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24/06/2021 TRT-9 11/06/2021 - Pg.

4397 - Judiciário | Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região | Diários Jusbrasil

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Diários Oficiais  Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região  11 Jun 2021  Judiciário 


Página 4397

Página 4397 da Judiciário do Tribunal


Regional do Trabalho da 9ª Região
(TRT-9) de 11 de Junho de 2021
Publicado por Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região
há 13 dias

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avaliação técnica no ambiente laborativo dos substituídos.

Veio aos autos o correspondente laudo pericial, em relação ao qual se


manifestou a reclamada.

Foram realizadas audiências em ambiente virtual, sendo registrada a


ausência da parte autora e seu advogado à audiência destinada ao
encerramento da instrução processual.

Sem outras provas foi encerrada a instrução processual.

Razões finais remissivas pela reclamada e, prejudicadas, pelo Sindicato


autor.

Sem êxito a conciliação.

Houve registro de quea lavratura das atas de audiência foi acompanhada


pelos presentes, mediante consulta por meio da ferramenta
"compartilhamento de tela" durante a videoconferência realizada através
dos aplicativos Cisco Webex e ZOOM.

1.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. GRAU DE EXPOSIÇÃO.

Na condição de substituto processual, a entidade sindical que representa


os servidores públicos municipais defendeu que os

“servidores públicos municipais da Administração Direta do Município de


Ponta Grossa, ocupantes do cargo/emprego de Farmacêuticos, lotados na
Fundação Municipal de Saúde, que prestam Serviço junto as Unidades
Básicas de Saúde no Estratégia Saúde da Família (ESF)”, estariam
expostos a agentes insalubres de natureza biológica em seu local de
trabalho, por manterem contato “com pacientes com doenças

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infectocontagiosas (causadas por bactérias, fungos ou vírus, como


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influenza H1N1, pneumonia, tuberculose, meningite, sarampo,
conjuntivite, entre outras, sendo transmitidas através do espirro, saliva,
tosse ou contaminação das mãos)”, na prestação de seus serviços.

A partir dessa premissa, postulou o substituto processual a condenação da


reclamada ao “pagamento do adicional de insalubridade em grau médio
aos servidores substituidos, desde suas admissões, em parcelas vencidas e
vincendas, com todos os reflexos em horas extras e seus reflexos em
descanso semanal remunerado, e com estes e aquelas, em
fériasacrescidas do terço constitucional, 13º salários e Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço”.

A reclamada, por seu turno, descreveu as atividades do servidor


farmacêutico, defendendo que “não há insalubridade nas atividades
exercidas, posto que não se enquadram em nenhuma das situações
elencadas pela NR 14 para a percepção de adicional”, pois, “com o uso de
equipamentos de proteção, com as orientações expressas no manual de
operação, não há risco à saúde do profissional farmacêutico superior ao
de cobradores de ônibus ou atendentes de supermercado”.
Sustentou, ainda que, “não cabe o deferimento do pedido, por observância
do princípio da legalidade e da segurança jurídica”. Pois bem.

Necessário sobrelevar inicialmente que a presente ação de natureza


coletiva abrange, como substituídos pelo Sindicato autor e como torna
expresso este, unicamente os ocupantes de cargo cujas atribuições sejam
inerentes à função de Farmacêutico, que prestam seus serviços lotados
nas Unidades Básicas de Saúde “no Estratégia Saúde da Família (ESF)” e,
“que nunca receberam o adicional de insalubridade”.

Quanto à efetiva exposição a agentes insalubres no local de trabalho, na


forma como inicialmente denunciado, foi deferida a realização deprova
técnica, consistente na avaliação do ambiente de trabalho dos
substituídos, visando identificar a existência da alegada insalubridade,
vindo aos autos o correspondente Laudo Pericial (ID. ad6aea7).

Foi realizada vistoria, pela expert do juízo, em 2 Unidades de Saúde do


Município (Unidade de Saúde Nilton Luiz de Castro, localizada no bairro
Cará-Cará;e, Unidade de Saúde Zilda Arns, localizada no bairro Parque
Nossa Senhora das Graças, nesta cidade de Ponta Grossa/PR), eleitas
pelas partes como representativas das condições de trabalho dos
substituídos.

De conformidade com as informações colhidas, esclareceu a Sra. Perita


que as atribuições habituais do Farmacêutico se constituem

em “Realizar a conferência de toda a medicação recebida, como lote,


validade, quantidade. Realizar a guarda de toda a medicação. Realizar o
atendimento ao paciente, que consiste em recepcionalos, pegar a receita
vinda do SUS, analisar, verificar data, médico que prescreveu,
procedência, analisar a posologia. Entrar no sistema informatizado TASY
e lançar para dar baixa no estoque do medicamento; Apanhar no armário
ao medicação, fazer a anotação necessária ao paciente, e entregar para o

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paciente. Realizar a orientação ao paciente de como tomar a medicação


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(dispensação). Eventualmente realizar visitas domiciliares (máximo duas
vezes ao mês). Eventualmente efetuar a aplicação de medicação injetável
como anticoncepcionais e insulina”.

Ressaltou a Sra. Perita que “A insalubridade por agentes biológicos é


inerente à atividade, não havendo a eliminação com medidas aplicadas ao
ambiente, nem a neutralização com o uso de equipamentos de proteção
individual. O uso de luvas, máscara e outros equipamentos que evitem o
contato com os agentesbiológicos podem apenas minimizar os riscos,
todavia não ocorre a neutralização ou eliminação”.

Esclareceu, assim, a Sra. Perita, em sua fundamentação à conclusão


técnica, que (grifos acrescidos), “O texto normativo não define o que seria
a exposição habitual, eventual, intermitente ou

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