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ENTREVISTADORES
CE ESPÍRITA
REDENTOR
O perfeito desempenho das funções em qualquer trabalho depende, em grande parte, do entendimento dos objetivos
associados a cada função. No trabalho de assistência espiritual, os entrevistadores devem ser elementos conscientes, pois
grande parte de sua tarefa é esclarecer, principalmente, quanto aos trabalhos e objetivos das atividades desenvolvidas na
Casa. Segue abaixo o que se pode denominar de “objetivos minuto” dos trabalhos e programas da Casa Espírita.
FUNÇÕES DO ENTREVISTADOR
1) Preencher as fichas;
2) Ouvir o assistido;
3) Explicar ao assistido as informações BÁSICAS sobre o tratamento espiritual e a importância das preleções;
4) Tirar eventuais dúvidas encaminhando o assistido a cursos que venham a esclarecê-lo devidamente, quando for o caso.
QUALIDADES DO ENTREVISTADOR
O entrevistador é o servidor que se coloca como instrumento, para que a casa espírita alcance seus objetivos, sendo de
grande importância, na assistência espiritual. Para exercer esta função é necessário desenvolver algumas qualidades. São
elas:
2) NIVELAMENTO
Nivelamento é a atitude de nos colocarmos a altura do outro com sinceridade.
Numa relação de ajuda sempre existe aquele que pede e aquele que oferece a ajuda. Mas a ajuda efetiva não diminui quem a
solicita. Não nos cabe assumirmos ares de peritos e infalíveis, fazendo reconhecer ao outro que podemos direcioná-lo. A
confiança que vamos despertar será através da verdadeira atenção, da intenção profunda de estar com o outro no instante em
que ele necessita de alguém. Quem ajuda de verdade não interfere, nem se mostra melhor, faz-se igual.
4) ACEITAÇÃO
Deve o entrevistador aceitar o outro e admitir que ele seja como é, sem críticas, sem forçar a situação tentando convencê-lo
que pense, sinta ou aja de outra maneira, ou à maneira da doutrina que abraçamos. Nem sempre a pessoa que procura a Casa
é espírita ou conhecedor da Doutrina. É simplesmente alguém em busca de ajuda, portanto, não devemos tentar mudar ou
fazer a cabeça destas pessoas, este desejo deve partir de cada um.
Aceitar não é o mesmo que concordar com as atitudes do outro. Podemos manter nossos pontos de vista sem tirar do outro a
liberdade de pensar e agir como achar melhor.
As portas da casa espírita devem estar abertas para mostrar um dos possíveis caminhos a seguir, não para impor verdades
que são pessoais, estabelecidas de acordo com experiências individuais. Assim, devemos ter a coragem de, por alguns
instantes, deixar de lado nosso ponto de vista, para examinar e procurar entender com sinceridade o ponto de vista do
assistido.
Dar valor aos sentimentos, pensamentos, vivências, deficiências apresentados pelo assistido. Não nos compete doutrinar os
que vêm solicitar nossa cooperação, mas sim desenvolvermos trabalhos, tarefas que os levem a se fortalecer.
SOMOS APENAS FACILITADORES.
5) HUMILDADE
Ser humilde é saber reconhecer nossas limitações.
Reconhecer que não sabe tudo, que não é capaz de suportar todas as dificuldades, que não tem solução para todos os
problemas humanos, que não tem respostas para todas as perguntas. Não impor nada ao outro, não abafá-lo, não afogá-lo
com suas idéias, opiniões ou pontos de vista. Reconhecer que como seres humanos que somos, somos todos falíveis.
6) AUTENTICIDADE / HONESTIDADE
Ser autêntico é ser verdadeiro, é ser honesto para com o outro e para consigo mesmo. Não pode se colocar nunca em posição
especial nem tão pouco prometer curas e melhoras, pois isso depende do assistido. Qualquer tipo de promessa é desonesto,
em nenhum momento o entrevistador é responsável pala cura do assistido.
Não confundir a sinceridade e a franqueza com o falar tudo abertamente. Muitas das informações obtidas através da consulta
mediúnica são simplesmente para orientar o entrevistador da forma como deve conduzir a entrevista. Se o entrevistador não
souber utilizar o bom senso, procurando perceber o que e como falar ele poderá, sem querer, prejudicar o trabalho.
7) DISCIPLINA
Em essência, disciplina consiste no respeito às normas do trabalho. O respeito às normas coletivas é um traço marcante
daquele que deseja contribuir sem se destacar individualmente, sem personalismos, sem estrelismos.
A disciplina deve ser observada em todos os aspectos, desde o horário de se apresentar para o trabalho, preparação, até o
cuidado dispensado para atender o assistido.
Ser disciplinado quanto ao tempo é de suma importância, pois se der muita atenção a um terá que dar pouca atenção a outro.
O tempo é limitado. Seguir regras é estar em harmonia com o trabalho e esta harmonia é necessária para alcançarmos os
objetivos propostos.
9) DESPRENDIMENTO
O entrevistador que não seja capaz de esquecer o próprio bem estar, em benefício do próximo, está distante da tarefa que lhe
foi confiada. Embora exista em seu íntimo o desejo de servir, ainda não consegue se depreender de seus problemas e
consequentemente não consegue se doar por inteiro.
10) OBJETIVIDADE
O entrevistador não deve ficar “enchendo lingüiça” com o assistido, deve sim, procurar ser o mais claro e objetivo possível,
para que o assistido se sinta seguro quanto às informações recebidas.
12) IMPARCIALIDADE
Jesus disse: “Eu não julgo, meu Pai não julga”. A Casa espírita esta aberta a todas as pessoas, sem qualquer discriminação,
portanto, o entrevistado, qualquer que seja sua condição, deve ser respeitado pelo entrevistador, recebendo dele toda a
atenção. Ciente de que não está ali para julgar nem torcer por este ou aquele, mas sim para servir ao Cristo e ao próximo,
seja ele quem for.
15) AMOR
Amar é acreditar na capacidade, no potencial que o outro tem de se auto-dirigir. É valorizar a sua existência, valorizando o
momento que nos é dado de estarmos juntos para dialogarmos, para trocarmos experiências. Sem o amor nenhuma das
16) PERSEVERANÇA
Não desistir nunca, lutar, confiar, trabalhar, esforçar sempre, lembrando-se de que tudo que conquistamos é resultado de
nossos esforços de nossa perseverança. Podem ocorrer fatos ou mesmo pessoas que nos desestimulem, no entanto, nestes
momentos, devemos nos lembrar de todos os pontos e aspectos positivos, para não abandonarmos o barco por um simples
vento.
2) EMOCIONAIS
A pessoa quer simplesmente fazer parte de um grupo qualquer (necessidades sociais), e enxerga a Assistência espiritual
apenas uma porta para esta integração sem o desejo íntimo de se tratar. Deve o entrevistador, neste caso, apresentar-lhe
o trabalho, indicando-lhe o tratamento adequado, criando assim uma oportunidade para que este companheiro vislumbre
novas portas que o conduziram à necessidade de reformulação de valores, através do passe e também das preleções.
Pessoas que se apresentam em desequilíbrio de sentimentos e pensamentos (necessidade de melhorar a auto estima),
quase sempre sem forças ou disposição para enfrentar os problemas e dificuldades que as afligem, ou ainda pessoas que
apresentam uma insatisfação interna sem causa aparente, que a leva a busca, por vezes desordenada, de meios que lhe
proporcionem paz e equilíbrio. Para estes assistidos em especial, é importante salientar a importância das preleções, que
oferecem lições com as quais o assistido ampliará sua capacidade de entendimento da vida, e das preces/ vibrações que
auxiliam na transformação dos sentimentos e dão abertura e receptividade para o recebimento do auxílio espiritual.
3) ESPIRITUAL
Neste grupo enquadram-se não só aqueles que vêm por causa das manifestações de caracter mediúnico, onde a pessoa
procura o Centro na tentativa de encontrar uma solução e/ou resposta para suas visões, perturbações, etc, mas também
aqueles que movidos pela curiosidade e/ou pura e simplesmente pela vontade de ampliar o entendimento, buscam na
Casa, o conhecimento da Doutrina (necessidade de auto-realização). Para estes, deve o entrevistador, de acordo com a
avaliação de capacidade de cada um, indicar aos poucos os cursos e escolas em andamento na Casa, bem como algumas
leituras elucidativas para os questionamentos do assistido.
1. ENVOLVIMENTO CÁRMICO
Sintomas: Envolvimentos graves e profundos que atingem o sistema nervoso central, o bulbo, o cerebelo. Concentra-se
em regiões determinadas do etéreo/físico, no qual o encarnado possui deficiências congênitas e, geralmente, incentiva as
más tendências para que a pessoa nelas se perca. É facilmente percebido o sentido vingativo e hediondo dos obsessores
querendo levar a vítima à ruína, à loucura e muitas vezes até à morte.
Causas: Tais envolvimentos são motivados por laços profundos de adversidades entre os espíritos, gerados nesta ou em
outras vidas, na qual o assistido prejudicou seus obsessores, e que por força da lei de ação e reação, e ainda, da ausência
de transformação moral do assistido, cobram nesta vida, através dos danos que provocam no encarnado.
Curas: Tal envolvimento é grave e profundo, o que exigirá por sua vez uma ou mais séries completas de passes de P2,
CH e às vezes 2 ou mais séries de P3-B. Exigirá do assistido assiduidade, empenho na renovação de sentimentos,
esclarecimentos, reforma íntima, e ainda encaminhamento para sessão doutrinária, curso básico e/ou escola de
aprendizes. É importante ressaltar que tal envolvimento só será efetivamente desfeito se a dívida cármica foi saldada
pelas dores (os obsessores são afastados naturalmente no plano espiritual); ou se os obsessores são esclarecidos e
perdoam o assistido, deixando que a lei de ação e reação use de outro modo para cobrar os débitos contraídos, ou ainda
se o assistido se renova, evangelizando-se e elevando seu padrão vibratório, e conseqüentemente, desligando-se de seus
obsessores.
Curso Para Formação de Entrevistadores 10
2. ENVOLVIMENTO POR AFINIDADE
Sintomas: Envolvimento profundo ou médio, dependendo do tempo em que se encontra instalado. Está geralmente
instalado em pontos determinados no que se estabelece o ponto de afinidade, por exemplo nos angustiados e tristes –
Cardíaco, nos gulosos – gástrico, nos eróticos – genésico, etc. Nestes casos não se percebe, especificamente, idéias
odientas ou vingativas, pois devido a própria afinidade, não há interesse pela ruína ou morte do encarnado, embora esta
possa ocorrer pela intensidade dos desatinos do convívio em que o assistido se compraz, ou pela insânia de seus
obsessores que sugam-lhe as energias.
Causas: O envolvimento por afinidade é aquele no qual os desencarnados buscam ficar juntos às pessoas que sentem e
comportam tal qual eles. Eles se envolvem, trocam energias e se excitam mutuamente. A causa, portanto, se encontra em
um desequilíbrio do encarnado, que gera viciações mentais e comportamentais. Enquadram-se, neste tipo os alcoólatras,
os maledicentes, os galhofeiros, os toxicômanos, os pessimistas contumazes, os irascíveis, os preguiçosos inveterados,
os melancólicos, etc., e também os apegos familiares desequilibrados e paixões violentas.
Cura: Geralmente o envolvimento é de grau médio e os passes se encarregarão de afastar os obsessores, no entanto, a
atitude do assistido será muito importante, pois se a causa não for removida, ou seja, o vício corrigido, os obsessores
serão logo substituídos por outros de igual matiz, que existem aos milhares na corsta da Terra à procura de comparsas.
Sendo assim, os passes poderão trazer alívio ao encarnado, no entanto, a cura só virá pela mudança de
sentimentos/comportamentos, e tais mudanças serão bem mais fáceis de serem trabalhadas, se o assistido freqüentar a
Escola de Aprendizes, iniciando seu processo de reforma íntima. O entrevistador deve esclarecer muito bem o assistido,
orientando-o sobre a sua participação, vigilância e oração.
DESEQUILÍBRIO FÍSICO
Faz parte da Assistência Espiritual a verificação e o tratamento do corpo físico do assistido, que poderá estar debilitado ou
doente. Sendo que a princípio, o nosso objetivo será pesquisar as origens, a gravidade e a orientação para a cura. Assim
classifcamos:
1. DOENÇAS FÍSICAS
Sintomas: É uma doença em específico, já citada pelo assistido na entrevista e confirmada em consulta mediúnica. A
doença é vista através do exame de aura, sendo visualizada através de manchas nas partes mais afetadas.
Causas: A causa pode ser cármica, ou seja, o assistido já traz consigo a doença gravada em seu perispírito ao reencarnar,
ou poderá ter se desenvolvido nesta existência devido a desregramentos mentais ou comportamentais. A consulta deverá
ainda, verificar se a causa não é um envolvimento espiritual profundo que atinge o físico.
Cura: Se a doença for cármica, o tratamento que ofertaremos terá a simples função de amenizar os sofrimentos, ou, se o
processo cármico estiver no final, poder-se-á, através do tratamento espiritual, acelerar o refazimento do assistido até a
cura. O P1 e P3A são os passes utilizados e indicados para estes casos. Se a doença for de ordem íntima, ou seja, fruto
2. ABATIMENTO
Sintomas: O abatimento físico é um mal estar gerado por carências energéticas: cansaço, gripes freqüentes. Sono
contumaz, falta de apetite, etc. É detetado na aura da saúde pelo enfraquecimento das estrias.
Causa: As causas, como já foi dito, são carências energéticas que por sua vez podem ter origem numa alimentação
deficiente, num envolvimento espiritual (no qual o obssessor absorve grande parte das energias do encarnado), ou ainda,
num estado mental intempestivo e/ou depressivo. A consulta deverá, neste caso, se possível, indicar a causa.
Cura: De posse da resposta da consulta, o entrevistador, sabendo a causa poderá, então indicar para:
Envolvimento espiritual - série completa de P2-CH-P3B, solucionado assim, o envolvimento espiritual, com uma
série de P1 no final.
Estado mental – Série de passes, além das orientações para elevação do padrão vibratório, como por exemplo,
indicação de leituras edificantes, convite à reforma íntima, etc.
Má alimentação – Série P1, recomendar a atenção para a alimentação.
3. ESTADO ÍNTIMO
Diz respeito aos sentimentos/pensamentos da pessoa, que são cultivados habitualmente.
Sintomas: Os desequilíbrios íntimos são detectáveis quando não existe envolvimento espiritual e nenhum mal físico, e
mesmo assim a pessoa continua sentindo-se mal, ou mesmo quando o envolvimento espiritual é por afinidade e mesmo
sendo afastado o envolvimento, ele, após algum tempo retorna, ou mesmo, após uma série de passes o assistido não
apresenta melhoras. Às vezes as pessoas sentem sintomas de envolvimento espiritual ou males físicos sem tê-los, o que
é primeira impressão de um processo que poderá ser consolidado ou piorado. Abaixo relacionamos e diferenciamos, por
analogia, os tipos mais comuns de sentimentos sintomáticos dos desajustes. Todos têm pontos em comum e por isso
mesmo grupo de consultas/entrevistas deverá tomar muito cuidado para não confundi-los. Segue a relação que
deve ser assinalada, quanto ao aspecto assistido, causador do desequilíbrio.
Aflito – Aflição, nervosismo, incompreensão, impaciência, etc.
Apático – Apatia, acomodação, desânimo, etc.
Angustiado – Tristeza, mágoa, insatisfação, etc.
Descrente – Incredulidade, falta de fé, falta de confiança, etc.
Pessimista – Negativismo, derrotista, etc.
Normal – Bom controle dos sentimentos.
Caso o sentimento detectado não conste da relação acima, deve ser anotado na ficha de registo, para análise e
observação.
Causa: A causa verdadeira de tal estado íntimo é o próprio grau de evolução da criatura, ou seja, o quanto ela já
conquistou de sabedoria e d amor-fraterno, o quanto já progrediu no entendimento do Evangelho.
Cura: O estado emocional é, em verdade, a raiz de todos os males físicos e espirituais e sendo a causa o estado
evolutivo da pessoa, só ocorrerá a verdadeira cura, quando a própria pessoa se predispor a aprimorar seus sentimentos.
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O passe, nestes casos, somente prepara melhor o assistido para a reflexão de novas idéias, idéias estas que deverão ser
transmitidas principalmente pelos entrevistadores e preletores da assistência espiritual, e posteriormente nas Escolas de
Aprendizes. Quando o entrevistador se deparar com um assistido nestas condições, ele deverá, a princípio, apoiar,
escutar empaticamente, etc., em seguida orientar verbalmente ou através de mensagens avulsas, livros, etc. É importante
esclarecer o assistido, que a origem do problema está em seu íntimo e que ele, para melhorar, deverá buscar um novo
posicionamento (comportamental, sentimental, etc).
1) 1ª FASE – PREPARAÇÃO
Por ser uma tarefa tão delicada que exigirá do executor uma sintonia plena com o plano espiritual, deverá o entrevistador se
posicionar desde as primeiras horas do dia, observando:
Buscar sempre a sintonia com o plano espiritual;
Pontualidade e disciplina;
Preparação dos materiais que utilizará, ou seja, ter a mão cartões, canetas, fichas, formulários com instruções de
como se fazer o Evangelho no lar, se necessário um quadro de horários com as atividades desenvolvidas na
Casa, endereços de grupos de Apoio com o AAA, CVV, etc.
2) 2ª FASE – RECEPÇÃO
Normalmente esta fase é igual para todos os tipos de entrevista e de entrevistados.
A acolhida deve amorosa, procurando memorizar o nome do assistido;
A voz deve ser baixa, evitando o sussurro;
Ser educado e fraterno, sem intimidades;
Os gestos suaves;
Obs.: Muitas vezes torna-se difícil para o assistido falar qualquer coisa, nestes casos deverá o entrevistador lançar perguntas
simples, esperando um tempo para que o assistido responda sem pressa.
“ Como passou a semana?” ; “É a primeira vez que vem a um Centro Espírita?” ; “Já possui algum conhecimento da
Doutrina Espírita?”; “Como chegou a nossa Casa, foi através de algum conhecido/”
a) 1ª ENTREVISTA
Preencher todos os dados contidos na ficha, não se esquecendo de anotar o motivo que levou a pessoa a procurar o
Centro;
Se colocar disponível para ouvir o assistido, mas procurando direcionar a entrevista para que seja o mais objetiva
possível. Não podemos nos esquecer que na outra sala existem outros assistidos também necessitados deste diálogo.
Não emitir opiniões sobre a situação do entrevistado, nem dar conselhos.
Permitir que o assistido desabafe sem forçamentos. Deixá-lo a vontade.
b) DEMAIS ENTREVISTAS
Buscar sempre anotar as informações que facilitem ou auxiliem a Consulta Mediúnica;
Procurar saber como o assistido tem sentido o tratamento e a Casa.
c) INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Como está o ambiente familiar :
Como vai a vida familiar? Quantas pessoas moram com você? Convive bem com todas?
Estado físico (doenças, dores, cansaço, etc)
Dorme bem? Tem alguma doença crônica? Qual seu ritmo de trabalho? Dispensa algumas horas para o lazer?
Estado emocional (serenidade, angústia, desânimo, alegria em excesso, etc);
Como é seu humor? Se sente sozinho? Tem o costume de se abrir com outras pessoas? Como você se vê perante as
dificuldades?
Estado Espiritual:
Tem costume de fazer preces? Sozinho ou com os familiares? Como se sente nestes momentos?
Em caso negativo: quais as dificuldades que encontra para fazê-la?
Ambiente profissional:
Como é seu ambiente profissional? Gosta do que faz? Convive bem com os colegas de trabalho?
Outros.
b) DEMAIS ENTREVISTAS
Ouvir com atenção o que o outro tem a dizer; antes de passar a consulta. É uma forma de comparar as informações,
o que facilitará a avaliação.
Permitir ao assistido que fale quando sentir necessidade, sem desrespeitar as limitações de tempo da tarefa, que é de
aproximadamente 5 minutos para cada assistido;
5) 5ª FASE – DOCUMENTAÇÃO
Ao apresentar a ficha de registro, explicar ao assistido, o objetivo da mesma;
Anotar todos os dados na frente do assistido para que ele certifique-se que o que foi anotado foi exatamente o que
falou(muitos chegam desconfiados);
Estar atento para anotar todos os dados solicitados na ficha, pois, se não fossem necessários não estariam lá.
Apresentar o cartão de passes e explicar como proceder, inclusive alertá-lo quanto a necessidade de assiduidade,
para que o tratamento surta efeito, esclarecer o assistido;
– 1 FALTA – Continua o tratamento até completar a série normalmente;
– 2 FALTAS – Recomeçar o tratamento no mesmo passe que estava, a entrevista será quando completar a nova
série;
– 3 ou MAIS FALTAS – Iniciar como da primeira vez, no tratamento de P2.
Anotar a data da entrevista na ficha de registro e no cartão de passes;
Na última linha da última consulta, assinar e datar, confirmando que aquelas informações já foram passadas ao
assistido.
Observar a assiduidade do assistido e anotar na ficha de registro.
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES
1) Qualquer que seja o problema do assistido encarar com naturalidade, sem expressões de tipo algum. Dizer que o Pai não
desampara nenhum de seus filhos, que não é por acaso que ele está ali;
2) Explicar que o objetivo dos passes é auxiliar no fortalecimento tanto físico como espiritual, que acalma dando a quem o
recebe condições para melhor enfrentar os obstáculos. Lembrando que tudo depende dele, da sua fé, da sua sinceridade,
do seu esforço íntimo e da procura sincera de se melhorar;
3) Não querer evangelizar o assistido naqueles poucos minutos, informar que as dúvidas e esclarecimentos que ele tiver
serão esclarecidos gradativamente, principalmente durante as preleções, que são transmitidas com base no Evangelho de
Jesus, e que lhe darão condições de refletir melhor e com mais serenidade sobre seus problemas, criando em seu íntimo
condições para resolvê-los.
Assim, quem nos busca deve encontrar algum outro atrativo que substitua os paramentos, as indumentárias espalhafatosas,
os adornos, os amuletos, os fenômenos espetaculares, as sessões de adivinhação, os cânticos, etc, que eles esperam encontrar
também no Espiritismo, devido às reminiscências das práticas religiosas que experimentaram no passado.
Outros atrativos a que deveremos dispensar nossas melhores atenções e depositar o que de melhor tivermos em nossos
corações, são as maneiras diferentes e complementares com que devemos tratar os que procuram o Centro Espírita, criando
no mesmo, bons climas de ACEITAÇÃO PLENA, CONFIANÇA ABSOLUTA e FRATERNIDADE INCONTESTE.
Quem nos busca, espera de nós o devido e necessário respeito para com os seus problemas e pontos de vista. Não podemos
menosprezar suas dificuldades com diagnósticos superficiais e até levianos, dizendo-lhes, por exemplo, que lhes falta fé, ou
que seus problemas são frutos da sua invigilância, etc, quando na verdade existem tantos outros fatores de desequilíbrio que
desconhecemos completamente.
Compreendendo e aceitando as pessoas como elas são, não corremos o risco de impingir-lhes a nossa maneira de ver as
coisas, através de aconselhamentos gratuitos, desavisados e intempestivos.
Vive o mundo numa profunda crise de confiança e credibilidade. Em toda parte existem os que abusam da confiança das
pessoas, contribuindo para o descrédito generalizado dos homens e das instituições. Podemos conquistar a confiança das
pessoas através da seriedade com que encaramos os nossos trabalhos, em todos os seus detalhes, sempre refletindo uma
conduta firme no sentido de restabelecer a simplicidade, a autenticidade e as virtudes que marcaram as vivências cristãs dos
primeiros dias. Assim, não podemos nos colocar na posição de criaturas especiais e nem tão pouco prometer curas e
melhorias que não dependem só de nós, mas principalmente do próprio assistido e do Plano Espiritual.
Não possuímos para isso delegação especial do alto, nem tão pouco conhecemos o panorama cármico dos nossos
companheiros. As vezes as doenças que eles carregam são os remédios amargos que necessitam para melhoria em termos
definitivos.
Não é verdadeiro, também, atribuir aos obsessores toda a problemática de quem nos busca. Este enfoque é perigoso, pois
permitirá um desvio de atenção para os agentes invisíveis, quando na maioria das vezes as causas estão erradicadas no
íntimos do próprio indivíduo que nos busca. Não se trata, pois, de “afastar obsessores”, mas sim de ajudar o assistido a
melhorar, a ampliar, a aprofundar, a interiorizar suas virtudes cristãs para não atraí-los (os obsessores) novamente, o que se
consegue com a verdadeira reforma íntima parra melhor.
Nossas relações com os seres humanos têm se caracterizado de um modo geral, por um profundo desamor. Podemos e
devemos criar no Centro Espírita um clima de fraternidade, paz e Amor. As pessoas se sentirão, assim, atraídas para ali, onde
buscarão identificar-se com novos ideais, mas elevados, mais verdadeiros, menos sofisticados, mais simples, mais
iluminados e livres de dogmatismos incompreensíveis.
Num ambiente que reconforta e que transmite calor humano e aceitação o nosso assistido se sentirá em melhores condições
para retornar ao verdadeiro ROTEIRO TRAÇADO POR JESUS CRISTO.