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Guião de Exploração Didática

Autoria Parceiro Apoio


Índice

p.1 Introdução

p.2 Policiar o fumeiro?

p.3 Atleta de sofá?

p.4 Como ganhar cor sem arriscar?

p.5 Porque tens de te meter no meu prazer de fumar?

p.6 O rastreio fica para o ano?

p.7 Cravejado de sinais?

p.8 Já tens idade para te preocupares com o cancro?

p.9 Tudo do bom e do melhor?

p.10 Antes faça mal que sobre?

p.11 Um charutinho ao domingo faz lá mal?

p.12 Nódulo na mama, motivo para alarme?

p.13 Mais um copinho?

p.14 A vacina contra o HPV é suficiente?


p.15 Testículos como o aço?

p.16 Um caso esporádico ou um risco acrescido na família?

p.17 Um tubo no intestino?

p.18 Livre de HPV, só com jejum sexual?

p.19 Não são 2 semanas de banhos de sol que nos vão fazer mal?

p.20 Mamografia, um exame salva-vidas?

p.21 O cancro dá quando dá e pouco há a fazer?

Temas e
conteúdos

Álcool Alimentação Autoexame Colonoscopia Endoscopia


Digestiva Alta

Excesso Exercício Exposição História Literacia


de Peso Físico Solar e Pele Familiar em Saúde

Mamografia Sinais de alerta Tabaco Teste Vacinas


HPV

Prevenção Prevenção
Primária Secundária
Introdução
Este guião de exploração didática da série 2' Minutos para mudar de vida permite explorar os conteúdos de cada
episódio em contexto de sala de aula. Através do visionamento do episódio e da exploração da ficha de trabalho
correspondente, os alunos poderão ganhar um maior entendimento sobre os comportamentos de prevenção.

Objetivos

Este guião tem como objetivo propor atividades Cada episódio tem uma proposta de atividade
associadas à série 2’ Minutos para mudar de vida desenhada para funcionar de modo independente, pelo
que poderão ser exploradas em contexto de sala de que o professor pode optar por aplicar uma ou várias
aula. atividades, sem comprometer os objetivos específicos
de cada uma.

Material
necessário

Computador com Videoprojetor Colunas de som Fichas de trabalho


acesso à internet (1 por aluno)

Alternativamente, pode deixar os alunos visionar os Todos os episódios da série 2' Minutos para mudar de
episódios nos seus dispositivos móveis recorrendo vida estão disponíveis para visionamento no website
aos códigos QR de cada ficha de trabalho. oficial: www.2minutos.pt

Dinamização
da atividade

Duração: N.º de alunos Sugere-se que o(a) professor(a) inicie a atividade com
30 minutos por grupo: 2 a 3 o visionamento do episódio. Deverá posteriormente
dividir a turma em grupos de 2/3 alunos e distribuir a
ficha de trabalho a cada grupo. Os alunos deverão ler a
informação na ficha e responder às questões propostas
no final.

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01 Policiar o fumeiro?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/15

Sinopse: Num cenário bucólico está tudo pronto para filmar a essência da ruralidade: as carnes vermelhas e
o fumeiro. Isto até o Pastor entrar em cena e interromper a filmagem para explicar que a essência
da ruralidade está na moderação.

Objetivos pedagógicos: • Alertar para os principais riscos associados ao consumo elevado de carnes processadas e
vermelhas.
• Clarificar a controvérsia e as mensagens contraditórias em torno do risco associado ao consumo
de carnes vermelhas e processadas.
• Conhecer as quantidades recomendadas para consumo das carnes vermelhas e carnes
processadas.
• Promover o consumo moderado de carnes vermelhas e processadas e alternativas mais saudáveis,
como peixe, carnes brancas e legumes.

Mensagens principais: • Apesar de aas carnes processadas - como bacon, salsichas, presunto, enchidos, carne de fumeiro,
carne enlatada - estarem no mesmo grupo de risco que o consumo de tabaco e consumo de
bebidas alcoólicas - considerados carcinogénicos para seres humanos - isso não quer dizer que
apresentem riscos semelhantes: as carnes processadas são responsáveis por cerca de 34 mil
mortes por ano, mas o tabaco causa 1 milhão mortes por ano e o consumo de bebidas alcoólicas
600 000 mortes por ano.
• Tal acontece porque a IARC - o organismo que reúne peritos mundiais para analisar a literatura
científica e determinar estes factores de risco para cancro - faz as suas deliberações baseadas
na robustez da informação científica, ou seja, determina antes o grau de certeza do que a
probabilidade do risco associado. Assim, é certo afirmar que as carnes processadas são
carcinogénicas (grupo de risco I) e que as carnes vermelhas são provavelmente carcinogénicas
(grupo de risco 2A).
• A literatura científica indica que a ingestão de apenas 50 g de carne processada por dia por
dia pode aumentar o risco de CCR em cerca de 18% e que o consumo de 100 g diárias de carne
vermelha por dia aumenta o risco de CCR em aproximadamente 17%.
Recomendações
• Tanto quanto possível, limitar a ingestão de carne processada a ocasiões pontuais.
• Se se comer carnes vermelhas, optar por porções mais pequenas. Limitar o consumo de carne
vermelha a 500 g por semana.
• Recomendação: Se possível, considerar substituir as carnes vermelhas e processadas por peixe,
carnes brancas (frango, peru) e/ou legumes (feijões, lentilhas, ervilhas, grão-de-bico, favas).

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 34 000. 02 50 g de carnes processadas.

03 do cólon e do reto. 04 500 g.

05 provavelmente carcinogénicas para humanos.

06 Apesar de ter sido determinado que as carnes processadas são cancerígenas, o risco associado às
quantidades normalmente consumidas coloca este tipo de carnes abaixo de outros agentes como
o tabaco, em termos de risco de cancro. Ou seja, para causar o mesmo número de mortes que o
tabaco, as carnes processadas teriam que ser consumidas em quantidades muito mais elevadas
que as registadas atualmente.

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02 Atleta de sofá?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/17

Sinopse: O Carlão é um profissional do desporto sentado. Qualquer desculpa lhe serve para não sair do sofá.
Será que alguém o consegue pôr a mexer? Só se for o seu fiel amigo canino.

Objetivos pedagógicos: • Informar que a prática de exercício regular reduz o risco de cancro da mama, cancro do cólon e
endométrio, assim como outras doenças (diabetes, osteoporose, AVC e doenças cardiovasculares).
• Explicar que a atividade física regular não implica a ida ao ginásio ou a prática profissional de
um desporto, já que pode ser feita através de atividades mais acessíveis como andar a pé ou
de bicicleta.
• Recomendar a prática de atividade física com regularidade, dentro das recomendações
internacionais, dando exemplos práticos de atividades ao alcance de todos.

Mensagens principais: • A prática regular de atividade física reduz o risco de desenvolvimento de cancro do cólon, mama
e endométrio. A ausência de atividade física contribui para o desenvolvimento de diabetes,
osteoporose, AVC e doenças cardiovasculares. A nível global, as estimativas indicam que é
responsável por cerca de 5,3 milhões de mortes em todo o mundo.
• A atividade física regular está ao alcance de todos e não implica que nos transformemos em
atletas de alta competição, ou que tenhamos que ir para o ginásio diariamente.
Recomendações
• 150 minutos (2h30min) de atividade física aeróbica moderada por semana: são só 30 minutos
por dia, com folga ao fim de semana.
• exemplos: andar de bicicleta, caminhada em passo rápido (5 km/hora), dançar, hidroginástica
OU
• 75 minutos (1h15min) de atividade física aeróbia intensa por semana: são só 15 minutos por
dia, com folga ao fim de semana.
• exemplos: correr (jogging, running), jogar ténis ou futebol, andar de bicicleta (16 km/h).
• Realizar exercícios musculares que envolvam os maiores músculos do corpo (pernas, ancas,
costas, abdómen, peito, ombros e braços), 2 a 3 vezes por semana.
• exemplos: levantar pesos, exercícios que usem o peso do próprio corpo (flexões, abdominais),
yoga.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 Todas as anteriores. 02 75 minutos.

03 150 minutos. 04 todos, independentemente da idade.

05 todos os anteriores.

06 Resposta de carácter variável, dependente do nível de atividade física do aluno.


Nível de exercício físico recomendado: 150 minutos/semana de atividades físicas moderadas
(caminhada, yoga, ginástica, dançar) ou 75 minutos/semana de atividades físicas intensas (correr,
jogar ténis ou futebol, escalada).

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03 Como ganhar cor sem arriscar?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/11

Sinopse: Anacleto está preso num mundo a preto e branco onde ninguém lhe dá atenção. Para que a sua
vida ganhe outros contornos e novas cores, terá de aprender a ganhar cor de uma forma saudável.
Conseguirá ganhar cor sem arriscar?

Objetivos pedagógicos: • Identificar a radiação ultravioleta (UV) e o comportamento perante o sol como as causas de
cancro da pele.
• Identificar as medidas mais eficazes para reduzir o risco de cancro da pele e desfrutar do sol
em segurança.
• Incentivar as pessoas a protegerem-se da radiação UV.

Mensagens principais: • 90% dos cancros da pele podem ser prevenidos através de uma exposição à radiação UV
adequada.
• A proteção contra a radiação UV faz-se, em 1.º lugar, através da procura de lugares com sombra
e do uso de roupas com cobertura total da pele. Em 2.º lugar, se a exposição for necessária ou
desejada, deve ser feita apenas nos horários seguros (antes das 11h00 e após as 17h00). Em
3.º lugar, deverá usar-se o protetor solar, que é uma medida de proteção adicional mas não a
mais eficaz.
• A exposição ao sol em segurança deve ser feita seguindo os seguintes passos:
• evitar os horários mais perigosos - 11h00-17h00 - ou usar a regra da sombra.
• consultar o índice de UV (www.ipma.pt) antes da exposição solar e evitar exposições quando
o índice é maior que 5.
• plicar na pele uma quantidade generosa de protetor solar com FPS mínimo de 30 e proteção
anti UV-A e UV-B, 15 a 30 min antes da exposição.
• renovar a aplicação do protetor solar 30 min. após o início da exposição solar ou quando
se for à água.
• limitar os períodos de exposição solar a um máximo de 2 horas e procurar a sombra após
a exposição.
• A proteção contra a radiação UV deve ser feita em qualquer lugar ao ar-livre, onde a pele possa
estar exposta.
• Para quem quer mesmo obter um look bronzeado, tal só é seguro com exposições curtas e
progressivas ao sol, ou recorrendo a autobronzeadores, e nunca frequentando solários.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 Estar à sombra. 02 não é segura e é desaconselhada pelos


dermatologistas.
03 permite saber o período de exposição solar
segura. 04 2 horas.

05 15 min antes da exposição solar e renovado


30 min depois.

06 A luz emitida pelo sol inclui radiação ultravioleta (UV). Essa radiação pode danificar o DNA
das células da pele, aumentando o risco de cancro de pele. Assim, é preciso tomar medidas
que bloqueiem a radiação UV, nomeadamente procurar lugares com sombra, usar roupas com
cobertura total da pele, utilizar protetor solar anti-UVA e anti-UVB, e evitar a exposição ao sol
entre as 11h00 e as 17h00, período em que a radiação UV é mais intensa.

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04 Porque tens de te meter no meu prazer de fumar?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/8

Sinopse: Os jantares de família eram um tormento: o Papá não largava o charuto nem um segundo, a casa
era um fumeiro com cinza por todo lado. Mas alguém encontrou uma solução para o problema.
Será que vai funcionar?

Objetivos pedagógicos: • Informar a população sobre o impacto negativo do fumo passivo na saúde dos não fumadores.
• Levar os fumadores a deixar de fumar na presença de não fumadores.

Mensagens principais: • O tabaco causa 14 tipos de cancro, sendo ainda responsável por outras doenças circulatórias e
respiratórias.
• O tabaco causa 6 milhões de mortes/ano em todo o mundo, 10% dessas mortes dizem respeito
a não fumadores, através da exposição involuntária ao fumo do tabaco.
• Viver com um fumador implica um risco aumentado de 20% a 30% de vir a desenvolver cancro
do pulmão.
• Os fumadores são os principais responsáveis pela mitigação dos efeitos do fumo passivo. Cabe
aos fumadores evitar fumar na presença de não fumadores.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 600 000. 02 14.

03 1 em cada 10. 04 20% a 30%.

05 Basta 1.

06 Cada fumador é soberano na decisão de acender um cigarro. Contudo, quando um fumador opta
por fumar na presença de outras pessoas num espaço fechado a situação altera-se. O fumo do
cigarro vai ser inalado involuntariamente por todos aqueles que estejam no mesmo local e pode
causar vários problemas de saúde como problemas respiratórios e até morte: 10% das mortes
causadas por tabaco são de não-fumadores. Assim, ao exercer a sua liberdade de fumar, um
fumador está a pôr em causa o direito a não fumar e a saúde das outras pessoas.

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05 O rastreio fica para o ano?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/20

Sinopse: Depois de uma convocatória para fazer o rastreio do HPV vir para trás pela 3.a vez, o Carteiro parte
em missão em busca da destinatária. Será que vai conseguir entregar a carta?

Objetivos pedagógicos: • Identificar o cancro do colo do útero (CCU) como um dos cancros mais mortais nas mulheres
jovens, mesmo sendo um dos cancros mais preveníveis.
• Identificar o teste de rastreio do CCU como uma medida muito eficaz no diagnóstico precoce
• Alertar para o facto de a mortalidade por CCU acontecer maioritariamente em mulheres que
nunca fizeram o rastreio.
• Incentivar todas as mulheres a realizar regularmente o rastreio.
• Clarificar que existe um exame mais recente de rastreio do CCU, o teste de HPV, que em alguns
pontos do país substitui o Teste de Papanicolau.

Mensagens principais: • O CCU é um dos cancros que mata mais mulheres jovens mas, paradoxalmente, é dos mais fáceis
de prevenir. Mata cerca de 200 mulheres por ano em Portugal.
• O CCU é causado por uma infeção com uma das estirpes de alto risco do vírus HPV .
• O teste de Papanicolau consiste na recolha de células do colo do útero. É um exame rápido, sem
anestesia, simples e indolor, feito no consultório, acautelando questões de privacidade.
• As mortes por CCU acontecem maioritariamente em mulheres que nunca fizeram o teste. Em
Portugal ainda há muitas mulheres que não cumprem o rastreio recomendado.
• Se uma mulher fizer rastreio a probabilidade de ter CCU é muito baixa. A deteção precoce do
cancro permite uma taxa de sucesso de tratamento na ordem dos 100%.
• O teste de Papanicolau está a ser substituído por outro exame ainda mais preciso, o teste de
HPV, que é um exame que detecta a presença do HPV nas células da região cervicovaginal, em
especial as estirpes de alto risco.
• O rastreio deve iniciado aos 25 anos de idade com protocolos ligeiramente diferentes: o teste
de Papanicolau deve ser repetido anualmente e ao fim de 3 resultados normais poderá ser
realizado de 3 em 3 anos até aos 65 anos; o rastreio por Teste de HPV deve ser feito de 5 anos
em 5 anos.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 pelo vírus do papiloma humano (HPV). 02 Teste de HPV.

03 detecta o HPV e as estirpes que causam 04 As mulheres com mais de 25 anos.


cancro.

05 Todas as anteriores.

06 Sabe-se que o cancro do colo do útero é causado pelo HPV e que pode demorar entre 20 a 25 anos
a desenvolver-se. Sabe-se também que este tipo de cancro é o 2º mais mortal entre as mulheres
jovens europeias. Ao indicar o rastreio para todas as mulheres a partir dos 25 anos, estamos a
aumentar a probabilidade de detectar o vírus e/ou lesões pré-cancerosas, ou até mesmo cancros
em estadios iniciais, evitando o desenvolvimento de cancro, ou seja, estamos a contribuir para a
diminuição da mortalidade por cancro do colo do útero.

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06 Cravejado de sinais?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/19

Sinopse: Emanuel é obcecado por exames médicos e pela sua saúde. O Dermatologista bem lhe tenta
explicar que não deve correr para o médico só porque tem muitos sinais, mas o Emanuel quer
saber a todo o custo como vigiar cada sinal. Será que vai conseguir aprender?

Objetivos pedagógicos: • Alertar para a gravidade do melanoma, que representa a forma de cancro de pele mais mortal.
• Identificar os principais sinais de alerta relativamente à deteção precoce do melanoma: explicar
como se realiza o autoexame da pele e como se usa a regra do ABCDE.
• Desdramatizar o aparecimento de novos sinais, que é um processo normal ao longo da vida,
focando a atenção apenas nos sinais atípicos (com ABCDE).
• Incentivar a população a realizar regularmente o autoexame da pele.

Mensagens principais: • Os sinais da pele são algo normal e na maioria dos casos não implicam riscos. No entanto, a
pele vai-se modificando ao longo da vida e o número de sinais tem tendência a aumentar. É
importante que todos examinem a sua pele regularmente e conheçam os seus sinais.
• O melanoma é a forma de cancro da pele mais mortal e o número de casos está a aumentar.
• Quanto mais precoce for a deteção de um cancro da pele, maior é a probabilidade de cura.
• O autoexame da pele deve ser feito pelo menos de 3 em 3 meses ou no caso de muitos sinais,
1 vez por mês, usando a regra do ABCDE.
• Ainda que existam grupos de maior risco (e.g., peles claras), todos devem estar atentos aos seus
sinais, já que todas as pessoas têm algum risco de desenvolver cancro da pele.
• Encontrar um sinal suspeito não é motivo de pânico, significa antes que é a altura certa para
procurar a opinião de um médico.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 mensalmente. 02 Melanoma.

03 Assimetria, Bordo, Cor, Diâmetro e Evolução. 04 Todas as pessoas, independentemente do


seu tipo de pele.
05 toda a pele.

06 A realização do autoexame da pele é importante porque é a melhor maneira de detetar uma


alteração suspeita na pele. Ou seja, quando se examina a pele periodicamente torna-se mais fácil
identificar alterações fora do normal: um sinal que apareceu de novo, ou um sinal já existente que
mudou de forma ou cor. A deteção de um sinal que cumpra vários critérios da regra do ABCDE
deverá levar-nos a procurar o médico de família ou o dermatologista, que irá fazer o devido
diagnóstico da situação e tomar as medidas terapêuticas necessárias caso se justifique.

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07 Já tens idade para te preocupares com o cancro?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/18

Sinopse: Julião acordou do lado errado da cama. Assustado, parte numa aventura para descobrir se já está
em idade de prevenir o cancro. Mas será que alguém o vai conseguir ajudar?

Objetivos pedagógicos: • Informar que 70% das mortes por cancro podem ser evitadas através de mudanças de
comportamento.
• Elencar os fatores de risco que mais contribuem para o risco de cancro (tabaco, dieta, consumo
de álcool, exercício físico, exposição solar, vacinação contra o HPV) assim como alguns sinais de
alerta essenciais.
• Sensibilizar as crianças, assim como as respetivas famílias, da importância dos comportamentos
saudáveis desde a infância.

Mensagens principais: • A maioria dos cancros deriva de um risco aumentado causado pela exposição a agressões
externas (ambientais), cuja exposição é cumulativa, ou seja, a exposição prolongada a esses
fatores de risco aumenta a probabilidade de cancro.
• 70% das mortes por cancro podem ser evitadas através de mudanças de comportamento ao
alcance de cada um:
• Não fumar, manter um peso adequado, comer frutas e hortícolas, comer alimentos ricos
em fibra, reduzir o consumo da carne processada, comer pouca carne vermelha, evitar
alimentos muito salgados, não consumir bebidas alcoólicas, para reduzir o risco de 7 tipos
de cancro: boca, faringe, laringe, esófago, mama, colorretal e fígado, ter cuidado com a
exposição solar, fazer exercício físico regularmente.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 beber água. 02 fazer exercício físico.

03 Alimentos ricos em sal. 04 Todas as opções anteriores.

05 Frutas e hortícolas.

06 Sabe-se que a maior parte dos cancros é influenciada por factores ambientais, pequenas agressões
ao nosso organismo (e às nossas células) vindas do exterior. A exposição continuada a estes fatores
(tabaco, exposição solar, etc.) leva a que os danos nas células se acumulem e aumenta o risco de
cancro. Quanto mais vezes se repete um comportamento de risco - quantos mais anos se fuma, ou
mais escaldões se apanha - maior é o seu efeito e maior o risco de cancro. São estes factores de
risco que aumentam a predisposição para o aparecimento de cancro. Este processo pode demorar
muitos anos e, não raras vezes, décadas. Por isso, quanto mais cedo evitarmos comportamentos
de risco e adotarmos comportamentos saudáveis, melhores serão as probabilidades de reduzir o
risco de cancro.

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08 Tudo do bom e do melhor?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/21

Sinopse: Os tempos são perigosos e qualquer ceia pode ser a última. D. Fininha foi a cozinheira escolhida
mas vê a sua vida complicar-se quando percebe que o seu conceito de "bom e do melhor" não é
partilhado por todos. Qual será afinal o menu escolhido?

Objetivos pedagógicos: • Identificar e focar a atenção nos elementos específicos da dieta que conferem maiores riscos
para saúde: açúcar, gordura, carnes vermelhas e processadas, álcool e sal.
• Promover uma alimentação mais equilibrada através da redução do tamanho das porções
e privilegiando alimentos mais saudáveis como hortícolas, frutas, cereais integrais e outros
alimentos ricos em fibra.

Mensagens principais: • Certos alimentos, quando consumidos em excesso, aumentam o risco de cancro: carnes
processadas, carnes vermelhas, álcool e sal (e açúcar e gorduras, por contribuírem para o
excesso de peso e a obesidade).
• Existem alimentos com efeito protetor, associados a um risco mais reduzido de alguns cancros
(boca, pulmão, laringe e estômago): fruta e hortícolas frescos e cereais integrais.
Recomendações
• A medida mais eficaz para reduzir o excesso de peso é comer menos: reduzindo o tamanho das
porções ingeridas. Em especial, reduzir o consumo de alimentos com elevadas quantidades de
açúcar e/ou gordura.
• Tanto quanto possível, limitar a ingestão de carne processada a ocasiões pontuais. Se comer
carnes vermelhas, optar por porções mais pequenas. Considerar substituir as carnes vermelhas
e processadas das refeições por peixe, carnes brancas (frango, peru) e/ou legumes (feijões,
lentilhas, ervilhas, grão-de-bico, favas).
• Evitar o consumo de álcool.
• Comer mais frutas e hortícolas por dia, numa escolha variada.
• Privilegiar alimentos ricos em fibra: ervilhas, feijões, cebolas e aipo e tentar incluí-los em todas
a refeições.
• Moderar o consumo de sal, dando especial atenção à comida processada.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 Todas as opções anteriores. 02 5.

03 5 g por dia. 04 500 g por semana.

05 todas as opções anteriores.

06 Os fatores da dieta que aumentam o risco de cancro são as carnes vermelhas e processadas, o
sal e o álcool. Os que diminuem o risco de cancro são as frutas e hortícolas e os alimentos ricos
em fibra.
Os alimentos ricos em açúcar e gorduras não afetam diretamente o risco de ter cancro. Contudo,
são grandes contribuidores para o excesso de peso e a obesidade, que são os principais factores
de risco de cancro a seguir ao tabaco.

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09 Antes faça mal que sobre?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/14

Sinopse: Num almoço de domingo da família Gonçalves não falta nada. Zezinha, a matriarca, exibe os
seus dotes culinários para impressionar a convidada de honra, a futura nora. O que irá acontecer
quando a nora descobrir que a comida dava para o dobro dos convidados?

Objetivos pedagógicos: • Identificar o excesso de peso e a obesidade como um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento de vários cancros e outras doenças. Informar que manter um peso saudável
reduz o risco dessas doenças.
• Alertar para a necessidade de reduzir as porções ingeridas, que em Portugal são por tradição
muito superiores ao que é recomendável.

Mensagens principais: • A obesidade e o excesso de peso são responsáveis por cerca de 3,4 milhões de mortes
anualmente em todo o mundo. Estão associados a um risco aumentado de cancro da mama
(após a menopausa), cólon e reto, endométrio, esófago, rim e pâncreas, diabetes tipo 2,
doença arterial coronária e enfarte do miocárdio.
• A seguir ao tabaco, o excesso de peso é o principal fator de risco ambiental para o
desenvolvimento de cancro. Para aqueles que não fumam, a alimentação é o fator modificável
mais importante na prevenção de cancro.
• A medida mais eficaz para reduzir o excesso de peso passa por comer menos: reduzindo o
tamanho das porções ingeridas. Em especial, deve reduzir-se o consumo de alimentos com
elevadas quantidades de açúcar e/ou gorduras, como forma de controlar o aporte de calorias.
Para diminuir os riscos, estas mudanças devem tornar-se um hábito: uma dieta saudável não
pode limitar-se a refeições ocasionais.
• Ao comprar alimentos deve verificar-se o rótulo e avaliar a sua quantidade de açúcar e gordura.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 todas as opções anteriores. 02 todas as opções anteriores.

03 seguir uma dieta saudável. 04 todas as opções anteriores.

05 3,4 milhões.

06 Deve-se optar por porções pequenas a todas as refeições e evitar alimentos com excesso de açúcar
e gordura.

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10 Um charutinho ao domingo faz lá mal?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/9

Sinopse: Zezinha descobre um isqueiro perdido: alguém anda a fumar às escondidas! Desconfia do marido,
que está convencido que se for só um de vez em quando não faz mal. O pior é que o filho também
fuma e a mãe não sabe. Afinal, de quem é o isqueiro?

Objetivos pedagógicos: • Alertar para os malefícios do consumo de tabaco ocasional ou de baixa intensidade (menos de 10
cigarros por dia), uma prática cujas consequências são geralmente subestimadas pela população.
• Desmistificar a ideia que “um cigarrinho de vez em quando” não faz mal e que reduzir a
quantidade de cigarros fumados por dia é suficiente para prevenir o cancro.
• Alertar para os malefícios de todas as formas de consumo de tabaco: charutos, cachimbo, tabaco
de mascar, etc.

Mensagens principais: • Não existe nenhum nível de consumo de tabaco que seja seguro. Do mesmo modo, todas as
formas de tabaco são prejudiciais à saúde: charutos, cachimbo, tabaco de enrolar, cigarrilhas,
narguilé.
• Diversos estudos documentam riscos bastante aumentados para fumadores ocasionais, quando
comparados com não fumadores: um cigarro por dia é suficiente para aumentar o risco de morte
prematura, nomeadamente doenças respiratórias, cardiovasculares e cancro do pulmão.
• Basta fumar 1 cigarro por dia para aumentar em 64% o risco de morte prematura, e esse risco
triplica quando se fuma 10 cigarros por dia.
• Fumar 3 cigarros por dia aumenta em 6 vezes o risco de cancro de pulmão.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 todas as opções anteriores. 02 64%.

03 90%. 04 os perigos associados ao consumo


ocasional de tabaco.
05 Nenhuma das opções anteriores.

06 A frase é verdadeira porque se sabe que um único cigarro é suficiente para induzir mutações que
podem originar cancro. De facto, fumar 1 cigarro por dia para aumentar em 64% o risco de morte
prematura, e esse risco triplica quando se fuma 10 cigarros por dia. A única forma de evitar os
riscos associados ao consumo de tabaco é não fumar e evitar locais com fumo.

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11 Nódulo na mama, motivo para alarme?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/27

Sinopse: Quando o quadro “La Fornarina” é retirado da galeria para analisar uma mancha suspeita na
mama, as restantes pinturas ficam em alvoroço. O nódulo será perigoso? Quem está em risco?

Objetivos pedagógicos: • Identificar o cancro da mama (CM) como o cancro mais mortal para as mulheres.
• Identificar a mamografia como a medida mais importante na deteção precoce do CM.
• Incentivar todas as mulheres a conhecerem as suas mamas e a saberem identificar os principais
sinais de alerta do cancro da mama.
• Desdramatizar o aparecimento de um nódulo na mama, mas incentivar as mulheres a procurarem
o médico se encontrarem sinais suspeitos.

Mensagens principais: • O CM é o cancro que mata mais mulheres (mais de 1600 por ano, 4 mulheres por dia) em
Portugal.
• Apesar de a mamografia ser o exame mais importante na prevenção do cancro da mama, é
importante que cada um examine e conheça as suas mamas.
• A palpação permite uma avaliação do estado normal das mamas, facilitando a descoberta
de situações atípicas. É uma prática simples, que deve ser feita fora do período menstrual,
1 vez por mês: implica a observação e a palpação das mamas para identificar situações menos
comuns como o aparecimento de nódulos, alterações da forma ou consistência da mama, da
textura ou cor da pele, alterações ou secreçõesdo mamilo.
• Se se notar alguma alteração, deve verificar-se se a mesma persiste após a próxima menstruação.
Caso a alteração se mantenha, deve procurar-se um médico. Encontrar uma alteração suspeita
não é motivo de pânico: a maior parte dos nódulos não são devidos a um cancro.
• A mamografia é um exame que permite detectar cancros ou lesões de dimensões muito pequenas
em estadios iniciais, as quais são mais facilmente tratáveis. Deve ser feita por todas as mulheres
a partir dos 50 anos.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 da mama. 02 pode ser feita em casa.

03 todas as opções anteriores. 04 falar com o seu médico de família.

05 permite detectar alterações suspeitas nas


mamas entre mamografias.

06 A palpação é importante para perceber o aspecto e textura habitual da mama. Assim, caso
surja alguma alteração, será mais fácil identificá-la e recorrer ao médico que, caso se justifique,
proporá a realização de uma mamografia ou outro exame de diagnóstico para despiste.

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12 Mais um copinho?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/16

Sinopse: "Beber vinho é dar o pão a 1 milhão de portugueses" é o slogan da nova campanha do Estado
Novo. Os movimentos antifascistas não perdem um segundo e lançam uma contracampanha para
alertar os portugueses dos perigos do álcool. Qual das campanhas sairá vencedora?

Objetivos pedagógicos: • Identificar o consumo de álcool como fator de risco para 7 tipos de cancro e outras doenças.
• Destacar a responsabilidade do álcool na mortalidade jovem.
• Clarificar as quantidades de álcool recomendadas: 1 bebida padrão (10 ml) por dia no caso das
mulheres, 2 bebidas padrão (20 ml no caso dos homens).
• Incentivar a moderação do consumo de bebidas alcoólicas.

Mensagens principais: • O consumo de álcool aumenta o risco de 7 cancros: boca, faringe, esógafo, laringe, mama,
colorretal, fígado.
• O consumo de álcool causa 3,3 milhões de mortes/ano em todo o mundo, mais de 200 doenças,
e 1/4 das mortes na faixa etária dos 20-39 anos.
• Qualquer nível de ingestão de álcool aumenta o risco de cancro. Não existe álcool “mais seguro”
ou “menos perigoso”, já que os seus malefícios são os mesmos independentemente da sua
origem.
• Quem optar por consumir álcool deve limitar o seu consumo a não mais que 1 bebida padrão
(10 ml) por dia - 1 cerveja, 1 copo de vinho, 1 shot de bebida branca - se for mulher, 2 bebidas
padrão (20 ml) por dia, se for homem. As práticas de binge drinking (mais de 5 bebidas de uma
só vez) são altamente perigosas.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 carcinogénico para o ser humano. 02 Uma em cada quatro.

03 todas as opções anteriores. 04 20 ml e 10 ml, respetivamente.

05 mais de 3 milhões.

06 O consumo de álcool tem um efeito sinérgico com o consumo de tabaco porque o risco combinado
destes dois comportamentos é superior à soma dos riscos de cada um destes comportamentos
isoladamente. Fumadores que bebam álcool têm um risco aumentado de cancro do fígado, da
boca e da faringe.

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13 A vacina contra o HPV é suficiente?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/13

Sinopse: Samantha Kelling, a vil irmã, acusa Clarisse, a irmã boazinha, de a andar a trair com o seu
namorado Roberto Fábio, mas na verdade é ela que o trai com o irmão gémeo, Fábio Roberto. O
enredo adensa-se quando Clarisse tenta avisá-la sobre os perigos do HPV. O que irá acontecer?

Objetivos pedagógicos: • Identificar o cancro do colo do útero (CCU) como um dos cancros mais mortais para as mulheres
jovens, mesmo sendo um dos cancros mais preveníveis.
• Informar que a vacina contra o HPV confere uma proteção bastante elevada (90%) mas não total
contra a infecção do vírus que pode causar o CCU.
• Identificar as medidas de prevenção da infeção por HPV complementares à vacinação: o
comportamento sexual responsável e o diagnóstico precoce por teste do HPV.

Mensagens principais: • O CCU é um dos cancros que mata mais mulheres jovens mas, paradoxalmente, é dos mais fáceis
de prevenir.
• O CCU é causado por uma infeção com uma das estirpes de alto risco do vírus HPV, um vírus
para o qual existe uma vacina.
• A vacina incluída no PNV confere uma proteção contra as estirpes de HPV de “alto risco” é
responsável por 90% dos casos de CCU. É administrada gratuitamente a raparigas com 10 anos
e irá ser brevemente estendida aos rapazes.
• A proteção da vacina não é total. Desse modo, devem adotar-se algumas medidas que diminuem
probabilidade de contágio de HPV (mas não a eliminam) para aqueles que têm uma vida sexual
ativa: diminuição do número de parceiros sexuais e uso do preservativo, que diminui o risco
de infeção de HPV na ordem dos 70%.
• Todas as mulheres devem fazer o rastreio do CCU regularmente, na altura recomendada, para
deteção precoce de lesões pré-cancerígenas.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 90%. 02 HPV.

03 apenas mulheres. 04 tem menor risco de desenvolver cancro do


colo do útero.
05 tiver muitos parceiros sexuais diferentes.

06 Existem mais de 150 variantes diferentes (estirpes) do HPV, das quais 15 são consideradas de
alto risco, ou seja, capazes de causar o cancro do colo do útero. A vacina atual confere imunidade
contra 9 estirpes do vírus que são responsáveis por 90% dos casos de cancro do colo do útero. Isto
significa que 10% dos casos são causados por estirpes que não estão cobertas pela vacina e que
por isso são sempre necessárias medidas adicionais: 1) reduzir o número parceiros sexuais, 2) usar
preservativo, 3) fazer o rastreio de cancro do colo do útero.

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14 Testículos como o aço?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/22

Sinopse: O Recruta é surpreendido nas provas de admissão aos Comandos por não fazer a palpação dos
testículos regularmente. Rapidamente percebe que um soldado tem de saber defender a sua
própria saúde. Mas será que o Recruta aprendeu a lição?

Objetivos pedagógicos: • Alertar os homens para o cancro do testículo, um cancro pouco conhecido pois tem baixa
incidência e mortalidade em termos globais, mas que é o cancro mais comum nos homens com
idades entre os 15 e 34 anos.
• Identificar os principais sinais de alerta relativamente à deteção precoce e explicar como se
realiza a palpação dos testículos.
• Incentivar todos os homens a realizarem regularmente a palpação dos testículos.

Mensagens principais: • O cancro do testículo é cancro mais comum nos homens com idades entre os 15 e 34 anos.
• A palpação do testículo permite uma avaliação do estado normal dos testículos, facilitando a
descoberta de situações atípicas. Cada um deve conhecer bem a forma e tamanho dos seus
testículos, de modo a que esteja pronto a detetar atempadamente as alterações. A palpação é
uma prática simples, que deve fazer-se 1 vez por mês. A palpação deve ser feita segurando o
testículo e deslizando os dedos cuidadosamente, dando particular atenção ao aparecimento de
protuberâncias ou inchaços, assim como outras alterações da forma ou consistência dos
testículos.
• A palpação é particularmente aconselhável para homens com testículo não descendente, para
aqueles que já tiveram um cancro do testículo, ou que têm um familiar com este cancro.
• Encontrar uma alteração suspeita não é motivo de pânico, significa antes que é a altura certa
para procurar a opinião de um médico.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 15 e 34 anos. 02 mensalmente.

03 todas as opções anteriores. 04 permite conhecer a forma e tamanho


normal dos testículos, facilitando a deteção
05 falar com o seu médico de família.
atempada de alterações.

06 O cancro do testículo tem baixa incidência e mortalidade em termos globais, mas é o cancro mais
comum nos homens com idades entre os 15 e 34 anos. Realizar a palpação testicular regularmente
permite a cada homem conhecer bem a forma e o tamanho dos seus testículos. Assim, caso surja
alguma alteração, será mais fácil identificá-la e recorrer ao médico, que poderá fazer exames de
diagnóstico para a eventual deteção de um cancro numa fase inicial.

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15 Um caso esporádico ou um risco acrescido na família?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/23

Sinopse: Verónica entra pela calada da noite no escritório do Detetive Privado. Traz um caso preocupante:
um cancro na família que pode pôr os seus filhos em risco. Será que o Detetive é capaz de resolver
o mistério?

Objetivos pedagógicos: • Informar que a maioria dos cancros têm origem esporádica e que apenas 5% a 10% dos cancros
têm origem hereditária.
• Desmistificar a ideia que um cancro num membro da família é algo que deixa em risco os
familiares descendentes, já que a maioria dos cancros não tem causa hereditária.
• Incentivar as pessoas a conhecerem a sua história familiar de cancro.

Mensagens principais: • A maioria dos cancros tem origem casuística (esporádica) e deriva de um risco aumentado
causado pela exposição a agressões externas (ambientais). Apenas 5% a 10% dos cancros tem
origem hereditária.
• Como a incidência de alguns tipos de cancro é elevada, e com tendência a aumentar com o
aumento da esperança de vida, é natural existirem vários casos de cancro numa família sem
associação hereditária, ou perigo para a descendência.
• Nos raros casos de cancro hereditário, este tem origem numa mutação hereditária que é
transmitida de pais para filhos, e que aumenta a susceptibilidade à doença. Possuir a mutação
não significa que se vá ter cancro, mas significa que há um risco maior de se vir a desenvolver
a doença.
• Cada pessoa deve estar atenta à sua história familiar de cancro, prestando atenção a ambos
os lados da família, materno e paterno, e verificar:
• quem teve cancro: Devemos estar alerta para cancros que se repetem do mesmo lado da
família, e quando são diagnosticados em familiares de 1.º grau (pai, mãe, irmão ou filho);
• qual o tipo de cancro: Os cancros com origem hereditária mais frequentes são o da mama,
o colorretal e o do estômago;
• idade com que o cancro foi diagnosticado: em média, os cancros hereditários ocorrem
mais cedo que os restantes. Ter alguém na família com cancro antes dos 50 anos é motivo
para falar com o médico de família.
Quando algum destes sinais é encontrado deve falar-se com o médico, que poderá recomendar
uma Consulta de Risco Familiar com um médico especialista na análise genética.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 genética. 02 5% a 10%.

03 todas as opções anteriores. 04 maior risco de desenvolver esse tipo de


cancro.
05 50 anos.

06 Com o aumento da esperança de vida é cada vez mais habitual existirem vários casos de cancro
na família sem que haja qualquer fator hereditário. Por outro lado, vários casos de cancro na
família pode querer dizer apenas que os familiares estão expostos aos mesmos factores de risco
(externos, e não hereditários) pela partilha de comportamentos que fazem parte da cultura da
família (hábitos alimentares, padrões de exposição ao sol, etc.). Para que uma família se enquadre
como caso de cancro hereditário, é preciso primeiro verificar três condições: vários casos de cancro
no mesmo lado da família, vários casos do mesmo tipo de cancro, e pelo menos um caso de cancro
antes dos 50 anos. Caso estas condições sejam cumpridas, a família deverá ser acompanhada
numa consulta especializada de risco familiar que permitirá confirmar se se está perante um caso
de cancro hereditário.

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16 Um tubo no intestino?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/26

Sinopse: Numa cartada entre velhos amigos, todos desconfiam quando o Santos tem de sair mais cedo.
Quando descobrem que vai fazer uma colonoscopia rebenta uma discussão acalorada sobre quem
já terá feito o exame. Afinal, quem é que já fez a colonoscopia?

Objetivos pedagógicos: • Identificar o cancro colorretal (CCR) como um dos cancros mais incidentes e mortais em Portugal.
• Identificar que as vantagens da colonoscopia ultrapassam largamente os seus inconvenientes:
pode causar algum desconforto mas salva vidas.
• Aligeirar a referência ao exame e discuti-lo mais abertamente, o que nem sempre acontece por
incidir sobre zonas “mais sensíveis” ou tabu.

Mensagens principais: • O CCR é dos cancros mais frequentes e mais mortais em Portugal, ainda que exista um exame
eficaz na deteção precoce.
• A maioria dos casos de CCR pode ser prevenida através de rastreio por colonoscopia ou por
pesquisa de sangue oculto nas fezes, o método de rastreio populacional que entrou recentemente
em vigor em Portugal.
• A colonoscopia total contribui também para a redução do aparecimento de cancros do CCR, pela
remoção dos pólipos que lhes dão origem.
• A opção pela colonoscopia deve ser feita entre os 50 e os 55 anos e repetida a cada 10 anos,
mesmo na ausência de sintomas ou queixas. A colonoscopia é comparticipada e pode ser feita
sob sedação para maior conforto.
• Os tratamentos e taxas de cura são mais favoráveis quando o diagnóstico é feito numa fase
inicial do cancro.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 40%. 02 50 anos.

03 lesões precursoras de cancro colorretal. 04 as duas opções anteriores.

05 Todas as opções anteriores.

06 A colonoscopia permite a identificação e remoção de pólipos durante o procedimento, evitando


que o pólipo evolua para cancro e reduzindo assim a incidência deste cancro (prevenção primária),
e permite também a deteção precoce e remoção de cancros muito pequenos, ainda nos estadios
iniciais de desenvolvimento, reduzindo a mortalidade e facilitando os tratamentos (prevenção
secundária).

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17 Livre de HPV, só com jejum sexual?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/12

Sinopse: Através dos encontros e desencontros amorosos de João, Teresa, Raimundo, Maria, Joaquim e Lili,
seguimos em verso a viagem do HPV, um vírus silencioso. Livre de HPV, só com jejum sexual?

Objetivos pedagógicos: • Identificar o cancro do colo do útero (CCU) como um dos cancros mais mortais nas mulheres
jovens, mesmo sendo um dos cancros mais preveníveis.
• Identificar que a infeção por HPV é transmitida por via sexual e é silenciosa, assintomática e
comum na população sexualmente ativa. A abstinência sexual é a única maneira de evitar a
infeção por HPV.
• Explicar que a infeção por HPV também afeta os homens, que podem disseminar o vírus e
desenvolver certas doenças menos frequentes que o CCU.
• Identificar as medidas de prevenção do risco de infeção por HPV complementares: a vacinação e
o rastreio por teste de HPV ou teste de Papanicolau.

Mensagens principais: • O CCU é um dos cancros que mata mais mulheres jovens mas, paradoxalmente, é dos mais fáceis
de prevenir.
• O CCU é causado por uma infeção com uma das estirpes de alto risco do vírus HPV.
• A infeção é silenciosa, não apresentando sintomas, pelo que não é possível saber se um
determinado parceiro sexual tem HPV. A infeção é frequente na população sexualmente ativa: 8
em cada 10 pessoas vão estar em contacto com o vírus em algum momento da suas vidas e 9
em cada 10 eliminam o HPV de forma natural e espontânea no espaço de 2 anos.
• O HPV transmite-se por via sexual. Contudo, a transmissão não acontece apenas durante a
penetração, uma vez que o contágio se dá através da pele ou mucosas e não através das
secreções. A infeção é igualmente comum em homens e mulheres homossexuais.
• A infeção também está associada a outros cancros da área genital: vagina, vulva, pénis, ânus
e algumas formas de cancro da boca e garganta.
• Ainda que o CCU seja um cancro feminino, os homens têm influência na epidemiologia da
doença, já que podem disseminar o vírus. Além disso, o HPV causa cancros no pénis, ânus e
algumas formas de cancro da boca e garganta.
• Existem medidas que diminuem a probabilidade de contágio de HPV (mas não a eliminam) para
aqueles que têm uma vida sexual activa: diminuição do número de parceiros sexuais; o uso do
preservativo diminui o risco de infeção de HPV na ordem dos 70%.
• A vacina incluída no PNV confere uma proteção contra as estirpes de HPV de “alto risco”
responsáveis por 90% dos casos de CCU. É administrada gratuitamente a raparigas com 10 anos.
• Todas as mulheres devem fazer o rastreio regularmente, na altura recomendada, para deteção
precoce de lesões pré-cancerígenas.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 640 000. 02 alto risco e persistir durante vários anos.

03 todas as opções anteriores. 04 em homens e mulheres.

05 todas as opções anteriores.

06 Porque apesar de ser uma infeção frequente (80% das pessoas sexualmente ativas estarão
infetadas com o vírus em algum momento das suas vidas), em 90% dos casos desaparece de
forma natural e espontânea ao fim de 2 anos. Mesmo nos casos em que a infeção persiste, as
complicações associadas à infeção são muito pouco frequentes, e quando acontecem, a deteção
precoce permite adotar medidas terapêuticas simples e eficazes.

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18 Não são 2 semanas de banhos de sol que nos vão fazer mal?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/10

Sinopse: A família Aguiar está de viagem para as suas férias anuais no Algarve. Como são só 2 semanas,
a mãe quer aproveitar o sol desde o primeiro minuto porque acha que “as queimaduras solares só
se apanham na praia”. Mas será que tem razão?

Objetivos pedagógicos: • Alertar para a gravidade do melanoma, que representa a forma de cancro de pele mais mortal.
• Explicar que os efeitos da exposição solar são cumulativos e que as queimaduras solares (os
“escaldões”) aumentam o risco de melanoma.
• Associar a queimadura a um padrão de exposição solar intensa e repentina num curto espaço de
tempo, o que representa o comportamento de maior risco para o desenvolvimento de melanoma.
• Identificar as medidas mais eficazes para desfrutar do sol em segurança.
• Incentivar as pessoas a protegerem-se da radiação UV não só na praia já que as queimaduras
solares podem acontecer em qualquer local, basta que a pele esteja exposta ao sol sem proteção.

Mensagens principais: • O melanoma é a forma de cancro da pele mais mortal e o número de casos de tem vindo a
aumentar.
• A exposição solar intensa e repentina, em que a pele é bombardeada com uma dose enorme de
radiação UV, é o principal fator de risco para o melanoma. A repetição deste padrão de exposição
ao longo dos anos é muito perigosa, já que o efeitos nocivos se acumulam com o passar do
tempo.
• As queimaduras solares aumentam o risco de melanoma. Uma queimadura solar não precisa de
esfolar ou ser extrema, basta que a pele fique rosada ou vermelha.
• A proteção contra a radiação UV faz-se, em 1.º lugar, através da procura de lugares com
sombra e do uso de roupas com cobertura total da pele. Em 2.º lugar, deve ser feita apenas
nos horários seguros (antes das 11h00 e após as 17h00, no estrangeiro deve usar-se a regra
da sombra). Em 3.º lugar, deverá usar-se o protetor solar, que funciona como uma medida de
proteção adicional, mas não a mais eficaz.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 90% dos casos de cancro da pele. 02 em todas as situações anteriores.

03 80% a 90%. 04 Procurar a sombra.

05 cerca de 300.

06 Porque a radiação UV, responsável pelas queimaduras solares, está presente sempre que estamos
expostos à luz solar. Em dias nublados, por exemplo, a radiação UV continua a atuar sobre a pele,
mesmo que nos pareça que o sol não está a “queimar”. Nesses dias acabamos por ficar ao sol
durante mais tempo, facilitando as queimaduras solares.

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19 Mamografia, um exame salva-vidas?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/25

Sinopse: Emília tenta gravar um vídeo inspirador para incentivar outras mulheres a fazer a mamografia.
Porém, o papel de musa inspiradora não será fácil numa família onde nada se faz sem a sua
ajuda. Será que vai conseguir terminar o vídeo?

Objetivos pedagógicos: • Identificar o cancro da mama (CM) como o cancro mais mortal para as mulheres.
• Referir as vantagens da deteção precoce do cancro da mama.
• Identificar a mamografia como a medida mais eficaz no diagnóstico precoce: um exame rápido,
simples e indolor.
• Incentivar todas as mulheres a realizar regularmente a mamografia na idade recomendada.

Mensagens principais: • O CM é o cancro que mata mais mulheres, embora exista um exame eficaz na deteção precoce.
• O programa de rastreio de cancro da mama por mamografia que convoca todas as mulheres a
partir dos 50 anos (até aos 69), de 2 em 2 anos, para um exame gratuito.
• A mamografia é um exame imagiológico que permite detetar lesões de dimensões muito
pequenas ou cancros em estadios iniciais, quando são mais facilmente tratáveis. É um exame
simples e rápido, sem necessidade de anestesia.
• Uma mulher que faça a mamografia regularmente tem uma probabilidade muito maior de
detetar um cancro na fase inicial. O CM tem elevadas taxas de cura quando diagnosticado e
tratado em fase inicial (sobrevida de 98% a 10 anos).
• A implementação a nível nacional do rastreio organizado por mamografia contribuiu para a
diminuição da mortalidade por cancro da mama e para a redução do recurso à cirurgia de
remoção completa da mama, ou mastectomia total, que se tornou uma opção mais rara.
• Todas as mulheres devem fazer a mamografia, mesmo na ausência de sintomas.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 as mulheres entre os 50 e os 69 anos. 02 consumo de bebidas alcoólicas.

03 de 2 em 2 anos. 04 ambas as opções anteriores.

05 diminuiu.

06 O rastreio de cancro da mama por mamografia permite detetar cancros ou outras lesões de
dimensões muito pequenas, em estadios iniciais. Assim, é possível detetar cancros da mama
precocemente, o que melhora o prognóstico associado à doença, a qualidade dos tratamentos e a
sobrevida. Uma mulher que faça a mamografia com regularidade tem uma probabilidade muito
maior de detetar um cancro na fase inicial e de o tratar de forma mais simples e eficaz.

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20 O cancro dá quando dá e pouco há a fazer?

Ver episódio:
2minutos.pt/episodios/24

Sinopse: As Carpideiras estão desesperadas, a Belinha foi levada de urgência para o hospital. Só há uma
explicação e é trágica: se é cancro não há nada a fazer. Como convencê-las do contrário?

Objetivos pedagógicos: • Desmistificar a ideia de que o cancro é sinónimo de morte, explicando que a sobrevivência de
doentes de cancro tem vindo a aumentar muito, devido aos avanços na deteção precoce assim
como à qualidade dos tratamentos.
• Reforçar que o aparecimento do cancro não resulta exclusivamente do acaso, mas está
relacionado com a exposição continuada a agressões externas (ambientais) - tabaco, álcool,
sedentarismo, excesso de peso, dietas erradas, exposição aos UV e agentes infeciosos - e pela
não adesão aos rastreios recomendados.
• Valorizar as opções individuais referentes a comportamentos de risco e preventivos no contexto
do cancro.

Mensagens principais: • 70% das mortes por cancro podem ser evitadas através de mudanças de comportamento ao
alcance de cada um: não fumar, manter um peso adequado, fazer exercício regularmente,
seguir uma alimentação saudável, evitar bebidas alcoólicas, ter cuidados com a exposição ao
sol e prevenir infeções por agentes carcinogénicos, assim como fazer os exames de rastreio
aconselhados e estar atento a sinais de alerta e à história familiar.
• Um diagnóstico de cancro não é uma sentença de morte, cerca de 50% das pessoas com
diagnóstico não morrem da doença.

Propostas de solução da Ficha de Trabalho:

01 estão a aumentar. 02 70%.

03 Nenhuma das opções anteriores. 04 27 000.

05 Praticar exercício físico .

06 A resposta deverá conter 3 dos seguintes comportamentos:


• não fumar;
• manter um peso adequado;
• fazer exercício físico regularmente;
• conhecer a história familiar de cancro;
• comer pelo menos 5 porções por dia de frutas e/ou hortícolas;
• evitar o consumo de carnes processadas;
• não consumir mais de 500 g por semana de carnes vermelhas;
• limitar o consumo de sal a 5 g por dia;
• comer regularmente alimentos com muita fibra;
• evitar bebidas alcoólicas;
• estar exposto ao sol em segurança;
• estar vacinado contra o HPV e HBV.

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+ Ficha técnica

Editor: Ipatimup - Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto


i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde
2' Minutos para mudar de vida - Guião de Exploração Didática
Porto, agosto de 2019

Coordenação pedagógica: Nuno Ribeiro

Produção de conteúdos: Luís Carvalho

Coordenação do projeto: Nuno Teixeira Marcos

Arte Gráfica: Paulo Gomes

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