico, hidráulico Alta
Número de acionamentos Específica o número Número Alta
(aplicável apenas a acionamentos
hidráulicos)
Requisitos de potência hidráulica Pressão Pascal (bar) Alta
(aplicável apenas a acionamentos Vazão Litros por minuto
hidráulicos)
Categoria do motor Especificar o tipo Indução, síncrono Alta
(aplicável apenas a acionamentos
elétricos)
Requisitos de alimentação elétrica Tensão Volt Alta
(aplicável apenas a acionamentos Corrente Ampère
elétricos)
Potência nominal Potência máxima Quilowatt Alta
Potência de operação normal Potência Quilowatt Alta
Velocidade Velocidade máxima Revoluções por minuto Alta
Velocidade normal Revoluções por minuto
Torque Torque máximo Newton·metro Alta
Na velocidade normal Newton·metro
Na velocidade máxima Newton·metro

Utilidades de pressão Pressão hidráulica Pascal (bar) Baixa


Pressão de ar Pascal (bar)

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Nome Descrição Lista de unidades ou Priorida


códigos de
Utilidades de vazão Vazão hidráulico Litros por minuto Baixa
Vazão do ar Litros per minute
Dolly frame retrátil Especificar Sim/não Baixa
Capacidade de pressão da lama Pressão Pascal (bar) Baixa
Pressão de projeto de BOP interna Pressão Pascal (bar) Baixa
Capacidade da chave de torque Diâmetro Milímetros Baixa
Torque Newton·metro
Capacidade do suspensor do braço do Capacidade Quilograma Alta
elevador

A.2.8.2 Preventor de Blowout (BOP)

Tabela A.93 — Classificação de tipo – Preventor de Blow-out (BOP)


Classe de equipamentos — Nível 6 Tipo
Descrição Código Descrição Código
Equipamento de perfuração DE BOP de superfície BT
BOP submarino BS

A.2.8.2.1 Descrição do preventor de Blowout (BOP)

Existem dois tipos principais de BOP usados para perfuração:


a) os BOP de superfície são usados para operações em terra ou para estruturas que são fixadas no
fundo do mar;
b) os BOP submarinos são usados para perfuração a partir de uma unidade flutuante; esse BOP é fi
xado na cabeça de poço no fundo do mar.
Em princípio, um BOP de superfície é semelhante a um BOP submarino. As principais diferenças
estão relacionadas ao controle das funções do BOP e que o BOP de superfície, em geral, possui
menos funções que o BOP submarino. Além disso, um BOP submarino possui uma junta flexível no
topo para permitir a variação no ângulo do riser.
Em operações de perfuração normais, a pressão do fluido de perfuração é superior à pressão do
reservatório. Isso impede a entrada descontrolada do fluxo de fluidos de formação no poço.
A pressão do reservatório pode, ocasionalmente, por vários motivos, ultrapassar a pressão do fluido
de perfuração. Isso provoca um influxo descontrolado de fluidos de formação para dentro do furo do
poço. A principal função do BOP é, portanto, fechar o poço, a fi m de circular o fluido de perfuração
com uma maior densidade para restabelecer o controle hidrostático do poço.
O BOP também pode ser usado para outras finalidades, como testes no revestimento, teste de
injetividade (leak-off testing), compressão de cimento (squeeze) etc.
O exemplo de taxonomia de BOP dado na Figura A.29 está relacionado com os BOP montados sobre
o fundo do mar, usados para perfuração .

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A.2.8.2.2 Definições de fronteira para o BOP

Um BOP consiste tipicamente nos seguintes componentes principais:


a) um ou dois BOP anulares que vedam qualquer tubo no poço;
b) de três a seis BOP tipo gaveta que, dependendo das suas características, podem vedar vários
tubos no poço, cortar tubos e vedar um furo aberto;
c) um conector principal que conecta o BOP à cabeça de poço e, além disso, para um BOP
submarino, um conector na parte inferior do riser submarino (lower marine riser package –
LMRP) que pode desconectar o riser do BOP;
d) de quatro a dez válvulas das linhas do choke e kill que podem ser operadas para que a pressão
contida no BOP possa ser observada, o fluido pressurizado circulado para fora do poço e o fluido
pressurizado bombeado no poço.
Tabela A.94 — Subdivisão de equipamentos — Preventor de erupção (BOP)
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Unidade de Preventor de Erupção (BOP)


Equipamento
Subunidade Preventores, Conectores Junta flexível Sistema de Sistema de
válvulas e linhas hidráulicos (BOP submarino) controle controle de backup
Itens passíveis de Preventores LMRP e conector Elemento flexível Submarino Submarino
manutenção anulares da cabeça de
poço Alojador
Corpo Guia-tubos de pod Válvulas
Corpo Flanges Válvulas piloto solenóides
Flanges
Elemento de Mecanismo de Válvulas seletivas Válvulas piloto
vedação travamento Acumuladores Válvulas seletivas
Pistão hidráulico Pistão Válvulas de Acumuladores
Selos Anel de vedação regulagem de Unidade de
do orifício pressão controle
Preventores de principal submarino
gaveta Selos Fluido de controle Bateria
hidráulico Transdutores
Corpo
Flanges Selos Superfície
Bloco de gaveta
Selos de gaveta Tubulação Unidade de
Lâmina de controle de
Feixes hidráulicos
cisalhamento superfície
(linhas piloto e
Pistão Transdutores
alimentação
Selos principal)
Válvulas de kill- Cabos múltiplos
and-choke
Linha de
Atuador alimentação
Alojamento do hidráulica rígida
pescoço de
ganso Superfície
Gaveta
Painéis de
Selos
controle
Linhas de kill- Unidade de
and-choke controle de
Linha conectada superfície
ao riser Unidade de força
Acopladores hidráulica
Selos
Pod reels
Válvula seletora
de pod

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Tabela A.95 — Dados específicos do equipamento — Preventor de erupção (BOP)

Nome Descrição Lista de unidades ou códigos Prioridade

Tipo de sonda Especificar Flutuante com sistema de Alta


posicionamento dinâmico, ancorada,
auto-elevatória, etc.
Fabricante/fornecedor do BOP Especificar Texto livre Alta
Dimensão Especificar (diâmetro Milímetros (polegadas) Alta
interno)
Tamanho Altura e massa Milímetros (polegadas), quilogramas Baixa
(toneladas)
Pressão Especificar Pascal (libras por polegada quadrada) Alta
Preventores de gaveta – Especificar Texto livre Alta
fabricante (e modelo)
Preventores de gaveta – Especificar Pascal (libras por polegadas quadradas) Alta
pressão
Número de preventores de Especificar Número Alta
gaveta
Preventores anulares – Especificar Texto livre Alta
fabricante (e modelo)
Preventores anulares, pressão Especificar Pascal (libras por polegadas quadradas) Alta
Número de preventores Especificar Número Alta
anulares
Conector LMRP – fabricante e Especificar Texto livre Média
modelo
Pressão do conector LMRP Especificar Pascal (libras por polegada quadrada) Alta
Conector de cabeça de poço – Especificar Texto livre Média
fabricante (e modelo)
Pressão do conector da cabeça Especificar Pascal (libras por polegada quadrada) Alta
do poço
Válvula de choke-and-kill – Especificar Texto livre Média
fabricante (e modelo)
Número de válvulas choke-and- Especificar Número Média
kill
Tipo de fluido de controle Especificar A base de óleo, a base de água Média
Tipo de sistema de controle Especificar Multiplexado, hidráulico de piloto, outros Média
Sistema de controle de Especificar Texto livre Alta
redundância
Sistema de controle de backup Especificar Texto livre Média

A.2.9 Utilidades
Não são incluídos exemplos no Anexo A.
NOTA - As utilidades podem incluir desde equipamentos individuais (por exemplo: bombas) até
conjuntos mais complexos (pacotes).
EXEMPLOS - Sistema de água de incêndio, HVAC, fonte de energia hidráulica, etc.
Dependendo da aplicação, os dados podem ser coletados no nível da unidade individual e a
confiabilidade estimada calculando-se a confiabilidade total do conjunto de utilidade. Como
alternativa, os dados podem ser coletados para o sistema de utilidade completo como um todo.
É necessário estabelecer a definição taxonômica definida ou adaptada à alternativa selecionada.

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Anexo B
(normativo)

Interpretação e notação de parâmetros de falha e manutenção

B.1 Interpretação de falhas

Ao planejar a coleta de dados (ver 7.1.2 e B.2.6), esteja ciente de que uma falha pode
ocorrer em um dos vários modos de falha, como, por exemplo, perda completa da função,
degradação da função abaixo de um limite aceitável ou uma imperfeição no estado ou
condição de um item (falha incipiente) que provavelmente resultará numa falha funcional
caso não seja corrigida.
Esteja ciente também de que pode ser útil fazer uma distinção entre a coleta de dados
para fins de confiabilidade e para fins de disponibilidade, conforme indicado a seguir:
a) Para fins de confiabilidade, são principalmente as falhas intrínsecas da unidade de
equipamento que são de interesse, ou seja, as falhas que precisam ser registradas
são as físicas que ocorrem no equipamento sendo considerado e que normalmente
requerem serviços de restauração (manutenção corretiva)
b) Para o histórico de toda a vida útil do equipamento, é necessário registrar todas as
ações de manutenção preventiva de forma semelhante às de manutenção corretiva.
c) Para fins de disponibilidade, convém que se registrem todas as falhas que causaram
alguma interrupção no funcionamento do equipamento. Tais falhas podem incluir
paradas devidas à ultrapassagem de limites operacionais (por exemplo: desarmes)
onde não tenha ocorrido nenhuma falha física no equipamento.
d) Mesmo que não ocorra nenhuma falha dentro do período de observação, é possível
estimar a taxa de falha através de dados devidamente censurados (ver C.3.3).
Dessa forma, o registro do histórico de confiabilidade também pode ser útil para
equipamentos em períodos sem falhas.

A Tabela B.1 fornece orientação sobre essa questão distinguindo os dados coletados
como dados de confiabilidade e dados adicionais coletados como dados de disponibilidade.
O Anexo F e a norma IEC 61508 também fornecem orientação sobre o que se
considerar uma falha para equipamentos de segurança. Tal definição pode estar
relacionada à perda funcional, à capacidade reduzida ou à operação fora dos limites
prescritos.
Talvez não seja possível uma descrição completa de uma falha antes que uma ação
corretiva seja realizada. Em alguns casos (falhas incipientes), a ação corretiva pode ser
deliberadamente adiada (por exemplo: manutenção de oportunidade). Nesse caso, pode
ser necessário registrar tanto a data de detecção da falha quanto a data da ação
corretiva. Para efeitos de análise, convém que esta última data seja normalmente usada.

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Tabela B.1 — Falha em relação à confiabilidade e disponibilidade

Tipo de falha/manutenção a ser registrada Confiabilidade Disponibilidade

Falhas que exigem a realização de alguma ação de manutenção corretiva Sim Sim
(reparo, reposição)
Falha descoberta durante a inspeção, realização de ensaios e/ou Sim Sim
manutenção preventiva que exige reparo ou reposição de itens tipicamente
sem desgaste (selos, mancais, impelidores, etc.)
Falha de dispositivos de segurança ou de controle/monitoração que Sim Sim
necessitam de parada (desarme) ou redução da capacidade dos itens para
um nível abaixo dos limites especificados
Parada (trip) do item (controlada automática ou manualmente) devido a Não Sim
condições externas ou erros de operação, onde não é revelada nenhuma
condição de falha física do item
Falha do equipamento causada pelo impacto externo (por exemplo: falta Não Sim
de energia elétrica, impacto estrutural, etc.)
Substituição periódica de consumíveis e peças com desgaste normal Não Não
Pequenos serviços de manutenção previstos, tais como ajustes, lubrificação, Não Sim
limpeza, substituição do óleo, substituição ou limpeza de filtro, pintura, etc.
Ensaios e inspeções Não Sim
Ativações “sob demanda” Sim Sim
a
Manutenção preventiva ou planejada Sim (Não) Sim
Modificações, novos serviços, upgrades b
No Sim/Não
a Para se obter o histórico completo do equipamento, convém que se registre a manutenção preventiva efetiva. Para o registro de
falhas apenas, isso é dispensável.
b As modificações normalmente não fazem parte da manutenção, mas são freqüentemente efetuadas pelo pessoal de manutenção.

B.2 Notações de dados de falha e manutenção

B.2.1 Generalidades

A fim de limitar o tamanho da base de dados e facilitar a análise dos mesmos,


recomenda-se que sejam usadas informações codificadas onde aplicável. Um problema
com os códigos é que informações potencialmente úteis podem ser perdidas e que a
seleção de códigos inapropriados pode levar a informações não informativas. Um
excesso de códigos pode gerar confusão e estes podem sobrepor-se, enquanto que uma
quantidade pequena demais de códigos pode não descrever suficientemente a área que
se deseja cobrir. Uma definição e interpretação unificada de códigos é necessária para
se obterem informações altamente confiáveis.
Em todos os casos, recomenda-se complementar a codificação com capacidade adicional
de texto livre a fim de melhorar a interpretação de eventos individuais, tanto para
efeitos de qualidade antes dos dados serem introduzidos na base de dados quanto para
uma análise detalhada subseqüente de registros individuais (por exemplo: eventos de
falhas).
O Anexo B.2 apresenta um método de codificação que demonstrou ser útill na coleta de
dados de confiabilidade e manutenção (CM) na indústria de petróleo e gás natural, e
convém que seja igualmente aplicável a classes de equipamentos semelhantes na
indústria petroquímica. Para alguns equipamentos específicos e/ou usos específicos,
podem ser empregados códigos complementares.
Deve-se desenvolver um método de registro de falha (ver 7.1.2) que registre a hora e a

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data da falha juntamente com detalhes do modo de falha (ver B.2.6), do mecanismo de
falha (ver B.2.2) e da causa da falha (causa raiz) (ver B.2.3). Também, deve-se
registrar o método de detecção (ver B.2.4) e a atividade de manutenção (ver B.2.5).
Utilize os códigos estabelecidos nas tabelas, onde possível, e o texto livre adicional onde
necessário.
Deve-se tomar cuidado ao se distinguir mecanismo de falha de modo de falha.
Os modos de falha são apresentados no Anexo B nas Tabelas B.6 a B.12 para os
exemplos de equipamentos incluídos no Anexo A conforme mostrado na Tabela A.4.
Recomenda-se que os códigos de subdivisão para mecanismos de falha e causas de
falha, como, por exemplo, os números 1.1, 1.2, etc., sejam preferíveis antes do código
de falha de categoria geral, como, por exemplo, 1, e assim por diante (ver Tabelas B.2.
e B.3).
A Tabela 3 mostra como o modo de falha, o mecanismo de falha e a causa da falha se
relacionam aos diferentes níveis de taxonomia.

B.2.2 Mecanismo de falha

O mecanismo de falha é o processo físico, químico ou outro processo ou combinação de


processos que gera a falha. É um atributo do evento de falha que pode ser deduzido
tecnicamente, como, por exemplo, a causa observada aparente da falha. A(s) causa(s)
raiz(es) do mecanismo de falha é/são codificada(s) sempre que essa informação está
disponível. (Um campo separado para essa finalidade é recomendado nesta Norma
Internacional.)
Os códigos de mecanismos de falha são basicamente relacionados a uma das seguintes
categorias principais de tipos de falha:
a) falhas mecânicas;
b) falhas de materiais;
c) falhas de instrumentação;
d) falhas elétricas;
e) influência externa;
f) diversos.

Essa categorização é um tanto quanto grosseira e dentro de cada categoria recomenda-


se uma categorização mais detalhada, conforme mostrado na Tabela B.2. Se não houver
informações suficientes para se aplicarem códigos nesse subnível, podem ser usados os
códigos no nível principal relacionados abaixo. Isso significa que recomenda-se que os
códigos descritivos para falhas mecânicas, enumeradas 1.1, 1.2, etc., sejam preferíveis
ao código de falha de categoria geral, 1.0, e assim por diante (ver Tabela B.2).
Convém que o mecanismo de falha seja normalmente relacionado a um nível de
intervenção inferior (nível de subunidade ou item passível de manutenção. Em termos
práticos, o mecanismo de falha representa um modo de falha no nível do item passível
de manutenção.
Deve-se tomar cuidado ao se distinguir mecanismo de falha de modo de falha.
EXEMPLO Registrou-se que uma válvula começou a vazar hidrocarbonetos para o meio
ambiente, mas não foram registradas outras causas. Aqui, convém que o modo de falha
seja codificado ELP (“external leak of process medium” ou vazamento externo de fluido
de processo) e que o mecanismo de falha seja codificado como desconhecido (6.4), e não
vazamento (1.1).
O mecanismo de falha também está relacionado à causa da falha (ver B.2.3); o objetivo
deste último é revelar a causa raiz subjacente da falha.

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São identificadas seis categorias de mecanismos de falha na Tabela B.2, juntamente


com subdivisões e códigos relacionados a serem usados nas bases de dados.

Tabela B.2 — Mecanismo de falha

Mecanismo de falha Subdivisão do mecanismo


de falha

Número Notação Número Notação Descrição do mecanismo de falha


do do código
código
1 Falha 1.0 Geral Uma falha relacionada a algum defeito mecânico, mas onde
mecânica não são conhecidos outros detalhes

1.1 Vazamento Vazamento externo e interno, seja de líquidos ou gases: Se o


modo de falha no nível da unidade de equipamento for
codificado como “vazamento”, deve-se usar um mecanismo de
falha mais baseado em motivos causais onde possível.
1.2 Vibração Vibração anormal. Se o modo de falha no nível do equipamento
for a vibração, que é um mecanismo de falha mais baseado em
motivos causais, convém que a causa da falha (causa raiz) seja
registrada onde possível.

1.3 Falha de Falha causada por falha de folga/alinhamento


folga/alinhamento

1.4 Deformação Distorção, dobramento, empenamento, amassamento,


deformação elástica, encolhimento, empolamento, fluência, etc.
1.5 Frouxidão Desconexão, itens frouxos
1.6 Agarramento Agarramento, gripamento, emperramento por motivos outros que
não falhas de deformação ou de folga/alinhamento
2 Falha de 2.0 Geral Uma falha relativa a um defeito no material, mas sem outros
material detalhes conhecidos
2.1 Cavitação Relevante para equipamentos tais como bombas e válvulas
2.2 Corrosão Todos os tipos de corrosão, tanto a molhada (eletroquímica)
quanto a seca (química)
2.3 Erosão Desgaste erosivo
2.4 Desgaste Desgaste abrasivo e adesivo como, por exemplo, riscamento,
descamação, desgaste, corrosão por atrito
2.5 Ruptura Fratura, brecha, trinca
2.6 Fadiga Caso se possa determinar que a causa da ruptura foi a fadiga,
recomenda-se que se use esse código.
2.7 Sobreaquecimento Danos no material devidos ao sobreaquecimento/queima
2.8 Ruptura Item rompido, queimado, explodido, implodido, etc.
3 Falha no 3.0 Geral Falha relativa à instrumentação, mas sem detalhes conhecidos
instrumento 3.1 Falha de controle Regulagem inexistente ou com falha
3.2 Sem sinal/ Sem sinal/indicação/alarme quando previsto
indicação/alarme
3.3 Sinal/indicação/ Sinal/indicação/alarme está errado em relação ao processo real.
alar-me com falha Pode ser espúria, intermitente, oscilante, arbitrária
3.4 Fora de ajuste Erro de calibração, variação de parâmetro
3.5 Falha de software Controle/monitoração/operação inexistente ou com falha devido a
uma falha de software
--`,,```,,,,````-`-`,,`,,`,`,,`---

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Mecanismo de falha Subdivisão do mecanismo


de falha

Número Notação Número Notação Descrição do mecanismo de falha


do do código
código
3.6 Falha de Vários itens de instrumentos falharam simultaneamente, como,
causa/modo por exemplo, detectores de incêndio e gás redundantes; além
comum disso, falhas relativas a uma causa comum.

4 Falha elétrica 4.0 Geral Falhas relativas à alimentação e transmissão de energia


elétrica, mas onde não são conhecidos maiores detalhes
4.1 Curto circuito Curto circuito
4.2 Circuito aberto Desligamento, interrupção, fio/cabo partido
4.3 Sem Ausência ou insuficiência de alimentação elétrica
energia/tensão
4.4 Falha de tensão/ Alimentação elétrica faulty, como, por exemplo, sobretensão
energia
4.5 Falta à terra/de Falta à terra, baixa resistência elétrica
isolamento
5 Influência 5.0 Geral Falha causada por algum evento externo ou substâncias fora
externa da fronteira, mas sem maiores detalhes conhecidos
5.1 Bloqueio/ Fluxo restrito/bloqueado devido a incrustações, contaminação,
entupimento gelo, garantia de fluxo (hidratos), etc.
5.2 Contaminação Fluido/gás/superfície contaminada, como, por exemplo, óleo
lubrificante contaminado, cabeçote do detector de gás
contaminado
5.3 Diversas Objetos estranhos, impactos, influência ambiental de sistemas
influências vizinhos.
externas
6 Diversos a 6.0 Geral Mecanismo de falha que não se enquadra numa das categorias
relacionadas abaixo
6.1 Nenhuma causa Falha investigada, mas causa não revelada ou muito incerta
encontrada
6.2 Causas Várias causas: Se houver uma causa predominante convém
combinadas que a mesma registrada

6.3 Outros Nenhum código aplicável: Usar texto livre.


6.4 Desconhecido Nenhuma informação disponível
a O responsável pela aquisição dos dados deve julgar qual é o descritor de mecanismo de falha mais importante se houver mais
de um, e tentar evitar os códigos 6.3 e 6.4.

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B.2.3 Causa da falha

O objetivo desses dados é identificar o evento iniciador (“causas raízes”) na seqüência


conduzindo a uma falha de um equipamento. São identificadas cinco categorias de falha na
Tabela B.3 juntamente com subdivisões e códigos relacionados a serem usados nas bases de
dados.
As causas de falhas são classificadas nas seguintes categorias:
1) causas relacionadas ao projeto;
2) causas relacionadas à fabricação/instalação;
3) falhas relacionadas à operação/manutenção;
4) falhas relacionadas ao gerenciamento;
5) diversos.

Quanto ao mecanismo de falha, a causa da falha pode ser registrada em dois níveis,
dependendo da quantidade de informações disponíveis. Se as informações forem escassas,
apenas uma classificação grosseira, ou seja, códigos 1, 2, 3, 4 e 5, pode ser possível,
enquanto que um número de código de subdivisão mais detalhado pode ser registrado se
houver mais informações disponíveis.
As causas de falhas não são normalmente conhecidas a fundo quando a falha é observada e, a
fim de se revelar a causa raiz de uma falha, pode ser útil uma análise de causa raiz. Isso é
particularmente relevante para falhas de uma natureza mais complexa e quando é importante
evitar a falha devido a suas conseqüências. Os exemplos incluem falhas com graves
conseqüências ambientais e/ou de segurança, taxas de falhas anormalmente altas em
comparação com a média e falhas com um alto custo de reparo.
São necessários os devidos cuidados de maneira a não confundir o mecanismo de falha (que
descreve a causa aparente observada da falha) com a causa da falha (que descreve a causa
subjacente ou raiz de uma falha).

Tabela B.3 — Causas de falhas


Número Notação Número do Subdivisão da causa Descrição da causa da falha
do código da da falha
código subdivisão

1 Causas 1.0 Geral Projeto ou configuração de equipamento inadequada (formato,


relacionadas ao tamanho, tecnologia, configuração, operabilidade,
projeto mantenabilidade, etc.), mas sem maiores detalhes conhecidos
1.1 Capacidade Dimensionamento/capacidade inadequadas
inadequada
1.2 Material inadequado Seleção de material inadequado
2 Causas 2.0 Geral Falha relativa à fabricação ou instalação, mas sem maiores
relacionadas à detalhes conhecidos
fabricação / 2.1 Erro de fabricação Falha de processo ou fabricação
instalação 2.2 Erro de instalação Falha de instalação ou montagem (montagem após a manutenção
não incluída)
3 Falha relacionada a 3.0 Geral Falha relacionada à operação/uso ou manutenção do
operação / equipamento, mas sem maiores detalhes conhecidos
manutenção 3.1 Serviço fora de projeto Condições de serviços fora de projeto ou não previstas, como, por
exemplo, operação do compressor fora da envoltória, pressão
acima da especificação, etc.
3.2 Erro de operação Erro, uso indevido, negligência, lapsos, etc. durante a operação
3.3 Erro de manutenção Erros, enganos, negligência, lapsos, etc. durante a manutenção
3.4 Desgaste previsto Falha causada pelo desgaste resultante da operação normal da
unidade de equipamento
4 Falha relacionada a 4.0 Geral Falha relativa a questões de gerenciamento, mas sem maiores
manutenção detalhes conhecidos

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Número Notação Número do Subdivisão da causa Descrição da causa da falha


do código da da falha
código subdivisão

4.1 Erro de documentação Falha relativa a procedimentos, especificações, desenhos,


relatórios, etc.
4.2 Erro de gerenciamento Falha relativa ao planejamento, organização, garantia da
qualidade, etc.
5 Diversos a 5.0 Diversos - geral Causas que não se enquadram numa das categorias relacionadas
acima
5.1 Nenhuma causa Falha investigada, mas nenhuma causa específica encontrada
encontrada
5.2 Causa comum Causa/modo comum
5.3 Causas combinadas Várias causas estão agindo simultaneamente. Se uma causa for
predominante, a mesma deve ser destacada
5.4 Outros Nenhum dos códigos acima se aplica. Especificar a causa como
texto livre.
5.5 Desconhecido Nenhuma informação disponível relacionada à causa da falha
a O responsável pela aquisição de dados deve julgar qual é a causa mais importante se existir mais de uma, e tentar evitar os códigos
5.4 e 5.5.

B.2.4 Método de detecção

Esse é o método ou atividade através da qual uma falha é descoberta. Essa informação é de
vital importância ao se avaliar o efeito da manutenção como, por exemplo, para distinguir
entre falhas descobertas por uma ação planejada (inspeção, manutenção preventiva) ou por
acaso (observação casual). Nove categorias de métodos de detecção são identificadas na
Tabela B.4, juntamente com os códigos relacionados a serem usados nas bases de dados.

Tabela B.4 — Método de detecção

Número Notação a Descrição Atividade


1 Manutenção Falha descoberta durante o serviço preventivo, reposição ou
periódica revisão geral de um item durante a execução do programa de
manutenção preventiva
2 Ensaios Falha descoberta ativando-se uma função prevista e
funcionais comparando-se a resposta em relação a um padrão pré-
definido. Esse é um método típico para se detectarem falhas
ocultas
Atividades
3 Inspeção Falha descoberta durante a inspeção planejada, como, por
programadas
exemplo, inspeção visual, ensaio não destrutivo
4 Monitoração Falhas reveladas durante a monitoração periódica de condições
periódica de planejada e programada de um modo de falha pré-definido,
condições b manual ou automaticamente como, por exemplo, termografia,
medição de vibração, análise de óleo, amostragem
5 Monitoração Falhas reveladas durante a monitoração contínua das
contínua de condições de um modo de falha pré-definido Monitoração
condições b contínua
6 Interferência de Falha descoberta por distúrbios e redução na produção, etc.
produção
7 Observação Observação casual durante verificações de rotina ou casuais do
casual operadores, principalmente através dos sentidos (ruído, cheiro,
fumaça, vazamento, aparência, etc.)
8 Manutenção Falha observada durante a manutenção corretiva Ocorrências
corretiva casuais
9 Sob demanda Falha descoberta durante uma tentativa sob demanda de ativar
uma unidade de equipamento (por exemplo: a válvula de
segurança não fecha com o sinal de ESD, a partida de uma
turbina a gás não ocorre sob demanda, etc.)

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Número Notação a Descrição Atividade


10 Outros Outro método de observação e/ou uma combinação de vários Outros
métodos
a A notação específica para detectores de incêndio e gás, sensores de processo e unidades lógicas de controle. Os códigos acima
devem ser interpretados conforme segue:
ensaio funcional ensaio funcional periódico
observação casual observação no campo
MC periódica estado anormal descoberto pelo pessoal da sala de controle (sem anunciação da falta)
MC contínua anunciação de falta na sala de controle (alarme audível e/ou visível)
b O monitoramento das condições implica no uso de equipamentos e/ou algoritmos específicos para monitorar as condições do
equipamento em relação a modos de falha pré-definidos (observe que “ensaio” e “inspeção” são códigos separados). A monitoração
de condições (MC) pode ser dividida ainda em 1) monitoração periódica ou 2) monitoração contínua, conforme segue:
1) MC periódica : a monitoração de condições periódica inclui técnicas, tais como termografia, medição de vibração off-line, análises
de óleo, verificações de calibração e amostragem;
2) MC contínua: supervisão instrumental contínua dos parâmetros de processo e condições do equipamento, como, por exemplo,
temperatura, pressão, vazão, RPM, para detectar condições operacionais anormais.

B.2.5 Atividade de manutenção

Doze categorias de atividades de manutenção são identificadas na Tabela B.5 juntamente


com códigos relacionados a serem usados nas bases de dados para manutenção corretiva e
preventiva.
Tabela B.5 — Atividade de manutenção
Númer Atividade Descrição Exemplos Uso a
o do
código
1 Reposição Substituição do item por um novo ou Substituição de um mancal gasto C, P
reformado do mesmo tipo e marca
2 Reparo Ação de manutenção manual realizada Vedar novamente, soldar, tampar C
para restabelecer a aparência ou estado reconectar, refazer, etc.
originais de um item
3 Modificação Substituir, renovar ou alterar o item, ou Instalar um filtro com um diâmetro de C, P
b
parte do mesmo, substituindo-o por um malha menor, substituir uma bomba de
item/peça de um tipo, marca, material ou óleo lubrificante por outro tipo,
projeto diferente reconfiguração, etc.
4 Ajuste Ajustar qualquer condição fora de Alinhamento, ajuste e reajuste, C, P
tolerância para uma condição dentro da calibragem, balanço
tolerância
5 Readaptaçã Atividade de reparo/manutenção menor Polimento, limpeza, esmerilhamento, C, P
o para recuperar a aparência interna e pintura, revestimento, lubrificação, troca
externa aceitável de um item. de óleo, etc.
6 Verificação c A causa da falha é investigada, mas Nova partida, reajuste, nenhuma ação de C
nenhuma ação de manutenção é manutenção, etc. Particularmente
realizada, ou a ação é adiada. Capaz de relevante para falhas funcionais, como,
restabelecer a função por ações simples por exemplo, detectores de incêndio e
como, por exemplo, uma nova partida ou gás, equipamentos submarinos
reajuste.
7 Serviço Serviços periódicos: Normalmente sem Por exemplo: limpeza, reabastecimento P
desmontagem do item de consumíveis, ajustes e calibrações
8 Ensaio Ensaio periódico de funcionamento ou Ensaio de funcionamento do detector de P
desempenho gás, ensaio de precisão do medidor de
vazão
9 Inspeção Inspeção/verificação periódica: um Todos os tipos de verificações gerais. P
exame minucioso e cuidadoso de um Inclui pequenos serviços como parte da
item realizado com ou sem atividade de inspeção
desmontagem, normalmente usando-se
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Númer Atividade Descrição Exemplos Uso a


o do
código
os sentidos
10 Revisão Revisão geral principal Inspeção/revisão abrangente com C, P
geral desmontagem e reposição extensivas de
itens conforme especificado ou exigido
11 Combinaçã Várias das atividades acima estão Se uma atividade dominar, isso pode ser C, P
o incluídas registrado alternativamente
12 Outros Atividade de manutenção além daquela Atividades dominantes C, P
especificada acima
a C: usado tipicamente na manutenção corretiva; P: usado tipicamente na manutenção preventiva.
b A modificação não é definida como uma categoria de manutenção, mas muitas vezes é efetuada por pessoas treinadas nas
disciplinas de manutenção. A modificação até um certo ponto pode influenciar a operação e a confiabilidade de uma unidade de
equipamento.
c A “verificação” inclui as circunstâncias onde a causa de uma falha foi revelada, mas onde a ação de manutenção foi considerada
desnecessária ou impossível de ser realizada onde nenhuma causa de falha pode ser encontrada.

Para a manutenção corretiva, essa informação descreve o tipo de atividade de recuperação


que foi realizada. Em geral, convém que a atividade de restauração predominante seja
codificada quando houver várias atividades envolvidas. Recomenda-se que as categorias de
código “reparo”, “substituição”, “revisão geral” e “modificação” tenham prioridade em
relação às categorias de códigos “readaptação” e “ajuste” quando houver uma combinação
das duas categorias envolvidas (por exemplo: reparo constituído de “reparo” e
“readaptação” deve ser codificado como “reparo”). Se houver várias atividades de reparo
envolvidas, nenhuma das quais seja predominante, o código “combinado” pode ser usado.
“Modificar” significa uma modificação da unidade de equipamento original, onde o projeto
original foi alterado ou o item em questão substituído por um de tipo/marca diferente. Se a
modificação for significativa, ela não será considerada uma ação de manutenção, mas pode
ser realizada pela equipe de manutenção ou em cooperação com a mesma. Um “reparo”
pretende ser uma ação para corrigir uma única falha ou algumas falhas, normalmente no
local. “Revisão geral” significa um reparo abrangente de várias falhas, ou de uma falha
significativa que exige trabalhos extensivos, ou recuperação completa de uma subunidade
de equipamento. Geralmente, tal manutenção é realizada numa oficina.
Se a unidade de equipamento completa tiver sido substituída por uma nova e/ou
modificada, recomenda-se voltar os parâmetros de tempo (por exemplo: tempo de
operação) para essa unidade. Isso não se aplica se a unidade de equipamento for de baixa
complexidade e uma substituição completa for considerada como parte normal da
manutenção.
Para manutenção preventiva, essa informação descreve o tipo de ação preventiva sendo
realizado. Em geral, convém que a atividade de manutenção mais predominante seja
codificada quando houver várias atividades envolvidas. Se não houver uma atividade
predominante, isso deve ser codificado como “combinado” e informações adicionais sobre as
várias atividades relacionadas num campo de texto livre.

NOTA Tais códigos de manutenção não refletem a eficácia da ação de manutenção


quanto ao restabelecimento da condição do item (por exemplo: “novo em folha” ou “tão
ruim quanto velho).

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B.2.6 Modos de falha

Os modos de falha devem normalmente se relacionar com o nível da classe de equipamento


na hierarquia. Contudo, para equipamentos submarinos, recomenda-se registrar os modos
de falha nos níveis inferiores na hierarquia de equipamentos (por exemplo: nível de “item
passível de manutenção”). Os modos de falha podem ser categorizados em três tipos:
a) a função desejada não é obtida (por exemplo: falha na partida);
b) perda da função especificada ou fora de limites operacionais aceitos (por exemplo:
parada espúria, potência alta);
c) a indicação da falha é observada, mas não há impacto imediato e crítico sobre a função
da unidade de equipamento. [são tipicamente características não críticas relativas a
alguma degradação ou condição de falha incipiente (por exemplo: desgaste inicial].

Os modos de falha são apresentados nas Tabelas B.6 a B.12 para cada categoria principal de
equipamento mostrada na Tabela A.4.
Os modos de falha recomendados são apresentados para cada categoria de equipamento
principal (ver também lista de equipamentos apresentada na Tabela A.4):
- rotativos (compressores, motores de combustão, geradores elétricos, turbinas a gás,
etc.);
- mecânicos (guindastes, trocadores de calor, fornos e caldeiras, vasos, tanques de
armazenamento, tubulações, etc.);
- elétricos (UPS, transformadores de potência, conversores de freqüência, etc.);
- segurança e controle (detectores de incêndio e gás, sensores, válvulas, bocais,
equipamentos de combate a incêndio, etc.);
- produção submarina (sistema de controle submarino, árvores de natal, gabaritos,
manifolds, risers, etc.);
- completação de poços (válvulas de segurança de poço, cabeças de poços, tubo de
produção, carcaça, obturadores, etc.);
- perfuração (torre, top drive, guincho de perfuração, bomba de lama, preventores de
erupção (BOP), etc.).

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Tabela B.6 — Equipamentos rotativos — Modos de falha

Modos de Falha Classe do Equipamento  a

Motor de combustão

Gerador elétrico

Turbina a vapor

Turbo expansor
Motor elétrico

Turbina a gás
Compressor

Bomba
Código b Descrição Exemplos Tipo c

Falha na partida sob Não ocorre a partida sob


FTS 1 X X X X X X X X
demanda  demanda
Falha na parada sob Não ocorre a parada sob
STP 1 X X X X        
demanda demanda
UST Parada espúria Parada imprevista 2 X X X X X X X X
Danos sérios
BRD Paralisação 3 X X X X X X X X
(emperramento, ruptura)
Excesso de
HIO Alta potência velocidade/potência acima 2 X X   X X X X X
do nível aceitável 
Vazão/potência abaixo do
LOO Baixa potência 2 X X X X X X X X
nível aceitável
Oscilante, movimento
ERO Potência errática 2 X X   X X X X X
pendular, instabilidade

Vazamento externo – Vazamento externo do


ELF 3 X       X   X  
combustível combustível/gás fornecido

Vazamento externo – Óleo, gás, condensado,


ELP 3   X     X X X X
fluido de processo água

Vazamento externo – Lubrificante, água de


ELU 3 X X X X X X X X
fluido de utilidade resfriamento
Vazamento interno de
INL Vazamento interno fluidos de processo ou 3 X X     X X X X
utilidade
VIB Vibração Vibração anormal 3 X X X X X X X X
NOI Ruído Ruído anormal 3 X X X X X X X X
Peças de máquinas,
OHE Superaquecimento exaustor, água de 3 X X X X X X X X
resfriamento
PLU Entupido/obstruído Restrição (ões) de fluxo 3 (2) X X     X X X X

Parâmetro monitorado
PDE Desvio de parâmetro ultrapassa os limites, por 2 (3) X X X X X X X X
exemplo, alarme alto/baixo

Leitura do Alarme falso, indicação de


AIR 2 (3) X X X X X X X X
instrumento anormal  instrumento com falha

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Modos de Falha Classe do Equipamento  a

Motor de combustão

Gerador elétrico

Turbina a vapor

Turbo expansor
Motor elétrico

Turbina a gás
Compressor

Bomba
Código b Descrição Exemplos Tipo c

Danos materiais (trincas,


STD Deficiência estrutural 3 X X X X X X X X
desgaste, fratura, corrosão)

Pequenos problemas Itens frouxos, descoloração,


SER 3 X X X X X X X X
durante o serviço  sujeira
Modos de falha não
OTH Outros  — X X X X X X X X
abrangidos acima 

Poucas informações
UNK Desconhecido disponíveis para uma — X X X X X X X X
definição do modo de falha

a Ver Tabela A.4. Os códigos mostrados se aplicam a classes de equipamentos marcados com um “X”.
b Um código abreviado proposto para o modo de falha.
c Um dos três tipos de modo de falha relacionados acima; dependendo do tipo de falha, mais de uma dessas categorias podem
ser aplicadas (por exemplo: um vazamento severo pode causar o desligamento do equipamento):
1) a função desejada não é obtida (por exemplo: falha na partida);
2) perda de função especificada ou fora dos limites operacionais aceitos (por exemplo: parada espúria, alta potência);
3) a indicação de falha é observada, mas não existe um impacto imediato e crítico sobre o funcionamento da unidade de
equipamento. São tipicamente falhas não críticas relacionadas a alguma condição de degradação ou falha incipiente.

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Tabela B.7 — Equipamentos Mecânicos — Modos de falha

Modos de Falha Classe do Equipamento  a

Motor de combustão

Gerador elétrico

Turbina a vapor

Turbo expansor
Motor elétrico

Turbina a gás
Compressor

Bomba
Código b Descrição Exemplos Tipo c

Falha na partida sob Não ocorre a partida sob


FTS 1 X X X X X X X X
demanda  demanda
Falha na parada sob Não ocorre a parada sob
STP 1 X X X X        
demanda demanda
UST Parada espúria Parada imprevista 2 X X X X X X X X
Danos sérios
BRD Paralisação 3 X X X X X X X X
(emperramento, ruptura)
Excesso de
HIO Alta potência velocidade/potência acima 2 X X   X X X X X
do nível aceitável 
Vazão/potência abaixo do
LOO Baixa potência 2 X X X X X X X X
nível aceitável
Oscilante, movimento
ERO Potência errática 2 X X   X X X X X
pendular, instabilidade

Vazamento externo – Vazamento externo do


ELF 3 X       X   X  
combustível combustível/gás fornecido

Vazamento externo – Óleo, gás, condensado,


ELP 3   X     X X X X
fluido de processo água

Vazamento externo – Lubrificante, água de


ELU 3 X X X X X X X X
fluido de utilidade resfriamento
Vazamento interno de
INL Vazamento interno fluidos de processo ou 3 X X     X X X X
utilidade
VIB Vibração Vibração anormal 3 X X X X X X X X
NOI Ruído Ruído anormal 3 X X X X X X X X
Peças de máquinas,
OHE Superaquecimento exaustor, água de 3 X X X X X X X X
resfriamento
PLU Entupido/obstruído Restrição (ões) de fluxo 3 (2) X X     X X X X

Parâmetro monitorado
PDE Desvio de parâmetro ultrapassa os limites, por 2 (3) X X X X X X X X
exemplo, alarme alto/baixo

Leitura do Alarme falso, indicação de


AIR 2 (3) X X X X X X X X
instrumento anormal  instrumento com falha

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Modos de Falha Classe do Equipamento  a

Motor de combustão

Gerador elétrico

Turbina a vapor

Turbo expansor
Motor elétrico

Turbina a gás
Compressor

Bomba
Código b Descrição Exemplos Tipo c

Danos materiais (trincas,


STD Deficiência estrutural 3 X X X X X X X X
desgaste, fratura, corrosão)

Pequenos problemas Itens frouxos,


SER 3 X X X X X X X X
durante o serviço  descoloração, sujeira
Modos de falha não
OTH Outros  — X X X X X X X X
abrangidos acima 

Poucas informações
UNK Desconhecido disponíveis para uma — X X X X X X X X
definição do modo de falha

a Ver Tabela A.4. Os códigos mostrados se aplicam a classes de equipamentos marcadas com um “X”.
b Um código abreviado proposto para o modo de falha.
c Um dos três tipos de modos de falha relacionados abaixo; dependendo do tipo de falha, mais de uma dessas categorias
pode se aplicar (por exemplo: um vazamento severo pode levar ao desligamento do equipamento):
1) a função desejada não é obtida (por exemplo: falha na partida);
2) a função especificada foi perdida ou situa-se fora dos limites operacionais aceitos (por exemplo: parada espúria, alta
potência);
3) a indicação de falha é observada, mas não existe um impacto imediato e crítico sobre o funcionamento da unidade de
equipamento. São tipicamente falhas não críticas relacionadas a alguma degradação ou condição de falha incipiente.

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Tabela B.8 — Equipamentos elétricos — Modos de falha

Classe de Modos de falha


equipamento a
UPS Transfor Descrição Exemplos Código b Tipo c
madores
de força
X X Falha no funcionamento A partida não ocorre sob demanda FTF 1
sob demanda
X Freqüência de saída com Freqüência errada/oscilante FOF 2
falha
X X Tensão de saída com falha Tensão de saída errada/instável FOV 2
X Perda de redundância Uma ou mais unidades redundantes não LOR 2
funcionando
X Potência errática Oscilante, com movimento pendular, ERO 2
instabilidade
X X Superaquecimento Peças de máquina, exaustor, água de OHE 3
resfriamento
X X Desvio de parâmetro Parâmetro monitorado ultrapassando PDE 2 (3)
limites, por exemplo, alarme alto/ baixo
X Operação espúria Operação imprevista SPO 2
X Leitura de instrumento Indicação de nível de óleo errada AIR 3
anormal
X Entupido/obstruído Tubulação obstruída PLU 2
X Utilidades com vazamento Vazamento de óleo ELU 1
externo
X Deficiência estrutural Ruptura do reservatório STD 1
X Vazamento interno Vazamento de óleo INL 2
X X Pequenos problemas Itens frouxos, descoloração, sujeira SER 3
durante o serviço
X X Outros Modos de falha não abrangidos acima OTH —
X X Desconhecido Poucas informações disponíveis para se UNK —
definir um modo de falha
a Ver Tabela A.4. os códigos mostrados se aplicam a classes de equipamentos marcadas com “X”.
b Um código abreviado proposto para o modo de falha .
c Um dos três tipos de modos de falha relacionados abaixo; dependendo do tipo de falha, mais de uma dessas categorias pode se
aplicar (por exemplo: um vazamento severo pode levar à parada do equipamento):
1) a função desejada não é obtida (por exemplo: falha na partida);
2) função especificada perdida ou fora de limites operacionais aceitos (por exemplo: parada espúria, alta potência);
3) a indicação de falha é observada, mas não existe um impacto imediato e crítico no funcionamento da unidade de equipamento.
São tipicamente falhas não críticas relacionadas a alguma condição de degradação ou falha incipiente.

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Tabela B.9 — Equipamentos de segurança e controle — Modos de falha

Classe do
Modos de Falha
Equipamento  a

Unidades lógicas de controle


Detectores de incêndio b

Dispositivos de entrada
Detectores de gás b

Válvulas
Código c  Descrição Exemplos Tipo d

Falha no funcionamento sob


FTF Falha na resposta no sinal/ativação  1 X   X X  
demanda

FTO Falha na abertura sob demanda Abertura não ocorre sob demanda 1         X
Fechamento não ocorre sob
FTC Falha no fechamento sob demanda 1         X
demanda
Tempo de abertura/fechamento
DOP Operação com atraso 2         X
abaixo da especificação

SPO Operação espúria por exemplo: alarme falso 2 X X X X X


Sobrevelocidade/potência acima da
HIO Potência alta 2 X Xe X X X
aceitação
Vazão/potência abaixo do nível de
LOO Potência baixa 2 X Xf X X X
aceitação
VLO Potência muito baixa   2   Xg      
Oscilante, com movimento pendular,
ERO Potência errática 2 X   X X  
instabilidade
NOO Sem potência Sem potência 1 X Xh X    

por exemplo: 60 % do Limite Inferior


SHH Alarme de nível alto espúrio de Explosividade (Lower Explosion 2 X X      
Limit - LEL)

por exemplo: 20 % do Limite Inferior


SLL Alarme de nível de baixo espúrio de Explosividade (Lower Explosion 2 X X      
Limit - LEL)

PLU Entupido/obstruído Restrição de fluxo parcial ou total  1         X


Vazamento externo – fluido de
ELP Óleo, gás, condensado, água 3     X   X
processo
Vazamento externo – fluido de
ELU Lubrificante, água de resfriamento 3     X   X
utilidade

Vazamento interno de fluidos de


INL Vazamento interno 3         X
processo ou utilidade

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Classe do
Modos de Falha
Equipamento  a

Unidades lógicas de controle


Detectores de incêndio b

Dispositivos de entrada
Detectores de gás b

Válvulas
Código c  Descrição Exemplos Tipo d

Vazamento através da válvula na


LCP Vazamento na posição fechada           X
posição fechada
Alarme falso, indicação de
AIR Leitura anormal do instrumento  2 (3)         X
instrumento com falha
Danos materiais (trincas, desgaste,
STD Deficiência estrutural 3         X
fratura, corrosão)
Pequenos problemas durante o
SER Itens frouxos, descoloração, sujeira 3 X   X X X
serviço 
Modos de falha não abrangidos
OTH Outros — X X X   X
acima
Poucas informações disponíveis
UNK Desconhecido — X X X X X
para se definir um modo de falha

a Ver Tabela A.4. Os códigos mostrados se aplicam a classes de equipamentos marcadas com um “X”.
b Codificação de falhas para detectores de incêndio e gás: Para detectores de incêndio e gás, é importante que todas as falhas
sejam registradas; convém que se registrem também aquelas detectadas durante os ensaios programados e as detectadas durante
a operação, como, por exemplo, a substituição do cabeçote de um detector, mesmo que isso seja feito como parte do programa de
manutenção preventiva. Os modos de falha típicos são os seguintes:

- falha no funcionamento: O detector não responde quando exposto a seu estímulo relevante (por exemplo: gás ou calor). Esse
modo de falha é normalmente observado durante os ensaios de funcionamento;

- operação espúria: O detector dá um sinal de alarme quando exposto a um estímulo relevante. Esse modo de falha é
normalmente observado durante e operação e registrado pelo pessoal da sala de controle;

 outros: Adicionalmente, alguns modos de falha relativos à potência baixa/alta, ajustes e revisões são tipicamente encontrados
nos livros de registro.
c Um código abreviado proposto para o modo de falha.
d Um dos três tipos de modo de falha relacionados abaixo; dependendo do tipo de falha, mais de uma dessas categorias podem
aplicar-se (por exemplo: um vazamento severo pode causar a parada do equipamento):

1) a função desejada não é obtida (por exemplo: falha na partida);

2) função especificada perdida ou fora de limites operacionais aceitos (por exemplo: parada espúria, potência alta);

3) a indicação de falha é observada, mas não existe um impacto imediato e crítico sobre o funcionamento da unidade de
equipamento. São tipicamente falhas não críticas relativas a alguma condição de falha degradada ou incipiente.
e por exemplo: leitura de 10 % do LEL a 20 % do LEL sem gás de ensaio; leitura acima de 80 % LEL no gás de ensaio.
f por exemplo: leitura entre 31 % do LEL e 50 % do LEL no gás de ensaio (considerando-se um ponto de ajuste nominal de 65
% do LEL).
g por exemplo: leitura entre 11 % do LEL e 30 % do LEL no gás de ensaio.
h por exemplo: leitura inferior a 10 % do LEL no gás de ensaio.

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Tabela B.10 — Equipamentos submarinos — Modos de falha

Classe do
Modos de Falha
Equipamento  a

Sistemas de controle

Bombas submarinas
Árvores de natal
submarinos

Risers
Código c Descrição Exemplos Tipo d

Falha no funcionamento sob


FTF Falha na resposta ao sinal/ativação 1 X   X  
demanda

FTO Falha na abertura sob demanda Não abre sob demanda 1   X    


Falha no fechamento sob
FTC Não fecha sob demanda 1   X    
demanda

Falha no travamento / Não ocorre travamento e


FTL 1   X    
destravamento destravamento sob demanda
Falha nas operações de
SET Falha no ajuste/recuperação 1   X    
ajuste/recuperação
Falha na operação conforme
SPO Operação espúria 2 X X X  
demanda
Excesso de velocidade/potência
HIO Potência alta 2     X  
acima do nível aceitável
Vazão/potência abaixo do nível
LOO Potência baixa 2 X   X  
aceitável
Alimentação elétrica insuficiente ou
POW Potência insuficiente 1 X X    
baixa demais
Uma ou mais unidades redundantes
LOR Perda de redundância 2 X      
falharam
Uma ou mais barreiras contra a
LOB Perda de barreira 2   X    
perda de escapamento de óleo/gás 

PLU Entupido/obstruído Restrição de fluxo parcial ou total  1   X   X


Vazamento externo – fluido de
ELP Óleo, gás, condensado, água 3 X X X X
processo
Vazamento externo – fluido de
ELU Lubrificante, água de resfriamento 3 X X   X
utilidade

Vazamento interno – fluido de Vazamento internamente de fluidos


INL
utilidade de processo ou utilidade  3 X X X X
Alarme falso, indicação de
AIR Leitura de instrumento anormal 2 (3) X   X  
instrumento com falha 

Danos de materiais (trincas,


STD Deficiência estrutural 3   X   X
desgaste, fratura, corrosão)

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Classe do
Modos de Falha
Equipamento  a

Sistemas de controle

Bombas submarinas
Árvores de natal
submarinos

Risers
Código c Descrição Exemplos Tipo d

Nenhum efeito sobre o


NON Sem efeito imediato 1 X     X
funcionamento
Modos de falha não abrangidos
OTH Outros — X X X X
acima

a Embora não seja um requisito desta Norma Internacional, recomenda-se, para equipamentos submarinos, que os modos
de falha também sejam registrados num nível de hierarquia mais baixo como, por exemplo, “item passível de manutenção”.
b Ver Tabela A.4. Os códigos mostrados se aplicam a classes de equipamentos marcadas com “X”.
c Um código abreviado proposto para o modo de falha.
d Um dos três tipos de modos de falha relacionados abaixo; dependendo do tipo de falha, mais de uma dessas categorias
podem ser aplicáveis (por exemplo: um vazamento severo pode causar o desligamento do equipamento):
1) a função desejada não é obtida (por exemplo: falha na partida);
2) função especificada perdida ou fora dos limites operacionais aceitos (por exemplo: parada espúria, potência alta);
3) a indicação de falha é observada, mas não existe um impacto imediato e crítico sobre o funcionamento da unidade de
equipamento. São tipicamente falhas não críticas relacionadas a alguma condição de falha degradada ou incipiente.

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Tabela B.11 — Equipamento de completação de poços — Modos de falha

Classe de Modos de falha


equipamentos a
b
DHSV Descrição Exemplos Código Tipo c

X Falha na abertura sob Não ocorre abertura sob demanda FTO 1


demanda
X Falha no fechamento sob Não ocorre fechamento com sinal de FTC 2
demanda demanda
X Vazamento na posição Vazamento através da válvula excede os LCP 2
fechada critérios de aceitação quando fechada
X Comunicação entre o poço Influxo de fluidos do poço para dentro da WCL 2
e a linha de controle linha de controle da válvula

X Comunicação entre a linha Perda de fluidos de controle hidráulico para CLW 3


de controle e o poço dentro do furo do poço

X Fechamento prematuro Fechamento espúrio da válvula sem PCL 2


comando
X Outros Modos de falha não abrangidos acima OTH —
X Desconhecido Poucas informações para definir um modo UNK —
de falha
a Ver Tabela A.4. Os códigos mostrados se aplicam a classes de equipamentos marcadas com um “X”.
b Um código abreviado proposto para o modo de falha.
c Um dos três tipos de modo de falha abaixo; dependendo do tipo de falha, mais de uma dessas categorias podem ser
aplicadas (por exemplo: um vazamento severo pode causar o desligamento do equipamento):
1) a função desejada não é obtida (por exemplo: falha na partida);
2) função especificada perdida ou fora de limites operacionais aceitos (por exemplo: parada espúria, potência alta);
3) a indicação de falha é observada,mas não existe um impacto imediato e crítico sobre o funcionamento da unidade de
equipamento. Trata-se tipicamente de falhas não críticas relacionadas a alguma condição de falha degradada ou incipiente.

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Tabela B.12 — Equipamentos de perfuração — Modos de falha

Classe de Modos de falha


equipamentos a
b
Top Blow-out Descrição Exemplos Código Tipo c
drive Preventer
X Falha no funcionamento Falha na resposta no sinal/ativação FTF 1
sob demanda (por exemplo: falha no cisalhamento)
X Falha na abertura Não ocorre a abertura sob demanda FTO 1
X Falha no fechamento Não ocorre o fechamento sob FTC 1
demanda
X X Leitura de instrumento Alarme falso, indicação de AIR 2 (3)
anormal instrumento com falha
X X Vazamento externo – Óleo hidráulico, óleo lubrificante, ELU 3
fluido de utilidade refrigerante, lama, água, etc.
X X Potência errática Operação oscilante ou instável ERO 2
X Falha na partida sob Falha na partida do top drive FTS 1
demanda
X Falha na parada sob Falha na parada do top drive ou STP 1
demanda processo de parada incorreto
X X Vazamento interno Vazamento interno de fluidos de INL 3
processo ou utilidade
X Vazamento na posição Vazamento através de uma válvula LCP 2 (3)
fechada (por exemplo: válvula de gaveta)
na posição fechada
X Potência alta Torque de saída acima das HIO 2
especificações
X Potência baixa Torque de saída abaixo das LOO 2
especificações
X Ruído Ruído excessivo NOI 3
X Superaquecimento Superaquecimento OHE 3
X X Operação espúria Operação imprevista SPO 2
X Deficiência estrutural Danos materiais (trincas, desgaste, STD 3
fratura, corrosão)
X Vibração Vibração excessiva VIB 3 (2)
X Perda de redundância Perda de uma ou mais redundâncias LOR 2
(por exemplo: sistema de controle
principal, sistema de backup)
X Perda de funções em Ambos os pods não estão POD 1
ambos os pods funcionando conforme desejado
X Entupido/obstruído Choke or kill line entupida PLU 3
X Falha na conexão Não ocorre desconexão do conextor FCO 1
superior
X Falha na desconexão Não ocorre desconexão do conector FTD 1
superior

X X Pequenos problemas Itens frouxos, descoloração, sujeira SER 3


durante o serviço
X X Outros Modos de falha não abrangidos OTH —
acima
X X Desconhecido Poucas informações disponíveis UNK —
para definir um modo de falha
a Ver Tabela A.4. Os códigos mostrados se aplicam a classes de equipamentos marcadas com um “X”.
b Um código de abreviação proposto para o modo de falha.
c Um dos três tipos de modos de falha relacionados abaixo; dependendo do tipo de falha, mais de uma dessas categorias
podem ser aplicáveis (por exemplo:um vazamento severo pode levar à parada do equipamento):

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Classe de Modos de falha


equipamentos a
b
Top Blow-out Descrição Exemplos Código Tipo c
drive Preventer
1) a função desejada não é obtida (por exemplo: falha na partida);

2) função especificada perdida ou fora dos limites operacionais aceitos (por exemplo: parada espúria,
potência alta);

3) a indicação de falha é observada, mas não existe um impacto imediato e crítico sobre o
funcionamento da unidade de equipamento. São tipicamente falhas não críticas relativas a alguma
condição de falta degradada ou incipiente.

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Anexo C
(Informativo)

Guia para interpretação e cálculo dos parâmetros derivados de


confiabilidade e manutenção

C.1 Regras de interpretação para parâmetros de falha e manutenção comumente


usados

C.1.1 Introdução

Embora esta Norma Internacional não cubra a análise de dados no sentido mais
amplo do termo, este anexo inclui algumas regras de interpretação recomendadas
bem como equações de cálculo básicas comumente utilizadas na análise de dados de
confiabilidade e manutenção. Para uma avaliação mais detalhada deste assunto,
recomendamos os livros acadêmicos sobre o tema e algumas das Normas listadas na
Bibliografia no final desta Norma Internacional.
Além das definições apresentadas na Seção 3, o Anexo C fornece algumas regras de
interpretação para termos comumente usados que se encontram nos projetos e na
coleta de dados.

C.1.2 Definições de redundância

A redundância pode ser aplicada da seguinte maneira:


a) standby passivo (a frio): redundância na qual uma parte do meio para
se executar uma função exigida é necessária para a operação, enquanto a(s)
parte(s) restante(s) do meio permanecem inoperantes até que sejam
necessárias;

b) standby ativo (a quente): redundância na qual todos os meios para a


execução de uma função exigida são projetados para operarem
simultaneamente;

c) misto: redundância na qual uma parte do meio redundante “está no


modo standby” enquanto uma outra parte está “ativa” (exemplo: três meios,
um ativo, um em standby a quente, um em standby a frio).

EXEMPLO 1 A redundância pode ser expressa como uma medida quantitativa, como por
exemplo, o fator de redundância do equipamento (equipment redundancy factor – ERF).

EXEMPLO 2 3 unidades vezes 50 % geram um ERF de 1,5.

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(Ver também a definição de redundância na Seção 3 e as definições de standby “a


quente” e “a frio” versus tempo de disponibilidade / tempo de indisponibilidade em
8.3.1).
No caso de sistemas redundantes, as peças podem sofrer falhas sem que haja uma
falha no sistema. Isto deve ser levado em consideração nas estimativas de peças
sobressalentes necessárias e capacidade de reparo (onde tais falhas são contadas) e
nas estimativas de disponibilidade (onde tais falhas não são contadas).

C.1.3 Dados sob demanda

No caso de alguns equipamentos, os dados de confiabilidade coletados são usados


para se estimar a probabilidade de falha sob demanda (por exemplo, a probabilidade
de início de operação de um gerador de emergência). Neste caso, o número total de
demandas deve ser registrado incluindo aquelas nas quais se observam falhas. Dois
tipos de demanda devem ser incluídos:
a) ativação de ensaio do item, normalmente feito como parte da manutenção
preventiva (por exemplo, um ensaio de função de um detector de incêndio e
de gás);
b) ativação automática, ou manual, de uma função sob demanda durante a
operação (por exemplo, fechamento de uma válvula ESD).

A probabilidade de falha sob demanda é calculada como a fração média do tempo


gasto no estado de falha, conforme mostrado em C.6.2.

C.1.4 Falhas Independentes

A maior parte dos cálculos probabilísticos básicos e dos modelos usados no campo da
confiabilidade são relevantes apenas no caso de eventos independentes.
Dois eventos, A e B, são independentes se a ocorrência de A for independente da
ocorrência de B. De um ponto de vista matemático, isto significa que a probabilidade
condicional de ocorrência de B tendo em vista a ocorrência de A, P(B/A), é
simplesmente igual a P(B).
Sendo assim, utilizando-se a definição de probabilidade condicional:

P(B/A) = P(A ∩ B)/P(A) = P(B) (C.1)

Isto implica que

P(A ∩ B) = P(A) ⋅ P(B) (C.2)

Quando dois eventos possuem a propriedade acima, isto significa que eles se
comportam de modo independente um do outro, e diz-se que são independentes do
ponto de vista estocástico.
As falhas independentes são, evidentemente, um caso particular dos eventos
independentes.

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C.1.5 Falhas dependentes

Quando a ocorrência de um evento depende da ocorrência de um ou de vários outros


eventos, diz-se que esses eventos são dependentes.
Neste caso, a Equação (C.2) acima não é mais válida, sendo necessário substituí-la
pela Equação (C.3):

P(A ∩ B) > P(A) ⋅ P(B) (C.3)

Dessa forma, quando as dependências não são levadas em consideração, os


resultados são subestimados. Uma vez que eles não são mais conservadores, isto
não pode ser aceito, especialmente no caso de estudos de segurança. Esta é a razão
pela qual se introduziram os conceitos de falha de causa comum e falha de modo
comum.
Os componentes que apresentam falhas devido a uma causa compartilhada
geralmente apresentam falhas no mesmo modo funcional. O termo “modo comum”
é, portanto, usado em alguns casos. Entretanto, ele não é considerado um termo
preciso para que sejam comunicadas as características que descrevem uma falha de
causa comum.

C.1.6 Falha de causa comum (FCC)

Uma falha de causa comum (FCC) é a falha simultânea ou concomitante de vários


componentes devido à mesma causa. Dessa forma, cada vez que as falhas não
forem completamente independentes, haverá a possibilidade de ocorrência de uma
FCC.
Uma FCC pode ser subdividida em várias categorias:
a) falhas nas utilidades (eletricidade, ar comprimido, etc.) ou agressões externas
(meio ambiente, incêndio, etc.);
b) falhas internas (erro de projeto, erro de instalação, conjunto deficiente de
componentes, etc.);
c) falhas em cascata (a falha de A leva à falha de B, a qual leva à falha de C,
etc.).

Os itens relacionados em a) são considerados como uma FCC apenas se o nível de


análise não for suficiente para identificá-los explicitamente.
Os itens relacionados em b) são mais difíceis de serem analisados: a experiência
comprova a sua existência, mas as suas causas geralmente não são identificadas
muito facilmente.
Os itens relacionados em c) estão geralmente relacionados ao processo em si e
podem prejudicar o trabalho de identificação por parte do analista de confiabilidade.
Quando a análise é demasiadamente difícil ou não é possível, um fator b é
geralmente introduzido a fim de subdividir a taxa de falha básica, λ, de um
componente em uma parte independente, (1 – β) × λ, e uma parte de falha de
causa comum, β × λ. Isto evita um resultado pouco realista, mas representa tão
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somente uma estimativa com o intuito de levar em consideração a existência de uma


falha de causa comum em potencial.
Deve-se notar que as falhas individuais acarretadas pela existência de uma FCC
surgem não necessariamente exatamente ao mesmo momento, mas sim dentro de
um período de tempo específico.

C.1.7 Falha de modo comum

O conceito de falha de modo comum, ou FMC, é muitas vezes confundido com o


conceito de FCC, embora seja um pouco diferente: uma FMC ocorre quando vários
componentes apresentam falhas da mesma maneira (mesmo modo). É claro que isto
pode se dever, por sua vez, a uma FCC.

C.1.8 Definições de desarme (trip)

A parada de uma máquina se refere à situação na qual a máquina é parada a partir


das operações normais de operação até a parada total. Existem dois tipos de parada.
a) Desarme (Trip): A parada é ativada automaticamente pelo sistema de
controle ou de monitoramento:
- Trip real A parada é efetuada como resultado de um valor monitorado
(ou calculado) no sistema de controle que excede um limite pré-
estabelecido;
- Trip espúrio Parada inesperada resultante de erro(s) no sistema de
controle/monitoração ou erro(s) imposto(s) ao sistema de controle ou
monitoração ocasionado(s) pelo meio ambiente ou por pessoas.
b) Parada manual A máquina é parada por uma ação intencional do
operador (no próprio local ou a partir da sala de controle).

No caso de alguns equipamentos, uma “parada espúria” é definida como um modo


de falha que pode ser tanto um desarme real quanto um desarme espúrio assim
como se definiu acima, dependendo da causa.

C.1.9 Classificação de conseqüência de falha

“Risco” é um termo de uso geral para expressar a combinação da probabilidade de


que um evento perigoso específico venha a ocorrer e as conseqüências deste evento.
Usando-se esta definição, pode-se julgar o nível de risco estimando-se a
probabilidade do evento perigoso que pode vir a ocorrer e a conseqüência que pode
ser esperada como resultado deste.
A classificação de conseqüência de falha é parte essencial das aplicações de dados
usadas para avaliar o nível de risco (ver o Anexo D). Portanto, é útil classificar a
conseqüência das falhas quanto ao seu impacto geral. Uma classificação das
conseqüências das falhas, com classes representadas por números de I a XVI, é
ilustrada na Tabela C.1. Note-se que esta classificação tem por objetivo principal
avaliar as conseqüências das falhas que já ocorreram. Para recomendações mais
detalhadas sobre a classificação de risco, deve-se consultar as normas relevantes,
como por exemplo, a ISO 17776 e a IEC 60300-3-9.
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O registro de dados de falha e de impacto sobre a manutenção para eventos de falha


é abordado nas Tabelas 6 e 8.

Tabela C.1 — Classificação de conseqüência de falha

Conseqüênci Categoria
as
Catastrófica Severa Moderada Menor

Falha que resulta em Lesão, doença ou Lesão, doença ou dano Lesão, doença ou
morte ou perda no dano sistêmico sistêmico menor (por dano sistêmico
sistema severo (por exemplo, exemplo,  USD 250 insignificante (por
 USD 1 000 000) 000) exemplo,  USD 50
000)
Segurança I V IX XIII
 Perda de vidas  Lesões pessoais - Lesões que requerem  Lesões que não
graves tratamento médico requerem tratamento
- Sistemas críticos à
Efeito limitado nas médico
segurança vitais -- Potencial de
estão inoperantes funções de segurança
perda de funções de  Pouco efeito sobre
segurança a função de segurança
Ambiental II VI X XIV
Poluição Severa Poluição Significativa Pouca poluição Poluição Inexistente ou
Desprezível
Produção III VII XI XV
Parada extensa na Parada na produção Parada na produção Pequena parada na
produção/operação acima do nível abaixo do nível
aceitável a aceitável a produção
Operacionais IV VIII XII XVI
Custo de manutenção Custo de Custo de manutenção Custo de manutenção
muito alto manutenção acima abaixo ou no normal baixo
do nível normal aceitável a
aceitávela
a É necessário definir limites aceitáveis para cada aplicação.

C.1.10 Análise de Falhas

As falhas que ocorrem e que são enquadradas na categoria “inaceitável” na Tabela C.1
exigem que análises e relatórios específicos sejam feitos a fim de buscar medidas para
impedir que tais falhas ocorram novamente (por exemplo, manutenção aprimorada,
inspeções, modificações, substituições, etc.). Alguns métodos analíticos úteis
encontram-se resumidos a seguir.
a) A modelagem do sistema de confiabilidade (por exemplo, simulação Monte Carlo,
análise de Markov, modelagem de crescimento de confiabilidade, etc.) é
recomendável para todos os equipamentos de serviços críticos para a comparação
da confiabilidade para várias configurações de sistema propostas para fornecer
dados de entrada para a seleção de conceitos no desenvolvimento da base de
projeto. Especificamente,
- estudos de sensibilidade para identificar as falhas de componentes ou erros
humanos, ou ambos, que têm o maior impacto sobre a confiabilidade do
sistema (esta informação pode ser usada para melhorar a confiabilidade de

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componentes individuais ou para fornecer uma base para modificar a


configuração do sistema durante a proposta do projeto),
- avaliação de intervalos de inspeção operacional que causam um impacto
direto na confiabilidade prevista para o sistema,
- estabelecimento da quantidade de inspeções e ensaios exigidos para certos
elementos do sistema.
b) A análise de Pareto pode ser usada para estabelecer a lista da planta contendo os
“elementos prejudiciais” com base nas taxas de falha mais elevadas ou no custo
total de manutenção.
c) A análise de causa raiz é recomendada nos seguintes casos:
- falhas de tipo de severidade de I a VIII;
- sistemas definidos como “agentes prejudiciais” pela instalação de operação
d) A análise de vidas útil do equipamento, como a análise de Weibull, é
recomendada para tipos de equipamento com cinco ou mais falhas de modo
comum com níveis de severidade de I a XII.

NOTA: As falhas de causa comum podem ser classificadas da seguinte maneira:

1) As falhas de mortalidade infantil (parâmetro com forma de Weibull ( β < 1) são


geralmente induzidas por circunstâncias externas e normalmente se devem a
instalação deficiente, falhas eletrônicas em estado sólido, defeitos de
fabricação, montagem incorreta ou procedimentos de partida incorretos.

2) As falhas aleatórias (β = 1) ocorrem com maior freqüência devido a erros de


manutenção, erros humanos, falhas de objetos estranhos ou erros
computacionais na análise de Weibull (por exemplo, combinando dados de
modos de falha diferentes, combinando falhas de modo comum de tipos de
equipamentos diferentes, etc.). As falhas aleatórias são tratadas com maior
eficiência através de programas aprimorados de manutenção preditiva
(monitoração de condições mais rigorosa).

3) As falhas prematuras por deterioração ( (1,0 < β < 4,0) podem ocorrer na vida útil
de projeto normal do equipamento e incluem com maior freqüência a fadiga de
baixo ciclo, a maioria das falhas em mancais, a corrosão e a erosão. A
manutenção preventiva que leva ao reparo ou à substituição de componentes
críticos pode apresentar eficiência de custo. O período para a revisão geral está
explicitado no gráfico de Weibull para o ciclo de vida β life adequado.

4) As falhas de desgaste por envelhecimento (β ≥ 4,0) ocorrem com maior


freqüência fora da vida útil de projeto normal. Quanto mais íngreme a curva β,
menor será a variação nos períodos de tempo até a falha, e mais previsíveis
serão os resultados. Os modos típicos de falha com desgaste de vida madura
incluem corrosão por tensão, erosão, questões relativas às propriedades do
material, etc. A manutenção preventiva para substituir peças que causam
falhas significativas pode gerar eficiência de custo. O período para a revisão
completa está explicitado no gráfico de Weibull para o ciclo de vida β adequado.

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C.1.11 Equipamentos críticos à segurança

No caso de alguns equipamentos, tais como os equipamentos críticos à segurança,


definições mais específicas para uma falha e suas conseqüências podem ser úteis.
Algumas recomendações a esse respeito são fornecidas no Anexo F.

C.2 Disponibilidade

C.2.1 Definição normalizada

Note que a definição de disponibilidade dada na Norma IEC 60050-191:1990, 3.1.1,


pode levar a julgamentos equivocados, porque pode fazer com que se pense que
“disponibilidade” e confiabilidade” são conceitos idênticos. Isto não é verdade, porque o
significado de “ao longo de um dado intervalo de tempo” não é o mesmo para os
conceitos de “disponibilidade” e “confiabilidade”. Ainda que as definições de
“disponibilidade” e “confiabilidade” pareçam muito semelhantes, estes conceitos são
totalmente diferentes, a saber:

- disponibilidade: item operando num dado instante (não importando o que


aconteceu antes);
- confiabilidade: item operando continuamente durante um período de tempo
completo.

A “disponibilidade” caracteriza uma função que pode ser interrompida sem nenhum
problema, ao passo que a “confiabilidade” diz respeito a uma função que não pode ser
interrompida durante um período de tempo completo.

C.2.2 Cálculo da disponibilidade

É através de definições matemáticas que a situação é esclarecida. De fato, existem


várias expressões matemáticas para os conceitos de "disponibilidade".

— Disponibilidade pontual ou instantânea, A(t), é a probabilidade de que um item esteja


em um estado que o capacite a desempenhar uma função requerida sob condições
específicas em um dado momento, supondo que sejam fornecidos os recursos externos
necessários (esta é a Definição dada na IEC 61508).

A disponibilidade instantânea, A(t), no tempo, t, é dada pela Equação (C.4):


A(t) = PS(t) (C.4).
onde PS(t) é a probabilidade de que o item S não apresente uma falha crítica no tempo,
t.
— A disponibilidade média para uma dada missão (ao longo de um dado período de
tempo), Am(t1,t2), é a média das disponibilidades pontuais ao longo do período de

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tempo, t1 ≤ t ≤ t2. Isto é dado matematicamente pela Equação (C.5):matematicamente


pela Equação (C.5):

— A disponibilidade média é o limite da disponibilidade média para uma dada missão


quando o período de tempo tende ao infinito, de acordo com a Equação (C.5):

Estas definições mostram claramente a diferença entre as várias “disponibilidades”, a


saber:
a) para a disponibilidade pontual, interessa apenas no fato de que o item opera bem
quando é exigido (não importando se ele apresentou falhas em algum momento
anterior, contanto que ele tenha sido reparado desde então e não tenha
apresentado novas falhas).
b) para a disponibilidade média, o interesse é o mesmo, observa-se uma média durante
um dado período de tempo. Isto corresponde à razão do tempo de operação efetivo
ao longo de todo o período de tempo de interesse.
Notar que, na maioria das vezes, mas não em todos os casos, depois de um certo
período de tempo, a disponibilidade pontual atinge um valor assintótico chamado de
disponibilidade em regime estacionário (steady state), que é igual à disponibilidade
média, citada acima.
EXEMPLO Para um item simples reparável com apenas dois parâmetros de confiabilidade [taxa de
falha (λ; ver C.3) e taxa de reparo (μ)],, a disponibilidade pontual é igual à Equação (C.7):

Quando t tende ao infinito, obtém-se o valor assintótico, de acordo com a Equação


(C.8), que representa também a disponibilidade média:

C.2.3 Medidas e estimativas dos registros de dados de disponibilidade média

C.2.3.1 A matemática das medidas e estimativas dos registros de dados de


disponibilidade média

O interesse do conceito de disponibilidade dentro das áreas de aplicação da Norma ISO


14224 é a relação que existe entre os dados coletados no campo e o significado
matemático da disponibilidade média no decorrer de um determinado período.

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Ao se planejar a coleta de medidas e de estimativas da disponibilidade média (ve 3.1 e


7.1.2), dois tipos de disponibilidade média e a soma das duas devem ser consideradas.

a) A disponibilidade operacional, Ao, é dada pela Equação (C.9):

onde
tMU é o tempo de disponibilidade médio, estimado usando-se o tempo real de
disponibilidade observado no campo;
tMD é o tempo de indisponibilidade médio, estimado usando-se os tempos reais de
disponibilidade e indisponibilidade observados no campo.

b) A disponibilidade Intrínseca, At, é dada pela Equação (C.10):

onde

tMTR é o tempo médio de reparo, estimado usando-se os tempos reais de reparo


observados no campo;
tMTF é o tempo médio para a falha, estimado usando-se os tempos operacionais reais
observados no campo.

c) O tempo médio entre falhas, tMBF, é dado pela Equação (C.11):

tMBF = tMTF + tMTR (C.11)

onde tMTF e tMTR são definidos conforme acima.

C.2.3.2 Usos das medidas e estimativas dos registros de dados de


disponibilidade média

AI e Ao não são equivalentes, exceto quando tMD é igual a MTTR. Geralmente, AI é de


interesse para os engenheiros de confiabilidade, ao passo que Ao é de interesse para o
pessoal de manutenção.
Estas estimativas explicam a razão pela qual a unidade de disponibilidade é expressa
como a proporção dos(s) tempo(s) no(s) qual(is) o item está no estado de
disponibilidade.
Note-se que através de tMD, que é composto de vários atrasos (detecção, isolamento,
peças sobressalentes, standby, duração do reparo, reinstalação, etc.), e tMU, que é
normalmente próximo ao MTTF, a disponibilidade operacional depende dos aspectos
combinados do desempenho de confiabilidade, do desempenho de manutenção, do
desempenho do potencial de manutenção e do desempenho do apoio à manutenção.
Assim sendo, está não é uma propriedade intrínseca do item em si, mas sim uma
propriedade daquele item dentro do contexto (a instalação como um todo,
procedimentos, política de manutenção, etc.) onde ele for usado. R
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Dependendo do interesse do usuário, apenas uma parte do tempo de indisponibilidade


pode ser considerada. Atrasos adicionais devido a recursos externos exigidos distintos
dos recursos de manutenção podem ser excluídos da estimativa com o intuito de
efetuar-se uma estimativa mais intrínseca, assim como se faz na Equação (C.12):

que é uma estimativa da equação teórica dada na Equação (C.13):

Do mesmo modo, o tempo gasto na manutenção preventiva pode ser incluído ou não
nas avaliações.
A equação única acima para se avaliar os dois parâmetros de confiabilidade, λ e μ, não é
suficiente. É necessário avaliar λ e μ separadamente com base no MTTF (ou tMU)
observado para se chegar à taxa de falha, e o MTTR (uma parte do tMD) observado
para se obter a taxa de reparo.
À medida que aumenta a quantidade de dados coletados, as estimativas se tornam
cada vez mais próximas dos valores matemáticos verdadeiros. As incertezas podem ser
gerenciadas através de análises estatísticas clássicas.
É bastante comum definir-se a disponibilidade operacional com base no tempo de
indisponibilidade relativo à soma de ambos os tipos de manutenção – a corretiva e a
preventiva. O termo “disponibilidade técnica” é também usado às vezes como uma
alternativa à “disponibilidade intrínseca.” Neste último caso, apenas o tempo de
indisponibilidade relacionado à manutenção corretiva deverá ser incluído nos cálculos. A
disponibilidade operacional por ano, Ao,y, e a disponibilidade técnica por ano, AT,y,
podem então ser calculadas de acordo com as Equações (C.14) e (C.15),
respectivamente:

onde
tCM é o tempo para o monitoramento de condições
tPM é o tempo para a manutenção preventiva

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C.3 Estimativa da taxa de falha

C.3.1 Generalidades

C.3.1.1 Matemática para a taxa de falha e a estimativa da taxa de


periculosidade

A “taxa de falha” é um parâmetro de confiabilidade clássico que se denota


tradicionalmente pela letra grega, λ (lambda).
A taxa de falha é uma freqüência média, λ, de falhas (ou seja, um número de
falhas por unidade de tempo). É fácil calcular um estimador, λ^, desta freqüência a
partir de dados RM históricos dividindo-se o número de falhas observadas, n, do
item em questão pelo seu tempo cumulativo de operação (tempo operacional)
durante o mesmo período de tempo, de acordo com a Equação (C.16):

onde

n é o número de falhas observadas;

tTFi é o tempo de número i até a falha (ou seja, a duração de número i do


funcionamento observado no campo).

NOTA 1 λ é uma função do tempo t e se aproxima assintoticamente de


1/MTTF.

Na Equação (C.16), tTFi significa o “tempo até a falha” de número i (ou seja, a
duração de funcionamento de número i) observado no campo. Dessa forma, este é
de fato o estimador de 1/MTTF para um item passível de reparo (componente /
sistema). Este λ geralmente é uma função do tempo t, mas se aproxima
assintoticamente de 1/tTFi.

Em termos práticos, o termo ΣtTFii da Equação (C.16) é muitas vezes substituído


pelo tempo operacional total das unidades investigadas; veja o exemplo abaixo.

NOTA 2: A Equação (C.16) é verdadeira apenas se supusermos uma distribuição


exponencial de falhas (taxa de periculosidade constante para o sistema). No caso de
um componente não possuir uma taxa de periculosidade constante, a taxa
assintótica para o sistema não será atingida até que várias mudanças tenham
ocorrido no componente (processo de renovação). Tal interpretação significa que o
número de falhas ao longo de um período de tempo (longo) (0, t) “na média” é
igual a λ × t.. Ou, de modo mais geral, se um número de itens com a mesma “taxa
de falhas” constante, λ, for observado no decorrer de um tempo operacional total, t;
então, o número médio de falhas observadas ao longo desse período é
assintoticamente igual a λ × t.

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EXEMPLO: Uma taxa de falhas de 3 x 10 4 falhas por hora significa que na média
30 falhas irão ocorrer durante um período operacional de 100.000 horas. Cabe
enfatizar que estamos falando aqui de unidades passíveis de reparo, ou seja, de
unidades que são reparadas imediatamente após a ocorrência da falha.
No exemplo acima, declaramos que no longo prazo o tempo médio entre duas falhas
de uma unidade é igual a 1/λ = 3 333 h. horas. É importante não confundir esse tTFi de
3.333 horas com o tempo previsto até a falha. Uma vez que a taxa de falha se
supõe constante, a probabilidade de uma falha é a mesma de 0 hora a 100 horas,
de 3.300 horas a 3.400 horas, e de 9.900 horas a 10.000 horas.
Entretanto, o termo “taxa de falha” é geralmente definido (por exemplo, nos livros
acadêmicos) de maneira bem diferente. Ele é usado de forma sinônima ao termo
“taxa de periculosidade”. Além disso, essa taxa geralmente é uma função do tempo,
t, (desde o início da operação da unidade). Então, λ(t)d t é a probabilidade de que o
item apresente falhas entre t e t  d t , contanto que ele esteja funcionando no
tempo t . Esta função, λ(t),, define, então, a distribuição do tempo de vida das
unidades (ou seja, a distribuição estatística do tempo até a primeira falha). Esta
distribuição também pode ser expressa em termos da probabilidade F(t) de que o
item apresente falhas antes de que esteja operando no tempo t, de acordo com a
Equação (C.17):

F(t) = 1 – R (t) (C.17)

onde R(t) é a probabilidade de que o item irá sobreviver por um período de tempo,
t.

Contudo, pode-se demonstrar matematicamente que quando a taxa de


periculosidade, λ(t), se mantém constante ao longo do tempo, t, então as “taxas de
falhas”, λ,, em ambas as interpretações possuem o mesmo estimador de acordo com
as Equações (C.16) e (C.17). Nesse caso, podemos usar o termo “taxa de falha”
sem causar muita confusão (mas ainda temos duas interpretações diferentes).

A suposição de que a taxa de falha (taxa de periculosidade) seja constante (= λ) ao


longo de toda a vida do item em questão significa que a probabilidade de que o item
sobreviva um período, t, é dada pelas Equações (C.18) e (C.19):

R(t) = exp( – λ × t) (C.18)


F(t) = 1 – exp(– λ × t) (C.19)

Neste caso, λ = 1/ tMTF.

C.3.1.2 Usos da taxa de falha e da estimativa da taxa de periculosidade

Na situação geral, supõe-se que a taxa de periculosidade, λ(t), , do tempo de vida


útil do item reflita geralmente três períodos: falhas prematuras, falhas de vida útil e
falhas de desgaste (veja a Figura C.1). Durante o período de falhas prematuras, o

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λ(t) é normalmente decrescente, durante a vida útil ele é mais ou menos constante,
e durante o período de desgaste ele é ascendente, ou seja, a curva, λ(t), possui a
chamada forma de “banheira” (veja a Figura C.1).

Se as falhas prematuras forem tratadas separadamente e as unidades forem


retiradas de serviço antes que cheguem ao estado de desgaste, a suposição de taxa
de periculosidade constante pode ser razoável. Este estimador não fornece nenhuma
informação sobre a forma da curva da taxa de periculosidade. Supondo que a taxa
de periculosidade seja constante, isto também é um estimador para a taxa de
periculosidade constante. Se supusermos uma taxa de periculosidade constante na
qual as falhas de desgaste estão presentes nos componentes ou nas peças
sobressalentes, a confiabilidade será subestimada para um tempo de operação baixo
e superestimada para um tempo de operação alto. Com relação ao tempo até a
primeira falha, tTFF, a estimativa da taxa de periculosidade constante leva a graves
equívocos. Apesar disso, uma análise estatística mais sofisticada pode ser executada
a fim de determinar se a taxa de periculosidade está decrescendo, se está constante
ou se está aumentando, assim como avaliar os parâmetros com um outro modelo de
confiabilidade como por exemplo, o modelo de Weibull para componentes ou a Lei
da Potência para sistemas reparados.

Nesse caso, será necessário levar em consideração as várias durações de tTFis.

Os métodos padrões para estimar uma taxa de falhas constante baseados no


número observado de falhas ao longo de um determinado período de tempo de
operação são descritos em C.3.2 e C.3.3.

C.3.2 Estimador de probabilidade máxima de uma taxa de falha constante

O estimador de máxima verossimilhança, λ^ , de λ é dado pela Equação (C.20):

onde

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n é o número de falhas observadas;


τ é o tempo agregado em serviço, medido ou como tempo de observação ou como
tempo de operação.
Note que esta abordagem é válida apenas para as seguintes situações.
- O número de falhas para um número específico de itens com a mesma taxa
de falha constante, λ, está disponível para um dado tempo agregado, τ, em serviço;
- Ao menos uma falha é observada (n ≥1) no decorrer do tempo, τ.
Numa teoria estatística “clássica”, a incerteza da estimativa λˆ pode ser apresentada
como um intervalo de confiança de 95 % com um limite mais baixo, Linferior, e um
limite mais alto, Lsuperior, de acordo com as Equações (C.21) e C(22),
respectivamente:

onde

z 0,95;ν é o 95º percentual mais alto da distribuição x2 (x ao quadrado) com V


graus de liberdade;

z 0,05;ν é o 5º percentual mais baixo da distribuição x2 (x ao quadrado) com V


graus de liberdade.

NOTA 1: A distribuição x ao quadrado pode ser encontrada na maioria dos


livros acadêmicos de estatística ou na Referência [67].
NOTA 2: Outros limites de confiança também podem ser usados dependendo da
aplicação.

EXEMPLO:Suponha que n = 6 falhas foram observadas durante um tempo em


serviço agregado τ = 10 000 horas.

A estimativa da taxa de falha, λˆ, expressa como falhas por hora de acordo com a
Equação (C.20), é calculada como

λ^ = n /t = 6 x 10 exp(-4)
O intervalo de confiança de 95 %, das Equações (C.21) e (C.22), é calculado como:

A estimativa e o intervalo de confiança são ilustrados na Figura C.2.

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C.3.3 Estimativa da taxa de falhas com zero falhas — Abordagem bayesiana

C.3.3.1 Generalidades

NOTA: A abordagem Bayesiana nem sempre é aceita pelas autoridades de


segurança (por exemplo, no setor nuclear).

A abordagem clássica descrita acima enfrenta dificuldades quando o número


observado de falhas é zero. Uma abordagem alternativa que lida com a situação
com zero falhas é usar uma abordagem Bayesiana com distribuição não informativa
prévia. Quando n falhas tiverem sido observadas durante o tempo, t, a estimativa
da taxa de falha, λ^, na distribuição a posteriori é dada pela Equação (C.23):

a qual, no caso do número de falhas igual a zero, se reduz à Equação (C.24):

C.3.3.2 Estimador do nível de confiança constante


A taxa de falha é estimada a partir da Equação (C.25):

C.3.3.3 Vantagens

As vantagens deste estimador são as seguintes:


— Funciona no caso de um número de falhas igual a zero.
— É homogêneo do ponto de vista do nível de confiança.
— Utiliza a mediana da taxa de falhas.
— É de fácil utilização.

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C.4 Mantenabilidade

C.4.1 Definições normalizadas

Existem várias definições normalizadas do conceito de “mantenabilidade” nos


documentos de normalização, a saber:
- habilidade, sob certas condições, de um item ser mantido num estado ou
restaurado a esse estado, no decorrer de um dado período de tempo, no qual ele é
capaz de executar sua função quando a manutenção é efetuada sob condições,
procedimentos e meios prescritos;
- medida da habilidade de um item de ser mantido em condições especificadas ou
restaurado a essas condições quando a manutenção é efetuada pelo pessoal com um
nível específico de habilidades e usando procedimentos prescritos e recursos em
todos os níveis prescritos de manutenção e reparo.

C.4.2 Significado matemático

C.4.2.1 Conceitos de mantenabilidade

Existe uma versão probabilística de “mantenabilidade”, semelhante àquela aplicada


aos conceitos de confiabilidade e disponibilidade, a saber:
Probabilidade de que um item possa ser restaurado a uma condição dentro de um
período de tempo prescrito quando a manutenção é efetuada por pessoal que possui
níveis de habilidade específicos e usando procedimentos e recursos prescritos.

C.4.2.2 Desempenho de mantenabilidade

Este é um método de probabilidade para medir o desempenho da mantenabilidade,


além de muitos outros indicadores. O potencial de manutenção, M(t), pode ser
expresso pela Equação (C.26):
M(t) = P(tTR ≤ t) C.26

onde:
tTR é o tempo exigido para o reparo do item S;
P(tTR ≤t) é a probabilidade de que tTR seja menor que o tempo t.

Portanto, M(t) é a função de distribuição cumulativa (cumulative distribution


function - CDF) do tTRs do item S. Com base na definição dos CDFs, M(t) é uma
função não decrescente que varia de 0 a 1, já que t varia de 0 ao infinito. Isto
significa que qualquer item passível de reparo provavelmente será reparado (ou
restaurado) se esperarmos o tempo necessário.
Como uma das propriedades do CDF, é possível expressar M(t) usando a “taxa de
periculosidade” da distribuição, a qual, neste caso, é a chamada “taxa de reparo”
μ(t).
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Quando essa taxa é constante, se obtém a equação clássica para o potencial de


manutenção, M(t), dada na Equação (C.27):

M(t) = 1 – exp(– μ × t) C.27)

onde μ é a chamada taxa de reparo, que é equivalente à taxa de periculosidade e


que é designada como MTTR.

Note-se que, dependendo do que quisermos avaliar de fato, o tempo de


indisponibilidade total, uma parte dele, ou apenas o tempo de manutenção efetiva
pode ser usado como tTR na Equação (C.26).

C.4.2.3 Taxa de Reparo

A taxa de reparo, μ, é um parâmetro de confiabilidade que permite a avaliação da


probabilidade de que o item seja reparado dentro de certo período de atraso depois
de ter apresentado falhas (esta é a versão probabilística da “mantenabilidade” do
item).

Este parâmetro executa um papel para o tTR (tempo até o reparo) que é análogo
àquele da taxa de falha para o tTF (tempo até a falha).

Esta estimativa é dada pela Equação (C.28):

onde
n é o número de reparos;
tTRi é a duração do reparo de número i
MTTR é o tempo médio até o reparo.

Todos os dados podem ser coletados no campo.


Este parâmetro pode ser usado para avaliar a mantenabilidade do item usando uma
lei exponencial de acordo com a Equação (C.29):

M(t) = 1 – exp(– μ x t) (C.29)

Regras probabilísticas mais sofisticadas são usadas com frequência na modelagem de


reparos.
Nesses casos, a taxa de reparo se torna uma não constante μ(t) e a estimativa
simples na Equação (C.29) não se aplica mais. Por exemplo, é necessário levar em
consideração a duração dos vários tTRis, a fi m de avaliar o parâmetro de uma regra
de log-normal.

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C.4.2.4 Medidas e estimativas

Um indicador de desempenho da mantenabilidade é o tMTR (tempo médio de reparo)


do item em questão. Esse tMTR é a parte do tMD (tempo médio não operacional) que
é atribuído ao reparo em si.
Ele pode ser estimado a partir da soma dos “tempos de reparo” observados (com
base em dados retroalimentados), dividida pelo número de reparos, de acordo com a
Equação (C.30):

NOTA: Quando a forma analítica de M(t) é conhecida ou foi escolhida, um elo pode ser traçado
entre os parâmetros da lei exponencial e o tMTRs estimado a partir dos dados coletados no
campo.

A estimativa no caso clássico, quando a Equação (C.29) se mostra válida e quando μ,


a chamada “Taxa de Reparos”, é constante, é fácil. À medida que cresce a
quantidade de dados coletados, a estimativa se aproxima cada vez mais dos valores
matemáticos verdadeiros. As incertezas podem ser gerenciadas através de análises
estatísticas clássicas.
No caso de leis de reparo mais complicadas (por exemplo, as do tipo “log-normal”),
torna-se necessário levar em consideração a duração dos vários tTFs observados e
efetuar uma equivalência estatística.
Ao se planejar a coleta de dados (veja 7.1.2), é necessário considerar os vários
métodos para registrar os tempos de indisponibilidade (veja a Tabela 4), e as partes
apropriadas do tempo de indisponibilidade a serem incluídas precisam ser escolhidas.
Dependendo do que for feito, várias partes do tempo de indisponibilidade podem ser
incluídas dentro do MTTR.

C.4.3 Mantenabilidade — Fatores intrínsecos e extrínsecos

Para fins de comparação, é importante identificar o que é intrínseco (relacionado


apenas ao item) e o que é extrínseco (dependente do contexto) na mantenabilidade
de itens individuais.
- A mantenabilidade intrínseca considera apenas as características inerentes
concebidas com o intuito de auxiliar a manutenção de um item.
- A mantenabilidade extrínseca considera tudo o que é dependente do contexto:
logística, suporte, organização de tarefas, isolamento e remoção de isolamento.

A mantenabilidade “extrínseca” muda de um local para o outro, ao passo que a


mantenabilidade “intrínseca” permanece inalterada. No caso dos estudos de
confiabilidade, é extremamente importante ser capaz de analisar e modelar
separadamente essas duas definições da mantenabilidade.
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Para fins de comparação, é útil ser capaz de identificar os fatores de mantenabilidade


que se relacionam apenas com o item em si, como, por exemplo, a lubrificação ou a
facilidade de desmontagem, os quais podem ser chamados de mantenabilidade
intrínseca, e aqueles relacionados à sua localização, por exemplo, logística, suporte,
organização de tarefas, isolamento e remoção de isolamento, os quais podem ser
chamados de mantenabilidade extrínseca.

C.4.4 Procedimento para compilação de registros de dados de


mantenabilidade

Ao planejar a coleta de medidas e estimativas da mantenabilidade de falhas (ver


7.1.2), escolha medidas apropriadas com base na Seção C.5 para obter as
informações exigidas.

C.5 Definições de “tempo médio”

C.5.1 Princípio

O tempo médio durante o qual o item está em certos estados pode ser medido
através do uso do tempo de indisponibilidade médio, do tempo médio entre falhas,
do tempo médio até a falha, do tempo médio até o reparo, do tempo de
disponibilidade médio, etc. Os valores médios são uma boa aproximação quando
existe uma escassez de dados disponíveis ou quando não há uma tendência clara
nesses dados. Contudo, se houver uma tendência – como geralmente ocorre – nos
dados de manutenção, por exemplo, uma taxa de periculosidade ascendente
(desgaste) ou uma taxa de periculosidade decrescente (do tipo “run in”), então os
valores médios podem gerar interpretações equivocadas e podem levar a decisões
incorretas.

C.5.2 Tempo de indisponibilidade médio (MDT)

O tempo de indisponibilidade médio é definido como o tempo médio no decorrer do


qual o item se encontra em seu estado de indisponibilidade.
Isto inclui todos os atrasos entre a falha e a restauração da função do item em
questão: detecção, sobressalentes, logística, standby, política de manutenção, tempo
de manutenção efetiva, reinstalação, etc.
Não se trata aqui de um parâmetro intrínseco, uma vez que ele depende do contexto
no qual o item é utilizado.
Dessa forma apenas uma parte específica deste tempo de indisponibilidade pode ser
de interesse para um analista que esteja efetuando um estudo de confiabilidade (ou
seja, MTTR). Veja também a Figura 4.

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C.5.3 Tempo Médio Entre Falhas (MTBF)

C.5.3.1Definição

O tempo médio entre falhas é definido como o tempo médio entre duas falhas
consecutivas.

C.5.3.2 A Matemática do MTBF

A expressão geral do tempo médio entre falhas, tMBR, pode ser expressa de acordo
com a Equação (C.31):

tMBF = tMU + tMD (C.31)

onde

tMU é o tempo médio operacional;


tMD é o tempo médio não operacional.

o qual, em casos simples, pode ser expresso de acordo com a Equação (C.32):

tMBF = tMTF + tMTR (C.32)

onde

tMTF é o tempo médio para a falha;


tMTR é o tempo médio de reparo.

Assim como o MDT, esse não é um parâmetro intrínseco, porém depende do contexto
no qual o item é usado.

C.5.3.3 Usos do MTBF

Os MTBFs são calculados e usados para fins diferentes (para o item e o equipamento,
serviço, local, etc.). O “item” e o “equipamento” são de interesse principalmente para
os engenheiros de confiabilidade e as outras pessoas envolvidas na manutenção.

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C.5.4 Tempo médio até a falha (MTTF)

C.5.4.1 Definição

O tempo médio até a falha é definido como o tempo médio antes que o item
apresente falhas.

C.5.4.2 Matemática do MTTF

Este parâmetro, o tempo médio até a falha, MTTF, está ligado à taxa de falhas, ,
do item em questão por meio da Equação (C.33)

Onde λ é a taxa de falhas.

C.5.4.3 Uso do MTTF

Rigorosamente falando, este parâmetro se refere unicamente à primeira falha de um


novo item antes da execução de qualquer ação de manutenção. Se o reparo for
perfeito, isto é, se o item reparado estiver “novo em folha”, o MTTF será exatamente
igual ao tMU.
Tome cuidado ao compreender este termo e esteja ciente de que, em termos
práticos, MTTF e tMU são muitas vezes confundidos um com o outro (veja a definição
de tMU).

NOTA: MTTF é normalmente associado à suposição de uma distribuição exponencial


(por exemplo, uma taxa de periculosidade constante).

MTTF é usado também para outras distribuições como, por exemplo, a distribuição
normal ou a distribuição de Weibull. As Equações de (C.31) a (C.33) são válidas
apenas para a suposição de uma distribuição exponencial tanto para tMBF como para
MTTF. Além disso, trata-se de um pré-requisito que todo o tempo seja medido na
mesma dimensão de tempo (tempo global ou local).

C.5.5 Tempo médio até o reparo (MTTR)

C.5.5.1 Definição

O tempo médio até o reparo é definido como o tempo médio antes de o item ser
reparado.

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C.5.5.2 Matemática do MTTR

Este parâmetro, o tempo médio até o reparo, MTTR, está ligado à taxa de reparo, ,
do item em questão através da Equação (C.34)

onde μ é a taxa de reparo.

C.5.5.3 Usos do MTTR

O nome MTTR está geralmente vinculado apenas ao tempo de manutenção corretiva


efetiva, que é parte do tempo de indisponibilidade; porém, dependendo do estudo,
ele pode variar do tempo de manutenção corretiva efetiva até o tempo de
indisponibilidade total. Neste caso, pode-se usar “restauração” ao invés de “reparo”.
No caso geral, contudo, o “tempo de indisponibilidade” é maior que o “tempo de
manutenção ativa”.
Se a manutenção preventiva também for incluída além da manutenção corretiva
(reparo) abordado acima, o tempo médio de manutenção, tMTM, expresso em horas,
pode ser calculado de acordo com a Equação (C.35):

onde

tmc é o tempo de reparo ou de manutenção corretiva decorrido, expresso em


horas corridas;
tmp é o tempo de manutenção preventiva decorrido, expresso em horas
corridas;
Mc é o número total de ações de manutenção corretiva (reparos);
Mp é o número total de ações de manutenção preventiva.

C.5.6 Tempo de disponibilidade médio (MUT)

O tempo de disponibilidade médio é definido como o tempo médio durante o qual o


item está em seu estado de disponibilidade.
Se os reparos estiverem “perfeitos”, ou seja, se o item reparado estiver “novo em
folha”, o tMU é exatamente igual ao MTTF. Se o reparo não estiver perfeito, ou no
caso de equipamentos constituídos de peças que foram reparadas e outras que
nunca apresentaram falhas, tMU e MTTF são dois parâmetros diferentes (veja
também C.5.4).

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C.5.7 Procedimento para a compilação de registros de dados para o tempo


médio

Ao planejar a coleta de medidas e estimativas do tempo médio (veja 7.1.2), escolha


medidas apropriadas dentre as listadas na Seção C.5 para obter as informações.

C.6 Ensaios de falhas ocultas nos sistemas de segurança

C.6.1 Princípios gerais

Existem dois princípios distintos que podem ser usados a fim de estabelecer o
intervalo de ensaio necessário para uma função de segurança com falhas ocultas:
- disponibilidade exigida:
Esta abordagem se baseia numa análise de risco para a qual foram estabelecidos
alguns critérios absolutos de aceitação de risco. Alocam-se para cada função de
segurança de uma planta, sistema ou item de equipamento requisitos de
confiabilidade com base nisso. Esta abordagem está em conformidade com as
Normas IEC 61508 (todas as partes) e IEC 61511 (todas as partes).
- disponibilidade de custo e benefício:
Em algumas circunstâncias, as conseqüências de uma falha de um sistema de
segurança numa situação perigosa podem ser reduzidas apenas às suas
conseqüências econômicas. Assim sendo, é adequado estabelecer-se o programa
de manutenção preventiva através da otimização dos custos totais comparando-
se o custo da manutenção preventiva com o custo da falha do sistema de
segurança; ver Norma ISO 15663 (todas as partes).

C.6.2 Disponibilidade exigida

Esta situação é caracterizada por um limite superior, LPFD, de modo que não se
permita que a probabilidade de falha sob demanda exceda o intervalo de teste
necessário, τ,. Para atingir esse objetivo, recorre-se à aproximação dada na Equação
(C.36):

onde
LPFD é o limite superior aceitável para a probabilidade de falhas sob demanda;
Λ é a taxa de falha para falhas sob demanda.

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C.6.3 A Matemática da disponibilidade de custo e benefício

Quando usamos o termo disponibilidade de custo e benefício, estamos considerando


um sistema de segurança classificado como SIL 0 de acordo com a definição contida
na norma IEC 61508 (todas as partes). Isto significa que não existe nenhum
requisito absoluto no que diz respeito à disponibilidade do sistema. Ainda assim, isto
pode ser um sistema de proteção importante com relação às perdas econômicas em
potencial. Um exemplo é um desarme de vibração numa bomba que tem por
finalidade paralisar a operação de tal bomba se a vibração exceder um nível pré-
definido. Se o desarme da vibração falhar, os danos materiais à bomba podem ser
significativos. A abordagem a ser usada em tal situação é efetuar uma otimização
econômica na qual o custo dos testes é comparado ao custo que se espera como
resultado da ocorrência das falhas.

Matematicamente, esta idéia pode ser formulada pela aproximação dada na Equação
(C.37) para o custo total esperado:

onde
CTEC é o custo total esperado;
λfto é a taxa de falha para o modo de falha “falha na operação”;
f é a freqüência de eventos quando o sistema de segurança está
supostamente ativado;

EXEMPLO: Para um alarme de incêndio, f é a freqüência de incêndios.

Cf é a diferença em custos entre as conseqüências da situação perigosa


quando o sistema de segurança opera e quando o mesmo não está
operando;

EXEMPLO: No caso de um sistema automático de combate a incêndios, Cf é a


diferença em danos se o sistema de extintores for ativado automaticamente ou não
em caso de incêndio. Em muitos casos, é necessário efetuar uma análise de risco
rudimentar para estimar Cf. Em caso de incêndio, por exemplo, um aspecto
importante a ser avaliado é a probabilidade de que haja pessoas presentes para
descobrir o incêndio e que estas sejam capazes de ativar manualmente o
equipamento de combate a incêndio.

Cm é o custo de cada atividade ou ensaio de manutenção preventiva;

τ é o intervalo de ensaio.

O intervalo de ensaio econômico ótimo pode ser encontrado buscando-se a derivada


do custo total esperado e estabelecendo para ela o valor zero de acordo com a
Equação (C.38):

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onde os parâmetros são os mesmos que aqueles da Equação (C.37).

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Anexo D
(informativo)

Requisitos típicos para dados

D.1 Generalidades

Existem diferentes áreas de aplicação de dados de CM e é necessário considerar


cuidadosamente a coleta de dados (ver Seção 7) para que os tipos de dados sejam
consistentes com a finalidade a que se destinam. Os tipos de análises considerados
estão relacionados na Tabela D.1, que também se refere a outras normas
relevantes internacionais e da indústria.

Tabela D.1 — Áreas de aplicação e tipos de análises

Áreas de Tipo de análise a ser Sigla Apoio da Referência


aplicação aplicado ISO 14224
Segurança A1 — Análise quantitativa de QRA Sim IEC 60300-3-9
riscos NORSOK Z-013
ISO 17776
A2 — Inspeção baseada em RBI Sim API RP 580
risco
A3 — Nível de Integridade de SIL Sim IEC 61508 (todas as
Segurança partes)
IEC 61511 (all parts)
A4 — Avaliação de impacto ESIA Sim ISO 14001
ambiental e social
Manutenção de B1 — Custo do ciclo de vida LCC Sim IEC 60300-3-3
LCC/Otimização (Life cycle cost) ISO 15663 (todas as
partes)
B2 — Disponibilidade de PA Sim NORSOK Z-016
produção
B3 — Análise de AA Sim NORSOK Z-016
disponibilidade
B4 — Manutenção centrada RCM Sim IEC 60300-3-11
na confiabilidade NORSOK Z-008
SAE JA1011
SAE JA1012
B5 — Análise de SPA Sim IEC 60706-4
sobressalentes IEC 60300-3-12
B6 — Análise de modo de FME Sim IEC 60812
falha, efeito e criticalidade
B7 — Análise estatística de SDA Sim IEC 60300-3-1
dados de confiabilidade IEC 60706-3
B8 — Confiabilidade STR Sim ISO 19900
estrutural NORSOK N-001
Generalidades C1 — Planejamento de MRP Sim NORSOK Z-008
recursos humanos
C2 — Seis sigma 6 Parcialment —
e
C3 — Análise de árvore de FTA Sim IEC 61025
falhas

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Áreas de Tipo de análise a ser Sigla Apoio da Referência


aplicação aplicado ISO 14224
C4 — Análise do processo MPA Sim IEC 61165
Markov
C5 — PetriNet para análise PNA Sim N/A
de Monte Carlo

D.2 Valor comercial da coleta de dados

Durante as diferentes fases de um projeto de desenvolvimento, desde a seleção do


conceito até a fase operacional, é necessário tomar muitas decisões. Muitas dessas
decisões são apoiadas pelos tipos de análise relacionados na Tabela D.1. Tais
decisões normalmente têm um grande impacto na economia e segurança do projeto,
devendo basear-se em modelos eficientes e dados de alta qualidade a fim de chegar
às “melhores” decisões. A Seção 6 apresenta exemplos de áreas em que tais
decisões são tomadas.

D.3 Requisitos de dados

Durante o desenvolvimento desta Norma Internacional, uma análise GAP foi


realizada para revelar os requisitos de dados em vários tipos de análise de RAMS. As
tabelas abaixo apresentam um resumo das análises de GAP que identificam os
dados requeridos para cada tipo de análise. Os requisitos de dados foram
priorizados por cada analista usando-se as seguintes pontuações:
a) normalmente necessários; classificados como 1 nas Tabelas D.2 a D.4;
b) opcionalmente necessários; classificados como 2 nas Tabelas D.2 a D.4.

Uma fileira sombreada indica os parâmetros para os quais os dados já são cobertos
nesta Norma Internacional. As fileiras não sombreadas indicam parâmetros
identificados pelas análises de GAP como possíveis parâmetros novos a serem
incluídos nas futuras revisões desta Norma Internacional.
Alguns parâmetros recomendados (por exemplo, taxa de falha) não podem ser
registrados diretamente, mas devem ser calculados a partir de outros dados. Os
mesmos foram denominados “parâmetros derivados de confiabilidade” (ver Anexo
C).
Convém que os elementos de dados nas Tabelas D.2 e D.4 sejam considerados em
conjunto com os elementos de dados nas Tabelas 5, 6 e 8.

D.4 Descrição das análises

Um resumo das análises e normas relevantes será dado numa nova Norma
Internacional, ISO 20815, sendo desenvolvida a partir da publicação desta Norma
Internacional.

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Tabela D.2 — Dados de equipamentos a serem registrados

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Tabela D.3 — Dados de falha a serem registrados

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Tabela D.3 — Dados de falha a serem registrados (continuação)

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Tabela D.4 — Dados de manutenção a serem registrados

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Anexo E
(informativo)

Principais indicadores de desempenho (PIDs) e benchmarking

E.1 Generalidades

Os dados de confiabilidade e manutenção (CM) podem ser usados para desenvolver e


gerenciar os principais indicadores de desempenho (PIDs) bem como compilar
informações de Benchmarking. O objetivo tanto dos PIDs quanto do Benchmarking é
o de auxiliar no gerenciamento de melhorias nos negócios. O presente Anexo fornece
alguns exemplos de PIDs, os quais podem ser estendidos, conforme se julgar
necessário, utilizando-se a classificação taxonômica da Figura 3. (Alguns dos
princípios descritos abaixo se baseiam nas Referências [65] e [66].)

O processo descrito na Figura E.1 é uma versão simplificada de como os PIDs podem
ser desenvolvidos.
Recomenda-se que os PIDs estejam alinhados com os objetivos da organização que
os utiliza. Assim sendo, a organização tem a liberdade de definir os PIDs de maneira
a contribuir da melhor forma possível para a melhoria do desempenho da mesma.
A melhoria é um ingrediente essencial das companhias bem-sucedidas. Os
indicadores de desempenho e de benchmarking podem ser ferramentas altamente
eficazes na identificação e melhoria das áreas de maior oportunidade.
Para cada uma das atividades no processo representado na Figura E.1, uma
descrição sucinta é apresentada nos itens listados de (a) a (e).

a) Desempenho de benchmarking:

Utilizam-se os dados de benchmarking para se determinar o desempenho da


organização nas áreas principais. Esses dados de benchmarking podem então ser
usados para fins de comparação, geralmente externa, frente a organizações
pertencentes à mesma indústria ou a indústrias semelhantes, ou frente a
organizações pertencentes a indústrias diferentes, desde que possuam processos
corporativos semelhantes.
Contudo, a medição de lacunas de desempenho frente às empresas de melhor
desempenho num grupo de pares representa apenas metade do valor do processo de

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benchmarking. As análises que podem ser feitas das diferenças de perfil de planta,
práticas e organização (os fatores causais) que explicam essas lacunas de
desempenho também são uma fonte de informação preciosa para os participantes
dos estudos de benchmarking.

b) Identificar as áreas passíveis de melhoria:

Com base nos dados externos de benchmarking e nos objetivos da organização,


podem-se identificar áreas passíveis de melhoria. As áreas a serem aprimoradas não
são necessariamente as áreas nas quais o desempenho é deficiente quando
comparado a outros dados de benchmarking, uma vez que as áreas de desempenho
fraco talvez não correspondam às áreas que são fundamentais à realização dos
objetivos da corporação.
Além disso, o benchmarking é uma ferramenta para provar o caso empresarial no
que se refere ao compromisso empresarial prévio necessário e ao investimento de
recursos a serem mobilizados com vistas à implantação bem-sucedida de um projeto
voltado à melhoria do desempenho. O benchmarking pode ser executado dentro da
companhia, dentro da indústria ou em várias indústrias (contanto que esteja sendo
analisado o mesmo processo corporativo). No primeiro caso, um processo de rede
envolvendo “o melhor dentre os melhores” é uma ferramenta eficaz na execução de
melhorias de desempenho. A utilização de benchmarking dentro de uma indústria
permite que uma empresa faça a calibragem de suas metas de desempenho bem
como o reexame da justificativa de políticas e práticas históricas à luz das políticas e
práticas adotadas pelas empresas que ostentam o melhor desempenho na indústria.

c) Desenvolver PIDs para executar melhorias

Nas áreas nas quais se deseja implantar melhorias, recomenda-se que PIDs sejam
desenvolvidos. Convém que cada PID tenha um nível de desempenho alvo. Os PIDs,
bem como as metas, devem, sempre que possível, ser específicos, mensuráveis,
atingíveis (mas devem permitir espaço para acomodações), realistas e baseados num
cronograma (ou seja, eles devem ser capazes de acompanhar a melhoria de
desempenho ao longo do tempo). A freqüência na qual os PIDs são medidos é
determinada com base numa expectativa realista acerca da quantidade de tempo
exigida para que qualquer ação corretiva tenha um impacto no nível do desempenho.
Assim sendo, não se deve medir nem analisar os parâmetros nos casos em que não
há mudança de um caso para o outro, mas é necessário equilibrar isso frente ao caso
em que as medições não são feitas com a regularidade desejada, o que gera uma
situação na qual os parâmetros podem ficar fora de controle por longos períodos.
Além disso, é necessário considerar o tempo, os custos e os recursos necessários ao
desenvolvimento, manutenção e gerenciamento dos PIDs, uma vez que isto também
determina o número de PIDs robustos que podem ser utilizados.

d) Medir os PIDs

Os PIDs devem ser medidos e relatados, sempre que possível, dentro de sistemas
pré-existentes. Além de medir os PIDs, é necessário comparar o resultado com a
meta e identificar quaisquer causas de desvios.

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e) Adotar ações corretivas

As causas dos desvios devem ser abordadas e ações corretivas devem ser
executadas, e o processo deve ser repetido muitas vezes.

E.2 Alinhamento com os objetivos corporativos

E.2.1 Generalidades

Os PIDs são alinhados com os objetivos da organização no tocante às instalações (ou


às operações), e as melhorias são identificadas e implementadas a fim de atingir os
objetivos planejados para a organização. O alinhamento dos PIDs com os objetivos
corporativos pode ser representado como mostra a Figura E.2.

E.2.2 Diferenças entre o benchmarking e os PIDs

As diferenças entre os dados de benchmarking e os PIDs são bastante sutis. A


principal diferença entre um PID e um dado de benchmarking está relacionada ao
uso. De fato, usa-se um PID para gerenciar uma melhoria numa base constante e
para determinar o progresso na realização de uma meta pré-determinada. Um dado
de benchmarking é usado como um evento de ocorrência isolada ou de baixa
freqüência para determinar os níveis atuais de desempenho frente a outras
organizações envolvidas no mesmo processo.
A tabela abaixo fornece uma idéia geral das principais diferenças.

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Tabela E.1 — PIDs versus Benchmarking

Característica PIDs Benchmarking

Propósito Verificar o progresso e a Identificar lacunas nos níveis de


eficácia da gerência desempenho atuais
Freqüência Expectativa de mudança Ocorrência isolada / pouco freqüente
razoável que está ocorrendo
Fonte de dados Sistemas internos Fontes externas
Nível de controle Imediato ou curto prazo Prazo mais longo
Número de parâmetros Um ou poucos Muitos
relevantes
Precisão Interessado na tendência Interessado em valores absolutos
Metas Estabelecidas, baseadas em Sem metas
objetivos

E.3 Utilização de benchmarking

E.3.1 Princípios de benchmarking

O benchmarking ajuda a determinar o ponto de referência e uma norma a partir dos


quais se possa medir o desempenho de classe mundial. O processo de benchmarking
pode ser subdividido em três etapas.
a) Avalie e meça a sua própria operação ou processo específico a fim de
identificar pontos positivos e negativos usando os dados coletados de acordo
com as Seções 7, 8 e 9. Escolha um conjunto de PIDs (ver a Tabela E.3).
Alinhe-os com os objetivos da organização no tocante às instalações (ou às
operações), identifique as áreas passíveis de melhoria, colete e analise os
dados e implemente as melhorias com o intuito de alcançar os objetivos
planejados para a organização.
b) Inicie um estudo de benchmarking e processos de documentação com
referência a grupos de pares (veja E.3.7) que sejam mais produtivos ou
eficientes que os seus.
c) Identifique as melhores práticas e coloque-as em prática.

E.3.2 Generalidades

O benchmarking tem a sua utilidade maximizada nos casos em que existe uma
amostragem populacional estatisticamente significativa. É necessário que os
indivíduos envolvidos na troca de informações compreendam as limitações inerentes
impostas pelos dados que eles coletam e o banco de dados no qual tais informações
estão armazenadas. Por exemplo, dependendo do tipo, carga, velocidade, método de
montagem, formulações de lubrificantes, níveis de contaminação, etc., um mancal
específico pode durar um período que varia de 18 meses a 40 anos. Como
conseqüência, o conhecimento do MTTF médio de todos os mancais numa
determinada planta seria de utilidade bastante reduzida para um engenheiro de
confiabilidade. Para que a empresa A, que está operando com um MTTF de 18 meses,
se aproxime da confiabilidade da empresa B, que está operando com um MTTF de 40

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anos, é necessário que haja um conhecimento subjacente de todas as diferenças


existentes nas condições de projeto e de operação. O desenvolvimento de melhores
práticas não pode ocorrer em casos onde não haja um conhecimento sólido a priori
dos princípios de engenharia.
Uma utilização indevida do benchmarking que ocorre frequentemente é considerá-lo
meramente como um cartão de pontuação, ou seja, como uma ferramenta para olhar
para trás e medir os sucessos ou fracassos do passado, e não como um mapa que
possa servir de diretriz para progressos futuros na realização de objetivos e na
obtenção de melhorias contínuas.

E.3.3 Nível taxonômico

O benchmarking pode ocorrer no nível da planta, da unidade de processamento, da


classe de equipamento, da subunidade ou do item passível de manutenção. Os
principais indicadores de desempenho para cada nível hierárquico (ver Figura 3)
fornecem informações distintas. Se um conjunto de PIDs num certo nível taxonômico
enfatiza um ponto fraco, então o próximo nível taxonômico de indicadores mais baixo
deve dar outras definições e esclarecimentos no que se refere às causas deste ponto
fraco. As iniciativas de benchmarking que fazem o ranking do desempenho de
plantas ou unidades de processamento analisam níveis relativos de confiabilidade,
pessoal, utilização e custos de operação. Os PIDs para hierarquias no nível de classe
de equipamento e abaixo incluem parâmetros que enfocam principalmente a
incidência de falhas e reparos. Em casos nos quais uma “melhor prática” para a
melhoria contínua de uma unidade de processo pode, por exemplo, envolver a
implementação de manutenção centrada na confiabilidade, a melhor prática numa
hierarquia mais baixa pode ser a implementação de especificações de desenho mais
rigorosas, requisitos de equilíbrio ou grauteamento, etc.

E.3.4 Escolha de dados de benchmarking

Os PIDs que podem medir conjuntamente a confiabilidade e a eficácia de


manutenção em nível geral dentro desta Norma Internacional são os seguintes:
a) classe de equipamento, subunidade e item passível de manutenção MTBF (ver
C.5.3);
b) disponibilidade (ver C.2);
c) custo de perdas de produção causadas por falta de confiabilidade e por atividade
de manutenção;
d) custos diretos (mão-de-obra, contratos e materiais) do trabalho de manutenção;
e) custos da equipe de apoio à manutenção e de consumíveis durante a
manutenção.

E.3.5 Alinhamento de parâmetros de benchmarking e de PIDs pelos vários


grupos de pares

É importante que todos aqueles que contribuem para o benchmarking forneçam um


conjunto completo de indicadores de desempenho principais vinculados ao mesmo
quadro de referência. Para realizar esse objetivo, as iniciativas de benchmarking

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mais bem-sucedidas são as seguintes.

- Identifique os elementos que mais afetam o sucesso comercial da empresa.

- Empregue termos genéricos para cada elemento: as descrições de fronteiras e a compilação


de dados devem ser escolhidas de acordo com esta Norma Internacional.

- Forneça definições suficientemente detalhadas com o objetivo de promover e permitir uma


resposta consistente por parte de cada participante e certifique-se de que todos os dados
de desempenho se aplicam ao mesmo cronograma.

E.3.6 Benefícios do benchmarking

O benchmarking pode ser usado para fornecer melhorias contínuas a elementos-


chave do processo de trabalho no que tange à manutenção da planta e à
confiabilidade, incluindo-se aí:
a) estratégia / liderança,
b) gerenciamento do trabalho de manutenção,
c) manutenção preditiva e preventiva,
d) sistemas de informação computadorizados para gestão de manutenção (CMMIS),
e) treinamento,
f) gerenciamento de materiais,
g) gerenciamento de empreiteira,
h) melhoria de confiabilidade,
i) tecnologia competitiva / benchmarking.

O benchmarking confidencial da indústria no que se refere às funções de


manutenção e confiabilidade vem se tornando uma ferramenta fundamental nos
programas de melhoria de desempenho. Ela tem o objetivo principal de fornecer às
empresas dados comparativos utilizáveis os quais, num nível de detalhe acionável,
as auxilia a enfocar as metas de oportunidade dignas de crédito a fim de aprimorar o
seu desempenho.
Com o intuito de ganhar credibilidade e aceitação, é necessário que essas metas de
oportunidade sejam vistas como realistas, ou seja, que sejam compreendidas pelos
responsáveis pela realização de tais metas e que inspirem confiança nestes.
Os usuários desta Norma Internacional devem ter a cautela de não enfocar apenas
um ou dois destes PIDs, negligenciando, assim, os demais.

E.3.7 Seleção dos grupos de pares

E.3.7.1 Generalidades

A seleção do grupo de pares frente ao qual uma planta participante irá comparar os

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seus dados de desempenho é importante. Se a seleção deste grupo de pares for bem
feita, o pessoal na planta terá confiança que possui as mesmas oportunidades de
desempenho quanto às plantas de melhor desempenho do grupo. Além disso, o uso
de um método de análise adequado dos fatores causais físicos, das características da
planta e das práticas de manutenção dentro do grupo proporciona explicações acerca
das variações em desempenho que possuem uma validade maior.
Quando o desempenho de uma planta é visto como deficiente em comparação com o
seu grupo de pares, a lacuna pode se dever tanto a diferenças nas características
físicas da planta (mesmo dentro do mesmo grupo de pares) como também a
diferenças nas práticas e na organização do local. As características de ambas as
categorias de fatores causais devem ser submetidas ao benchmarking utilizando-se
um método adequado de benchmarking, a fim de que o peso relativo de cada
categoria possa ser julgado, e para que metas realistas possam ser estabelecidas.

E.3.7.2 Seleção dos grupos de pares

O fator distintivo de um grupo de pares é uma característica da planta que afeta um


ou vários aspectos do seu desempenho e é comum e intrínseco ao grupo de plantas,
fator este que não pode ser mudado pela planta no curto ou médio prazo.
Os dois fatores distintivos do grupo de pares que foram considerados mais
significativos nos estudos de confiabilidade e manutenção são:
- família de processo: em função do tipo de equipamento, da severidade do
processo (questões de corrosão, toxicidade, etc.) e da complexidade de
manutenção;
- região geográfica: em função dos custos horários da mão-de-obra
prevalentes, práticas de contratação e emprego, normas de segurança e
proteção ambiental, clima, cultura empresarial e nível de industrialização da
região.

E.4 Exemplos de dados de benchmarking e de PIDs usando dados de CM

Existem vários dados de benchmarking e PIDs disponíveis. A medição de custos e de


taxas de falhas fornece indicações de tendências quanto à eficácia dos programas de
manutenção e de confiabilidade. Os PIDs também podem ser usados para avaliar o
grau de adesão de uma organização a programas e procedimentos através do
registro da conformidade no que tange a cronogramas de prevenção e previsão.
Nenhum PID é capaz de fornecer isoladamente o panorama completo. Portanto, é
necessário definir uma cesta de PIDs que sejam capazes de indicar conjuntamente o
progresso e as tendências na operação confiável da planta e dos equipamentos. As
tendências podem ser mostradas ao longo de um período de tempo e podem exigir
alguma atenção especial para permitir relatórios periódicos e cumulativos como, por
exemplo, a “média dos últimos dois anos“ no último caso.
A Tabela E.3 mostra exemplos de PIDs que podem ser desenvolvidos fazendo-se uso
de dados de CM e de outros relativos à confiabilidade. Outros ou mais PIDs podem
ser úteis dependendo da indústria e da aplicação. Na Tabela E.3, faz-se referência
aos mesmos níveis taxonômicos (ver 8.2) que são resumidos também na Tabela
E.2.

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Tabela E.2 — Níveis taxonômicos

Categoria Nível Hierarquia taxonômica Uso/localização


principal taxonômico

Uso / localização 1 Indústria Tipo de indústria principal


2 Categoria empresarial Tipo de negócio ou fluxo de processamento
3 Categoria da instalação Tipo de instalação
4 Categoria da planta ou da Tipo de planta ou de unidade
unidade
5 Seção / sistema Seção ou sistema principal da planta
Subdivisão 6 Equipamento (classe ou Classe de unidades de equipamento similares.
de unidade) Cada classe de equipamento contém peças de
equipament equipamento semelhantes (por exemplo,
os compressores).
7 Subunidade Um subsistema necessário para o
funcionamento da unidade de equipamento
8 Componente/item passível de O grupo das peças da unidade de
manutenção equipamento que são comumente
mantidas (reparadas / restauradas) como
um todo
9 Parte a
Uma peça única de equipamento
a Apesar de este nível poder ser útil em alguns casos, ele é considerado opcional nesta Norma Internacional.

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Tabela E.3 — Exemplos de PIDs

Parâmetros Hierarquias Unidades Explicação e cálculo Propósito e Pessoal


taxonômica
de KPI valor envolvido
s
relevantes b

1) MTBF 6a8 Tempo (horas, Indica o tempo médio entreIndicação do Especialistas


Tempo dias, semanas, as falhas para aumento ou do
médio entre meses, anos). componentes, redução da equipamento
falhas equipamentos ou unidades. confiabilidade em questão
Para diferentes
classes ou tipos de A definição de falha é dada
dos
equipamento no Anexo C (geral) e no componentes, Engenheiros de
Anexo F (equipamentos de dos confiabilidade
Tendências são segurança). equipamentos
mostradas ao longo O uso do MTBF implica que e da unidade/ Gerência
de um período de o tempo não operacional planta intermediária
tempo (down time)/reparo foi
incluído. Inspeção
As diretrizes para o cálculo
do MTBF (e do MTTF) são
dadas no Anexo C.
2) MTTF 6a8 Como acima É semelhante ao MTBF, Como acima Como acima
Tempo mas não leva em Notar que o MTTF,
médio para consideração o tempo não a princípio, se
a falha operacional (down time) refere apenas à
/reparo. primeira vez que
ocorre a falha de
O MTBF é a soma do um novo item antes
MTTR e do MTTF. da execução de
O MTTF é igual ao inverso qualquer tarefa de
da taxa de falha. manutenção
3) MTBR 6a8 Tempo (horas, Indica o tempo médio entre indicação do Especialistas
Tempo dias, semanas, reparos de componentes, aumento ou do
médio entre meses, anos). equipamentos ou unidades. redução da equipamento
reparos Embora uma falha leve confiabilidade de em questão
Para diferentes normalmente a um reparo, componentes ou
classes ou tipos de isso nem sempre acontece. equipamentos
equipamento Reparos (por exemplo, Engenheiros de
dentro de uma confiabilidade
revisão geral principal) unidade/planta.
Tendências são podem ser realizados
mostradas ao com base no tempo Gerência
longo de um independente da falha. intermediária
período de tempo Cálculo baseado no tempo
total entre reparos dividido Manutenção
pelo número de reparos
ao longo de um período de
tempo especifico ou até
Inspeção
uma data.
Portanto, o MTBR pode
divergir do MTBF.
No caso de equipamentos
submarinos, pode-se
renomear o KPI como
“tempo médio entre
intervenções” (MTBI).
4) MTTR 6a8 Tempo (horas, O tempo necessário para IIndicação da Especialistas
Tempo dias, semanas, reparar um componente, produtividade e do do
meses, anos). equipamento, sistema ou

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Parâmetros Hierarquias Unidades Explicação e cálculo Propósito e Pessoal


taxonômica
de KPI valor envolvido
s
relevantes b

médio de unidade. conteúdo de equipamento


reparo. Para diferentes Tempo total fora de serviço trabalho das em questão
classes ou tipos de dividido pelo número de atividades de
equipamento reparos. reparo. Engenheiros de
É necessário definir os
Tendências são parâmetros fora de serviço.
confiabilidade
mostradas ao É necessário que o MTTR
longo de um siga os princípios de tempo Manutenção
período de tempo exibidos na Figura 4.
Pode-se introduzir o MDT
(tempo médio não
operacional) se também for
de interesse o
monitoramento dos tempos
de preparação e atraso.
5) Piores 6a8 Lista de É necessária uma definição Enfoca a gestão de Como acima
atores equipamentos clara dos tipos de falha confiabilidade e a
cobertos (ver Anexo C). análise de causa-
Lista de Lista de modos raiz da falha.
equipamentos de falha frequentes Uma lista dos
com falhas equipamentos com falhas Desenvolvimento
frequentes Frequência de mais frequentes também da qualidade/
falha pode ser gerada com base produto.
na frequência dos reparos.

Reestruturar com base no


impacto sobre a planta.
6) AO 6 % de tempo Normalmente no nível da Mostra a tendência Especialistas
disponível para unidade de equipamento. da disponibilidade do
Disponibilidad operação do de equipamento equipamento
e equipamento quando tanto a em questão
operacional quando toda a manutenção
manutenção corretiva quanto a
(corretiva e preventiva são Engenheiros de
preventiva) é consideradas. confiabilidade
incluída no tempo Gerência
não operacional Dado de entrada intermediária
(down time). para o Operação
planejamento da Manutenção
produção. Inspeção
7) AT 6 % de tempo Normalmente no nível da Principal indicador Gerências
disponível para unidade de equipamento. técnico de superior e
Disponibilidad operação do disponibilidade. intermediária.
e equipamento Operação.
técnica quando toda a Mostra a tendência Manutenção.
manutenção da disponibilidade Inspeção.
(corretiva e do equipamento Especialistas do
preventiva) é enfocando a equipamento em
incluída no tempo confiabilidade questão.
não operacional intrínseca (ver C.2). Engenheiros de
(down time). confiabilidade.
8) Fração 4a6 % do total de Total de homens-hora de Indicação da Especialistas do
de HH de homenshora de ordem de serviço (OS) de quantidade de equipamento
manutenção manutenção manutenção preventiva trabalho de em questão
preventiva gastos em PM (PM) dividido pelo total de manutenção pró- Engenheiros de
(PM) (não incluindo homens- hora de OS, por ativa preventiva. confiabilidade
modificações). classificação ou tipos de Operação
equipamentos. Manutenção

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Parâmetros Hierarquias Unidades Explicação e cálculo Propósito e Pessoal


taxonômica
de KPI valor envolvido
s
relevantes b

9) Fração 4a6 % do total de Total de homens-hora de Indicação da Especialistas do


de HH de homens-hora OS de manutenção quantidade de equipamento
manutenção de corretiva (MC) dividido pelo trabalho de em questão
corretiva manutenção total de homens-hora de manutenção Engenheiros de
gastos em OS, por classificação ou corretiva confiabilidade
manutenção tipo de equipamento.
corretiva Operação
Manutenção
10) MPs 4a6 Número ou % de Contagem de OSs de MP Indicação de Operação
atrasadas ordens de atrasadas por classificação acúmulo de PMs
trabalho de de equipamento ou como atrasados Manutenção
ordens de serviço % do total de OS de PM.
de MP atrasadas
por categoria Pode-se também
selecionar apenas
equipamento crítico à
segurança ou equipamento
crítico à produção para
diferenciar em grupos.

11) 4a6 Número ou % Definir quais atividades de Gestão do Especialistas do


Manutenção de atividades manutenção preditiva monitoramento de equipamento em
preditiva de coleta de devem ser cobertas, condições questão
(PdM) dados de PdM individualmente ou todas.
completa concluídas Engenheiros de
Por exemplo, número de
confiabilidade
pontos de dados, rotas ou
Conclusão equipamentos que têm
da Operação
coleta de dados de PdM
manutenção NDT executado dividido
preditiva (por Manutenção
pelos pontos de dados,
exemplo, rotas ou equipamentos
inspeções, Inspeção
totais, num período
ensaios, específico de tempo.
monitoração
periódica de (Dados da análise de
condições) vibração, leituras de
espessura, varreduras
de infravermelho,
análise de
desempenho do
motor).

12) 4a6 Número ou % de Definir quais atividades de Indica o backlog Especialistas do


Manutenção atividades de manutenção preditiva de atividades do equipamento em
preditiva manutenção devem ser cobertas, tipo PdM; por questão
(PdM) preditiva (PdM) individualmente ou todas. exemplo, NDT
atrasada atrasadas Contagem ou % de pontos (ensaio não Engenheiros de
de dados, rotas ou destrutivo) confiabilidade
equipamentos de PdM NDT
que estão atrasados num Operação
período de tempo Manutenção
específico. Inspeção

13) Duração 4 Tempo, É necessário incluir o Planejamento de Operação


de geralmente em tempo de parada e de manutenção
rotatividade dias. partida dos equipamentos Manutenção
de turnos em conexão com a parada Oportunidades de
programada. modificação

Paradas programadas Planejamento de


prolongadas devido a parada
modificações podem ser

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Parâmetros Hierarquias Unidades Explicação e cálculo Propósito e Pessoal


taxonômica
de KPI valor envolvido
s
relevantes b
separadas para não Planejamento de
prejudicar a comparação produção
com os requisitos anuais de
paradas programadas para
grandes manutenções.
14) Tempo 4a5 Medido em base Tempo entre paradas Como acima Operação
entre anual programadas
paradas (número de Manutenção
programadas meses, anos)

15) Fração 6 % de reparos Número de OS que são Indicação de Engenheiros de


de retrabalho onde retrabalhos retrabalhados divididos qualidade do confiabilidade
de reparo são requeridos em pelo número total de OS. trabalho e de
seguida ao reparo. Classificados por tipo de produtividade Operação
equipamento.
Podem ser divididos em Manutenção
manutenção preventiva e
corretiva.
16 Tempo 6a8 Tempo, Tempo que leva desde o Gestão de reparos Manutenção
na ofi cina de geralmente em recebimento do item com
reparos horas ou dias. falha na oficina de reparos
até estar pronto para uso
novamente.

17) Custos 4a6 Por planta, seção Custo total tanto para Análise das Gerência da
totais de ou equipamento manutenção corretiva tendências ao planta
manutenção para um dado quanto para a preventiva, longo de um
período (por incluindo sobressalentes. período de tempo Operação
exemplo,
anualmente) Não inclui custos Manutenção
relacionados ao tempo
não operacional (down
time) com relação à perda
de produção.
18) Custos 4a6 Custo por O custo do reparo do Tendência Gerência da
dos reparos diferentes tipos de equipamento dos custos planta
por ordem de equipamento para representado pelos custos de reparos ao
serviço várias localizações coletados nas ordens de longo de um Operação
geográfi cas, serviço do equipamento. período de
unidades ou Geralmente, inclui mão de tempo. Manutenção
plantas. obra (funcionários da
empresa e/ ou Identificação
contratados), materiais e dos itens mais
aluguel de equipamento. críticos por
Os custos indiretos custo de reparo
também podem ser e/ou tipo de
incluídos. equipamento.
a Outros/mais PIDs podem ser úteis, dependendo da indústria e da aplicação.
b Ver Tabela E.2.

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Anexo F
(informativo)

Classificação e definição de falhas críticas à segurança

F.1 Generalidades

O objetivo deste Anexo é familiarizar o usuário desta Norma Internacional com


algumas definições e classificações específicas aplicadas aos equipamentos críticos à
segurança. A IEC desenvolveu as normas de segurança IEC 61508 (todas as partes)
e IEC 61511 (todas as partes), as quais foram implementadas por muitas indústrias,
incluindo as indústrias de gás natural, petróleo e petroquímica. Os princípios gerais
descritos na IEC 61508 (todas as partes) e na IEC 61511 (todas as partes) foram
desenvolvidos subsequentemente através de iniciativas nacionais e transformadas
em diretrizes e métodos de análise para sua utilização na indústria do petróleo,
como, por exemplo, a Referência [68].

F.2 Classificação de falhas de sistemas de segurança instrumentados

F.2.1 Definições gerais

Os sistemas de segurança instrumentados são itens que têm grande influência na


segurança e integridade da planta, e quaisquer falhas nesses sistemas são, portanto,
abordadas com mais dedicação do que no caso de outros equipamentos. Uma vez
que esses sistemas se encontram freqüentemente “adormecidos” em uso normal, e
já que se espera que funcionem sempre que necessário, é de suma importância que
se apontem quaisquer falhas ocultas antes de a função ser requisitada.
Além disso, também é extremamente importante conhecer as conseqüências das
falhas desses sistemas no que se refere ao seu impacto sobre a segurança.

Algumas definições gerais de termos comumente usados nessa área são fornecidas
abaixo.
a) Falhas perigosas (ou falhas inseguras) são falhas que possuem o potencial de
impedir que o sistema de segurança execute sua função de segurança quando
houver uma demanda genuína. Uma única falha perigosa geralmente não é
suficiente para impedir que um sistema de segurança redundante execute sua
função de segurança (por exemplo, duas falhas perigosas são necessárias num
sistema de votação do tipo “dois de três”).
b) Falhas não perigosas são falhas que não possuem um efeito imediato sobre a
função de segurança; ou seja, elas não impedem que o sistema de segurança
execute a sua função de segurança ou não geram interrupções espúrias;
c) Falhas seguras (falhas de desarme espúrias) são falhas que têm o potencial de
ativar a função de segurança quando esta não é necessária. Uma única falha
segura geralmente não é suficiente para interromper de fato um sistema de
segurança redundante de forma inesperada (por exemplo, duas falhas seguras
são necessárias para um sistema de votação do tipo “dois de três”).

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d) Um sistema protegido contra falhas se baseia num projeto capaz de reduzir o


efeito de falhas potencialmente perigosas tanto quanto possível em termos
práticos.
e) Um sistema seguro sem falhas é um sistema de segurança no qual ainda existe a
possibilidade de falhas perigosas.
f) As falhas reveladas são falhas que são detectadas pelo próprio sistema assim
que elas ocorrem. As falhas detectadas pelo teste de diagnóstico de um
solucionador lógico também são consideradas como falhas reveladas.
g) Falhas ocultas (ou “adormecidas”) são falhas que não são detectadas por si só e
que requerem uma ação específica (por exemplo, um ensaio periódico) para
serem identificadas.

F.2.2 Definições da IEC 61508 (todas as partes) e da IEC 61511 (todas as


partes)

A IEC 61508 (todas as partes) introduz uma classificação de falhas, como mostra a
Tabela F.1, que foi adaptada para sistemas de segurança instrumentados.

Tabela F.1 — Classificação de falhas de acordo com a IEC 61508 (todas as partes)

Falhas

Falhas aleatórias de hardware Falhas


sistemáticas
Perigosas Seguras
Detectadas Não detectadas Detectadas Não detectadas
(DD) (DU) (SD) (SU)

Aqui as falhas são divididas primeiramente em duas categorias:


- falhas aleatórias de hardware (físicas);
- falhas sistemáticas (não-físicas).

As falhas aleatórias de componentes de hardware são divididas posteriormente nos


modos de falha:
a) perigosa detectada (DD): falhas perigosas detectadas, ou seja, falhas
detectadas pelo auto-ensaio automático ou pelo pessoal;
b) perigosa não detectada (DU): falhas perigosas não detectadas, ou seja, falhas
não detectadas nem pelo auto-ensaio automático nem pelo pessoal (pelo
operador da sala de controle ou pelo pessoal de manutenção). Este tipo de
falha representa falhas críticas à segurança detectadas apenas ao se tentar
ativar a função por um ensaio de função ou por demanda de função durante a
operação normal. Esta falha contribui para a probabilidade de falha sob
demanda (PFD) do componente ou sistema (“perda de segurança”);

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c) segura detectada (SD): falhas seguras (ou seja, que não causam perda de
segurança) detectadas “imediatamente” pelo auto-ensaio automático;
d) segura não detectada (SU): falhas seguras não detectadas pelo auto-ensaio
automático.

Ao coletar dados para os sistemas de segurança, duas categorias de falhas ou


eventos devem ser enfatizadas:
- falhas de causa comum (ver C.1.6);

NOTA: A IEC 61511 (todas as partes) contém definições de falhas de causa comum
ou de modo comum que são específicas para sistemas de segurança instrumentados.

- intervalo de ensaio (periódico) para identificar falhas perigosas não detectadas


(DU).

Quando um estudo de segurança ou confiabilidade é executado da forma descrita na


IEC 61508 (todas as partes), é importante que os modos de falha relevantes sejam
classificados de acordo com a Tabela F.1. Isto apóia a aplicabilidade desta Norma
Internacional às análises específicas conforme a descrição contida na IEC 61508
(todas as partes).
Quando do registro e/ou análise de falhas de sistemas de segurança instrumentados,
é recomendável que se consulte a IEC 61508 (todas as partes) e a IEC 61511 (todas
as partes) bem como diretrizes nacionais adicionais de acordo com a relevância das
mesmas.

F.3 Definição de falhas críticas / perigosas nos sistemas de segurança

Algumas falhas perigosas típicas, a maior parte delas detectável, (veja Tabela F.1)
no caso de alguns sistemas ou componentes de segurança comuns, são exibidas na
Tabela F.2. O uso por parte dos operadores das definições padrão dadas na Tabela
F.2 facilita a comparação e o benchmarking para melhorar os níveis de segurança na
indústria.

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Tabela F.2 — Definições de falhas críticas ou perigosas para alguns sistemas ou


componentes de segurança

Sistema / Classe de Definições de falha recomendadas Modos de falha


componente Equipamento aplicáveis a
Detecção de incêndio Detectores de Detector
(fumaça, chama, calor) incêndio e gás b Lógica de incêndio e gás não recebe sinal do
detector, quando o detector é ensaiado. NOO, LOO, FTF
Detecção de incêndio Dispositivos de Ponto de chamada manual
(ponto de chamada entrada b
Lógica de incêndio e gás não recebe sinal da botoeira
manual) quando ativado. NOO, LOO, FTF
Detecção de gás Detector Detector (catalítico, ponto ótico, H2S e H2)
es de A lógica de incêndio e gás não recebe sinal
incêndio equivalente ao limite de alarme superior ao ser
e gás b ensaiado com o gás de ensaio prescrito. NOO, LOO
Detector (linha ótica)
Lógica de incêndio e gás não recebe sinal
equivalente ao limite de alarme máximo ao ser
ensaiado com o filtro de ensaio prescrito. NOO, LOO
Detector (acústico)
Lógica de incêndio e gás não recebe sinal quando
ensaiado NOO, LOO
Proteção ativa contra Válvulas b Válvula de dilúvio
incêndio (dilúvio)
A válvula de dilúvio não abre ao ser ensaiada. FTO, DOP
Bocais Esguichos
Mais de 3 % dos bocais estão entupidos ou
obstruídos. As falhas são relatadas por skid ou PLU
malha.
Proteção ativa contra Bombas b
Função
incêndio Não ocorre a partida da bomba de incêndio com o FTS
(bomba de incêndio) sinal.
Capacidade
A bomba de incêndio fornece menos que 90%
da capacidade de projeto LOO
Proteção ativa contra Válvulas b Função
incêndio
A válvula de liberação não abre quando ensaiada. FTO
(CO2/Inergen)
Proteção ativa contra Válvulas b
Função
incêndio A válvula de escape não abre quando ensaiada. FTO
(neblina d’água)
Proteção ativa contra Sem definição Função
incêndio (AFFF)
Água/espuma não alcançam área de incêndio quando —
ensaiadas.
Válvulas de Válvulas b Válvula
despressurização A válvula não abre com o sinal ou dentro do limite
(purga) de tempo especificado. FTO, DOP
ESD (válvulas de Válvulas b Função
seccionamento A válvula não fecha com o sinal ou dentro do limite de
definidas como tempo especificado. FTC, DOP
críticas à Vazamento
segurança)
Vazamento interno maior que o valor especificado. LCP, INL

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Tabela F.2 — Definições de falhas críticas ou perigosas para alguns sistemas ou


componentes de segurança (continuação)

Sistema / Classe de Definições de falha recomendadas Modos de


Componente Equipamento falha
aplicáveis
ESD (isolamento de Árvore de Natal b Função
poço) Válvula não fecha com sinal ou dentro de um limite de
tempo especificado. FTC, DOP
Vazamento
Vazamento interno mais alto que o valor especificado
no primeiro ensaio. LCP, INL
ESD (válvula de Equipamento Função
segurança de de Válvula não fecha com sinal ou dentro de um limite de
subsuperfície”) completação tempo especificado. FTC, DOP
de poço b Vazamento
Vazamento interno mais alto que o valor especificado. INL, LCP
ESD (riser) Válvulas b Função
Válvula não fecha com sinal ou dentro de um limite de
tempo especificado. FTC, DOP
Vazamento
Vazamento interno mais alto que o valor especificado. INL, LCP
ESD (botoeira) Dispositivos de Função
entrada b A lógica ESD não recebe um sinal da botoeira quando
ativado. NOO, LOO, FTF
Segurança de Válvulas b Função
processo FTC, DOP, LCP,
Válvula não fecha com sinal ou dentro de um limite de
(válvulas de INL
tempo especificado.
seccionamento)
Segurança de Válvulas Função
processo Válvula não abre na pressão estabelecida de menos de
(PSV) 120 % ou a 5 MPa (50 barras) acima da pressão de FTO
ajuste
Dispositivos de Dispositivos de Função
entrada (pressão, entrada b NOO, ERO
Sensor não emite sinal ou emite sinal incorreto
temperatura, nível, (excedendo limites de aceitação pré-definidos).
vazão, etc.)
Força de emergência Gerador Elétrico b Função
(gerador de Gerador de emergência não se inicia ou emite
emergência) voltagem incorreta ao ser iniciado. FTS, LOO
Força de emergência Fonte de Função
(UPS central para energia Capacidade da bateria é muito baixa. LOC
SIS) ininterrupta b
Força de emergência Fonte de Função
(UPS para energia Capacidade da bateria é muito baixa.
iluminação de ininterrupta b Para luzes de emergência: Quando uma ou mais luzes
emergência) de emergência dentro de uma área ou circuito não
fornece iluminação por pelo menos 30 min. LOC
Damper de incêndio Sem definição b Função
Damper não fecha com o sinal. —
Sistema de lastro Válvulas b Função
(válvulas) Válvula não opera com o sinal. FTO, FTC, DOP
Sistema de lastro Bombas b Função
(bombas) Não ocorre a partida ou parada da bomba com o sinal. FTS
a Ver Tabelas B.6 a B.12 para definições de siglas.
b IEC 61508 (todas as partes) e/ou IEC 61511 é/são aplicáveis.

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Anexo G

(informativo)

Índice alfabético (ver Seção 3)

Atraso logístico (3.29)

Tempo acumulado durante o qual uma ação de manutenção não pode ser realizada devido à
necessidade de se obter recursos de manutenção, excluindo-se qualquer atraso administrativo.

NOTA Os atrasos logísticos podem ser devidos, por exemplo, a viagens até instalações sem a presença
de um operador, à espera por peças de reposição, especialistas, equipamentos de ensaio e informações, e
atrasos devidos a condições ambientais inadequadas (por exemplo, a espera por melhores condições
climáticas).

Causa de falha (3.16)

Causa-raiz

Circunstâncias associadas ao projeto, fabricação, instalação, uso e manutenção que conduzem a


uma falha.

NOTA Ver também B.2.3.

Classe de equipamento (3.11)

Classe de um tipo similar de unidades de equipamento (por exemplo, todas as bombas).

NOTA O Anexo A descreve uma variedade de classes de equipamentos.

Confi abilidade (3.44)

Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições especifi cadas
durante um determinado intervalo de tempo.

NOTA 1 O termo “confi abilidade” também é usado como uma medida do desempenho de confiabilidade e
também pode ser definirdo como uma probabilidade.
NOTA 2 Para definições e interpretações mais detalhadas, ver o Anexo C.

Dados de confiabilidade genéricos (3.23)

Dados de confi abilidade que abrangem famílias de equipamentos similares.

Dados de falha (3.17)

Dados que caracterizam a ocorrência de um evento de falha.

Dados de manutenção (3.32)

Dados que caracterizam a ação de manutenção planejada ou executada.

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Dados do equipamento (3.12)

Parâmetros técnicos, operacionais e ambientais que caracterizam o projeto e o uso de uma


unidade de equipamento.

Demanda (3.8)

Ativação da função (inclui ativação funcional, operacional e de teste).

NOTA Para uma descrição mais detalhada, ver C.2.2.

Disponibilidade (3.1)

Capacidade de um item estar em estado de desempenhar uma função requerida, sob


determinadas condições, em um dado instante ou durante um determinado intervalo de tempo,
considerando que os recursos externos necessários estejam fornecidos.

NOTA Para uma descrição e interpretação mais detalhada de disponibilidade, ver Anexo C.

Erro (3.14)

Discrepância entre uma condição ou valor calculado, observado ou medido, e a condição ou


valor verdadeiro especifi cado ou teoricamente correto.

NOTA 1 Um erro pode ser causado por um item com falha, como, por exemplo, um erro de cálculo feito por
um computador com falha.
NOTA 2 O termo em francês “erreur” pode também designar um engano.

Estado de falha (fault) (3.22)

Estado de um item caracterizado pela incapacidade de desempenhar uma função requerida,


excluindo tal incapacidade durante a manutenção preventiva ou outras ações planejadas, ou pela
falta de recursos externo.

Estado em operação (3.39)

Estado quando um item está desempenhando uma função requerida.

Estado não operacional (down state) (3.9)

estado de incapacidade inerente de um item, caracterizado por um estado de falha ou por uma
eventual incapacidade de desempenhar uma função requerida durante a manutenção preventiva.

NOTA Esse estado está relacionado à disponibilidade (ver 3.1).

Estado operacional (up state) (3.50)

estado de um item caracterizado pelo fato dele poder desempenhar uma função requerida,
assumindo que os recursos externos, se necessários, são fornecidos.

NOTA Esse estado está relacionado à disponibilidade.

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Falha (3.15)

Término da capacidade de um item de desempenhar uma função requerida.

NOTA 1 Depois da falha, o item tem um estado de falha.


NOTA 2 “Falha” é um evento, diferentemente de “estado de falha”.
NOTA 3 Esse conceito, conforme definirdo, não se aplica a itens constituídos apenas de software.
NOTA 4 Ver também a Tabela B.1 e as Seções F.2 e F.3.

Falha crítica (3.6)

Falha de um equipamento que causa o fi m imediato da capacidade de desempenhar uma


função requerida.

NOTA Inclui falhas que requerem ação imediata no sentido de interromper a execução da função, embora
a operação propriamente dita possa continuar durante um curto período de tempo. Uma falha crítica
resulta em um reparo não programado.

Falha de causa comum (3.4)

Falhas de diferentes itens decorrentes da mesma causa direta, que ocorrem em um período de
tempo relativamente curto, não sendo tais falhas uma consequência da outra.

NOTA Os componentes que falham devido a uma mesma causa normalmente falham no mesmo modo
funcional. O termo “modo comum” é, portanto, usado algumas vezes. No entanto, ele não é considerado
um termo preciso para a comunicação de características que descrevem uma falha de causa comum.

Falha degradada (3.7)

Falha que não interrompe a(s) função(ões) fundamental(ais), mas compromete uma ou mais
funções.

NOTA A falha pode ser gradual, parcial ou ambas. A função pode ser comprometida por qualquer
combinação de respostas reduzidas, aumentadas ou erráticas. Um reparo imediato pode normalmente
sofrer um atraso, mas, ao longo do tempo, tais falhas podem evoluir para uma falha crítica, caso não sejam
tomadas ações corretivas.

Falha incipiente (3.26)

Imperfeição no estado ou condição de um item que pode resultar em uma falha degradada ou
crítica se não for tomada nenhuma ação corretiva.

Falha na demanda (3.21)

Falha que ocorre imediatamente quando um item é solicitado a atuar (por exemplo,
equipamentos de emergência em estado de prontidão (stand-by).

NOTA Ver também a Seção C.6.

Falha não crítica (3.38)

Falha de uma unidade de equipamento que não causa o término imediato da capacidade de
desempenhar sua função requerida.

NOTA Falhas não críticas podem ser categorizadas como “degradadas” (3.7) ou “incipientes” (3.26).

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Falha oculta (3.24)

Falha que não é imediatamente evidente para o pessoal de operação e manutenção.

NOTA Equipamentos que não conseguem desempenhar uma função “sob demanda” se enquadram nessa
categoria. É necessário que tais falhas sejam detectadas para serem reveladas.

Fronteira (3.3)

Interface entre um item e seus arredores.

Função requerida (3.45)

Função ou combinação de funções consideradas necessárias em um item para prover um dado


serviço.

Homens-hora (HH) de manutenção (3.36)

Duração acumulada dos tempos individuais de manutenção utilizados por toda a equipe de
manutenção para um determinado tipo de ação de manutenção ou durante um dado intervalo de
tempo.

NOTA 1 Homens-hora (HH) de manutenção são expressos em unidades de horas.


NOTA 2 Como várias pessoas podem trabalhar ao mesmo tempo, o tempo em homens-hora não está
diretamente relacionado a outros parâmetros como o MTTR ou MDT (ver as definições no Anexo C.5).

Impacto da falha (3.18)

Impacto de uma falha sobre uma ou mais funções de um equipamento ou sobre a planta.

NOTA No nível do equipamento, o impacto da falha pode ser classificado em três classes (crítica,
degradada, incipiente) (ver 3.6, 3.7 e 3.26). A Tabela 3 mostra a classifi cação do impacto da falha sobre
os níveis de taxonomia 3 a 5 (ver a Figura 3).

Impacto de manutenção (3.33)

Impacto da manutenção na planta ou na(s) função(ões) do(s) equipamento(s).

NOTA No nível do equipamento são definirdas duas classes de severidade: crítica e não crítica. No nível
da planta são definirdas três classes: impacto total, parcial ou nulo.

Item (3.28)

Qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional, equipamento ou


sistema que possa ser considerado individualmente.

NOTA Nesta Norma, o termo comum “item” é usado em todos os níveis de taxonomia 6 a 9 na Figura 3.
Ver também 3.30, que defi ne um nível específico de item.

Item manutenível (3.30)

Iem que constitui uma parte ou um conjunto de peças que normalmente corresponde ao nível
mais baixo na hierarquia de equipamentos durante a manutenção.

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Mantenabilidade (3.35)

〈Geral〉 capacidade de um item, sob determinadas condições de uso, de ser mantido ou


restaurado para um estado em que possa desempenhar uma função requerida, quando a
manutenção é realizada sob condições especifi cadas e usando os procedimentos e recursos
estabelecidos (também conhecida na literatura como "manutenibilidade)..para um estado em
que possa desempenhar uma função requerida, quando a manutenção é realizada sob
condições especifi cadas e usando os procedimentos e recursos estabelecidos (também
conhecida na literatura como "manutenibilidade)..
NOTA Para uma definirção e interpretação mais detalhada de mantenabilidade, ver Anexo C.

Manutenção (3.31)

Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão,


destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma
função requerida.

Manutenção corretiva (3.5)

Manutenção realizada após o reconhecimento de um estado de falha, destinada a recolocar um


item em condições de executar uma função requerida.

NOTA Para informações mais específicas, ver a Figura 191-10 da IEC 60050-191:1990.

Manutenção de oportunidade (3.41)

Manutenção de um item que é adiada ou antecipada quando uma oportunidade não planejada
tornase disponível.

Manutenção preventiva (3.42)

Manutenção realizada a intervalos predeterminados ou de acordo com critérios prescritos, e


destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item.

Mecanismo de falha (3.19)

Processo físico, químico ou outro que conduz a uma falha.

NOTA Ver também B.2.2.

Modificação (3.37)

Combinação de todas as ações técnicas e administrativas destinadas a alterar um item.

NOTA Uma modificação normalmente não faz parte da manutenção, mas é frequentemente efetuada pelo
pessoal de manutenção.

Modo de falha (3.20)

O efeito pelo qual uma falha é observada no item que falhou.

NOTA Ver também B.2.6.

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Nível de subdivisão (indenture level) (3.27)

Nível de subdivisão de um item do ponto de vista das ações de manutenção.

Número de tag (tag number) (3.48)

Número que identifica a localização física do equipamento.

NOTA Para definições e interpretações mais detalhadas, ver Anexo C.

Período de observação (3.47)

Intervalo de tempo (tempo calendário) entre a data de início e a data de término da coleta de
dados de RM (confi abilidade e manutenção).

NOTA Para definições e interpretações mais detalhadas, ver Anexo C.

Redundância (3.43)

Existência de mais de um meio para desempenhar uma função requerida em um item.

NOTA Para definições e interpretações mais detalhadas, ver C.1.2.

Registro de manutenção (3.34)

Parte da documentação de manutenção que contém todas as falhas, estados de falha e


informações de manutenção relativas a um item.

NOTA Tal registro também pode incluir custos de manutenção, disponibilidade de itens ou tempo
operacional (up time) e quaisquer outros dados, onde pertinente.

Subunidade (3.46)

Conjunto de itens para prover uma função específica, que é requerida para a unidade de
equipamento, dentro da fronteira principal para atingir seu desempenho previsto.

Taxonomia (3.49)

Classificação sistemática de itens dentro de grupos genéricos com base em fatores


possivelmente comuns a vários itens.

Tempo de manutenção efetiva (3.2)

A parte do tempo de manutenção na qual é realizada uma ação de manutenção em um item, seja
automática ou manualmente, excluindo atrasos logísticos.

NOTA 1 Uma ação de manutenção pode ser realizada enquanto um item está desempenhando uma
função requerida.
NOTA 2 Para uma descrição e interpretação mais detalhada dos tempos de manutenção, ver Figura 4 e
Anexo C.

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Tempo em operação (3.40)

Intervalo de tempo durante o qual um item está no estado em operação.

NOTA O tempo em operação inclui a operação propriamente dita do equipamento ou a disponibilidade do


equipamento para a execução de sua função requerida sob demanda. Ver também Tabela 4.

Tempo não operacional (down time) (3.10)

Intervalo de tempo durante o qual um item se encontra no estado não operacional (down state).

NOTA O tempo não operacional inclui todos os atrasos entre a falha do item e o restabelecimento de seu
serviço. O tempo não operacional pode ser planejado ou não planejado (ver Tabela 4).

Tempo ocioso (idle) (3.25)

Parte do tempo em operação (up time) durante o qual um item não está operando em carga.

Tempo operacional (up time) (3.51)

Intervalo de tempo durante o qual um item encontra-se em estado operacional.

Unidade de equipamento (3.13)

Unidade de equipamento específica dentro de uma classe de equipamentos definida por sua
fronteira (por exemplo, uma bomba).

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